TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO DIABETES MELITUS - ADO



Documentos relacionados
Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos. Profa. Dra. Fernanda Datti

DM Tipo 1 e Tipo 2: Principais abordagens terapêuticas e medicamentosas Marcio Krakauer

Uso Correto da Medicação. Oral e Insulina Parte 2. Denise Reis Franco Médica. Alessandra Gonçalves de Souza Nutricionista

Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP

AS MODERNAS INSULINAS

Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Departamento de Clínica Médica Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter

DIABETES TIPO 2 PREVALÊNCIA DIAGNÓSTICO E ABORDAGEM. Paula Bogalho. S. Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

Sessão Televoter Diabetes. Jácome de Castro Rosa Gallego Simões-Pereira

Tratamento do Diabético com Doença Renal Crônica

Sessão Televoter Diabetes

Sessão Televoter Diabetes

Insulinização. Niepen Programa de Educação Continuada Educação Continuada para APS. Dra Carla Lanna Dra Christiane Leite

Suplemento Especial nº POSICIONAMENTO nº 4. Novas diretrizes da SBD para o controle glicêmico do diabetes tipo 2

Pré diabetes. Diagnóstico e Tratamento

Estudo mostra que LANTUS ajudou pacientes com Diabetes Tipo 2 a atingirem a meta recomendada pela ADA para o controle de açúcar no sangue

DIABETES E CIRURGIA ALVOS DO CONTROLE GLICÊMICO PERIOPERATÓRIO

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

O Diagnóstico, seguimento e tratamento de todas estas complicações causam um enorme fardo econômico ao sistema de saúde.

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

RESPOSTARÁPIDA 36/2014 GALVUS MET, PIOTAZ, CANDESARTAN, LEVOID, ROSTATIN

DIABETES TIPO 2 NOVIDADES TERAPÊUTICAS E CONDUTAS. Luíz Antônio de Araújo

Visão geral dos antidiabéticos orais tradicionais: secretagogos, inibidores da alfa-glicosidase e sensibilizadores de insulina

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

DIABETES E SINAIS VITAIS

11º Curso Pós-Graduado NEDO 2010 Endocrinologia Clínica Diabetes. Diabetes: avaliação da evolução e do tratamento

FÁRMACOS UTILIZADOS NO

O EXERCÍCIO CIO COMO TERAPIA NO DIABETES MELLITUS

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

Terapia nutricional no diabetes

Qual o primeiro injetável no tratamento da Diabetes tipo 2: INSULINA. Dr. Maria Lopes Pereira Serviço de Endocrinologia Hospital de Braga

EXERCÍCIO E DIABETES

ESPECTRO. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças. Classificação de Diabetes em Jovens

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade.

DIABETES MELLITUS. Curso de semiologia em Clínica Médica II

Fisiopatologia e tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2

APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 100 mg e 300 mg de canagliflozina em embalagens com 10 e 30 comprimidos.

Estudo com Mais de Pacientes Confirma

Profa. Fernanda Oliveira Magalhães

Diabetes mellituséuma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal do açúcar ou glicose no sangue QUEM DA MAIS?...

14º Encontro da Saúde Militar da SADC Avanços no Tratamento da Diabetes Tipo2

TEMA: Uso de Insulina Humalog ou Novorapid (aspart) ou Apidra (glulisina) no tratamento do diabetes mellitus

O Diabetes Tipo 2 em Pacientes com Doença Renal Crônica: Estratégias e Opções de Tratamento

Os portadores de diabetes representam 30% dos pacientes que se internam em unidades coronarianas.

FORXIGA (dapagliflozina)

O Paciente Difícil de Tratar com Diabetes e Várias Comorbidades, Parte 3: Controle Glicêmico na Doença Renal Crônica Amena a Moderada

Workshop em insulinoterapia CASOS CLÍNICOS. Joana Guimarães e Márcia Alves 16 de Maio de 2014

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

PALAVRAS-CHAVE Diabetes mellitus. Insulina. Acompanhamento farmacoterapêutico.

