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1 Relatório Anual 07

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3 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 ÍNDICE DADOS RELEVANTES 4 CARTA DO PRESIDENTE 6 CARTA DO CEO 10 ÁREAS GEOGRÁFICAS 16 O MODELO DE NEGÓCIO SANTANDER 18 SANTANDER EM NOSSOS NEGÓCIOS 22 SANTANDER UNIVERSIDADES 36 GOVERNO CORPORATIVO 37 A AÇÃO 38 FATOS DO EXERCÍCIO 40 RELATÓRIO DE GOVERNO CORPORATIVO 42 Estrutura de propiedade 43 O Conselho do Santander 45 Os direitos dos acionistas e a Assembléia Geral 57 A Alta Direção do Santander 61 Transparência e indepêndencia 62 Código Unificado do Bom Governo 63 INFORMAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA 65 Relatório financeiro consolidado 66 Relatório por segmentos 82 GESTÃO DO RISCO 118 Princípios corporativos de gestão do risco 119 Governo corporativo da função de riscos 120 Risco de crédito, de mercado e operacional 121 Projeto Corporativo Basiléia II 152 Capital econômico 153 Risco de reputação 155 MODELO DE CONTROLE INTERNO E RELATÓRIO DO AUDITOR 158 RELATÓRIO DE AUDITORIA E CONTAS ANUAIS 162 Contas anuais consolidadas 166 Relatório de gestão 315 Balanço e conta de resultados 338 ANEXOS 344 A função de Compliance 345 Séries históricas 348 Informação geral 350 3

4 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 DADOS RELEVANTES BALANÇO E RESULTADOS0 Milhões de euros Var. (%) 2005 Ativos totais , Créditos a clientes (líquido) , Recursos de clientes administrados , Fundos próprios , Total de fundos administrados , Margem de intermediação (sem dividendos) , Margem ordinária , Margem operacional , Lucro atribuído do Grupo sem plusvalías* , Lucro atribuído do Grupo , ÍNDICES% % Eficiência 44,22 48,56 52,94 ROA (Retorno sobre ativos) 1,09 1,00 0,91 RoRWA (Retorno sobre ativos ponderados pelo risco) 1,95 1,83 1,78 ROE (Retorno sobre investimentos) sem plusvalías* 19,61 18,54 16,64 ROE 21,91 21,39 19,86 Índice de Basiléia 12,66 12,49 12,94 Tier I 7,71 7,42 7,88 Taxa de inadimplência 0,95 0,78 0,89 Cobertura contra inadimplência 150,55 187,23 182,02 A AÇÃO OUTROS DADOS Quantidade de ações em circulação (milhões) Preço (euros) 14,79 14,14 11,15 Capitalização em bolsa (milhões de euros) Lucro atribuído sem plusvalías* por ação (euros) 1,2789 1,0534 0,8351 Lucro atribuído por ação (euros) 1,4287 1,2157 0,9967 Lucro atribuído sem plusvalías* diluído por ação (euros) 1,2657 1,0477 0,8320 Lucro atribuído diluído por ação (euros) 1,4139 1,2091 0,9930 Dividendo por ação (euros) 0,6508 0,5206 0,4165 Valor contábil por ação (euros) 8,31 6,41 5,73 Preço / valor contábil por ação (vezes) 1,78 2,21 1,95 PER (cotação / lucro atribuído sem plusvalías* por ação, vezes) 11,56 13,42 13, Número de acionistas Número de funcionários Europa Continental Reino Unido (Abbey) América Latina Gestão financeira e participações Pontos-de-venda Europa Continental Reino Unido (Abbey) América Latina** * Sem plusvalías (ganhos extraordinários) nem baixas contábeis não previstas. ** Inclui pontos-de-venda tradicionais, postos bancários (PABs) e postos de atendimento empresariais (PAEs).

5 RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2007 DADOS RELEVANTES O Santander é o primeiro banco da zona do euro e o quinto do mundo no ranking por lucro. Em 2007, superou novamente os seus objetivos, atingindo 8,111 bilhões de euros de lucro ordinário, 23,2% superior ao do exercício anterior LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros LUCRO POR AÇÃO (*) Euros +19,3% +21,4% , (*) (*) +23,2% (*) (*) 1,0534 0, MARGEM ORDINÁRIA Milhões de euros +21,3% MARGEM OPERACIONAL Milhões de euros +32,3% EFICIÊNCIA % ROE % +0,5 p.p. 52,9 48,6-4,4 p.p. 44,2 19,9 21,4 18,5 (*) 21,9 19,6 (*) +1,1 p.p. 16,6 (*) * Não inclui lucro líquido nem baixas contábeis não previstos. 5

6 O lucro ordinário por ação atingiu 1,28 euro, 21,4% acima do ano anterior Emilio Botín, Presidente

7 CARTA DO PRESIDENTE O SANTANDER SUPERA NOVAMENTE SEUS OBJETIVOS, ATINGINDO UM LUCRO ATRIBUÍDO DE 9,06 BILHÕES DE EUROS EM 2007 A OPERAÇÃO DO ABN AMRO O ano de 2007, ano em que o Banco Santander celebrou o seu 150º aniversário, foi excelente. A evolução do Grupo neste exercício demonstrou a sua fortaleza e a validade da sua estratégia, ao obter em um mercado financeiro particularmente difícil, os melhores resultados da sua história, tanto em valores absolutos como em qualidade. O lucro atribuído do Grupo foi de 9,06 bilhões de euros, 19,3% superior ao de 2006, colocando o Banco no quinto lugar mundial no ranking de lucros. Sem contabilizar os extraordinários, o lucro atribuído ordinário foi de 8,111 bilhões de euros, 23,2% superior ao do ano anterior. Este exercício faz parte de uma trajetória que nos permitiu, nos últimos dez anos, multiplicar o nosso lucro atribuído 14 vezes com um incremento anual acumulativo de 30%. O Banco Santander foi, mais uma vez, um dos bancos do mundo com o maior crescimento no lucro ordinário por ação em 2007 (21,4%), atingindo 1,28 euro. A política de distribuição de dividendos do Banco é destinar 50% do lucro ordinário do Grupo ao pagamento de dividendos, então o Conselho de Administração proporá à Assembléia Geral um dividendo total de 0,65 euro por ação. Pelo terceiro ano consecutivo o dividendo aumenta 25% comparado com o ano anterior. Isto evidencia a importância que o Conselho de Administração outorga ao incremento permanente do dividendo. Os mercados financeiros reconheceram esta excelente evolução, e o Banco Santander encerra o ano em oitavo lugar no ranking mundial dos bancos em capitalização em bolsa. Em 2007, o Santander foi um dos três bancos do mundo que mais incrementaram o seu valor em bolsa. A nossa ação atingiu o seu valor máximo histórico, e foi o único Banco do índice Eurostoxx 50 que se revalorizou. Embora no primeiro trimestre de 2008 as ações dos principais bancos internacionais tenham caído significativamente, a performance da ação do Santander nesse período foi melhor que a dos 25 maiores bancos do mundo, permitindo que no final do primeiro trimestre de 2008 o Banco Santander estivesse no sétimo lugar mundial por capitalização em bolsa. Tenho certeza que durante 2008 os investidores continuarão honrando os bancos bem administrados e com boas perspectivas de crescimento. Bancos como o Santander que, apesar do novo cenário financeiro internacional, respeitam os objetivos anunciados de incrementar o lucro por ação em 15% anual para 2008 e Em 2007, paralelamente com a satisfatória gestão habitual dos nossos negócios, o destaque foi a compra do ABN AMRO pelo Royal Bank of Scotland, o Fortis e o Banco Santander, por um valor total de 71,1 bilhões de euros. Esta aquisição foi a maior operação da história bancária, com a particularidade adicional de ter sido efetuada por um consórcio de bancos. Quero destacar a magnífica condução desta transação feita pelo CEO do Royal Bank of Scotland, Sir Fred Goodwin. A sua liderança foi decisiva para o sucesso da aquisição. Nesta operação estava previsto que o Banco Santander adquirisse, como principais ativos, o Banco Real no Brasil e Antonveneta na Itália, por um montante de 20,615 bilhões de euros. Posteriormente, como expliquei pessoalmente por carta aos nossos acionistas no dia 8 de novembro, recebemos uma atrativa oferta de compra do Antonveneta que decidimos aceitar por considerá-la preferível à alternativa de manter esse Banco, o que teria demandado significativos investimentos adicionais no mercado italiano. Como resultado final, será incorporado em nosso balanço um excelente ativo, o Banco Real, pelo montante de 10 bilhões de euros. Isso torna o nosso Grupo um dos três principais grupos financeiros do Brasil. A operação terá desde o primeiro ano um impacto positivo sobre o nosso lucro por ação e um retorno de 18% sobre o investimento. O financiamento da operação de compra do ABN AMRO foi feito de maneira muito eficiente sem necessidade de aumento de capital: foram vendidos pontos-de-venda e outros imóveis na Espanha, com plusvalías líquidas de 1,076 bilhão de euros, sem incluir neste valor a venda da Cidade Financeira, tivemos plusvalías líquidas de 1,2 bilhão de euros com a venda de nossa participação na Intesa Sanpaolo e do nosso negócio de fundos de pensão na América Latina, foi vendido o Banco Antonveneta na Itália, e foi realizada uma emissão de sete bilhões de euros de obrigações compulsoriamente conversíveis em ações do Banco. Essa emissão foi integralmente colocada pela rede comercial na Espanha entre subscritores em uma operação bancária única no mundo. 7

8 Carta del Presidente O nosso foco é o Banco Comercial, e somos cautelosos na captação de riscos. Isto se traduz em uma elevada qualidade de serviço e recorrência de resultados MÁXIMA TRANSPARÊNCIA EM UM DIFÍCIL CENÁRIO FINANCEIRO Os nossos resultados e a performance do Grupo foram alcançados em um período especialmente difícil para o setor financeiro internacional. As turbulências nos mercados iniciadas no mês de julho, com a evolução negativa do mercado hipotecário subprime nos Estados Unidos, foram intensificando-se durante o resto do exercício, gerando tensão na liquidez e alargamento dos spreads de risco, tornando necessárias significativas baixas contábeis nos balanços de algumas instituições. Essas circunstâncias demonstraram que é inevitável prestar especial atenção às questões relativas a liquidez e ao capital na gestão das instituições financeiras, e restabelecer um equilíbrio razoável entre a rentabilidade e o risco das operações de crédito. A transparência é um fator chave para restaurar a confiança dos investidores em momentos como o atual. Por isso, o Banco Santander outorga máxima prioridade neste Relatório Anual à transparência na apresentação dos seus resultados, objetivos, estratégias e política de riscos. A ESTRATÉGIA DO SANTANDER NESSE CONTEXTO No ano passado, nesta mesma carta do Relatório Anual, eu disse que "a nossa vantagem é baseada, inclusive frente uma eventual desaceleração do ciclo econômico, na maior recorrência do nosso negócio comparado com o dos nossos concorrentes, com maior dependência da evolução dos mercados cujo comportamento é, por definição, mais volátil". O exercício 2007 demonstrou claramente as vantagens da estratégia do Banco Santander, com um modelo fundamentado em seis sólidos pilares: 1) A diversificação dos nossos negócios combinando uma forte presença em mercados emergentes e mercados maduros. A exposição nos mercados emergentes sempre foi feita de maneira progressiva e com um elevado conhecimento dos mercados nos quais investimos, como é o caso da América Latina. Combinamos uma diversificação adequada com uma posição de fortaleza nos mercados em que participamos. Isto nos permite alcançar o devido equilíbrio entre um elevado crescimento das receitas, eficiência na gestão e um risco moderado. 2) O nosso foco é o Banco Comercial e somos cautelosos na captação de riscos. Isto se traduz em uma elevada qualidade e recorrência de resultados. Somos um banco de varejo, principalmente direcionado aos clientes individuais e às pequenas e médias empresas, focado na proximidade com os clientes e na máxima qualidade de serviço. Temos agências (13 mil com o Banco Real), somos o Banco internacional com maior número de agências no mundo. O Banco de varejo gera 84% da conta de resultados do Santander, comparado com 16% do banco corporativo. O crescimento dos nossos resultados é baseado em negócios recorrentes. A qualidade dos nossos resultados ficou evidenciada durante 2007, quando não fomos afetados pela crise dos mercados financeiros. Este modelo, combinado com a tradicional cautela do Santander na gestão de riscos, permitiu evitar os problemas de liquidez vinculados com o elevado uso que outras instituições fizeram de conduits (canais de financiamento) e veículos especiais de investimento, e nos manteve afastados de investimentos em títulos e estruturas financeiras afetadas pela crise, que por seu caráter complexo e de difícil valoração eram particularmente vulneráveis. Como conseqüência, não foi necessário fazer nenhuma baixa contábil especial nas provisões relacionadas com créditos e investimentos ordinários. O Grupo encerra o presente exercício constituindo 6,027 bilhões de euros de provisões genéricas 3) Procuramos dispor da melhor tecnologia para garantir o nosso sucesso comercial, a inovação e os lucros recorrentes de eficiência nos custos. Graças à tecnologia, continuamos melhorando nosso índice de eficiência: em 2005 era de 52,9%, em 2007 está em 44,2% e esperamos que para 2009 fique em torno de 40%. A nossa avançada tecnologia foi fundamental para melhorar rapidamente os custos das novas aquisições, como demonstrado no caso do Abbey. 4) Criamos valor por meio de aquisições e pela venda de ativos não estratégicos. Para manter um crescimento permanente dos lucros por ação superior ao dos nossos concorrentes, é fundamental administrar ativamente a nossa carteira de negócios, investindo em bancos e mercados com disciplina de preços, criar valor pela nossa gestão, e vender ativos não essenciais nos quais houver escassa capacidade de criação de valor. 8

9 Criamos valor mediante aquisições e também por meio da venda de ativos não estratégicos A nossa política de aquisições será seletiva e baseada em estritos critérios estratégicos e financeiros. O retorno desses investimentos deverá superar os custos do capital em um período máximo de três anos. A aquisição do Banco Real em 2007 e a venda do negócio de fundos de pensão na América Latina, dos imóveis na Espanha e do Antonveneta na Itália são reflexos da disciplina de capital imposta para todas as nossas decisões, visando maximizar valor para os acionistas do Banco. 5) Sabemos aproveitar as vantagens competitivas que outorgam a nossa dimensão e visão internacional. Os nossos Bancos têm capacidade de alcançar melhores níveis de eficiência que seus concorrentes locais, aproveitando as economias de escala derivadas de sistemas e fábricas operacionais globais. O desenvolvimento dos negócios globais do Global Banking & Markets, os cartões, a gestão de ativos, os seguros e o Private Banking oferecem aos bancos locais a possibilidade de aplicarem as melhores práticas para cada mercado. O Banco Santander tem competência para gerar valor na sua carteira de negócios, fazendo com que o Grupo tenha um valor maior do que a soma das suas partes. 6) Finalmente, o sexto pilar, que eu considero fundamental, é a capacidade do Banco Santander para captar, desenvolver e reter a melhor equipe de gestão. O capital humano está na raiz do modelo Santander. Temos sido capazes de oferecer oportunidades aos nossos profissionais para desenvolver as suas carreiras dentro do Grupo, retendo o melhor capital humano. Ao nos tornarmos mais globais, conseguimos incorporar novos e diversos talentos ao Grupo. O desenvolvimento da melhor equipe de executivos foi e continuará sendo o pilar central da capacidade do Banco para criar valor para os nossos acionistas. A NOSSA GOVERNANÇA CORPORATIVA E O COMPROMISSO COM A SOCIEDADE agilidade na tomada de decisões. Houve alterações no Conselho de Administração com a saída da Mutua Madrileña, representada por Luis Rodríguez Durón, como conseqüência da venda por parte da Mutua Madrileña da sua participação acionária no Banco. Ingressaram no Conselho como diretora externa independente, Isabel Tocino Biscarolasaga, e como diretor executivo, Juan Rodríguez Inciarte. Tenho certeza que a contribuição de ambos nas funções do Conselho será muito positiva pelas suas qualidades pessoais e profissionais. O compromisso do Banco com a sociedade é materializado por meio de um investimento em responsabilidade social corporativa de 119 milhões de euros, centralizado no ensino universitário. O Banco Santander possui convênios com 623 universidades em 15 países. Como prova da importância dedicada a nossa atuação global no mundo universitário, em 2007 foi criada a Divisão Global Santander Universidades. Em 2007 foi completada a convergência à marca única Santander, sendo incrementada a presença e o posicionamento internacional da nossa marca. Hoje, o Banco é reconhecido no mundo com uma única imagem de marca. É uma imagem que combina solidez, modernidade e a internacionalidade de um dos primeiros grupos financeiros do mundo com a proximidade de redes comerciais líderes nos seus mercados locais. UMA VISÃO DE FUTURO Temos grande confiança no nosso futuro. Quaisquer que sejam as circunstâncias das economias e dos países em que opera o nosso Grupo, o modelo bancário do Santander nos coloca em uma clara posição de vantagem. Pretendemos continuar avançando nesta linha de excelência, para que o lucro por ação do Banco Santander e o aumento nos seus dividendos superem significativamente a cada ano os dos nossos principais concorrentes. Isto permitirá continuar a positiva trajetória de criação de valor para os nossos acionistas, aos quais quero agradecer novamente este ano pela sua confiança e apoio. O Banco Santander continua consolidando e implantando as melhores práticas de governança corporativa. Contamos com a liderança de um excepcional Conselho de Administração, com conselheiros do mais elevado perfil, formação e experiência. A composição do Conselho é equilibrada e tem demonstrado permanentemente uma elevada capacidade e Emilio Botín Presidente 9

10 Criamos valor para o acionista com o negócio para clientes, não assumindo mais riscos financeiros Alfredo Sáenz, 2º vice-presidente e CEO

11 CARTA DO CEO O SANTANDER OBTÉM UM LUCRO ORDINÁRIO DE 8,111 BILHÕES DE EUROS, RESULTADO DO CRESCIMENTO DE TODAS AS ÁREAS DE NEGÓCIOS Sempre tivemos muito claro qual é a natureza do ciclo bancário: é exatamente nos bons momentos que a disciplina do risco (em todos os seus aspectos) deve ser mantida mais inflexível. Em 2007 obtivemos um lucro recorde: 9, 06 bilhões de euros. O nosso lucro líquido, excluindo baixas contábeis extraordinárias, foi de 8,111 bilhões de euros. Este é o montante que melhor representa a geração de benefícios recorrentes do Grupo. Como conseqüência desse resultado o preço da ação é de 1,28 euro, com um crescimento do lucro bruto de 21,4%. Conseguimos manter o nosso ritmo de crescimento durante a segunda metade do exercício, apesar das turbulências nos mercados financeiros. Isso comprova a resistência do nosso modelo de crescimento em um exercício complicado. Senhores acionistas, esse bom crescimento dos lucros permitiu que a rentabilidade das suas ações, este ano, tenha sido de 8,5%, incluindo o aumento do preço e o dividendo. Esta performance é particularmente positiva em um contexto difícil para o setor bancário internacional. Dos 20 bancos europeus e americanos que tomamos como o nosso grupo de referência, o Santander foi um dos únicos que tiveram rendimento positivo neste ano. Concluímos com sucesso uma operação que já comentarei - de grande importância: trata-se da compra, conjuntamente com o Royal Bank of Scotland e o Fortis, do ABN AMRO. NOSSOS PRINCÍPIOS DE GESTÃO O bom desempenho da ação e a boa evolução dos nossos resultados são conseqüências diretas dos nossos princípios de gestão. Em minha opinião, nos últimos anos o setor bancário internacional sofreu a tentação de acelerar o crescimento, tomando mais risco financeiro, de mercado e de crédito do que o naturalmente gerado no relacionamento com os clientes. Sempre fomos contra a dinâmica de omitir a existência de riscos do conhecimento de cada cliente. Sempre tivemos muito claro que a forma de criar valor para o acionista a médio e longo prazo é agregando valor aos nossos clientes, e não tomando mais risco financeiro. Ele é parte inevitável do negócio, e como tal, deve ser administrado, mas em nenhum caso deve ser o motor principal do nosso crescimento. Portanto, no cenário atual, quando muitos dos nossos concorrentes pensam retomar o negócio bancário tradicional, a nossa vantagem é que nunca nos afastamos dele. Podemos resumir os nossos princípios de gestão e o modelo de negócio nos seguintes princípios: 1. O nosso modelo é baseado no Banco Comercial de clientes apoiado em extensas redes de distribuição (pontos-de-venda, telefone, internet, agentes, etc.). 2. Estratégia vertical no Banco Comercial: em minha opinião, no atual cenário, é requerido um modelo de banco universal e transacional, em função da sua estabilidade e possibilidade de fazer venda cruzada. Este modelo foi questionado nos últimos anos, quando o crédito era o produto estrela. 3. A importância do modelo de Banco universal e das franquias de depósitos: operações fortes e competitivas em mercados atrativos, frente a um modelo alternativo de presença em um grande número de países, mas com pouca massa crítica em cada mercado. Ser relevante em Banco Comercial implica ser relevante em cada mercado local. 4. Foco na eficiência comercial: no Banco Comercial temos um modelo que permite gerar crescimento nas receitas (baseado no crescimento do negócio dos clientes), mantendo ao mesmo tempo custos fixos (flat). Esta melhoria contínua de produtividade e de eficiência é baseada nas vantagens de nossa plataforma tecnológica e na nossa cultura de reestruturação contínua das áreas operacionais. Isto permite alcançar um bom equilíbrio entre os investimentos no longo prazo e a superação dos nossos objetivos (e das expectativas do mercado) no curto prazo. A decisão de manter os nossos padrões de crédito fez com que o nosso crescimento nos últimos anos fosse um pouco menor, em comparação com concorrentes mais agressivos. 11

12 Dos 20 bancos europeus e americanos que tomamos como nosso grupo de referência, o Santander foi um dos dois únicos que teve rendimento positivo em bolsa durante Aproveitar as vantagens do nosso tamanho: acreditamos que a nossa dimensão global representa uma fonte de vantagens competitivas que deve ser aproveitada por cada um dos nossos pontos-de-venda locais. A nossa gestão nos bancos em cada país é orientada para cumprir com o seguinte processo: Em primeiro lugar, cada banco local tem que cumprir com a exigência de alcançar o melhor padrão local em eficiência, rentabilidade e crescimento, ou seja, atingir pelos seus próprios meios um lugar entre os melhores bancos do sistema. Em segundo lugar, cada banco local tem a oportunidade de beneficiar-se das economias de escala do Grupo. Por exemplo, compartilhar centros operacionais e de pesquisa tecnológicos corporativos. Isto permitirá desenvolver melhorias de eficiência que estejam fora do alcance dos seus concorrentes locais. Em terceiro lugar, a interação de cada um dos pontos-de-venda locais com nossos pontos-de-venda globais de produtos (seguros, cartões, etc.) tem que ser capaz de alavancar o crescimento, aplicando as melhores práticas em cada mercado local, aproveitando a experiência do Grupo e as economias de escala. Adicionalmente, cada ponto-de-venda local deve ter capacidade de aproveitar as competências e os conhecimentos existentes em outros pontos-de-venda locais. Estamos instrumentando isto por meio de projetos corporativos, que permitam construir modelos de negócio a partir de competências já existentes no Grupo evitamos as ineficiências das organizações muito grandes. Reconhecemos que as grandes organizações podem cair em vícios gerados pelo seu tamanho, por exemplo, o desnecessário aumento de custos gerado pela burocracia, a perda de motivação comercial e vocação de crescimento e um maior descuido no controle de riscos. Temos muito claro que não é uma opção e sim uma obrigação obter a máxima vantagem da nossa dimensão global e criar valor como grupo. O mercado fará com que qualquer banco que não crie valor como grupo, constituindo um conjunto de negócios isolados, seja dividido em partes. Portanto, gerimos a nossa organização para maximizar as vantagens do nosso tamanho global e evitar as possíveis desvantagens e, creio, estamos conseguindo. Devemos, porém, ser muito realistas: estamos no começo do caminho. Nem nós nem nenhum dos nossos concorrentes internacionais atingimos ainda todo o potencial oferecido por uma organização global, de eficiência e capacidade de gerar receitas. Por isso, considero que este aproveitamento de sinergias globais representará uma fonte de crescimento e de criação de valor muito importante durante os próximos anos. 7. Para finalizar, mantemos a flexibilidade estratégica para continuar reequilibrando o nosso Grupo, fazendo aquisições em áreas de crescimento e elevada rentabilidade e vendendo áreas menos atrativas. Neste ano fizemos operações de ambos os tipos, destacando a compra com nossos sócios Royal Bank of Scotland e o Fortis, do banco holandês ABN AMRO. Além da importância estratégica desta compra para o Banco Santander, explicada na carta do nosso presidente, gostaria de destacar os aspectos operativos inovadores desta aquisição: Foi uma operação consorciada, algo impensável até o presente ano. Futuramente, o tamanho não poderá impedir que bancos com resultados discretos sejam vistos como objetivos por outros bancos atuando também em consórcio. Esta operação é excelente para o Santander porque aprofunda a nossa posição no Brasil (estratégia vertical) para ter um banco dominante conseguindo sinergias com pouco risco de execução. Outro aspecto positivo é o financiamento: o balanço do Grupo foi otimizado para poder comprar sem fazer uma emissão de ações. Isto permite que a operação tenha um impacto positivo no nosso BPA (lucro por ação) a partir do primeiro ano. OS RESULTADOS DOS NOSSOS PONTOS-DE- VENDA REFLETEM OS NOSSOS PRINCÍPIOS DE GESTÃO I. Europa Continental Na Europa Continental tivemos bons resultados, com um lucro atribuído sem plusvalías de 4,423 bilhões de euros, 27,4% superior ao de É um crescimento sólido e diversificado. Todos os pontosde-venda tiveram taxas de crescimento de dois dígitos e melhoraram a sua eficiência. a. Banco Comercial Em um ano em que houve um forte investimento na capacidade comercial, conseguimos que a diferença entre crescimento de receitas e de custos atingisse 8,7 pontos nos nossos pontos-de-venda do Banco Comercial na Europa Continental. É o que denominamos gestão com as mandíbulas, ou seja, manter o crescimento das receitas entre 5-10 pontos no incremento dos custos.

13 A operação do ABN AMRO teve um impacto positivo no lucro por ação já a partir do primeiro ano O crescimento do lucro na Rede Santander teve um aumento de 19,9%, com um montante de 1,806 bilhão de euros. O Plano Queremos ser seu Banco está tendo muito bons resultados. Quando lançamos o Plano fizemos uma aposta muito forte, pois eliminamos as comissões para os nossos clientes vinculados. Em 2007, a nossa aposta continuou dando frutos. O Banesto aumentou seu lucro ordinário em 24,2%. Obteve forte crescimento em segmentos chave: pequenas e médias empresas, consumo, cartões e pessoas físicas. No negócio das pequenas e médias empresas, o Banesto obteve um forte incremento de volumes, crescendo 31% em créditos a empresas pequenas e 26% em créditos a empresas médias. O Santander Totta, em Portugal, novamente teve um crescimento de dois dígitos nas receitas com custos controlados, o que permitiu aumentar o lucro, sem plusvalías, para 511 milhões de euros, com um crescimento de 20,8%. Continuamos investindo fortemente na nossa rede comercial e aumentando a captação e vinculação de clientes (estratégia Comissões Zero ). b. Banco de Consumo Outro negócio de peso na Europa Continental é o Santander Consumer Finance, que teve 719 milhões de euros de lucro atribuído em 2007, 8,2% excluindo o impacto da compra da financeira americana de carros Drive, e 27,1% incluindo-a. Estes resultados foram obtidos apesar do impacto negativo que o aumento das taxas de juros na zona do euro causou nas margens desta unidade. A evolução da Drive no seu primeiro ano como parte do Grupo é muito positiva, especialmente se for considerada a desaceleração da economia nos Estados Unidos. II. Abbey O lucro atribuído do Abbey em 2007 foi de 1,201 bilhão de euros, 19,8% superior ao de 2006, colocando a rentabilidade sobre o investimento acima do custo do capital no terceiro ano, conforme previsto. O processo de melhoria do Abbey avança tal como esperado. Nos três primeiros anos conseguimos uma melhoria de eficiência superior a 20 pontos, com níveis acima de 70% no primeiro trimestre de 2005 quando assumimos o controle do banco, até 50,1% em O Abbey avança com sucesso na sua transformação de banco hipotecário para banco comercial, para poder concorrer com sucesso em segmentos como pequenas e médias empresas ou cartões. O avanço foi muito importante, com melhorias na produtividade comercial na rede de pontos-devenda, e com iniciativas como o relançamento do negócio de cartões na segunda metade de Também temos um ambicioso plano de abertura de mais pontos-de-venda. III. América Latina A nossa aposta na América Latina está baseada no seu potencial de desenvolvimento econômico e social, o que permitirá a consolidação e desenvolvimento de uma forte classe média. Isto gerará um categórico aumento do sistema bancário e um efeito multiplicador combinado ao maior crescimento econômico com o maior peso do setor bancário. Este processo já foi vivido em economias como a da Espanha, e representa um cenário muito atrativo para os bancos que souberem aproveitá-lo. Na recente crise financeira internacional a região demonstrou sua base sólida. Por isso, tenho uma visão muito positiva do potencial de crescimento do nosso negócio nesta área geográfica durante os próximos anos. A América Latina manteve durante 2007 o ritmo de forte crescimento que permitiu ao Grupo duplicar as receitas e os lucros obtidos na região no período Com essas mesmas bases (crescimento econômico sólido e estável, crescente bancarização das economias e maior participação da classe média), o Santander aproveitou seu posicionamento único na América Latina para dar um grande impulso ao negócio com clientes durante o exercício. O lucro atribuído foi de 3,648 bilhões de dólares, 27,3% maior que em O bom crescimento das receitas geradas com clientes permitiu absorver elevados investimentos em capacidade instalada (pontos-de-venda, atendimento telefônico personalizado, etc.), tecnologia e desenvolvimento de negócios, como uma maior necessidade de constituir provisões derivadas do forte crescimento e da mudança de estrutura no negócio para produtos de maior rentabilidade (e maiores riscos). Dentro da região, o crescimento está muito bem diversificado. Os três grandes mercados (Brasil, México e Chile) apresentam forte crescimento nas receitas comerciais, derivados de sólido incremento das atividades. No Brasil, os créditos e a poupança crescem a um ritmo médio de 30% em moeda local. No México, o crédito administrado cresce acima de 20%. No Chile, tanto o crédito como a poupança apresentam taxas de variação próximas de 20%. Estes fortes aumentos de receitas permitiram alcançar novos recordes de lucros atribuídos: o Brasil atingiu 1,239 bilhão de dólares, com um aumento de 31,6% superando pela primeira vez um bilhão de dólares; o México, 894 milhões (+35,2%) e o Chile 743 milhões (+21,1%). 13

14 As receitas recorrentes, derivadas da atividade com clientes, sempre foram o motor do nosso crescimento Os países em que estamos presentes também apresentam notáveis aumentos de volumes e receitas comerciais, traduzidos em um aumento do lucro atribuído conjunto de 16% em dólares, com a Venezuela e a Argentina acima dessa média. Quero destacar a melhoria permanente do nosso Banco na Argentina, ganhando participação de mercado e melhorando constantemente a eficiência. Até aqui explicamos a boa evolução em 2007 das principais áreas geográficas. Uma descrição que ficaria incompleta, se não falássemos do número cada vez mais elevado de negócios aos quais aplicamos uma visão global. O Santander é um Grupo cada vez mais integrado, com uma exposição global que agrega valor crescente a cada uma das unidades locais. Hoje não seria possível administrar negócios como o Global Banking & Markets, cartões ou gestão de ativos com uma visão exclusivamente local. As economias nas quais operamos são cada vez mais integradas e os nossos clientes têm uma visão cada vez mais global, então é normal que nós também a tenhamos. Essa exposição global está dando resultados muito claros e tangíveis: 1. O Global Banking & Markets aumentou o seu lucro bruto em 28,4% sobre A fortaleza das receitas dos clientes, crescendo acima de 20%, e a recuperação das provisões genéricas realizadas em 2006 compensam a menor receita dos mercados na segunda metade do ano. 2. Meios de Pagamento: o ano de 2007 consolidou-se como unidade global, alcançando um crescimento nas receitas de 41% e um crescimento no crédito de 40%. Embora o caminho a percorrer seja ainda grande, a unidade de atacado já tem um impacto importantíssimo no crescimento das unidades locais, acelerando o crescimento do negócio de cartões tanto na Europa como na América Latina. 3. Gestão de Ativos: o lucro bruto aumentou 8,1% em O bom desempenho dos fundos na América Latina compensa a desaceleração do negócio na Espanha, cuja legislação fiscal e o encarecimento da liquidez aumentaram o atrativo dos depósitos sobre as aplicações em fundos. 4. Seguros: o negócio de seguros também teve um exercício extraordinário tanto em atividade como em resultados, com aumento nas receitas, nas margens e no lucro do segmento superior a 20%. O Grupo tem como objetivo estratégico que a venda de seguros nas redes comerciais seja uma prática tão habitual como a venda de qualquer outro produto financeiro. As redes bancárias são o canal lógico de distribuição para determinado tipo de seguros, especialmente aquelas que adaptem a sua organização e processos comerciais para essa finalidade. 5. O Private Banking foi constituído como unidade global em 2007, com excelentes resultados: o aumento dos ativos sem gestão foi de 8% e o crescimento do lucro de 35,1%, atingindo 445 milhões de euros. O Private Banking é um negócio estratégico para o Santander. Por um lado, o forte aumento da riqueza no mundo (resultado, em grande parte, da globalização) é traduzido em elevado potencial para esse segmento. Acreditamos que atualmente houve um aumento da importância estratégica do negócio de gestão de recursos de clientes, tanto no balanço (depósitos) como fora do balanço (fundos e valores mobiliários). A nossa ambição é ter posições dominantes no Private Banking nos mercados em que somos um Banco dominante na área comercial, na Europa e na América Latina. Para concluir, 2007 foi um ano em que todas as nossas unidades mantiveram um bom ritmo de crescimento. Conseguimos um bom equilíbrio entre os resultados em curto prazo, que superaram as expectativas do mercado e os investimentos no futuro dos nossos negócios. Concretamente, continuamos reforçando as nossas redes de distribuição na Europa e na América Latina, e estamos avançando na transformação do Abbey. E continuamos progredindo no desenvolvimento de unidades de negócios globais. PRIORIDADES PARA 2008 O ano de 2008 será complicado para o setor bancário internacional. É provável que as turbulências no setor financeiro (menor liquidez e restrição ao acesso ao crédito) causem impacto na economia real. De fato, estamos assistindo a reduções graduais das previsões de crescimento. Porém, a nossa visão para 2008 é de confiança, porque: O nosso negócio está baseado nos clientes do Banco Comercial (84% da conta de resultados) e a nossa exposição nos mercados é muito diversificada, o que garante uma base mais sólida de crescimento. Mantivemos a cabeça fria nos piores momentos do ciclo. Por isso, enfrentamos a desaceleração com um balanço sem baixas contábeis, com um índice de capital core de 6,25% e uma das maiores coberturas contra inadimplência do sistema bancário internacional (traduzida em 6 bilhões de euros de provisões genéricas ). 14

15 Estamos assistindo a reduções graduais das previsões de crescimento econômico. Porém, a nossa visão para 2008 é de confiança A qualidade da conta de resultados do Banco é muito elevada porque as receitas recorrentes, derivadas da atividade com clientes, sempre foram o motor do nosso crescimento. É um bom ponto de partida para podermos continuar crescendo. Continuamos gerindo ativamente os nossos custos, e posso garantir que em 2008 teremos um novo ano de alavancagem operacional, com boas mandíbulas entre o crescimento das receitas e o crescimento dos custos. Esperamos que os investimentos desenvolvidos durante os últimos anos (incluindo a expansão das redes comerciais, a integração de plataformas tecnológicas e o desenvolvimento das estruturas globais) continuem dando frutos em Como já mencionara, temos oportunidades claras para aprofundar nossas posições globais, e para seguir aproveitando o nosso tamanho tanto na melhoria de custos como em novas oportunidades de gerar receitas. Temos uma carteira de negócios com muitas unidades com crescimento diferenciado: somos o maior grupo bancário na América Latina. Após a compra dos negócios do ABN AMRO somos o único grupo bancário internacional com presença relevante em um mercado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Um dos desafios mais importantes que enfrentamos este ano é garantir o sucesso da nossa aposta no Brasil, que começará a contribuir com cerca de 25% do lucro líquido do Grupo. Temos um plano de execução muito claro e a experiência necessária no Grupo para realizá-lo com sucesso. CONCLUSÕES O nosso crescimento foi superior ao do setor em anos em que uma parte dos nossos concorrentes cresceu assumindo elevados níveis de riscos financeiros, de crédito e de liquidez. Hoje, em um cenário em que essas fontes de crescimento não estarão mais disponíveis, acreditamos que nosso diferencial de crescimento comparado com o do setor aumentará. Nos momentos mais difíceis do ciclo fica mais evidente a diferença entre os modelos de negócios sólidos e os outros. Como informado no Investors Day de setembro de 2007, pensamos que é possível gerar ritmos anuais de crescimento que superem 5% a média dos nossos concorrentes. Manter um elevado ritmo de crescimento dependerá da nossa capacidade de reação frente a novos desafios como Banco Global. Honestamente, senhoras e senhores acionistas, eu creio que estamos muito bem situados para responder a esses desafios de maneira que seja possível cumprir os critérios de máxima exigência. Somos conscientes de que vocês ficarão satisfeitos unicamente com uma gestão de nível excepcional. Estamos preparados para continuar apresentando resultados à altura dos seus padrões e para continuar trazendo-lhes surpresas positivas. Também creio que esta nossa capacidade para continuar crescendo a um bom ritmo, criando valor como Grupo, não está refletida atualmente no valor da ação, com cotações semelhantes ou inclusive inferiores às dos outros bancos internacionais com expectativas de crescimento substancialmente inferiores às nossas. Tradicionalmente, os baixos preços das ações do setor bancário são reflexos do caráter cíclico do seu crescimento. Porém, em minha opinião, um banco que aposta em um perfil de risco baixo e um crescimento baseado na distribuição (ou seja, no relacionamento com os clientes) merecerá, em médio prazo, ter um valor mais alto. Tudo somado ao fato de dispormos de uma equipe de executivos de primeiro nível, capaz de reagir às mudanças de cenário, faz com que continuemos sendo muito otimistas sobre o futuro e sobre as perspectivas para seus investimentos, senhoras e senhores acionistas. Alfredo Sáenz 2º Vice-presidente e CEO 15

16 UM BANCO BEM DIVERSIFICADO GEOGRAFICAMENTE LUCRO ATRIBUÍDO* POR ÁREAS GEOGRÁFICAS REINO UNIDO (ABBEY): 15% AMÉRICA LATINA: 32% Brasil: 11% México: 8% Chile: 7% EUROPA CONTINENTAL: 53% Rede Santander: 22% Banesto: 8% Santander Consumer Finance: 9% Portugal: 6% * Não incluem plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias. EUROPA CONTINENTAL O Santander é o primeiro banco da zona do euro Pontos-de-venda (número) Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço* Recursos de clientes geridos* Lucro atribuído ao Grupo* * Milhões de euros REINO UNIDO O objetivo do Abbey é ser o melhor banco comercial do Reino Unido Pontos-de-venda (número) 704 Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço* Recursos de clientes geridos* Lucro atribuído ao Grupo* * Milhões de euros AMÉRICA LATINA O Santander é o primeiro grupo financeiro da América Latina Pontos-de-venda** (número) Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço* Recursos de clientes geridos* Lucro atribuído ao Grupo* * Milhões de euros ** Inclui pontos-de-venda tradicionais, postos bancários (PABs) e postos de atendimento empresariais 16

17 FORMULA 1TM SANTANDER BRITISH GRAND PRIX - Silverstone, Reino Unido, 8 de Julho O Banco Santander está presente em 16 países da Europa Continental, sendo o primeiro banco por capitalização em bolsa da zona do euro. O Santander é líder na categoria de Bancos Comerciais e Private Banking na Espanha e é o terceiro Banco Comercial Privado por lucros em Portugal. No financiamento ao consumo tem elevada participação de mercado na Espanha, Alemanha, Itália e Polônia. Na Europa, o Santander desenvolve um modelo de negócio com foco no Banco de varejo e possui uma sólida plataforma tecnológica que gera receitas recorrentes com custos controlados. Em 2007, houve uma aceleração do crescimento dos lucros, melhoria na rentabilidade e o índice de eficiência ficou abaixo de 40%. O Abbey é o terceiro banco do Reino Unido no negócio hipotecário. Em 2007 reforçou a sua oferta de produtos direcionados às pessoas físicas, com ênfase na poupança, nas contas correntes, nos seguros e empréstimos pessoais, e na qualidade do serviço. Aumentam os negócios do Banco Corporativo, Banco de Investimento, Private Banking, cartões e gestão de ativos, gerando sinergias e aproveitando as capacidades globais e a experiência do Grupo. Desde a sua incorporação no Grupo em 2004, o Abbey teve um progresso excelente nos seus objetivos do plano estratégico superando o 1,2 bilhão de euros de lucro atribuído em 2007 e reduzindo o seu índice de eficiência para 50%. Há mais de 60 anos que o Banco Santander mantém um firme compromisso com a América Latina. Está presente em nove países da região, ocupando posições de liderança nas três principais economias latino-americanas: Brasil, México e Chile. Em 2007, o Santander duplicou a sua presença no Brasil com a compra do Banco Real. Esta operação elevará para 4 mil o número de pontos-de-venda e de atendimento bancário do Santander no país, que passará a ser a terceira entidade financeira do Brasil por créditos e a segunda por depósitos de clientes. O Banco continua investindo para aumentar a sua capacidade de distribuição na região, com mais pontos-de-venda, mais caixas eletrônicos e mais recursos humanos ao serviço dos nossos clientes. 17

18 O MODELO DE NEGÓCIO SANTANDER: UM BANCO GLOBAL, EFICIENTE, RENTÁVEL, TRANSPARENTE E PRÓXIMO DO CLIENTE LUCRO BRUTO* POR NEGÓCIOS GLOBAL BANKING & MARKETS: 16% GESTÃO DE ATIVOS E SEGUROS: 4% COMERCIAL REINO UNIDO (ABBEY): 14% COMERCIAL AMÉRICA LATINA: 23% * Não inclui plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias. COMERCIAL EUROPA CONTINENTAL: 43% BANCO COMERCIAL: 84% Foco no Banco Comercial, diversificação geográfica, prudência nos riscos, eficiência e disciplina de capital são os pilares em que se apóia o modelo de negócio do Banco Santander BANCO COMERCIAL O banco internacional com mais pontos-de-venda no mundo Do total das receitas, 86% são originadas pelo negócio do Banco Comercial, proporcionando aos resultados uma grande estabilidade e recorrência. O Santander possui a maior rede comercial entre os bancos internacionais. Com pontos-de-venda (mais de 13 mil incluindo o Banco Real no Brasil), o Banco atende a 65 milhões de clientes oferecendo produtos e serviços inovadores adaptados às necessidades dos diversos mercados. O objetivo é prestar um excelente serviço para aumentar os níveis de satisfação e vinculação com os clientes, estabelecendo relações duradouras. No Grupo trabalham mais de 131 mil funcionários. A sua estratégia de Recursos Humanos é desenvolvida para atrair, motivar, formar e reter os melhores talentos internacionais. DIVERSIFICAÇÃO Uma posição equilibrada entre mercados maduros e emergentes O Banco Santander está presente em mais de 40 países e tem uma posição equilibrada entre mercados maduros e mercados emergentes de elevado crescimento. Uma combinação que permite alcançar um alto crescimento das receitas e dos lucros em todo o ciclo econômico. O Banco atinge elevada participação nos seus mercados de referência tanto na Europa como na América Latina. As áreas de negócios globais e a sua capacidade para gerar sinergias entre os países contribuem para que o Grupo tenha um valor superior que a soma das partes. PRUDÊNCIA NOS RISCOS E MÁXIMA TRANSPARÊNCIA 18 Um banco com perfil de risco baixo e previsível O Grupo Santander executa uma prudente e rigorosa política de riscos e dispõe dos modelos mais avançados que, aliado ao seu foco no banco de varejo, lhe permite ter um perfil de risco baixo e previsível. No Santander, 91% do risco de crédito é proveniente do Banco Comercial. O Grupo quase não tem operações de alto risco ou fora dos seus mercados de referência. O Banco informa ao mercado pontualmente, e com transparência, sobre sua estratégia, seus resultados e seus objetivos.

