Representante do Ministério Público: UBALDO ALVES CALDAS;



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Vistos, relatados e discutidos os autos deste Processo, etc...

Transcrição:

Tribunal de Contas da União Representante do Ministério Público: UBALDO ALVES CALDAS; Dados Materiais: c/ 01 volume Assunto: Recurso de Reconsideração Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Tomada de Contas Especial de responsabilidade do Sr. Carlos Cezar Flauzino da Silva, ex-prefeito de Mozarlândia/GO, agora em análise de recurso de reconsideração. Considerando que a 1ª Câmara julgou irregulares estas contas e condenou o responsável ao pagamento da quantia de R$ 18.864,00, em decorrência da omissão no dever de prestar contas dos recursos repassados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social em 27/11/96, por meio do Convênio nº 280/MPAS/SAS/96, com objetivo de construir a 2ª etapa do Centro Social de Múltiplo Uso (Acórdão nº 261/2000, Ata nº 18/2000); Considerando que o responsável interpôs recurso contra o acórdão condenatório; Considerando a procedência dos argumentos do Sr. Carlos Cezar Flauzino da Silva de que cabia ao seu sucessor, Sr. José Pessoa, prestar contas dos recursos recebidos; e Considerando a existência de responsabilidade solidária dos Srs. Carlos Cezar Flauzino da Silva e José Pessoa e da Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda. nas irregularidades apontadas no processo. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 1ª Câmara, em: 8.1. conhecer do presente recurso de reconsideração para, no mérito, dar-lhe provimento, com base nos arts. 32, inciso I, e 33 da Lei nº 8.443/92; 8.2. tornar insubsistente o Acórdão nº 261/2000-1ª Câmara; 8.3. encaminhar os autos ao Relator a quo, para a adoção das providências que entender convenientes;

Colegiado: Primeira Câmara Classe: Classe I Sumário: Recurso de Reconsideração. Omissão no dever de prestar contas dos recursos de convênio. Procedência dos argumentos do recorrente. Conhecimento. Provimento. Insubsistência do acórdão recorrido. Responsabilidade solidária de Carlos Cezar Flauzino da Silva, de José Pessoa e da Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda. nas irregularidades apontadas no processo. Remessa dos autos ao Relator a quo. Notificação do recorrente. Natureza: Recurso de Reconsideração Data da Sessão: 04/09/2001 Relatório do Ministro Relator: Este processo tem por objeto o recurso de reconsideração interposto pelo Sr. Carlos Cezar Flauzino da Silva, ex-prefeito de Mozarlândia/GO, contra o Acórdão nº 261/2000, em que a 1ª Câmara decidiu julgar irregulares suas contas e condená-lo ao pagamento da quantia de R$ 18.864,00, em decorrência da omissão no dever de prestar contas dos recursos repassados pelo Ministério da Previdência e Assistência Social em 27/11/96, por meio do Convênio nº 280/MPAS/SAS/96, com objetivo de construir a 2ª etapa do Centro Social de Múltiplo Uso (Acórdão nº 261/2000, Ata nº 18/2000). Parecer da Unidade Técnica 2. Após esclarecer que o recurso preenche os requisitos de admissibilidade, o analista Carlos Fernando Mazzoco, com a anuência do Diretor Substituto e do titular da SERUR, pronunciou-se da seguinte forma (fls. 24/30):... 6. A seguir apresentaremos os argumentos do recorrente seguidos das respectivas análises.

