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Transcrição:

ÍNDICE 1. Introdução 2. AFCAL - Enquadramento do Sistema Ponto Verde 3. Gestão de Resíduos 4. A Embalagem de Cartão para Alimentos Líquidos - ECAL 5. Recolha Selectiva 6. Reciclagem das Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos 7. Sistema de Gestão de Resíduos de Embalagem em Portugal 8. O que fazer com as ECAL 9. O Nosso Papel 10. Contactos 3 4 5 6 10 12 19 21 23 24 afcal

1. INTRODUÇÃO AAFCAL-Associação dos Fabricantes de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos, foi constituída em 1996 com o objectivo de representar o sector junto das entidades públicas e privadas. Consolida a sua posição enquanto representante do sector das embalagens de cartão para alimentos líquidos na Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Papel e Cartão (RECIPAC). REÚNE: Empresas que comercializam ou fabricam material de embalagem ou outros componentes das embalagens de cartão para alimentos líquidos no mercado nacional. TEM COMO FUNÇÃO: Garantir que todos os resíduos de embalagens de cartão para alimentos líquidos recolhidos e triados são encaminhados para reciclagem através do Sistema Ponto Verde. A SUA INTERVENÇÃO: No âmbito do Sistema Ponto Verde visa, essencialmente, contribuir com diversas entidades, para o aumento do número de retomas de papel e cartão. FAZEM PARTE DA ASSOCIAÇÃO: SIG Combibloc Tetra Pak Portugal, S.A. Tetra Pak Tubex, Portugal Lda. 3

2. AFCAL - Enquadramento no Sistema Ponto Verde afcal AFCAL - ASS. DOS FABRICANTES DE EMB. DE CARTÃO P/ ALIMENTOS LÍQUIDOS SISTEMA PONTO VERDE SOCIEDADE PONTO VERDE EMBOPAR 54,2% DISPAR 20% INTERFILEIRAS 20% FILEIRA PAPEL E CARTÃO RECIPAC ANAREPRE - ASS. NAC. DE RECUPERADORES DE PRODUTOS RECICLÁVEIS ANIPC - ASS. NAC. DE INDUSTRIAIS DE PAPEL E CARTÃO AUTARQUIAS 2,8% OUTROS 3% FILEIRAS DE OUTROS MATERIAIS APIGRAF - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS COMUNICAÇÃO VISUAL E TRANSFORMADORAS DO PAPEL CELPA - ASS. DA INDÚSTRIA PAPELEIRA 4

QUANTIDADES ESTIMATIVA DE MERCADO POTENCIAL POR MATERIAL DE EMBALAGEM (VALORES EM TON.) 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 VIDRO 342 286 349 577 357 023 364 627 372 394 380 326 388 427 396 700 405 150 PLÁSTICO 313 839 323 254 332 952 342 940 353 229 362 059 371 111 380 389 389 898 PAPEL 514 761 522 997 531 888 543 058 556 634 573 333 593 400 617 136 647 993 AÇO 84 059 85 500 86 963 88 447 89 954 91 483 93 035 94 611 96 211 ALUMÍNIO 8 768 8 900 9 034 9 169 9 307 9 446 9 588 9 732 9 878 MADEIRA 89 895 111 193 124 503 143 852 150 339 156 996 163 835 170 860 178 086 OUTROS MATERIAIS 8 064 8 145 8 226 8 308 8 392 8 475 8 506 8 646 8 732 TOTAL 1 361 672 1 409 566 1 450 589 1 500 402 1 540 248 1 582 119 1 627 956 1 678 074 1 735 948 Nota: os valores apresentados são estimativas (valores médios) do total de embalagens colocadas no mercado nacional, incluindo embalagens urbanas e embalagens não urbanas. Sendo estimativas utilizadas pela S PV, poderão ser alteradas a qualquer momento, caso haja informação adicional que assim o implique. Fonte: Sociedade Ponto Verde, S.A. (2005) 5