19 Ponto-de-Venda na Calle Hernani 73, Madri Espanha PONTOS-DE-VENDA Número CLIENTES Milhões 55,8 61,3 65,1 FUNCIONÁRIOS Número EFICIÊNCIA Tecnologia de vanguarda a serviço da eficiência comercial O Santander está na vanguarda tecnológica e assim obtém melhorias constantes na sua eficiência comercial e operacional. As suas plataformas tecnológicas estratégicas (Partenón na Europa e Altair na América Latina), com presença já em mais de 10 países, lhe permitem ter uma visão integral do cliente e antecipar-se às necessidades financeiras das pessoas físicas e das jurídicas. Com um modelo global de tecnologia e de operações, o Banco Santander pode compartilhar e transportar operações, sistemas e processos entre os países. Isto também é aproveitado pelas áreas globais de negócio do Banco (Global Banking & Markets, Private Banking, gestão de ativos, seguros e meios de pagamento) permitindo importantes economias de custos. Tudo isso contribui para que o índice de eficiência do Grupo Santander (44,2% em 2007) seja um dos melhores dos bancos internacionais. DISCIPLINA DE CAPITAL Elevada solvência e sólidos índices de capital O Grupo tem um índice BIS de 12,7%, um Tier 1 de 7,7% e um Core Capital de 6,25%. Durante 2007, as agências de classificação de risco Standard & Poor s e Moody s melhoraram o rating em longo prazo do Grupo para AA e Aa1, respectivamente. O Banco orienta a utilização do capital para os negócios mais rentáveis. O objetivo prioritário é a criação de valor sustentável, com foco no lucro por ação, para seus 2,3 milhões de acionistas. O Santander aplica estritos critérios financeiros e estratégicos nas operações de aquisição que realiza. Elas são feitas em mercados ou países que o Banco conhece bem e devem gerar um impacto positivo sobre o lucro por ação até o terceiro ano após a compra. Ao mesmo tempo, o Banco tem uma política de não investir em negócios não estratégicos. 19

20 SANTANDER EM 2007 O BANCO SANTANDER ALCANÇA UM LUCRO ATRIBUÍDO RECORDE DE 9,06 BILHÕES DE EUROS NO ANO EM QUE COMEMORA UM SÉCULO E MEIO DE HISTÓRIA Os resultados crescem de maneira sustentada, apoiados em uma elevada capacidade de geração de receitas, tanto por países como por segmentos de negócio. A elevada recorrência do lucro é refletida nos fortes aumentos da margem ordinária RESULTADOS RECORDE EM 2007 O Banco Santander tem desenvolvido a sua atividade em uma conjuntura atípica, em que a boa evolução econômica dos principais mercados nos quais está presente foi prejudicada pela volatilidade dos mercados financeiros, resultado da crise das hipotecas de alto risco nos Estados Unidos. Neste contexto, o Banco Santander obteve um lucro atribuído recorde de 9,06 bilhões de euros. Excluindo as plusvalías da venda da participação no Intesa Sanpaolo, das gestoras de fundos de pensão na América Latina e dos imóveis na Espanha, o lucro ordinário é de 8,111 bilhões, 23,2% maior que o ano anterior. Esses resultados estão respaldados por um alto crescimento, tanto por áreas geográficas como por segmentos de negócio. Na Europa Continental, o lucro atribuído é de 4,423 bilhões de euros. Esse resultado foi obtido com um forte crescimento das receitas e um perfil de contenção de custos. No Reino Unido, o Abbey teve um lucro de 1,201 bilhão de euros, graças à ampliação do leque de produtos e a uma forte melhoria da eficiência. Na América Latina, o lucro atribuído cresceu para 2,666 bilhões de euros, fruto do esforço comercial realizado com pessoas físicas, e pequenas e médias empresas. O segmento do Banco Comercial, com 9,339 bilhões de resultado bruto, continua sendo o principal contribuinte aos resultados, trazendo grande estabilidade e recorrência ao lucro. Os outros segmentos também aumentaram a sua contribuição ao lucro, destacando-se a boa evolução do Global Banking & Markets, com um resultado bruto de 1,83 bilhão de euros, 28,4% superior ao do ano passado. Em 2007 o Grupo continuou melhorando tanto na rentabilidade (o ROE sem plusvalías aumentou 1,1 p.p para 19,6%) como na eficiência (o índice de custos e receitas reduziu 4,4 p.p para 44,2%). A taxa de inadimplência continua em níveis reduzidos de 0,95% e a taxa de cobertura em 151%. A OPERAÇÃO ABN AMRO 20 O Banco Santander, em consórcio com o Royal Bank of Scotland e o Fortis, obteve sucesso em 2007 na OPA (Oferta Pública de Ações) do banco holandês ABN AMRO, a maior operação bancária da história. A operação cumpre com os critérios financeiros e estratégicos do Banco Santander: seu objetivo é um mercado que conhece bem o do Brasil, e terá um impacto positivo sobre o lucro por ação desde o início, e o retorno do investimento superará o custo do capital do Banco no terceiro ano. Com esta operação, o Santander reforça a sua presença no Brasil por meio da aquisição do Banco Real. Com 4 mil pontos-de-venda e de atendimento bancário (2 mil do Banco Real e 2 mil do Santander Brasil) o Santander passa a ser o terceiro banco em créditos e o segundo em depósitos do Brasil, um país com excelentes perspectivas de futuro em que o Banco acumula grande experiência. A integração plena do Banco Real com o Grupo Santander será realizada durante Nessa operação, o Banco Santander também comprou inicialmente o banco italiano Antonveneta, que posteriormente decidiu vender ao Monte dei Paschi di Siena, por um montante superior a 2,40 bilhões de euros ao valor fixado no momento da oferta. A compra do ABM AMRO foi financiada da forma mais eficiente para os nossos acionistas.

21 LUCRO ATRIBUÍDO* 2007 ÁREAS GEOGRÁFICAS %Var. anual 23,2 27,4 19,8 16,6 RESULTADO BRUTO* 2007 NEGÓCIOS % Var. anual 28,4 26,5 26,5 13,7 Grupo Europa Reino América Latina Continental Unido * Sem incluir plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias. 150º ANIVERSÁRIO Grupo Banco Global Banking Gestão de Comercial & Markets Ativos e Seguros O 150º ANIVERSÁRIO EM NÚMEROS 100 ações distribuídas a cada funcionário do Banco Santander. 421 milhões de pessoas no mundo inteiro assistiram à campanha internacional O banco com mais agências no mundo. 59 eventos especiais para acionistas, clientes, investidores e funcionários pessoas presentes nos eventos do 150º aniversário. 132 mil funcionários participaram do O Santander é você, um projeto de Recursos Humanos para reforçar a cultura corporativa exemplares distribuídos do livro , Banco Santander, 150 anos de história. A MARCA SANTANDER Coincidindo com o seu 150º aniversário, o Banco Santander já é identificado com uma imagem e uma marca única em todos os países em que está presente. A gestão centralizada dos grandes patrocínios (Fórmula 1, Copa Santander Libertadores e America s Cup de vela) contribuíram para aumentar a notoriedade e o reconhecimento internacional do Banco. 21

22 EUROPA CONTINENTAL O LUCRO ATRIBUÍDO DO SANTANDER NA EUROPA CONTINENTAL É DE 4,423 BILHÕES DE EUROS, CONSOLIDANDO O BANCO COMO O PRIMEIRO DA ZONA DO EURO POR CAPITALIZAÇÃO EM BOLSA Na Europa Continental, o Banco Santander tem cerca de 23 milhões de clientes em 16 países, com agências. Em 2007, obteve resultados de elevada qualidade, fruto do forte crescimento da atividade com clientes e de melhorias na eficiência e na produtividade das suas redes comerciais O Banco Santander é líder nas categorias de Banco Comercial e Private Banking na Espanha, e é o terceiro Banco Comercial privado de Portugal por lucros. Na Europa Continental, o Santander também desenvolve atividades de Global Banking & Markets, de gestão de ativos e seguros. O Santander Consumer Finance tem negócios de financiamento ao consumidor em 16 países europeus. O lucro atribuído na Europa Continental cresceu 27,4%, alcançando 4,423 bilhões de euros. As quatro grandes unidades comerciais (Rede Santander, Banesto, Santander Totta e Santander Consumer Finance) tiveram incrementos de dois dígitos nos lucros. Esses resultados são apoiados no forte crescimento das receitas comerciais e no controle de custos. O índice de eficiência melhorou 2 p.p, para 38,8%, em um ano em que foram abertas 204 novas agências. Também destacamos o aumento do ROE sem plusvalías: 21,3%. BANCO COMERCIAL DA ESPANHA Na Espanha, o Santander tem duas redes de Banco comercial: a Rede Santander e o Banesto. REDE SANTANDER A Rede Santander tem agências e funcionários. O objetivo é oferecer aos seus mais de 8 milhões de clientes uma gestão comercial de valor, máxima qualidade de serviço e os produtos mais inovadores. Isto combinado com uma gestão de riscos cautelosa e um rigoroso controle dos custos. Com índice de custos e receitas de 38,7%, a Rede Santander é uma das principais referências nacionais em eficiência. Em 2007 o lucro atribuído da Rede Santander foi de 1,806 bilhão de euros, 19,9% superior ao ano anterior. O plano estratégico Queremos ser seu Banco continua sendo a alavanca principal de crescimento da atividade comercial da Rede com seus clientes pessoas físicas. Em 2007 Queremos ser seu Banco foi ampliado para os acionistas, comerciantes, profissionais autônomos, universitários e imigrantes. No total, 4 milhões de clientes beneficiários do Plano não pagam mais tarifas. Para eles é oferecido um amplo leque de produtos e de vantagens. Como resultado do plano Queremos ser seu Banco a captação de clientes dobrou, houve 50% de redução nas contas encerradas e foi multiplicada por quatro a vinculação de clientes. Houve aumento na satisfação e na margem ordinária por cliente e diminuição nas reclamações. A Rede Santander tem uma ambiciosa estratégia em segmentos especializados de empresas, Private Banking e banco pessoal, três mercados com grande potencial de crescimento. Com relação aos recursos, a Rede Santander foi protagonista de uma operação inédita na história bancária espanhola. Distribuiu 7 bilhões de euros de Valores Santander entre 129 mil investidores, o que permitiu financiar parcialmente a aquisição do ABN AMRO. OBJETIVOS Aumentar a base de clientes para chegar a 10 milhões em Incrementar a vinculação por meio da venda cruzada para superar, em 2010, os 5 milhões de clientes beneficiários do Plano Queremos ser seu Banco. Melhorar a qualidade do serviço. Ter um crescimento de receitas superior ao do mercado. Manter a qualidade do risco e melhorar a eficiência. 22

23 Ponto-de-venda do Santander Totta na Rua do Ouro nº 75, Lisboa, Portugal REDE SANTANDER BANESTO PORTUGAL Milhões de euros Clientes (milhões) 8,4 2,4 1,9 Agências (número) Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço Recursos de clientes geridos Margem operacional Lucro atribuído * 511 Eficiencia (%) 38,72 41,20 44,00 * O lucro, como nos outros segmentos, é calculado conforme critérios indicados na página 82 deste relatório, e corresponde à porcentagem atribuída ao Grupo Santander. Sem esses impactos o lucro público do Banesto é de 765 milhões de euros. BANESTO O Banesto manteve em 2007 um crescimento rentável, eficiente, diversificado e com um nível muito baixo de risco. O Banco superou os seus objetivos públicos em 2007, com aumento de 24,2% na atividade ordinária, incrementando a sua participação de mercado. A estratégia de negócio do Banesto é principalmente focada no segmento de pequenas e médias empresas, profissionais autônomos e no comércio, e na melhoria da vinculação e nas transações dos seus clientes pessoas físicas. O Banco tem uma vantagem tecnológica que melhora a produtividade comercial, e inovação constante. O seu Modelo de Qualidade Q10 permite aumentar a qualidade do serviço e a satisfação dos clientes. Em 2007, o Banesto completou seu Plano de Expansão com a abertura de 300 novas agências em 2 anos, alcançando um total de agências e reforçando a rede multicanal. Tudo isso permite uma maior proximidade com a sua base de clientes: pequenas e médias empresas e negócios comerciais, e mais de dois milhões de pessoas físicas. OBJETIVOS PARA 2008 Incrementar a participação de mercado em 0,25 p.p. Melhorar a taxa de retorno sobre os investimentos e a eficiência em 1 p.p. e 2 p.p., respectivamente. Manter um índice de inadimplência menor que a média do setor. O Banesto pretende, no médio prazo, ser o melhor banco comercial da Europa em rentabilidade e eficiência. O SANTANDER EM PORTUGAL O Santander Totta é o banco mais rentável e eficiente de Portugal, com o maior rating do sistema bancário português. O lucro bruto atribuído de 2007 foi de 511 milhões de euros, resultado do incremento das receitas comerciais. A estratégia de negócio do Santander Totta, claramente orientada ao cliente, gerou um aumento da base de clientes, maiores níveis de vinculação, aumento da venda cruzada e lançamento de produtos e serviços inovadores. OBJETIVOS PARA 2008 Incentivar o negócio com pequenas e médias empresas. Crescer no mercado de pessoas físicas, aproveitando a abertura de novas agências e maior número de clientes vinculados. Manter a liderança em produtivida de e eficiência. 23

24 FINANCIAMENTO AO CONSUMIDOR O SANTANDER CONSUMER FINANCE ALCANÇOU EM 2007 UM LUCRO ATRIBUÍDO DE 719 MILHÕES DE EUROS, EXPANDINDO-SE PARA NOVOS MERCADOS Uma gestão eficaz dos produtos e um rigoroso controle de custos compensaram o cenário econômico adverso para o negócio O Santander Consumer Finance está presente na Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Polônia, Noruega, Suécia, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Áustria, Dinamarca, Hungria, República Checa, Rússia, Estados Unidos, Chile, México e França O Santander Consumer Finance é a área do Grupo especializado em financiamento ao consumidor. Os seus negócios principais são os financiamentos de carros e empréstimos pessoais. Essas duas atividades representam 77% da carteira e geram cerca de 80% do resultado bruto. A estratégia do Santander Consumer Finance baseia-se no financiamento nas agências, contando com uma extensa rede de promotores (principalmente nas concessionárias de veículos), que geram negócios de financiamento de carros e outros bens de consumo. Iniciado o relacionamento com os clientes finais, o Santander Consumer Finance busca vinculá-los e fidelizá-los, oferecendo outros produtos de maneira direta, tais como cartões de crédito. A Divisão também inclui o Openbank, o negócio de banco direto pela Internet do Grupo. O NEGÓCIO EM 2007 Durante o ano 2007, o Santander Consumer Finance defrontou-se com um cenário econômico adverso: o aumento das taxas de juros na Europa, a concorrência crescente e a estagnação nas vendas de carros em países europeus. No seu primeiro ano no Grupo, o Santander Consumer Finance dos Estados Unidos apresentou excepcionais resultados, em um contexto de mercado desafiador como conseqüência da crise hipotecária subprime. Apesar disso, o Santander Consumer Finance conseguiu manter um bom ritmo de crescimento e rentabilidade, alcançando um lucro atribuído de 719 milhões de euros. Outro fator de destaque foi a expansão em novos mercados como Rússia, México, Chile, França e Finlândia, por meio da aquisição de pequenas financeiras, joint ventures com operadores locais ou com novos empreendimentos. SANTANDER CONSUMER FINANCE Milhões de euros Países 19 Clientes (milhões) 9,9 Agências (número) 285 Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço Recursos de clientes geridos Margem operacional Lucro atribuído 719 Eficiência (%) 29,64 24

25 Sede do Santander Consumer Finance em Mönchengladbach, Alemanha OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 Diversificação dos negócios. Entrada em novos países da Europa e da América Latina. Expectativas superadas nos Estados Unidos. Importante aumento da nova produção. Controle de custos. Santander Consumer Finance The power of a great team. Santander Consumer Finance works as a team with a common objective: to offer the best consumer credit financing service in 17 countries and 100,000 points-of-sale. Only a great team can offer a great service. Melhoria dos resultados do Openbank. OBJETIVOS PARA 2008 Crescimento das receitas em ritmo superior que o mercado, mantendo a inadimplência controlada. Avançar na integração das unidades do Santander Consumer Finance. Extensão seletiva da matriz de produtos. Desenvolvimento dos investimentos finais programados para os novos mercados. DISTRIBUIÇÃO DA CARTEIRA DE CRÉDITO POR PAÍSES ESTADOS UNIDOS 7% RÚSSIA 0,2% POLÔNIA 4% MÉXICO 0,1% Value from ideas ESCANDINÁVIA 7% (INCLUÍDO DINAMARCA) REP. CHECA 1% ITÁLIA 12% ALEMANHA 36% MORE BRANCHES THAN ANY OTHER INTERNATIONAL BANK REINO UNIDO 2% PORTUGAL 3% OPENBANK 0,8% ESPANHA 28% 25

26 REINO UNIDO ABBEY ALCANÇA UM LUCRO ATRIBUÍDO DE 1,201 BILHÃO DE EUROS E AVANÇA EM SUA META DE SER O MELHOR BANCO COMERCIAL DO REINO UNIDO Em um cenário muito competitivo, o Abbey conseguiu aumentar suas receitas acima do mercado enquanto continua reduzindo os seus custos O Abbey aproveitou a capacidade e a experiência global do Grupo para estimular, em 2007, negócios como seguros, private banking, gestão de ativos e mercados financeiros O negócio de Banco Comercial do Santander no Reino Unido é desenvolvido pelo Abbey. Em 2007, o Abbey obteve 1,201 bilhão de euros de lucro atribuído, 19,8% maior que em O total das receitas cresceu 6,4%, muito acima da média do mercado, e os custos caíram 3,2%. Desde a sua integração no Grupo, o Abbey teve um progresso excelente nos objetivos financeiros do seu plano estratégico. Conseguiu reduzir custos em 300 milhões de libras antes do previsto, e o índice de eficiência ficou em 50%, 20 p.p. inferior ao de três anos atrás. O retorno do investimento já supera o custo do capital em O mix do negócio do Abbey é de baixo risco. Apenas 2,3% dos saldos no banco de varejo são empréstimos sem garantia real. Com uma taxa de inadimplência de 0,6%, o Abbey destaca-se pelo baixo risco de crédito das suas hipotecas. UM BANCO COMERCIAL UNIVERSAL O Abbey continua progredindo na sua transformação em banco comercial universal capaz de oferecer um amplo leque de produtos inovadores e serviços de alta qualidade. O Banco tem uma ambiciosa estratégia de captação de contas correntes e de poupança. Está aumentando a capacidade de venda de hipotecas, com o objetivo de continuar no Top 3 nacional. O negócio de cartões de crédito foi lançado em um prazo recorde. As primeiras iniciativas tiveram uma grande aceitação no mercado. O objetivo é alcançar em 2010, 4% de participação de mercado. Durante 2007, a capacidade e experiência global do Grupo foi aproveitada para estimular os negócios de seguros, Private Banking, gestão de ativos e mercados financeiros. EFICIÊNCIA % 62,2% 55,1% 50,1% LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros

27 Agência em Gracechurch Street, Londres, Reino Unido REINO UNIDO - ABBEY Milhões de euros Clientes (milhões) 16,4 Agências (número) 704 Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço Recursos de clientes geridos Margem operacional Lucro atribuído Eficiência (%) 50,08 MAIOR FOCO NO CLIENTE A implantação da plataforma tecnológica corporativa Partenón seguiu o calendário previsto. Partenón reduz o trabalho manual, permite ter maior orientação comercial e melhora significativamente a qualidade do serviço. Para melhor atender seus clientes, o Abbey tem um programa de abertura de agências para o período POSICIONAMENTO E NOTORIEDADE O posicionamento e notoriedade do Santander no Reino Unido aumentaram graças a uma bem sucedida e efetiva campanha corporativa de marketing. Isso beneficiou o Abbey, ao vincular o lançamento de novos produtos com os patrocínios da Fórmula 1 (equipe inglesa McLaren Mercedes e o Santander British Grand Prix em Silverstone) e com a imagem do piloto Lewis Hamilton. OBJETIVOS PARA 2008 Manter um crescimento das receitas entre 5% e 10% com custos fixos. Continuar reduzindo o índice de eficiência para aproximar-se da média do Grupo. O pleno funcionamento do Partenón em 2008, o que melhorará a qualidade dos serviços ao cliente. Manter a posição de liderança em hipotecas e aumentar a presença em outros segmentos ou produtos como contas correntes e poupança, banco de empresas, empréstimos aos consumidores e seguros. Complementar em médio prazo a presença geográfica, abrindo novas agências. 27

28 AMÉRICA LATINA O SANTANDER ALCANÇOU UM LUCRO ATRIBUÍDO DE 2,666 BILHÕES DE EUROS NA AMÉRICA LATINA, REFORÇANDO A SUA PRESENÇA NO BRASIL Com o Plano América 20.10, o Santander pretende duplicar as suas receitas na região em três anos e ser o melhor Banco Comercial de todos os países em que está presente 28 O Banco Santander ocupa posições de liderança no Brasil, México e Chile. Também está presente na Argentina, Venezuela, Porto Rico, Colômbia, Uruguai e Peru Em 2007 o Banco Santander duplicou a sua aposta na América Latina com a compra do Banco Real no Brasil. Com essa aquisição, o Santander se torna o terceiro banco do Brasil por créditos e o segundo em depósitos, com 4 mil pontos-de-venda e de atendimento bancário à disposição dos clientes brasileiros. A integração total do Banco Real no Grupo Santander será feita durante As perspectivas da América Latina para os próximos anos são muito positivas. Os principais países dessa área vêm realizando um grande esforço e desenvolveram políticas econômicas que levarão as respectivas economias a alcançar maior estabilidade e incrementar a taxa de crescimento econômico sustentável, permitindo enfrentar com solidez as recentes turbulências nos mercados financeiros internacionais. O acesso ao sistema bancário na região continua aumentando, permitindo que setores cada vez mais amplos da população tenham acesso ao crédito e à poupança. O Santander estima que em 2010, 60 milhões de lares latino-americanos tenham receitas superiores a 12 mil dólares anuais. O Santander é um banco bem preparado para aproveitar o grande potencial demográfico e de crescimento econômico da América Latina. Em 2007 obteve um lucro atribuído de 2,666 bilhões de euros na região (+16,6% comparado com 2006, +27,3% quando medido em dólares, moeda de gestão da área). Esse resultado baseia-se na forte expansão do crédito às pessoas físicas, às pequenas e médias empresas e da poupança. O Banco avançou na conquista dos objetivos do Plano América 20.10: em 2007, os créditos a clientes cresceram 20% e a poupança 21%, o número de pontos-de-venda aumentou em quase 300, sobre bases homogêneas, a marca única Santander já está implantada em todos os países, foram realizados investimentos em tecnologia para melhorar a eficiência comercial e operativa dos bancos locais. No final de 2007, o Santander passou a ser o principal patrocinador da Copa Libertadores, a maior competição internacional de clubes de futebol da América Latina. Até 2012, a Copa terá o nome do Banco, passando a ser a Copa Santander Libertadores. OBJETIVOS PARA 2008 Duplicar o negócio e as receitas de clientes em 3 anos. Ter mais de 30 milhões de clientes pessoa física em Melhorar o índice de eficiência em 10 pp em 3 anos. Integrar o Banco Real no Grupo.

29 Ponto-de-venda do Banco Santander, São Paulo, Brasil Milhões de euros Brasil México Chile Argentina Venezuela Porto Rico Colômbia Clientes (milhões) 8,3 8,5 2,8 2,4 3,0 0,5 0,4 Pontos-de-venda* (número) Funcionários (número) Créditos a clientes no balanço Recursos de clientes geridos Margem operacional Lucro atribuído** Eficiência (%) 39,58 37,71 39,22 54,79 40,22 64,63 71,19 * Inclui pontos-de-venda tradicionais, pontos de atendimento bancário (PABs) e pontos de atendimento em empresas (PAEs). ** Em 2007 o lucro líquido, antes dos dividendos a minoritários, é de bilhões de euros na América Latina. No Brasil, o lucro líquido é de 919 milhões de euros, no México 875 milhões de euros, no Chile 682 milhões de euros e na Argentina 212 milhões de euros. BRASIL O Brasil é um dos países com maior potencial econômico do mundo e a principal aposta do Banco Santander em mercados emergentes. Neste exercício, o Santander Brasil avançou nos seus principais objetivos comerciais: captação, vinculação e retenção de clientes pessoas físicas; crescimento em negócios de distribuição como financiamento de veículos, crédito consignado vinculado à folha de pagamento, cartões de crédito; e no desenvolvimento do negócio com pequenas e médias empresas. Continua consolidando a sua posição de liderança em GB&M. Em 2007, o Santander manteve no Brasil um forte crescimento no crédito a pessoas físicas e na poupança tradicional e nos fundos de investimento. Isto gerou um crescimento de dois dígitos de todas as margens, que melhoraram o índice de eficiência em 6,8 p.p., para 39,6%. O lucro atribuído cresceu 20,5%, para 905 milhões de euros, com uma taxa de retorno sobre os investimentos de 28,5%. MÉXICO No México, o Santander é o terceiro grupo financeiro, com uma participação de mercado de 15,1% no crédito e 16,2% na poupança. Em 2007, o Banco abriu 49 novas agências para atender a demanda de uma base de clientes que já alcança os 8,5 milhões. A estratégia do Santander no México é baseada no desenvolvimento e vinculação da sua base de clientes e no crescimento rentável dos seus negócios comerciais. Os cartões de crédito (5 milhões emitidos) e a folha de pagamento (2 milhões de folhas de pagamento cadastradas) são os dois produtos fundamentais para captar novos clientes. Para a vinculação, o Banco utiliza o crédito ao consumidor (incremento líquido de 76 mil créditos em 2007) e os cartões de crédito. Dispõe de produtos hipotecários muito competitivos e está desenvolvendo negócios com pequenas e médias empresas e no GB&M. O Santander no México registra um elevado crescimento das receitas e do lucro atribuído, que em 2007 foi 23,8% superior ao ano anterior, para 654 milhões de euros. CHILE O Santander Chile é o primeiro grupo financeiro do país em clientes, rede de distribuição e lucro líquido. A estratégia do Santander Chile continua baseada no aumento e vinculação de clientes, no crescimento dos negócios de pessoas físicas e pequenas e médias empresas e no desenvolvimento de negócios globais (Global Banking & Markets, gestão de ativos, meios de pagamento e seguros). Uma rede de distribuição mais extensa (incremento líquido de 97 agências) e as melhorias na qualidade do serviço contribuíram para aumentar em 14% a base de clientes em O aumento do negócio com clientes gerou um crescimento de 11% do lucro atribuído, para 543 milhões de euros. OUTROS PAÍSES Na Argentina, o Santander Río é um dos principais Bancos do país, com uma participação de mercado de 9,6% no crédito. Em 2007 registrou altos crescimentos em todas as margens e no lucro atribuído. Em Porto Rico, houve uma diminuição de 97,4% nos lucros, causada pela recessão econômica do país em 2007 e pelas baixas contábeis realizadas pela entidade. Na Venezuela, a gestão é focada no crescimento do crédito às pessoas físicas, nos depósitos por transações e nos serviços de alto valor agregado. Na Colômbia, a atividade principal do Banco está no desenvolvimento do negócio de varejo. Em 2007, houve aumento da participação de mercado em crédito hipotecário e ao consumidor. No Uruguai, o Banco é líder no país, com a aquisição dos negócios do ABN AMRO. No Peru, o Banco orienta a sua atividade para o Banco Comercial de empresas e atendimento de clientes globais do Grupo. 29

30 BANCO DE ATACADO NEGÓCIOS GLOBAIS O SANTANDER GLOBAL BANKING & MARKETS ALCANÇOU UM RESULTADO BRUTO DE 1,83 BILHÃO DE EUROS, 28,4% SUPERIOR AO DE 2006 Destaca-se o forte crescimento da atividade com clientes, que representa 77% das receitas da Divisão A ausência de posições em derivados de crédito, afetadas pelas turbulências financeiras, e uma rigorosa política de riscos foram essenciais para reduzir o impacto da crise de liquidez O Santander Global Banking & Markets oferece produtos e serviços para grandes corporações, investidores institucionais e instituições financeiras internacionais. Com soluções sofisticadas e inovadoras atende todas as necessidades de financiamento, investimento e cobertura dos seus clientes, com suas unidades especializadas na Espanha e em outros 20 países. O Santander Global Banking & Markets tem equipes que funcionam em escala internacional, e com processos e infraestruturas globais de negócio, recursos humanos e tecnologia. A atividade do Global Banking & Markets baseia-se em: Corporate and Investment Banking (CIB), integrando cobertura global de instituições financeiras e grandes corporações, equipes de Fusões e Aquisições, e Asset and Capital Structuring. Global Transaction Banking (GTB), que abrange atividades de Cash Management e Trade, e fornece serviços de financiamento básico para instituições e corporações com presença internacional. Credit Markets, que agrupa todas as unidades de geração, gestão de risco e distribuição de todos os produtos de crédito estruturado e dívida. Rates administra todas as atividades de negociação em mercados financeiros de taxas de juros e câmbio. Equity agrupa todos os negócios de Renda Variável, Derivados de Equity e Commodities, Equity Capital Markets, Mercados Organizados, Custódia, Short Term Markets e Cash Equities. Proprietary Trading faz a gestão dos negócios em mercados financeiros de renda fixa e variável do Grupo, baseando-se nas tendências de curto e longo prazo. O NEGÓCIO EM 2007 A atividade do Santander Global Banking & Markets em 2007 foi desenvolvida em um cenário de mercado de alta volatilidade. Porém, devido à ausência de posições do Banco em derivados de crédito afetados pela crise e à uma política rigurosa de riscos, o impacto da crise de liquidez foi mínimo, contrariamente ao acontecido em outros bancos de investimento internacionais. O resultado bruto da Divisão alcançou um novo recorde de 1,83 bilhão de euros, com um crescimento de 28,4% comparado ao ano anterior. As receitas da Divisão tiveram um crescimento superior a 200% nos últimos três anos. O Santander Global Banking & Markets participou das principais operações corporativas do ano da Espanha e América Latina. Nelas, o Santander cumpre sempre com rigorosos critérios de distribuição do risco por meio de consórcios bancários na concessão dos empréstimos concedidos. Essa diluição dos riscos evita comprometer o balanço do Banco. 30

31 OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 Líder em grandes operações corporativas: -Na Europa: Oferta pública de aquisição (OPA) da ENEL e Acciona para Endesa. Financiamento da OPA da Imperial Tobacco para Altadis. -Na América Latina: FARAC, o maior financiamento da rede mexicana de rodovias. Privatização da Ecogás na Colombia, a maior realizada no país. OPA da Arcelor Mittal no Brasil. E geração de renda variável: -Ampliação do capital da Fersa, La Seda e Zeltia. -Oferta pública inicial em bolsa da Criteria, Fluidra e Almirall na Espanha; e do Dufry e Providencia no Brasil. OBJETIVOS PARA 2008 Manter um ritmo de crescimento das receitas superior a 20% nos negócios de clientes. Manter o índice de eficiência em torno de 30%. Avançar no objetivo de ser líder no Global Banking & Markets nos mercados em que o Grupo tem forte presença no Banco Comercial. BANCO DE ATACADO Milhões de euros Créditos a clientes no balanço Depósitos de clientes Margem operacional Resultado bruto Eficiência (%) 32,54 31

32 BANCA PRIVADA NEGÓCIOS GLOBAIS O PRIVATE BANKING ADMINISTRA 109 BILHÕES DE EUROS EM ATIVOS, E ALCANÇA 445 MILHÕES DE EUROS DE RESULTADO BRUTO O Santander lança a Divisão de Private Banking, com profissionais, 65 mil clientes de Private Banking e grande presença internacional, com agências em 18 países O objetivo do Banco Santander é ser um dos principais players globais em Private Banking, um negócio de alto crescimento A nova Divisão de Private Banking está especializada no assessoria financeira e gestão de patrimônio de clientes especiais. O Banco Santander coloca à disposição do negócio de Private Banking a sua dimensão e experiência globais do Grupo, apoiando as unidades locais para alcançar maiores taxas de crescimento. As seguintes unidades fazem parte da Divisão: Banif (Espanha). Santander Private Banking, a unidade de Private Banking internacional. Santander Private Banking Itália. Cater Allen, James Hay e Abbey Sharedealing no Reino Unido. As unidades de Private Banking doméstico em Portugal e nos países latinoamericanos são geridas conjuntamente com o Global Private Banking e os bancos locais. A Divisão Global Private Banking implantou um modelo de negócio baseado na excelência do serviço dos clientes. Exporta a inteligência do negócio desenvolvida nas suas unidades com maior experiência como o Banif na Espanha, até as unidades mais recentes como a Itália ou os países latino-americanos. Isso para tornar o Banco Santander um dos principais players globais em um negócio de alto crescimento como é o Private Banking. OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 Implantação da nova estrutura organizacional e criação da nova Divisião global. A unidade da Itália já está em pleno funcionamento. OBJETIVOS PARA 2008 Crescimento de18% nos ativos geridos. Resultado bruto de 20%. Avançar na integração da Divisão, que será concluída no primeiro semestre de BANCA PRIVADA GLOBAL Milhões de euros Gestão de ativos Margem ordinária 879 Resultado Bruto 445 Eficiência (%) 45,92 32

33 GESTÃO DE ATIVOS NEGÓCIOS GLOBAIS O SANTANDER ASSET MANAGEMENT FAZ GESTÃO DE 131,163 BILHÕES DE EUROS EM ATIVOS, COM RESULTADO BRUTO DE 243 MILHÕES DE EUROS A gestão global e integrada de ativos permite aproveitar sinergias de receitas e custos entre diversos países e negócios O Santander Asset Managemen coloca à disposição das redes comerciais locais um amplo leque de produtos de investimento, para que possam antecipar-se às necessidades dos seus clientes O Santander Asset Management administra a gestão de ativos do Grupo Santander, tanto mobiliários quanto imobiliários. A sua atividade está organizada em quatro áreas de negócio: O Santander Asset Management, que administra fundos de investimento, fundos de pensão, sociedades de investimento de capital variável (para gestão de grandes fortunas); O Santander Real Estate, para produtos imobiliários; Optimal para hedge funds; E o Santander Private Equity para os capitais de risco. Com a sua posição de unidade global, o Santander Asset Management reforça o seu papel de fornecedor de produtos de vanguarda às redes locais, destacando a sua eficiência e inovação como principais vantagens competitivas. Em 2007 o Santander Asset Management consolidou a sua posição de liderança na gestão de ativos na Espanha e Portugal, somado à primeira posição no Brasil, México e Chile graças ao importante crescimento dos volumes nesses países. GESTÃO DE ATIVOS Milhões de euros OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 O Santander Asset Management fez a integração operativa no Reino Unido, aumentou a participação de mercado na América Latina e lançou produtos inovadores como o Santander Lucro e o Santander Special Situations. Santander Real Estate: integração da atividade imobiliária em Portugal e no Chile, e novos produtos imobiliários para clientes do Private Banking. Optimal: Lançamento dos primeiros fundos hedge na Espanha. Santander Private Equity: lançamento de três novos produtos: Santander Private Equity II, Santander Energias Renováveis e Santander Infra-estruturas II. OBJETIVOS PARA 2008 Incentivar a comercialização de produtos entre clientes institucionais e do Private Banking. Tornar-se referência do mercado espanhol no negócio de Gestão Alternativa. Consolidar a expansão do negócio institucional no mercado europeu e na América Latina. Gestão de ativos Margem ordinária 410 Resultado bruto 243 Eficiência (%) 41,72 33

34 MEIOS DE PAGAMENTO NEGÓCIOS GLOBAIS SANTANDER CARDS AUMENTA SUAS RECEITAS EM 41%, PARA 2,129 BILHÕES DE EUROS Modelo de cartão de débito corporativo Santander Cards quer ser o especialista em meios de pagamento melhor integrado em um banco comercial Santander Cards aproveita sua posição global para gerar economia de escala e transmitir melhores práticas entre os países, reduzindo os prazos de lançamento de produtos e cortando custos Santander Cards é a Divisão do Grupo que reúne grande parte dos negócios relacionados com meios de pagamento: emissão de cartões de crédito e débito e fornecimento de terminais de agências e lojas, exceto as do Banesto e Santander Consumer Finance. O Santander Cards administra 48,2 milhões de cartões em 11 países, do total de 60,4 milhões de cartões do Grupo. Para obter o máximo valor do seu negócio, o modelo de gestão do Santander Cards está estruturado em diversas fases, combinando em cada uma delas a visão comercial com a dos riscos. O primeiro objetivo é que o cliente adquira e ative o cartão. O esforço é concentrado em maximizar o seu uso e incentivar o financiamento dos saldos, para obter maior vinculação e fidelização do cliente. O Santander Cards minimiza o número de cancelamentos de cartões com o trabalho de unidades de retenção especializadas. O modelo corporativo de tecnologia estimula a gestão comercial e permite uma ótima gestão do risco. O Santander Cards aproveita a sua condição de área global para gerar economias de escala e transmitir melhores práticas entre as áreas geográficas. Tudo isso reduz prazos de lançamento de produtos e diminui custos. SANTANDER CARDS* Em cartões de fidelidade, o Banco tem muitos programas de marca compartilhada com grandes empresas que lhe confiam a gestão dos seus cartões. Por exemplo, no caso da Espanha, existem mais de 200 programas de cartões de fidelidade com empresas de diversos setores. OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 Na Espanha, a margem financeira cresceu 68,5% devido ao forte aumento da carteira financiada. No Reino Unido, foi relançado o negócio de cartões de crédito operado diretamente pelo Abbey. Na América Latina, continua o elevado crescimento, destacando-se o Brasil (com significativo incremento na participação de mercado com o sucesso dos cartões Light e Free). OBJETIVOS PARA 2008 Crescimento das receitas entre 25% e 30%. Reforçar a posição de liderança no México e Chile. Estimular e potencializar o negócio no Reino Unido, Espanha e Brasil. 34 Investimento de crédito (milhões de euros) Receitas (milhões de euros) Cartões de Crédito (milhões) 15,6 Cartões de Débito (milhões) 32,6 * Dados perímetro Santander Cards

35 SEGUROS NEGÓCIOS GLOBAIS SANTANDER INSURANCE ACELERA O CRESCIMENTO DAS RECEITAS E ALCANÇA UM RESULTADO BRUTO DE 294 MILHÕES DE EUROS Santander Insurance aumenta o resultado bruto e as comissões, 21,5% comparado a 2006, e quintuplica a sua contribuição nos últimos cinco anos O negócio de seguros complementa a oferta comercial de produtos e serviços do Banco no mundo, e contribui para vincular e fidelizar os clientes O Santander Insurance é baseado na cobertura de riscos e em seguros de vida com poupança (VGBL) para pessoas e famílias. A gestão integrada dos seguros proporciona ao Grupo economias de escala, e permite aos países aproveitar as sinergias e as vantagens de uma gestão especializada. A padronização de produtos e processos gera uma importante redução no prazo de comercialização dos seguros e da preparação dos canais. O Santander Insurance é um negócio bem diversificado geograficamente e equilibrado na geração de renda: 34% na Espanha e Portugal, 17% no Reino Unido, 23% no negócio ao consumidor e o 26% na América. Conserva um perfil de risco baixo, pois a maior parte das suas reservas técnicas está em seguros de vida com poupança, em aplicações de risco. Na Espanha, o Santander Seguros e Resseguros é líder no negócio de seguros de vida pelo terceiro ano consecutivo. Em Portugal, o Santander é líder no segmento de seguros de vida com poupança. OBJETIVOS ALCANÇADOS EM 2007 Na Espanha, destacamos a comercialização de produtos com alto grau de inovação financeira; e de vida e risco, que combinam coberturas por morte, invalidez e desemprego. No Reino Unido, foram desenvolvidos produtos inovadores com boa aceitação no mercado. Na América Latina, todos os países apresentam elevado crescimento no negócio, destacando o impulso do Brasil, Chile e México. As vendas de seguros por meio do canal de telemarketing no Brasil, México e Venezuela são boas. OBJETIVOS PARA 2008 Aumentar a penetração na base de clientes do Grupo. Aproveitar as oportunidades de negócio geradas pelo envelhecimento da população nos países desenvolvidos. Estimular novos negócios e canais de distribuição. SANTANDER INSURANCE Milhões de euros Contribuição ao Grupo: BAI + comissões Margem ordinária 404 Resultado bruto

36 RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA* SANTANDER UNIVERSIDADES: UMA DECISIVA APOSTA PELA EDUCAÇÃO SUPERIOR O compromisso institucional com a Universidade é um dos sinais de identidade do Banco Santander e o eixo principal da sua política de Responsabilidade Social 36 Em 2007, o Banco Santander investiu 119 milhões de euros em Responsabilidade Social Corporativa. Desse total, mais de 75% foram destinados a Universidades. No Banco Santander temos certeza de que a educação superior é a melhor ferramenta para acelerar o progresso social e econômico dos países em que estamos presentes. A Divisão Global Santander Universidades incentiva, desenvolve e coordena o compromisso do Grupo com a educação superior por meio de uma aliança, sem precedentes internacionais, com as universidades da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Espanha, México, Peru, Porto Rico, Uruguai, Venezuela, Portugal, Reino Unido, Rússia, Estados Unidos e Marrocos. Também colabora ativamente com as redes comerciais dos países em que está presente, com o objetivo de oferecer os melhores produtos e serviços financeiros, inovadores e com condições preferenciais, para responder especificamente às necessidades dos estudantes, professores e membros das universidades. As cinco grandes áreas de atuação do Santander Universidades são: os convênios bilaterais de colaboração; os programas de bolsas; o Universia, a maior rede de cooperação universitária pela Internet; a colaboração com redes acadêmicas internacionais; e a difusão do idioma espanhol e da cultura hispânica com iniciativas como a Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. DADOS DESTACADOS 623 acordos integrais com Universidades em 15 países projetos anuais desenvolvidos em conjunto com as Universidades bolsas para fomentar o estudo, a pesquisa e a experiência profissional Universidades formam parte do Universia universitários conseguiram em 2007 o seu primeiro emprego por meio do Universia 290 empresas universitárias patrocinadas 175 aulas de navegação 190 projetos de inovação e fomento da cultura empreendedora 400 iniciativas de inovação tecnológica 3,1 milhões de Cartões Universidade em 170 universidades OBJETIVOS ALCANÇADOS NO ANO Lançamento de convênios de cooperação com universidades do Reino Unido, Rússia e dos Estados Unidos. Ampliação e desenvolvimento de programas de Bolsas de mobilidade nacional e internacional, como as Bolsas 150º Aniversário, pelas quais estudantes universitários podem realizar um semestre de intercâmbio em um país diferente do seu. Apoio aos empreendedores nas universidades, que originou a Rede Universitária Ibero-americana de Incubadoras de Empresas. O Universia consolidou-se como um ponto de encontro e primeiro portal universitário do mundo, que incorpora Universidades sócias em 11 países diferentes e abrange uma comunidade de 11 milhões de universitários. Colaboração com parques científicos universitários. OBJETIVOS PARA 2008 Assinatura de novos convênios com universidades ibero-americanas, ampliar a presença no Reino Unido, Rússia e nos Estados Unidos, e a abertura das relações com universidades chinesas. Fomento da colaboração entre universidades latino-americanas e dos Estados Unidos. Ampliar os serviços do Cartão Universidade para a comunidade universitária. Potencializar os projetos universitários relacionados com a inovação, a transferência de tecnologia e o fomento da cultura empreendedora. Estimular e ampliar os programas de mobilidade nacionais e nternacionais. Criação de uma comunidade de bolsistas Santander. * No Relatório de Sustentabilidade 2007 são relatadas detalhadamente todas as atuações referentes à Responsabilidade Social Corporativa do Banco Santander.