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

NOVOS TRATAMENTOS NA DIABETES TIPO 2: PRÓS E CONTRAS CARTAS Agonistas GLP-1. Gustavo Rocha

RESPOSTA RÁPIDA 381 /2014 Informações sobre:galvus,pioglit ediamicron

Diretrizes Controle Glicêmico Intensivo e Prevenção de Eventos Cardiovasculares: Implicações do ACCORD, ADVANCE e VADT

INSULINOTERAPIA. Aluna: Maria Eduarda Zanetti

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

Recomendações Nacionais da SPD para o Tratamento da Hiperglicemia na Diabetes Tipo 2 Versão Resumida

DIABETES MELLITUS DIABETES MELLITUS DIABETES MELLITUS DIABETES MELLITUS DIABETES MELLITUS DIABETES MELLITUS 18/9/2014

VOCÊ CUIDA DO SEU DIABETES, A GENTE CUIDA DE VOCÊ.

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Victoza. Medicamento. Material. Procedimento. Data: 13/03/2013. Cobertura. Nota Técnica 28 /2013. Número do processo:

Na diabetes e dislipidemia

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

Farmacologia do Pâncreas Endócrino: Insulina e Antidiabéticos ticos Orais

ADESÃO AO TRATAMENTO COM HIPOGLICEMIANTES ORAIS

Antidiabéticos orais

Programa de Reabilitação Metabólica no DM2

RESPOSTA RÁPIDA /2014

Sedentarismo, tratamento farmacológico e circunferência abdominal no controle glicêmico de diabéticos tipo 2 em Ponta Grossa.

CONCEITOS BÁSICOS DE INSULINIZAÇÃO PARA A REDE PÚBLICA DE SAÚDE. Aula 1: DM1: Diagnóstico, Metas de Tratamento e Esquema Basal-Bolus

Bruno de Oliveira Fonseca Liga de Diabetes UNIUBE 11/06/2012

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes


Novas diretrizes para pacientes ambulatoriais HAS e Dislipidemia

CRITÉRIOS NÚMERO: 001/2011 DATA: 07/01/2011 ASSUNTO: PALAVRA CHAVE: PARA: CONTACTOS:

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

Insulinoterapia na Diabetes tipo 2

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada.

Diabetes. Fisiopatologia e Farmacoterapia II. Introdução. Insulina 12/02/2012. Introdução Ilhotas de Langerhans

Acompanhamento farmacoterapêutico do paciente portador de Diabetes mellitus tipo 2 em uso de insulina. Georgiane de Castro Oliveira

Epidemiologia DIABETES MELLITUS

DIRETRIZES ATUAIS PARA O TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS. Simão Augusto Lottenberg Disciplina de Endocrinologia Faculdade de Medicina da USP

O que é diabetes mellitus tipo 2?

Diabetes Tipo 1 e Cirurgia em Idade Pediátrica

Amilorida é o Diurético mais Indicado para Pacientes Diabéticos Tipo 2

3 - Síndrome Metabólica Síndrome de Resistência Insulínica

Diretrizes. Terapia Anti-hiperglicêmica Metas Glicêmicas. Opções Terapêuticas Mudanças no Estilo de Vida

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes

DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA TRATAMENTO COM DROGAS

INSULINOTERAPIA: Histórico

Caso Clínico. Pai falecido de Infarto agudo do miocardio e mãe obesa. Nega diabetes na família.

