INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GABIROBA (Cmpomnesi spp.) Jênifer Silv NOGUEIRA¹, Fbino Guimrães d SILVA², Antônio Pulino d COSTA NETTO³, Pedro Ferreir MORAIS 4, Geicine Cintr de SOUZA 4, Felipe Frncisco d Silv LEITE 4 ¹Biológ Mestrnd em Agronomi Universidde Federl de Goiás/ UFG Jtí, GO. Bolsist Cpes. jeniferbio@gmil.com ²Licencido em Ciêncis Agrícols Dr. Professor E3 do Instituto Federl de Educção Ciênci e Tecnologi Goino/IFG Rio Verde, GO. fbinocefetrv@yhoo.com.br ³Engenheiro Agrônomo Dr. Professor do Deprtmento de Biologi Universidde Federl de Goiás/UFG Jtí,GO. pcnetto@gmil.com 4 Grdundo em Agronomi Universidde Federl de Goiás/UFG Cmpus Jtí Lbortório de Fisiologi Vegetl e Sementes - Jtí/GO. pdferreirm@gmil.com, geici_cintr@hotmil.com, ffsleite@gmil.com Plvrs-chve: frutífers, cerrdo, germinbilidde, IVG. INTRODUÇÃO A gbirob (Cmpomnesi spp Mrt.) é um mirtáce frutífer lenhos, rbusto hermfrodit com 60 80 cm de ltur por 60 80 cm de diâmetro de cop que normlmente ocorrem em moits. Possuem folhs verde-clrs, flores pequens de colorção creme-esbrnquiçd. Su florção se dá de gosto novembro com pico em setembro e su frutificção de setembro novembro. Seus frutos são rredonddos de colorção verde-mreld, polp mreld, suculent, envolvendo numeross sementes (Silv et l., 2001). Seus frutos são muito precidos, podendo ser consumido in ntur, n form de sucos, sorvetes, picolés, doces, geléis e licores. Devido o pequeno porte de sus plnts pode ser cultivd em ssocição com outrs fruteirs rbóres, possibilitndo mior produção de limentos por áre. A propgção d gbirob tem sido feit, em escl experimentl, por meio de sementes, preferencilmente logo pós extrção (Almeid et l., 1998). Sendo, vi sexul, um ds possibiliddes de propgção. Estudos recentes demonstrm que s sementes de gbirob, precem não tolerr dessecção, perdendo vibilidde rpidmente (Lr et l. 2009). De cordo com s regrs pr nálise de sementes (Brsil, 2009), entre os ftores que podem influencir mnutenção d vibilidde do poder germintivo desss sementes está tempertur, luz, gses, disponibilidde de águ tnto n semente qunto no substrto utilizdo pr produção ds muds.
Nesse contexto, o êxito no estbelecimento d cultur depende de vários ftores, entre os quis está utilizção de sementes de bo qulidde e escolh do melhor substrto. Este exerce grnde influênci sobre emergênci de plnts e formção ds muds de bo qulidde, já que de cordo com Wgner Júnior et l. (2006) sus funções básics são sustentção d plnt e o fornecimento de nutrientes, águ e oxigênio. OBJETIVOS Este trblho teve como objetivo estudr os efeitos de diferentes substrtos sobre o comportmento germintivo de sementes de gbirob. MATERIAL E MÉTODOS Frutos mduros de gbirob form coletdos de um populção loclizd no 41º BIMTZ (Btlhão de Inftri Motorizd), no município de Jtí com s seguintes coordends ltitude 17 54 01, longitude 51 42 43 e ltitude 813 m. No Lbortório de Fisiologi Vegetl e Sementes d Universidde Federl de Goiás Cmpus Jtí, sete dis pós colet, os frutos form lvdos em águ corrente, pr posterior retird mnul d mucilgem. Pr desinfestção, s sementes form lvds em águ corrente por 20 minutos e trnsferidos pr câmr de fluxo lminr, onde form imerss em álcool 70% (v/v) por 60 segundos e em solução de hipoclorito de sódio (NOCl) com 2% de cloro tivo por 20 minutos. Posteriormente, form relizds três lvgens em águ destild e utoclvd. Após desinfestção, s sementes form condicionds em gerbox, contendo cinco diferentes tipos de substrtos: Arei, Bioplnt, Trimix, Bioplnt + Arei (1:1 v/v), Trimix + Arei (1:1 v/v). Cd trtmento constou de cinco repetições, com qurent sementes, mntids em germindor tipo BOD à tempertur de 26 C e fotoperíodo 16 hors. A emergênci foi vlid dirimente prtir do sétimo di, pós semedur, sendo considerd germind qundo houve emergênci do epicótilo. No trigésimo di pós semedur, form vlidos porcentgem de sementes germinds em relção o número de sementes disposts germinr e o IVG - índice de velocidde de germinção, em que o número de sementes ou plântuls normis é contbilizdo cd di (Ferreir & Borghetti, 2004).