37 GOVERNO CORPORATIVO MODELO DE BOA GOVERNANÇA DO SANTANDER BASEIA-SE NA IGUALDADE PLENA DOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NA MÁXIMA TRANSPARÊNCIA Um atendimento prioritário a este assunto e a visão tradicional de antecipação permitiram que o Banco Santander adaptasse os mais elevados padrões do mercado em governança corporativa à realidade do Grupo Um claro exemplo do esforço do Banco Santander para assumir a vanguarda em governança corporativa está dado pelo processo de adaptação ao Código Unificado de Boa Governança publicado na Espanha, em maio de No seu Relatório Anual de Governança Corporativa de 2006, o Banco Santander tomou como referência o Código Unificado, antecipando-se um ano à sua entrada em vigência. Grande parte das recomendações do Código Unificado já fazia parte dos procedimentos e práticas de governança corporativa do Banco Santander. Em outros casos, foram feitas as modificações necessárias no Regulamento da Assembléia, apenas explicando nas normas internas as práticas que já eram seguidas. Para um reduzido número de casos, em que foi decidido não assumir integralmente as recomendações do Código Unificado, a Assembléia de Acionistas, alinhada com o critério de cumprir ou explicar, explicou como era devido a sua decisão. A IGUALDADE PLENA DOS DIREITOS DOS ACIONISTAS O Banco Santander tem 2,3 milhões de acionistas, contribuindo para a estabilidade e solidez do Grupo, mas também gerando uma grande responsabilidade. Consciente disso, o Banco Santander realizou nos últimos anos uma série de ações para garantir a igualdade de tratamento a todos os seus acionistas. Por exemplo, foi a primeira empresa espanhola que eliminou todas as cláusulas estatutárias de blindagem. Essa decisão, somada à adotada pela Assembléia Geral Ordinária de 2004 de retirar a exigência mínima de 100 ações para participar das reuniões, reafirmou o princípio de uma ação, um voto. Durante os últimos anos, a Diretoria reforçou os canais de diálogo com os acionistas e, especialmente, diligenciou a participação deles nas Assembléias. Para isso, foram adotadas medidas como a carta do presidente do Banco enviada aos acionistas desde 2003, na qual os incentiva a fazer sugestões ou perguntas que eles gostariam que fossem tratadas na Assembléia. Nas últimas assembléias, foram colocados em prática a possibilidade da assistência e o voto por meios eletrônicos, por procuração aos não acionistas, a votação item por item ou a intervenção dos presidentes das Comissões de Auditoria e Compliance e de Nomeações e Remunerações. MÁXIMA TRANSPARÊNCIA Para o Banco, a transparência é uma peça chave na geração de confiança e segurança nos mercados. A informação NA VANGUARDA EM GOVERNANÇA CORPORATIVA completa oferecida por meio de diferentes canais e publicações é o melhor exemplo de transparência. O Banco foi o primeiro na Espanha a oferecer, já em 2002, um detalhamento individualizado da remuneração dos diretores e dos executivos. Em 2007, o Santander novamente se antecipou ao mercado, divulgando as remunerações dos diretores, individualizadas e separadas por conceitos, não apenas de 2006, como também as do presente exercício. O Modelo de Governança Corporativa do Banco Santander é reconhecido por entidades externas, confirmado pela sua permanência nos índices FTSE4Good e DJSI desde 2003 e 2000, respectivamente. Neste último, o Santander tem posição destacada nos critérios de Corporate Governance (74%), Codes of Conduct / Compliance / Corruption&Bribery (75%) e Anti-Crime Policy/Measures (94%), que os comparam favoravelmente com as principais entidades internacionais. Igualdade plena dos direitos dos acionistas: Principio uma ação, um dividendo, um voto. Ausência de medidas estatutárias de blindagem. Fomento da participação dos acionistas nas Assembléias. Máxima transparência: Incentivo da Assembléia para a máxima transparência, especialmente com referência a remunerações. Uma Assembléia equilibrada: Aproximadamente metade dos seus membros (47%) é composta de diretores externos independentes. 37

38 A AÇÃO EM 2007, O VALOR DAS AÇÕES DO SANTANDER AUMENTOU 4,6%, FRENTE A UMA QUEDA DE 16,9% DO ÍNDICE DOW JONES STOXX BANKS Investir no Banco Santander é um excelente negócio: nos últimos 10 anos, sua ação valorizou-se 100% e os seus dividendos aumentaram 261% O dividendo que o Banco Santander distribuirá aos seus acionistas em 2007 será de 0,6508 euro por ação, um crescimento de 25% pelo terceiro ano consecutivo No ano de 2007 houve um importante aumento na volatilidade das bolsas como conseqüência da crise no mercado de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos. Essas turbulências financeiras afetaram especialmente o valor das ações dos principais bancos internacionais, sendo que a maior parte finalizou o ano com fortes quedas. Nesse cenário, o preço da ação do Santander fechou 2007 a 14,79 euros. Isto representa um aumento de 4,6% em relação ao fechamento 2006, frente a uma queda de 16,9% do índice europeu Dow Jones Stoxx Banks, que classifica os valores mobiliários do setor bancário. A ação começou 2008 em queda, acompanhando o mercado, afetado pela piora das perspectivas econômicas internacionais. Com uma capitalização em bolsa de 92,501 bilhões de euros no fechamento de 2007, o Santander se consolida como o primeiro banco da zona do euro e oitavo maior do mundo. RENTABILIDADE DA AÇÃO Na próxima Assembléia Geral ordinária a ser realizada em junho, será proposto aos acionistas um dividendo sobre o exercício de 2007 de 0,6508 euro por ação, 25% mais que no exercício Os dividendos são distribuídos em quatro pagamentos trimestrais. Os três primeiros já foram feitos em agosto e novembro de 2007, e em fevereiro de 2008 por um valor bruto de 0,1229 euro por ação cada um. O quarto será pago em maio de 2008 e o seu valor bruto será de 0,2819 euro por ação. A rentabilidade da ação Santander considerando o reinvestimento dos dividendos e aumentos do capital é uma das mais elevadas do mercado nos últimos 10 anos. Como demonstrado no quadro da página seguinte, 100 euros investidos em 1997 representam 266,9 euros em 31 de dezembro de 2007, ou seja, uma rentabilidade acumulada de 166,9% (10,31% anual cumulativa). DIVIDENDO POR AÇÃO Euros 0,65 0,33 +25% 0,42 +25% 0,52 +25%

39 Investors Day celebrado na Cidade Financeira Grupo Santander, 14 de setembro de 2007 O objetivo em médio prazo do Santander é estar entre os primeiros bancos do mundo por crescimento do lucro por ação e rentabilidade total para o acionista VANTAGENS PARA OS ACIONISTAS Os acionistas do Banco Santander têm acesso a diversos produtos e serviços exclusivos, financeiros e não financeiros. Entre os financeiros, o cartão de crédito Acionista, a locação ou prestação de serviços (renting), planos de poupança com ações Santander, o Plano de Reinvestimento de Dividendos, o Plano Jovem Acionista e a Conta Acionista na Espanha, a Santander Shareholder. Account no Reino Unido, a Conta Acionista em Portugal ou o Plano de Reinvestimento no México. No total, o volume desses produtos contratados já é de cerca de 547 mil. Os produtos não financeiros são os planos de saúde, seguros de vida, de residência e de acidentes, entre outras vantagens. BASE DE ACIONISTAS A base de acionistas do Banco, no final de dezembro de 2007, era de acionistas. O Conselho de Administração tem 3,91% do capital, os acionistas minoritários 32,59% e o resto está nas mãos de acionistas institucionais. A distribuição geográfica é: 84,89% do capital social está na Europa, 14,84% em América, e 0,27% no resto do mundo. As participações do Chase Nominees Limited de 10,80%, do State Street Bank & Trust de 8,13% e do EC Nominees Limited de 5,85%, únicas superiores a 3%, eram por conta dos seus clientes; nenhum deles têm participação individual igual ou superior a 3%. RENTABILIDADE DA AÇÃO 5 anos 10 anos 15 anos Rentabilidade Total aos Acionistas 166,2% 166,9% 1.047,3% Revalorização da Ação 126,1% 97,3% 600,6% Incremento do Dividendo 125,6% 260,9% 409,8% Fonte: Bloomberg DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL POR TIPOS DE ACIONISTAS Acionistas Ações % Conselho de Administração 18* ,91% Institucionais ,50% Minoritários ,59% Total ,00% * Corresponde ao número de membros do Conselho de Administração no fechamento de 2007, não inclui a Mutua Madrileña Automovilista pela sua parada no dia 19 de dezembro. Na data de publicação deste Relatório Anual, o Conselho está formado por 19 membros, considerando a nomeação pelo Conselho, na sua reunião de 28 de janeiro de 2008, de D. Juan Rodríguez Inciarte como Conselheiro do Banco, assumindo por votação do Conselho, a vaga produzida pela renúncia da Mutua Madrileña Automovilista. 39

40 FATOS RELEVANTES DO EXERCÍCIO 2007: UM ANO EXCELENTE JANEIRO O plano estratégico Queremos ser seu Banco foi ampliado para os estudantes universitários, acionistas, profissionais autônomos e pequenos comerciantes. Criação do Santander Asset Management UK, que unifica e concentra as diversas sociedades de gestão de ativos do Santander no Reino Unido, pelo Abbey. FEVEREIRO Pagamento da terceira parcela do dividendo do exercício 2006, por um valor por ação de 0,1069 euro, 15% mais que no ano anterior. Apresentação dos resultados do Grupo em Foi anunciado um lucro atribuído recorde de 7,596 bilhões de euros, 22% maior que o lucro atribuído de O Santander e o Bank of America chegam a um acordo para transferir os clientes de Private Banking da entidade norteamericana ao Santander Private Banking. Acordo estratégico entre o Santander Consumer Finance e o Grupo Bergé para constituir uma sociedade de financiamento ao consumidor no Chile, com uma participação do Grupo de 51%. MARÇO A agência de rating Standard & Poor's eleva a classificação do Santander no longo prazo de A+ para AA e confirma a qualificação A1+ no curto prazo. ABRIL Publicação dos resultados do primeiro trimestre de O lucro atribuído cresceu 21% em relação ao primeiro trimestre de A agência de rating Moody s melhora o rating no longo prazo do Santander de AA para Aa1. MAIO Pagamento da quarta parcela do dividendo do exercício 2006, por um valor por ação de 0,1999 euro. Com este último pagamento, o dividendo total do exercício é de 0,5206 euro por ação, 25% mais que em O consórcio formado pelo Banco Santander, The Royal Bank of Scotland Group e Fortis anunciam sua intenção de formular uma oferta de compra do ABN AMRO. JUNHO Anúncio da venda da participação de 1,79% do capital social da entidade italiana Intesa Sanpaolo, por um valor total de 1,206 bilhão de euros, com um lucro líquido de 566 milhões de euros. Assembléia Geral Ordinária de acionistas na cidade de Santander, na qual foi aprovada a mudança de denominação social para Banco Santander. 40

41 JULHO O consórcio do Santander, RBS e Fortis lançam formalmente, por meio da sociedade RFS Holdings B.V., a oferta de compra do ABN AMRO pela totalidade das ações ordinárias, ADS (ações de depósito americano) e ações preferenciais anteriormente conversíveis do banco holandês. Anúncio dos resultados do primeiro semestre com um crescimento do lucro atribuído ordinário de 21%, comparado com o mesmo período do ano anterior. O Santander vende o negócio das Administradoras de Fundos de Pensão (AFPs) compulsórias no México, Chile, Colômbia e Uruguai ao ING Group, por 1,314 bilhão de dólares. Assembléia Geral Extraordinária de acionistas para a aprovação da emissão de instrumentos de capital para o financiamento parcial da compra do ABN AMRO, de acordo com a oferta de aquisição apresentada pelo consórcio. AGOSTO Pagamento da primeira parcela antecipada do dividendo de 2007, por um valor por ação de 0,1229 euro (+15% sobre o ano anterior). SETEMBRO Celebração do Investors' Day, com a participação de mais de 200 investidores, em que a evolução do Grupo e das suas diversas unidades foi analisada e as perspectivas para os dois próximos exercícios foram discutidas. Criação da Divisão GB&M, para aprofundar o desenvolvimento da estratégia para grandes clientes, com elevado faturamento. OUTUBRO Emissão de 7 bilhões de euros de Valores Santander, obrigatoriamente conversíveis em ações do próprio Banco após a aquisição do ABN AMRO, distribuídos entre cerca de investidores. A oferta de aquisição do ABN AMRO lançada pelo Banco Santander, junto a The Royal Bank of Scotland Group e Fortis é declarada incondicional, pois durante o mês de outubro alcançou uma aceitação superior a 95% do capital social. Apresentação dos resultados do terceiro trimestre. Entre janeiro e setembro o lucro atribuído ordinário do Santander cresceu 21%, comparado com o mesmo período de NOVEMBRO Pagamento da segunda parcela antecipada do dividendo de 2007, por um valor por ação de 0,1229 euro (+15% sobre ano anterior). A venda do Banco Antonveneta foi acordada com o Monte dei Paschi di Siena, um dos negócios atribuídos ao Banco Santander na oferta pública de compra do ABN AMRO. A operação é realizada por um valor de 2,4 bilhões de euros, superior à avaliação realizada para o banco Antonveneta na oferta. Fica fora da operação a Interbanca, divisão de banco corporativo do Antonveneta. Acordo de venda com o ING Group, por 166 milhões de dólares, das administradoras de fundos de pensão argentinas Orígenes. A venda do conjunto dos negócios de pensão vendidos durante o ano gerou um lucro líquido de 622 milhões de euros. São vendidos imóveis históricos e escritórios na Espanha, gerando um lucro líquido de 1,076 bilhão de euros. DEZEMBRO O Santander fecha o ano de 2007 com uma capitalização em bolsa de 92,501 bilhões de euros, o oitavo maior banco do mundo. 41

42 RELATÓRIO ANUAL 2007 RELATÓRIO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Estrutura de propriedade 43 O Conselho do Santander 45 O direito dos acionistas e a Comissão Geral 57 A alta direção do Santander 61 Transparência e independência 62 Código Unificado de Boa Governança 63 42

43 RELATÓRIO ANUAL 2007 RELATÓRIO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA Com um modelo baseado no princípio da auto-regulação, o Santander coloca-se na vanguarda internacional em governança corporativa Emilio Botín, Presidente Assembléia Geral de Acionistas, 23 de junho de ESTRUTURA DE PROPRIEDADE 1. NÚMERO DE AÇÕES. DISTRIBUIÇÃO E PARTICIPAÇÕES RELEVANTES - NÚMERO E DISTRIBUIÇÃO O capital social do Banco, representado em 31 de dezembro de 2007 por ações, tinha nesse dia um valor de 92,5 bilhões de euros, pela cotação do Sistema de Interconexão de Bolsa (Mercado Contínuo) das Bolsas espanholas. Durante o exercício 2007, não houve nenhuma operação que modificasse o número de ações nem o capital social. Todas as ações têm os mesmos direitos políticos e econômicos. Na página 39 deste Relatório Anual, há um quadro que reflete a distribuição do capital social por tipo de acionistas. Nele pode ser visto o elevado nível de pulverização da estrutura de capital do Banco. - PARTICIPAÇÕES RELEVANTES Nenhum acionista possuía em 31 de dezembro de 2007 participações significativas (superiores a 3% do capital social ou que permitam ter uma influência notável no Banco). As participações de Chase Nominees Limited, de 10,80%, de State Street Bank & Trust, de 8,13%, e de EC Nominees Ltd., de 5,85%, únicas superiores ao 3%, eram por conta dos seus clientes, sem que nenhum deles tenha individualmente uma participação igual ou superior ao 3%. Considerando o número atual de membros do Conselho de Administração (19), a porcentagem de capital necessária para ter direito a nomear um conselheiro seria segundo o artigo 137 da Lei de Sociedades Anônimas de 5,26%, não alcançado por nenhum acionista. 2. PACTOS PARASOCIAIS E OUTROS PACTOS RELEVANTES Na página 332 do Relatório Anual descreve-se o pacto parasocial (que regula o exercício do direito de voto), subscrito em fevereiro de 2006 por D. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Dª. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, D. Emilio Botín- Sanz de Sautuola y O'Shea, D. Francisco Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, Simancas, S.A., Puente San Miguel, S.A., Puentepumar, S.L., Latimer Inversiones, S.L. e Cronje, S.L. Unipersonal, com a finalidade de sindicar as ações do Banco dos titulares ou sobre as que têm direito de voto outorgado.. CARTEIRA PRÓPRIA - DADOS FUNDAMENTAIS As ações em carteira própria eram em 31 de dezembro de 2007, equivalentes a 0,003% do capital social. Em 31 de dezembro de 2006 eram , equivalentes a 0,12% do capital social. O seguinte quadro detalha a média mensal das porcentagens em carteira própria durante os anos de 2006 e MÉDIA MENSAL DA CARTEIRA Mês Janeiro 0,225% 0,091% Fevereiro 0,205% 0,071% Março 0,248% 0,069% Abril 0,255% 0,112% Maio 0,225% 0,156% Junho 0,134% 0,060% Julho 0,393% 0,065% Agosto 0,186% 0,051% Setembro 0,392% 0,363% Outubro 0,092% 0,073% Novembro 0,063% 0,089% Dezembro 0,089% 0,113% Nota: Nas páginas 331 e 332 deste Relatório Anual são incluídas informações adicionais. 1 Valor mínimo estipulado, a efeito do Relatório Anual de Governança Corporativa, no Decreto Real 1362/2007, de 19 de outubro. 43

44 - HABILITAÇÃO A habilitação vigente para realizar operações de carteira própria foi aprovada pelo acordo 5º dos adotados pela Assembléia Geral realizada no dia 23 de junho de O item II diz o seguinte: Conceder autorização específica para que o Banco e as sociedades filiais que integram o Grupo possam adquirir ações representativas do capital social do Banco por meio de qualquer título oneroso legal, dentro dos limites e cumprindo com os requisitos legais, até um máximo e, somadas as já em mãos, de ações ou do número de ações equivalente a 5 % do capital social existente em cada momento, totalmente pagas a um preço por ação mínimo do valor nominal e máximo de até 3% superior à cotação no Mercado Contínuo das Bolsas espanholas (incluído o mercado de negociação em lotes) na data de aquisição. Essa autorização poderá ser exercida apenas durante o prazo de 18 meses contados desde a data de celebração da Assembléia. A autorização inclui a aquisição de ações que devam ser entregues diretamente aos funcionários e administradores da Sociedade, ou como conseqüência do exercício dos direitos de opção dos quais eles sejam titulares. - POLÍTICA DE CARTEIRA PRÓPRIA O Conselho de Administração, na sua reunião de 23 de junho de 2007, adotou o acordo vigente sobre política de carteira própria. Essa política, que regula aspectos operacionais como suas finalidades, pessoas autorizadas para realizá-la, pautas gerais, preços, limites de prazo e obrigações de informação, pode ser acessada na página web do Grupo ( Não é permitido o uso de blindagem na carteira própria. 4. POLÍTICA DE DIVIDENDOS É intenção do Banco continuar com sua política de manter um pay-out (pagamento) sobre os resultados consolidados ordinários de cerca de 50%, com abono trimestral de dividendos. Na página 38 deste Relatório Anual, podem ser consultadas as informações sobre retribuição direta aos acionistas, na forma de dividendos referidos ao exercício de ACORDOS VIGENTES REFERIDOS À POSSÍVEL EMISSÃO DE NOVAS AÇÕES OU DE OBRIGAÇÕES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES O capital adicional autorizado é de ,5 euros, conforme a autorização da Assembléia Geral Extraordinária de acionistas realizada no dia 27 de julho de Os administradores do Banco têm prazo para executar e efetuar aumentos de capital até a data limite de 27 de julho de Será considerado incluído no limite disponível em cada momento o valor dos aumentos de capital que, no seu caso e com a finalidade de permitir a conversão das obrigações, sejam realizados amparados pelo acordo décimo da Assembléia Geral Ordinária de acionistas de 21 de junho de O acordo outorga ao Conselho a faculdade de excluir total ou parcialmente o direito de subscrição preferencial nos termos do artigo da Lei de Sociedades Anônimas. No oitavo item da ordem do dia da Assembléia Geral de acionistas de 23 de junho de 2007, foi determinado um aumento do capital do Banco de 375 milhões de euros, delegando ao Conselho as mais amplas faculdades para que, no prazo de um ano, contado desde a data da Assembléia, indique a data e fixe as condições do mencionado aumento. Essas faculdades caducarão caso o Conselho não exerça as faculdades que lhe foram outorgadas no prazo indicado. Os mencionados acordos podem ser acessados na página web do Grupo ( e na página web da CNMV - Comissão Nacional do Mercado de Valores ( 44

45 O CONSELHO DO SANTANDER (*) D. EMILIO BOTÍN-SANZ DE SAUTUOLA Y GARCÍA DE LOS RÍOS (1) Presidente Conselheiro executivo Nascido em 1934 em Santander Entrou para o Conselho em 1960 Graduado em Ciências Econômicas e Direito Outros cargos: conselheiro executivo do Shinsei Bank Limited. D. FERNANDO DE ASÚA ÁLVAREZ (2) Primeiro vice-presidente e presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações Conselheiro externo independente Nascido em 1932 em Madri Entrou para o Conselho em 1999 Graduado em Ciências Econômicas e Informática, em Business Administration e Matemática Outros cargos: foi presidente da IBM Espanha e atualmente é o presidente honorário. Conselheiro não executivo da Companhia Espanhola de Petróleos (CEPSA). Vice-presidente não executivo da Técnicas Reunidas, S.A. D. Alfredo Sáenz Abad (3) Segundo vice-presidente e CEO Conselheiro executivo Nascido em 1942 em Getxo,Viscaia Entrou para o Conselho em 1994 Graduado em Ciências Econômicas e Direito Outros cargos: foi CEO e primeiro vice-presidente do Banco Bilbao Vizcaya e presidente do Banesto. Atualmente, é vice-presidente do Conselho Executivo da Companhia Espanhola de Petróleos (CEPSA) e Conselheiro Executivo da France Telecom Espanha. D. Manuel Soto Serrano (5) D. Matías Rodríguez Inciarte (4) Terceiro vice-presidente e presidente da Comissão Delegada de Riscos Conselheiro executivo Nascido em 1948 em Oviedo Entrou para o Conselho em 1988 Graduado em Ciências Econômicas e Técnico Comercial e Economia Pública Outros cargos: foi Ministro do Governo ( ). É Conselheiro externo do Banesto e Conselheiro não executivo da Financeira Ponferrada. Quarto vice-presidente Conselheiro externo independente Nascido em 1940 em Madri Entrou para o Conselho em 1999 Graduado em Ciências Econômicas e Empresariais Outros cargos: é vice-presidente do Conselho Executivo de Indra Sistemas e Conselheiro Executivo da Corporação Financeira Alba. Foi presidente do Conselho Mundial da Arthur Andersen e diretor para EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e Índia da mesma empresa. (*) Salvo que seja especificado o contrário, a atividade principal dos membros do Conselho é a que realizam no próprio Banco como conselheiros, embora sejam executivos. 45

46 D. ANTONIO BASAGOITI GARCÍA-TUÑÓN (6) Conselheiro externo independente Nascido em 1942 em Madrid Entrou para o Conselho em 1999 Graduado em Direito Outros cargos: vice-presidente não executivo da Faes Farma. É conselheiro não executivo da Pescanova e membro do Conselho Assessor Externo da A.T Kearney. Foi presidente da Unión Fenosa. D.ª ANA PATRICIA BOTÍN-SANZ DE SAUTUOLA Y O'SHEA (7) Conselheira executiva Nascida em 1960 em Santander Entrou para o Conselho em 1989 Atividade principal: presidente do Banesto Graduada em Ciências Econômicas Ingressou no Banco após um período no JP Morgan ( ) Desde 1992, é diretora-geral do Banco Santander e, desde 2002, presidente-executiva do Banesto. Outros cargos: conselheira não executiva da Assicurazioni Generali S.p.A. e membro do International Advisory Board do New York Stock Exchange, do Insead e da Georgetown University. D. GUILLERMO DE LA DEHESA ROMERO (8) Conselheiro externo independente Nascido em 1941em Madri Entrou para o Conselho em 2002 Técnico comercial e economista público, chefe de escritório do Banco da Espanha (afastado por licença) Atividade principal: assessor internacional da Goldman Sachs Outros cargos: foi secretário estadual da economia, secretário geral do comércio, CEO do Banco Pastor e atualmente é conselheiro não executivo da Campofrío Alimetación, presidente do CEPR (Centre for Economic Policy Research) de Londres, membro do Group of Thirt, de Washington e presidente do Conselho Reitor do Instituto da Empresa. D. ANTONIO ESCÁMEZ TORRES (10) Conselheiro externo independente Nascido em 1951 em Alicante Entrou para o Conselho em 1999 Graduado em Direito Outros cargos: presidente da Fundação Banco Santander, presidente não executivo do Santander Consumer Finance, presidente não executivo do Open Bank. D. FRANCISCO LUZÓN LÓPEZ (11) Conselheiro executivo Nascido em 1948 em Cañavate, Cuenca Entrou para o Conselho em 1997 Graduado em Ciências Econômicas e Empresariais Outros cargos: foi presidente da Argentaria e vocal do Conselho de Administração do BBV. É conselheiro externo da Indústria de Desenho Têxtil (Inditex), vice-presidente mundial do Universia e presidente do Conselho Social da Universidade de Castilla-La Mancha. ASSICURAZIONI GENERALI S.P.A. Conselheiro externo profissional Entrou para o Conselho em A empresa é representada por: Antoine Bernheim (12) Nascido em 1924 em Paris Graduado em Direito e Ciências. Pós-graduação em Direito Privado e Público Atividade principal: presidente da Assicurazioni Generali. Entrou para o Conselho da Assicurazioni Generali em Foi presidente de 1995 a 1999, e desde setembro de 2002 até a presente data. Outros cargos: vice-presidente do Conselho Supervisor do Intesa San Paolo S.p.A., vice-presidente da filial do Grupo Alleanza Assicurazioni S.p.A., membro do Conselho de MedioBanca, vice-presidente da LVMH e do Bolloré Investissement. Também é conselheiro do Generali France, AMB Generali Holding AG, Generali España Holding Entidades de Seguros S.A., BSI, Generali Holding Viena e Christian Dior S.A. Membro do Conselho Supervisor da Eurazeo. D. RODRIGO ECHENIQUE GORDILLO (9) Conselheiro externo Nascido em 1946 em Madri Entrou para o Conselho em 1988 Graduado em Direito e Advogado do Estado Outros cargos: foi CEO do Banco Santander ( ), é presidente do Conselho Econômico e Social da Universidade Carlos III de Madri. É conselheiro externo da empresa Inversiones Inmobiliarias Lar SA. D. JAVIER BOTÍN-SANZ DE SAUTUOLA Y O'SHEA (13) Conselheiro externo Nascido em 1973 em Santander Incorporou-se ao Conselho em 2004 Graduado em Direito Atividade principal: conselheiro sócio-diretor da M&B Capital Advisers, Sociedade de Valores, S.A. 46

47 LORD BURNS (TERENCE) (14) Conselheiro externo Nascido em 1944 em Durham, Reino Unido Entrou para o Conselho em 2004 Graduado em Ciências Econômicas Atividade principal: presidente não executivo do Abbey National plc. e do Marks and Spencer Group plc. Outros cargos: presidente não executivo do Peason Group. Foi Secretário Permanente do Tesouro Britânico, presidente da Comissão Parlamentaria Britânica Financial Services and Markets Bill Joint Committee e conselheiro externo da empresa British Land plc. e do Legal & General Group PLC. D. ABEL MATUTES JUAN (15) Conselheiro externo independente Entrou para o Conselho em 2002 Graduado em Direito e Ciências Econômicas Atividade principal: presidente do Grupo de Empresas Matutes Outros cargos: foi ministro de Assuntos Exteriores e Comissário da União Européia nas pastas de Crédito e Investimento, Engenharia Financeira e Políticas para a Pequena e Média Empresa (1989), das Relações Norte-Sul, Política Mediterrânea e Relações com América Latina e Ásia (1989) de Transportes e Energia e Agência de Abastecimento da Euroaton (1993). D. JUAN RODRÍGUEZ INCIARTE (16) Conselheiro executivo Nascido em 1952 em Oviedo Entrou no Conselho em 2008 Graduado em Ciências Econômicas Incorporou-se ao Banco em 1985 como conselheiro e diretor-geral do Banco Santander de Negócios. Em 1989, foi nomeado diretor-geral do Banco Santander S.A.. Entre 1991 e 1999 foi conselheiro do Banco Santander, S.A. Outros cargos relevantes: é vice-presidente do Abbey National plc e Santander Consumer Finance, S.A. e conselheiro da Compañía Española de Petróleos, S.A. (CEPSA), RFS Holdings e Sovereign Bancorp. D. LUIS ALBERTO SALAZAR-SIMPSON BOS (17) Conselheiro externo (independente) Nascido em 1940 em Madri Entrou no Conselho em 1999 Graduado em Direito e diplomado em Fazenda Pública e Direito Tributário Atividade principal: presidente da France Telecom España. Outros cargos relevantes: conselheiro não executivo da Mutua Madrileña Automovilista. D. LUIS ÁNGEL ROJO DUQUE (18) Conselheiro externo independente Presidente da Comissão de Auditoria e Compliance Nascido em 1934 em Madri Entrou para o Conselho em 2005 Graduado em Direito, Doutor em Ciências Econômicas e Técnico Comercial Público. Doutor Honoris Causa pelas universidades de Alcalá e Alicante Outros cargos: no Banco da Espanha foi diretor-geral de Estudos, vice-governador e governador. Foi membro do Conselho de Governo do Banco Central Europeu, vice-presidente do Instituto Monetário Europeu, membro do Comitê de Planejamento do Desenvolvimento das Nações Unidas e tesoureiro da Associação Internacional de Economia. É acadêmico da Real Academia de Ciências Morais e Políticas, e da Real Academia Espanhola da Língua. D.ª ISABEL TOCINO BISCAROLASAGA (19) Conselheira externa independente Nascida em 1949 em Santander Entrou para o Conselho em 2007 Atividade principal: Professora Titular da Universidade Complutense Doutora em Direito. Realizou programas da Alta Direção no IESE e na Harvard Business School Outros cargos relevantes: foi ministra do Meio Ambiente, presidente de Assuntos Europeus e da Comissão de Assuntos Exteriores no Congresso dos Deputados e presidente para a Espanha e Portugal e vice-presidente para Europa da Siebel Systems. É atualmente conselheira eletiva do Conselho do Estado, conselheira externa da Climate Change Capital e vice-presidente da Associação Internacional de Mulheres Juristas e do Conselho Federal do Movimento Europeu. D. IGNACIO BENJUMEA CABEZA DE VACA (20) Secretário geral e do Conselho Nascido em 1952 em Madri Incorporou-se ao Grupo em 1987, como secretário geral e do Conselho do Banco Santander de Negócios, sendo nomeado secretário geral e do Conselho do Banco Santander S.A. em 1994 Graduado em Direito Outros cargos relevantes: é diretor-geral do Banco Santander, S.A., conselheiro externo da Sociedad Rectora da Bolsa de Valores de Madri, S.A., Bolsas e Mercados Espanhóis, Sociedade Holding de Mercados e Sistemas Financeiros, S.A. e La Unión Resinera Española, S.A.. 47

48 REELEIÇÃO DE CONSELHEIROS NA ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE 2008 O artigo 30 dos estatutos sociais estipula que o prazo de duração do cargo de administrador é de cinco anos (a legislação espanhola estabelece que o prazo máximo é de seis anos), com renovação anual de 20% do Conselho. Na Assembléia Geral de acionistas, realizada nos dias 20 e 21 de junho de 2008, em primeira e segunda convocatória, respectivamente, se apresentaram para a reeleição os seguintes conselheiros: Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Luis Ángel Rojo Duque e Luis Alberto Salazar-Simpson Bos. Os perfis profissionais desses conselheiros podem ser vistos nas páginas anteriores deste Relatório Anual. Na reunião do Conselho do dia 28 de janeiro de 2008, a Comissão de Nomeações e Remunerações propôs que Juan Rodríguez Inciarte fosse nomeado conselheiro por cooptação, ocupando o lugar da Mutua Madrileña Automovilista, que renunciou. A sua ratificação foi proposta na próxima Assembléia Geral de acionistas. Essa ratificação e a reeleição dos candidatos anteriormente indicados são votadas separadamente pela Assembléia (artigo do Regulamento). A eleição é feita desde a Assembléia Geral Ordinária de Todos os candidatos são apresentados aos atuais 19 conselheiros e serão submetidos ao voto separado da Assembléia. COMPOSIÇÃO E ESTRUTURA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO COMISSÔES Executivo Externo 1.Comissão Executiva 2.Comissão Delegada de Riscos 3.Comissão de Auditoria e Compliance Presidente Primeiro vice-presidente Segundo vice-presidente e CEO Terceiro vice-presidente Quarto vice-presidente Vocais Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos Fernando de Asúa Álvarez Alfredo Sáenz Abad Matías Rodríguez Inciarte (5) Manuel Soto Serrano Assicurazioni Generali S.p.A. Antonio Basagoiti García-Tuñón Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Lord Burns (Terence) Guillermo de la Dehesa Romero Rodrigo Echenique Gordillo Antonio Escámez Torres Francisco Luzón López Abel Matutes Juan Luis Ángel Rojo Duque Luis Alberto Salazar-Simpson Bos Isabel Tocino Biscarolasaga Total I I D I P V P D E I E I I I I I P Secretário-geral e do conselho Vice-secretário geral e do conselho Ignacio Benjumea Cabeza de Vaca Juan Guitard Marín Em 2008, o Conselho de Administração do Banco Santander, na sua reunião de 28 de janeiro, aprovou a nomeação de Juan Rodríguez Inciarte como conselheiro do Banco, assumindo por cooptação a vaga produzida como conseqüência da renúncia da Mutua Madrileña Automovilista. Em 31 de dezembro de 2007, Juan Rodríguez Inciarte tinha ações (participação direta) do Banco. No dia 24 de março de 2008, Rodrigo Echenique Gordillo cessou na função de membro da Comissão Delegada de Riscos, sendo substituído por Juan Rodríguez Inciarte. 2. A Nota 5 do Relatório, nas páginas 208 a 217 deste Relatório Anual, inclui um detalhe individualizado das opções sobre ações do Banco que correspondiam aos conselheiros em 31 de dezembro de Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos tem direito de voto na Assembléia Geral por ações de propriedade da Fundação Marcelino Botín (1,45% do capital), de ações cuja titularidade corresponde a Jaime Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, de ações cuja titularidade corresponde a Paloma O Shea Artiñano, de ações cuja titularidade corresponde a Emilio Botín-Sanz de Sautuola y O Shea, de ações cuja titularidade corresponde a Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O Shea, e de ações cuja titularidade corresponde a Javier Botín-Sanz de Sautuola y O Shea. Portanto, neste quadro fazemos referência à participação direta e indireta de cada um destas duas últimas pessoas, conselheiros da Sociedade, mas na coluna relativa à porcentagem total sobre o capital social, essas participações são computadas junto com as pertencentes ou representadas por Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos.