3. GESTÃO DE RESÍDUOS L ixo é aquilo que se deita fora por não satisfazer mais as necessidades do seu possuidor. É qualquer coisa da qual se quer desembaraçar, porque não tem mais valor comercial associado; resíduo é a designação mais correcta e a que passaremos a usar. Os Resíduos podem ser classificados em função da sua perigosidade e do local onde são produzidos. CATEGORIAS DE RESÍDUOS - PORTUGAL (% em peso) Resíduos Perigosos... 18% Resíduos não Perigosos (RNP)... 82% (RSU) (RNP) (RE) Resíduos Industriais...56 % Resíduos Sólidos Urbanos (RSU)... 44% Resíduos Orgânicos... 35% Outros Resíduos... 38.5% Resíduos de Embalagem (RE)... 26.5% Resíduos de Embalagens para Alimentos Líquidos...16% Resíduos de Embalagens de Cartão para Alimentos Líquidos (ECAL)... 2.7% Outros Resíduos... 81.3% Fonte: INR 1999 6

4. A EMBALAGEM DE CARTÃO PARA ALIMENTOS LÍQUIDOS - ECAL LUZ UMA SOLUÇÃO SEGURA E EFICAZ PRODUZIDA A PARTIR DE RECURSOS RENOVÁVEIS A embalagem alimentar acompanha o Homem desde há milhares de anos. Hoje em dia, na Europa, são consumidas cerca de 70 milhões de embalagens de cartão que contêm alimentos líquidos, na sua maioria leite e sumos. A segurança, eficiência e a sustentabilidade ambiental são factores que o consumidor espera de uma embalagem, desde o momento em que foi cheia até ao destino final. OXIGÉNIO SABORES PROTECÇÃO DOS ALIMENTOS A embalagem de cartão para alimentos líquidos (ECAL) é robusta, inquebrável e estanque. Através da combinação dos materiais cartão/ polietileno/ alumínio, a embalagem apresenta excelentes propriedades e óptima performance, alcançando: Maiores níveis de segurança, higiene e conservação de nutrientes Protecção do sabor e frescura dos alimentos. A embalagem asséptica de cartão protege os alimentos mais sensíveis, contra factores como o oxigénio, a luz e bactérias, apresentando-se também como uma boa solução para a distribuição dos alimentos à temperatura ambiente sem serem necessários conservantes. DISTRIBUIÇÃO RACIONAL Na fase anterior ao enchimento, as embalagens são fornecidas em rolos de cartão impresso, exigindo um número reduzido de veículos e de viagens para o seu transporte. Após o enchimento, em virtude da sua forma, a embalagem aproveita a totalidade do espaço disponível no veículo de transporte, o que permite a sua optimização. As embalagens de cartão para alimentos líquidos protegem o seu conteúdo da forma mais segura, utilizando uma quantidade mínima de recursos naturais. Actualmente uma embalagem Tetra Brik Asseptic pesa cerca de 27 gramas, o que representa apenas 3% do conjunto embalagem/produto. 7

RECURSOS RENOVÁVEIS O material dominante destas embalagens é o cartão, que é uma matéria-prima renovável. O cartão representa 75% do peso total da embalagem. A fibra virgem utilizada na Europa é, essencialmente, proveniente de florestas da Escandinávia (Suécia, Noruega e Finlândia) cuja gestão, efectuada de forma sustentada, garante a diversidade do ecossistema natural e o controlo das zonas de abate industrial. A fibra das embalagens de cartão para alimentos líquidos é obtida das árvores pequenas ou de peças de árvores grandes que não podem ser utilizadas para a produção de madeira. A ECAL é a única embalagem para alimentos líquidos constituída por mais de 50% de matéria- -prima renovável. IMPACTO AMBIENTAL O impacto ambiental das embalagens só pode ser correctamente avaliado se considerarmos o ciclo de vida do produto. A avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma técnica de gestão ambiental que permite avaliar os aspectos ambientais e potenciais impactos associados a um sistema (produto ou serviço) ao longo de todo o seu ciclo de vida, isto é, desde a extracção das matérias-primas, sua produção e utilização até à deposição final. Estudos sobre Análise Ciclo de Vida (LCA s Life Cycle Assessment) concluíram que, do ponto de vista ambiental, não existe uma superioridade universal entre sistemas de embalagem. Sendo que a embalagem de cartão para alimentos líquidos, quando comparada com a embalagem de vidro no estudo desenvolvido pelo Instituto Faunhofer na Alemanha (UBA II, 2002), apresenta um perfil ambiental idêntico. 8

