A ARTICULAÇÃO DE REDE EM PROJETOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA

Documentos relacionados
JUSTIÇA RESTAURATIVA COMO UM MÉTODO DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

PROTEÇÃO INTEGRAL EM REDES SOCIAIS

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1


Atuação do psicólogo na Assistência Social. Iolete Ribeiro da Silva Conselho Federal de Psicologia


Lea Lúcia Cecílio Braga Diretora do Departamento de Proteção Social Básica/DPSB Secretaria Nacional de Assistência Social / SNAS Ministério

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

EDUCAÇÃO EM SAÚDE AMBIENTAL:

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

Prêmio Itaú-Unicef Fundamentos da edição Ações Socioeducativas

Secretaria de Trabalho, Emprego e Promoção Social Piraí do Sul/PR: Órgão Gestor

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

O trabalho social com famílias. no âmbito do Serviço de Proteção e. Atendimento Integral à Família - PAIF

Responsabilidade Social na Cadeia de Valor o papel do setor atacadista-distribuidor. Geraldo Eduardo da Silva Caixeta

Os Catadores de Materiais Recicláveis e a atuação do Ministério Público

NÚCLEO TÉCNICO FEDERAL

Projeto RI-VIDA Rede de Integração para a Vida Projeto de prevenção de DST s, HIV/AIDS e Hepatites

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EMPREENDEDORISMO SOCIAL: economia solidária da teoria a prática a experiência UFRB/INCUBA e sociedade Danilo Souza de Oliveira i

AVALIAÇÃO PARA MELHORIA DA QUALIDADE DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA. Apresentação Geral, Objetivos e Diretrizes

TRABALHANDO A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO CONTEXTO DO PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA NA SAÚDE DA FAMÍLIA EM JOÃO PESSOA-PB

PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Área de conhecimento: Economia Doméstica Eixo Temático: Administração, Habitação e Relações Humanas;

INVESTIMENTO SOCIAL. Agosto de 2014

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo

A AÇÃO COMUNITÁRIA NO PROJOVEM. Síntese da proposta de Ação Comunitária de seus desafios 2007

Capacitando, assessorando e financiando pequenos empreendimentos solidários a Obra Kolping experimenta um caminho entre empréstimos em condições

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos Secretaria Executiva de Desenvolvimento e Assistência Social Gerência de Planejamento,

O Que São os Serviços de Psicologia e Orientação (SPO)?

IV Encontro Gaúcho do Terceiro Setor: Desenvolvimento Comunitário

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS

CURSO: ENFERMAGEM. Objetivos Específicos 1- Estudar a evolução histórica do cuidado e a inserção da Enfermagem quanto às

05/DEZEMBRO É O DIA INTERNACIONAL DO VOLUNTÁRIO!!!!! Solidariedade é o amor em movimento


Sumário 1. CARO EDUCADOR ORIENTADOR 3 PARCEIROS VOLUNTÁRIOS 3. TRIBOS NAS TRILHAS DA CIDADANIA 4

Política Nacional sobre Drogas e o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas Crack, é possível vencer. SALVADOR/BA ABRIL de 2012

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita

e construção do conhecimento em educação popular e o processo de participação em ações coletivas, tendo a cidadania como objetivo principal.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO VIÇOSA/ALAGOAS PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGCIO

PSICOPEDAGOGIA. DISCIPLINA: Desenvolvimento Cognitivo, Afetivo e Motor: Abordagens Sócio Interacionistas

SERVIÇO DE ACOLHIMENTO INSTITUCONAL

Comunidades de prática

Tema: Educação do Campo


Plano de Ação. Colégio Estadual Ana Teixeira. Caculé - Bahia Abril, 2009.

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

ANEXO I ROTEIRO PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS FIA Cada projeto deve conter no máximo 20 páginas

ANEXO I DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS TABELA A ATRIBUIÇÕES DO CARGO PROFESSOR E PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA 20 HORAS

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

ANEXO IV PROPOSTAS APROVADAS NA CONFERÊNCIA ESTADUAL. Eixo MOBILIZAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO MONITORAMENTO

Carta Aberta aos candidatos e candidatas às prefeituras e Câmaras Municipais

Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Formação Profissional Coordenação-Geral de Formação

RESOLUÇÃO CNAS Nº 11, DE 23 DE SETEMBRO DE 2015.

Coordenação Técnica Agosto/2010. Iniciativa

NOTA TÉCNICA Política Nacional de Educação Popular em Saúde

Violência contra crianças e adolescentes: uma análise descritiva do fenômeno

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro.