Sybelle de Araujo Cavalcante Nutricionista

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte

Diabetes mellitus tipo 2 Resumo de diretriz NHG M01 (terceira revisão, outubro 2013)

Transcrição:

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DO DIABETES MELITUS - ADO Dra Luciana Marques de Araujo I Simpósio Científico do Centro de Ciências Médicas

Por Que Tratar? Primeira causa de cegueira adquirida do mundo Primeira causa de ingresso a programas de diálise no Primeiro Mundo Primeira causa de amputação nãotraumática Diminuição da expectativa de vida de aproximadamente 10 anos Mortalidade 3 vezes maior que a população geral

UNITED KINGDOM PROSPECTIVE DIABETES STUDY O controle intensificado do DM reduz complicações crônicas e mortalidade? Estudo clínico randomizado, controlado, multicêntrico, com diferentes modalidades de tratamento do DM tipo 2 Esquema Convencional X Intensivo - Alvo: glicemia em jejum 108 mg/dl - Desfechos: complicações macro e microvasculares e morte - 3.867 pacientes acompanhados por 10 anos - HbA1c: 7,9% 7,0% UKPDS Group. Lancet 1998

Porcentagem de diminuição Redução de Complicações Através de Bom Controle Glicêmico 0 Controle Intensivo no UKPDS 12% 16% 21% 24% 25% Risco de evento final relacionado ao diabetes Risco de infarto do miocárdio Risco de Retinopatia em 12 anos * Risco de amputação Catarata * Risco de evento final Microvascular * 50 * Diminuição com significância estatística UKPDS 33 Lancet 1998; 332: 837-853

Média A1c (%) DM2 é uma Doença Progressiva UKPDS 9 Tratamento Convencional (n = 1138) Tratamento Intensivo (n = 2729) 8 7 ADA Alvo 6 0 0 3 6 9 12 15 Tempo (anos) Lancet 1998;352:837 53.

UKPDS 10 Anos Follow Up N Engl J Med 2008;359:1577-89

Risco Relativo (%) Relação Entre HbA 1C e o Risco de Complicações Microvasculares Diabetes Control and Complications Trial (DCCT) 15 13 11 9 7 5 3 1 6 7 8 9 10 11 12 HbA 1C (%) Retinopatia Nefropatia Neuropatia Microalbuminúria Skyler JS. Endocrinol Metab Clin North Am. 1996;25:243-254.

STENO-2 STUDY 160 pacientes com DM2 + microalbuminuria Tratamento convencional x intensivo (glicêmico, pressórico e lipídico) Acompanhamento de 8 anos 80 Tratamento Convencional Microvascular Macrovascular n=160 80 4 Yrs 8 Yrs Tratamento Intensivo P. Gaede, P. Verdel, N. Larsen, et al. N Engl J Med. 2003;348:383-393

STENO-2: Após 8 anos Convencional Intensivo HbA 1C (%) 9.0 7.9 PA Sistólica (mmhg) 146 131 PA Diastólic (mmhg) 78 73 Total col (mm) 217 159 LDL col (mm) 128 81 Triglicérides (mm) 265 151

Steno-2: Complicações Microvasculares Nephropathy Relative Risk 0.39 Retinopathy 0.42 Auton Neuropathy 0.37 Periph Neuropathy 1.09 0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 In favour of intensive In favour of conventional

Probability for primary endpoint (P=0,007) Steno-2: Endpoints Cardiovasculares 0.6 65 eventos em 35 conventional patients (44%) 33 eventos em 19 intensive patients (24%) 0.5 Convencional 0.4 0.3 0.2 Intensivo 0.1 0 0 12 24 36 48 60 72 84 96 Months of follow-up

Steno-2: 5 Anos de Follow Up N Engl J Med 2008;358:580-91

Steno-2: 5 Anos de Follow Up N Engl J Med 2008;358:580-91

Steno-2: 5 Anos de Follow Up N Engl J Med 2008;358:580-91

ACCORD > 10.000 pacientes com início em 2001 Interrompido -17 meses antes da data de término planejada excesso de mortalidade no grupo de tratamento intensivo Características dos pacientes: alto risco cardiovascular DM de longa duração controle glicêmico ruim inicio do estudo Objetivo: diminuir agressivamente a HbA1c de 8,1% para 6,7% em apenas 4 meses de tratamento

A1C (%) ACCORD: Efeito sobre HbA1c 9.0 8.5 8.0 Terapia Convencional 7.5 7.0 6.5 6.0 0 Terapia Intensiva 0 1 2 3 4 5 6 Tempo (anos) N Engl J Med. 2008;358:2545-59.