49 1. INFORMAÇÃO GERAL SOBRE O CONSELHO O quadro das páginas 48 e 49 deste Relatório Anual detalha informações sobre a composição, os cargos e a estrutura do Conselho e as suas Comissões, das datas de nomeação dos conselheiros e de expiração dos seus mandatos, e as participações que têm ou representam no capital social do Banco. 2. FUNÇÃO DO CONSELHO O Conselho de Administração é responsável pela supervisão do Grupo, delegando sua gestão ordinária aos correspondentes órgãos executivos e às diferentes equipes de direção. O Regulamento (artigo 3) reserva ao Conselho, como direito irrevogável, aprovar as políticas e estratégias gerais e os planos estratégicos, os objetivos de gestão e o orçamento anual, as políticas de governança corporativa, de responsabilidade social corporativa, de dividendos e da carteira própria, a política geral de riscos e as políticas de informação e comunicação com os acionistas, os mercados e a opinião pública. PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SOCIAL 4.Comissão de Nomeações e Remunerações COMISSÔES 5.Comissão Internacional 6.Comissão de Tecnologia, Produtividade e Qualidade Direta Indireta EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 (1)(2) Ações representadas Total % do Capital social Data da primeira nomeação Data da última nomeação Data de encerramento (*) Data da última proposta da Comissão de Nomeação e remunerações P P P ,506 (3) er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem ,000 (3) er. Sem ,000 (4) er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem , er. Sem ,910 P: Presidente da Comissão, V: Vice-presidente da Comissão, D: Dominical, I: Independente, E: Externo não dominical e independente. 4. D. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea é conselheiro dominical por representar no Conselho de Administração 2,506% do capital social correspondente à participação da Fundación Marcelino Botín, D. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Dª. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, D. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, D. Jaime Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Dª. Paloma O Shea Artiñano e à sua própria. 5. D. Matías Rodríguez Inciarte tem o direito de voto de ações propriedade de dois filhos seus. (*) Conforme o estabelecido no artigo 30 dos Estatutos, os cargos se renovarão anualmente por quintas partes, considerando para isso o turno determinado por seu tempo de casa, segundo a data e ordem da respectiva nomeação. 49

50 O Conselho também se reserva o direito irrevogável de adquirir e dispor de ativos substanciais e das grandes operações societárias, de determinar a retribuição de cada conselheiro e de aprovar os contratos que regulem a prestação pelos administradores de funções diferentes às de conselheiro, incluídas as executivas e as remunerações correspondentes pelo seu desempenho, a nomeação, retribuição e destituição dos restantes membros do diretório, a definição das condições básicas dos seus contratos e a criação ou aquisição de participações em entidades de fins especiais, ou domiciliadas em países ou territórios considerados como paraísos fiscais. Nos assuntos referidos neste parágrafo, a Comissão Executiva poderá tomar decisões quando razões de urgência assim o aconselhem. O Regulamento (artigo 4) estabelece que o Conselho de Administração deve certificar-se que o Banco cumpra fielmente com a legalidade vigente, respeite os usos e boas práticas dos setores ou países onde exerce a sua atividade e observe os princípios de responsabilidade social que aceitou voluntariamente. 3. TAMANHO DO CONSELHO O Banco foi reduzindo gradualmente o tamanho do seu Conselho de Administração de 27 membros no ano 2001, para 19 atualmente. A norma interna de modificação, aprovada pela Assembléia Geral de 17 de junho de 2006, do artigo 30 dos estatutos sociais, reduzindo para 22 o número máximo de 30 conselheiros e mantendo o mínimo em 14, é um reflexo dessa diminuição. Atualmente, o Conselho conta com 19 conselheiros. Esse número é considerado adequado para garantir a devida representatividade e o seu eficaz funcionamento, cumprindo o previsto no Regulamento. 4. COMPOSIÇÃO Conforme estabelecido no artigo 5.5. do Regulamento do Conselho, a Comissão de Nomeações e Remunerações, na reunião de 12 de março de 2008, verificou o caráter de cada conselheiro. A proposta foi elevada ao Conselho e aprovada na sessão de 24 de março de 2008, estabelecendo sua composição da seguinte maneira: COMPOSIÇÃO DO CONSELHO Do total de 19 conselheiros que compõem atualmente o Conselho de Administração, seis são executivos e 13 externos. Dos 13 conselheiros externos, nove são independentes, dois profissionais e dois não são profissionais e tampouco independentes. Segundo estabelecido no artigo 5.2. do Regulamento do Conselho, os seguintes conselheiros são executivos: Emilio Botín- Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Alfredo Sáenz Abad, Matías Rodríguez Inciarte, Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O Shea, Francisco Luzón López e Juan Rodríguez Inciarte. A partir do ano de 2002, o critério da Comissão de Nomeações e Remunerações e do Conselho de Administração, para designar ou considerar um conselheiro como externo profissional (expressamente detalhada no artigo 5.3. do Regulamento do Conselho de Administração) é que ele possua no mínimo 1% do capital do Banco. Esta porcentagem foi fixada pela própria sociedade, exercendo suas faculdades de auto-regulação, e não coincide com o estabelecido pelo artigo 137 da Lei de Sociedades Anônimas (ver seção Participações Relevantes na página 43). Com a participação de 1%, a sociedade entende ser suficientemente importante para considerar que os conselheiros que tenham ou representem uma participação igual ou superior a ela possam ser qualificados pelo Conselho como profissionais, enquanto que o resultado da aplicação do artigo 137 da Lei de Sociedades Anônimas serve para determinar a partir de qual participação alcança-se o direito legal de nomear um conselheiro. O Conselho apreciou as circunstâncias de cada caso e prévio relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, considera que são conselheiros externos profissionais: Assicurazioni Generali S.p.A. e D. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea. O Regulamento do Conselho (artigo 5.4) incorpora a definição de conselheiro independente estabelecida no Código Unificado. Por isso, e mediante o relatório prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações, o Conselho considera que os seguintes conselheiros são externos independentes: Fernando de Asúa Álvarez, Manuel Soto Serrano, Antonio Basagoiti García-Tuñón, Guillermo de la Dehesa Romero, Antonio Escámez Torres, Abel Matutes Juan, Luis Ángel Rojo Duque, Luis Alberto Salazar- Simpson Bos e Isabel Tocino Biscarolasaga. Em 31 de dezembro de 2007, a antigüidade média no cargo de conselheiro dos conselheiros externos independentes era de 6,4 anos, sendo que aqueles com maior antigüidade tinham um máximo de 8,7 anos. Outros conselheiros externos (2; 11%) Conselheiros executivos (6; 32%) Conselheiros profissionais (2; 11%) Conselheiros independentes (9; 47%) Atualmente, os conselheiros externos independentes representam 47% do Conselho. Rodrigo Echenique Gordillo é conselheiro externo não profissional. Por ter prestado serviços profissionais remunerados ao Banco até o dia 31 de dezembro de 2006, diferentes aos de direção e supervisão colegiada próprios da sua condição de conselheiro, e ter atualmente uma retribuição na sua condição de membro do Conselho de Administração de uma filial do Grupo, o Banco Banif, o Conselho de Administração, baseado em prévio relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, não pode ser classificado como independente. 50 Na mesma situação está Lord Burns, que como presidente no Conselho Executivo do Abbey National recebe uma remuneração adicional à de conselheiro do Banco Santander.

51 5. PRESIDENTE EXECUTIVO E CEO O Banco optou pela figura de presidente executivo por entender que esta seja a que melhor se ajusta à sua circunstância. Uma clara separação de funções entre as do presidente executivo, do CEO, do Conselho e as suas Comissões, garantem o devido equilíbrio na estrutura de governança corporativa da sociedade. O presidente do Conselho é o cargo superior hierárquico da sociedade (artigos 34 e 7.1. dos estatutos e do Regulamento do Conselho, respectivamente) e a quem são delegadas todas as faculdades de acordo com a Lei, com os estatutos e com o Regulamento do Conselho, e a sua função é dirigir a equipe de gestão da sociedade, sempre de acordo com as decisões e critérios fixados pela Assembléia Geral e pelo Conselho, nos âmbitos das suas respectivas competências. O CEO, por delegação, é subordinado ao Conselho de Administração e ao presidente, e como superior hierárquico do Banco, é responsável pela condução do negócio e pelas funções executivas da sociedade. A estrutura de órgãos colegiados e individuais do Conselho está configurada para permitir que todos eles atuem equilibradamente, incluído o presidente. Para mencionar apenas alguns aspectos relevantes, temos: - O Conselho e as suas Comissões, que exercem funções de supervisão e controle do desempenho do presidente e do CEO. - O primeiro vice-presidente, que é externo e independente, preside a Comissão de Nomeações e Remunerações e atua como coordenador dos conselheiros externos. - As faculdades delegadas ao CEO são similares às delegadas ao presidente, sendo excluídas as que se reserva de forma exclusiva o próprio Conselho para ele mesmo. 6. PLANOS DE SUCESSÃO DO PRESIDENTE E DO CEO O artigo 23 do Regulamento do Conselho estabelece: Na hipótese de encerramento das funções, renúncia ou demissão, incapacidade ou falecimento de algum membro do Conselho ou das suas Comissões, ou de encerramento das funções, renúncia ou demissão do presidente do Conselho de Administração ou do CEO nas demais funções desses órgãos, a pedido do presidente do Conselho ou, a falta deste, do vicepresidente de maior nível, a Comissão de Nomeações e Remunerações será convocada para examinar e organizar o processo de sucessão ou substituição de forma planejada, e formular ao Conselho de Administração a correspondente proposta. Essa proposta será comunicada à Comissão Executiva e posteriormente submetida ao Conselho de Administração na próxima reunião prevista no calendário anual, ou em outra extraordinária que, caso seja necessário, poderá ser convocada. A legislação espanhola não permite que os sucessores sejam designados nominalmente, caso algum cargo fique vago. Não obstante, o artigo 33 dos estatutos tem regras de substituição interina para o exercício circunstancial (aplicável em casos de ausência, impossibilidade de participação ou doença) das funções do presidente do Conselho, no lugar dos vice-presidentes. Anualmente, o Conselho determina a posição dos conselheiros em função da antigüidade dos seus cargos. Na reunião de 23 de junho de 2007, foi decidido por unanimidade que, para o exercício circunstancial das funções do presidente ou dos vice-presidentes do Conselho, a ordem dos atuais conselheiros seja a seguinte: 1) Rodrigo Echenique Gordillo 2) Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O Shea 3) Francisco Luzón López 4) Assicurazioni Generali S.p.A. 5) Antonio Escámez Torres 6) Luis Alberto Salazar-Simpson Bos 7) Antonio Basagoiti García-Tuñón 8) Guillermo de la Dehesa Romero 9) Abel Matutes Juan 10) Javier Botín-Sanz de Sautuola y O Shea 11) Lord Burns 12) Luis Ángel Rojo Duque 13) Isabel Tocino Biscarolasaga 7. SECRETÁRIO DO CONSELHO O Regulamento do Conselho (artigo 10) incorpora expressamente entre as funções do secretário do Conselho, assistido pelo vice-secretário, que seja respeitada a legalidade formal e material das atuações do Conselho, garantindo que os seus procedimentos e regras de governo sejam respeitados e regularmente revisados. O Regulamento também estabelece que o secretário auxilie o presidente nas suas funções e se responsabilize pelo bom funcionamento do Conselho, especialmente de prestar aos conselheiros a assessoria e as informações necessárias, conservar a documentação social, anotar devidamente nas atas o desenvolvimento das sessões, incluindo as manifestações solicitadas para constarem nas atas, e dar fé dos acordos do Conselho. A ligação entre as funções do Conselho antes mencionadas, com as realizadas pelas Comissões deste órgão, fica reforçada pelo estabelecido no Regulamento do Conselho: o secretário do Conselho de Administração e de todas as suas Comissões sempre será o Secretário Geral da sociedade. O Regulamento do Conselho (artigo 16.4.d) prevê que, no caso de nomeação ou encerramento de atividades do Secretário do Conselho, será a Comissão de Nomeações e Remunerações quem informará as correspondentes propostas antes de serem apresentadas ao Conselho. 8. FUNCIONAMENTO DO CONSELHO As reuniões do Conselho são realizadas de acordo com um calendário anual. O Regulamento do Conselho estipula que o número mínimo de reuniões anuais ordinárias seja nove. O Conselho se reunirá sempre que o presidente assim o decida, por iniciativa própria ou por solicitação de, no mínimo, três conselheiros (artigo do Regulamento). Durante o exercício de 2007, houve treze reuniões. Os conselheiros podem delegar os seus votos por escrito para cada sessão a outro conselheiro, outorgando (artigo 19.1 do Regulamento do Conselho) a representação com as devidas instruções. 51

52 O presidente garante que os conselheiros recebam as informações antes das reuniões e preside os debates. Todo conselheiro pode propor a inclusão de novos assuntos na ordem do dia proposta pelo presidente (artigo do Regulamento do Conselho), que o Conselho aprovará na reunião. O Conselho estará validamente constituído quando mais da metade dos seus membros estiverem presentes ou representados. Os acordos são adotados por maioria absoluta dos conselheiros participantes, exceto quando sejam decisões que requeiram uma maioria qualificada, como a nomeação do presidente e do CEO, a delegação permanente de faculdades na Comissão Executiva e os acordos de nomeação dos seus membros, sendo legalmente necessário em todos esses casos o voto favorável de dois terços dos componentes do Conselho. O presidente tem o voto de Minerva. 9. DESENVOLVIMENTO DAS SESSÕES O Conselho está sempre informado sobre a evolução das diferentes áreas de negócio do Grupo, por meio dos relatórios apresentados nas reuniões pelo CEO, baseado na lista de assuntos a serem tratados estabelecida pelo próprio Conselho para cada ano, pelos conselheiros executivos e demais responsáveis das áreas de negócio que não sejam administradores, incluídos os das unidades do Grupo no exterior. O segundo vice-presidente e CEO informou sobre as atividades do Grupo em nove das treze reuniões mantidas pelo Conselho em 2007 e o terceiro vice-presidente e responsável de Riscos, em oito oportunidades. Em algumas das reuniões do Conselho, houve a participação do interventor geral e dos responsáveis pela auditoria externa e interna. Durante 2007, o Conselho discutiu os seguintes negócios do Grupo: a operação de aquisição do ABN AMRO (em duas ocasiões), Banesto, Santander Consumer USA (Drive), Abbey, a liquidez do Grupo, GB&M, Gestão de Ativos e América Latina (várias vezes durante o exercício). Também foram revisados outros assuntos como: a adaptação ao Código Unificado, o plano de preparação para as Normas de Mercado para Instrumentos Financeiros (MiFID), o Programa Universidades, um relatório sobre a Lei Sarbanes-Oxley e o novo acordo de Capital da Basiléia (BIS II), os recursos humanos do Grupo, o plano de pensões para executivos, e a definição da estrutura do Grupo e dos centros off-shore. 10. SESSÃO DE ESTRATÉGIA O Conselho realizou, nos dias 22 e 23 de setembro, reuniões para debater a estratégia do Grupo, nas quais foram discutidas as medidas concretas que ajudem a manter e aumentar o diferencial de crescimento do Grupo frente aos seus concorrentes. A agenda das sessões foi dividida em quatro módulos: - O contexto da indústria financeira global - Gestão de negócios. Plano I-10 - Gestão da infra-estrutura. Plano I-10 - Capital e carteira do negócio Entre as conclusões alcançadas, ficou evidenciada a importância que tem para o Santander uma adequada gestão da liquidez e a conveniência de manter um sólido valor de core capital (capital básico), fato que exige uma análise detalhada do consumo de capital nos diferentes negócios e destaca a importância de otimizar o balanço. 11. FORMAÇÃO Como resultado do processo de auto-avaliação do Conselho de 2005, foi desenvolvido um programa contínuo de formação de conselheiros. Durante 2007, foram realizadas nove sessões nas quais foram estudados aspectos regulatórios e do negócio. Entre os primeiros, foram tratados os benefícios para o Grupo dos controles internos que impõe a Lei Sarbanes Oxley ou os efeitos da Basiléia II. Entre os demais, foram analisados o negócio do GB&M, o financiamento estruturado, a indústria dos hedge funds, os títulos garantidos com ativos, os riscos padronizados, os riscos do mercado e os sistemas de rating de empresas. Em média, oito conselheiros participaram em cada uma das sessões, dedicando cerca de uma hora e meia a cada reunião. 12. PROGRAMA DE ORIENTAÇÃO AOS NOVOS CONSELHEIROS O Regulamento (artigo 20.7.) estabelece que o Conselho coloque à disposição dos novos conselheiros um programa de informações para proporcionar-lhes conhecimento rápido e geral do Banco e do Grupo, incluindo as regras de governança. Isso também foi feito com as novas incorporações. 13. AUTO-AVALIAÇÃO DO CONSELHO A auto-avaliação de 2007, realizada como no exercício anterior com o apoio de Spencer Stuart, com um questionário e entrevistas pessoais com os conselheiros, incluiu pelo segundo ano consecutivo tal como propõe o Código Unificado e estabelece o artigo do Regulamento do Conselho uma seção especial para a avaliação individual do presidente, do CEO e dos outros conselheiros. 14. NOMEAÇÃO, REELEIÇÃO E RENOVAÇÃO DOS CONSELHEIROS A Comissão de Nomeações e Remunerações é encarregada de realizar as propostas de nomeação e reeleição dos conselheiros, independentemente da categoria que pertençam, as quais deverão ser submetidas à Assembléia Geral, mediante prévio acordo do Conselho. Embora as propostas dessa Comissão não tenham caráter vinculante, o Regulamento do Conselho estabelece que, caso o Conselho decida distanciar-se das mesmas, deverá fundamentar a sua decisão. Todos os conselheiros atuais foram nomeados ou reeleitos pela proposta da Comissão de Nomeações e Remunerações. Na página 49 deste Relatório Anual estão registradas, para cada conselheiro, a data da última proposta realizada pela Comissão de Nomeações e Remunerações, para a sua nomeação ou reeleição. 15. REMUNERAÇÕES - SISTEMA DE REMUNERAÇÕES O artigo 38 dos estatutos estabelece que os conselheiros sejam remunerados pelo desempenho das suas funções, em conceito de participação conjunta no lucro do exercício, com uma quantia equivalente a 1% (5% até 2006) do lucro líquido do Banco, porém, o próprio Conselho poderá reduzir essa porcentagem. 52

53 A mencionada quantia aumentou para 0,126% em 2007 (0,143% em 2006 e 0,152% em 2005). O mesmo artigo estabelece que os conselheiros têm direito a receber ajudas de assistência e remunerações que correspondam pelo desempenho de funções que não sejam as do conselheiro. No relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, que é distribuído separadamente deste Relatório Anual, consta uma descrição detalhada desses sistemas de retribuição. As remunerações dos conselheiros são aprovadas pelo Conselho, por meio de proposta da Comissão de Nomeações e Remunerações, exceto aquelas que consistam em entrega de ações ou de direitos de opção sobre ações, ou as realizadas utilizando outros sistemas de remuneração referenciados ao valor das ações do Banco, cuja decisão corresponde, por lei e pelos estatutos, à Assembléia Geral, conforme proposta do Conselho, baseada em um relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações. O Regulamento do Conselho (artigo 28.3.) prevê que apenas os conselheiros executivos podem ser beneficiários de sistemas de retribuição consistentes na entrega de ações ou de direitos sobre elas. - RELATÓRIO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DOS CONSELHEIROS O Conselho de Administração, conforme estabelecido no artigo 27 do seu Regulamento, aprova anualmente um relatório sobre a política de remunerações dos conselheiros, no qual devem constar os critérios e fundamentos que determinam as remunerações correspondentes ao exercício em curso e a futuros exercícios. Ele deve ser apresentado para efeitos informativos à Assembléia Geral Ordinária. A apresentação do relatório de 2007 à Assembléia Geral Ordinária foi uma iniciativa pioneira na Espanha. O relatório de 2008, que será publicado este ano também como parte do relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, inclui uma descrição dos critérios em que se baseia a Comissão de Nomeações e Remunerações para propor ao Conselho a retribuição fixa de 2008 e a variável correspondente ao exercício de 2007 do presidente, do CEO e dos demais conselheiros executivos. -TRANSPARÊNCIA O Regulamento do Conselho (artigo 29) estabelece que a Comissão de Nomeações e Remunerações e o Conselho de Administração devem adotar as medidas necessárias para divulgar no Relatório Anual as remunerações de cada um dos conselheiros, incluídos os executivos. A Nota 5 do Relatório Anual (páginas 208 a 217) detalha essas informações. 16. OBRIGAÇÕES DOS CONSELHEIROS, OPERAÇÕES VINCULADAS E SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSE - OBRIGAÇÕES As obrigações dos conselheiros estão detalhadas no Regulamento do Conselho, conforme previsto nas leis espanholas vigentes e nas recomendações do Código Unificado de Boa Governança. O Regulamento contempla expressamente a responsabilidade de uma cuidadosa administração, fidelidade ao interesse da sociedade, lealdade e sigilo das informações confidenciais. A responsabilidade de uma cuidadosa administração inclui informar-se com zelo sobre o funcionamento da sociedade e dedicar a essa função todo o tempo e esforço que sejam necessários para desempenhá-la com eficácia. Os conselheiros deverão informar à Comissão de Nomeações e Remunerações suas obrigações profissionais, aplicando o estabelecido na lei 31/1968, de 27 de julho, com relação ao número máximo de conselhos de administração aos que podem pertencer. -OPERAÇÕES VINCULADAS Exceto o indicado no parágrafo seguinte, nenhum membro do Conselho de Administração, ou pessoa representada por um conselheiro, ou sociedade na qual sejam conselheiros, membros da diretoria ou acionistas importantes, realizou transações que não sejam habituais com o Banco durante o exercício de 2007 e até a data de publicação deste relatório. A Comissão de Nomeações e Remunerações, na reunião de 8 de novembro de 2007, foi informada que, como estipulado no artigo do Regulamento do Conselho, a Mutua Madrileña Automovilista então Conselheira da sociedade decidiu vender a sua participação no capital do Banco, que era de ações (1,17% do capital social) no início de janeiro de Para fixar o preço das ações, a Mutua Madrileña Automovilista subscreveria com outra entidade um produto financeiro de cobertura. Na reunião acima mencionada, a Comissão estimou a possibilidade de o Banco subscrever, a condições de mercado, duas operações de equity swap para cobertura das posições que assumiria a entidade financeira com quem a Mutua Madrileña Automovilista tinha intenção de contratar a cobertura da sua operação. O valor conjunto das operações de equity swap foi de euros, resultado de avaliar as ações ao preço unitário de 15,0621 euros. A Comissão verificou que a operação proposta respeitava os critérios de não discriminação entre acionistas e de aplicação das condições de mercado. Opinou então favoravelmente sobre a operação, sendo aprovada pela Comissão Executiva em uma reunião realizada nesse mesmo dia. O Conselho, sem a presença do representante da Mutua Madrileña Automovilista, ratificou a decisão na sessão de 26 de novembro de A Nota 55, página 290 deste Relatório Anual, informa sobre as operações referidas no artigo da Lei de Sociedades Anônimas e sobre a norma 32 da Circular 5/1993, do Banco da Espanha. - MECANISMOS DE CONTROLE As situações de conflito de interesse que poderiam afetar aos conselheiros do Banco constam no artigo 30 do Regulamento do Conselho, que estabelece a obrigatoriedade de informar ao Conselho de Administração qualquer situação de conflito, direto ou indireto, que pudesse estar relacionada com o Banco. Se o conflito se refere a uma operação, o conselheiro não poderá realizá-la sem a aprovação do Conselho, e o envio de relatório prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações. O conselheiro afetado deverá abster-se na deliberação e votação sobre a operação à qual o conflito se refere. 53

54 - ÓRGÃOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS Correspondem ao Conselho de Administração. - SITUAÇÕES CONCRETAS DE CONFLITOS Durante o exercício de 2007, houve 50 casos em que os conselheiros, incluídos os que formam parte da Diretoria, abstiveram-se de intervir e votar em deliberações do Conselho de Administração ou das suas Comissões. Dos 50 casos, em 22 deles tratou-se de propostas de nomeações e reeleições, delegação ou revogação de faculdades delegadas; em uma ocasião, da nomeação para uma Comissão do Conselho; em 11 ocasiões, de assuntos relacionados com a remuneração de alguns conselheiros; em 5 ocasiões, da verificação anual da classificação dos conselheiros que, cumprindo o artigo 5.5. do Regulamento do Conselho, a Comissão de Nomeações e Remunerações realizou na sua sessão de 19 de março de 2007; e em 12 ocasiões foram debatidas propostas de compra ou venda de participações acionárias ou de financiamento a sociedades relacionadas com diversos conselheiros. Nenhum desses 50 casos mencionados corresponde aos representantes no Conselho do Banco da Assicurazioni General S.p.A. nem da Mutua Madrileña Automovilista. 17. COMISSÕES DO CONSELHO - DADOS GERAIS No Conselho há duas Comissões com poderes de decisão: a Comissão Executiva, que possui faculdades gerais de decisão, e a Comissão Delegada de Riscos, com faculdades específicas para agir em matéria de riscos. O Conselho também tem as seguintes Comissões com faculdades de supervisão, informação, assessoria e propostas: Auditoria e Compliance, Nomeações e Remunerações, Internacional e Tecnologia, Produtividade e Qualidade. Explicaremos agora as funções da Comissão Executiva, da Delegada de Riscos, de Auditoria e Compliance e de Nomeações e Remunerações. - COMISSÃO EXECUTIVA A Comissão Executiva é o instrumento básico no funcionamento da governança corporativa do Banco e do seu Grupo. As suas funções e composição constam nos estatutos (artigo 39) e no Regulamento do Conselho (artigo 13). É formada por dez conselheiros, dos quais cinco são executivos e cinco externos. Destes últimos, quatro são independentes e um não é profissional nem independente. A Comissão Executiva propõe ao Conselho as decisões que sejam da sua exclusiva competência. Informa ao Conselho os assuntos tratados e os acordos adotados, colocando à disposição dos conselheiros as atas das suas reuniões (artigo do Regulamento do Conselho). COMISSÕES DO CONSELHO Comissões Comissão Comissão Comissão Comissão de Comissão Comissão de Executiva Delegada de Auditoria e Nomeações Internacional Tecnologia, Produtividade e Riscos Compliance e Remunerações Qualidade Nº membros Executivos Externos Nº reuniões Horas* * Horas estimadas de dedicação, em média, por cada conselheiro. 54

55 - COMISSÃO DELEGADA DE RISCOS O Regulamento do Conselho (artigo 14) define a composição e as funções da Comissão Delegada de Riscos, que inclui as responsabilidades previstas no Código Unificado em matéria de controle e gestão de riscos. Atualmente está formada por cinco conselheiros, sendo dois executivos e três independentes. A gestão de riscos tem vínculo estreito com os negócios do Grupo, razão pela qual o Conselho considerou oportuno que o presidente da Comissão Delegada de Riscos seja um conselheiro executivo, que também é o terceiro vice-presidente do Grupo. As páginas 119 a 157 deste Relatório Anual contêm ampla informação relativa à Comissão Delegada de Riscos e às políticas de riscos do Grupo, cuja responsabilidade (artigo 3 do Regulamento do Conselho) faz parte da função geral de supervisão do Conselho. - COMISSÃO DE AUDITORIA E COMPLIANCE O Regulamento do Conselho (artigo 15) estabelece que a Comissão de Auditoria e Compliance deve ser formada por conselheiros externos com representação de conselheiros independentes, sendo o seu presidente um conselheiro também independente. Atualmente, todos os seus integrantes são conselheiros externos independentes. As suas funções, detalhadas no Regulamento do Conselho (artigo 15), se ajustam ao proposto pelo Código Unificado nas questões relativas às comissões de auditoria e à função de auditoria interna. A Comissão também supervisiona as atividades de Compliance e de Combate à Lavagem de Dinheiro em capitais do Grupo, como descritas nas páginas 345 a 347 deste Relatório Anual. A Comissão de Auditoria e Compliance publicou um relatório das suas atividades durante o exercício, distribuído junto com este Relatório Anual. - COMISSÃO DE NOMEAÇÕES E REMUNERAÇÕES O Regulamento do Conselho (artigo 16) dispõe também que essa Comissão seja formada exclusivamente por conselheiros externos, sendo o seu presidente um conselheiro independente, como já o é. Atualmente, todos os seus membros são conselheiros externos independentes, menos um que é externo, não independente nem profissional. Durante o exercício 2007, nenhum dos membros da Comissão de Nomeações e Remunerações foi conselheiro executivo, membro do diretório ou funcionário do Banco, e nenhum conselheiro executivo ou membro do diretório do Banco fez parte do Conselho (nem da sua Comissão de remunerações) ou de sociedades que tenham contratado membros da Comissão de Nomeações e Remunerações. O Regulamento do Conselho estabelece as funções desta Comissão incorporando as recomendações do Código Unificado. A Comissão de Nomeações e Remunerações publica desde 2004 um relatório de atividades. O relatório da política de remunerações dos conselheiros é publicado desde A Comissão de Nomeações e Remunerações publicou um relatório sobre suas atividades em 2007, distribuído junto com este Relatório Anual. 18. CONSELHO ASSESSOR INTERNACIONAL Regulado pelo artigo 17 do Regulamento do Conselho de Administração, o Conselho Assessor Internacional, constituído em 1997, colabora no desenho, desenvolvimento e no lançamento da estratégia do negócio global, aportando idéias e sugerindo oportunidades de negócios. Está integrado por personalidades espanholas e estrangeiras, não pertencentes ao Conselho de Administração. Com a incorporação de Rodrigo Rato em 2008, o Conselho Assessor Internacional está formado por nove membros de seis nacionalidades. Presidente Antonino Fernández, ex-presidente do Grupo Modelo do México Membros: Bernard de Combret, presidente da Total Trading Genebra, Suíça Carlos Fernández González, presidente e diretor-geral do Grupo Modelo do México Santiago Foncillas, ex-presidente do Grupo Dragados Richard N. Gardner, ex-embaixador dos Estados Unidos na Espanha Francisco Pinto Balsemâo, ex-primeiro ministro de Portugal George Mathewson, ex-presidente do Royal Bank of Scotland William J. McDonough, ex-presidente do Federal Reserve de Nova Iorque Rodrigo Rato, ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Secretário: Ignacio Benjumea 55

56 Durante 2007, o Conselho Assessor Internacional realizou duas reuniões, em que seus membros levaram a sua visão sobre aspectos relevantes das atividades do Grupo Santander, da economia espanhola e seus principais desafios, das reformas e avanços da União Européia sob a presidência portuguesa, e da situação econômica nos Estados Unidos e no Reino Unido. 19.ASSISTÊNCIA ÀS REUNIÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DAS SUAS COMISSÕES EM 2007 A média de participação nas reuniões do Conselho no exercício 2007 foi de 90,2%, com uma média por pessoa e por sessão como detalhado na seguinte tabela. Conselheiros Conselho Comissões Decisórias Informativas Tecnologia, Produtividade e Qualidade Delegada de Riscos Auditoria e Compliance Nomeações e Remunerações Executiva Internacional Média de participação: 90,2% 90,5% 87,1% 86,2% 87,3% 81,3% 87,5% Participação individual: Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos 13/13 49/ /2 2/2 Fernando de Asúa Álvarez 13/13 49/55 93/98 11/13 10/11 1/2 --- Alfredo Sáenz Abad 13/13 50/ /2 2/2 Matías Rodríguez Inciarte 13/13 54/55 94/ Manuel Soto Serrano 13/ /13 11/11 2/2 --- Assicurazioni Generali S.p.A. (1) 3/ Antonio Basagoiti García-Tuñón 13/13 55/55 87/ /2 --- Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O Shea (2) 13/13 46/ /2 1/2 Javier Botín-Sanz de Sautuola y O Shea 13/ Lord Burns (Terence) 10/ Guillermo de la Dehesa Romero 13/13 51/ / /2 Rodrigo Echenique Gordillo 13/13 48/55 71/ / /2 Antonio Escámez Torres 13/13 54/55 82/ /2 2/2 Francisco Luzón López 13/13 42/ /2 Abel Matutes Juan 13/ / /2 Mutua Madrileña Automovilista (3) 8/ Luis Ángel Rojo Duque 7/ /13 8/ Luis Alberto Salazar-Simpson Bos 13/ / /2 --- Isabel Tocino Biscarolasaga (4) 11/ Nota: o denominador é referido ao número de sessões realizadas durante o período do ano em que foi conselheiro ou membro da Comissão correspondente. (1) Representada no Conselho do Banco por Antoine Bernheim. (2) Membro da Comissão de Tecnologia, Produtividade e Qualidade desde 23 de abril de (3) Representada no Conselho do Banco por Luis Rodríguez Durón. Mutua Madrileña cessou sua função de conselheiro em 19 de dezembro de (4) Nomeada Conselheira por cooptação do Conselho na sua reunião de 26 de março de 2007, assumiu na sessão de 23 de abril de A sua nomeação foi ratificada pela Assembléia Geral Ordinária de acionistas realizada em 23 de junho de

57 3. OS DIREITOS DOS ACIONISTAS E A ASSEMBLÉIA GERAL QUÓRUM NAS ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIAS 1. O PRINCÍPIO ESSENCIAL: UMA AÇÃO, UM VOTO, UM DIVIDENDO AUSÊNCIA DE BLINDAGENS DE ESTATUTO Os estatutos do Banco Santander prevêem uma única categoria de ações (ordinárias), que outorgam a todos os seus titulares direitos idênticos. Não existem ações sem voto ou com voto plural, nem privilégios na distribuição dos dividendos, nem limitações ao número de votos que pode emitir um mesmo acionista, nem quórum, nem maiorias distintas das estabelecidas legalmente. Todas as pessoas podem ser eleitas para o cargo de conselheiro, apenas sujeitas às limitações legalmente estabelecidas. 56% 54% 52% 50% 48% 16% 44% 42% 40% 46,873% ,681% 49,204% 46,017% 54,358% INCENTIVO À PARTICIPAÇÃO LEIGA DOS ACIONISTAS NA ASSEMBLÉIA Nos últimos anos, o Banco tem se empenhado para facilitar a participação leiga dos acionistas nas Assembléias. Foram tomadas as seguintes medidas: - Pode participar das Assembléias todo aquele que seja proprietário ao menos de uma única ação. - Não existe um sistema de bloqueio de ações para identificar as pessoas que participem nas Assembléias. O único requisito é ter o nome inscrito na lista de participantes cinco dias antes da reunião. - É permitido participar pela Internet e votar pelo correio, pessoalmente ou por comunicação eletrônica. - A convocação para a Assembléia será feita com uma antecedência mínima de 30 dias. - Publicação na página web do Grupo, a partir da data em que a convocação for anunciada, de toda a informação relevante, incluindo as propostas dos acordos que serão submetidos à Assembléia. - Convocação da Assembléia por acionistas que representem no mínimo 5% do capital do Banco, permitindo-lhes solicitar que seja publicado um complemento de convocação que deverá ser igualmente acessível na página web do Banco, incluindo um ou mais itens da ordem do dia. - Votação separada dos assuntos, como nomeação dos conselheiros e de artigos independentes, no caso de modificações dos estatutos ou do Regulamento da Assembléia. - Fracionar o voto dos intermediários financeiros. - Delegar funções a qualquer pessoa, seja ou não acionista. - Presença de um tabelião para redigir a ata da Assembléia. O quórum nas Assembléias Gerais Ordinárias evoluiu favoravelmente de 46,873%, registrado na Assembléia de 2003, para 54,358% na última Assembléia Geral Ordinária, considerando que o número de acionistas do Banco passou de pouco mais de um milhão, no final de 2003, para mais de 2,2 milhões no fechamento de Na defesa dos direitos dos acionistas, o Banco também procura resolver as possíveis situações de conflito de interesse que possam surgir ao delegar votos, definindo nos próprios cartões de delegação os mecanismos precisos de funcionamento. 3. INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO AOS ACIONISTAS Na Assembléia Geral Ordinária de 2007, o presidente enviou uma carta a todos os acionistas, convidando-os a formular sugestões que gostariam de discutir nas reuniões. Foram recebidas 617 cartas e s, e todos foram devidamente respondidos. O exercício do direito legal de informação está estabelecido no artigo 26 dos estatutos sociais e nos artigos 7 e 18 do Regulamento da Assembléia Geral de acionistas. Os acionistas podem comunicar-se com o Banco por carta ou , e pelo telefone de atendimento ao acionista. O Regulamento do Conselho estipula que haverá um departamento para administrar o intercâmbio de informações regulares com os investidores institucionais acionistas da sociedade. O Banco toma os cuidados necessários para que, em nenhum caso, o relacionamento entre o Conselho e os acionistas institucionais permita que sejam reveladas informações que possam proporcionar uma situação de privilégio ou de vantagens com relação aos demais acionistas. Durante 2007, houve 511 reuniões com investidores e foi mantido um relacionamento permanente com analistas e agências de qualificação de risco. No mês de setembro, foi realizado o primeiro Investors Day do Grupo, coincidindo com o 150º aniversário do Banco, em que foram analisadas as perspectivas, as tendências e a visão estratégica e financeira do Santander nas suas principais unidades de negócio. Participaram do Investors Day mais de 200 pessoas. O esforço pela transparência teve uma boa acolhida por parte dos investidores e dos analistas, como comprova a positiva reação dos relatórios posteriores ao evento e o favorável comportamento relativo da ação do Santander, comparada com o setor financeiro desde a realização do Investors Day e até o fechamento do exercício

58 A área de Acionistas é a responsável pelo relacionamento com mais de 2,2 milhões de acionistas do Banco no mundo inteiro. Prepara os programas globais de fidelização e é responsável pela implantação de produtos e serviços exclusivos para os acionistas. Os canais de comunicação com os acionistas são: As linhas de atendimento a clientes na Espanha, no Reino Unido e no México, que funcionam como um Contact Center Proativo, inovador no setor financeiro. Este ano foram atendidas consultas. A caixa postal do acionista é um canal cada vez mais utilizado para informar as notícias do Grupo aos seus acionistas. Neste ano, foram recebidos s de acionistas. Desde a sua implantação, no terceiro trimestre de 2006, já foram respondidos mais de s. No fórum do acionista são realizadas reuniões periódicas para divulgar informações sobre o Grupo e as suas perspectivas, e atender a todo tipo de consultas e sugestões recebidas. Neste ano, foram realizados 87 fóruns na Espanha, no Reino Unido, na França, na Suíça e no México, com a participação de acionistas. Também foram atendidas solicitações dos nossos acionistas, que receberam respostas individualizadas da área. A partir de 2008, os acionistas poderão acessar o serviço de informações pelo celular. Cumprindo com as recomendações da CNMV (Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários) sobre reuniões com analistas e investidores, as convocações para as reuniões e a documentação a ser utilizada nas mesmas são publicadas antecipadamente. 4. ASSEMBLÉIAS GERAIS REALIZADAS EM 2007 Dados sobre convocação, constituição, participação, delegação e voto. ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE 23 DE JUNHO DE 2007 O anúncio da convocação da Assembléia Geral Ordinária de 2007 foi publicado em 11 de maio, com 43 dias de antecedência à sua realização. Entre acionistas presentes e representados, houve um total de participantes, com de ações, um quórum de 54,358% do capital social do Banco. Os membros do Conselho de Administração presentes tinham de ações próprias e de ações representadas, equivalentes a 29,824% do capital do Banco. A porcentagem de votos para aprovação das propostas enviadas pelo Conselho foi de 98,567%. Entre os acordos adotados estão algumas modificações dos estatutos Sociais e do Regulamento da Assembléia, para esclarecer o funcionamento das recomendações do Código Unificado. Os seguintes dados detalham as porcentagens com relação ao Banco: Dados de participação Assembléia de Presentes 1,867% (1) Representados 35,813% (2) Voto à distância 16,677% (3) Total 54,358% (1) Da porcentagem indicada (1,867%), 0,00017% corresponde à porcentagem do capital que participou pela Internet. (2) A porcentagem do capital com procuração pela Internet foi de 0,006%. (3) Da porcentagem mencionada (16,677%), 16,672% corresponde aos votos pelo correio e 0,005% aos votos pela Internet. ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 27 DE JULHO DE 2007 O anúncio da convocação da Assembléia Geral Extraordinária foi publicado em 25 de junho de 2007, com 32 dias de antecedência à sua realização. Participaram, entre presentes e representados, um total de acionistas com ações, alcançando um quórum de 46,762% do capital social do Banco. Os membros do Conselho de Administração presentes participaram com de ações próprias e de ações representadas, ou 30,031% do capital social do Banco. Nessa Assembléia, convocada para decidir sobre a operação de aquisição do ABN AMRO, foram aprovadas, com uma média de 96,427% de votos, as medidas propostas pelo Conselho para o financiamento parcial. Os seguintes dados detalham as porcentagens com relação ao Banco: Dados de participação na Assembléia de Presentes 0,650% (1) Representados 31,712% (2) Voto à distância 14,400% (3) Total 46,762% (1) Da porcentagem indicada (0,650%), 0,00012% corresponde à porcentagem de capital que participou pela Internet. (2) A porcentagem de capital com procuração pela Internet foi de 0,011%. (3) Da porcentagem indicada (14,400%), 14,397% corresponde aos votos pelo correio e 0,004% aos votos pela Internet. * * * Acordos adotados nas Assembléias realizadas em 2007 O texto completo dos acordos adotados nas Assembléias de 2007, resumidos abaixo, pode ser consultado na página web do Grupo ou na página da CNMV. 58

