BIM na Orçamentação Modelo BIM 5D

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Transcrição:

Faculdade Ietec Pós-graduação Engenharia de Custos e Orçamento - Turma nº 12 16 de abril de 2018 BIM na Orçamentação Modelo BIM 5D Mayra Regina Martins Soares Coordenadora do Grupo de Acompanhamento de Normas Técnicas da CBIC mayrasmr@yahoo.com.br RESUMO O fator custo é de fundamental importância e está presente em todas as fases do ciclo de vida de um empreendimento, desde o estudo de viabilidade até a operação, passando pelo desenvolvimento do conceito, projetos de disciplinas e construção. A crise econômica que o Brasil enfrenta tem fomentado a busca e implementação de melhores práticas nos orçamentos dos empreendimentos. Embora não seja comum na Indústria da Construção o uso de tecnologias e aprimoramento de seus processos produtivos, profissionais e empresas vem procurando benefícios na tecnologia BIM para redução dos custos e riscos. Este trabalho visa apresentar as novas perspectivas que a modelagem da informação da construção (BIM), em consonância com as melhores práticas orçamentárias, traz para a previsão e gestão de custos de uma edificação, elevando a precisão, a rastreabilidade e a confiabilidade das informações. Palavras-chave: Custo. Orçamento. Tecnologia. BIM. Gestão de custos. 1 INTRODUÇÃO Considerando que o custo é um dos principais pilares de um projeto, ao lado do escopo, prazo e qualidade, a sua gestão é de vital importância para o sucesso de todo empreendimento. Devido a essa relevância, é importante mostrar o que existe de atual na área de orçamentação e a utilização da plataforma BIM, vem de encontro a esta proposição.

A Modelagem da Informação da Construção ou BIM (do inglês Building Information Modeling), vem mudar e quebrar paradigmas em um setor intensivo em mão de obra, com forte impacto social. Os benefícios do BIM são diversos, tais como: maior precisão de projetos (especificação, quantificação e orçamentação); possibilidade de simulação das diversas etapas da construção, permitindo a identificação e eliminação de conflitos antes mesmo da construção e diminuindo retrabalhos e desperdícios (resíduos); disponibilização de simulação de desempenho dos elementos, de sistemas e do próprio ambiente construído; gestão mais eficiente do ciclo de obra; diminuição de prazos e custos; e maior consistência de dados e controle de informações e processos, resultando em maior transparência nas contratações públicas e privadas 1. Estamos em um momento favorável no Brasil para a adoção do BIM. Durante a crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos em 2008, a adoção do BIM cresceu acentuadamente por lá. Foi uma alternativa de reação para as empresas afetadas, que aproveitaram o momento de redução no nível de suas atividades para inovarem, aprenderem e melhorarem seus processos, aumentando sua produtividade e eficiência 2. Em complemento a esta observação Miguel Pereira (2012) pondera que os desperdícios e a ineficiência são fatores impulsionadores da tecnologia. A indústria da construção está passando por uma crise mundial de ineficiência e consumo excessivo de energia e matéria prima. Embora os problemas ambientais sejam catalisadores de mudanças, eles também agregam um senso de urgência na solução de um problema elementar: a falha da indústria da construção em acompanhar os avanços tecnológicos e ganhos de produtividade experimentados por quase todas as outras indústrias. No setor público, políticas governamentais que promovam o uso da tecnologia BIM, contribuirão para a diminuição da corrupção nas obras públicas, conforme avaliado pelo Presidente da frente parlamentar do BIM na Câmara dos Deputados, Júlio Lopes (PP-RJ): É uma medida mais salutar contra a corrupção, a ineficiência e a incapacidade do que qualquer outra coisa que a gente possa conceber 3. A escolha deste tema justifica-se pela iminência, no Brasil, da exigibilidade em obras públicas de modelos BIM, buscando economia e transparência nos processos públicos. Os Governos do Reino Unido, França, Holanda, Suécia e Alemanha já exigem projetos eletrônicos no formato BIM nas concorrências públicas 4. Como noticiado no site da Câmara Brasileira da Indústria da Construção CBIC, o próximo país da lista será a Espanha. Os projetos para a construção de edifícios públicos na Espanha terão que ser feitos com plataformas BIM de forma obrigatória ao final de 2018. O anúncio foi feito pela diretora geral de Produção e Engenharia da Ineco, Ana Rojo, durante o European BIM Summit, congresso internacional de caráter anual sobre Building Information 1 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 2 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 3 BIM: inovação e tecnologia modernizam indústria da construção, Estadão, CBIC-Senai, 22 de março de 2018 4 http://bimexperts.com.br/contexto-bim-no-brasil-e-no-mundo/.

