Perfil Câncer de PULMÃO



Documentos relacionados
PAINEL LUNG SCAN NGS

Journal of Thoracic Oncology Volume 3, Number 12, December 2008

Prof a Dr a Camila Souza Lemos IMUNOLOGIA. Prof a. Dr a. Camila Souza Lemos. camila.souzabiomedica@gmail.com AULA 4

USO DE MARCADORES TUMORAIS PARA DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO DO CÂNCER. Orientadora, docente do Curso de Farmácia, UnuCET Anápolis - UEG

ASSUNTO: PAINEL DE MUTAÇÕES EM CÂNCER DE PULMÃO.

Governador Geraldo Alckmin entrega o maior laboratório destinado a pesquisas sobre o câncer da América Latina

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Qual é a função dos pulmões?

macroscopia clivagem processamento inclusão - parafina coloração desparafinização microtomia bloco

MARCADORES TUMORAIS EM DESTAQUE

OncoScreen. Novos painéis. confiabilidade em diagnósticos. Lançamento do SalomãoZoppi amplifica a análise de genes associados a tumores. Págs.

13. CONEX Pôster Resumo Expandido 1 O PROJETO DE EXTENSÃO CEDTEC COMO GERADOR DE FERRAMENTAS PARA A PESQUISA EM CÂNCER DE MAMA

Humberto Brito R3 CCP

André Salazar e Marcelo Mamede CANCER PATIENTS: CORRELATION WITH PATHOLOGY. Instituto Mário Penna e HC-UFMG. Belo Horizonte-MG, Brasil.

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

Avanços na Patologia cirúrgica. Renée Zon Filippi Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital Israelita Albert Einstein

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

Alterações citogenéticas na leucemia linfocítica crônica

A situação do câncer no Brasil 1

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRÉVIA DO MEDICAMENTO PARA USO HUMANO EM MEIO HOSPITALAR

Desigualdades no Acesso à Tecnologia: Relevância para Grupos de Pacientes

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

Nova Classificação Patológica do Adenocarcinoma de Pulmão IASLC: Implicações Práticas

BIOMARKER. Uma abordagem integral ao diagnóstico genético em oncologia

Diretrizes Assistenciais

ESTUDO DO PADRÃO DE PROLIFERAÇÃO CELULAR ENTRE OS CARCINOMAS ESPINOCELULAR E VERRUCOSO DE BOCA: UTILIZANDO COMO PARÂMETROS A

Processo número: TEMA: IRESSA (GEFITININIBE) NO TRATAMENTO DO CÂNCER DE PULMÃO NÃO PEQUENAS CÉLULAS METASTÁTICO

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro

Diagnóstico do câncer

O que é câncer de mama?

TEMA: Temozolomida para tratamento de glioblastoma multiforme

TÉCNICAS DE ESTUDO EM PATOLOGIA

INTRODUÇÃO À PATOLOGIA Profª. Thais de A. Almeida

TERAPIA GÊNICA. Brasília DF, Julho de 2010.

Gencitabina em câncer de pulmão: avaliação retrospectiva de resposta clínica, sobrevida livre de progressão e sobrevida global

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP

Questionário - Proficiência Clínica

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

Alexandre de Lima Farah

Protocolo em Rampa Manual de Referência Rápida

Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013

CÂNCER DE MAMA. O controle das mamas de seis em seis meses, com exames clínicos, é também muito importante.

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

Pode ser difícil para si compreender o seu relatório patológico. Pergunte ao seu médico todas as questões que tenha e esclareça todas as dúvidas.

Biotecnologia: principais me todos moleculares

III Congresso Internacional de Uro- Oncologia

Oncologia. Aula 2: Conceitos gerais. Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014

Atualização do Congresso Americano de Oncologia Fabio Kater

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

Introdução novos casos por ano DNA microarray imuno-histoquímica (IHQ) tissue microarray (TMA) técnicas alternativas de construção de TMA

Linfomas. Claudia witzel

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

EMENTA: Câncer urológico - Critérios de alta para pacientes com câncer CONSULTA

Processo número: TEMA: IRESSA (GEFITININIBE) OU TARCEVA (ERLOTINIBE) NO TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA DE PULMÃO