Porcentgem de germinção O delinemento esttístico utilizdo foi o inteirmente csulizdo e os resultdos form submetidos à nálise de vriânci utilizndo-se o Softwre SISVAR d Universidde Federl de Lvrs. As médis form comprds pelo teste de Tukey, 5% de probbilidde. RESULTADOS E DISCUSSÃO A germinção ds sementes de gbirob ocorreu do 7º o 21º dis pós semedur. Gogosz (2008), em trblho relizdo com sementes de gbirob submetids três trtmentos (solo contmindo, biorremedido e não contmindo) verificou que germinção iniciou no 11º di pós semedur. O substrto Trimix presentou mior porcentgem de germinção 15,5%, qundo comprdo os demis substrtos. No entnto, não houve diferenç significtiv pr germinbilidde entre este e os outros substrtos testdos (Figur 1). Segundo Rmos et l. (2002), um bom substrto é quele que objetiv proporcionr condições dequds à germinção e/ou o surgimento ou ind o desenvolvimento do sistem rdiculr d mud em formção. De cordo com os resultdos, mesmo não hvendo diferenç esttístic, os cinco substrtos utilizdos proporcionrm condições dequds à germinção e o desenvolvimento inicil d plnt.. 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 AREIA BIOPLANT TRIMIX AREIA + BIOPLANTAREIA + TRIMIX Substrtos FIGURA 1. Germinção de sementes de gbirob em diferentes substrtos, os 30 dis pós semedur. A bix porcentgem de germinção deve-se, de cordo com Sclon (2009), produção de lgum substânci tóxic ou inibidor do processo germintivo desss
Índice de Velocidde de Germinção (IVG) sementes, devido o estádio vnçdo de mdurecimento e senescênci dos frutos, já que em experimento com Cmpomnesi dmntium, utor não observou germinção pr sementes que permnecerm nos frutos por 8 ou 9 dis pós colet. Entretnto, resultdos diferentes form observdos por Melchior et l. (2006), onde s sementes de Cmpomnesi dmntium, semeds logo pós retird d mucilgem ou rmzends em vidro 25ºC por 30 dis presentrm germinção de 45 e 60% respectivmente. As menores médis de germinção form ds sementes rmzends em vidro 8ºC (25%) e em sco de ppel 25ºC (32%) pelo mesmo período. Observ-se, pelos resultdos d Figur 2, que embor não tenh hvido diferenç significtiv entre os cinco substrtos vlidos, Arei e o Trimix presentrm miores índices de velocidde de germinção 0,65 e 0,67 respectivmente. 0.8 0.7 0.6 0.5 0.4 0.3 0.2 0.1 0 AREIA BIOPLANT TRIMIX AREIA + BIOPLANT AREIA + TRIMIX Substrtos FIGURA 2. Índice de velocidde de germinção (IVG) de sementes de gbirob em diferentes substrtos. CONCLUSÕES Os cinco substrtos vlidos são dequdos pr germinção de sementes de gbirob. Pr obtenção de mior percentgem de germinção, s sementes de gbirob devem ser retirds dos frutos e semeds imeditmente pós colet. AGRADECIMENTOS
A Cpes pel concessão de bols. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, S.P. de; PROENÇA, C.E.B.; SANO, S.M.; RIBEIRO, J.F. Cerrdo: espécies vegetis úteis. Plnltin. EMBRAPA-CPAC. 464p. 1998. BRASIL, Ministério d Agricultur e Reform Agrári. Regrs pr nálise de sementes. Brsíli: Mp/ACS. 399 p. 2009. FERREIRA, A.G; BORGHETTI, F. Germinção: do básico o plicdo/ orgnizdo por Alfredo Gui Ferreir e Fbin Borghetti. Porto Alegre: Artmed, 2004. GOGOSZ, M. A. Germinção e estrutur ds plântuls de Cmpomnesi xnthocrp O. Berg. (Myrtcee) crescendo em solo contmindo com petróleo e solo biorremedido. 2008.115 f. Dissertção (Mestrdo) - Universidde Federl do Prná, Curitib. LARA, T.S.; DOUSSEAU, S.; ALVARENGA, A.A.; RIBEIRO, D.E.; AVELINO, E.V. Dessecção de sementes de Cmpomnesi pubescens (DC.) O.Berg. Congresso Brsileiro de Fisiologi Vegetl. Fortlez, 2009. MELCHIOR, S.J.; CUSTÓDIO, C.C.; MARQUES, T.A.; MACHADO NETO, N.B. Colheit e rmzenmento de sementes de gbirob (Cmpomnesi dmntium Cmb. MYRTACEAE) e implicções n germinção. Revist Brsileir de Sementes, vol. 28, nº 3, p.141-150, 2006. RAMOS, J. D.; CHALFUN, N. N. J.; PASQUAL, M.; RUFINI, J. C. M. Produção de muds de plnts frutífers por semente. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 23, n. 216, p. 64-72, 2002. SCALON, S.P.Q.; LIMA, A.A.; SCALON FILHO, H.; VIEIRA, M. do C. Germinção de sementes e crescimento inicil de muds de Cmpomnesi dmntium Cmb.:: efeito d lvgem, tempertur e de bioestimulntes. Revist Brsileir de Sementes, vol. 31, nº 2, p.096-103, 2009.
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