Modelling (BIM), realizado no último mês de março, em Barcelona, na Espanha. O Parlamento Europeu, por meio da Norma 2014/24/UE já realizou esforços para recomendar a utilização do BIM em todos os países membros da União Europeia e sua inclusão na normativa de contratação e licitação pública 5. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Definição de BIM Primeiramente, para melhor entendimento da nomenclatura BIM, serão apresentadas definições que enquadram o BIM no contexto do projeto e construção de uma edificação. Algumas referências apontam que o termo BIM (Building Information Modelling) teria sido utilizado primordialmente por Charles Eastman, professor da Georgia Tech School of Architecture e diretor do Digital Building Laboratory. Charles Eastman teria conceituado BIM como sendo um modelo digital que representa um produto, que, por sua vez, seria o resultado do fluxo de informações do desenvolvimento do seu projeto. Os dados ou informações geradas no desenvolvimento do projeto deveriam representar o produto, como ele de fato seria construído no mundo real, e este conceito teria surgido em decorrência do desenvolvimento de um padrão para o intercâmbio de dados de produtos, utilizado na Norma ISO 10303 Automation systems and integration Product data representation and Exchange 6. Seguem-se outras definições de BIM: - BIM é um conjunto de políticas, processos e tecnologias que, combinados, geram uma metodologia para gerenciar o processo de projetar uma edificação ou instalação e ensaiar seu desempenho, gerenciar as suas informações e dados, utilizando plataformas digitais (baseadas em objetos virtuais), através de todo seu ciclo de vida. - BIM é um processo progressivo que possibilita a modelagem, o armazenamento, a troca, a consolidação e o fácil acesso aos vários grupos de informações sobre uma edificação ou instalação que se deseja construir, usar e manter. Uma única plataforma de informações que pode atender todo o ciclo de vida de um objeto construído. - BIM é uma nova plataforma da tecnologia da informação aplicada à construção civil e materializada em novas ferramentas (softwares), que oferecem novas funcionalidades e que, a partir da modelagem dos dados do projeto e da especificação de uma edificação ou instalação, possibilitam que os processos atuais, baseados apenas em documentos, sejam realizados de outras maneiras (baseados em modelos) muito mais eficazes 7. BIM é uma solução de integração. Ele é aplicável a todo o ciclo de vida de um empreendimento, desde a concepção e a conceituação de uma ideia, para a construção de uma edificação ou instalação (ou da constatação da necessidade de construir algo), passando pelo desenvolvimento do projeto e incluindo a construção, e também após a obra pronta, entregue e ocupada, no início da sua fase de utilização 8. 5 https://cbic.org.br/inovacao/2018/04/04/espanha-tornara-obrigatorio-o-uso-de-bim-em-obras-publicas-ao-finalde-2018/ 6 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 7 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 8 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016