ECONOMIA DE RECURSOS As embalagens de cartão para alimentos líquidos devem a sua eficácia ao tipo de fabrico por camadas: laminação. Através da combinação dos três materiais - cartão, polietileno e alumínio - tanto o peso como a dimensão total da embalagem são reduzidos ao mínimo, permitindo utilizar apenas a quantidade indispensável às respectivas funções. FRACÇÃO CARTÃO 1- Polietileno 2- Papel 3- Polietileno 4- Alumínio 5- Polietileno 6- Polietileno Constitui cerca de 75% do peso da embalagem. Obtém-se a partir de fibras longas, extraídas da madeira.. É por isso uma matéria-prima renovável. Confere rigidez e resistência à embalagem. FRACÇÃO POLIETILENO Constitui cerca de 20% do peso da embalagem. Impermeabiliza a embalagem e funciona como agente de adesão das restantes camadas. A utilização de camadas muito finas minimiza a utilização de recursos. FOLHA ALUMÍNIO Constitui cerca de 5% do peso da embalagem (presente apenas nas embalagens de produtos de longa duração). As embalagens, para produtos ultrapasteurizados, exigem uma barreira anti-oxigénio mais eficaz. O alumínio constitui um excelente material para esta finalidade e a folha utilizada tem a espessura de apenas 0,0065 microns. 9

5. RECOLHA SELECTIVA N a Europa são inúmeros os sistemas de recolha selectiva de embalagens de cartão para alimentos líquidos cujo destino é a reciclagem. Todos eles se baseiam na colaboração activa dos cidadãos e autarquias. Os sistemas devem ser adaptados às características de cada comunidade: densidade populacional, tipos de habitação, hábitos de consumo, clima, variações sazonais e sistemas já existentes. Um sistema de recolha eficiente constitui um requisito indispensável para garantir a viabilidade económica da reciclagem. A existência de uma estrutura de recolha de diferentes materiais recicláveis a nível nacional é outra das garantias de reciclagem e permite atingir elevados níveis de adesão. SISTEMA DE RECOLHA PORTA-A-PORTA A recolha porta-a-porta, tal como o nome indica, permite que o consumidor coloque os resíduos devidamente separados à porta de sua casa/prédio para que os serviços municipalizados, posteriormente, procedam à sua recolha, assim sendo, o consumidor não necessita de se deslocar ao local de deposição. O sistema de acondicionamento dos resíduos pode variar consoante o tipo de zona habitacional: Baixa densidade populacional (moradias e vivendas) - Sacos e/ou contentores Alta Densidade Populacional (prédios altos com ou sem casa do lixo) - Sacos e/ou contentores O tipo de recolha porta-a-porta é mais utilizado em zonas de alta densidade populacional, onde as quantidades de material recolhidas justificam os elevados custos deste sistema. Os municípios de Oeiras e Maia foram pioneiros nesta área, e outros municípios seguiram o seu exemplo. Lisboa, Mafra, Loures e Porto, são alguns dos exemplos da implementação de sistemas de recolha porta-a-porta. 10