Avaliação molecular da macho-esterilidade citoplasmática em milho

I Curso de Verão em Oncologia Experimental Cursos Práticos

04/06/2012 PATOLOGIA. Imunofluorescência. O que é Imunohistoquímica: Impacto como Marcador Prognóstico

DIA MUNDIAL DO CÂNCER 08 DE ABRIL

Carcinogênese, Biologia Tumoral e Marcadores Tumorais em Câncer de Cabeça e Pescoço

MS777: Projeto Supervisionado Estudos sobre aplicações da lógica Fuzzy em biomedicina

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TLA - Total Lab Automation

O QUE É? O HEPATOBLASTOMA

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos

ATUALIZAÇÃO NO TRATAMENTO DO CARCINOMA INFLAMATÓRIO

TEMA: Octreotida LAR no tratamento de tumor neuroendócrino

Capítulo 7 Estudos sobre Causalidade e Etiologia

Perfusao e Infusao Papel Atual Frente os Novos Tratamentos

Um novo tipo de câncer

O que é o câncer de mama?

II ENCONTRO DE UROLOGIA DO SUDESTE CÂNCER DE BEXIGA QUANDO INDICAR UMA TERAPIA MAIS AGRESSIVA NO T1 DE ALTO GRAU? CARLOS CORRADI

Descobrindo o valor da

O que é câncer de estômago?

Marcadores tumorais. Carla Almeida Setembro 2010

Tumor Estromal Gastrointestinal

Lapatinibe para câncer de mama

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

MARCADORES CARDÍACOS

Fundamentos de oncologia. Você sabe o que é o câncer e como ele se desenvolve em nosso corpo?

Matrilisinas e correlação com metástase em carcinoma de células escamosas de língual

Tema: NIVOLUMABE EM ADENOCARCINOMA MUCINOSO DE PULMÃO ESTADIO IV

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

13th StGallenInternationalBreast CancerConference2013 Aspectos Clínicos. Marcelo R. S. Cruz Oncologista Clínico

Biotecnologia e medicina. Denise Machado

Pesquisa. 40 INCA Relatório Anual 2005 Pesquisa

KRAS Mutation Detection: A New Look at an Old Gene Detecção da Mutação do KRAS: Uma Nova Olhada em um Velho Gene

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br

Transcrição:

Perfil Câncer de PULMÃO

Índice Painel Lung Scan 4 Visão Genômica 8 Metodologia 7 Perfil Molecular Completo 10 Marcadores Tumorais 11 Antígeno Carcinoembrionário (CEA) 11 Antígeno Tissular Polipeptídeo (TPA) 12 Antígeno CYFRA 21.1 12 Antígeno de Carcinoma de Células Escamosas (SCC) 13 Enolase Neuronal Específica (NSE) 13

PAINEL LUNG SCAN Next Generation Sequence (NGS) 4 O câncer de pulmão está hoje entre os tumores malignos mais frequentes e que mais mata em todo o mundo. Tem como características fundamentais uma alta agressividade, mortalidade e uma crescente incidência, principalmente entre as mulheres e nos países em desenvolvimento. Segundo dados recentes do Ministério da Saúde, o número de novos casos de câncer de pulmão estimados para o Brasil no ano de 2012 (projeção se estende para 2013) foi de 17.200 entre homens e de 10.110 nas mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 18 casos novos a cada 100 mil homens e dez para cada 100 mil mulheres (http://www.inca.gov.br/estimativa/2012). Apesar de avanços significativos nas áreas de biologia molecular e genética, bem como nas áreas de diagnóstico e terapia, essa neoplasia continua representando um desafio para os oncologistas. O câncer de pulmão permanece como uma doença altamente letal. A sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. Ao final do século XX, o câncer de pulmão tornouse uma das principais causas de morte evitáveis. Histológica e clinicamente, os carcinomas pulmonares são classificados em carcinoma de pulmão de células não pequenas (non-small cell lung cancer, NSCLC) e carcinoma de pulmão de células pequenas (small cell lung cancer, SCLC). O NSCLC é o mais frequente dentre os dois subtipos, contendo de 75 a 80% de todos os casos 1. Na ocasião do diagnóstico, a grande maioria dos pacientes com NSCLC apresenta a doença em estágio avançado, que motiva um alto índice de mortalidade. Estima-se que no momento do diagnóstico, 25% dos pacientes apresentem a extensão da neoplasia para os linfonodos mediastinais e 55% metástases à distância 2. A carcinogênese tem como origem um processo PERFIL CANCÊR DE PULMÃO