O desenvolvimento do BIM é incremental e os diversos modelos BIM são definidos pelas suas capacidades multidimensionais. Entende-se como dimensão 3D do BIM, a utilização de BIM para modelagem autoral (criação de projetos de cada disciplina), além da coordenação espacial (detecção de interferências). Quando se pensa em projetos, tem-se como principais ganhos o aumento da qualidade através de maior consistência das informações entre as diversas fontes de informação (vistas, plantas, etc.), além da possibilidade de entendimento melhorado a partir da visualização tridimensional. Na 4ª. Dimensão (BIM 4D) temos a adição do componente tempo ao modelo 3D, possibilitando a visualização do modelo em diferentes estágios da construção e a simulação das etapas construtivas, entre outras aplicações. Incluindo-se o fator custo a um modelo, temos no modelo BIM 5D, a possibilidade de criar estimativas de custos, planejar e gerenciar os desembolsos durante a obra e trabalhar aspectos financeiros e econômicos durante o desenvolvimento dos empreendimentos 9. 2.2 Bim 5D Segundo Marcelo Sakamori (2015), para uma correta modelagem 5D, é necessária a elaboração do planejamento do empreendimento, pois sem este não é possível simular e analisar o fluxo de caixa do empreendimento. Esta simulação possibilita aos stakeholders avaliar qual a melhor alternativa financeira para a execução da edificação, analisando diversos cenários. O nível de precisão dependerá do nível de desenvolvimento do modelo, de modo que nas fases iniciais o levantamento de custos apresenta um alto grau de incerteza, o qual diminui à medida que aumentam os níveis de desenvolvimento e precisão do mesmo. Outras vantagens são apontadas nas bibliografias: O BIM associado ao orçamento de uma obra é certamente um avanço em relação ao método tradicional e a automação dos processos de levantamento de quantidades é uma das principais vantagens deste novo método 10. Conforme cita Guilherme Pelliza (2018), outra vantagem é ao alterar-se um elemento no modelo, automaticamente alterar-se as quantidades vinculadas a este elemento, atualizando o orçamento. Mas para explorar ao máximo o potencial de um modelo BIM 5D, o ideal seria que outras funcionalidades fossem possíveis, como a perspectiva de o responsável por suprimentos/compras ser notificado desta alteração, podendo renegociar com seus fornecedores quantidade e consequentemente o preço do insumo. 2.3 Fases do desenvolvimento da tecnologia BIM O desenvolvimento do BIM 5D pressupõe um avanço na implantação da tecnologia BIM nas empresas. Entende-se que o BIM vai se materializar em três diferentes fases/gerações chamadas de BIM 1.0, BIM 2.0 e BIM 3.0 (TOBIN, 2008, apud PEREIRA, 2012). 9 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 10 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017

BIM 1.0: A característica principal desta fase é a substituição dos tradicionais desenhos 2D por modelos 3D parametrizados, mais inteligentes, que otimizam as tarefas de elaboração de desenhos 2D e de alguns cálculos com planilhas. Geram-se cronogramas e listas de materiais. Nesta fase, a implementação do BIM está apenas no universo dos projetistas, que livremente escolhem um software e definem quão profundamente desejam aplicar a tecnologia (TOBIN, 2008, apud PEREIRA, 2012). BIM 2.0: Esta é a fase da interoperabilidade entre os modelos das diversas disciplinas. São associados parâmetros temporais (CAD 4D elaboração de cronogramas) e financeiros (CAD 5D previsão de gastos). Profissionais que trabalhavam independentemente passam a trabalhar simultaneamente. Esta fase é mais complexa e tumultuosa, pois lança os profissionais para fora de sua zona de conforto (TOBIN, 2008, apud PEREIRA, 2012). BIM 3.0: Construção Virtual prototipagem completa desenvolvida colaborativamente; análises de conforto térmico e acústico, eficiência energética, proteção contra incêndios: nesta fase, posterior à solução dos problemas relativos à interoperabilidade, todas as disciplinas fazem parte de um modelo único, com gerenciamento e controle centralizado de um banco de dados acessado pela Internet (cloud computing). Todos os agentes contribuem coletivamente em sua devida especialidade (TOBIN, 2008, apud PEREIRA, 2012). 2.4 Desafios na implementação do BIM Como toda nova tecnologia, existem desafios a serem vencidos para sua implantação efetiva. Miguel Pereira Stehling (2012) destaca o tempo para aprendizado, toda grande mudança decorrente de mudanças na tecnologia ou processos de trabalho requer um tempo de assimilação para aprendizado e adaptações; o desafio do trabalho colaborativo e em equipe, embora o BIM ofereça novos métodos de colaboração, a determinação da forma adequada de formação das equipes e de compartilhamento de informações é um problema que precisa ser resolvido; o desafio da propriedade da documentação, será questionado quem terá a propriedade sobre o banco de dados múltiplo de projeto, fabricação, análise e construção, quem pagará por eles e quem será responsável por sua exatidão. Outros desafios citados por Miguel Pereira (2012) foram: interoperabilidade, sendo o único cuja principal responsabilidade de solução está na indústria da computação e as novas formas de contratos realizados entre os agentes participantes de um empreendimento que tradicionalmente é baseado no papel/prancha. Marcelo Sakamori (2015) pondera que poucas empresas que utilizam o BIM para a coordenação e trabalho colaborativo obtêm êxito: inovações tecnológicas implicam em adaptações que envolvem riscos devido à dificuldade da implantação de um novo sistema de trabalho e à necessidade de modificar todo um processo já consolidado. Essas mudanças enfrentam grandes barreiras culturais devido à resistência dos stakeholders. Segundo (DOSSICK et al., 2008, apud SAKAMORI, 2015), dentro da aplicação BIM, na colaboração da coordenação de projeto, as barreiras comuns a todos os projetos podem ser