SISTEMA DE RECOLHA POR ECOPONTO Ecoponto é um conjunto de contentores destinados à deposição de vários materiais: papel/cartão, vidro, plástico e metal. Este sistema de recolha é utilizado em grande escala, não só em Portugal mas também no resto da Europa. O consumidor armazena em casa separadamente os resíduos e, periodicamente, transporta-os até ao ecoponto mais próximo. Em Portugal,bem como em outros países (ex. Itália, Suécia, França), as embalagens de cartão para alimentos líquidos são, na sua maioria, recolhidos conjuntamente com o papel e cartão. Contudo, existem casos em que estas embalagens são recolhidas juntamente com as embalagens de plástico e metal, sendo posteriormente separadas das restantes fracções (exemplos: Espanha, Alemanha, Bélgica). Este tipo de recolha adapta-se a diversos aglomerados populacionais, centros urbanos e zona rurais. RECOLHA NAS ESCOLAS Em Portugal, à semelhança do que acontece em muitos países Europeus, vigora o programa do leite escolar, onde a distribuição é efectuada em embalagens de cartão para alimentos líquidos. Em Portugal, através da parceria entre a AFCAL e várias entidades, foi desenvolvido um programa que visa recolher as embalagens nas escolas, sensibilizando os alunos, professores e auxiliares de educação para a preservação do ambiente (ex. projecto nas escolas de ensino básico do Concelho de Sintra). SISTEMA OKO BOX Na Áustria encontra-se implementado um sistema em que se utilizam caixas ou unidades de envio. Os consumidores vão armazenando as embalagens espalmadas e escorridas, no interior da OKO BOX. Uma vez cheia, a caixa é enviada pelo correio, directamente para o reciclador. Este sistema não é muito utilizado em outros países devido aos elevados custos deste tipo de recolha. 11

6. RECICLAGEM DAS EMBALAGENS DE CARTÃO PARA ALIMENTOS LÍQUIDOS A opção reciclagem como destino final das embalagens, é a mais desejável do ponto de vista ambiental. Reciclagem é o processo industrial que transforma material ou objectos que não têm utilidade em novos objectos úteis. Existem vários processos de reciclagem de embalagens de cartão para alimentos líquidos, em todo o mundo, visando a recuperação dos constituintes da embalagem. RECICLAGEM MECÂNICA - DESFIBRAÇÃO A desfibração é um processo universal de reciclagem de papel/cartão. Este processo começa com o enchimento do hidropulper com água e embalagens. Agentes químicos como o hidróxido de sódio podem ser adicionados, cuja função é aumentar o PH e provocar a dilatação mais rápida das fibras, diminuindo o tempo necessário ao processo. A mistura é agitada durante 15 a 60 minutos e as fibras vão sendo separadas dos restantes constituintes. O polietileno e alumínio são sucessivamente separados através de processos de centrifugação/filtração. Após as fibras estarem totalmente separadas do polietileno e alumínio seguem para a máquina de papel sob a forma de pasta de papel, onde são transformadas em papel/cartão reciclado. O polietileno e alumínio resultantes deste processo, possuem propriedades térmicas bem definidas que permitem a sua valorização através dos vários processos. Hidropulper Pasta de papel Bobina de papel reciclado Objectos reciclados 12

RECICLAGEM POR COMPRESSÃO TÉRMICA (TECTAN ) O Tectan é um produto de alta resistência obtido através da moldagem térmica de resíduos de embalagens para alimentos líquidos. As embalagens são farripadas, lavadas e espalmadas em camadas com a espessura que se pretenda. Posteriormente são sujeitas a um choque térmico de cerca de 170ºC e a uma prensagem. O calor derrete o polietileno que cola a fibra já comprimida, bem como as aparas de alumínio, de forma a dar origem a uma placa com alguma elasticidade. Esta placa é sujeita a um rápido arrefecimento, tornando-se um aglomerado resistente com uma superfície impermeável e brilhante. Os produtos tectan podem ser termomoldados dando origem a uma enorme variedade de objectos. O polietileno é um eficiente agente colante. Não há necessidade de adicionar produtos químicos como o formaldeído de ureia, convencionalmente empregue na colagem de aglomerados ou folheados de madeira. Uma das empresas onde é produzido o Tectan, é a EVD, na Alemanha (www.tectan.de). PROCESSO POR COMPRESSÃO MATERIAL EM BRUTO DISPERSÃO DO MATERIAL MATERIAL MOÍDO ESTAÇÃO DE MODELAGEM DAS PRANCHAS Mobiliário em Tectan PRESSÃO A QUENTE PRESSÃO A FRIO PRANCHA SEMI- -ACABADA CORTES DAS PRANCHAS PRODUTO ACABADO 13