de múltiplas etapas durante as quais células tumorais progressivamente adquirem alterações genéticas que permitem a proliferação celular descontrolada. Na última década, devido à introdução de novas tecnologias para sequenciamento e análise do DNA em larga escala (sequenciamento paralelo em larga escala ou next generation sequence NGS), iniciou-se uma nova etapa no mapeamento das alterações genéticas responsáveis pelo processo da carcinogênese 3. O aumento da velocidade, combinado a uma substancial redução de custos, permitiu que genomas completos de tumores fossem sequenciados com mais facilidade. Tornou-se evidente que tumores individuais podem na verdade conter de dezenas a milhares de mutações. Por exemplo: o sequenciamento completo de um adenocarcinoma pouco diferenciado de um paciente ex-fumante identificou com alto nível de precisão aproximadamente 50.000 variações genéticas, sendo que 530 dessas variações foram classificadas como mutações somáticas com uma frequência genômica de mutações somáticas de aproximadamente 17.7 por megabase (106 bases) 4. Apesar dos avanços, a grande maioria dessas alterações permanecem com significado clínico desconhecido. No entanto, a pesquisa básica, aliada à pesquisa clínica, foi capaz de identificar um pequeno grupo de mutações que não somente são necessárias para o desenvolvimento e progressão de tumores específicos, mas que também para a manutenção e sobrevida desses tumores. Essas mutações foram denominadas mutações driver devido à sua importância no desenvolvimento desses tumores, e de imediato passaram também a ser consideradas alvos a serem explorados no desenvolvimento de novas terapias 5. 5 Referências Bibliográficas 1. Raben, A. et al. Phase II trial of combined surgical resection, high dose rate intraoperative radiation therapy, and external beam radiotherapy for malignant pleural mesothelioma. International Journal of Radiation Oncology Biology Physics, v. 39, n. 2, p. 316-316, 1997. 2. Seregni, E. et al. Tumor-Marker Evaluation in Patients with Lung-Cancer. Scandinavian Journal of Clinical & Laboratory Investigation, v. 55, p. 67-71, 1995. 3. Daniels M, Goh F, Wright CM, Sriram KB, Relan V, Clarke BE, Duhig EE, Bowman RV, Yang IA, Fong KM. Whole genome sequencing for lung cancer. J Thorac Dis. 2012 Apr 1;4(2):155-63. 4. Pao W, Iafrate AJ, Su Z. Genetically informed lung cancer medicine. J Pathol. 2011 Jan; 223(2):230-40. 5. Pao W, Girard N. New driver mutations in non-small-cell lung cancer. Lancet Oncol. 2011 Feb; 12(2):175-80.

Tabela1: FREQUÊNCIA DAS MUTAÇÕES DRIVER EM NSCLC GENE ADENOCARCINONA CARCINOMA DE CÉLULA ESCAMOSA EGFR 5-15% <5% ALK 5-15% <5% HER2 <5% 0 BRAF <5% 0 KRAS >15% <5% PIK3CA <5% <5% AKT1 0 <5% MAP2K1 <5% 0 6 MET <5% <5% Adaptado de Pao e Girard, Lancet Oncol 2011; 12: 175-80 A abordagem tradicional para o tratamento do câncer de pulmão vinha sendo baseada na classificação histológica dos tumores, sendo a principal distinção entre o carcinoma de pulmão de células pequenas (small cell lung cancer, SCLC) e o carcinoma de pulmão de células não pequenas (non-small cell lung cancer, NSCLC), que engloba as histologias de adenocarcinoma, carcinoma de grandes células e carcinoma de células escamosas. Essa abordagem terapêutica tradicional, especialmente nos casos de NSCLC, baseavase no uso uniforme da quimioterapia citotóxica. Essa modalidade terapêutica aparentemente atingiu um plateau em termos de eficácia 6. No entanto, a última década evidenciou que o NSCLC, na verdade, era composto por diferentes subtipos que poderiam ser definidos a nível molecular pela presença ou ausência de mutações driver. PERFIL CANCÊR DE PULMÃO