colocadas em quatro categorias: liderança, tecnologia de informação, processo de trabalho e habilidade dos stakeholders. A Câmara da Indústria da Construção também fala sobre a inércia e a resistência às mudanças que têm impedido que a implantação do BIM ocorra mais rapidamente. Uma mudança ou transformação pressupõe a alteração de um estado, modelo ou situação anterior para um estado, modelo ou situação futura, por razões inesperadas e incontroláveis, ou por razões planejadas e premeditadas. Tomar a decisão de adotar BIM significa decidir realizar uma mudança na maneira como as atividades e os processos são atualmente executados 11. Para que uma mudança aconteça de fato numa empresa ou organização, são necessários cinco componentes críticos: visão, capacitação, incentivos, recursos e o desenvolvimento de um plano de ação. A falta de um desses componentes conduz à confusão, à ansiedade, à resistência, à frustração ou a falsos inícios 12. 3 ESTADO DA ARTE As várias estimativas de custos e orçamentos, são tipicamente realizados durante o desenvolvimento de um ciclo completo de vida dos empreendimentos 13. Segundo Marcelo Sakamori (2015), o BIM oferece a capacidade de desenvolver as informações sobre o custo do projeto com precisão muito satisfatória em todo o ciclo de vida da construção. As várias estimativas de custos, ao longo do ciclo de vida de um empreendimento, até se atingir um orçamento executivo da obra, apresentam grande variação na acurácia, crescendo à medida que aumenta o volume e a confiabilidade das informações contidas no projeto. Nos estudos de viabilidade é comum aceitar uma margem de variação de aproximadamente 20% até 30%. Durante o planejamento ela se reduz para cerca de 15%. No nível executivo, variações de 5% ainda são consideradas aceitáveis. Estas margens podem variar conforme o tipo de empreendimento. Se for um que segue padrões repetíveis as variações tendem a ser mais estreitas; se for um projeto inovador, o risco de ultrapassá-las é maior 14. Existem muitos tipos de orçamento de produto utilizados na construção civil. Os orçamentos mais utilizados nas fases descritas acima são os seguintes: Paramétrico: é um orçamento aproximado, utilizado em estudos de viabilidade ou consultas rápidas de clientes. Está baseado na determinação de constantes de consumo dos insumos por unidades de serviço (ANDRADE, 1996, apud SAKAMORI, 2015). Convencional: feito a partir de composições de custos, dividindo os serviços em partes e orçando por unidade de serviço (ANDRADE, 1996, apud SAKAMORI, 2015). 11 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 12 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 13 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 14 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017

