Orçamento do Estado para 2013 Principais Medidas Fiscais
Imposto Rendimento Pessoas Singulares (IRS) Taxas Gerais O número de escalões de IRS é reduzido de 8 para 5, enquanto as taxas de tributação são aumentadas, face a 2012, conforme tabela infra. 2012 2013 Rendimento Colectável ( ) Taxa Normal (%) Parcela a abater ( ) Rendimento Colectável ( ) Taxa Normal (%) Parcela a abater ( ) Até 4.898 11,50 --- Até 7.000 14,50 --- + de 4.898 até 7.410 14,00 122,45 + 7.000 até 20.000 28,50 980 + de 7.410 até 18.375 24,50 900,46 + 20.000 até 40.000 37,00 2.680 + de 18.375 até 42.259 35,50 2.921,81 + 40.000 até 80.000 45,00 5.880 + de 42.259 até 61.244 38,00 3.978,26 Superior a 80.000 48,00 8.280 + de 61.244 até 66.045 41,50 6.121,95 + de 66.045 até 153.300 43,50 7.442,61 Superior a 153.3000 46,50 12.041,72 2
IRS Taxa Adicional de Solidariedade (i) Passa a ser progressiva, mantendo-se a taxa de 2,5% aplicável sobre o quantitativo do rendimento colectável superior a 80.000 ( 153.000, em 2012), sendo introduzida uma nova taxa de 5% aplicável ao quantitativo de rendimento colectável superior a 250.000. (ii) De notar que o quantitativo da parte do rendimento colectável que exceda 80.000, quando superior a 250.000, é dividido em 2 partes, nos seguintes termos: uma parte, igual a 170.0000: 2,5% outra parte, superior a 250.000: 5% 3
IRS Sobretaxa Mantém-se a sobretaxa de 3,5%, abrangendo as pessoas singulares, residentes fiscais em Portugal, incidindo sobre a parte do rendimento colectável de IRS que exceda o valor da retribuição mensal mínima garantida, em resultado da soma dos seguintes rendimentos: Rendimentos sujeitos a englobamento (trabalho dependente, pensões, mais-valias imobiliárias, outros incrementos patrimoniais, etc.) Alguns rendimentos sujeitos a taxas especiais (gratificações não atribuídas pela entidade patronal, mais-valias mobiliárias, acréscimos patrimoniais não justificados, rendimentos de capitais devidos por entidades domiciliadas em país, território ou região sujeitas a um regime fiscal mais favorável que não tenham sido sujeitos a retenção na fonte em Portugal, e rendimentos de trabalho, empresariais e profissionais auferidos por residentes não habituais). 4
IRS Contribuição extraordinária de solidariedade (Pensões) As pensões passam a estar sujeitas a uma contribuição extraordinária de solidariedade, conforme tabela infra: Escalões ( ) Rendimento mensal Taxa (%) Até 1.350 --- + de 1.350 até 1.800 3,5% + de 1.800 até 3.750 16% + de 3.750 até 5.031 10% + de 5.031 até 7.546 25% Superior a 7.546 50% 5
IRS Taxas liberatórias (residente e não residentes) Aumentada de 26,5% para 28% a taxa aplicável sobre os seguintes rendimentos obtidos em Portugal, por residentes e não residentes: Juros de depósitos, juros e outras formas de remuneração de suprimentos Rendimentos de títulos de divida, operações de reporte e de cessões de créditos; Dividendos e Rendimentos de capitais auferidos por não residentes quando não tributados a taxa diferente Não Residentes Rendimentos do trabalho dependente, rendimentos empresariais e profissionais e pensões: 25% (taxa anterior de 21,5%). 6
IRS Taxas especiais (i) As mais-valias imobiliárias e outros rendimentos auferidos por não residentes em território português, não imputáveis a estabelecimento estável nele situado e não sujeitos a retenção na fonte às taxas liberatórias: Taxa especial de 28% (taxa anterior de 25%); (ii) O saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias mobiliárias, auferido por sujeitos passivos residentes e não residentes, é tributado à taxa de 28% (taxa anterior de 26,5%); (iii) Os rendimentos prediais auferidos por sujeitos passivos residentes e não residentes passam a estar sujeitos a uma taxa especial de 28% (anteriormente, sempre sujeitos a englobamento, quando obtidos por residentes). 7
Imposto Rendimento Pessoas Colectivas (IRC) Limitação à dedutibilidade de gastos de financiamento (i) (ii) São eliminadas as regras de subcapitalização Introduzidas novas regras de limitação à dedutibilidade de gastos financeiros líquidos, aplicáveis a todos os sujeitos de IRC, com excepção das entidades sujeitas à supervisão do Banco de Portugal e de sucursais em Portugal de instituições de crédito com sede em outro EM da EU, até à ocorrência do maior dos seguintes valores: 3 milhões ou 30% do resultado antes da depreciação, gastos de financiamento líquidos e impostos (EBITDA) Transitoriamente, o limite do EBIDTA é de 70% em 2013, 60% em 2014, 50% em 2015, 40% em 2016 e 30% em 2017 Prevê-se, ainda, a possibilidade de reportar nos 5 períodos seguintes o montante dos encargos não deduzidos, 8