59 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE 23 DE JUNHO DE 2007 Votos Acordos Favoráveis Contra Abstenção Em branco 1. Revisão e aprovação das contas anuais (balanço, conta lucros e perdas, modificações no patrimônio líquido, fluxos de caixa e relatório), e da gestão social do Banco Santander Central Hispano S.A. e do seu Grupo consolidado, referido ao exercício de Aplicação dos resultados do exercício Conselho de Administração: ratificação e reeleição dos administradores: A) Ratificação da nomeação de Isabel Tocino Biscarolasaga. B) Reeleição da Assicurazioni Generali S.p.A. C) Reeleição de Antonio Basagoiti García-Tuñón. D) Reeleição de Antonio Escámez Torres. E) Reeleição de Francisco Luzón López. 4. Reeleição do Auditor das Contas para o exercício Autorização para que o Banco e as suas sociedades filiais possam adquirir ações próprias, conforme disposto no artigo 75 e na primeira disposição adicional da Lei de Sociedades Anônimas, deixando sem efeito a parcela ainda não utilizada,concedida pela Assembléia Geral Ordinária de Acionistas de 17 de junho de Estatutos sociais: modificação do primeiro parágrafo do artigo 1 (denominação social), do artigo 28 (faculdades da Assembléia Geral), do parágrafo segundo do artigo 36 (realização das reuniões do Conselho de Administração), do último parágrafo do artigo 37 (faculdades do Conselho de Administração) e do primeiro parágrafo do artigo 40 (Comissão de Auditoria e Compliance). A) Modificação do primeiro parágrafo do artigo 1. B) Modificação do artigo 28. C) Modificação do segundo parágrafo do artigo 36. D) Modificação do último parágrafo do artigo 37. E) Modificação do primeiro parágrafo do artigo Regulamento da Assembléia Geral de Acionistas: modificação do preâmbulo do artigo 2 (faculdades da Assembléia Geral), do artigo 21 (votação das propostas de acordos) e do item 1 do atual artigo 22 (adoção de acordos) e incorporação de um novo artigo 22 (fracionamento do voto), substituindo a numeração dos atuais artigos 22 e seguintes: A) Modificação do Preâmbulo. B) Modificação do artigo 2. C) Modificação do artigo 21 e correlativa modificação do item 1 do atual artigo 22. D) Adição de um novo artigo 22 e substituição da numeração dos atuais artigos 22 e seguintes. 8. Delegar ao Conselho de Administração a faculdade de executar o acordo a ser adotado pela própria Assembléia de aumento de capital social, como estabelecido no artigo a) da Lei de Sociedades Anônimas. 9. Delegar ao Conselho de Administração a faculdade de emitir títulos de renda fixa não conversíveis em ações. 10. Autorização de entrega gratuita de 100 ações Santander a cada um dos funcionários das sociedades do Grupo que cumpram os requisitos estabelecidos no acordo adotado pela Assembléia, autorizando também essa entrega aos Conselheiros executivos e aos diretores-gerais do Banco que também cumpram esses requisitos. 98,679% 0,026% 0,008% 1,287% 99,060% 0,017% 0,007% 0,916% 98,448% 0,591% 0,032% 0,929% 97,207% 1,696% 0,035% 1,062% 98,271% 0,606% 0,035% 1,087% 98,383% 0,574% 0,033% 1,009% 98,230% 0,622% 0,033% 1,115% 98,769% 0,280% 0,009% 0,942% 98,832% 0,223% 0,009% 0,936% 98,763% 0,068% 0,018% 1,151% 98,773% 0,053% 0,018% 1,156% 98,774% 0,050% 0,019% 1,157% 98,769% 0,055% 0,019% 1,157% 98,759% 0,068% 0,018% 1,155% 98,785% 0,046% 0,019% 1,150% 98,778% 0,048% 0,019% 1,155% 98,780% 0,047% 0,019% 1,154% 98,766% 0,061% 0,019% 1,153% 97,920% 0,878% 0,009% 1,193% 98,566% 0,486% 0,010% 0,938% 98,339% 0,419% 0,034% 1,208% 59

60 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA DE 23 DE JUNHO DE 2007 (CONTINUAÇÃO) Acordos Favoráveis Contra Abstenção Em branco Votos 11. Modificação do plano de incentivos a executivos do Abbey por meio da entrega de ações Santander, aprovado pela Assembléia Geral Ordinária de Acionistas de 17 de junho de 2006, e vinculado ao cumprimento dos objetivos de receitas e lucros na mencionada entidade britânica. 12. Aprovação da política de incentivos a longo prazo, estabelecida pelo Conselho de Administração, e de vários programas de entrega de ações Santander para serem executados pelo Banco e sociedades do Grupo Santander, vinculados a determinados requisitos de permanência ou à evolução do retorno total para os acionistas e ao lucro por ação do Banco. 13. Autorização ao Conselho de Administração para interpretar, modificar, complementar, executar e desenvolver os acordos adotados pela Assembléia, substituir as faculdades outorgadas pela Assembléia e conceder faculdades para transformar tais acordos em instrumentos públicos. 98,483% 0,376% 0,034% 1,106% 98,488% 0,367% 0,012% 1,133% 98,998% 0,060% 0,009% 0,933% ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DE 27 DE JUNHO DE 2007 Acordos Favoráveis Contra Abstenção Em branco Votos 1. Autorização ao Conselho de Administração para, conforme previsto no artigo b da Lei de Sociedades Anônimas, aumentar o capital em uma ou várias vezes, e em qualquer momento, no prazo de três anos, por meio de aportes em dinheiro e por um montante nominal máximo de ,5 euros, nos termos e condições convenientes, deixando sem efeito a autorização conferida pelo acordo Sétimo da Assembléia Geral Ordinária de Acionistas de 18 de junho de Autorização para excluir do direito de subscrição preferencial, conforme estabelecido no artigo da Lei de Sociedades Anônimas. 2. Emissão de obrigações, necessariamente conversíveis em ações do Banco Santander, por um montante de de euros. Previsão de subscrição incompleta e exclusão do direito de subscrição preferencial. Determinação das bases e modalidades da conversão e do aumento do capital social nos montantes necessários para cumprir os requerimentos da conversão. Delegação no Conselho de Administração da execução, da emissão e da fixação dos limites da mesma, em tudo o que não seja previsto pela Assembléia Geral. 3. Autorização ao Conselho de Administração para interpretar, modificar, complementar, executar e desenvolver os acordos adotados pela Assembléia, substituir as faculdades outorgadas pela Assembléia e conceder faculdades para transformar tais acordos em instrumentos públicos. 96,441% 1,168% 2,378% 0,012% 95,665% 1,820% 2,504% 0,012% 97,175% 0,334% 2,476% 0,015% 60

61 4. A DIRETORIA DO SANTANDER 1. COMPOSIÇÃO A gestão do Banco é feita pelo presidente e pelo CEO, por meio dos membros da Diretoria Geral. O presidente, o CEO e os membros da Diretoria Geral, abaixo citados, formam a diretoria do Banco, independentemente dos cargos ocupados no Conselho de Administração: Abbey América Antonio Horta Osorio Francisco Luzón López Marcial Portela Álvarez Jesús Mª Zabalza Lotina Auditoria Interna David Arce Torres GB&M Adolfo Lagos Espinosa Jorge Maortua Ruiz-López Gonzalo de las Heras Milla Private Banking Javier Marín Romano Banesto Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O Shea Comunicação, Marketing Corporativo e Pesquisa Juan Manuel Cendoya Méndez de Vigo Estratégia Juan Rodríguez Inciarte Gestão de Ativos Joan David Grimà Terré Financeira e Relações com os Investidores José Antonio Álvarez Álvarez Santander Consumer Finance Magda Salarich Fernández de Valderrama Santander Totta Nuno Manuel Da Silva Amado Secretaria Geral Ignacio Benjumea Cabeza de Vaca Juan Guitard Marín César Ortega Gómez Seguros Jorge Morán Sánchez Tecnologia e Operações José María Fuster Van Bendegem Fermín Colomés Graell 2. REMUNERAÇÕES As informações sobre remunerações da diretoria são detalhadas na Nota 5 do Relatório, nas páginas 208 a 217 deste Relatório Anual. 3. OPERAÇÕES VINCULADAS E SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSE - OPERAÇÕES VINCULADAS O Banco não tem conhecimento de que qualquer membro da diretoria não conselheiro, qualquer pessoa representada por um membro da diretoria não conselheiro, alguma sociedade nas quais sejam conselheiros ou membros da diretoria ou acionistas, nem pessoas a eles vinculadas, tenha realizado durante o exercício 2007, e até a data de publicação deste relatório, transações fora do habitual ou relevantes com o Banco. - SITUAÇÕES DE CONFLITO DE INTERESSE Os mecanismos de controle e os órgãos designados para resolver esse tipo de situações estão descritos no código de conduta dos mercados de valores mobiliários, que pode ser consultado na página web do Grupo. Intervenção Geral e Controle de Gestão José Manuel Tejón Borrajo Recursos Humanos José Luis Gómez Alciturri Rede Santander Espanha Enrique García Candelas Riscos Matías Rodríguez Inciarte Javier Peralta de las Heras José María Espí Martínez 61

62 5. TRANSPARÊNCIA E INDEPENDÊNCIA 1. INFORMAÇÃO AOS MERCADOS - INFORMAÇÃO FINANCEIRA O Regulamento estabelece (artigo 34.2.) que o Conselho adote as medidas necessárias para garantir que as informações financeiras trimestrais, semestrais e outras colocadas à disposição dos mercados sejam elaboradas seguindo os mesmos princípios, critérios e práticas profissionais com que é realizada a apresentação das Contas Anuais. Para isso, a informação é revisada pela Comissão de Auditoria e Compliance antes de ser difundida. As contas anuais são informadas pela Comissão de Auditoria e Compliance, e certificadas pelo Interventor Geral antes de ser preparadas pelo Conselho. - OUTRA INFORMAÇÃO RELEVANTE O código de conduta dos mercados de valores mobiliários estipula que a Diretoria de Compliance é quem deve informar à CNMV as informações geradas pelo Grupo. Essa comunicação será sempre simultânea à difusão de informação ao mercado, ou aos meios de comunicação, e acontecerá imediatamente após as decisões, ou a execução do acordo em questão. A difusão da informação será verdadeira, clara, completa, eqüitativa, no prazo e, sempre que for possível, com dados de montantes. Durante o exercício 2007, o Banco publicou 119 informações relevantes, que podem ser consultadas na página web do Grupo e na página da CNMV. 2. RELAÇÕES COM O AUDITOR - INDEPENDÊNCIA DO AUDITOR A Assembléia de 23 de junho de 2007 reelegeu por um ano a Deloitte S.L. como auditor das contas com o voto favorável de 98,8% do capital presente e representado. O Conselho encomendou a função de zelar pela independência do auditor das contas à Comissão de Auditoria e Compliance, que administra o relacionamento do Conselho com o auditor. O Banco dispõe de mecanismos estabelecidos no Regulamento do Conselho (artigo 35) para preservar a independência do auditor das contas, como as abstenções do Conselho de contratar empresas de auditoria com honorários superiores a 2% das receitas totais do último exercício. O Regulamento do Conselho limita a contratação com a empresa auditora de outros serviços que não os de auditoria, que possam colocar em risco a sua independência. A Comissão de Auditoria e Compliance aprova outros serviços prestados ao Grupo pelo auditor das contas, e que em 2007 foram principalmente relacionados com processos de títulos, assessoria fiscal e elaboração de pesquisas financeiras. O Regulamento obriga o Conselho a informar publicamente os honorários globais pagos pela sociedade ao auditor das contas pelos serviços que não os de auditoria. As páginas 163 e 280 deste Relatório Anual têm informação detalhada sobre as remunerações pagas ao auditor das contas, por trabalhos de auditoria e outros serviços, e a relação comparativa entre remunerações por ambos os conceitos e indicação das porcentagens que essas remunerações supõem sobre o total dos honorários faturados pelo auditor. O Regulamento define os mecanismos utilizados para evitar ressalvas nas auditorias das contas. Se o Conselho considerar que deve manter o seu critério, o presidente da Comissão de Auditoria e Compliance deverá explicar o conteúdo e o alcance da discrepância, e o auditor das contas também deve informar suas considerações a esse respeito. As contas anuais do Banco e do Grupo consolidado do exercício 2007 não têm ressalvas. 3. OPERAÇÕES INTERNAS DO GRUPO Durante o exercício 2007, não houve operações internas do grupo que tenham afetado o processo de consolidação e que não sejam parte dos negócios habituais da sociedade, ou das sociedades do Grupo em objeto e condições. Com o acordo da Comissão Executiva de 11 de junho de 2007, o Banco Santander comprou do Banesto 51% do capital da sociedade Ingeniería de Software Bancario, S.L. (ISBAN), operação relatada na Informação Pública Periódica remitida pela entidade à CNMV, em 3 de agosto de O valor da compra foi 39,7 milhões de euros, determinado em uma estimativa de valor razoável feita por um terceiro não pertencente ao Grupo. 62

63 4. PÁGINA WEB A página web corporativa do Grupo ( divulga desde 2004, no item Informações aos acionistas e aos investidores, todas as informações requeridas pelo artigo 117 da Lei do Mercado de Valores Mobiliários, Lei 26/2003, e pelo Decreto CO/3722/2003, como estabelecido em acordo adotado pelo Conselho na reunião de 23 de janeiro de Nessa página podem ser consultados: - Os estatutos sociais - O Regulamento da Assembléia Geral - O Regulamento do Conselho - Os perfis profissionais e outras informações dos conselheiros, como proposto na recomendação 28 do Código Unificado - O Relatório Anual - O Relatório Anual de Governança Corporativa - O código de conduta dos mercados de valores mobiliários - O código geral de conduta - O Relatório de Sustentabilidade - Os Relatórios das Comissões de Auditoria e Compliance, e de Nomeações e Remunerações - O acordo de relacionamento Santander-Banesto estabelecido em aplicação da recomendação 2 do Código Unificado A web corporativa tem uma seção específica para investidores institucionais e outra para acionistas. Pode ser acessada em espanhol, inglês e português. Durante 2007, os usuários tiveram acesso a cerca de 14 mil textos e 5 mil novos documentos incluídos esse ano na web. A partir da data da sua publicação, poderá ser consultada a informação relativa à convocação da Assembléia Geral Ordinária de 2008, que incluirá as propostas de acordos e os mecanismos para o exercício dos direitos de informação, de delegação e de voto. 6. CÓDIGO UNIFICADO DE BOA GOVERNANÇA Em 2007, o Banco Santander fez uma adaptação do Código Unificado de Boa Governança, aprovado pela CNMV em 22 de maio de 2006, baseando-se no princípio de auto-regulação. O Conselho verificou que uma elevada porcentagem das recomendações do Código Unificado já era cumprida pelo Banco. Algumas delas não refletiam explicitamente nos estatutos sociais nem nos Regulamentos da Assembléia Geral e do Conselho de Administração, porém faziam parte das práticas de governança corporativa do Banco. Foram então incorporadas formalmente nesse processo de adaptação ao Código Unificado, gerando grande parte das modificações introduzidas. Atualmente, o Banco Santander segue a grande maioria das recomendações do Código Unificado, exceto sete do total de 58 que não assumem integralmente, identificadas continuação, com a justificativa da posição do Conselho. 1.- NÚMERO DE MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Embora o número atual de Conselheiros, 19, supere o limite máximo de 15 propostos pela recomendação 9, o Conselho considera que a sua dimensão se ajusta ao tamanho, complexidade e diversificação geográfica do Grupo. O Conselho estima que o seu regime de funcionamento, na totalidade e nas comissões delegadas e de supervisão, assessoria, relatórios e propostas, garante a sua eficácia e a devida participação dos seus membros. 2.- COMISSÃO EXECUTIVA A Comissão Executiva é um órgão colegiado decisório, portanto o Conselho considera adequado cumprir o critério de eficiência contemplado no artigo do Regulamento do Conselho. Assim, incorporou cinco conselheiros executivos nessa Comissão, além dos conselheiros externos e os independentes, procurando que essa composição seja reflexo das pautas do Conselho. O Conselho considera equilibrada a composição da Comissão Executiva, porém numericamente a porcentagem dos Conselheiros independentes (40%) é inferior à do Conselho (47%), descumprindo a recomendação de CONSELHEIROS INDEPENDENTES O Conselho considera que a unidade é essencial na hora de determinar a sua composição. Todos os conselheiros devem agir em interesse da sociedade e dos seus acionistas, e compartilham responsabilidades nas decisões do Conselho. A independência deve ser de critérios, praticada por todos os conselheiros e estar baseada na solvência, integridade, reputação e profissionalismo de cada um deles. 63

64 O Conselho estima que seria contra os seus princípios dar tratamento diferenciado aos conselheiros, com relação aos outros. Por isso, não considera adequado que as propostas apresentadas pela Comissão de Nomeações e Remunerações ao Conselho para nomear por cooptação novos conselheiros independentes ou propor à Assembléia a nomeação ou reeleição de conselheiros independentes tenham caráter vinculante, recomendação 27. Isso seria questionar uma competência que corresponde ao Conselho. O Conselho de Administração pretende respeitar o prazo estatutário para o qual os conselheiros independentes foram nomeados, salvo quando houver justa causa, apreciada pelo Conselho e baseada em relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, não cumprimento dos deveres do cargo ou quando incorrerem em alguma circunstância que lhes privasse de independência. Nesse caso, a decisão do Conselho de não assumir a recomendação 31 será baseada no fato de possíveis razões de interesse social que motivem uma proposta à Assembléia de cessar funções. O Conselho também não considera conveniente assumir a recomendação 29, de que o mandato dos Conselheiros independentes se limite ao prazo máximo de 12 anos, pois isso levaria a prescindir de conselheiros cuja permanência seja de interesse social pela sua qualificação, contribuição e experiência. Para finalizar, o Conselho não considera oportuno assumir parte da recomendação 17 que aconselha outorgar a um conselheiro independente a faculdade de solicitar a convocação ou a inclusão de assuntos na ordem do dia do Conselho, ou gerir a avaliação do presidente, pois isso seria contrário ao princípio de unidade do Conselho e de ausência de neutralidade. O Regulamento prevê que o presidente convoque o Conselho à petição de ao menos três conselheiros, e que todo conselheiro possa propor a inclusão de novos itens na ordem do dia, artigo e SUBMETER À VOTAÇÃO CONSULTIVA DA ASSEMBLÉIA O RELATÓRIO SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÕES DO CONSELHO (RECOMENDAÇÃO 40) O Conselho considera que, em matéria de remunerações, como é a sua política habitual, é obrigatória transparência máxima com os acionistas e o mercado em geral. O Conselho não quer estabelecer esta recomendação, por entender que afetaria a necessária precisão e clareza na divisão de competências entre o Conselho e a Assembléia, provocando situações de insegurança jurídicas não desejáveis, por não estar previsto nem regulado nas normas legais espanholas a votação consultiva em Assembléia Geral, nem os efeitos de um eventual resultado negativo. O relatório sobre a política de remunerações dos Conselheiros é apresentado à Assembléia Geral com fins informativos. 64

65 RELATÓRIO ANUAL 2007 INFORMAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA Relatório Financeiro Consolidado 66 Relatório segmentado Segmentos principais ou áreas geográficas Segmentos secundários ou por negócios 110

66 RELATÓRIO ANUAL 2007 INFORMAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA RESUMO DO EXERCÍCIO 2007 A atividade do Grupo Santander foi desenvolvida em um cenário de forte crescimento mundial (+5,2%), em um ano encerrado com incertezas devido à instabilidade dos mercados financeiros, aos altos preços da energia e aos esforços da economia dos Estados Unidos para moderar o crescimento da economia global. Nesse contexto, a vitalidade das economias emergentes permitiu manter um crescimento superior a 4%, neutralizando o enfraquecimento das economias mais desenvolvidas, especialmente a dos Estados Unidos. Os Estados Unidos finalizaram o quarto trimestre com um crescimento do PIB de 0,6%, reduzindo para 2,2% a sua taxa anual. O cenário financeiro e imobiliário desfavorável e o elevado preço da energia sugerem que a desaceleração continuará. Para neutralizar essa situação, o Federal Reserve reduziu fortemente as taxas de juros no segundo semestre de 2007 (ficaram em 4,25%, comparadas com 5,25% em 2006), e em 2008 (2,25% em março), em conjunto com o anúncio do governo de um pacote de medidas de incentivos fiscais. Apesar de uma inflação elevada, a tendência da atividade permite esperar que o Federal Reserve faça novas reduções nas taxas de juros. A América Latina ficou à margem da crise dos mercados graças a uma sólida posição financeira e externa, aos altos preços das commodities, aos seus vínculos com as economias asiáticas e a vitalidade da sua demanda interna. Manteve um crescimento do PIB ligeiramente superior a 5%. O retorno da inflação, que reduz a margem de manobra das políticas monetárias e a desaceleração das economias desenvolvidas podem reduzir o crescimento da região em 2008, mas ficando em níveis superiores a 4%. As três grandes economias tiveram forte aumento da atividade. Apenas o México cresceu menos, 3%, por influência da situação nos Estados Unidos, fato que foi neutralizado pela sólida e crescente demanda interna. A aceleração do Brasil e do Chile, com aumentos superiores a 5%, elevou as tensões inflacionárias, particularmente no Chile, fazendo com que o Banco Central aumentasse a taxa oficial de juros para 6%. A taxa de câmbio permaneceu estável. A zona do euro teve um importante crescimento no ano (2,7%), reduzindo o ritmo no quarto trimestre para 2,3%. A sua situação econômica é mais resistente às turbulências financeiras do que os Estados Unidos devido à maior solidez financeira do seu setor privado. A inflação aumentou para 3,1%, ultrapassando a meta de 2% e limitando a margem de manobra do Banco Central Europeu, que manteve a taxa de juros oficial em 4% desde a metade de Nesse contexto, o euro continuou forte (1 euro =1,47 US$). Na Espanha, o PIB manteve um forte crescimento de 3,8%, com um último trimestre menor, 3,5%. A solidez da demanda interna continua sendo o principal suporte dentro de uma tendência de desaceleração, bom nível de investimento na construção civil e pequena retração do setor exterior. A inflação aumentou no final do exercício com uma taxa superior a 4%. O Reino Unido elevou o PIB em 3,1%, acima do seu potencial, devido a um último trimestre mais moderado (2,9%). As reduções na taxa de juros oficial do Banco da Inglaterra em dezembro e janeiro, para 5,25%, tentam neutralizar essa tendência. Uma inflação superior à meta de 2% pode limitar a margem de manobra da política monetária. Nesse contexto, a libra esterlina perdeu força, desvalorizando-se 8% comparada ao euro, ficando a relação 1 euro = 0,73 libra esterlina. A evolução do dólar, da libra esterlina e do restante das moedas com que opera o Santander teve um leve impacto negativo nas receitas e nos custos do Grupo (aproximadamente 2-3 pontos percentuais). No balanço, o impacto negativo foi de cerca de 5 p.p. Nesse cenário mais complexo que em exercícios anteriores, o Grupo Santander teve um comportamento melhor que os bancos da concorrência em quatro itens: por volume de lucros, pois está entre os cinco primeiros do mundo; pelo forte incremento do lucro por ação, muito superior à média dos seus concorrentes; pelo retorno oferecido aos seus acionistas em 2007, o segundo maior do grupo de 20 entidades concorrentes, em planos de incentivos em longo prazo; do ponto de vista estratégico, pelo sucesso da operação de aquisição do ABN AMRO em parceria com o The Royal Bank of Scotland e o Fortis. Essa operação se encaixa perfeitamente na estratégia do Grupo. Somos o único banco internacional com presença destacada em um país BRIC (os de maior potencial de desenvolvimento nos próximos anos), e há uma grande oportunidade para aumentar os lucros nos próximos anos. A sua aquisição foi realizada da maneira mais eficiente para os acionistas, sem o aumento do capital inicialmente previsto. A evolução dos resultados em 2007 mostra novamente a efetividade do modelo de negócio do Grupo, que se adapta aos diferentes mercados para alcançar sólidos aumentos de receitas, margens e lucros locais e globais. O foco nos clientes e no negócio 66

67 comercial, o potencial da carteira de negócios do Santander e o esforço contínuo de melhoria na eficiência comercial e operacional são alguns dos pilares que explicam essa evolução. A eles soma-se a excelente posição de capital do Grupo, a boa comparação em índices de inadimplência e cobertura em relação a padrões internacionais, a menor exposição a complexos produtos estruturados, sem impacto nos resultados e a vantagem competitiva que, em um cenário de tensões de liquidez, gera um balanço estruturalmente líquido, favorecido pelo nosso caráter de Grupo comercial. Os aspectos fundamentais da evolução financeira do Grupo em 2007 foram: Novo recorde nos lucros: o Grupo Santander obteve um lucro atribuído de 9,06 bilhões de euros, 19,3% superior ao de Sem incluir plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias, em nenhum exercício (950 milhões em 2007 e 1,01 bilhão em 2006), o lucro atribuído foi de 8 bilhões, com um aumento de 23,2%. Nestes 8 bilhões estão incluídos 60 milhões de euros gerados nos negócios adquiridos do ABN AMRO. Forte crescimento do lucro por ação: o lucro por ação (LPA) foi 1,43 euro, ou 1,28 euro sem plusvalías com um crescimento de 17,5% e 21,4%, respectivamente. No cálculo do LPA de 2007 foi incluído o número total de ações em que obrigatoriamente serão convertidos os títulos do Santander nos prazos em que foram emitidos. O dividendo por ação sobre o lucro do exercício, proposto pelo Conselho de Administração à Assembléia Geral de Acionistas, é de 0, euro. Este dividendo representa um aumento de 25% pelo terceiro ano consecutivo, mantendo um pagamento de cerca de 50% do lucro antes das plusvalías e das baixas contábeis extraordinárias, equivalente a uma rentabilidade de 4,7% sobre o preço médio da ação em Conta de resultados: solidez, recorrência e qualidade. O aumento do lucro baseia-se em um forte aumento das receitas (+21,3%), apoiado nas margens financeiras, comissões e seguros, que em conjunto representam mais de 80% do aumento total das receitas. A recorrência reflete a sólida tendência trimestral ao longo dos três últimos exercícios. Os custos aumentaram 10,5%, valor equivalente a 50% das receitas, gerando uma diferença entre o aumento das receitas e dos custos superior a 10 pontos percentuais, com uma taxa de eficiência de 44,2%, melhorando 4,4 p.p.no ano. As provisões líquidas para créditos aumentaram 40,6%. Eliminando o efeito da compra da financeira Drive, o aumento é de 24,2%, consistente com a estratégia de crescimento do Grupo e modificações no mix de algumas unidades. O aumento na margem operacional líquida de provisões foi de aproximadamente 30% (alinhado com o aumento de 32,3% da margem operacional bruta). Todas as áreas apresentam notáveis aumentos de resultados. Na Europa, o lucro sem plusvalías foi de 5,624 bilhões de euros (68% originado nas áreas operacionais), e na América Latina de 2,666 bilhões de euros (32%). Nova melhoria da rentabilidade bruta, comparada com 2006, nos fundos próprios (ROE, retorno sobre os investimentos: 19,6%; +1,1 p.p.) e nos ativos de risco (RoRWA, retorno sobre ativos ponderados pelo risco: 1,76%; +16 pontos básicos). Boa qualidade do risco: o índice de inadimplência é de 0,95%, com leve aumento nos últimos trimestres, e a cobertura está em 151%, favorecida pelos 6,027 bilhões de fundos genéricos. Sólidos índices de capital: o índice BIS é de 12,66% e o de capital básico é 6,25%. Esta solvência apóia-se em três pilares: a capacidade de gerar lucros ordinários, a gestão ativa dos nossos negócios e a contínua otimização do nosso balanço. Novas melhorias no rating do Grupo: as agências de qualificação de risco Standard & Poor s e Fitch Ratings melhoraram a classificação do Grupo em Em março de 2007, o S& Poor s melhorou novamente o rating a longo prazo de A+ para AA, e em abril o Moody s melhorou de AA para Aa1, mantendo o índice de fortaleza financeira. AGÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO Longo Curto Fortaleza prazo prazo financeira Perspectiva Standard & Poor s AA A1+ Estável Fitch Ratings AA F1+ A/B Estável Moody s Aa1 P1 B Estável DBRS AA R1(alto) Estável Na análise detalhada por negócios, temos em primeiro lugar o nível principal de segmentação ou geográfico composto por três áreas operacionais (Europa Continental, Reino Unido e América Latina), mais Gestão Financeira e Participações. As três grandes áreas geográficas que abrangem a totalidade dos negócios do Grupo tiveram favorável evolução em 2007: a Europa Continental manteve solidez e diversificação dos resultados; o Abbey atingiu os objetivos estabelecidos para o exercício no seu plano de três anos; e a América Latina manteve os ritmos de crescimento da atividade e resultados, principalmente no negócio com clientes. A Europa Continental gera 53% do lucro atribuído das áreas operacionais do Grupo. Apresenta um crescimento das receitas de 19,9%, muito superior aos custos, e um aumento das provisões alinhadas com o aumento das receitas. Tudo isso eleva a margem operacional em 24,2%, e o lucro atribuído em 27,4%, alcançando 4,423 bilhões de euros. Esse resultado baseia-se no crescimento de todas as unidades do Banco Comercial (Rede Santander, Banesto, Santander Consumer Finance e Portugal) e na boa evolução das áreas globais. 67

68 No Reino Unido, o Abbey alcançou seu objetivo de receitas e de custos para o ano, e obteve um lucro atribuído de 1,201 bilhão de euros. As receitas em libras esterlinas aumentaram 6,7%, em razão do cenário mais difícil que o previsto, e de uma nova redução nos custos de 2,9%, melhorando a sua eficiência em cinco pontos percentuais no ano, aumentando a margem operacional e o lucro em cerca de 20%. O lucro do Abbey representa 15% do total das áreas operacionais. Três alavancagens básicas explicam o crescimento do lucro. A primeira, um maior foco na rentabilidade que no volume, traduzido na melhoria generalizada dos spreads. A segunda é a elevada qualidade dos investimentos em créditos, das hipotecas prime do mercado e a redução dos saldos menos rentáveis do negócio de empréstimos pessoais, reduzindo os níveis de provisões. A terceira é a implantação do Partenón, que melhora a visão global do cliente e fortalece a oferta de produtos aos clientes de varejo. O lucro atribuído na América Latina aumentou 16,6%, alcançando 2,666 bilhões de euros (32% do total das áreas operacionais do Grupo). A região teve um crescimento importante em 2007 e desenvolve um consistente processo de bancarização. A estratégia do Grupo continua focada no desenvolvimento da Rede Comercial e no aumento da vinculação dos clientes, principalmente pessoas físicas e pequenas e médias empresas. O resultado foi um forte impulso na atividade, com créditos e recursos crescendo cerca de 20% em moeda local, e um aumento das receitas bem superior aos custos, que cresceram em função dos planos de expansão comercial de cada país. Essa combinação permitiu aumentar em 37,1% a margem operacional absorver as maiores provisões derivadas do crescimento da atividade e das mudanças no mix do negócio. Em dólares, a moeda de gestão, o lucro atribuído alcançou 3,648 bilhões, com um aumento de 27,3%. No nível por negócios destacam-se o varejo, GB&M e a Gestão de Ativos e Seguros, com um valor equivalente ao das três áreas operacionais geográficas do nível principal. Todas elas tiveram evolução favorável, nos seus diferentes cenários: O varejo representa 86% do total das receitas das áreas operacionais e 80% do resultado bruto, com um crescimento comparado ao de 2006 de 20,5% em receita, de 32,1% na margem operacional e de 26,5% no resultado bruto. Boa evolução de todas as subdivisões geográficas: a Europa Continental aumenta o seu resultado bruto em 20,1%, o Comercial Abbey em 31,6% e a América Latina em 37,2% (valores em euros), alavancados pelo crescimento dos clientes vinculados, o aumento dos volumes, a boa gestão das margens e o controle seletivo dos custos. O GB&M obteve um resultado bruto de 1,83 bilhão de euro (16% das áreas operacionais), com aumento de 28,4% comparado ao de Esse aumento é resultado do crescimento das receitas de clientes (+24%) e de menores necessidades de provisões genéricas. Houve uma diminuição nas posições próprias devido à piora na evolução dos mercados no segundo semestre. A Gestão de Ativos e Seguros obteve um resultado bruto de 537 milhões de euros, 4% das áreas operacionais, com crescimento de 13,5% na margem operacional, e de 13,7% no resultado bruto (comparado com 2006 e incorporados os resultados das administradoras de fundos de pensão vendidos em 2007 pela política de operações interrompidas). Esses índices refletem o bom desempenho dos seguros e do negócio dos fundos de pensão na Europa, e uma piora nos resultados dos fundos de investimento, principalmente na Espanha, em função dos benefícios fiscais e financeiros de outros produtos alternativos de poupança. Esta área gera uma pequena parte das receitas do Grupo, o principal resultado vem do saldo líquido entre receitas brutas, deduzido dos custos pagos às redes pela comercialização desses produtos, conforme acordos previamente estabelecidos. Considerando o total das receitas do Grupo nos produtos geridos pela área, o valor é de 3,64 bilhões de euros (13% do total das receitas das áreas operacionais), com um aumento de 13% comparado ao de A evolução do Grupo e das áreas de negócio em 2007 é prova da capacidade do Santander de manter a sua linha de crescimento dos resultados em um cenário complexo para o sistema bancário e os mercados financeiros. A análise do quadro dos negócios do Grupo permite ver o esforço realizado para aumentar as receitas e melhorar a eficiência em todas as áreas, potencializando a atividade com os clientes e os negócios em todas as regiões onde está presente,reforçando a solvência do balanço e melhorando a rentabilidade dos ativos e fundos próprios. Esses esforços para crescer são compatíveis com uma gestão ativa para gerar maiores resultados futuros: continua-se investindo nas redes comerciais (foram abertos cerca de 500 novos pontosde-venda e mais de caixas eletrônicos) e na captação e vinculação de clientes. O Abbey está recebendo um impulso importante para torná-lo um banco comercial com um maior leque de produtos, foi aprofundada a globalização do Grupo e foram adquiridos os ativos do ABN AMRO, aumentando o potencial de crescimento. 68

69 RESULTADOS DO GRUPO SANTANDER O lucro atribuído do Grupo Santander no exercício de 2007 foi de 9,06 bilhões de euros, ultrapassando em 1,464 bilhão o lucro de 7,596 bilhões do ano 2006, e 19,3% superior a esse mesmo ano. Sem considerar a incorporação em ambos os exercícios, plusvalías e baixas contábeis extraordinárias (950 milhões em 2007 e 1,014 bilhão de euros em 2006), o lucro atribuído aumentou 23,2%, alcançando 8,111 bilhões de euros. Esse montante reflete a melhoria na capacidade de gerar resultados do Grupo, que deve ser considerada como ponto de partida para os próximos anos. Nos resultados de 2007 está incluído o impacto líquido da incorporação do ABN AMRO, a partir da sua compra (17 de outubro de 2007) de 60 milhões de euros, composto pelo impacto positivo de 141 milhões do lucro do Banco Real, menos o custo líquido de financiamento de 81 milhões (para um custo de 13 bilhões), sem incorporar os lucros da operação do Antonveneta. As plusvalías de 2,348 bilhões de euros são resultado da venda parcial de imóveis na Espanha pelo valor de 1,076 bilhão, dos negócios dos fundos de pensão na América Latina (622 milhões), de 1,79% do Intesa Sanpaolo (566 milhões) e de 5,87% do Banco Português do Investimento (84 milhões). Desse montante, 1,398 bilhão líquido foi destinado à realização de várias baixas contábeis e provisões extraordinárias: 737 milhões para o ajuste da valorização da participação no Sovereign, 351 milhões para baixas contábeis de ativos intangíveis (gerados na aquisição de folhas de pagamento no Brasil), 242 milhões para provisões especiais de programas de aposentadoria e 68 milhões para baixas contábeis em Portugal. RESULTADOS Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Margem financeira (sem dividendos) , Rendimento de instrumentos de capital ,3 336 Margem financeira , Resultados por equivalência ,4 619 Comissões líquidas , Atividades de seguros ,2 201 Margem comercial , Resultados líquidos de operações financeiras , Margem ordinária , Serviços não financeiros ,9 156 Despesas não financeiras (78) (70) (8) 11,7 (91) Outros resultados da exploração comercial (119) (119) (0) 0,0 (89) Custos da exploração comercial (12.208) (11.045) (1.162) 10,5 (10.288) Despesas gerais de administração (10.940) (9.899) (1.041) 10,5 (9.274) Com pessoal (6.510) (5.926) (584) 9,9 (5.555) Outras despesas gerais de administração (4.430) (3.973) (457) 11,5 (3.719) Amortizações (1.268) (1.147) (121) 10,6 (1.014) Margem operacional , Perdas líquidas por deterioração de ativos (3.549) (2.551) (998) 39,1 (1.802) Créditos (3.470) (2.467) (1.002) 40,6 (1.615) Fundo de comércio (14) (13) (2) 13,1 Outros ativos (65) (70) 6 (8,3) (187) Outros resultados (383) (45) (337) (265) Resultado bruto , Impostos sobre as sociedades (2.392) (1.947) (444) 22,8 (1.287) Resultado da atividade ordinária , Resultado das operações interrompidas (líquido) (357) (76,1) 331 Resultado bruto consolidado do exercício , Resultado atribuído aos minoritários (41) (7,4) 530 Lucro bruto atribuído ao Grupo , Plusvalías sem baixas contábeis (64) (6,3) Lucro atribuído ao Grupo , Pró-Memória: Média dos ativos totais , Média dos recursos próprios ,

70 De acordo com os critérios estabelecidos pelas normas contábeis NIIF Normas Internacionais de Informação Financeira, os resultados obtidos nos negócios de fundos de pensão na América Latina, vendidos em 2007 e consolidados por integração global, foram eliminados das diferentes rubricas da conta e incluídos líquidos na linha das operações interrompidas. As contas dos exercícios anteriores foram modificadas seguindo o mesmo critério, no Grupo e nas áreas afetadas. Dessa maneira, é possível controlar melhor a gestão dos negócios recorrentes do Grupo. Apresentamos a seguir uma comparação detalhada da evolução da conta de resultados, do seu lucro bruto sem as baixas contábeis extraordinárias, e incorporando os resultados dos negócios vendidos nas operações interrompidas. As variações estão em euros, sendo afetadas negativamente, nas receitas e nos custos, pela evolução conjunta da média das taxas de câmbio das moedas latino-americanas, da libra esterlina e do dólar comparado ao euro. O impacto negativo é de 2/3 pontos porcentuais. A incorporação da financeira Drive dos Estados Unidos gerou um pequeno efeito positivo, que no lucro atribuído é de 1,6 ponto porcentual. O impacto líquido da incorporação do ABN é inferior a 1%. A margem financeira é de 15,295 bilhões de euros, 22,6% superior a A Rede Santander, o Banesto, o Brasil, México e Chile tiveram um elevado crescimento. O Abbey também teve bons resultados, com um aumento de 11%. O crescimento foi sólido e permanente, aumentou em todos os trimestres dos últimos três exercícios: sem dividendos e sem considerar o custo de financiamento do ABN no último trimestre de 2007 (cujas receitas não aparecem, pois entram no balanço por equivalência). POR TRIMESTRES Milhões de euros 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Margem financeira (sem dividendos) Rendimento de instrumentos de capital Margem financeira Resultados por equivalência Comissões líquidas Atividades de seguros Margem comercial Resultados líquidos das operações financeiras Margem ordinária Serviços não financeiros Despesas não financeiras (15) (17) (14) (24) (18) (22) (15) (23) Outros resultados de exploração comercial (21) (19) (24) (55) (34) (36) (42) (7) Custos da exploração comercial (2.713) (2.677) (2.754) (2.902) (2.915) (2.990) (3.084) (3.219) Despesas gerais de administração (2.434) (2.401) (2.470) (2.593) (2.609) (2.675) (2.749) (2.907) Com pessoal (1.464) (1.448) (1.469) (1.545) (1.530) (1.592) (1.639) (1.749) Outras despesas gerais de administração (970) (954) (1.001) (1.049) (1.079) (1.083) (1.110) (1.158) Amortizações (279) (275) (284) (308) (307) (315) (334) (312) Margem operacional Perdas líquidas por deterioração de ativos (512) (621) (710) (708) (683) (838) (898) (1.130) Créditos (501) (599) (692) (675) (670) (827) (890) (1.082) Fundo de comércio (5) (8) (14) Outros ativos (11) (17) (18) (25) (13) (11) (8) (33) Outros resultados (11) 24 (32) (26) (88) (134) (153) (7) Resultado bruto Imposto sobre as sociedades (421) (457) (630) (440) (567) (655) (580) (589) Resultado da atividade ordinária Resultado das operações interrompidas (líquido) Resultado bruto consolidado do exercício Resultado atribuído aos minoritários Beneficio bruto atribuído ao Grupo Plusvalías e baixas contábeis extraordinárias Lucro atribuído ao Grupo BPA sem plusvalías, em euros 0,2390 0,2757 0,2770 0,2617 0,2887 0,3323 0,3390 0,3189 BPA sem plusvalías diluído em euros 0,2380 0,2750 0,2753 0,2594 0,2874 0,3307 0,3375 0,