Executivo: preocupa-se com todos os detalhes de como a obra será executada, modelando os custos de acordo com a forma que eles ocorrem na obra ao longo do tempo (ANDRADE, 1996, apud SAKAMORI, 2015). Em modelos BIM, a quantificação nas diferentes etapas do projeto será mais precisa a partir do rigor e Nível de Desenvolvimento de seus componentes. Modelos BIM são construídos por componentes BIM com diferentes Níveis de Desenvolvimento (ND). Conforme o projeto evolui e o ND avança, a possibilidade de levantamento das quantidades de seus componentes aumenta. Há vários tipos de estimativas que podem ser extraídos em diversos momentos, com finalidades e níveis de precisão diferentes 15. Cada ND possui volumes e tipos de informação diferenciados. Por exemplo, componentes em ND 100 se limitam a informações gráficas simples, textuais e numéricas 16. À medida que o projeto se desenvolve, os elementos e componentes inseridos no modelo passam a ter um maior grau de definição e volume de informação associada, passando para níveis mais avançados. Por isso, nas etapas iniciais, quando a maioria dos elementos ainda está em ND 100 ou 200, é possível obter apenas informações genéricas do modelo, tais como áreas de pisos, paredes ou esquadrias, volumes de movimentação de terra ou da estrutura, número de leitos ou quartos 17. Ao avançar no projeto, são incorporados dados geométricos mais precisos que vão permitir a obtenção de dados necessários para desenvolver o orçamento e o planejamento. Um modelo majoritariamente composto por elementos em ND 300 permite o levantamento de quantitativos gerais por cada tipo de elemento tais como revestimentos, equipamentos ou outro componente do modelo, agrupados por áreas, setores, compartimentos, unidades ou pavimentos 18. Projetos para produção costumam ter elementos em ND 400, incluindo detalhes como componentes de montagem 19. No orçamento Paramétrico, como não há necessidade de outros dados além de áreas e da especificação de um padrão, o quantitativo pode ser elaborado a partir de um modelo composto majoritariamente por elementos em ND 200, ou seja, na etapa de anteprojeto ou projeto legal. Para a obtenção do orçamento Convencional, é necessário um desenvolvimento maior do modelo, pois são necessárias especificações precisas de todos os elementos que compõem a obra (ND 300). Modelos com elementos em ND 400, possibilitam a obtenção de quantitativos muito detalhados, adequados para compor orçamentos executivos ou listagens para compras de suprimentos 20. A extração, automática, de todas as quantidades de serviços e componentes dos modelos BIM representa consistência, precisão e agilidade de acesso às informações, que poderão ser dividas e organizadas (ou agrupadas), de acordo com as fases definidas no 15 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 16 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 17 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 18 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 19 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 20 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017

planejamento e na programação de execução dos serviços, permitindo que o controle da execução da obra também seja realizado com base nos modelos. Dessa forma, na gestão dos custos, esta funcionalidade, pode agilizar e garantir a precisão das comparações entre serviços previstos e efetivamente realizados 21. No mercado brasileiro, as soluções 5D são relativamente restritas, reduzindo as opções ao usuário que decidir investir na integração do custo ao modelo 4D. Algumas delas somente executam parte do processo, atuando apenas na parte de extração de quantidades e não oferecem funcionalidades para cobrir o processo como um todo. Isto não diminui a sua importância ou capacidade, apenas deve-se ter claro essa condição para evitar falsas expectativas ao planejar e executar uma implementação 22. Os aplicativos de projeto, tais como REVIT, ARCHICAD, BENTLEY, VECTORWORKS, entre outros, têm ferramentas que permitem efetuar diretamente os levantamentos de quantitativos. Porém cada um tem peculiaridades e limitações 23. Guilherme Pelliza (2018) frisa que o processo de orçamentação tem se dado na maioria dos casos de forma não integrada. De maneira geral, o adotado é a extração de quantitativos dos modelos, que são jogados para planilhas que estão desassociadas deste modelo. Enquanto no software BIM altera-se um elemento no modelo e automaticamente altera-se as quantidades vinculadas a este elemento, no processo citado acima isso não ocorre. Pois o quantitativo é exportado para outras plataformas não integradas ao modelo, demandando atualizações periódicas e manuais para a validação constante. O software Autodesk Navisworks 2016 é uma solução completa de revisão de projeto que dá suporte à simulação 5D. Apresenta funcionalidades para Extrações de Quantidades a partir dos objetos e atributos presentes nos componentes do modelo BIM. Além disso, a solução permite a associação de uma variedade de custos às atividades, por meio da importação dessas informações a partir dos softwares de planejamento como MS-Project ou Oracle Primavera, ou ainda os atribuindo manualmente no ambiente do software. Outra funcionalidade interessante é a verificação de colisões, que constitui um aspecto de alto valor agregado para avaliação da qualidade do modelo, detectando duplicidade ou sobreposição de objetos componentes (aberturas de furos em estruturas, por exemplo) que influenciam diretamente nas quantidades levantadas a partir dos modelos BIM. Como se pode notar, as funcionalidades presentes no software Autodesk Navisworks não permitem a geração de orçamentos e a gestão de custos durante a construção, mas se constituem em 21 Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1, CBIC, 2016 22 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 23 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017

