Seminário: Inovação e Tecnologia no Desenvolvimento da Amazônia. 28 de Novembro de 2013



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Seminário: Inovação e Tecnologia no Desenvolvimento da Amazônia 28 de Novembro de 2013

PAINEL 1: Estratégias para a Inovação Necessidades e Demandas Futuras Conceituação

Inovação é o resultado positivo que uma ideia alcança quando atinge o mercado. A invenção pode ser definida como uma criação humana que atenda os conceitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. A invenção costuma surgir de um processo criativo, sem ter necessariamente um foco mercadológico ou um objetivo comercial determinado, mas recomenda-se que seja implementada em no máximo doisanosapósadatadedepósito.

A invenção torna-se inovação quando passa a ser implementada e, consequentemente, comercializada. A inovação, grosso modo, é a invenção que encontrou uma utilidade prática e demanda do mercado. É quando o protótipo se transforma em produto comercializável. (ROSEMBERG e KLEINE, "An overview of innovation )

A não existência de uma cultura mais adequada nas questões de Inovação poderá estar comprometendo os processos que envolvem a Propriedade Intelectual e Transferência/Licenciamento de Tecnologias no País. Temos que deixar de lado certas ideologias, sair do modelo de se fazer mais do mesmo, para o de Inovação.

Necessidades

Enquanto no Brasil estamos elaborando cartilhas de PI para adultos, visando disseminar conhecimento sobre invenção, no Japão, elas são aplicadas no ensino fundamental(nosso antigo primário). São exceções, em nosso país, os cursos de graduação que lecionam sobre o sistema de patentes. Alguns apresentam toda sua complexidade em uma única aula, evidenciando a falta de interesse sobre o tema nas universidades, mesmo naquelas consideradas tecnológicas. "A Inovação nasce de uma interação entre capital, conhecimento, espírito empreendedor e um ambiente apropriado". "É possível se criar um ambiente desses quando o Brasil investe apenas 1% do PIB em pesquisa e desenvolvimento, contra uma média de 2,3% (dos países) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)?" Marcos Troyjo, diretor do BRICLab, da Universidade de Columbia nos Estados Unidos em artigo de opinião publicado no dia 23/out/2013 no diário britânico Financial Times.

Os passos fundamentais para alcançar a inovação devem calcar a transformação do conhecimento em bem negociável. Portanto, a gestão de ativos intangíveis deve ser baseada em processos que considerem a geração de riqueza. Do contrário, ainda continuaremos na política de dar o peixe em vez de ensinarmos a pescar. Com isso se estabelece uma zona de conforto que compromete o propósito da própria inovação no país. O valor gerado, p.ex., pelas invenções protegidas, sejam tecnologias, marcas e softwares, têm que estar frente à solução dos problemas brasileiros e o desenvolvimento produtivo nacional e regional. A própria indústria questiona como o setor do conhecimento e desenvolvimento tecnológico pode redigir sobre a aplicação, se quem faz o produto é a indústria. Realmente esse jogo deve ser realizado, desde a prospecção, pelo mercado em conjunto com quem inventa.

Nós brasileiros, ainda estamos gerando as chamadas patentes inúteis que não conseguem ser aplicadas no mercado, por meio das empresas de bens e serviços, porém com um passivo de manutenção que mais agrega valor ao sacrifício do que ao benefício. Sem a consideração do valor econômico para a geração de riqueza para o país (geração de renda, de empregos, novos investimentos, entre outros), inútil pensar em inovação, e por decorrência, em patente, por si só.

Demandas Futuras

Questões básicas: O que é importante pesquisar? Como determinar prioridades para os recursos disponíveis? É necessário: Distinguir entre Inovação e Invenção Identificar sistematicamente os clientes Determinar as demandas atuais, potenciais e futuras Priorizar as demandas Demandas - necessidade tecnológica para solução de problemas: Cadeias produtivas Ecossistemas(Sistemas naturais) Cadeias do conhecimento

Riscos principais: Falta de objetividade, linearidade de desenvolvimento, tempo. Falta de noções de mercado, de viabilidade do projeto e/ou produto. Faltadedefiniçãodeescopodoproduto,eescopodoprojeto. Publicação prematura problemas de PI. Falta de estudo de mercado, clientes, custos. Falta de prospecção financeira do projeto. Falta de rastreabilidade dos dados. Falta de registros e autorizações por instâncias competentes. Redação ou objetos de pedidos de patentes inadequados. Falta de estratégia de transferência de tecnologias, parcerias, entre outros.

Outras questões como o ambiente regulatório, os entraves burocráticos e jurídicos representam as grandes fragilidades para a inovação. É imprescindível gerar soluções que visem prazo, custos e qualidade. Prioritariamente, os dirigentes (Alta Gerência) que deverão ser os facilitadores na gestão dos ativos intangíveis devidamente aplicados para as empresas, no processo de transferência de tecnologias. Isso significa atender a demanda do mercado, gerando riqueza para o país. Afinal, país rico é país sem pobreza.

O Grande Propósito

PROPOSTA - SISTEMA REGIONAL DE INOVAÇÃO Região do Conhecimento composta por comunidades de interesse sócioeconômico, cuja interdependência gera a necessidade de coordenação e realização de serviços.