Tipos histológicos Tipos moleculares - 1987 GrANDeS CÉlUlAS epidermoide ADeNOCArCiNOMA KrAS DeSCONHeCiDO Tipos moleculares - 2011 Tipos moleculares - 2004 AKT-1 MAP2K1 egfr BrAf MeT Pi3KCA DeSCONHeCiDO 7 KrAS DeSCONHeCiDO Her-2 emlk-al4 egfr KrAS Pao, W. New driver mutations in non-small-cell lung cancer Lancet Oncol 2011;12:175-80 Referências Bibliográficas 6. Rengan R, Maity AM, Stevenson JP, Hahn SM. New strategies in non-small cell lung cancer: improving outcomes in chemoradiotherapy for locally advanced disease. Clin Cancer Res. 2011 Jul 1; 17(13):4192-9.

Partindo do pressuposto que a presença ou ausência de mutações driver podem influenciar substancialmente o desfecho terapêutico selecionado para o paciente com câncer de pulmão, o tratamento moderno para o câncer de pulmão passou a envolver a genotipagem prospectiva como ferramenta essencial para a escolha da modalidade terapêutica apropriada. Além dos dados que dão base ao uso de inibidores tirosino-quinase da via EGFR (gefitinibe, erlotinibe e afatinibe) e ALK, usados respectivamente nos pacientes com mutações de sensibilidade do EGFR e fusão EML4- ALK e ROS, estima-se que novas terapias-alvo serão incorporadas ao arsenal terapêutico contra o câncer de pulmão nos próximos cinco anos. Inicialmente, os testes para avaliação das mutações driver em câncer de pulmão eram solicitados de forma sequencial 7. Contudo, o surgimento de novas plataformas de sequenciamento a um custo menor, a escassez de material de biópsia inerente a maioria dos pacientes com câncer de pulmão e a necessidade de resultados rápidos que sustentem tanto linhas subsequentes de tratamento, como a inclusão de pacientes em estudos clínicos com novas drogas alvo, apontam para o uso crescente de testes moleculares que permitam a análise simultânea de várias mutações driver 8. Esse conceito foi ratificado durante o último congresso da ASCO (American Society of Clinical Oncology), realizado em Chicago entre 31 de maio e 04 de junho de 2013. Painel Lung Scan NGS - Visão genômica 8 Genes: AKT1 (14q32.32), ALK (2p23), BRAF (7q34), CTNNB1 (3p21), DDR2 (1q23.3), EGFR (7p12), ERBB2/HER2 (17q12), ERBB4 (2q33.3-q34), FBXW7 (4q31.3), FGFR1 (8p12), FGFR2 (10q26), FGFR3 (4p16.3), KRAS (12p12.1), MAP2K1 (15q22.1-q22.33), MET (7q31), NOTCH1 (9q34.3), NRAS (1p13.2), PIK3CA (3q26.3), PTEN (10q23.3), SMAD4 (18q21.1), STK11 (19p13.3), e TP53 (17p13.1). PERFIL CANCÊR DE PULMÃO

Metodologia Bloco de Parafina 2. Extração e purificação do DNA da área tumoral 3. Quantificação do DNA 4. PCR Multiplex por emulsão 1. Preparação de lâminas e marcação da área tumoral por patologista Perfil Lung Scan NGS 9 7. Análise e mapeamento das mutações 5. Sequenciamento dos produtos pelo PGM 8. Elaboração do relatório final 6. Armazenamento e análise das sequências no Servidor Ion Torrent Diagrama ilustrativo do processamento das amostras para o Painel Lung Scan NGS Referências Bibliográficas 7. Pao W, Miller VA. Epidermal growth factor receptor mutations, small-molecule kinase inhibitors, and non-smallcell lung cancer: current knowledge and future directions. J Clin Oncol. 2005 Apr 10; 23(11):2556-68. 8. Nebhan C, Pao W. Further advances in genetically informed lung cancer medicine. J Thorac Oncol. 2013 May; 8(5):521-2.