7. Argumento: A construção do Centro de Múltiplo Uso é de inteira responsabilidade da Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda., conforme comprovante de repasse da verba para esta empresa, que ora anexamos a esta (fl. 3, vol. 1). 7.1 Análise: Inicialmente, observa-se uma grave infringência à norma de direito financeiro. Ao antecipar o pagamento à Construtora, o responsável violou o art. 62 c/c o art. 63, ambos da Lei nº 4.320/64 e também o art. 65, II, alínea c, da Lei nº 8.666/93, que vedam o pagamento sem a efetiva prestação do serviço ou execução da obra. 7.2 O pagamento feito à construtora não tem o condão de transferir a responsabilidade da gestão do recurso público para o particular. Compete ao prefeito, na condição de administrador público, gerir os recursos e prestar contas da sua aplicação. O comprovante de pagamento anexado aos autos não comprova a aplicação dos recursos no objeto do convênio. Só auxilia na conclusão de que o responsável tratou a coisa pública com desleixo, não seguindo os princípios básicos da Administração Pública, tais como legalidade, moralidade e eficiência. 8. Argumento: A Construtora paralisou a obra por determinação da atual administração e seria obrigação do prefeito sucessor prestar contas (fl. 5, vol. 1). 8.1 Análise: De acordo com as normas sobre prestação de contas, houve inadequação na responsabilização do recorrente no que tange à omissão de prestar contas do convênio sob análise. Se for considerado que a gestão do recorrente abrangia o período de 01.01.1993 a 31.12.1996, a obrigatoriedade de apresentar a prestação de contas do mencionado convênio recairia sobre o prefeito sucessor, haja vista que o prazo regulamentar para a apresentação da prestação de contas é de 30 dias após o término da vigência do convênio. Assim, para o convênio acima, o prazo seria 02.04.97, portanto já na gestão seguinte. 8.2 O entendimento de que o responsável pela prestação de contas é aquele que firma o instrumento, está superado ex vi do contido no Enunciado nº 230 da Súmula desta Corte e do princípio da continuidade administrativa, que apregoa que a obrigatoriedade de apresentar a prestação de contas recai sobre o administrador que se encontra na titularidade do cargo à época do vencimento do prazo fixado para tal, independentemente do fato de ter ou não sido ele o signatário do convênio ou recebedor dos recursos. Portanto, considerando que o fato gerador da instauração desta TCE é a falta de apresentação de prestação de contas, depreende-se que há razão para tornar insubsistente o Acórdão recorrido, retornando os presentes autos ao Ministro-Relator a quo para apurar a responsabilidade do prefeito sucessor quanto à omissão no dever de prestar contas e a responsabilidade tanto do ora recorrente quanto da Construtora Santa Rita e do prefeito sucessor a respeito do fatos ensejadores do dano patrimonial e apropriação de recursos por parte da construtora.

8.3 Conforme informações prestadas pelo prefeito sucessor (fls. 26/28, V.P.), ele paralisou temporariamente a obra com objetivo de apurar as irregularidades detectadas na execução do convênio, tais como: I) antecipação de pagamento sem que a obra tivesse sido iniciada; II) ao iniciá-la, a construtora o fez em terreno de propriedade de terceiro; III) chamada para reiniciar as obras, a construtora não a reiniciou. Diante disso, o prefeito sucessor concluiu pela impossibilidade de executar o objeto do convênio e de prestar contas. Salienta-se que não há prova de que o terreno era de terceiro e de que a construtora se recusou a reiniciar a obra. 9. Em subsídio à análise dos autos, temos o Relatório de Auditoria (fls. 7/17 do vol. 1), originário do processo 325.204/1997-7, que confirma as seguintes irregularidades: I) antecipação do pagamento da despesa; II) construção em terreno não pertencente ao município; III) não execução do objeto do convênio, tendo sido edificadas apenas algumas paredes e outras sequer saíram da fundação, apesar de o responsável ter repassado à Construtora Santa Rita todos os recursos originários dos Convênios nºs 155 e 280/96. Ilustra bem a situação da obra as fotos constantes à fl. 17 do vol. 1 e 22/24 do volume principal. 10. Vale ressaltar que este processo é conexo com o processo de auditoria nº 325.204/1997-7 e com o processo nº 004.249/1999-2, o qual trata do Convênio nº 155/MPAS/SAS/96. Por força deste convênio foram repassados R$ 50.000,00, também com a finalidade de construir o Centro Social de Múltiplo Uso. 11. Podemos observar que o prefeito antecessor é responsável pelo pagamento antecipado, mas não podemos definir, exatamente, se ele deu causa a dano ou desfalque ao patrimônio público. Também há indícios de que a Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda. não cumpriu as obrigações contratadas junto ao município. Quanto ao prefeito sucessor, Sr. José Pessoa, necessário apurar a sua responsabilidade quanto à não-prestação de contas e à paralisação da obra, bem como se envidou os esforços necessários para que a Construtora reiniciasse a construção do Centro Social de Múltiplo Uso. 12. Assim, estamos diante de responsabilidade solidária. Nesse caso, deve ser citado solidariamente o prefeito antecessor (Carlos Cezar Flauzino da Silva), a Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda. e o prefeito sucessor (José Pessoa). 13. Assim, considerando a procedência dos argumentos do recorrente quanto ao dever de prestar contas, mas tendo em vista a responsabilidade solidária das pessoas envolvidas no presente processo, propomos que se torne insubsistente o Acórdão recorrido, retornando os autos ao Ministro-Relator a quo, com a sugestão de determinar a citação solidária das pessoas envolvidas no presente processo.