recursos de grande valia na construção de um ambiente de informações inicial para que se possa posteriormente avançar para soluções integradas 24. Guilherme Pelliza (2018) explica que existem softwares BIM, por exemplo o Vico, que permitem a estruturação de planilhas orçamentárias. Isso faz com que seja possível inserir a EAP de orçamento e as composições de serviços no mesmo programa que lê as informações do modelo, viabilizando a vinculação das quantidades lidas do modelo com informações da planilha de orçamentos, caracterizando um processo BIM. O Vico Office trata-se de uma solução do tipo integrada, que por meio de plugins disponíveis para softwares como Autodesk Revit ou ainda da importação de arquivos IFC, permite o controle de revisões e a sincronização das informações alteradas nos modelos de autoria durante todo o processo de desenvolvimento de um projeto 25. O Vico Office também é uma solução 4D. No uso do 4D, o Vico Office é baseado no método de Linha de Balanço, que pode ser gerada, entre outras maneiras, através da importação de um cronograma do MS- Project para se obter a rede de precedências somadas a coeficientes de produtividade para cada serviço a ser executado. Com tais premissas, o software estipula as durações de cada atividade, gerando a Linha de Balanço de forma automática 26. O monitoramento da produção poderá ser executado constantemente, gerando relatórios e alertas de serviços em relação à conclusão dentro (ou fora) do prazo previsto, facilitando o controle e permitindo gestão sobre a mão de obra e a produtividade. Tais informações servem como parâmetros de comparação, além de servir de base de referência na comparação de empreendimentos, ou ainda na elaboração de orçamentos e cronogramas futuros 27. Sem a pretensão de findar o assunto, explorando todas as soluções propostas pelos softwares disponíveis no mercado, este trabalho completa sua análise dispondo sobre o potencial já explorado e o caminho para seu total aproveitamento. Marcelo Sakamori (2015) pondera que o processo não é automatizado em todas as fases, de modo que ainda é exigida a intervenção humana. Todavia, as atividades que exigem maior quantidade de trabalho humano, como por exemplo, o levantamento das quantidades necessárias às atividades previstas ao projeto, é realizado pela maioria dos softwares. A geração de expectativas deve ser um fator considerado, existe o falso entendimento de que os processos são realizados sempre de forma rápida e automática, o que deve ser sempre objeto de atenção, uma vez que os resultados dependem das soluções 5D utilizadas 28. 24 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 25 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 26 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 27 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017 28 Coletânea Guias BIM, Guia 3, ABDI MDIC, 2017