Perfil Molecular Completo Além do Painel Lung Scan NGS, o Progenética Hermes Pardini também oferece outros exames para a determinação do perfil molecular completo de amostras de câncer de pulmão (NSCLC): MEDICAMENTO/AGENTE BIOMARCADOR PLATAFORMA ernotinibe, gefitinibe, afatinibe crizotinibe EGFR KRAS MET PIK3CA PTEN ALK ROS1 RET NGS, Cobas NGS NGS, IHC, FISH NGS NGS NGS, FISH FISH FISH, SEQ gemcitabina RRM1 IHC cetuximabe EGFR IHC (H-Score) 10 vemurafenibe BRAF NGS, Cobas imatinibe ckit SEQ (EX 9, 11, 13, 17) PDGFRA SEQ (EX 10, 12, 14, 18) sunitinibe ckit SEQ (EX 9, 11, 13, 17) ensaios clínicos (inibidores MEK e BRAF) BRAF NGS, Cobas KRAS NGS, SEQ (Codons 12, 13, 61) NRAS NGS, SEQ (Codons 12, 13, 61) ensaios clínicos (trastuzunabe, lapatinibe) HER2 (ERBB2) NGS, IHC, FISH ensaios clínicos (everolimus, temsirolimus) ensaios clínicos (PIK3CA, mtor, MEK, Inibidores de via IGF) PIK3CA PTEN PTEN NGS NGS, IHC NGS NGS - Sequenciamento de nova geração (next generation sequence) SEQ - Sequenciamento sanger IHC - Imunohistoquímica FISH - Hibridização fluorescente in situ (fluorescent in situ hybridization) PERFIL CANCÊR DE PULMÃO

MARCADORES TUMORAIS Antígeno Carcinoembrionário (CEA) O Antígeno Carcinoembrionário (CEA) é uma proteína oncofetal envolvida na adesão celular. A produção aumentada por células tumorais é causada pela desrepressão de genes que a codificam. O CEA é utilizado como marcador tumoral no câncer colorretal e alguns autores o consideram um marcador prognóstico também no câncer de pulmão. A histologia é um dado importante na utilização do CEA como marcador tumoral de câncer de pulmão, já que ele não tem se mostrado um bom marcador em pacientes com SCLC (Carcinoma de Pulmão de Pequenas Células). Valores elevados podem ser encontrados em pacientes com Carcinoma de Pulmão Não-Pequenas Células (NSCLC), e, desses, os níveis estão relacionados à resposta ao tratamento. As concentrações de CEA são significativamente mais altas nos adenocarcinomas. O CEA pode ser utilizado em conjunto com outros marcadores na investigação da recorrência da doença, e níveis aumentados podem predizer baixa sobrevida. Uma estratégia interessante na avaliação do prognóstico e risco de recorrência é a adoção de índices compostos por vários marcadores e a identificação de mutações que podem ser alvos terapêuticos. Alguns autores sugerem o uso simultâneo de CYFRA 21.1 e CEA para aumentar o valor prognóstico. Deve-se ressaltar que o CEA não é um marcador sensível ou específico e frequentemente está elevado em fumantes. Valores aumentados também ocorrem em distúrbios benignos, como cirrose alcoólica, doenças hepáticas, doenças intestinais, doença fibrocística da mama, bronquite, infecções pulmonares e insuficiência renal. 11