Pacientes com Eventos (%) 25 ACCORD: Efeito sobre a mortalidade 20 15 10 HR 1.22 (1.01-1.46) P = 0.04 Terapia Intensiva 5 Terapia Convencional 0 0 1 2 3 4 5 6 Tempo (anos) N Engl J Med. 2008;358:2545-59.

ADVANCE Os pacientes foram similares aos do ACCORD, exceto que o controle glicêmico deles era melhor no inicio do estudo. Objetivo : HbA1c no grupo intensivo inicialmente reduzida de 7,2% para 6,5% e após 3 anos e para 6,4%, no final do estudo Grupo tratamento padrão HbA1c 7%

Média A1C (%) ADVANCE: Efeito sobre HbA1c 10.0 9.0 8.0 Tratamento Padrão 7.0 P < 0.001 6.0 Tratamento Intensivo 5.0 0.0 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 Tempo (meses) N Engl J Med. 2008;358:2560-72.

AVC, IAM, Morte DCV ADVANCE: Efeito Macrovascular 25 20 15 10 5 HR 0.94 (0.84-1.06) P = 0.32 Tratamento Convencional Tratamento Intensivo 0 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 Follow-up (months) N Engl J Med. 2008;358:2560-72.

Incidência Cumulativa( (%) 25 ADVANCE Efeito Microvascular 20 15 10 HR 0.86 (0.77-0.97) P = 0.01 Tratamento Padrão 5 Tratamento Intensivo 0 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 Follow-up (meses) N Engl J Med. 2008;358:2560-72.

Cumulative incidence (%) ADVANCE Efeito sobre a mortalidade 25 20 15 HR 0.93 (0.83-1.06) P = 0.28 Standard control 10 5 Intensive control 0 0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60 66 Follow-up (months) N Engl J Med. 2008;358:2560-72.

HbA1c (%) MEMÓRIA METABÓLICA 9.5 9.0 8.5 Risco para complicações 8.0 7.5 7.0 6.5 6.0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 Tempo (anos desde o diagnóstico)

Metas para o Tratamento

METAS DO TRATAMENTO NO DM GLICOSE PLASMÁTICA (mg/dl) - Jejum - 2 horas pós-prandial META 110 135 HEMOGLOBINA GLICOSILADA <6,5% COLESTEROL (mg/dl) - Total - HDL - LDL < 200 > 40 ou >50 < 70* TRIGLICÉRIDES (mg/dl) < 150 PRESSÃO ARTERIAL (mmhg) - Sistólica - Diastólica < 130 < 80 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (kg/m 2 ) 20-25 ADA 2004 *Revisão do NCEP III

Sulfonilureia Glinidas Glitazona Metformina Metformina Glitazona Adaptado: DeFronzo, Diabetes, vol. 58 Abril 2009

Sulfonilureias Glinidas Inibidores alfa glic Inibidores DPP 4 TZDs Inibidores DPP4 Analogo GLP 1 Analogo - GLP 1 Metformina TZDs Metformina TZDs Adaptado: DeFronzo, Diabetes, vol. 58 Abril 2009

LOCAIS DE AÇÃO DOS FÁRMACOS ORAIS Reduzem a produção excessiva de glicose no fígado Glitazonas Metformina Acarbose Miglitol Reduz Hiperglicemia Retardam a absorção de carboidratos Sulfoniluréias Glinidas Estimulam a secreção alterada de insulina Glitazonas Metformina DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999; 131:283-303 Reduzem a resistência periférica à insulina