RECICLAGEM POLIETILENO-ALUMÍNIO A reciclagem de ECAL, aproveitando as fibras celulósicas, origina cerca de 25% de resíduos de polietileno e alumínio. Estes resíduos, devido às suas propriedades, podem ser reprocessados através de reciclagem ou aproveitamento energético, conforme disponibilidade, viabilidade comercial e local onde o processo será aplicado. RECICLAGEM EXTRUSÃO / INJECÇÃO O polietileno e alumínio podem ser utilizados para substituição do polietileno de baixa densidade em certos produtos plásticos. Vários estudos, indicaram que o material contendo alumínio torna-se mais resistente à tensão e apresenta- -se, consequentemente, mais rígido que o material puro. O processo mais frequente de reciclagem mecânica é através da extrusão e posterior injecção por moldagem. Os produtos resultantes deste processo são variados: vasos para plantas, contentores de lixo, vassouras, etc. Extrusão do Polietileno e alumínio Objectos reciclados 14

TECNOLOGIA PLASMA O utra possibilidade de reciclagem, mais recente, é através da tecnologia plasma. Este método permite a separação do alumínio e do polietileno e constitui uma inovação ao processo normal de reciclagem de ECAL que permitia a separação do papel mas mantinha o plástico e alumínio juntos. A Tecnologia plasma permite a recuperação e posterior aplicação de todos os componentes em separado. A emissão de poluentes durante a valorização dos materiais é mínima, e apresenta uma taxa de eficiência energética próxima dos 90%. Este processo sintetiza o melhor do ponto de vista sustentável: preservação do ambiente e inovação tecnológica. Esta nova tecnologia foi desenvolvida no Brasil e o sistema usa energia eléctrica para aquecer a 15.000ºC a mistura de alumínio e polietileno. Com o processo, o alumínio é totalmente recuperado em forma de lingotes de alta pureza e posteriormente utilizado para a fabricação de novas folhas de alumínio. O polietileno é transformado em parafina, que é comercializada na indústria química e cosmética. O cartão, extraído na 1º fase do processo, é transformado em cartão reciclado. Lingotes Parafina 15

INCINERAÇÃO COM APROVEITAMENTO ENERGÉTICO O utra tecnologia para lidar com os componentes não fibrosos - alumínio/polietileno é a pirólise, que consiste num arrefecimento controlado a uma temperatura suficientemente alta para gaseificar o polietileno e baixa para conservar o alumínio intacto e puro. O polietileno gaseificado, rico em conteúdo energético, é um excelente combustível para a secagem da polpa de papel e para a alimentação da própria pirólise. Este processo é utilizado, por exemplo, em Espanha, na Nesa. Embalagens 1 000 kg Água (Temperatura ambiente) Circuito fechado Produção do papel Papel Kraft 750 Kg Secagem do papel Hidro pulper 45 Plástico e alumínio Alumínio sem oxidação Fibra de papel Combustão do polietileno Polietileno e alumínio triturados Triturador Centrifugadora Alumínio oxidado Sulfato de alumínio 50 Kg 16

RECICLAGEM DE EMBALAGENS DE CARTÃO PARA ALIMENTOS LÍQUIDOS NA EUROPA A AFCAL,representante dos fabricantes de embalagens de cartão para alimentos líquidos, garante a reciclagem destas embalagens depois de devidamente separadas e triadas. Os índices de reciclagem dependem essencialmente da existência de sistemas nacionais de recolha, bem geridos e financiados. Gradualmente, estes sistemas, estão a ser implementados em todos os Estados Membros de forma a dar cumprimento aos objectivos de reciclagem estabelecidos pela Directiva comunitária sobre embalagens e resíduos de embalagens de 1994 (CE/62/94), recentemente alterada pela Directiva CE/12/04 de 11 de Fevereiro de 2004. Directiva 94/62 Directiva 04/12 Prazo 2001 - UE 12 2005 - GR, IRL, POR 2008 - UE 12 2011 - GR, IRL, POR (prazo a definir para novos membros) Meta de Valorização para todos os materiais Mínimo 50% Máximo 65% Mínimo - 50% Meta de Reciclagem para todos os materiais Mínimo 25% Máximo 45% Mínimo - 55% Máximo 80% Meta de Reciclagem por Material Mínimo 15% para todos os materiais Mínimos por material: Vidro - 60% Papel/Cartão - 60% Metal - 50% Plástico - 22,5% Madeira - 15% UE - União Europeia GR- Grécia IRL- Irlanda POR- Portugal 17