71 MARGEM FINANCEIRA (SEM DIVIDENDOS) Milhões de euros MARGEM COMERCIAL (SEM DIVIDENDOS) Milhões de euros T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 2T 07 3T 07 4T 07 1T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 2T 07 3T 07 4T 07 Sem considerar o efeito dos dividendos e o custo das ações e participações preferenciais, o crescimento da margem é muito similar (+23,3%) e está determinado, principalmente, pela expansão dos volumes e pela melhoria registrada nos diferenciais com clientes em algumas das nossas unidades principais. As comissões alcançaram o valor de 8,04 bilhões de euros e registraram um aumento de 14,5%, comparados com o ano passado. Na América Latina, houve um crescimento de 21,6%. Na Europa Continental, o aumento foi menor: +13,3%, influenciado pelo impacto nas comissões por serviços da Rede Santander, pela ampliação a novos grupos de pessoas do Plano "Queremos ser seu Banco" e pelo lançamento em Portugal da estratégia "Comissões Zero", cujo objetivo é aumentar a captação e vinculação de clientes. Os maiores crescimentos correspondem ao Santander Consumer Finance, GB&M, e o Banif. O Abbey teve receitas menores (-1,8%), em comissões por contas correntes (afetadas por aspectos regulatórios que causam impacto em todo o sistema financeiro britânico), mas foram praticamente compensadas por um leque maior de produtos e melhorias na venda cruzada. Por produtos, destacam-se os aumentos nas comissões por cartões (+28,5%), em valores mobiliários (+26,1%) e com seguros (+20,9%), sendo também positiva a evolução de garantias e outros passivos contingentes. Além das comissões por seguros, a atividade de seguros gera receitas de 319 milhões de euros, com um aumento de 26,2% comparado ao ano anterior. A América Latina teve um aumento de 42,6%. Os resultados por equivalência registram 441 milhões de euros, com aumento de 3,4%. Sem considerar o ABN AMRO, o valor fica em 300 milhões de euros, com uma redução de 29,7% pela menor contribuição da participação na Cepsa. Essa diminuição é parcialmente motivada pela alteração contábil, ocasionada pela reestruturação acionária na participação realizada em 2006, compensada pelos minoritários. Também é incluído um lucro de 43 milhões de euros pela participação no Sovereign Bancorp. A margem comercial alcançou 24,096 bilhões de euros, com um aumento de 19,4% comparado ao ano de Os resultados líquidos por operações financeiras alcançam 2,998 bilhões de euros, com um aumento de 39,5%, crescimento apoiado nos resultados de 2007, nas posições de câmbio euro/dólar e euro/libra esterlina, COMISSÕES LÍQUIDAS E ATIVIDADES DE SEGUROS Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Comissões por serviços , Cartões de crédito e débito ,5 620 Administração de contas ,0 545 Efeitos comerciais (6) (2,8) 218 Garantias e outros passivos contingentes ,8 253 Outras operações , Fundos de investimento e de pensão , Valores mobiliários e custódia ,1 637 Seguros ,9 924 Comissões líquidas , Atividades de seguros ,2 201 Comissões líquidas e atividades de seguros ,

72 GASTOS ADMINISTRATIVOS E AMORTIZAÇÕES Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Despesas com pessoal , Outras despesas gerais de administração , Tecnologia e sistemas ,9 418 Comunicações ,3 390 Publicidade ,9 387 Imóveis e instalações ,1 758 Impressos e material de escritório ,0 117 Tributos ,4 178 Outros , Despesas gerais de administração , Amortizações , Total de custos operacionais , Ao incorporar os resultados por operações financeiras, a margem ordinária aumentou para 27,095 bilhões de euros, com uma expansão de 21,3% comparada com Os custos operacionais aumentaram a metade das receitas, 10,5%, com bons resultados nas áreas comerciais e crescimento maior nos negócios globais, associado aos projetos de crescimento. Os custos na Europa Continental aumentaram 13,6%, e as redes comerciais registram aumentos em termos reais, absorvendo intensos processos de expansão comercial. A Rede Santander, Banesto e Portugal abriram 193 pontos-de-venda no ano, com pouco ou nenhum aumento nos custos reais. No Santander Consumer Finance, o aumento foi principalmente originado pela entrada em consolidação da financeira Drive em 2007 (com um impacto no Grupo de menos de 1 p.p. de crescimento de custos, e no Santander Consumer Finance de 12 p.p.) e pelo lançamento de projetos de crescimento, como os novos empreendimentos na França, Dinamarca e Rússia. O Abbey continua colhendo os resultados do seu processo de racionalização de custos, registrando uma diminuição de 3,2% em euros. Na América Latina, os custos aumentaram 10,8% (+15,0% sem o efeito das taxas de câmbio) e, como na Europa, o crescimento é derivado dos planos de expansão comercial e lançamento de novos produtos. No fechamento de 2007, tivemos 292 pontos-de-venda e caixas eletrônicos a mais que em Na Gestão Financeira e Participações, o aumento é justificado pela despesa em projetos corporativos, pelos investimentos em tecnologia e pela marca única e despesas derivadas da comemoração do 150º aniversário do Banco. A gestão de receitas e custos permitiu melhorar notavelmente a eficiência do Grupo. O índice ficou em 44,2%, 4,4 pontos porcentuais menos que em 2006, ano que já tínhamos melhorado mais de 4 pontos porcentuais. A melhora por áreas foi: 2,0 p.p. na Europa Continental; 5,0 p.p. no Abbey, e 5,2 p.p. na América Latina. MARGEM ORDINÁRIA E CUSTOS % variação ÍNDICE DE EFICIÊNCIA % +17,1 +9,7 p.p. +7,4 +21,3 +10,8 p.p. +10,5 52,9 48,6 44, M. Ordinária Custos Receitas Custos

73 PERDAS LÍQUIDAS POR DETERIORAÇÃO DE CRÉDITOS Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 De insolvências , De risco-país (100) (103) 3 (3,3) 88 Ativos recuperados (624) (553) (72) 12,9 (486) Total , Baseados nos dados anteriores, houve um aumento na margem operacional de 3,624 bilhões de euros (+32,3%), totalizando 14,842 bilhões de euros. Todas as áreas geográficas geraram crescimentos maiores que a margem operacional, com níveis próximos ou superiores a 20%. Trata-se de um crescimento sólido, recorrente e diversificado. As perdas líquidas por deterioração de ativos são de 3,549 bilhões de euros, com aumento de 39,1%. A maioria, 3,47 bilhões, corresponde a provisões líquidas para créditos, que aumentaram 40,6%, comparadas com Esse aumento é basicamente efeito das maiores provisões na América Latina (+760 milhões de euros), da entrada em consolidação da financeira Drive (+407 milhões), e das menores provisões genéricas do ano, comparadas com 2006 (-434 milhões), na sua maior parte pelo GB&M. A linha de outros resultados foi negativa em 2007 em 383 milhões de euros, comparados com 45 milhões também negativos do exercício anterior devido a maiores provisões para possíveis contingências, que melhoram a qualidade do balanço. O resultado bruto ficou em 10,91 bilhões de euros, com aumento de 26,5%. Devem ser mencionadas as operações interrompidas, que incluem 112 milhões em 2007, comparadas com 470 milhões de euros em Nessa linha está incluído o resultado líquido dos negócios vendidos em ambos os exercícios (em 2007, as administradoras de fundos de pensão na América Latina e em 2006 a operação de seguros do Abbey, a participação no Urbis e o Banco de Santa Cruz na Bolívia, e a AFP Unión Vida no Peru). Considerando impostos e minoritários, o lucro atribuído sem plusvalías e baixas contábeis de 2007 é de 8,111 bilhões de euros, com um aumento de 1,528 bilhão e 23,2% comparado com Sem considerar o aporte líquido do negócio ABN AMRO (60 milhões de euros), o crescimento é de 1,468 bilhão, um aumento de 22,3%. Para finalizar, com plusvalías e baixas contábeis extraordinárias o lucro atribuído para o exercício foi de 9,06 bilhões de euros. O lucro atribuído total por ação ficou em 1,43 euro, com um aumento de 17,5% comparado com O lucro bruto foi de 1,28 euro, com aumento de 21,4%. Nesse cálculo, conforme estabelecido pelas normas internacionais de contabilidade, estão incluídos o número total de ações que obrigatoriamente serão transformadas em títulos do Santander. A rentabilidade sobre fundos próprios para 2007 foi de 21,9%, comparada com 21,4% do ano anterior (lucros brutos de 19,6% e 18,5%, respectivamente). Houve uma melhoria anual na rentabilidade sobre os ativos (ROA) e sobre ativos ponderados pelo risco (RoRWA). No primeiro caso, evoluiu de 0,88% para 0,98%, e no segundo de 1,60% para 1,76% (ambos os valores são brutos sem baixas contábeis extraordinárias). MARGEM OPERACIONAL Milhões de euros LUCRO ATRIBUÍDO DO GRUPO* Milhões de euros T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 2T 07 3T 07 4T 07 1T 06 2T 06 3T 06 4T 06 1T 07 2T 07 3T 07 4T 07 (*) Lucro bruto, sem baixas contábeis extraordinárias. 73

74 BALANÇO Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Ativo Caixa e depósitos em bancos centrais , Carteira de negociação (11.622) (6,8) Valores representativos de dívida (10.406) (13,6) Créditos a clientes (6.879) (22,5) Outros instrumentos de capital (3.746) (27,8) Outros , Outros ativos financeiros com valor razoável , Créditos a clientes , Outros , Ativos financeiros disponíveis para a venda , Valores representativos de dívida , Instrumentos de capital , Investimentos em créditos , Depósitos em entidades de crédito (13.601) (30,0) Créditos a clientes , Outros , Participações , Ativos materiais e intangíveis (894) (7,1) Fundo de comércio (682) (4,7) Outras contas , Total do ativo , Passivo e patrimônio líquido Carteira de negociação (1.242) (1,0) Depósitos de clientes , Débitos representados por valores negociáveis (431) (2,5) Outros (12.231) (13,6) Outros passivos financeiros com valor razoável , Depósitos de clientes Débitos representados por valores negociáveis (1.859) (15,3) Outros Passivos financeiros com custo amortizado , Depósitos de bancos centrais e entidades de crédito , Depósitos de clientes , Débitos representados por valores negociáveis , Passivos subordinados , Outros passivos financeiros , Passivos por contratos de seguros , Provisões (2.656) (13,8) Outras contas do passivo , Capital com natureza de passivo financeiro (146) (21,8) Interesses minoritários , Ajustes no patrimônio por valorização (2.149) (74,8) Capital Reservas , Resultado atribuído ao Grupo , Menos: dividendos e remunerações (1.538) (1.337) (201) 15,0 (1.744) Total do passivo e do patrimônio líquido ,

75 CRÉDITOS A CLIENTES Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Crédito às Administrações Públicas , Crédito a outros setores residentes , Carteira comercial , Créditos com garantia real , Outros créditos , Crédito ao setor não residente , Créditos com garantia real , Outros créditos , Créditos a clientes (bruto) , Fundo de provisão para insolvências , Créditos a clientes (líquido) , Promemória: Ativos duvidosos , Administrações Públicas 1 18 (17) (95,5) 3 Outros setores residentes , Não residentes , BALANÇO DO GRUPO SANTANDER O total de fundos geridos pelo Grupo Santander ao final do exercício 2007 é de 1,06 trilhão de euros, com um aumento de 6,3% com relação a Desse valor, 86% (912,91 bilhões) são saldos no balanço, correspondendo o restante a fundos de investimentos, fundos de pensão e patrimônios administrados. Para interpretar corretamente a evolução dos fundos no exercício 2007, devem ser considerados dois impactos, ambos negativos. Um é o efeito nos recursos gerados pela venda das administradoras de fundos de pensão na América Latina e o outro, na taxa de câmbio, devido à desvalorização do dólar, da libra esterlina e das principais moedas latino-americanas (exceto o real) comparadas ao euro. A incidência de ambos os efeitos nas variações dos saldos com clientes foi de 4 p.p. negativos nos créditos e de 6 p.p., também negativos, nos recursos geridos. O investimento bruto em créditos do Grupo é de 574,17 bilhões de euros, com um aumento anual de 8% (+12% deduzido o efeito da taxa de câmbio). A tendência é de desaceleração nas taxas anuais, mantendo um crescimento suave, como demonstrado no gráfico abaixo. O crédito para as Administrações Públicas aumentou 6%, o crédito para outros setores residentes aumentou 14%, com a carteira comercial crescendo 6%, e a de garantias reais 11%. Houve uma desaceleração com relação às taxas do ano anterior e ao restante dos créditos de 20%. Esses aumentos refletem o bom comportamento dos saldos com pessoas físicas e pequenas e médias empresas. O crédito ao setor não residente aumentou 5%, sendo 4% nos créditos com garantias reais e 5% no restante dos créditos. Todos eles foram claramente afetados (em torno de 6 p.p.) pela evolução das taxas de câmbio. CRÉDITOS A CLIENTES (BRUTO) Bilhões de euros CRÉDITOS AOS CLIENTES (BRUTO) Dezembro % sobre áreas operacionais ,0%* América Latina 12% 443 Dez 05 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +11,8% Reino Unido (Abbey) 33% Europa Continental 55% 75

76 CRÉDITOS A OUTROS SETORES RESIDENTES Bilhões de euros CRÉDITOS A OUTROS SETORES RESIDENTES Dezembro % sobre o total ,8%* Outros créditos 38% 154 Garantia real 54% Dez 05 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Carteira comercial 8% O investimento em créditos, baseado na distribuição geográfica dos saldos (segmentos principais), teve um aumento de 14% na Europa Continental. Na Espanha, a Rede Santander aumentou 11% e o Banesto 21%, com as hipotecas em desaceleração e melhorias no negócio de crédito para pequenas e médias empresas e para o comércio. O Santander Consumer Finance aumentou os seus saldos em 16%. Na Europa, o avanço foi de 14%, com a nova produção crescendo moderadamente 6%, pela queda da demanda e o aumento do IVA (imposto sobre o valor agregado) na Alemanha. Em Portugal, os créditos cresceram 6%, afetados pela queda registrada nos saldos do Banco Corporativo, pois o financiamento às pessoas físicas aumentou 9% e o crédito às pequenas e médias empresas aumentou 21%. O Abbey teve uma diminuição nos seus saldos em euros de 3%, com forte impacto da taxa de câmbio (próximo aos 10 p.p.). Em libras esterlinas, as hipotecas que representam 97% da carteira de créditos tiveram um aumento de 9%. Os empréstimos pessoais (UPL unsecured personal loans empréstimos sem garantia), seguindo a estratégia do Grupo, diminuíram 24%. Na América Latina, o crescimento foi de 14% em euros. Na moeda local, o aumento foi de 20%, com taxas maiores no Brasil, no México (nos créditos com taxas de juros pós-fixadas) e no Chile. Também são importantes os aumentos da Argentina e da Venezuela. DETALHE DAS CONTAS A SEREM CLASSIFICADAS Saldo Ativos Saldo Ativos Milhões de euros (valor Ativos ponderados (valor Ativos ponderados nominal) equival. pelo risco nominal) equival. pelo risco Passivos contingentes: Garantias financeiras Garantias e outras cauções concedidas Créditos documentários irrevogáveis Derivados de crédito vendidos Outras garantias financeiras Ativos afetados a diversas obrigações Outros riscos contingentes Subtotal de passivos contingentes Compromissos contingentes: Disponíveis por terceiros Por entidades de crédito Pelo setor da Administração Pública Por outros setores Outros compromissos contingentes Subtotal de compromissos Total das contas a serem classificadas

77 GESTÃO DO RISCO NOS CRÉDITOS* Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Risco dos inadimplentes e duvidosos , Índice de inadimplência (%) 0,95 0,78 0,17 p. 0,89 Fundos constituídos , Específicos , Genéricos , Cobertura (%) 150,55 187,23 (36,68 p.) 182,02 Custo do crédito (%) ** 0,50 0,32 0,18 p. 0,22 Riscos de inadimplentes e duvidosos insolvências *** , Índice de inadimplência (%) *** 0,67 0,55 0,12 p. 0,64 Cobertura (%) *** 214,58 266,00 (51,42 p.) 252,28 (*).- Não inclui risco-país (**).- Provisão específica líquida/ risco computável (***).- Excluindo garantias hipotecarias Nota: Índice de inadimplência: Riscos de inadimplentes e duvidosos / risco computável O índice de cumprimento das obrigações contraídas é muito bom entre as pessoas físicas, em consumo e cartões, e também nas pequenas e médias empresas. No final do exercício, a Europa Continental representa 55% do investimento em crédito do Grupo, o Abbey 33% e a América Latina 12% (52%, 36% e 12%, respectivamente, em 2006). O Grupo tem outros riscos assumidos sem investimentos (garantias e créditos documentários), e compromissos e previsões contraídas no curso normal das operações. No quadro abaixo podem ser vistos, no seu valor nominal, o volume de risco equivalente e os seus valores, calculados de acordo com as normas que regulam as exigências de capital do índice BIS. Com relação à qualidade do risco, os inadimplentes e duvidosos no final do exercício somam 6,79 bilhões de euros. O total de fundos constituídos para insolvências era de 9,302 bilhões de euros em dezembro de 2007, dos quais 65% (6,027 bilhões) correspondiam a fundos genéricos, que aumentaram 360 milhões no exercício. A taxa de inadimplência do Grupo Santander é de 0,95%, 17 pontos básicos maior que em 2006 (+13 pontos básicos em termos similares, considerando a mudança de critério em Portugal), com uma cobertura de 151% (187% em 2006 ou 179% em termos similares). Esses valores superam a média dos padrões internacionais, pois os bancos europeus incluídos no nosso grupo de comparação têm o dobro de inadimplência e, praticamente, a metade da cobertura. TAXAS DE INADIMPLÊNCIA E COBERTURA % Dezembro Milhões de euros INADIMPLENTES E FUNDOS DE INSOLVÊNCIAS 0,89 0,78 0, p.b p.p Total Genérico Específico Inadimplência Cobertura Riscos de inadimplentes e duvidosos Fundos de insolvências 77

78 EVOLUÇÃO DE DEVEDORES EM MORA Milhões de euros Saldo no começo do exercício Entradas líquidas Falidos (3.320) (2.370) (1.511) Saldo no final do exercício Excluindo as garantias hipotecárias, o índice de inadimplência é de 0,67% e a cobertura 215%. Na Espanha, a taxa de inadimplência terminou 2007 em 0,63%, 10 pontos básicos acima de dezembro de A cobertura dos saldos duvidosos continuou muito elevada: 264%. O Santander Consumer Finance teve uma inadimplência de 2,84% em dezembro, com aumento de 27 pontos básicos no ano. A cobertura com provisões era de 96%, com redução de 18 pontos porcentuais em relação ao ano anterior. Em Portugal, a taxa de inadimplência era de 1,25%, e a cobertura de 117%. Com relação ao final de 2006, e com bases similares, a inadimplência não teve alterações, e a cobertura foi reduzida em 13 pontos porcentuais. No Reino Unido, o Abbey registrou uma inadimplência de 0,60%, idêntica à do fechamento de A cobertura foi de 66%, 20 pontos porcentuais inferior à do fechamento de 2006, devido ao menor peso da carteira de empréstimos pessoais sobre o total. Na América Latina, a taxa de inadimplência era de 1,87%, com aumento de 49 pontos básicos no ano, de acordo com a estratégia comentada de crescimento em segmentos de varejo em todos os países. A cobertura alcançou 134% dos saldos duvidosos, com uma diminuição de 33 pontos porcentuais. Mais informações sobre a evolução do risco de crédito, sistemas de controle e acompanhamento, ou modelos internos de riscos para o cálculo das provisões, poderão ser vistas no capítulo específico de Gestão do Risco deste Relatório Anual. No passivo, o total de recursos de clientes geridos, no fechamento do exercício 2007, alcançou 784,995 bilhões de euros, com um aumento anual de 6%. Podemos ver no balanço que os depósitos sem cessões temporais aumentam 3% com relação ao exercício anterior, os valores negociáveis aumentam 14%, e os passivos subordinados 17%. Os fundos de investimento tiveram uma leve queda e os fundos de pensão foram reduzidos em 59%. Os seguros de vida com capitalização e investimento tiveram um aumento de 41%. Todas essas porcentagens são afetadas pelo efeito das taxas de câmbio, venda das administradoras de fundos de pensão na América Latina e emissão de 7 bilhões de euros de títulos do RECURSOS DE CLIENTES GERIDOS Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Credores da Administração Pública (27) (0,2) Credores de outros setores residentes , À Vista (1.271) (2,3) À Prazo , Cessão temporal de ativos , Credores setor não residente , À Vista (2.162) (1,8) À Prazo , Cessão temporal de ativos , Administração pública , Depósitos a clientes , Débitos representados por valores negociáveis , Passivos subordinados , Recursos de clientes no balanço , Fundos de investimento (628) (0,5) Fundos de Pensão (17.498) (59,4) Patrimônios administrados , Seguros de vida com capitalização , Outros recursos de clientes geridos (13.522) (7,8) Recursos de clientes geridos , (*) Eliminado o impacto da venda das administradoras de fundos de pensão na América Latina, fundos de pensão: +4,9% e recursos de clientes geridos: +8,9% * * 78

79 RECURSOS DE CLIENTES GERIDOS Bilhões de euros RECURSOS DE CLIENTES GERIDOS Dezembro % referente às áreas operacionais ,9%* América Latina 20% Europa Continental 48% Dez 05 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +12,6% Nota: Nos trimestres anteriores, foi ajustado o impacto da venda das administradoras de fundos de pensão na América Latina Reino Unido (Abbey) 32% Santander, pagos com recursos de clientes, e incorporados como recursos próprios. Eliminando o efeito das taxas de câmbio, os fundos de pensão aumentaram 5% e o total de recursos de clientes geridos aumentou 13%. Pela distribuição geográfica dos saldos (segmentos principais), o conjunto dos recursos de clientes na Europa Continental aumentou 8%, com um crescimento de 17% dos recursos no balanço e uma queda de 7% nos outros recursos de clientes. Na Espanha, os depósitos da Rede Santander cresceram 12%, deduzido o efeito da emissão dos títulos Santander, e no Banesto o aumento com relação ao fechamento de 2006 foi de 18%, favorecido pelo aumento das aplicações a prazo fixo. Os fundos de investimento tiveram uma queda de 13%, influenciados pela preferência dos clientes pelas aplicações a prazo fixo e pela já mencionada emissão de títulos Santander. Entretanto, o Grupo mantém a posição de liderança nos fundos de investimento na Espanha com uma parcela em patrimônio de 22,6%. Na Espanha, os fundos de pensão tiveram um crescimento de 5%, com os planos individuais e conjuntos crescendo essa mesma porcentagem, e os empresariais 7%. A participação nos fundos individuais de pensão é de 15,4%. Em Portugal, os recursos de clientes cresceram 4% em 2007, como resultado da conciliação entre crescimento e defesa das margens. Houve um aumento nos recursos do balanço, reduzido pela queda dos fundos de investimento. Esse aumento moderado foi afetado pela redução dos saldos com grandes empresas. No Abbey, os depósitos de clientes sem cessões temporárias diminuíram 3% em euros, afetados pela taxa de câmbio. Em libras esterlinas, cresceram 6%, e os fundos de investimento 34%. A evolução dos recursos de clientes na América Latina (-1% em euros) foi condicionada pela evolução das taxas de câmbio e pela venda das administradoras de fundos de pensão. Sem considerar ambos os impactos, o total dos recursos de clientes na região aumentou 18%. Os depósitos sem cessões aumentaram a taxas de dois dígitos na Colômbia (+27%), no Brasil (+22%), na Argentina (+20%) e no Chile (+16%). No México, o aumento foi menor: 6% em função das menores necessidades de financiamento pela amortização da nota promissória Fobaproa. Nos fundos de investimento, o aumento conjunto da região foi de 29%, com crescimento de 41% na Colômbia, 36% no Brasil, PATRIMÔNIO FUNDOS DE INVESTIMENTO E SOCIEDADES DE INVESTIMENTO Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Espanha (10.280) (13,3) Portugal (342) (5,7) Reino Unido (Abbey) , América Latina , Total (628) (0,5)

80 PATRIMÔNIO DOS FUNDOS DE PENSÃO Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Espanha , Individuais , Associados ,8 224 Empresariais ,4 909 Portugal , América Latina (18.052) (100,0) Total (17.498) (59,4)* (*) Eliminado o impacto da venda das administradoras de fundos de pensão na América Latina: +4,9% 24% no México e Chile, e 10% na Argentina, todos sem o efeito das taxas de câmbio. No fechamento do exercício 2007, a Europa Continental contribuiu com 48% dos recursos de clientes, o Abbey com 32% e a América Latina com 20%. Essas porcentagens coincidem com as do fechamento de 2006: 47%, 32% e 21%, respectivamente. Dentro da estratégia global de financiamento, o Grupo Santander fez em 2007 emissões de cédulas hipotecárias no valor de 6,8 bilhões de euros, de dívida sênior no valor de 23,067 bilhões, e de dívida subordinada por 7,357 bilhões de euros. Foram feitas três emissões de participações preferenciais no total de 1,1 bilhão de euros. Durante 2007 houve vencimentos de emissões de dívida sênior de 14,557 bilhões de euros, de cédulas hipotecárias de 3,865 bilhões de euros, e de 1,95 bilhão de euros de dívida subordinada. O Grupo exerceu a opção de amortizar antecipadamente ações preferenciais no valor de 444 milhões de euros. 13,831 bilhões de euros, dos quais 1,773 bilhão correspondem à América Latina e 11,594 bilhões à Europa. Em 2007, o fundo de comércio diminuiu 682 milhões de euros pelo efeito da taxa de câmbio. Os recursos próprios do Grupo Santander, aplicando os critérios do Banco Internacional de Pagamentos da Basiléia (BIS), são 65,225 bilhões de euros, um aumento de 5,448 bilhões de euros, equivalente a 9% no exercício. O excedente sobre o mínimo exigido é de 24,021 bilhões de euros. Esses números comprovam a elevada solvência do Grupo. O índice BIS é de 12,66%, o Tier I de 7,71% e o de capital básico é 6,25%. Essa solvência é uma vantagem competitiva comparada com os bancos afetados pela perda de valor dos seus ativos, e baseia-se em três fatores: a gestão ativa dos nossos negócios, a otimização do balanço, permitindo usar de maneira mais eficiente o capital, e a capacidade de gerar lucros ordinários. Temos outras fontes adicionais de capital, como os lucros líquidos não realizados e as provisões genéricas. Os valores do fundo de comércio no balanço (das entidades consolidadas por integração global) alcançaram, no final de 2007, RECURSOS PRÓPRIOS COMPUTÁVEIS Milhões de euros ÍNDICES DE CAPITAL % Índice BIS Tier I Capital básico Índice BIS Tier I Capital básico 12,94 7,88 6,05 12,49 7,42 5,91 12,66 7,71 6,

81 PATRIMÔNIO LÍQUIDO E CAPITAL COM NATUREZA DE PASSIVO FINANCEIRO Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Capital subscrito Prêmios de emissão Reservas , Ações próprias em carteira (0) (127) 127 (99,8) (53) Fundos próprios no balanço , Lucro atribuído , Distribuição parcial de dividendos (1.538) (1.337) (201) 15,0 (1.163) Fundos próprios no final do período , Dividendos parciais ainda não distribuídos (2.532) (1.919) (613) 32,0 (1.442) Fundos próprios , Ajustes por valorização (2.149) (74,8) Juros dos minoritários , Capital com natureza de passivo financeiro (146) (21,8) Participações preferenciais em passivos subordinados , Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro , RECURSOS PRÓPRIOS COMPUTÁVEIS E ÍNDICE BIS Variação Milhões de euros Absoluta (%) 2005 Recursos próprios computáveis básicos , Recursos próprios computáveis complementares , Recursos próprios computáveis , Ativos ponderados pelo risco , Índice BIS 12,66 12,49 0,17 12,94 Tier I 7,71 7,42 0,29 7,88 Capital básico 6,25 5,91 0,34 6,05 Excedente de recursos próprios , TAXAS DE CÂMBIO: PARIDADE 1 EURO = OUTRAS MOEDAS Câmbio final Câmbio médio Câmbio final Câmbio médio Dólar USA 1,4721 1,3683 1,3170 1,2535 Libra esterlina 0,7334 0,6840 0,6715 0,6818 Reais 2,5963 2,6607 2,8118 2,7273 Novo peso mexicano 16, , , ,6552 Peso chileno 733, , , ,8583 Bolívar venezuelano 3.161, , , ,6451 Peso argentino 4,6684 4,2997 4,0679 3,8742 Peso colombiano 2.969, , , ,5990 Peso uruguaio 31, , , ,

82 DESCRIÇÃO DE SEGMENTOS Durante o exercício 2007, o Grupo Santander manteve os critérios gerais aplicados em 2006, com duas exceções: Foi ampliado o Modelo de Relacionamento Global com os Clientes, incluindo 121 novos clientes, principalmente da América Latina. Não houve mudanças nos segmentos geográficos, porém nos valores correspondentes ao Banco Comercial (de onde os clientes migraram) e no GB&M (onde foram incorporados). Foram realizados alguns ajustes nos resultados do Banco Comercial e da Gestão de Ativos e Seguros, por dois motivos: No Abbey, foi modificada a divisão das receitas entre o Banco Comercial e a Gestão de Ativos e Seguros, para adaptá-lo aos critérios corporativos do Grupo. Assim, houve um aumento no Banco Comercial e uma diminuição na Gestão de Ativos e Seguros, sem modificar o total do Abbey. O negócio gerado pelas corretoras de seguros do Grupo não aparecerá mais no Banco Comercial e sim na área de Seguros. Essa mudança na gestão se deve às recentes modificações nas normas e à busca da eficiência na distribuição. Nenhuma das mudanças anteriores é significativa para o Grupo, não altera os valores nem os principais segmentos geográficos. Os dados de 2006 foram refeitos incluindo as modificações nas áreas afetadas. Os resultados dos negócios - registrados conforme as normas contábeis NIIF (Normas Internacionais de Informação Financeira) - interrompidos em 2007: os fundos de pensão na América Latina, e, em 2006, os seguros de vida do Abbey, Urbis, pensões no Peru e Bolívia, que eram consolidados globalmente, agora constam com valores líquidos nas operações interrompidas. Isto facilita o acompanhamento da gestão dos negócios recorrentes do Grupo. Os estados financeiros de cada segmento de negócio são preparados com dados consolidados das unidades operacionais básicas do Grupo. As informações referem-se aos dados contábeis das unidades jurídicas de cada segmento e aos dos sistemas de informação de gestão, respeitando os princípios gerais utilizados pelo Grupo. De acordo com as NIIF, a estrutura das áreas de negócios operacionais se divide em dois níveis: Nível principal (ou geográfico): divide a atividade das unidades operacionais do Grupo por áreas geográficas. Essa visão coincide com o primeiro nível de gestão do Grupo e reflete o nosso posicionamento nas três áreas mundiais de influência monetária. Os segmentos são os seguintes: Europa Continental: incorpora todos os negócios do Banco Comercial (incluindo a instituição especializada de Private Banking, Banif), o GB&M e a gestão de ativos e seguros realizados na Europa, com exceção do Abbey. Considerando a particularidade de algumas das unidades aqui incluídas, foram mantidas as informações financeiras das mesmas: Rede Santander, Banesto, Santander Consumer Finance (inclui a Drive) e Portugal. Reino Unido (Abbey): inclui 100% do negócio do Abbey, focado principalmente no negócio bancário de varejo no Reino Unido. América Latina: inclui todas as atividades financeiras que o Grupo desenvolve por meio dos seus bancos e parceiros comerciais. Também inclui as unidades especializadas do Santander Private Banking, como uma unidade independente administrada globalmente, e o negócio de Nova Iorque. Pelo seu peso específico, as contas do Brasil, México e Chile estão separadas. Nível secundário (ou de negócios): divide a atividade das unidades operacionais por tipo de negócio desenvolvido. Os segmentos são os seguintes: Banco Comercial: são todos os negócios de banco de clientes (exceto os do Banco Corporativo, geridos pelo Modelo de Relacionamento Global). Em função do seu peso relativo, foram separadas as principais áreas geográficas (Europa Continental, Reino Unido - Abbey e América Latina) e os principais países. Neste negócio são incluídas as posições de cobertura de cada país, tomadas dentro do campo do Comitê de Gestão de Ativos e Passivos de cada um deles. GB&M: registra as receitas do negócio do Banco Corporativo Global, os procedentes do Banco de Investimento e Mercados no mundo, incluídas todas as tesourarias com gestão global, no conceito de trading e de distribuição aos clientes (sempre após a divisão que corresponda aos clientes do Banco Comercial), e as do negócio de renda variável. Gestão de Ativos e Seguros: inclui os aportes ao Grupo, resultado do desenho e gestão dos negócios dos fundos de investimento, das pensões e seguros das diversas unidades. Exceto no caso das sociedades gestoras de pensões na América Latina, que possuem distribuição própria, o Grupo utiliza e remunera, por acordos de divisão das receitas, as redes de distribuição pela comercialização desses produtos. O resultado desse negócio é o saldo líquido das receitas brutas menos os custos de distribuição. Além dos negócios operacionais descritos, cujo total por áreas geográficas e por negócios deveria refletir 100% dos mesmos, o Grupo mantém a área de Gestão Financeira e de Participações. Nela incorpora os negócios de gestão centralizada relativos às participações financeiras e industriais, a gestão financeira da posição estrutural no câmbio e do risco de interesses estruturais da matriz, a gestão da liquidez e dos recursos próprios, por meio de emissões e securitizações. Como holding do Grupo, administra o total do capital e das reservas, as verbas de capital e a liquidez do restante dos negócios. Como baixas contábeis, incorpora a amortização dos fundos de comércio e não contabiliza as despesas dos serviços centrais do Grupo, com exceção das despesas corporativas e institucionais relativas ao funcionamento do Grupo. 82

83 1. PRINCIPAIS SEGMENTOS OU ÁREAS GEOGRÁFICAS DADOS POR PRINCIPAIS SEGMENTOS Margem operacional Lucro atribuído ao Grupo Variação Variação Absoluta (%) Absoluta (%) Resultados (milhões de euros) Europa Continental , ,4 Integrada pela: Rede Santander , ,9 Banesto* , ,2 Santander Consumer Finance , ,1 Portugal* , ,8 Reino Unido (Abbey) , ,8 América Latina , ,6 Integrada pelo: Brasil , ,5 México , ,8 Chile , ,0 Áreas operacionais , ,6 Gestão financeira e participações* (665) (908) 243 (26,8) (180) (178) (1) 0,8 Total Grupo* , ,2 Lucro bruto e baixas contábeis extraord (64) (6,3) Total do Grupo , ,3 (*) Não inclui plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias. Eficiência ROE* Inadimplência Cobertura Índices (%) Europa Continental 38,76 40,79 21,31 20,41 0,90 0,73 188,08 244,91 Integrada pela: Rede Santander 38,72 40,95 22,71 21,29 0,65 0,57 248,11 295,80 Banesto 41,20 45,27 18,26 20,61 0,47 0,42 332,92 396,13 Santander Consumer Finance 29,64 34,65 34,12 35,60 2,84 2,57 95,69 114,10 Portugal 44,00 47,33 28,55 24,07 1,25 0,53 117,39 305,06 Reino Unido (Abbey) 50,08 55,10 32,26 32,79 0,60 0,60 65,84 85,88 América Latina 41,83 47,02 29,10 26,57 1,87 1,38 134,41 167,29 Integrada pelo: Brasil 39,58 46,42 28,45 28,42 2,74 2,38 101,46 102,78 México 37,71 44,02 26,48 23,08 1,20 0,64 192,25 279,19 Chile 39,22 41,53 43,81 32,15 2,11 1,59 118,45 152,62 Áreas operacionais 41,54 45,35 24,64 23,58 0,94 0,76 149,32 185,03 Total do Grupo* 44,22 48,56 19,61 18,54 0,95 0,78 150,55 187,23 (*).- Não inclui plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias. Incluindo-as, ROE 2007: 21,91%; ROE 2006: 21,39%. Funcionários Pontos-de-venda Sedes operacionais Europa Continental Integrada pela: Rede Santander Banesto Santander Consumer Finance Portugal Reino Unido (Abbey) América Latina* Integrada pelo: Brasil México Chile Áreas operacionais Gestão financeira e participações Total do Grupo (*).- Inclui agências tradicionais, postos de atendimento bancário (PABs) e postos de atendimento em empresas. 83

84 EUROPA CONTINENTAL Variação Milhões de euros Absoluta (%) Resultados Margem financeira ,2 Resultados por equivalência ,6 Comissões líquidas ,3 Atividades de seguros ,3 Margem comercial ,9 Resultados líquidos por operações financeiras (53) (7,5) Margem ordinária ,9 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados da exploração (9) (23,8) Custos da exploração (5.087) (4.479) (608) 13,6 Despesas gerais de administração (4.529) (3.957) (572) 14,4 Com funcionários (3.015) (2.685) (330) 12,3 Outras despesas gerais de administração (1.513) (1.272) (242) 19,0 Amortizações (559) (522) (37) 7,0 Margem operacional ,2 Perdas líquidas por deterioro de créditos (1.524) (1.312) (212) 16,2 Outros resultados 40 (31) 71 Resultado bruto ,9 Imposto sobre sociedades (1.773) (1.416) (357) 25,2 Resultado da atividade ordinária ,0 Resultado das operações interrompidas (líquido) 143 (143) (100,0) Resultado bruto consolidado do exercício ,0 Resultado atribuído aos minoritários (76) (41,7) Beneficio bruto atribuído ao Grupo ,4 Plusvalías, sem baixas contábeis extraordinárias (658) (97,6) Lucro atribuído ao Grupo ,1 Balanço Créditos a clientes* ,3 Carteira de negociação (sem créditos) ,6 Ativos financeiros disponíveis para a venda (2.978) (22,7) Instituições de crédito* (13.857) (20,7) Imobilizado ,9 Outras contas do ativo ,2 Total ativo / passivo e patrimônio líquido ,1 Depósitos de clientes* ,4 Débitos representados por valores negociáveis* ,7 Passivos subordinados ,7 Passivos por contratos de seguros ,6 Instituições de crédito* (22.991) (25,8) Outras contas do passivo ,0 Recursos próprios ,8 Outros recursos de clientes geridos (7.137) (6,6) Fundos de investimento (10.622) (12,7) Fundos de pensão ,9 Patrimônios administrados ,9 Seguros de vida com capitalização ,2 Recursos de clientes geridos ,2 (*).- Inclui o total dos saldos no balanço por esse conceito 84

85 EUROPA CONTINENTAL Aqui estão incluídas todas as atividades do Banco Comercial, GB&M, gestão de ativos e seguros realizados nesta área. O lucro atribuído de 2007 foi 4,439 bilhões de euros, incluindo 16 milhões de resultado extraordinário em Portugal (em 2006 foram incluídos 674 milhões de plusvalías pela venda da Urbis). Sem considerar plusvalías nem baixas contábeis extraordinários de nenhum exercício, o lucro atribuído foi de 4,423 bilhões (53% das áreas operacionais), com um aumento de 27,4%. Sem a Drive, incorporada nos resultados do Santander Consumer Finance em 2007, o aumento é de 24,3%. Esse aumento é devido ao crescimento das receitas comerciais e ao controle seletivo de custos. O diferencial entre receitas e custos fica em 6,3 p.p., e o índice de eficiência fica em 38,8%, após uma melhoria de 2 p.p. sobre Todas as grandes unidades melhoraram. O crescimento do lucro foi diversificado. As quatro grandes unidades comerciais tiveram aumentos de dois dígitos e o conjunto das áreas globais apresenta também uma importante taxa de crescimento, destacando-se a GB&M. A margem financeira de 7,894 bilhões e aumentou 27,2% (11 trimestres consecutivos crescendo) com a chegada da Drive, o aumento de volumes e a melhoria da margem com os clientes na Rede Santander e no Banesto. Destaca-se a Rede Santander, que aumentou a sua margem no trimestre (+5,0%) e prevê o crescimento anual de 21,7%, e o Banesto, que aumentou 3,5% no trimestre, 17,9% comparado a Portugal, em um cenário mais difícil, aumentou 8,8% no ano, e o Santander Consumer Finance aumentou 51,2%, apoiado pela Drive. As receitas por tarifas e seguros totalizaram 4,286 bilhões de euros, 13,1% de aumento. Destacam-se os aumentos de 37,0% no Santander Consumer Finance pelos esforços realizados nas vendas cruzadas, de 22,2% no Banif, de 9,2% na Gestão de Ativos e Seguros, e de 59,1% no GB&M pela maior atividade com clientes. Na Rede Santander, o comportamento foi quase inalterado, em função da ampliação do programa Queremos ser seu Banco e, em Portugal, pelo lançamento da estratégia Comissões Zero. MARGEM OPERACIONAL Milhões de euros EUROPA CONTINENTAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação2007 / 2006 % +19,9 +13,6 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 40,8 Os menores resultados por operações financeiras são basicamente resultado da diminuição das receitas por trading proprietário, que em 2006 tiveram um cenário mais positivo que em O total das receitas teve um crescimento de 19,9%, comparado favoravelmente com 13,6% nos custos, evolução que reflete um pequeno efeito periférico, despesas em projetos de desenvolvimento das áreas globais, o aumento do pontos-devenda (+204 no ano) e as relativas ao lançamento de novos empreendimentos em consumo. A margem operacional, de 7,78 bilhões, representa um aumento de 24,2%. As provisões líquidas para créditos aumentam 16,2%, com dois impactos destacados: a entrada da financeira Drive, sem consolidado em 2006, e que destinou 407 milhões para provisões em 2007, e as menores necessidades genéricas no GB&M (288 milhões menos que em 2006). Sem considerar esses efeitos, as provisões aumentaram a taxas de um dígito, menos que o aumento de saldos e receitas. A qualidade do crédito continua sendo boa, com uma inadimplência de 0,9% e uma cobertura de 188%. O resultado bruto aumentou 27,9%. Após dedução dos impostos, as operações interrompidas e os interesses dos minoritários, o lucro atribuído aumenta 27,4%. 38,8 M. Ordinária Custos Nos créditos houve um crescimento de 14%, com desaceleração com relação ao exercício anterior, basicamente ocasionada pelas hipotecas. Na captação, o conjunto de recursos de clientes aumentou 8%, afetado pela queda dos fundos de investimento e a saída de 7 bilhões de Valores Mobiliários Santander, contabilizados como fundos próprios. Eliminando esse efeito, os depósitos aumentaram 11%. INADIMPLÊNCIA EUROPA CONTINENTAL EUROPA CONTINENTAL % % COBERTURA , ,2% , p.b p.p ,4% Nota: Lucro bruto, sem baixas contábeis extraordinárias 85

