SISCOSERV A experiência da KPMG. Abril de 2013

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Transcrição:

A experiência da KPMG Abril de 2013

Histórico no Brasil 1) Acordo Geral sobre Comércio de Serviços GATS ( General Agreement on Trade in Services OMC/1994) 2) Acordo de Cooperação Técnica n 13/2008 SRF e MDIC Definir responsabilidades quanto ao desenvolvimento e à produção do SISCOSERV Sistema Integrado de Comércio Exterior de Serviços, Intangíveis e Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio. 3) Lei n 12.546/2011 art. 24 Autoriza o Poder Executivo a instituir a NBS Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio Decreto 7.708/2012. 4) Lei n 12.546/2011 arts. 25 a 27 Institui a obrigação de prestar informações relativas às transações entre residentes ou domiciliados no País e residentes ou domiciliados no exterior, referente às NBS Portaria MDIC 113/2012, IN RFB 1.277/2012, IN RFB 1.336/13, Portaria Conj. RFB/SCS 1.908/2012 (instituição do Siscoserv) e Portaria Conj. RFB/SCS 2.860/2012.

Acordo de GATS X NBS GATS (a) from the territory of one Member into the territory of any other Member; (b) in the territory of one Member to the service consumer of any other Member; (c) by a service supplier of one Member, through commercial presence in the territory of any other Member; (d) by a service supplier of one Member, through presence of natural persons of a Member in the territory of any other Member. NBS Modo 1: Comércio transfronteiriço - Fornecedor e comprador estão localizados em seus países de origem. Modo 2: Consumo no exterior - Comprador se desloca ao país do fornecedor. Modo 3: Presença comercial no exterior - Fornecedor pessoa jurídica, podendo ser filial, sucursal ou controlada se instala no país do comprador. Modo 4: Movimento temporário de pessoas físicas - Fornecedor pessoa física se desloca ao país do comprador.

Prazos de reporte Data de início de reporte: Por NBS, conforme cronograma estabelecido na IN RFB 1.277/12 Até 31 de dezembro de 2013: Registro da Informação de Venda/Aquisição: Ultimo dia útil do 6º mês subsequente à data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível, ou da realização de operação que produza variação no patrimônio. (IN RFB 1.298/12) Registro do Faturamento/Pagamento: Ultimo dia útil do mês subsequente ao inclusão do Registro da Informação de Venda/Aquisição; ou Ultimo dia útil do mês subsequente ao emissão da nota fiscal ou do pagamento. 3

Prazos de reporte A partir de 01 de janeiro de 2014: Registro da Informação de Venda/Aquisição: Ultimo dia útil do mês subsequente ao da data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível, ou da realização de operação que produza variação no patrimônio. Registro do Faturamento/Pagamento: Nota Fiscal/Pagamento efetuado após a ocorrência do evento: Ultimo dia útil do mês subsequente à data de emissão da nota fiscal ou documento equivalente ou do pagamento; Nota Fiscal/Pagamento efetuado antes da ocorrência do evento: Ultimo dia útil do mês subsequente à data de inclusão do Registro da Informação de Venda/Aquisição. 4

Multas Apresentação extemporânea: R$ 500,00 por mês ou fração de atraso, relativamente às pessoas jurídicas, no caso de prestação de informação fora dos prazos lucro presumido; R$ 1.500,00 por mês ou fração - lucro real. Redução em 50% do valor se apresentado antes de iniciados os procedimentos de fiscalização. Não atendimento à intimação da RFB para prestar as informações ou para prestar esclarecimentos, (prazos nunca serão inferiores a 45 (quarenta e cinco) dias: R$ 1.000,00 (um mil reais) por mêscalendário Por omitir informações ou prestar informações inexatas ou incompletas: 0,2% (dois décimos por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), sobre o faturamento do mês anterior ao da prestação da informação equivocada, assim entendido como a receita decorrente das vendas de mercadorias e serviços. 5

Impacto nas empresas Qual área deve ser responsável pelo preenchimento das informações? Compliance? Tributária? Financeira, Câmbio, etc? Cruzamento e consistência com as informações prestadas em outras obrigações acessórias enviadas para as Autoridades Fiscais; Já existem informações relativas a remessas de recursos ao exterior informada na DIRF, na DIMOF, no SISBACEN e agora também serão informados no SISCOSERV;

Impacto nas empresas Governança Corporativa Acompanhamento Políticas Manuais Processos e planos de ação/saneamento Atender a pedidos do MDIC e RFB: - Informações complementares, correções, aplicações de multa, defesas administrativas, etc Revisões periódicas 7