FÁBRICAS DE RECICLAGEM DE CARTÃO A RECICLAGEM DAS EMBALAGENS DE CARTÃO PARA ALIMENTOS LÍQUIDOS NA EUROPA N a maior parte destas fábricas, que reciclam ECAL e face à quantidade existente destes resíduos, a percentagem incorporada na reciclagem com outro tipo de cartão varia entre 2 a 5%. Outras situações existem em que esta percentagem é bastante superior - é o caso por exemplo da Alier em Espanha, que recebe até 50%, ou na Nesa também em Espanha, que pode trabalhar utilizando só este tipo de material. Fiskeby Orebro Corenso Varkaus Norske Skog Kemsley Altenried Scott Corenso Pori PWA Witzenhausen SAPB Lafarge DHP Matussiere & Forest Bauerfeind Raubling Alier Enso Nesa Cartiera dell Ania Mayr Melnhof Fábricas de reciclagem de ECAL 18

7. SISTEMA DE GESTÃO DE RESÍDUOS DE EMBALAGENS EM PORTUGAL LEGISLAÇÃO E SISTEMA PONTO VERDE - www.pontoverde.pt E m 1997 e com o objectivo do cumprimento da Directiva Europeia que estabelece metas de reciclagem mínimas para as embalagens, foi constituída a Sociedade Ponto Verde. A Directiva Europeia é transcrita para o direito nacional com o decreto lei n.º 366-A/97 que é alterado em 27 de Julho de 2000 pelo decreto lei nº 162/2000; este estabelece claramente as responsabilidades dos embaladores e dos fabricantes de material de embalagem. A Sociedade Ponto Verde (SPV) é a entidade responsável pela gestão de resíduos de embalagens urbanas e industriais, e para tal recorre a contratos com as autarquias/ sistemas multimunicipais e operadores privados para a recolha selectiva desses resíduos. A SPV celebra também contratos com as diversas fileiras dos materiais para garantir a retoma e valorização dos resíduos de embalagens. Os Fabricantes de embalagens / materiais de embalagem estão representados no Sistema Ponto Verde através das respectivas fileiras dos materiais. MATERIAL Papel/cartão Plástico Madeira Vidro Metal/Alumínio FILEIRA RECIPAC - www.recipac.pt PLASTVAL EMBAR CERV FIMETAL 19

A RECIPAC - www.recipac.pt Recipac - Associação Nacional de Recuperação e Reciclagem de Papel e Cartão é a fileira do papel e cartão na Sociedade Ponto Verde. A Recipac tem como missão garantir a retoma de todos os resíduos de papel e cartão recolhidos sob a responsabilidade da Sociedade Ponto Verde e no contexto da legislação sobre embalagens e resíduos de embalagens de papel e cartão, minimizando as quantidades de papel e cartão depositadas em aterro sanitário. A AFCAL está representada na Recipac com o objectivo primordial de garantir retoma dos lotes de embalagens de cartão para alimentos líquidos, quer directamente dos Sistemas multimunicipais/ /Autarquias, quer dos retomadores responsáveis pela triagem das diversas categorias de papel e cartão. Lote de papel e cartão 20