86 EUROPA CONTINENTAL. PRINCIPAIS UNIDADES Rede Santander Santander Banesto Consumer Finance Portugal Milhões de euros 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%) Resultados Margem financeira , , , ,8 Resultados por equivalência ,2 Comissões líquidas , , ,0 364 (0,7) Atividades de seguros 53 25, ,6 Margem comercial , , , ,0 Resultados líquidos por operações financeiras 218 (4,4) ,3 7 (84,7) ,1 Margem ordinária , , , ,1 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados da exploração comercial 3 (69,2) 9 (13,0) 31 4,1 (8) (23,1) Custos da exploração (1.887) 7,0 (978) 4,4 (803) 22,6 (534) 2,4 Despesas gerais de administração (1.655) 8,1 (861) 5,0 (736) 24,2 (464) 1,4 Com funcionários (1.232) 6,6 (659) 6,0 (345) 27,1 (300) 2,2 Outras despesas gerais de administração (423) 12,6 (203) 1,8 (391) 21,8 (164) 0,1 Amortizações (232) (0,1) (117) 0,2 (67) 7,3 (70) 9,2 Margem operacional , , , ,8 Perdas líquidas por deterioração de créditos (343) 1,6 (233) 22,9 (842) 112,0 (21) (47,7) Outros resultados (11) 37,1 5 (79,5) ,4 (21) 184,6 Resultado bruto , , , ,6 Imposto sobre sociedades (703) 21,7 (329) 15,3 (314) 33,8 (118) 20,0 Resultado da atividade ordinária , , , ,8 Resultado das operações interrompidas (líquido) (100,0) Resultado bruto consolidado do exercício ,0 754 (0,4) , ,8 Resultado atribuído aos minoritários 1 86 (50,0) 18 95,7 1 11,3 Benefício bruto atribuído ao Grupo , , , ,8 Plusvalías sem baixas contábeis extraordinárias (100,0) 16 Lucro atribuído ao Grupo ,9 668 (46,9) , ,6 Balanço Créditos a clientes* , , , ,2 Carteira de negociação (sem créditos) (12,1) , ,7 Ativos financeiros disponíveis para a venda 9 201, (46,2) , ,3 Instituições de crédito* , (6,8) (46,7) (52,9) Imobilizado , , , ,9 Outras contas do ativo 646 (2,1) (3,2) , ,3 Total ativo / passivo e patrimônio líquido , , , (5,2) Depósitos de clientes* (2,7) , , ,9 Débitos representados por valores negociáveis* , , ,5 Passivos subordinados ,0 557 (3,7) 352 (4,9) Passivos por contratos de seguros (100,0) ,5 Instituições de crédito* , (22,4) (25,8) (26,3) Outras contas do passivo , (9,2) , ,7 Recursos próprios , , , (5,2) Outros recursos de clientes geridos (7,8) (16,5) , (3,6) Fundos de investimento (14,2) (18,3) , (5,7) Fundos de pensão , , , ,8 Patrimônios administrados 680 (32,3) 288 (23,5) Seguros de vida com capitalização , (7,2) (0,5) Recursos de clientes geridos (5,4) , , ,7 (*).- Inclui a totalidade dos saldos no balanço por esse conceito 86

87 REDE SANTANDER Em 2007, a Rede Santander manteve o seu modelo de crescimento rentável, compatibilizando aumento de atividade,resultados e investimentos na rede comercial com os clientes. Isso gerou um lucro de 1,806 bilhão de euros, 19,9% superior ao exercício anterior. Esse aumento é gerado pela recorrência das receitas (apoiado no contínuo aumento da margem de financeira), no controle dos custos (aumento devido principalmente aos investimentos realizados em programas de reforço da capacidade comercial) e pelo aumento moderado das provisões líquidas para créditos, em função da elevada qualidade do investimento em créditos. A análise dos resultados mostra o crescimento da margem financeira, que finalizou o ano com 2,876 bilhões de euros, 21,7% acima do resultado de 2006, com um aumento consecutivo trimestral durante os dois últimos exercícios. Essa evolução acontece pelo efeito conjunto de crescimento da atividade e uma eficiente gestão dos clientes, que passaram de 3,24%, em 2006, para 3,77%, em As receitas por tarifas e ROF dos clientes alcançaram 1,871 bilhão de euros, 2,9% superior a O aumento de 3,9% nas tarifas reflete a evolução baseada na estratégia "Queremos ser seu Banco". Houve uma diminuição de 4% nas tarifas por serviços e fundos de investimento pela desaceleração do mercado e um aumento nas tarifas de planos de previdência privada (+15%), valores mobiliários (+10%), seguros (+31%) e carteira comercial (+32%). O total das receitas é 4,747 bilhões de euros, 13,5% maior que em 2006, por segmentos e produtos. Entre os primeiros, os serviços a pessoas físicas geram 42% do total; o Private Banking, 13%; as pequenas e médias empresas e negócios, 29%; e as empresas e instituições, 16%. No detalhe por produtos, os créditos, depósitos e receitas por tarifas passaram a ter praticamente o mesmo peso. Em 2007, as receitas por créditos representam 29% (sendo apenas 9% originados das hipotecas), por depósitos, 28%, e as receitas por tarifas, 29%. O restante está dividido entre as tarifas por serviços, reduzidas em 50% dos valores de 2005, e o ROF dos clientes, que aumentam pela maior atividade desenvolvida. Nos custos, foi mantida a política de controle da Rede Santander. O crescimento do ano (+7%) é originado principalmente nos projetos incluídos no plano estratégico I09 (abertura de pontos-de-venda relançamento de meios de pagamento e consumo e o fortalecimento dos segmentos de empresas e de negócios de profissionais, autônomos e comércio). Apesar do aumento nos custos, o diferencial entre receitas e custos é de 6,5 p.p., melhorando em 2,3 p.p. o índice de eficiência que ultrapassa 40%, fechando o exercício em 38,7%. M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +13,5 REDE SANTANDER +7,0 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 41,0 38,7 M. Ordinária Custos A evolução das receitas e dos custos leva a margem operacional para 2,863 bilhões de euros, 17,9% maior que em O conjunto de provisões líquidas para créditos soma 343 milhões de euros, com um aumento no ano de apenas 1,6%. Nesse aumento incide a menor necessidade para as provisões genéricas em 2007, pelo menor crescimento dos volumes. A qualidade do crédito permite que as provisões genéricas continuem sendo o principal componente das previsões (somam 66%) e que as específicas, líquidas de recuperações de falências, representem apenas 0,09% do valor total do risco. Após as provisões, o resultado bruto é de 2,509 bilhões de euros, 20,4% acima de 2006, porcentagem que praticamente é mantida no lucro atribuído (1,806 milhão; +19,9%). A atividade comercial está alavancada na estratégia "Queremos ser seu Banco", ampliada para novos clientes em Os principais objetivos são a captação e vinculação de clientes e a melhoria na qualidade do serviço. Em ambos houve melhora. No item captação e vinculação, os aumentos do exercício superam os de O número de clientes beneficiados já é de cerca de 4 milhões, quase a metade do total da Rede Santander (mais de 8 milhões). Em janeiro de 2006, quando a estratégia foi lançada, o total de beneficiados era 2,4 milhões. Os segmentos de clientes para os quais foi ampliada a estratégia em 2007 são os seguintes: aumento de 13 mil TPVs ativos, 130 mil novos clientes imigrantes e 600 mil remessas realizadas ao exterior, mais de 50 mil novos estudantes universitários captados e a incorporação ao plano, para alcançar 500 ou mais ações de 160 mil acionistas. 87

88 A atividade comercial desenvolvida com essa base de clientes permitiu obter contratações nos produtos chave. Foram captados 360 mil clientes com as suas folhas de pagamento, 76 mil com hipotecas e 121 mil clientes com planos de pensões, números que refletem o esforço realizado para melhorar os índices de venda cruzada. Houve melhorias em outros produtos e serviços, como a emissão de mais de 800 mil cartões, a concessão de 250 mil novos créditos ao consumidor e mais de 200 mil seguros de vida e residenciais. Em saldos no balanço, o investimento em créditos aumentou 11%, desacelerando no ano, principalmente pelas hipotecas que aumentaram 10%. As pequenas e médias empresas e o comércio melhoraram os seus saldos em 18%. Tudo isso mantendo uma elevada qualidade do risco de crédito. O índice de inadimplência foi de 0,65%, com aumento de apenas oito pontos básicos no ano, que comparado com a tendência de ligeira alta do setor, foi um dos melhores da instituição. Adicionalmente, a cobertura foi de 248%. Na captação, a ação mais destacada do ano, prova da alta capacidade comercial da Rede Santander, foi a colocação entre mais de 125 mil investidores na emissão de Valores Mobiliários Santander. A emissão, no valor de 7 bilhões de euros, foi contabilizada no mês de outubro. Esse impacto não consta no passivo da unidade, que em função do seu caráter de fundos próprios são contabilizados na Gestão Financeira. Assim, os depósitos contabilizados no balanço da Rede diminuem 3%, se considerados os Valores Mobiliários Santander, o total dos recursos de clientes no balanço teria aumentado 12%. Os fundos de investimento seguem o ritmo de desaceleração do restante do mercado, os fundos de pensão aumentam 6% e o saldo dos seguros de capitalização com investimento já alcança 3,646 bilhões de euros, aumentando 200% no ano. O segundo objetivo básico da estratégia de clientes é a melhoria na qualidade do serviço. "Queremos ser seu Banco" é um aglutinador da melhoria geral da satisfação dos clientes. Aumentou a porcentagem de clientes satisfeitos para 94% do plano, e reduziu as reclamações de clientes a níveis mínimos nos últimos anos. A redução em 2007 supera 60%, somada à de REDE SANTANDER MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros REDE SANTANDER INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,9% ,57 0,65 +8 p.b p.p ,9% BANESTO O lucro atribuído de 2007 foi de 668 milhões de euros. Neste exercício não foram contabilizadas receitas extraordinárias, ao contrário de 2006, em que foram incluídos os lucros da venda da Urbis (o Banesto contabilizou 1,181 bilhão bruto) e uma provisão extraordinária para um plano de aposentadorias antecipadas (256 milhões de euros). Sem incluir os lucros nem as provisões extraordinárias de 2006, nem os resultados obtidos nesse exercício pela Urbis (contabilizados nas operações interrompidas), o resultado da atividade ordinária aumentou 24,2%. Esse crescimento está baseado em um avanço de 14,8% nas receitas e 23,7% na margem operacional. Os dados publicados foram modificados de acordo com os critérios indicados na página 82 deste Relatório, por isso não coincidem com os publicados pela Instituição. O elevado nível de atividade do Banesto em 2007 e uma gestão ativa do balanço e dos diferenciais foram essenciais para superar a forte concorrência e as tensões sofridas pelos mercados financeiros na segunda parte do ano. Isso gerou um crescimento do balanço e dos resultados, e permitiu atingir os objetivos públicos fixados para este exercício de participação de mercado, rentabilidade, eficiência e inadimplência. No presente exercício, o Banesto completou o seu Plano de Expansão da Rede iniciado em 2006, abrindo 300 novos pontosde-venda, que reforçarão a capacidade comercial da entidade. Durante 2007 foi aprofundado o modelo de negócio, caracterizado por um crescimento rentável, eficiente e diversificado, pelo rigoroso controle dos custos e uma excelente 88

89 qualidade do risco, e continuamos desenvolvendo os projetos estratégicos da entidade: Foi consolidado o plano de pequenas e médias empresas, comércios e profissionais autônomos, aumentando a participação das pequenas e médias empresas, compensando a desaceleração do mercado imobiliário. A Unidade de Consumo reúne os negócios de cartões, promotores de negócios e financiamento direto, e tornouse em apenas dois anos um importante centro inovador e impulsor das vendas cruzadas de produtos, na Rede de pontos-de-venda e nos novos canais de distribuição. BANESTO ORDINÁRIA E CUSTOS ÍNDICE DE EFICIÊNCIA % variação 2007 / 2006 % +14,8 45,3 +4,4 41,2 M. Ordinária Custos A estratégia para as pessoas físicas continua sendo oferecer maior valor. Por isso houve o lançamento de novos produtos em campanhas que, além de cobrir as necessidades de serviços financeiros, facilitem aos clientes na aquisição de bens de consumo de última geração em condições vantajosas. O Plano Menara, lançado em janeiro de 2007, para ser um plano de eficiência, tem três objetivos: otimizar os processos do negócio, maximizar a eficiência comercial e melhorar a qualidade do serviço. Já deu seus primeiros frutos: aumento nos volumes do negócio por funcionário e transferência de alguns deles para a atividade comercial. Uma análise da conta de resultados mostra que a margem financeira aumentou 1,455 bilhão de euros, 17,9% maior que a alcançada em Isso é prova da efetiva gestão do balanço, traduzida em crescimento contínuo e qualidade do negócio, especialmente em pequenas e médias empresas, junto com a gestão de preços e diferenciais. As receitas líquidas por tarifas e pela atividade de seguros alcançaram 678 milhões de euros, 7,9% superior ao ano anterior. As tarifas cobradas por serviços aumentaram para 513 milhões de euros (+7,3%) e evoluíram em qualidade, com maiores aumentos nas linhas de receitas derivadas das transações e da vinculação. As comissões dos fundos de investimento e pensões, apesar da diminuição dos saldos, foram de 192 milhões de euros, 1% mais do que em 2006, pelo aumento das comissões médias recebidas durante As tarifas cobradas pelo aumento da atividade subiram 6,8%. As receitas geradas pela atividade de seguros continuaram evoluindo, alcançando 53 milhões de euros, um avanço de 25,6% sobre Os resultados por operações financeiras aumentaram para 147 milhões de euros, com aumento de 18,3%. A distribuição de produtos de tesouraria a clientes foi o principal motor dessa linha. Como resultado, a margem ordinária alcançou 2,282 bilhões de euros, com uma melhoria de 14,8% comparada com o ano anterior. A disciplina de controle dos custos do Grupo teve um aumento de apenas 4,4%, cumprindo os objetivos de eficiência do plano de expansão da rede, iniciado em Esse aumento dos custos, bem inferior ao registrado pelas receitas, ratifica uma nova melhoria do índice de eficiência, que no fim de 2007 foi de 41,2%, comparado com 45,3% registrado no ano anterior. A margem operacional gerada foi de 1,312 bilhão de euros, com aumento de 23,7% comparada com BANESTO MARGEM OPERACIONAL RESULTADO AT. ORDINÁRIA* Milhões de euros Milhões de euros BANESTO INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,7% 754 0,42 0,47 +5 p.b p.p ,2%* (*) Este resultado não inclui lucros nem baixas contábeis extraordinárias. O lucro atribuído após as operações interrompidas aumentou 14,2%

90 As provisões líquidas para créditos aumentaram em 2007 para 233 milhões de euros, 22,9% acima de As provisões genéricas, conseqüência do aumento do negócio, equivalem a 70% dessa linha. O controle da qualidade do crédito permitiu que as provisões específicas, líquidas de recuperações de falidos, fossem de apenas 72 milhões de euros, 0,09% do valor total do risco. Como resultado da evolução das receitas, dos custos e das provisões, o resultado bruto foi de 1,083 bilhão de euros, 21,3% superior ao ano anterior. Deduzida a previsão para impostos, o resultado da atividade ordinária foi de 754 milhões, com um aumento de 24,2%. No balanço, o investimento em crédito, considerando o efeito das securitizações de empréstimos realizados pelo Grupo, alcançou no fechamento de 2007 um volume de 75,369 bilhões de euros, com um aumento de 21% comparado com dezembro de O crédito para o setor privado aumentou 21%, com uma evolução equilibrada entre os segmentos, em que o crédito às pequenas e médias empresas compensou o menor crescimento das hipotecas. Houve um crescimento geral: a carteira comercial aumentou 14%, o crédito com garantias reais 15% e os outros créditos e empréstimos 32%. O aumento nos investimentos foi acompanhado por um rigoroso controle da qualidade do risco, fechando o exercício com uma taxa de inadimplência de 0,47%, apenas 5 p.b. superior ao fechamento de 2006 e com uma cobertura de 333% (396% em dezembro de 2006). Os recursos de clientes registrados no balanço totalizaram, no fechamento de 2007, 81,932 bilhões de euros, com um aumento de 18% comparado a dezembro de Os recursos externos ao balanço, afetados pela evolução dos mercados, foram 16% inferiores a posição no final de Assim o total de recursos geridos alcançou 96,034 bilhões de euros, com uma melhoria anual de 11%. SANTANDER CONSUMER FINANCE Em 2007, o Santander Consumer Finance teve um bom exercício. Os aspectos fundamentais são: Crescimento moderado de resultados nas suas plataformas tradicionais européias, em um cenário mais complexo para o negócio de financiamento ao consumidor. Sucesso na integração da unidade dos EUA (a financeira Drive), que alcançou excelentes resultados, superiores aos objetivos iniciais, em uma economia em desaceleração. A entrada em consolidação da Drive em 2007 teve incidência no crescimento da produção e nos resultados da área. Expansão em novas plataformas de negócio para incentivar o crescimento futuro do negócio de consumo no Grupo. O aumento nos custos (+22,6%) reflete a expansão e o lançamento das novas plataformas do negócio. Apesar disso, ele foi claramente inferior ao das receitas, elevando fortemente a margem operacional (+55,5%) e melhorando a eficiência em 29,6% (34,7% em 2006). A combinação de receitas e custos absorve as maiores provisões para créditos, que duplicaram (+112%), basicamente pela incorporação da Drive, oferecendo um crescimento da margem operacional sem provisões de +27,5%, e um lucro atribuído do Grupo de 719 milhões de euros, 27,1% superior ao obtido em A combinação positiva de entradas e custos absorve as maiores dotações para créditos, que se multiplicam por dois (+112%), basicamente pela incorporação da Drive, para oferecer um crescimento da margem operacional sem provisões de +27,5%, que se mantém até o lucro atribuído ao Grupo, SANTANDER CONSUMER FINANCE M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +44,5 +22,6 A carteira de crédito gerida (incluídas as securitizações) alcança 48 bilhões de euros (+15% sobre 2006). Dois terços correspondem ao financiamento de veículos, com maior peso dos novos licenciamentos (38% contra 28% usados), e 17% ao conjunto de consumo, promotores de negócios, cartões e crédito direto, como produtos mais rentáveis. Por geografias, os três grandes países somam 76% do total (Alemanha 36%, Espanha 28% e Itália 12%); atrás deles estão a Escandinávia e os EUA (ambos com 7%). Os recursos de clientes no balanço, 33 bilhões de euros no fechamento de 2007 (+33%), representaram quase 70% do crédito bruto (60% em 2006). O crescimento está solidamente apoiado nos saldos em valores negociáveis. Santander Consumer Finance Europa ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 34,7 29,6 M. Ordinária Custos Na Europa, com um contexto de mercado pouco favorável (estagnação das vendas de carros, com quedas de licenciamentos 90

91 de 9% na Alemanha, devido ao aumento do IVA e à crescente pressão sobre as margens pelos aumentos das taxas de juros e pela maior intensidade competitiva), o Santander Consumer Finance aumentou 8,2% o seu lucro atribuído, alcançando 612 milhões de euros. Isso é resultado da boa atividade e de uma adequada gestão das receitas (custos) provisões. A nova produção aumentou 6%, como resultado de uma tendência mista: leve queda em carros (-1%), alinhada com as vendas do mercado europeu e maior crescimento nos produtos mais rentáveis, conseqüência do esforço em diversificação. Destacam-se os aumentos de 18% em cartões e de 20% em crédito direto. Em captação, houve boa evolução do Openbank em volumes (+14% nos depósitos) e nos "spreads" do passivo, quase triplicando sua colaboração na área. Resumindo, a margem ordinária aumentou 7,4% comparada com 2006, sendo 34,1% resultado das comissões vinculadas com a venda cruzada e 2,9% da margem financeira. Essa última reflete o efeito líquido do crescimento da carteira gerida (+14%), a redução do "spread" comercial pelo aumento das taxas de juros e pela melhoria do mix de produto das linhas de maior rentabilidade. Os custos aumentaram 10,3% pela expansão para os novos mercados. Sem isso, as plataformas maduras elevariam os seus custos a taxas próximas da inflação. A relação receitas - custos situa o índice de eficiência em 35,8%, elevando a margem operacional para 1,269 bilhão de euros (+5,7%). As previsões líquidas para créditos, estáveis durante os últimos trimestres, aumentaram 9,9% no ano, crescimento menor que o da carteira média gerida. Os índices de qualidade do crédito continuam dentro dos padrões do negócio na Europa (inadimplência de 2,77% e cobertura de 97%). Santander Consumer Finance USA (Drive) Em um cenário de desaceleração econômica e de tensões nos mercados financeiros nos EUA, a Drive mostrou a sua capacidade de crescer com rentabilidade. Administrou volumes e spreads, para finalizar o exercício nos níveis máximos de receitas: o quarto trimestre superou em 24% o primeiro. Um modelo de negócio eficiente e uma gestão de custos vinculada à atividade permitiram melhorar a eficiência em 3 p.p. entre o primeiro e o quarto trimestre, para alcançar uma eficiência em 2007 de 11,9%. Essa melhoria alavanca o crescimento da margem operacional e no quarto trimestre supera o primeiro em 28%. Esse aumento absorve as maiores provisões derivadas da atividade e da deterioração do cenário, de acordo com os modelos internos de riscos. A Drive manteve a qualidade de crédito no seu segmento de negócio: a inadimplência foi de 3,83% até dezembro de 2007, inferior aos 3,88% de 2006, apesar do aumento de 40% na sua carteira de crédito (para 3,13 bilhões de euros). A Drive mostrou durante o exercício uma tendência ao lucro trimestral, superando os objetivos previstos e alcançando um lucro atribuído de 107 milhões de euros em Novas plataformas de crescimento Durante 2007, o Santander Consumer Finance fez um grande esforço para expandir o seu negócio em mercados de alto potencial, por meio de aquisições de pequenas financeiras, joint ventures com operadores locais e novos empreendimentos. Foram lançados os negócios na Dinamarca e na Finlândia, que se somam ao já existente no Reino Unido. No seu segundo ano completo, cumpriu seus planos com um notável crescimento da atividade (+39% na carteira gerida). Na Rússia, a aquisição do Extrobank acelerou a implantação do Santander Consumer Finance nesse mercado. No México, a aquisição da financeira Alcanza permitiu iniciar as atividades no segmento de financiamento de veículos. Por último, estabelecemos joint ventures com sócios locais no Chile (Bergé) e na França (Banque Accord), com início das atividades previstas para o primeiro semestre de SANTANDER CONSUMER FINANCE MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros SANTANDER CONSUMER FINANCE INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,5% ,1% 2,57 2, p.b p.p

92 PORTUGAL No exercício de 2007, novamente o Santander Totta teve um crescimento rentável, com um aumento do lucro superior a 20%, melhoria na eficiência de 3,3 pontos porcentuais e um aumento de 4,5 p.p. no ROE, para alcançar 28,6%. O lucro atribuído chegou a 527 milhões de euros, 24,6% acima de Esse lucro inclui os resultados extraordinários da venda, no segundo trimestre de 2007, de uma participação no Banco BPI. Parte desse lucro foi destinada aos custos de reestruturação interna, planos de incentivos a longo prazo, e à constituição de um fundo para possíveis contingências, gerando um lucro líquido positivo de 16 milhões de euros. Eliminando esse valor, o lucro atribuído recorrente foi de 511 milhões, com aumento de 20,8%. Em 2007 a economia portuguesa teve uma moderada recuperação, baseada no crescimento forte das suas exportações, um aumento nos investimentos e a estabilização do consumo privado. O crédito às empresas acelerou, enquanto houve uma relativa estagnação no crédito às pessoas físicas. Do ponto de vista financeiro, o ano se desenvolveu em um cenário muito competitivo, caracterizado por mudanças regulatórias (com impacto direto na rentabilidade dos bancos em 2007, especialmente no segundo trimestre, e nos próximos anos) e pela escassez de liquidez nos mercados financeiros, gerando um forte aumento das taxas de juros. Nesse cenário, o Grupo continua focado em um modelo de negócio orientado ao cliente, com objetivos de aumentar o número de correntistas, maiores níveis de vinculação e melhores práticas de venda cruzada. O início do ano foi marcado por uma campanha institucional de lançamento da marca comercial única Santander Totta conhecida como "O Meu Banco". Posteriormente, o Grupo lançou com sucesso outras campanhas, com destaque para a campanha "Comissões Zero", e continuou investindo na expansão da rede de pontos-de-venda. Tudo isso gerou um aumento de 9% no número de clientes vinculados e uma melhoria no índice de produtos por cliente. A seguir, uma análise detalhada da conta de resultados, sem considerar os resultados extraordinários antes referidos. A margem financeira ficou em 718 milhões de euros, com aumento de 8,8% comparada com Isso foi possível, em um cenário de mudanças regulatórias (em particular, arredondamento das taxas de juros nos créditos, e maior facilidade de transferências e mobilidade de empréstimos hipotecários) e a forte concorrência em recursos, porque o Santander Totta desenvolveu uma dinâmica política de defesa das margens da sua atividade comercial. O conjunto de tarifas e da atividade de seguros contabilizou 389 milhões de euros, aumentando apenas 1,2%, conseqüência do impacto inicial do lançamento da campanha "Comissões Zero", M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +10,1 +2,4 PORTUGAL ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 47,3 44,0 M. Ordinária Custos das menores receitas no Banco de investimento e das mudanças regulatórias anteriormente citadas. Os maiores ROFs (+85,1%) refletem uma demanda maior de produtos de tesouraria pelos clientes e maiores receitas por operações no Banco de Atacado. Essa evolução leva uma margem ordinária de 1,214 bilhão de euros, com aumento de 10,1% sobre O Santander Totta novamente teve um excelente exercício em matéria de custos, que aumentaram apenas 2,4%, apesar da estratégia de expansão da Rede Comercial (+39 pontos-de-venda abertos; +5%). A gestão de receitas e custos, com um diferencial entre elas de 8 pontos porcentuais, indicam uma nova melhoria (-3,3 p.p.) do índice de eficiência, que fica em 44,0%, e um aumento de 17,8% da margem operacional. As perdas líquidas por deterioração de ativos e outros resultados foram de 42 milhões de euros, com uma diminuição de 12,7%. Nessa queda incidem as recuperações e vendas de carteiras inadimplentes. O resultado bruto foi de 630 milhões de euros, com aumento de 20,6%, e o lucro atribuído recorrente para o exercício de 2007 alcançou 511 milhões de euros, com um aumento de 20,8%. No fechamento de 2007, o crédito total foi de 30,119 bilhões de euros, com um aumento de 6%. O objetivo principal são as pequenas e médias empresas (+21%) e as pessoas físicas (+9%). Para aumentar a base de clientes e a vinculação no segmento de pequenas e médias empresas/negócios, foi lançada a campanha "Zero Euros", com uma variada oferta de soluções para os clientes. O conjunto de empresas e grandes empresas teve uma diminuição de 4%, principalmente pelas últimas, que reduziram seus saldos em 10%, refletindo uma cuidadosa gestão do balanço e do capital do Grupo. 92

93 O controle de qualidade do risco acompanha o aumento do crédito. No inicio de 2007 foram modificados os critérios de registro dos inadimplentes, comuns com o restante do Grupo. Aplicando a mesma metodologia do ano anterior, a taxa de inadimplência ficou em 1,25%, idêntica à anterior, e a cobertura foi de 117% (130% em 2006). O total de recursos de clientes alcançou 33,766 bilhões de euros, com aumento de 4% comparado com 2006, como resultado da conciliação entre crescimento e defesa da margem. A crise de liquidez nos mercados e a maior aversão ao risco tiveram impacto nos fundos de investimento, que são compensados com aumentos nos recursos do balanço. Os seguros de capitalização não tiveram modificações no ano. Por segmentos, a evolução é similar à comentada para o ativo, que aumentou 6% nas pessoas físicas, 13% nas pequenas e médias empresas/negócios, e nas grandes empresas houve queda. Por último, destacamos que em 2007 a revista Euromoney nomeou o Santander Totta o "Melhor Banco em Portugal" pelo sexto ano consecutivo, um prêmio que distingue os melhores bancos do mundo em termos de visão estratégica, rentabilidade, eficiência e aumento na participação de mercado. PORTUGAL MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros PORTUGAL INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,8% 511 1,25 1,25 +0 p.b p.p ,8% Nota: Sem incluir plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias 2006* * 2007 (*) 2006 modificado com base aos critérios de 2007 OUTROS O restante dos negócios (GB&M, Gestão de Ativos, Seguros e o Banif) obteve em 2007 um lucro atribuído de 719 milhões de euros, 83,4% maior que no exercício anterior. O GB&M aumentou 143,7%, a Gestão de Ativos, 14,1%; os Seguros, 13,6%; e o Banif, 41,0%. Os três pontos principais da conta de resultados em 2007 são: As receitas totais alcançam 1,962 bilhão de euros, um crescimento de 21,7%, diversificado por unidades. O GB&M (muito apoiado nas tarifas, que cresceram 59,1% pelas receitas procedentes do Banco de Investimento e os valores mobiliários) e a Gestão de Ativos e Seguros aumentaram as suas receitas cerca de 20%. O Banif aumentou 32,5%, com bom comportamento da margem financeira (+69,2%) e das tarifas (+22,2%), reflexo da política de expansão, que continuou em 2007 com a abertura de três novas filiais e o aumento de 11% no volume de saldos sob gestão. Os custos tiveram forte elevação, superior a 30%, em função das despesas realizadas nos projetos de expansão sendo realizadas em cada uma das unidades incluídas., As previsões líquidas para créditos diminuíram 75,5% devido à menor necessidade de previsões genéricas no negócio do GB&M (20 milhões em 2007, comparados com 308 milhões em 2006). Essa queda de 288 milhões no ano tem a sua origem nos resultados do segundo semestre de 2006, que contabilizaram fortes previsões para grandes operações corporativas que, no fechamento de 2006, ainda não tinham alcançado a sua estrutura definitiva. Pelo contrário, nos dois primeiros trimestres de 2007 houve liberações parciais dessas previsões ao alcançar a estrutura definitiva desses créditos. O Banif aumenta apenas 7,2%. 93

94 REINO UNIDO (ABBEY) Variação Milhões de euros Absoluta (%) Resultados Margem de financeira ,8 Resultados por equivalência 2 3 (1) (32,4) Comissões líquidas (18) (1,8) Atividades de seguros Margem comercial ,6 Resultados líquidos por operações financeiras ,9 Margem ordinária ,2 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados da exploração comercial ,6 Custos da exploração (1.918) (1.983) 64 (3,2) Despesas gerais de administração (1.816) (1.877) 61 (3,2) Com funcionários (1.037) (1.062) 25 (2,4) Outras despesas gerais de administração (780) (816) 36 (4,4) Amortizações (102) (105) 3 (3,0) Margem operacional ,1 Perdas líquidas por deterioração de créditos (312) (387) 75 (19,3) Outros resultados 22 (0) 23 Resultado bruto ,7 Imposto sobre sociedades (421) (343) (78) 22,9 Resultado da atividade ordinária ,1 Resultado das operações interrompidas (líquido) 114 (114) (100,0) Resultado bruto consolidado do exercício ,8 Resultado atribuído aos minoritários Lucro bruto atribuído ao Grupo ,8 Plusvalías sem baixas contábeis extraordinárias Lucro atribuído ao Grupo ,8 Balanço Créditos a clientes* (6.426) (3,4) Carteira de negociação (sem créditos) (7.725) (12,6) Ativos financeiros disponíveis para a venda ,9 Instituições de crédito* ,9 Imobilizado (373) (7,4) Outras contas do ativo ,8 Total do ativo / passivo e patrimônio líquido (12.112) (4,3) Depósitos de clientes* ,4 Débitos representados por valores negociáveis* ,4 Passivos subordinados (1.554) (16,5) Passivos por contratos de seguros 6 71 (65) (91,6) Instituições de crédito* (12.332) (24,2) Outras contas do passivo (8.527) (26,6) Recursos próprios (152) (4,6) Outros recursos de clientes geridos ,1 Fundos de investimento ,1 Fundos de pensão Patrimônios administrados Seguros de capitalização Recursos de clientes geridos ,3 (*).- Inclui a totalidade dos saldos no balanço por esse conceito 94

95 REINO UNIDO (ABBEY) Durante o exercício 2007, o Abbey continuou avançando no seu objetivo de tornar-se um banco capaz de oferecer todos os serviços de um banco comercial. Melhorou a percepção com os clientes, com a implantação do Partenón, aumentou o leque de produtos e aprofundou a colaboração com as áreas globais do Grupo. Do ponto de vista financeiro, cumpriu os objetivos estabelecidos nas receitas, despesas e lucros. O lucro atribuído foi de 1,201 bilhão de euros,19,8% maior que em 2006 (+20,2% em libras esterlinas). Nos resultados foi especialmente relevante o crescimento das receitas em um cenário pior que o previsto. Como em outros segmentos, os dados do Abbey foram modificados de acordo com os critérios da página 82 deste relatório, por isso os valores apresentados não coincidem com os que foram publicados pelo Abbey no critério local. No restante da seção, as variações estão em libras esterlinas. Elas são muito similares às de euros nos resultados, pois a taxa média de câmbio apenas variou no ano, mas diferem notavelmente no balanço, considerando que a libra esterlina foi depreciada 8%, comparada ao euro. Ao analisar detalhadamente a conta de resultados do exercício 2007, o total das receitas aumentou 6,7%, principalmente pelo crescimento da margem financeira (+11,1%). Esse aumento reflete a expansão nos volumes e uma gestão ativa dos spreads, principal foco do exercício. Essa gestão foi aplicada aos empréstimos, limitando a queda da margem nas hipotecas, e aumentou fortemente nos empréstimos pessoais, depósitos de clientes e produtos de investimento. O resultado foi um aumento de 14 pontos básicos na margem com os clientes. As receitas por tarifas diminuíram com relação a 2006 (-1,5%) com tendência positiva na venda de produtos de investimento e proteção, e no novo negócio de cartões, compensado pela menor arrecadação nas contas correntes e hipotecas. As receitas por ROF aumentaram 3,2%, afetadas pelas piores condições nos mercados na segunda metade do exercício. Os gastos administrativos e amortizações continuaram a evolução de exercícios precedentes, superando no terceiro ano as sinergias previstas no momento da aquisição. Em 2007, diminuíram 2,9% em função da economia derivada da diminuição do número de funcionários, concretizada em M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +6,2 REINO UNIDO (ABBEY) -3,2 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 55,1 50,1 M. Ordinária* Custos* (*) Sem efeito do tipo de câmbio: M. Ordinária: +6,5%; custos: -2,9% O índice de inadimplência não teve variação no exercício, ficando em 0,6%. A taxa de cobertura foi de 66%, comparada com 86% em Essa diminuição aconteceu, principalmente, em razão das mudanças no mix dos inadimplentes, pois a estratégia de redução dos empréstimos pessoais, que demandam maior cobertura, diminuiu o seu peso relativo e aumentou o peso dos créditos hipotecários, com menor porcentagem de cobertura em função das suas garantias reais. Na atividade conforme o critério local, os empréstimos aos clientes totalizam 116,6 bilhões de libras esterlinas, 8% acima de Esse aumento coincide com o do estoque de hipotecas (+9%), em função da queda de 24% no estoque de empréstimos pessoais, com pouco volume, pois representam apenas 2% da carteira. Na atividade de hipotecas, a produção bruta do exercício de 2007 foi 9% superior a de 2006, com menor índice de cancelamentos, 8%, apesar do forte aumento nos vencimentos de períodos incentivados no ano. Em conseqüência, a taxa de produção líquida ficou em 8,1%, superando o nosso objetivo inicial para o ano, estabelecido entre 6% e 7%. O Abbey manteve sua estratégia de obter um equilíbrio entre a rentabilidade da nova produção hipotecária e a taxa de participação de mercado. Porém, no final de 2007, soube aproveitar as condições do mercado e levar a produção líquida a níveis superiores, melhorando as margens dessas novas operações. Os menores custos e as maiores receitas geraram uma melhoria no índice de eficiência, que alcançou 50,1%, comparado com 55,1% em Esse índice teve uma redução de 20 pontos percentuais, desde o valor de 70% no momento da aquisição do Abbey pelo Santander. As previsões para insolvências diminuíram 19,1% com relação a 2006, refletindo a boa qualidade da carteira hipotecária e a menor exposição em relação a 2006 para os empréstimos sem garantias (UPLs), especialmente os concedidos pela internet. 95

96 Dentro da estratégia já descrita, a produção bruta de empréstimos pessoais diminuiu 54% em relação a 2006, reflexo da menor atividade desenvolvida pela internet. Em 2007, o foco foi dirigido à venda para clientes na rede de pontos-de-venda. Analisando o passivo, os fluxos líquidos de depósitos captados no ano alcançaram 3,2 bilhões de libras esterlinas, praticamente triplicando 1 bilhão do exercício de Esse crescimento foi baseado em um leque mais amplo de produtos, incluindo contas de poupança vinculadas a produtos de investimento. A evolução do novo negócio foi incentivada por uma nova oferta de contas de poupança que incluem 50+ Saver e Direct ISA, e a família das Supercontas, incluída na Super Bond lançada em julho. A venda de produtos de investimento aumentou 36%, apoiada em um maior foco na continuação e melhoria dos processos, e o estímulo de diferentes campanhas comerciais. A venda de produtos de crescimento estruturado foi reforçada como resultado de propostas como o Super Ahorro e outros produtos estratégicos, reconhecidos pela Moneyfacts, que deu ao Abbey o prêmio "Best Structured Products". Esse forte crescimento no fluxo de depósitos e produtos de investimento foi compatibilizado com o aumento dos spreads, ajudados pela evolução das taxas de juros. Em conjunto, a margem do estoque aumentou 12 pontos básicos no ano. O Abbey continua captando clientes. No último ano, a abertura de contas cresceu 8%. Essa evolução foi apoiada pela campanha da Fórmula 1, lançada no fim de junho, e pelo lançamento da Conta 8%, em novembro. O Abbey apresenta uma forte evolução no balanço do Banco Comercial, refletindo um mix adequado de financiamento de varejo (cerca de 60% baseado em depósitos, e apenas 10% em financiamentos em curto prazo). Outro fato relevante do exercício foi o processo de implantação do Partenón, cumprindo os prazos estabelecidos, que já proporciona vantagens comerciais e de produtividade. Os portais de venda e serviços estabelecidos durante o ano simplificaram e melhoraram os processos de venda. Já migraram para a plataforma as informações de saldos e movimentos de contas, e uma nova aplicação de gestão para dinheiro à vista. Foram migrados 18,5 milhões de contratos para uma nova plataforma de contas pessoais, que inclui todas as vendas e serviços. No segundo semestre, houve o lançamento de novos cartões de crédito. Durante 2008, o Abbey continuará otimizando o uso da plataforma Partenón com os seguintes objetivos: melhorar a qualidade do serviço, incrementar a fidelidade dos clientes continuar aproximando sua eficiência aos padrões do Grupo. Para isso, continuará formando seus profissionais, para ter o máximo rendimento dessa plataforma informática. Para finalizar com os aspectos fundamentais da gestão do Abbey em 2007, temos que destacar as ações realizadas para uma maior integração com as unidades globais do Grupo, no GB&M, e nos seguros ou no Private Banking. Como exemplos, o Banif trabalha junto com o Abbey para desenvolver o negócio do Private Banking no Reino Unido, ou o lançamento do negócio dos cartões em tempo recorde, e com excelentes resultados iniciais, aproveitando as capacidades e a experiência do Grupo. Resumindo, o Abbey continua progredindo no seu objetivo de tornar-se um Banco Comercial que oferece todos os serviços e que dispõe das vantagens competitivas pelo fato de pertencer ao Grupo Santander. REINO UNIDO (ABBEY) MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros REINO UNIDO (ABBEY) INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,1%* ,8%* 0,60 0,60 +0 p.b p.p (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +18,5% (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +20,2%+20,2%