Classe CLASSES DE AGENTES FARMACOLÓGICOS NO TRATAMENTO DO DM2 Glitazonas: pioglitazona Analogos GPL 1 - exenatide Secretagogos da insulina: sulfoniluréias (gliburida, gliclazida, glimepirida) Biguanidas: metformina Inibidor da alfaglicosidase: acarbose, miglitol Insulina : NPH, regular Inibidores da DPP 4 : saxagliptina, vildagliptina, sitagliptina Glinidas: nateglinida,repaglinida Analogos da insulina : lispro, aspart, glulisina, detemir, glargina

Sulfoniluréias Ação: estimulam a secreção, mas não a produção, de insulina. Falência secundária Possíveis associações: metformina acarbose glitazona insulina bedtime Inibidores da DPP-4

Sulfoniluréias Efeitos Colaterais: Contra Indicações: Hipoglicemia efeito antabuse símile retenção hídrica ganho de peso insuficiência renal/ hepática DM 1 pacientes com complicações hiperglicêmicas agudas

METABOLISMO SULFONILURÉIAS MECANISMO DE SECREÇÃO DE INSULLINA K + Ca ++ SULFONILURÉIAS despolarização GLICOSE K + fecha (ATP) (ADP) (Ca ++ ) AMINOÁCIDOS PROINSULINA Ref. Lebovitz,HE: Oral Antidiabetic Agents. In Joslin s Diabetes Mellitus. 13th ed. Kahn CR, Weir GC, Eds. Lea & Febiger, 1994, p.508-529, Feinglos MN, Bethel MA. Med Clin North Am 82:757-90,1998. INSULINA & PEPTÍDEO C

METFORMINA Melhores candidatos Todos os pacientes com resistência Creatinina sérica elevada 1,5 mg/dl (homens) Não recomendada em 1,4 mg/dl (mulheres) DPOC Doença hepática Dose de início 500 mg após o jantar Ajuste de dose Semanal, se necessária e tolerada Método de monitorização Automonitorização glicêmica Medical Management of Type 2 Diabetes. 4th ed. Alexandria, Va: American Diabetes Association; 1998:1-139.

INIBIDORES DE ALFA-GLICOSIDASE (ACARBOSE E MIGLITOL) Melhores candidatos Não recomendados em Dose inicial Ajuste de dose Método de monitorização Efeitos adversos: Hiperglicemia pós-prandial importante Doença hepática ou intestinal 25 mg 1x por 2 a 4 semanas 25 mg 2x por 2 a 4 semanas 25 mg 3x por 2 a 4 semanas 50 mg 3x, se necessário Semanal, se necessário ou tolerado Automonitorização, incluindo pósprandial Alterações gastrointestinais Medical Management of Type 2 Diabetes. 4th ed. Alexandria, Va: American Diabetes Association; 1998:1-139, DeFronzo RA. Ann Intern Med 1999;131:281-303

OS INIBIDORES DA ALFA- GLICOSIDASE: EFEITO NA GLICEMIA PÓS- PRANDIAL Glicemia plasmática (mg/dl) Absorção normal de carboidratos Sem arcabose Acarbose bloqueia a absorção proximal Com acarbose Duodeno Jejuno 140 120 Refeição * Íleo Placebo Acarbose 100 * Dimitriadis, et al. Metabolism. 1982;31:841-843. 80 30 0 60 120 180 240 * P <.05 Tempo (min)

GLINIDAS Definição Classificação Mecanismo de Ação Novos insulinotrópicos, não SU Repaglinida Nateglinida Similar às SU através dos canais de K+ Absorção rápida Duração da ação Restaura primeira fase de secreção de insulina Metabolismo Via de Eliminação Via sistema de oxidases de função mista 80 % renal Ref. Scheen AJ. Drugs 54:355-368,1997, Dunn CJ, Faulds D. Drugs 60:607-615,2000, Luna B, Feinglos MN. Am Fam Fhysician 63:1747-56,2001