8. O QUE FAZER COM AS ECAL As embalagens de cartão para alimentos líquidos são produzidas nas mais diversas formas e tamanhos, consoante a aplicação e cliente. O principal componente em peso é o cartão que representa cerca de 75% do peso total da embalagem, cuja principal função é proporcionar rigidez. Adicionalmente, também se quer que a embalagem seja tão leve quanto possível, por exemplo: uma embalagem Tetra Brik Asseptic de 1 litro pesa aproximadamente 27gramas. A embalagem devido às suas características, é classificada segundo a norma internacional EN643 como uma embalagem de papel/cartão e, naturalmente, está representada, através da AFCAL, na fileira do papel e cartão Recipac. Da Recipac fazem parte, entre outras, empresas retomadoras de papel e cartão. Existem mais de 50 variedades de papel e cartão que vão da cartolina ao papel de escrita. Cada processo de produção tem a sua especificidade, é da responsabilidade dos retomadores a separação dos vários tipos de papel e cartão e o seu encaminhamento para as respectivas unidades recicladoras. Baseando-se neste princípio, a Recipac retoma das várias autarquias aderentes ao Sistema Ponto Verde lotes mistos, sendo o retomador responsável pela sua triagem. ECAL Este é o princípio em que se baseia a sinalética que a Sociedade Ponto Verde recomenda e que tem por base a simplicidade do processo para o cidadão (um só contentor para todo o papel e cartão) e assenta no princípio de que a triagem é um processo que deve ser feito no retomador. 21

Apesar da indicação da Sociedade Ponto Verde, como já foi referido, ser a colocação das ECAL no contentor azul juntamente com o restante papel e cartão, existem autarquias/sistemas multimunicipais que procedem de forma diferente, indicando a deposição das ECAL no contentor amarelo, em conjunto com as embalagens de plástico e metal. Neste caso, a triagem é feita pelas autarquias / sistemas multimunicipais e são constituídos lotes 100% ECAL. Resíduos de Plástico e Metal Resíduos de Papel e Cartão A AFCAL considera que existem especificidades locais que geram diferenças e que, assim sendo, deve ser feito um esforço extra no sentido de informar e esclarecer os consumidores. A AFCAL foi constituída com uma missão: dar garantia de retoma a todos os intervenientes, que tendo procedido à triagem destas embalagens, as queiram encaminhar para reciclagem. O objectivo é simples: garantir que todas as embalagens colocadas nos ecopontos, independentemente da cor do contentor, são encaminhadas para reciclagem. Objectos de Papel Reciclado 22

9. O NOSSO PAPEL C ada vez mais tomamos consciência dos problemas ambientais provocados pelo desenvolvimento, o qual se reflecte, na maioria dos casos, numa crescente produção de resíduos. Se a produção de resíduos é difícil de evitar; temos então que apostar na sua valorização, nomeadamente na reciclagem. A reciclagem propriamente dita começa com a recolha e encaminhamento dos resíduos. Contudo, a recolha depende da nossa adesão, enquanto cidadãos, à separação dos resíduos em casa. Se a Câmara Municipal ou Sistema Multimunicipal instalar sistemas de recolha de diversos materiais, nós devemos procurar separar convenientemente os resíduos fazendo cumprir as especificações técnicas exigidas, para que os resíduos possam posteriormente ser reciclados. O nosso papel é importante. Para depositar as embalagens de cartão para alimentos líquidos basta: 1. ESCORRER 2. ESPALMAR 3. DEPOSITAR NO ECOPONTO 23

10. CONTACTOS AFCAL: Engª Ingrid Falcão Tel: 21 417 51 60 TETRA PAK: Engª Vera Norte Tel: 21 416 56 19 COMBIBLOC: Wolfgang Stamm Tel: (0034) 914 841 337 RECIPAC: Dr. João Lança Rodrigues Tel: 21 799 85 25 LINKS ÚTEIS www.afcal.pt www.recipac.pt www.pontoverde.pt www.inresiduos.pt www.ace.be www.cartonbebidas.com www.tectan.de 24

afcal associação dos fabricantes de embalagens de cartão para alimentos líquidos Apartado 183, 2796-969 Linda-a-Velha, Portugal Tel. +351 21 417 51 60 Fax. +351 416 57 71 www.afcal.pt info.afcal@iol.pt