IRC Entidades Não Residentes É aumentada de 15% para 25% a taxa aplicável aos seguintes rendimentos obtidos em Portugal por entidades não residentes e sem estabelecimento estável em Portugal: Royalties Prestações de Serviços / Comissões Rendimentos Prediais Derrama Estadual Incide sobre a parte do lucro tributável que exceda 1,5 M: taxa de 3% Taxa + elevada de 5% passa a incidir sobre os lucros que excedam 7,5 M (anteriormente 10 M) 9
Imposto do Selo Imóveis com valor patrimonial tributário = ou > a 1 M (Lei nº 55-A/2012, de 29,10) (i) A propriedade, o usufruto ou direito de superfície de prédios urbanos, com afectação habitacional, cujo valor patrimonial tributário, seja igual ou superior a 1 milhão, passaram a estar sujeitos a taxas de imposto do selo (ii) As taxas aplicáveis, a partir do ano de 2013, são as que a seguir se indicam: Por Prédio com afectação habitacional: 1% Por Prédio, quando os sujeitos passivos sejam pessoas colectivas residentes em Offshore: 7,5% 10
Benefícios Fiscais Fundos de investimento (i) O saldo entre as mais e as menos-valias obtidas por fundos de investimento mobiliário passa a ser tributado à taxa de 25% (taxa anterior 21,5%); (ii) Os rendimentos prediais líquidos obtidos por fundos de investimento imobiliário passam a ser tributados autonomamente à taxa de 25% (taxa anterior 20%); (iii) É revogada a exclusão de tributação das mais-valias resultantes da alienação de acções detidas por mais de 12 meses, de obrigações e de outros títulos de dívida, quando obtido por fundos de investimento abertos ou fechados de subscrição pública; (iv) Eliminação da dedução de 50% dos rendimentos relativos a fundos de investimento mobiliários e imobiliários quando os respectivos titulares sejam sujeitos passivos de IRC. 11
Benefícios Fiscais Pequenos investidores - IRS É revogada a isenção aplicável em sede de IRS, relativamente ao saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias resultantes da alienação de acções, obrigações e outros títulos de dívida, obtido por residentes em território português, concedida até ao limite de 500. 12
Lei Geral Tributária (LGT) Informações relativas a operações financeiras (i) Passa a estar obrigada a comunicação, na declaração de rendimentos dos sujeitos passivos de IRS, a existência e a identificação de contas de depósitos ou de títulos abertas em instituição financeira não residente em território português ou em sucursal de localizada no exterior de instituição financeira residente, de que sejam titulares, beneficiários ou que estejam autorizados a movimentar. (ii) Considera-se como beneficiário o sujeito passivo que controle, directa ou indirectamente, e independentemente de qualquer título jurídico, mesmo que através de mandatário, fiduciário ou interposta pessoa, os direitos sobre os elementos patrimoniais depositados nessas contas 13
LGT Prazo de caducidade relativo a operações financeiras O alargamento para 12 anos do prazo de caducidade aplicável a factos tributários conexos com contas de depósitos ou de títulos em instituições financeiras não residentes em Estados-membros da União Europeia, cuja existência e identificação não seja mencionada pelos sujeitos passivos de IRS na correspondente declaração de rendimentos, (que já existia) passa a ser aplicável às contas abertas em sucursal localizada fora da União Europeia de instituição financeira residente. 14
Cooperação Administrativa Fiscal Autorização Legislativa Transposição para a ordem jurídica O Governo fica autorizado a proceder à transposição para a ordem jurídica interna da Directiva comunitária relativa à cooperação administrativa no domínio da fiscalidade (Directiva n.º 2011/16/EU, do Conselho, de 15 de Fevereiro), no sentido de estabelecer as regras e procedimentos de cooperação administrativa relevantes para todos os impostos (à excepção do IVA, direitos aduaneiros e impostos especiais de consumo) e contribuições obrigatórias para a Segurança Social. 15