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Apoio às políticas públicas já existentes;

Movimentos sociais - tentando uma definição

REF: As pautas das crianças e adolescentes nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

ANEXO 1. Programas e Ações do Ministério da Educação - MEC. 1. Programas e Ações da Secretaria da Educação Básica SEB/2015

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

NÚCLEO DE APOIO AO ACADÊMICO Projeto de Funcionamento

PROJETO interação FAMÍLIA x ESCOLA: UMA relação necessária

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social PAPÉIS COMPETÊNCIAS

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2003

Por uma educação de qualidade para crianças e adolescentes

PORTARIA NORMATIVA INTERMINISTERIAL Nº- 17, DE 24 DE ABRIL DE 2007

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

Terapia Comunitária como metodologia de Desenvolvimento Comunitário

Seminário de Atualização de ACS A AÇÃO DOS ACS NOS CUIDADOS DE SAÚDE NA COMUNIDADE

Diretrizes Consolidadas sobre Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Cuidados em HIV para as Populações-Chave

DIRETRIZES DE FUNCIONAMENTO DO MOVIMENTO NACIONAL PELA CIDADANIA E SOLIDARIEDADE/ NÓS PODEMOS

Proposta de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Proteção Social Básica do SUAS BLOCO I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

RELATÓRIO DA PESQUISA ONLINE: Avaliação dos Atores do Sistema de Garantia de Direitos participantes das Oficinas em São Paulo


A ARTE NA FORMAÇÃO CONTÍNUA DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE UMA PRAXE TRANSFORMADORA

POLÍTICAS PÚBLICAS Aula 11. Prof. a Dr. a Maria das Graças Rua

LA EDUCACION RURAL Y SU IMPACTO EM EL DESARROLLO LOCAL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO DIRETORIA DE ENSINO MÉDIO E EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COORDENAÇÃO DE ENSINO MÉDIO

Proposta de Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Proteção Social Básica do SUAS BLOCO I - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

II ENCONTRO DA CPCJ SERPA

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR. 15:04 1

CURSO PREPARATÓRIO PARA PROFESSORES. Profa. M. Ana Paula Melim Profa. Milene Bartolomei Silva

Puerta Joven. Juventud, Cultura y Desarrollo A.C.

Por uma pedagogia da juventude

Ambientes Não Formais de Aprendizagem

Escola de Políticas Públicas

PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E MOBILIZAÇÃO SOCIAL EM SANEAMENTO - PEAMSS

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

Sistema Único de Assistência Social

RESPONSABILIDADE SOCIAL: a solidariedade humana para o desenvolvimento local

Transcrição:

Cristina Telles Assumpção Meirelles Cecília Assumpção Célia Bernardes Heloise Pedroso Marta Marioni Monica Cecília Burg Mlynarz Violeta Daou Vania Curi Yazbek - Coordenadora da Equipe

ARTICULAÇÃO DE REDES JUSTIÇA RESTAURATIVA PROJETOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA

REDES O PADRÃO DA VIDA Onde quer que encontremos sistemas vivos organismos, partes de organismos ou comunidades de organismos podemos observar que estão arranjados à maneira de rede. Sempre que olhamos para vida, olhamos para redes. Fritjof Capra

CONCEITUAÇÃO DE REDES Redes Primárias: São uma unidade relacional com história, constituída por ligações de família, de vizinhança, de amizade e de trabalho. Redes Secundárias Formais: São instituições sociais oficiais, estruturadas de modo preciso, desenvolvem funções específicas ou fornecem serviços. Lia Sanicola

CARACTERÍSTICAS DAS REDES SOCIAIS Elas mesmas são competentes em ler as próprias necessidades, compartilhá-las, elaborar um projeto para assumir as necessidades, e possivelmente, resolvê-las. Lia Sanicola

CARACTERÍSTICAS DAS REDES SOCIAIS As redes sociais são realidades mutáveis, onde são contínuas a entrada e saída das pessoas, com o reforço de algumas ligações e o enfraquecimento de outras. Flutuações, passagens no tempo, no espaço, nos relacionamentos caracterizam as redes sociais tanto quanto a sua flexibilidade como sua transparência. Lia Sanicola

UNIÃO DE FORÇAS A Justiça Restaurativa propõe fortalecer o trabalho em rede, promovendo parcerias entre atores e forças, e tornando possível superar e enfrentar problemas que, isoladamente, nenhuma das instituições ou organizações seria capaz de resolver. Justiça e Educação em Heliópolis e Guarulhos Parceria pela Cidadania

JUSTIÇA RESTAURATIVA Resolução 2002/12 do Conselho Social e Econômico da ONU: Procedimento restaurativo significa qualquer processo no qual a vítima e o ofensor, e quando apropriado, quaisquer outros indivíduos envolvidos ou membros da comunidade afetada pelo crime, participam em conjunto e ativamente na resolução dos problemas nascidos do crime, geralmente com ajuda de um facilitador.