GLITAZONAS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Mecanismo de ação Depende de Aumenta a resposta tissular à insulina (músculo e gordura) Presença de insulina e resistência à sua ação Potência Diminui HbA 1c 1% a 2% Dose Efeitos adversos 1x/dia Edema, aumento de peso, anemia, ICC Risco principal Edema Agudo de Pulmão em ICC Data from Henry. Endocrinol Metab Clin. 1997;26:553-573; Gitlin, et al. Ann Intern Med. 1998;129:36-38; Neuschwander-Tetri, et al. Ann Intern Med. 1998;129:38-41; Medical Management of Type 2 Diabetes. 4th ed. Alexandria, Va: American Diabetes Association; 1998:1-139; Fonseca, et al. J Clin Endocrinol Metab. 1998;83:3169-3176.

Secreção de GLP 1 em Normais,IGT e DM2 Estímulo Alimentar GLP 1 N IGT DM2 Tempo Vitsboll e al Diabetes 2001,50 : 609

Ação GLP - 1 Homólogos ao GLP1 Exenatida (Byetta) Análogos ao GLP1 Liraglutide (NN 2211) AV 0010 Via Subcutânea Inibidores do DPP IV Vildagliptina Sitagliptina Via Oral CDC

Homólogo do GLP1 Exendin - 4 Exendin 4 é um peptídeo de 39 aa Secreção salivar do Heloderma Suspectum (Gila Monstro) 53 % de similaridade dos aa do GLP1 Grande afinidade ao receptor do GLP1 Exendin - 4 Ação insulinotrópica glicose dependente Restaura a glicosensibilidade da ilhota Inibe a hipersecreção de glucagon Estimula a neogênese e proliferação das cel.beta Lentifica o esvasiamento gástrico Diminui a glicemia em DM 2 Diminui o apetite Ação de aproximadamente 12 horas (T1:2 = 2 a 5 h)

Inibidores da DPP - 4 Saxagliptina,valdagliptina, sitagliptinaaa Ação: Ampliação da vida média do GLP-1 Aumento da síntese de insulina Aumento da secreção de insulina Redução da secreção de glucagon

COMO TRATAR O DM 2?

ADA/EASD Algoritmo para Tratamento Diagnóstico Lifestyle Intervention e Metformina Nathan D, et al. Diabetologia 2006;49:1711 21. Não HbA 1c 7% Sim Add Insulina Basal (mais efetivo) Add Sulfoniluréia (mais barato) Add Glitazona ( sem hipoglicemia) HbA 1c 7% Sim HbA 1c 7% Sim HbA 1c 7% Sim Intesificar Insulina Add Glitazona Add Insulina Basal Add Sulfoniluréia HbA 1c 7% Sim Não HbA 1c 7% Sim Insulina Basal/Intensiva+ Metformina ± Glitazona Checar HbA 1c a cada 3 meses e agir até que HbA 1c esteja <7%

Opções para tratamento do DM2 Ação no peso Efeitos colaterais maiores Efeitos colaterais menores Hipoglicemia Custo da medicação Preservação células β Potencia de ação Interação medicações

Qual o Melhor Momento para Iniciar Insulina? Emagrecimento rápido e inexplicado Hiperglicemia grave Doença renal ou hepática Gravidez Infecção Cirurgia Pós IAM ou AVC A1c 7-8 1 Agente oral 2 Agentes orais 3 Agentes orais A1c>8 Introduzir Insulina Mais Precocemente ao Algoritmo

DROGAS ORAIS NO DM2 Ambos, pacientes e médicos, necessitamos reconhecer que o tratamento do diabetes tipo 2 é como uma longa viagem. Uma viagem que geralmente começa com modificações no estilo de vida e termina no tratamento com insulina. Charles M. Clark, Jr., MD. Diabetes Care, 1999