Para Guilherme Pelliza (2018), para explorar ao máximo o potencial de um modelo BIM 5D, o ideal seria que outras funcionalidades fossem possíveis, como a perspectiva de o responsável por suprimentos/compras ser notificado desta alteração, podendo renegociar com seus fornecedores quantidade e consequentemente o preço do insumo. 4 CONCLUSÃO O trabalho de divulgação e esclarecimento sobre o que é e as funcionalidades da tecnologia BIM vem sendo realizado por entidades como a CBIC, o SENAI, o MDIC e a ABDI. As publicações das coletâneas BIM fazem parte de um esforço conjunto das instituições, visando a disseminação da tecnologia nos meios acadêmicos, empresariais e públicos. A abordagem das várias dimensões do BIM serviu para mostrar que a orçamentação se encontra na quinta dimensão, depois do desenvolvimento dos modelos das disciplinas em 3D e do planejamento no modelo 4D. A implantação nas empresas do BIM será um processo faseado. Essas fases são o BIM 1.0, BIM 2.0 e BIM 3.0 que determinam seu grau de maturidade na tecnologia. O desenvolvimento do BIM 5D será possível quando for atingido o BIM 2.0. Esta é a fase da interoperabilidade entre os modelos das diversas disciplinas. São associados parâmetros temporais (CAD 4D elaboração de cronogramas) e financeiros (CAD 5D previsão de gastos). Os fatores críticos de sucesso para implantação do BIM são: formação das equipes, o trabalho colaborativo, o compartilhamento de informações, a escolha de softwares, os novos tipos de contratos, entre outros. A utilização de softwares, tais como REVIT, ARCHICAD, BENTLEY, VECTORWORKS, permitem o levantamento de quantitativos, de modo automático e preciso, facilitando a orçamentação nas várias fases do ciclo de vida do empreendimento. Especificamente para orçamentação, o software Vico Office permite inserir a EAP de orçamento e as composições de serviços no mesmo programa que lê as informações do modelo, viabilizando a vinculação das quantidades lidas do modelo com informações da planilha de orçamentos, caracterizando um processo BIM. O BIM é exigido pelo governo de vários países. No Brasil a sua utilização ainda é insipiente, mas começa a ser promovida pelo setor público, que visualiza na tecnologia BIM potencial para aumentar a transparência e diminuir a corrupção nas obras públicas.

REFERÊNCIAS AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL e MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO EXTERIOR E SERVIÇOS. Coletânea Guias BIM, Guia 3: BIM na quantificação, orçamentação, planejamento e gestão de serviços da construção. Brasília, 2017. Artur Feitosa. Apresenta Contexto BIM no Brasil e no mundo. Disponível em: http://bimexperts.com.br/contexto-bim-no-brasil-e-no-mundo/. Acesso em: 5 fevereiro 2018. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Apresenta Espanha tornará obrigatório o uso de BIM em obras públicas ao final de 2018. Disponível em: https://cbic.org.br/inovacao/2018/04/04/espanha-tornara-obrigatorio-o-uso-de-bim-em-obraspublicas-ao-final-de-2018/. Acesso em: 4 abril 2018. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. BIM: inovação e tecnologia modernizam indústria da construção, Estadão, São Paulo, 22 de março de 2018. Caderno especial Tecnologia na Construção, p. 1. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Coletânea Implementação do BIM para Construtoras e Incorporadoras, Volume 1. Brasília, 2016. Guilherme Pelliza. Apresenta Porque e como fazer orçamento de obra em plataformas BIM. Disponível em: https://www.bimnapratica.com/single-post/orcamento-de-obra-em-bim. Acesso em: 5 fevereiro 2018. SAKAMORI, M. M. Modelagem 5D (BIM) - Processo de orçamentação com estudo sobre controle de custos e valor agregado para empreendimentos de construção civil. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, 2015. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/41394/r%20-%20d%20- %20MARCELO%20MINO%20SAKAMORI.pdf?sequence=2&isAllowed=y. Acesso em: 15 fev 2018. STEHLING, M. P. A utilização de modelagem da informação da construção em empresas de arquitetura e engenharia de belo horizonte. Dissertação de Pós-graduação. Universidade Federal de Minas Gerais, 2012. Disponível em:

http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/isms- 8Z4LWY/miguel_pereira.pdf?sequence=2. Acesso em: 10 janeiro 2018. 2018 Autorização de Divulgação de Artigo Técnico AUTORIZAÇÃO DE PUBLICAÇÃO AUTORIZO A PUBLICAÇÃO DO ARTIGO TÉCNICO NA INTERNET, JORNAIS E REVISTAS TÉCNICAS EDITADAS PELO IETEC. NÃO AUTORIZO A PUBLICAÇÃO OU DIVULGAÇÃO DO ARTIGO TÉCNICO. BELO HORIZONTE, 18/04/2018 CURSO: SEMESTRE/ANO: TURMA: TÍTULO DO ARTIGO:

NOME DO AUTOR (LEGÍVEL) MAYRA REGINA MARTINS SOARES ASSINATURA