Dúvidas Conceituais I Como deve ser feito o preenchimento, quando o serviço tomado por todas as filiais de uma mesma pessoa jurídica (por exemplo, serviços de tecnologia da informação que é disponibilizada a todos os estabelecimentos)? Pode ser feito por filial ou deve ser efetuado apenas pelo estabelecimentomatriz? Poderá existir algum questionamento com os Fiscos municipais, caso o reporte for feito pelo estabelecimento-sede? II Modo 3 (presença comercial no exterior): Existe previsão e instruções de preenchimento apenas no manual de venda. Logo, pode-se concluir que os serviços tomados por essa entidade no exterior (controlada e/ou filial, sucursal) estaria dispensada de reportar os serviços que adquire? III Modo 3 (presença comercial no exterior): Como não há uma definição de controlada no exterior, pode-se entender que o reporte estaria limitado à controlada direta da empresa sediada no Brasil? 8

Dúvidas de preenchimento I Despesas com viagens de empregado para exterior: O Modo 2 prevê o reporte mensal, mas não determina como proceder no caso da viagem durar mais que um mês e/ou a prestação de contas ocorrer após o mês de referência. Logo, é possível adotar o procedimento de lançar as informações no Siscoserv apenas no mês em que o empregado efetuar a prestação de contas? II Qual a data de inicio da prestação e valor em reais, caso a cobrança seja feita no exterior por um terceiro? Ex: Operações de câmbio/bancos correspondentes - transações com bancos estrangeiros onde os bancos brasileiros são parte das atividades de cobrança ou estão envolvido numa operação de comercio exterior, prestando serviços de aviso, cobrança, confirmação e negociação de documentos. III IV Fretes e seguros em operações de importação e exportação: Tais contratações devem ser reportados quando a operação é contratada com cláusula CIF (custo + frete e seguro)? Os repasses de tarifas externos nos serviços de cobrança de comercio exterior devem ser incluídos? Ex: Os bancos brasileiros apenas repassam as tarifas cobradas internacionalmente. 9

Ausência de previsão para reporte O Sistema de registro do Siscoserv não acata registro sem a devida classificação na NBS. Por outro lado, as punições decorrentes do não registro são elevadas. Dessa forma, o esclarecimento formal dessas questões seria recomendável: I Como informar operações que produzem variação no patrimônio das PJs, PFs e entes despersonalizados que não possuem classificação no NBS (exemplo: juros, dividendos, heranças, doações, reembolso de despesas, remuneração de expatriados, cost sharing e outros). Existirá algum normativo/alteração no Manual de preenchimento que tornará claro a dispensa de registro dessas operações? II Qual seria a classificação aplicável na NBS para venda de créditos de carbono, gerenciamento e controle de usina para redução de emissão de CO2 e Protocolo de Kioto? 10

Discussões mantidas com MDIC e RFB Prazo: último dia do 6º mês subsequente para reporte do RVS/RAS. A IN 1.277/12, determina-se o registro de pagamento (RP) após: (i) Ultimo dia útil do mês subsequente ao do registro no RVS/RVA; ou (ii) Ultimo dia útil do mês subsequente ao após a emissão da NF ou pagamento/recebimento. No caso do recebimento ou pagamento ocorrer após início da prestação e antes de 6 meses, pode-se entender que o prazo a ser observado para registro do RVS/RVA é ultimo dia util do mês subsequente à data do recebimento ou pagamento (e não ultimo dia útil do mês subsequente após o registro no RVS/RVA). Manual de Aquisição e de Venda não menciona o item (ii) acima e induz o declarante a entender que o prazo é o ultimo dia útil do 6º mês subsquente + ultimo dia útil do mês subsequente para registrar a RF/RP. A revogação do inciso (ii) descrito acima na IN RFB 1.277/12, solucionaria a dúvida? 11

Discussões mantidas com MDIC e RFB 1.Estabelecimento de piso para prestação de informação para pessoas jurídicas Ex: US$ 20.000,00 por operação. 2. Prorrogação de prazos - Fundamentos: Compreensão e esclarecimento de dúvidas de preenchimento do Siscoserv; Desenvolvimento de sistemas (captura/consolidação) treinamento das equipes 3. Registro da operação apenas na data de pagamento/recebimento. 4. Revisão das multas: adoção do critério utilizado para a DIRF/DIPJ (R$ 20,00 para cada grupo de 10 informações incorretas ou omitidas). 5. NIF e Nota Fiscal determinar que tais campos serão facultativos.

Contatos KPMG Tax Advisors Ltda. Helio Hanada Diretor F: (11) 2183-3158 e-mail: hhanada@kpmg.com.br 13