ENCONTROS ou CÍRCULOS RESTAURATIVOS Os encontros restaurativos compreendem a reunião de todos os envolvidos em situações de conflito, seus grupos familiares e membros da comunidade. A intenção é promover um outro modo de resolução destes conflitos, numa lógica pautada em diálogo, respeito, autonomia e horizontalidade. Eduardo Melo

O CONFLITO Os conflitos são mais que interindividuais, eles envolvem suas redes e são estas redes que devem ser trazidas ao diálogo. A demanda que emerge com o conflito não significa apenas que há uma necessidade a ser satisfeita ou uma falta a se suprir. Ela expressa um desejo de ação da parte de um membro da rede em dificuldade

O que? São as comunidades de cuidado ou de apoio. São redes de obrigações e respeito mútuo. Quem? Familiares, seja do grupo nuclear ou estendido, amigos, vizinhança e colegas Para que? Para construir meios conjuntos de reparar os danos e atender as necessidades não atendidas envolvidas com o conflito; Promover a construção de redes de suporte empoderadas e autônomas. Como atuam? Participam dos encontros restaurativos de forma responsável, contribuindo para a construção de um plano de ação e ajudando a criar condições para o cumprimento dos acordos estabelecidos. REDES PRIMÁRIAS NA JUSTIÇA RESTAURATIVA Como se formam? Elas são escolhidas e indicadas pelas partes

O que? São órgãos e instituições sociais. Quem? Técnicos do Fórum, Conselho Tutelar, Educação, Assistência Social, Saúde, Segurança, grupos e atendimentos de suporte e ONGS.. Para que? Para proporcionarem condições efetivas de atendimento das necessidades específicas das partes envolvidas no conflito, bem como das demandas coletivas Como atuam? Podem ser representadas nos encontros restaurativos ou serem indicadas nos planos de ação. Oferecem alternativas reintegradoras visando o desenvolvimento de condições para a solução das raízes dos conflitos. REDES SECUNDÁRIAS NA JUSTIÇA RESTAURATIVA Como se formam? Por indicação das partes ou dos facilitadores

NO INÍCIO DOS PROJETOS Em todos os Municípios que chegamos para a implementação da Justiça Restaurativa, as Escolas demonstraram insatisfações, em menor ou maior grau, com suas articulações à Rede de atendimento à criança e ao adolescente.

O PRIMEIRO ASPECTO A SER CONSIDERADO A Escola precisa reconhecer a si própria como um ponto da rede, e não como um usuário externo à rede. Ela, assim como diversos outros pontos da rede, articulam-se para garantir tanto direitos, como serviços às crianças e adolescentes, e suas famílias.

O SEGUNDO ASPECTO A SER CONSIDERADO Quando se pretende promover alguma transformação na rede, é preciso mudar o ponto de partida: De um olhar inicial para o problema a ser resolvido Para o considerar os relacionamentos entre as pessoas dentro de uma rede

INTERVENÇÃO DE REDES Muito mais do que a resolução dos problemas, as intervenções de redes visam a mudança das relações através do compartilhar das necessidades e do reforçar das ligações entre as pessoas.

MUDANÇA DE PARADIGMA o É possível melhorar o nível de bem-estar de cada membro, através de uma mudança de relacionamento dentro da rede orelacionamentos estes, que compartilham suas necessidades oe ao compartilharem, buscam atender a estas necessidades oportanto, o agente fundamental da mudança é a comunidade

ESTÁGIOS DE INTERVENÇÃO Estrutural: modificações na rede no nível de ampliação e de densidade, ou seja, a quantidade de pessoas presentes e os laços existentes entre elas, a intensidade das trocas e a sua freqüência no tempo. Funcional: modificações na qualidade das trocas realizadas, tipos de suportes oferecidos e recebidos, o efeito do suporte e a distribuição do suporte entre os integrantes da rede. Dinâmica: modificações nas relações entre os membros da rede, tais como alianças, conflitos, discontinuidades, rupturas, falhas e transgressões. Lia Sanicola