Antígeno Tissular Polipeptídeo (TPA) O Antígeno Tissular Polipeptídeo (TPA) é um polipeptídeo de cadeia simples que tem sido isolado de membranas celulares e do retículo endoplasmático liso de células malignas. O teste é capaz de detectar três antígenos que correspondem às citoqueratinas 8, 18 e 19. Ele pode estar aumentado em doenças benignas como hepatite, cirrose, diabetes mellitus e colecistite. Níveis acima de 100 U/L em pacientes com Carcinoma de Pulmão Não-Pequenas Células (NSCLC) parecem estar associados a menor sobrevida. O teste pode ser útil na monitorização de pacientes durante a quimioterapia. 12 Antígeno CYFRA 21.1 Cyfra 21.1 é um fragmento da citoqueratina 19, uma proteína encontrada no citoplasma de células epiteliais tumorais e liberada no soro sob a forma de fragmentos solúveis. Cyfra 21.1 está associado a carcinomas de células epiteliais, dentre eles o Carcinoma Pulmonar Não-Pequenas Células (NSCLC), principalmente com histologia de Carcinoma de Células Escamosas. A sensibilidade deste marcador para NSCLC varia de 23 a 70% e ele parece estar relacionado à resposta terapêutica e ao prognóstico dos pacientes, podendo ser utilizado em conjunto com outros testes para estes fins. Segundo alguns autores, é um marcador útil na detecção de recidiva da doença. O antígeno Cyfra 21.1 também pode estar elevado em Carcinoma Pulmonar de Pequenas Células (SCLC), câncer de bexiga, de cérvice e de cabeça e pescoço. Aumenta inespecificamente em algumas patologias benignas pulmonares, gastrintestinais, ginecológicas, urológicas e de mama. PERFIL CANCÊR DE PULMÃO

Antígeno de Carcinoma de Células Escamosas (SCC) O Antígeno de Carcinoma de Células Escamosas é uma proteína estrutural citoplasmática e sua concentração circulante pode estar elevada em Carcinomas de Células Escamosas. A sensibilidade para o Carcinoma Pulmonar Não-Pequenas Células (NSCLC) varia de 15 a 55%, sendo maior para Carcinoma de Células Escamosas. Níveis elevados também são encontrados em doenças dermatológicas, doenças pulmonares inflamatórias, doenças renais e hepáticas. Enolase Neuronal Específica (NSE) Enolase Neuronal Específica (NSE) é uma isoenzima glicolítica neuroespecífica da enolase, produzida no sistema nervoso central e periférico e em tumores malignos de origem neuroectodérmica. Sua sensibilidade na detecção de Câncer Pulmonar de Pequenas Células (SCLC) é de até 74% e níveis elevados podem estar relacionados a menor sobrevida. No Carcinoma Pulmonar Não-Pequenas Células (NSCLC), altos níveis de NSE estão associados a pior prognóstico. A NSE não é suficientemente sensível e especifica para diferenciar SCLC de NSCLC e não substitui a avaliação histológica. A queda dos valores após tratamento primário é indicativo de resposta terapêutica e melhor prognóstico. NSE também é encontrada em uma variedade de células circulantes, como eritrócitos e plaquetas, e pode estar aumentada em caso de hemólise, doenças inflamatórias e desordens neuroendócrinas. 13 Referências Bibliográficas Grunnet M, Sorensen JB. Carcinoembryonic antigen (CEA) as tumor marker in lung cancer. Lung Cancer 2012;76:138-143. Greenberg AK, Lee MS. Biomarkers for lung cancer: clinical uses. Curr Opin Pulm Med 2007; 13:249-255. Almeida JRC, Pedrosa NL, Leite JB, Fleming TRP, Carvalho VH, Cardoso AAA. Marcadores Tumorais: Revisão de Literatura. Revista Brasileira de Cancerologia 2007;53(3):305-316. Sturgeon C. Practice Guidelines fot Tumor Marker Use in the Clinic. Clinical Chemistry 2002;48(8): 1151-1159. Kulpa J, Wójcik E, Reinfuss M, Kolodziejski L. Carcinoembryonic Antigen, Squamous Cell Carcinoma Antigen, CYFRA 21-1, and Neuron-specific Enolase in Squamous Cell Lung Cancer Patients. Clinical Chemistry 2002;48(11):1931-1937. Diamandis EP, Fritsche HA, Lilja H, Chan DW, Schwartz MK. Tumor markers Physiology, Pathobiology, Technology, and Clinical Applications. Washington: AACC Press, 2002.

Responsável Técnico: Dr. Carlos Gil Moreira Ferreira CRM 52-57198-8 Av. Presidente Vargas, 962 / 3º andar Centro. CEP 20071-002. Rio de Janeiro/RJ www.progenetica.com.br. (21) 2540-5529 Av. das Nações, 2.448 - Distrito Industrial CEP 33200-000. Vespasiano/MG (31) 3228.6200 atendimento@hermespardini.com.br www.hermespardini.com.br