IV - CONCLUSÃO 14. Dessa forma, submetemos os autos à consideração superior, com a proposta de: a) conhecer do Recurso de Reconsideração, para, no mérito, declarar insubsistente o Acórdão nº 261/00, 1ª Câmara, de 30/05/00; b) encaminhar os autos ao Ministro-Relator a quo para que adote as providências cabíveis, as quais tomamos a liberdade de sugerir: b.1) promover a citação solidária de Carlos Cezar Flauzino da Silva, José Pessoa e Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda., nos termos do art. 12, inciso II, da Lei nº 8.443/92 c/c o art. 153, inciso II, do Regimento Interno do Tribunal de Contas da União, para no prazo de 15 dias, apresentar alegações de defesa com referência aos fatos decorrentes do Convênio nº 280/96/MPAS/SAS, especialmente a respeito do pagamento antecipado à Construtora e Incorporadora Santa Rita Ltda., a edificação em terreno não pertencente ao Município de Mozarlândia, a paralisação da obra e a não execução do objeto do convênio, ocorrendo apropriação de recursos por parte da Construtora e dano ao patrimônio público, além da omissão no dever de prestar contas no tempo devido; ou recolher aos cofres do Tesouro Nacional a importância de R$ 18.864,00 (dezoito mil, oitocentos e sessenta e quatro reais), acrescida dos juros de mora calculados a partir de 27/11/96, até a data do efetivo recolhimento, na forma da legislação em vigor; c) dar ciência ao recorrente da decisão a que vier ser proferida. Parecer do Ministério Público 4. O representante do Ministério Público manifestou-se de acordo com a proposta da SERUR (fl. 31). Voto do Ministro Relator: Inicialmente, destaco que cabe receber o presente recurso de reconsideração com base nos arts. 32, inciso I, e 33 da Lei nº 8.443/92. 2. Quanto ao mérito, concordo com a proposta de tornar insubsistente o acórdão recorrido e encaminhar os autos ao Ministro-Relator a quo para adoção das medidas que entender convenientes, ante a procedência dos argumentos do Sr. Carlos Cezar Flauzino da Silva de que cabia ao seu sucessor, Sr. José Pessoa, prestar contas dos recursos recebidos e a existência de responsabilidade solidária desses dirigentes com a Construtora e

Incorporadora Santa Rita Ltda. nas irregularidades apontadas no processo. 3. Assim sendo, acolho os pareceres da SERUR e do Ministério Público e Voto por que o Tribunal adote o Acórdão que ora submeto à 1ª Câmara. T.C.U., Sala das Sessões, em 04 de setembro de 2001. MARCOS VINICIOS VILAÇA Interessados: Recorrente: Carlos Cezar Flauzino da Silva Grupo: Grupo I Indexação: Tomada de Contas Especial; Convênio; MPAS; Recurso de Reconsideração; Omissão; Prestação de Contas; Responsabilidade Solidária; Ex-Prefeito; Data da Aprovação: 11/09/2001 Unidade Técnica: SERUR - Secretaria de Recursos; Quorum: Ministros presentes: Walton Alencar Rodrigues (na Presidência), Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça (Relator) e Guilherme Palmeira. Ementa: Tomada de Contas Especial. Convênio. MPAS. Prefeitura Municipal de Mozarlândia GO. Recurso de reconsideração contra acórdão que julgou as contas irregulares e em débito o responsável ante a omissão na prestação de contas. Alegação de que a competência da prestação de contas era do prefeito sucessor. Existência de responsabilidade solidária entre o recorrente, o responsável sucessor e da empresa contratada nas irregularidades. Provimento. Insubsistência do acórdão recorrido. Remessa dos autos ao relator original. Data DOU: 13/09/2001

Número da Ata: 31/2001 Entidade: Órgão: Prefeitura Municipal de Mozarlândia/GO Processo: 004.246/1999-3 Ministro Relator: MARCOS VINICIOS VILAÇA;