MOVIMENTO INTERNO Para desenvolver e sustentar uma maior articulação de rede devemos operar em dois movimentos: Do individual para o coletivo Da dependência à autonomia

EFEITOS DO PROTAGONISMO POPULAR Um dos efeitos mais importantes da participação comunitária na resolução dos próprios conflitos é a transformação das pessoas em sujeitos ativos, com clara visualização de seus recursos, uma valorização de seus saberes e uma tomada de consciência das conquistas que podem ser obtidas através da participação ativa na organização social. Elina Nora Dabas

JUSTIÇA RESTAURATIVA PARTICIPAÇÃO E INCLUSÃO DE TODOS Sob a ótica de um novo paradigma que fundamenta a Justiça Restaurativa, acreditamos que no centro do Círculo está um problema que é de todos, e não apenas dois indivíduos em conflito. Alguns pressupostos norteiam este novo paradigma de responsabilidade ativa e autônoma e de resolução de conflitos: a) O diálogo como força transformadora b) O encontro inclusivo e participativo marcado mais pelo problema do que por indivíduos c) Empoderamento dos envolvidos

O DIÁLOGO COMO FORÇA TRANSFORMADORA Através do diálogo busca-se a construção de condições de respeito mútuo e responsabilização pela elaboração de um plano de ação voltado para o futuro. O foco principal do diálogo e do encontro é a resolução do conflito, e não a culpabilização e punição.

EMPODERAMENTO DOS ENVOLVIDOS Envolvimento da comunidade no encontro de soluções através da valorização do conhecimento e dos recursos locais. Para o Educador Paulo Freire, o grupo ou instituição empoderada é aquela que realiza por si mesma, as mudanças e ações que a levam a evoluir e se fortalecer.

A JUSTIÇA RESTAURATIVA ESTÁ PRESENTE NOS MAIS DIVERSOS PAÍSES

JUSTIÇA RESTAURATIVA NO BRASIL PROJETO PILOTO SÃO CAETANO DO SUL 2009 PROJETO PILOTO BRASILIA 2005 PROJETO PILOTO PORTO ALEGRE 2005 2005

A JUSTIÇA RESTAURATIVA E O ESTATUDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Os princípios e as práticas da Justiça Restaurativa são úteis e necessários ao envolvimento e empoderamento de crianças, adolescentes, bem como suas famílias e comunidades, na resolução de situações de conflito, constituindo em uma poderosa via de efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Justiça e Educação em Heliópolis e Guarulhos Parceria pela Cidadania

No Estado de São Paulo a Justiça Restaurativa desenvolve-se a partir de uma parceria Institucional entre JUSTIÇA e EDUCAÇÃO

JUSTIÇA RESTAURATIVA NO ESTADO DE SÃO PAULO 2008 2009 BARUERI OSASCO FASE DE IMPLEMENTAÇÃO 2006 HELIÓPOLIS GUARULHOS SCS

OS TRÊS EIXOS DOS PROJETOS C A P A C I T A Ç Ã O D E F A C I L I T A D O R E S M U D A N Ç A S I N S T I T U C I O N A I S S E N S I B I L I Z A Ç Ã O D E R E D E

CAPACITAÇÃO DE FACILITADORES Os mais diversos membros da comunidade escolar são capacitados para atuarem como facilitadores de diversas práticas restaurativas nas Escolas.

IMPLEMENTAÇÃO DE MUDANÇAS INSTITUCIONAIS A implementação de mudanças institucionais e educacionais, através da construção de condições físicas e organizacionais de implementação dos Encontros Restaurativos, e a disseminação da proposta junto a comunidades e agentes do Sistema Educacional.

NOS PROJETOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DE REDE - DISSEMINAÇÃO - CAPACITAÇÃO - ENCAMINHADOR - RECEBER ENCAMINHAMENTOS -PARTICIPAR DOS ENCONTROS

DESAFIOS 1. Mudança paradigmática: a resolução dos conflitos sob uma perspectiva restaurativa e não sob uma perspectiva punitiva. 2. Desenvolver o senso de responsabilização coletiva pela construção de ações voltadas para a resolução de problemas de uma determinada comunidade escolar. 3. Promover o empoderamento das comunidades para a resolução de seus conflitos 4. Aumentar o diálogo com outras dimensões dos conflitos 5. Oferecer condições para a criação de uma comunidade reintegradora que constrói planos de ação, mais do que toma medidas. 6. Transformar a Escola em um espaço institucional de disseminação da Cultura da Paz

justicaemcirculo@gmail.com www.mediativa.org.br