97 AMÉRICA LATINA Variação Milhões de euros Absoluta (%) Resultados Margem financeira ,2 Resultados por equivalência 4 7 (3) (45,7) Comissões líquidas ,6 Atividades de seguros ,6 Margem comercial ,0 Resultados líquidos por operações financeiras ,5 Margem ordinária ,2 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados da exploração comercial (141) (119) (22) 18,2 Gastos administrativos e amortizações (4.437) (4.005) (431) 10,8 Despesas gerais de administração (4.089) (3.700) (388) 10,5 Com funcionários (2.222) (1.975) (247) 12,5 Outras despesas gerais de administração (1.867) (1.725) (142) 8,2 Amortizações (348) (305) (43) 14,1 Margem operacional ,1 Perdas líquidas por deterioração de créditos (1.619) (859) (760) 88,4 Outros resultados (408) (256) (152) 59,4 Resultado bruto ,2 Imposto sobre sociedades (822) (669) (153) 22,9 Resultado da atividade ordinária ,7 Resultado de operações interrompidas (líquido) (12) (9,7) Resultado bruto consolidado do exercício ,2 Resultado atribuído aos minoritários ,1 Lucro bruto atribuído ao Grupo ,6 Plusvalías sem baixas contábeis extraordinárias Lucro atribuído ao Grupo ,6 Balanço Créditos a clientes* ,4 Carteira de negociação (sem créditos) (5.000) (18,0) Ativos financeiros disponíveis para a venda (5.315) (29,6) Entidades de crédito* (9.165) (45,1) Imobilizado ,5 Outras contas do ativo ,7 Total do ativo / passivo e patrimônio líquido (2.823) (1,9) Depósitos de clientes* ,0 Débitos representados por valores negociáveis* (220) (4,2) Passivos subordinados ,6 Passivos por contratos de seguros ,7 Entidades de crédito* (13.386) (41,3) Outras contas do passivo ,9 Recursos próprios ,4 Outros recursos de clientes geridos (8.303) (14,7) Fundos de investimento ,9 Fundos de pensão (18.052) (100,0) Patrimônios administrados ,6 Seguros de capitalização Recursos de clientes geridos** (1.613) (1,2) (*).- Inclui a totalidade dos saldos no balanço por esse conceito (**).- Eliminado o impacto da venda das administradoras de fundos de pensões: 16,43 bilhões; +13,6% 97

98 AMÉRICA LATINA O lucro atribuído do Grupo Santander na América Latina foi de 2,666 bilhões de euros em 2007, com aumento de 16,6% (+22,1% sem o efeito da taxa de câmbio). Essa porcentagem está afetada das mudanças de perímetro, tanto em 2006 (venda da gestora de pensões do Peru e do Banco na Bolívia, e a colocação no mercado de 7,23% do Banco Santander Chile) quanto em 2007 (venda das gestoras de pensões do Chile, Argentina, Colômbia, México e Uruguai). Sem elas, o resultado da atividade ordinária aumentou 20,7% (+26,7% sem o efeito da taxa de câmbio). Como em 2006, o Banco Comercial foi o motor do crescimento na região em 2007, aumentando o resultado bruto em 37,2% (+45,6% sem o efeito da taxa de câmbio), graças à estratégia de desenvolver o Banco na área de pessoas físicas e pequenas e médias empresas. Esses resultados foram obtidos em um cenário econômico muito favorável em 2007, apesar da desaceleração da economia nos Estados Unidos e das recentes turbulências nos mercados globais. A América Latina continuou crescendo de forma robusta em 2007, alcançando uma taxa média de crescimento do PIB um pouco superior a 5%. Esse é o quarto ano de expansão firme e ininterrupta e as perspectivas econômicas de crescimento continuam em O crescimento econômico estável e contínuo favoreceu os avanços sociais, com reduções nos níveis de desigualdade graças a um processo de criação de emprego e a uma menor volatilidade nas receitas dos segmentos de renda média e baixa. O controle da inflação também foi um dos fatores que favoreceu a melhoria do nível de vida. Em 2007, embora tenha aumentado em alguns países, a inflação se manteve, em linhas gerais, em taxas de 5% na média da região e inferiores a 4,5% na média dos três principais países (Brasil, México e Chile). Esse aumento foi devido à expansão econômica da região e ao efeito do encarecimento mundial dos alimentos, da energia e das commodities industriais. As perspectivas para 2008 estimam que haja um aumento adicional, com a taxa alcançando 6% na média regional, e taxas inferiores a 4% na média dos três principais países, graças à diminuição da inflação no Chile e no México. No Brasil, a expectativa é de estabilidade. Com essa perspectiva de inflação maior, a política monetária adotou um tom mais restritivo, com aumentos nas taxas de referência de política monetária no Chile, México e Colômbia. No Brasil, o Banco Central interrompeu o processo de redução da taxa SELIC, em vigor desde setembro de 2005, apesar da taxa de inflação continuar sendo inferior à meta estabelecida de 4,5%. A política fiscal continua sendo gerida de maneira rigorosa, mantendo o superávit primário na média regional em cerca de 3% do PIB, com um déficit fiscal global inferior a 1% do PIB. Essa é hoje uma das principais forças econômicas da América M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +24,2 AMÉRICA LATINA +10,8 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 47,0 41,8 M. Ordinária* Custos* (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: M. Ordinária: +29,2%; custos: +15,0% Latina, gerando uma trajetória descendente no índice da dívida pública com relação ao PIB. Os governos desenvolveram uma política ativa de gestão da dívida, melhorando a sua estrutura, com considerável diminuição da dívida em moeda estrangeira, e prolongando os prazos de vencimento da dívida em moeda nacional. O Brasil, o Chile, o México e o Peru fizeram emissões de títulos de longo prazo nas moedas nacionais, inclusive nos mercados internacionais, com boa aceitação dos investidores. O setor externo também tem uma boa posição, com superávit na conta corrente em 2007 pelo quinto ano consecutivo. Embora menor que em anos anteriores, a média regional é de 0,7% do PIB. O intercâmbio comercial continuado sendo favorável, com bom desempenho nas exportações e as importações crescendo em ritmo maior pelo dinamismo da demanda interna. Nas entradas de capital, o destaque é para os investimentos estrangeiros diretos, com relevantes fluxos de investimento em carteira em alguns países. A continuidade do superávit em conta corrente e os fluxos positivos de entradas de capital externo permitiram uma significativa recomposição nos saldos de reservas internacionais dos bancos centrais, que finalizaram 2007 em níveis de 375 bilhões de dólares. O crédito outorgado pelos sistemas bancários aumentou 28%, sem o efeito da taxa de câmbio, e os depósitos de poupança aumentaram 19%. O crédito às pessoas físicas foi desacelerando nos últimos trimestres, enquanto o crédito às empresas e instituições foi acelerando. O processo de bancarização continua firme, permitindo que setores cada vez maiores da população tenham acesso ao crédito e à poupança. Para atrair essas vantagens do processo de intensificação bancária na região, o Grupo continuou investindo em canais de distribuição, de acordo com o seu Programa "América 20.10". A Rede tem pontos de atendimento, com um aumento em 2007 de 130 pontos de venda e caixas eletrônicos. A estratégia do Grupo na América Latina continuou voltada, em 2007, para o desenvolvimento da franquia comercial, e de modo especial para o crescimento do negócio e dos resultados recorrentes dos segmentos de pessoas físicas e de pequenas e médias empresas. O desenvolvimento e a vinculação da base de clientes, o crescimento dos produtos, o impulso dos negócios 98

99 AMÉRICA LATINA MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros AMÉRICA LATINA INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,1%* ,38 1, p.b p.p ,6%* (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +42,5% (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +22,1% globais de pessoas físicas e o desenvolvimento do crédito foram as principais alavancas do crescimento no banco de varejo. Em 2007, a base de clientes pessoas físicas aumentou em 2,6 milhões, alcançando 24,9 milhões. Dessa base, 22% são clientes vinculados (basicamente, aqueles para quem o Santander é o banco principal). A base de clientes pequenas e médias empresas teve um aumento de 79 mil, alcançando o número de 893 mil clientes. Os produtos-âncora, muito importantes na captação e vinculação de clientes, cresceram em No final do exercício, tinham sido incorporados 5,6 milhões de clientes pelo sistema de crédito em conta das folhas de pagamento. Os novos clientes de cartões de crédito somam 2,3 milhões durante o ano, que finalizou com um total de 13,3 milhões. Os créditos ao consumo aumentaram 900 mil ao longo do ano, alcançando 7,7 milhões de negócios. As apólices de seguros aumentaram para 3 milhões, totalizando 11,7 milhões. Os negócios globais de pessoas físicas de Meios de Pagamento, Banco e Seguros, e Asset Management mostram uma evolução positiva em 2007, alavancando as capacidades do Grupo na inovação de produtos, na transmissão das melhores práticas e nas sinergias globais. A margem básica bruta dos Meios de Pagamento, Banco e Seguros cresceu 55% e da Asset Management, 45%. Descontando o efeito das gestoras de pensões vendidas houve um aumento de 18%. O crédito às pessoas físicas e às pequenas e médias empresas aumentou 27% durante o ano (sem o efeito da taxa de câmbio). Já representa 49% na estrutura do crédito total do Grupo na América Latina. Esse crescimento permitiu ter um lucro de 30 pontos básicos na participação de mercado durante o último ano, na soma de créditos ao consumo, e por meio de cartões de crédito, alcançando 9,6% no final do exercício. O maior peso do segmento de varejo (pessoas físicas e pequenas e médias empresas) gerou um aumento no prêmio de risco, compensado pelas maiores receitas geradas. Em dezembro de 2007, o prêmio de risco era de 2,24%, comparado com 1,58% do ano anterior. A seguir, os aspectos mais relevantes da atividade do Grupo em Todas as porcentagens de variação anual são sem o efeito da taxa de câmbio: Forte expansão do crédito (+20%), especialmente para pessoas físicas e pequenas e médias empresas (+27% e +29%, respectivamente). Por produtos, o consumo cresceu 26%, os cartões 41% e as hipotecas 21%. A participação de mercado no total do crédito nos países onde o Grupo está presente foi de 9,8% (sem notas promissórias IPAB Instituto de Proteção da Poupança Bancária no México). Os depósitos em poupança aumentaram 21% (+18% em depósitos e +29% em fundos de investimento). A participação de mercado na poupança alcançou 8,1%. A participação de mercado no conjunto do negócio (créditos, depósitos e fundos de investimento) foi de 8,7%. Em linha com a estratégia do Grupo, foram aumentadas as participações nos produtos de varejo no ativo (consumo, cartões, hipotecário), e nos negócios de atacado, a ênfase é na prestação de serviços e geração de receitas por tarifas, mais do que no aumento do crédito. Na poupança, o Grupo está focado na captação de recursos baratos obtendo com isso um leve aumento do spread. Nos resultados, a margem financeira, apoiada na expansão do negócio comercial (especificamente nos créditos para pessoas físicas e pequenas e médias empresas) aumentou 31,9%. Os spreads (diferentes em função dos países) tiveram no final do ano ligeiras melhorias no conjunto dos bancos do Grupo, no crédito e nos depósitos de poupança (spreads de depósitos mais comissões dos fundos de investimento). Nos países em que houve fortes baixas nas taxas de juros, as margens comerciais diminuíram (caso do Brasil), sendo o impacto compensado pela diminuição do custo do financiamento das carteiras de títulos. O foco na geração de receitas recorrentes e a ênfase no desenvolvimento dos produtos e serviços bancários geradores de tarifas (cartões de crédito, cash-management, comércio exterior, fundos de investimento e seguros) são refletidos no avanço de 26,2% nas tarifas. Destacam-se os cartões 99

100 (+39,6%) e os seguros (+34,6%), sendo também importante o crescimento das comissões em operações no Banco de Investimentos (+36,8%). Os resultados líquidos por operações financeiras aumentaram 14,7%, comparados com 2006, pela atividade com clientes e a realização de lucros em carteiras, favorecidos pelo aumento de valor gerado pela queda das taxas de juros, especialmente no Brasil. A margem ordinária aumentou 29,2%, comparada com 15% de crescimento nos custos (inflação média de 5%). Esse valor é reflexo dos investimentos e despesas (aumento da capacidade instalada, tecnologia, implantação da marca única Santander, promoção, etc) dos programas específicos de expansão comercial. A evolução das receitas e dos custos melhorou o índice de eficiência em 5,2 pontos porcentuais (para 41,8%), e o aumento da margem operacional foi de 42,5%. As provisões líquidas para créditos aumentaram 93,5%, devido ao maior volume de investimentos em crédito e a sua maior orientação para segmentos de maior rentabilidade, mas também por maiores prêmios de risco. O índice de inadimplência em 2007 foi 1,87% (1,38% em 2006) e a cobertura de 134%, comparada com 167% no final do exercício anterior. Coincidindo com o desenvolvimento do foco estratégico do Grupo, o Banco Comercial aumenta a sua margem operacional em 57,3%, e o resultado bruto em 45,6%. O GB&M e a Gestão de Ativos e Seguros tiveram uma variação de -7,4% e +24,9%, respectivamente. O Grupo vendeu, no segundo semestre do ano, as suas gestoras de fundos de pensão no México, Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile, gerando um lucro 622 milhões de euros, contabilizados em Gestão Financeira e Participações. Pelo seu efeito no negócio e na conversão para as contas em euros, a seguir detalhamos a evolução das taxas de juros e de câmbio: As taxas de juros médias em curto prazo tiveram uma moderada redução no conjunto da região entre 2006 e 2007, com diferente evolução por países: reduções no Brasil (-3,3 p.p.) e Porto Rico (-0,1 p.p.), e aumentos no México (+0,2 p.p.), Chile (+0,3 p.p.), Argentina (+0,9 p.p.), Colômbia (+2,3 p.p.) e Venezuela (+2,4 p.p.). A evolução dos resultados em euros foi afetada de maneira negativa pelas taxas de câmbio. As moedas latino-americanas, em conjunto, se valorizaram frente ao dólar (principalmente o real, o peso chileno menos, e o peso mexicano quase sem alterações). No sentido contrário, o dólar, a moeda de referência na América Latina, desvalorizou-se frente ao euro em 9% entre 2006 e Assim, na taxa média de câmbio contra o euro, o real se valorizou, indo de 2,73 para 2,66 reais x euro, o peso chileno se desvalorizou, indo de 665 para a 715 pesos x euro, e o peso mexicano de 13,7 para 15,0. A seguir, comentamos a evolução por países: AMÉRICA LATINA. RESULTADOS Margem Margem Lucro ordinária operacional atribuído ao Grupo Milhões de euros 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) Brasil , , ,5 México , , ,8 Chile , , ,0 Porto Rico 313 0, ,6 1 (97,4) Venezuela , , ,6 Colômbia , ,0 15 (36,8) Argentina , , ,1 Outros países 79 (0,7) (42) 46,9 18 (48,2) Subtotal , , ,6 Santander Private Banking , , ,1 Total , , ,6 100

101 AMÉRICA LATINA. PRINCIPAIS UNIDADES Brasil México Chile Milhões de euros 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) Resultados Margem de financeira , , ,1 Resultados por equivalência 1 (22,0) (3) Comissões líquidas , , ,6 Atividades de seguros 72 25, , ,0 Margem comercial , , ,9 Resultados líquidos por operações financeiras ,7 (32) 273,0 31 (67,7) Margem ordinária , , ,8 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados da exploração comercial (33) 422,1 (37) (50,3) (21) 83,6 Custos operacionais (1.819) 11,8 (945) 4,8 (590) 6,5 Despesas gerais de administração (1.680) 11,2 (865) 3,9 (536) 6,3 Com funcionários (878) 11,9 (440) 11,5 (327) 3,1 Outras despesas gerais de administração (802) 10,4 (425) (2,9) (209) 11,6 Amortizações (139) 20,3 (80) 14,8 (54) 8,8 Margem operacional , , ,3 Perdas líquidas por deterioração de créditos (792) 80,0 (459) 122,2 (203) 86,1 Outros resultados (349) 64,1 (16) 55 Resultado bruto , , ,2 Imposto sobre sociedades (473) 51,4 (163) (14,9) (100) (8,0) Resultado da atividade ordinária , , ,6 Resultado de operações interrompidas (líquido) 7 (71,6) 36 18,2 Resultado bruto consolidado do exercício , , ,6 Resultado atribuído aos minoritários 14 31, , ,9 Lucro bruto atribuído ao Grupo , , ,0 Plusvalías, sem baixas contábeis extraordinárias Lucro atribuído ao Grupo , , ,0 Balanço Créditos a clientes* , (9,7) ,2 Carteira de negociação (sem créditos) (33,9) (28,5) ,2 Ativos financeiros disponíveis para a venda (42,0) (41,2) ,3 Instituições de crédito* (21,3) (27,5) (45,2) Imobilizado 628 (3,3) , ,8 Outras contas do ativo , , ,9 Total do ativo / passivo e patrimônio líquido , (21,1) ,4 Depósitos de clientes* , (6,8) ,2 Débitos representados por valores negociáveis* , (41,3) ,9 Passivos subordinados ,4 51 (10,3) 680 (3,4) Passivos por contratos de seguros , , ,3 Instituições de crédito* (8,1) (46,5) ,0 Outras contas do passivo , (17,7) (4,6) Recursos próprios , , (17,5) Outros recursos de clientes geridos , (20,8) (63,7) Fundos de investimento , , ,6 Fundos de pensão (100,0) (100,0) Patrimônios administrados ,7 Seguros de capitalização 53 5 Recursos de clientes geridos** , (13,2) (20,0) (*).- Inclui a totalidade dos saldos no balanço por esse conceito (**).- Eliminado o impacto da venda das administradoras de fundos de pensão, México: -4,8%; Chile: +14,2% 101

102 BRASIL O Santander Brasil é um dos principais bancos comerciais do país, com uma participação de mercado entre 4% e 6%, duplicada na região Sudeste (especialmente no Estado de São Paulo). O Grupo tem pontos-de-venda, (incluindo agências tradicionais, pontos de atendimento bancário e pontos de atendimento a empresas) e 8,3 milhões de clientes. A compra do Banco Real elevará para 4 mil o número de pontos-de-venda e de atendimento bancário no país, e colocará o Grupo como a terceira instituição financeira do Brasil por créditos e segunda por depósitos de clientes. BRASIL M. ORDINÁRIA E CUSTOS ÍNDICE DE EFICIÊNCIA % variação 2007 / 2006 % +30,5 46,4 +11,8 39,6 Todos os dados deste capítulo correspondem ao Santander Brasil. Não incluem nenhuma informação do Banco Real. A economia cresceu a uma taxa de 5,4% no exercício 2007, com aumento de 13% no investimento e de 6,5% no consumo privado. O nível de ocupação e a massa salarial evoluíram de forma positiva em um cenário de mais empregos formais. O Banco Central, mostrando seu compromisso com o controle da inflação, interrompeu o processo de queda da taxa SELIC, deixando-a em 11,25%, ao observar um leve aumento na inflação, embora para taxas ainda de acordo com os seus objetivos (4,5% ao ano). Alinhado com a evolução econômica positiva, o sistema financeiro mostrou uma dinâmica de crescimento, especialmente no crédito às pessoas físicas (+24%), incentivado pelos produtos de financiamento de veículos, crédito em folha de pagamento e cartões. Na área de poupança, o aumento nos fundos de investimento (+22%) superou os depósitos (+12%). Nesse cenário, a posição do Santander Brasil é muito boa. Após a unificação da marca em 2006, a integração tecnológica e a fusão societária em 2007, agora o foco está na expansão dos negócios comerciais: captação, vinculação e retenção de clientes pessoas físicas; crescimento nos negócios de distribuição (financiamento de veículos, crédito em folha de pagamento e cartões de crédito); desenvolvimento do negócio com pequenas e médias empresa, e consolidação de uma posição dominante em GB&M, alavancada nas capacidades globais do Grupo. Nos últimos doze meses, o Grupo aumentou a sua base de clientes em 800 mil (+10%) e os vinculados em 380 mil (+23%). Durante 2007, o Grupo obteve a gestão das seguintes folhas de pagamento: Prefeitura de Curitiba, Universidade Paulista (UNIP), Prefeitura de Nova Iguaçu, entre outras. O volume em folhas de pagamento aumentou em 357 mil clientes, alcançando 1,3 milhão. Houve também um crescimento orgânico dos canais para clientes sem conta corrente. O número de cartões de crédito aumentou em 830 mil, totalizando 3,8 milhões. Desse total, 729 mil são cartões de crédito Santander Light (todos emitidos a partir de agosto de 2006), enquanto o número de cartões Santander Free (emitidos a partir de junho 2007) é de 621 mil. M. Ordinária* Custos* (*) Sem efeito da taxa de câmbio: M. Ordinária: +27,4%; custos: +9,1% Em 2007, foram concedidos 491 mil créditos ao consumo (estoque de 4,9 milhões) e emitidas 3,1 milhões de apólices de seguros. Pelo seu caráter inovador, destacam-se os produtos Super Casa 30 e o Cheque Essencial. O crédito total aumentou 32% comparado com 2006, com o crédito às pessoas físicas crescendo (+28%), em um ritmo maior que o conjunto do mercado, com destaque para o crédito pelo cartão (+55%), o vinculado com a folha de pagamento (+30%) e o financiamento de veículos (+26%). Os créditos às pequenas e médias empresas aumentaram 41%. A participação no mercado passou para 5,2% no crédito total e 5,4% nas pessoas físicas, respectivamente, com uma melhoria nesse último de 0,2 ponto nos últimos doze meses. Os depósitos de poupança aumentaram 30%. Como no restante do mercado, esse crescimento corresponde aos fundos de investimento (+36%), em um contexto de queda das taxas de juros que favorece o deslocamento dos depósitos a prazo para os fundos de investimento. O segmento de varejo ficou com uma participação de 7,6%, comparado com 4,6% dos fundos de investimento. Nos resultados em moeda local, a margem comercial aumentou 25,6%, favorecida pela expansão dos volumes do negócio (e especialmente pelas modalidades de crédito de varejo) e o avanço nas tarifas mais o resultado da atividade de seguros (+21,7%). No sentido contrário, houve uma diminuição de diferenciais do negócio, em um contexto de redução das taxas de juros. Os resultados por operações financeiras apresentam um aumento de 39,2% no exercício e os custos mostram um aumento controlado (+9,1%), que supera a inflação (4,5%) pelo controle de custos realizado nos programas de desenvolvimento comercial e ampliação da capacidade instalada. A evolução das receitas e dos custos gerou um aumento de 43,1% na margem operacional. 102

103 As provisões líquidas para créditos aumentaram 75,6%, devido ao aumento dos volumes de crédito e a orientação para produtos e segmentos de maior risco, mas com maior rentabilidade. Os prêmios de risco dos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas foram estabilizando-se durante 2007 (com uma redução de 0,4 ponto), após o aumento de O lucro atribuído cresceu para 17,6% (+20,5% em euros), alcançando 905 milhões de euros. Por segmentos, o Banco Comercial, representando 57% do total, aumentou o seu resultado bruto em 84,7%, a Gestão de Ativos e Seguros em 6,6% e o GB&M teve uma redução de 13,6%. A eficiência melhorou 6,8 pontos com relação ao exercício de 2006, alcançando 39,6%, com uma recorrência de 74,3%, (uma melhoria de 8 p.p. no ano) e o ROE em 28,5%. O índice de inadimplência foi de 2,74% e o de cobertura, 101%. BRASIL MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros BRASIL INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,7%* ,5%* 2,38 2, p.b p.p (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +43,1% (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +17,6% MÉXICO O Santander é o terceiro grupo financeiro do país por volume de negócio, com uma participação de mercado de 15,1% nos créditos e de 16,2% na poupança bancária. O Grupo tem pontos-de-venda (com um aumento de 49 pontos-de-venda no ano) e 8,5 milhões de clientes. A economia mexicana teve uma evolução positiva em 2007, com um crescimento econômico com taxas ligeiramente inferiores a 3,5%, como conseqüência da desaceleração da economia dos EUA. No entanto, a demanda interna manteve taxas de crescimento superiores a 4%, com aumentos perto de 4,5% no consumo privado e de 6% nos investimentos. Durante 2007, a inflação sofreu as perturbações da oferta, registrando um aumento na taxa anual superior a 4% em alguns meses (embora o ano tenha finalizado ligeiramente abaixo desse nível). Por isso, o Banco Central decidiu aumentar em duas ocasiões, em um total de 50 p.b. a taxa de referência, para impedir que as pressões dos preços do petróleo e de alguns alimentos básicos se estendessem para o resto da economia, e que a inflação tendesse para o seu objetivo de longo prazo de 3%. A Standard & Poor s aumentou a qualificação de longo prazo em moeda estrangeira (para "BBB+") e em moeda local (para "A+"), como reflexo da consolidação esperada nas receitas fiscais e do dinamismo político renovado que reduz o temor de paralisação da política no México. O sistema financeiro mexicano aumentou o seu volume de negócio em um ritmo maior no crédito (+24%) do que na poupança (+14%). Ao longo do ano, o ritmo de crescimento do crédito para pessoas físicas foi desacelerando, para finalizar com uma taxa de 24%, enquanto o restante do crédito aumentou o seu crescimento para 24% (27% sem o crédito ao setor público). Em 2007, o foco estratégico do Grupo continuou dirigido ao desenvolvimento e vinculação da sua base de clientes e ao crescimento rentável dos negócios comerciais, com um modelo multicanal e altamente segmentado. O Grupo aumentou a sua base de clientes com 474 mil clientes novos e 180 mil vinculados (16% de aumento). Foi lançado um programa de vinculação denominado Relação Integral que concede benefícios aos clientes que possuem conta corrente ou conta-salário, cartão de crédito (ou algum outro tipo de crédito) e investimentos a prazo ou fundos de investimento. O cartão de crédito e a conta-salário são dois produtos fundamentais para aumentar a base de clientes. Para melhorar a sua vinculação, além do próprio cartão de crédito, é utilizado o crédito ao consumo (Crédito Efetivo, Crédito na folha de pagamento, Crédito Restituição, entre outros). O crédito hipotecário, dirigido aos segmentos de renda média-alta, teve seu crescimento alavancado por um produto muito competitivo, uma elaboração eficiente e uma distribuição com tempos de resposta 103

104 bem ajustados. Para finalizar, estão sendo desenvolvidos negócios com as pequenas e médias empresas, e aumentando os transacionais, tanto nas empresas quanto no GB&M. Em 2007, foram emitidos 393 mil novos cartões, alcançando o número de 5,1 milhões de cartões emitidos no final do ano. A já diversificada oferta de cartões de crédito (Santander Light, Santander Black) completou-se com o cartão Santander Click Mexicana. No ano, foram contratados 76 mil novos créditos ao consumo e o volume de contas-salário chegou a 2,3 milhões. O número de apólices de seguros alcançou 2,7 milhões (aumento líquido de 706 mil no ano, com dois novos produtos: Safe e IFS). Em volumes, o crédito com taxas de juros pós-fixadas (excluídas as notas promissórias IPAB, a antiga carteira hipotecária e os créditos reestruturados) tiveram um aumento significativo em moeda local, destacando-se os produtos para pessoas físicas. A carteira de créditos ao consumo e os cartões aumentaram a uma taxa anual de 30%, claramente superior ao mercado, melhorando no ano a participação de mercado em 39 p.b. A participação de mercado na concessão de novos créditos hipotecários ficou em 21%, e o crescimento do crédito em 56%. O crédito a pequenas e médias empresas aumentou 64%, superando a taxa de crescimento do mercado, com destaque para o avanço dos produtos Crédito Ágil e e-pyme. A poupança bancária aumentou 12%, com um avanço de 15% nos produtos à vista. Os fundos de investimento aumentaram 24%, destacando o lançamento no ano do produto Investimento Máximo. A participação total de mercado da poupança bancária é de 16,2%. O resultado da margem comercial, com a variação na moeda local, aumentou 34,5%. A margem financeira aumentou 33,4%, baseada no efeito da forte expansão do crédito (especialmente para as pessoas físicas) e do aumento dos diferenciais do crédito, pela adequada gestão dos preços, e pelo maior peso dos créditos mais rentáveis na estrutura do crédito total. As receitas por tarifas e atividade de seguros aumentaram 38,1%, destacando os crescimentos de seguros, cartões e fundos M. ORDINÁRIA E CUSTOS % variação 2007 / 2006 % +21,8 +4,8 MÉXICO ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 44,0 37,7 M. Ordinária* Custos* (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: M. Ordinária: de investimento. Os resultados por operações financeiras continuam negativos, como em Os custos aumentaram 14,7% (inflação de 3,8%) pela expansão da capacidade instalada e pelos programas de desenvolvimento de negócios comerciais. A margem operacional, conseqüência do maior aumento das receitas que dos custos, aumentou 54,7%. As provisões líquidas para créditos aumentaram 143,3%, como conseqüência do crescimento do crédito, da mudança na orientação para produtos de maior diferencial e maior risco, e da deterioração do prêmio de risco dos cartões de crédito que continua apresentando uma taxa de inadimplência inferior à dos seus concorrentes. O aumento do lucro atribuído ficou em 35,6% (+23,8% em euros), alcançando um valor de 654 milhões de euros. Por segmentos, o Banco Comercial aumentou seu resultado bruto em 44,4%, contribuindo com 78% do lucro bruto total do Grupo no México em O GB&M e a Gestão de Ativos e Seguros apresentaram variações no resultado bruto de -6,2% e +32,4%, respectivamente. O índice de eficiência melhorou 6,3 pontos, alcançando 37,7% em A recorrência foi de 67,9% e o ROE de 26,5%. Os índices de inadimplência (1,2%) e cobertura (192%) continuam mostrando uma elevada qualidade. MÉXICO MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros MÉXICO INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % , ,3%* ,8%* 0, p.b p.p (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +54,7% (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +35,6% 104

105 CHILE O Santander Chile é o primeiro grupo financeiro do país (por clientes, pela rede de distribuição e por lucro líquido). A sua participação de mercado fica em 21,2% nos créditos e 21,5% na poupança bancária. Tem 494 pontos-de-venda, com 2,8 milhões de clientes. Em 2007, a economia chilena cresceu um pouco acima de 5%. A implantação de uma política fiscal contra-cíclica levou o superávit primário para níveis de 9% do PIB. O Banco Central começou o ano subindo as taxas de juros, aumentando durante o ano 75 pontos básicos, para neutralizar a inflação, que aumentou mais de 5 pontos porcentuais, alcançando taxas superiores a 7,8% no final de Para 2008, está prevista uma importante desaceleração, conseqüência do impacto das taxas de juros maiores. A Standard & Poor s revisou a qualificação do rating de crédito, situando-o acima do restante da região, em A+. Essa melhoria de qualificação reflete a resistência da economia chilena diante de potenciais choques adversos. No conjunto do sistema financeiro, os investimentos em crédito aumentaram 21%. O aspecto mais destacado foi a desaceleração do crédito não hipotecário para pessoas físicas, (consumo + cartões), com um crescimento anual de 15%, até a última data disponível. O crédito comercial (que representa 67% do total) acelerou ligeiramente o seu ritmo de crescimento. Na poupança (+23% de aumento anual), o maior crescimento corresponde aos fundos de investimento (+28%) e aos depósitos (+22%). O Santander Chile continua focando sua estratégia no aumento da base de clientes e na sua maior vinculação, e no crescimento dos negócios de pessoas físicas e pequenas e médias empresas, junto com o desenvolvimento dos negócios globais (GB&M, gestão de ativos, meios de pagamento e seguros). A maior capilaridade da rede de distribuição (aumento líquido de 97 pontos-de-venda no ano) e as M. ORDINÁRIA E CUSTOS CHILE % variação 2007 / 2006 % +12,8 +6,5 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA 41,5 melhorias na qualidade do serviços contribuíram para aumentar em 345 mil a base de clientes no ano, para 2,8 milhões, e em 16% o número de clientes vinculados. O desenvolvimento da franquia também pode ser notado no aumento do número de cartões de crédito: 1,4 milhão (+14% do que no ano anterior), na concessão de créditos ao consumo (79 mil desde dezembro de 2006), no crescimento do número de contas-salário (+30% nos últimos doze meses), apólices de seguros (+28%) e na captação de mais de 35% das novas contas correntes abertas no país durante o exercício O crédito do Grupo para pessoas físicas aumentou 15% e o crédito ao consumo com cartão cresceu 14%, levando a participação de mercado no crédito para pessoas físicas a 25,3%, taxa superior à participação total do Grupo no crédito. A carteira de créditos a pequenas e médias empresas aumentou 19%. O conjunto da poupança bancária aumentou 18% no exercício e a participação de mercado ficou em 21,5%. 39,2 M. Ordinária* Custos* (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: M. Ordinária: +21,3%; custos: +14,5% CHILE MARGEM OPERACIONAL LUCRO ATRIBUÍDO Milhões de euros Milhões de euros CHILE INADIMPLÊNCIA COBERTURA % % ,3%* ,0%* 1,59 2, p.b p.p (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +25,0% (*) Sem o efeito da taxa de câmbio: +19,3% 105

106 Nos resultados por variação em moeda local, a margem ordinária aumentou 21,3%. A margem financeira cresceu 31,3% incentivada pelo crescimento dos volumes e a melhoria dos diferenciais de rentabilidade do negócio. As comissões, incluindo o resultado da atividade de seguros, aumentaram 19,8%. Os custos aumentaram 14,5% (inflação de 7,8%), reflexo do desenvolvimento da infra-estrutura comercial. A margem operacional aumentou 25,0%. As provisões líquidas para créditos duplicaram em 2007, como resultado do movimento das genéricas, que em 2006 registraram liberações e em 2007 produziram novas provisões. O lucro atribuído aumentou 19,3% (+11% em euros), alcançando 543 milhões de euros. O lucro líquido (antes dos minoritários, que crescem pela colocação de 7,23% do Banco Santander Chile realizada no último trimestre de 2006) aumentou 27,5%. Por segmentos, o resultado bruto do Banco Comercial, que representa 75% do lucro bruto do Grupo no Chile, aumentou 31,7%, o de Gestão de Ativos e Seguros aumentou 47,5% e o do GB&M teve uma redução de 10,7%. O índice de eficiência melhorou 2,3 pontos, para 39,2%. A recorrência e o ROE ficaram em 59,1% e 43,8%, respectivamente. O índice de inadimplência foi de 2,11% e o de cobertura, de 118%. OUTROS PAÍSES Argentina O Santander Río é uma das principais instituições financeiras do país, com uma participação de mercado de 9,6% e 9,4% no crédito e na poupança bancária, respectivamente. O Grupo tem 276 pontos-de-venda (30 a mais do que no ano anterior) e 2,4 milhões de clientes bancários (aumento de 500 mil nos últimos doze meses e de 32% nos vinculados). A atividade econômica em 2007 teve um grande crescimento, superior a 8%, similar ao registrado em 2006, prolongando a expansão iniciada em O consumo e o investimento continuaram liderando essa recuperação, elevando o índice de investimento em relação ao PIB para 23%, valores máximos desde o início da década de oitenta. A inflação oficial teve taxas inferiores às do ano anterior, em torno de 8,5%. O sistema financeiro continuou melhorando a qualidade dos seus ativos, reduzindo o risco público e aumentando a participação do crédito ao setor privado sobre os ativos totais. O crédito e a poupança bancária do sistema financeiro aumentaram a taxas de 39% e 27%, respectivamente. O foco estratégico do Grupo em 2007 aponta o desenvolvimento do negócio comercial e a solidez do balanço, já completadas baixas contábeis na carteira de títulos públicos, com uma exposição no setor público de 7,8% sobre o total dos ativos. O crédito do Grupo cresceu 32% no ano, destacando-se o crescimento dos segmentos de pessoas físicas (+55%) e pequenas e médias empresas (+75%). O Banco comercializa com especial ênfase produtos de consumo e cartões de crédito, com uma participação de mercado de 11%. Em 2007 foram concedidos mais de 210 mil empréstimos, com destaque para o Super Préstamo 1000/30 e 307 mil cartões. A poupança bancária aumentou 18%, apoiada nos depósitos, que cresceram 20%, e nos fundos de investimento, que aumentaram 10%. O lucro atribuído foi de 188 milhões de euros (+41% sem o efeito da taxa de câmbio; +27,1% em euros). A margem comercial aumentou 30,4% e a margem operacional 19,3%. Esse crescimento teve o impacto negativo da diminuição dos resultados por operações financeiras (-61,1%), afetados pelas turbulências financeiras dos mercados na segunda metade do ano, que na Argentina tiveram maior impacto do que nos outros países latino-americanos. A eficiência ficou em 54,8% e a recorrência foi de 88,5%. As taxas de inadimplência e cobertura ficaram em 1,24% e 236%, respectivamente. Porto Rico Santander Porto Rico é um dos primeiros grupos financeiros do país, com 137 pontos-de-venda, 506 mil clientes e uma participação de mercado de 11,5% nos créditos, 12,4% nos depósitos e 23,3% nos fundos de investimento. Desde 28 de fevereiro de 2006, os valores publicados de Porto Rico incorporam a aquisição dos ativos e a estrutura da Island Finance. O cenário continua caracterizado pela recessão econômica, que afetou o ritmo de crescimento do negócio do sistema financeiro, em desaceleração, e a sua rentabilidade, pressionada pela menor atividade e pelo crescimento dos prêmios de risco. Nesse cenário, o Grupo continua com a sua estratégia de desenvolvimento dos negócios de pessoas físicas e empresas, com aumentos de 4% nos créditos e de 5% na poupança bancária. O lucro atribuído é de 1 milhão de euros, comparado com 26 milhões em Esse resultado foi pressionado pelo aumento 106

107 das provisões líquidas para créditos, e no último trimestre do ano, pelas provisões realizadas no investimento na Island Finance, com a margem operacional crescendo 20,7%. A eficiência foi de 64,6% e a recorrência de 37,5%. O índice de inadimplência foi 3,17% e a cobertura de 102%. Venezuela O Banco da Venezuela é uma das principais entidades financeiras do país, com uma participação de mercado de 12,2% nos créditos e 11,3% nos depósitos. Tem 283 pontos-de-venda e uma base de 3 milhões de clientes, com um aumento de 500 mil durante A economia venezuelana em 2007 apresentou um forte dinamismo no seu PIB (8,4%), baseado nos elevados preços do petróleo. O aumento da demanda gerou pressões na inflação, que aumentou para 23%. Em 2007, a gestão focou o aumento das receitas recorrentes, estimulando o crescimento do crédito para pessoas físicas, os depósitos transacionais e os serviços com tarifas. O crédito cresceu 56% (com maior aumento nos créditos ao consumo Crediauto, crédito para o financiamento de carros, e Credinómina, crédito vinculado à folha de pagamento, e nos créditos às pequenas e médias empresas). A poupança bancária aumentou 8%, com os depósitos à vista crescendo 5% e um maior crescimento dos saldos a prazo. O Grupo obteve um lucro atribuído de 179 milhões de euros, com aumento de 33,8% no ano, sem o efeito da taxa de câmbio (+22,6% em euros). Esse crescimento, inferior ao do negócio, teve o impacto do aumento das provisões, e o efeito de algumas medidas regulatórias que começaram a vigorar durante A eficiência e a recorrência alcançaram 40,2% e 64,0%, respectivamente. O ROE ficou em 44,0%, a inadimplência foi de 0,98% e a cobertura 371%. Colômbia A participação de mercado na Colômbia é de 2,8% nos créditos e 2,5% na poupança bancária. O Grupo tem 74 pontosde-venda no país. Em um cenário positivo em termos de estabilidade econômica e financeira, o Grupo está orientado para o desenvolvimento da sua franquia e para o crescimento seletivo do negócio, especialmente nos segmentos de varejo. O crédito aumentou 60% no conjunto das pessoas físicas e das pequenas e médias empresas (com aumento na participação de mercado de 74 pontos básicos no crédito hipotecário e 39 pontos básicos no consumo), e o crescimento da poupança bancária foi de 4%. O lucro atribuído em 2007 alcançou 15 milhões de euros, com uma variação anual de -39,3%, sem o efeito da taxa de câmbio. Isso aconteceu em razão dos resultados extraordinários gerados em 2006, que impediram que o forte crescimento da margem operacional (+234,2%) fosse transferido ao lucro. O índice de inadimplência foi de 1,21% e a cobertura, 217%. Uruguai No Uruguai, o Grupo tem 19 pontos-de-venda, uma base de 115 mil clientes e o lucro atribuído foi de 23 milhões de euros. SANTANDER PRIVATE BANKING A unidade obteve, em 2007, um lucro atribuído de 223 milhões de dólares, 27,9% acima de Essa evolução é baseada no aumento das receitas (+31,9%), que absorve os elevados investimentos realizados, mantendo a eficiência em torno de 40% e aumentando 28,9% a margem operacional. Os ativos sob gestão alcançaram 42 bilhões de dólares, 28% acima do fechamento de 2006, devido à integração da carteira de clientes adquirida do Bank of America. Como parte dessa operação foram abertos, durante o exercício, cinco novos pontos-de-venda nos Estados Unidos. Outra prioridade da gestão é reforçar o modelo comercial, ação feita para adaptá-lo às necessidades dos nossos clientes, com elevada e consistente qualidade de serviço. 107

108 GESTÃO FINANCEIRA E PARTICIPAÇÕES Variação Milhões de euros Absoluta (%) Resultados Margem financeira (sem dividendos) (1.771) (1.269) (502) 39,5 Rendimento dos instrumentos de capital ,8 Margem financeira (1.588) (1.106) (481) 43,5 Resultados por equivalência ,8 Comissões líquidas 30 (11) 41 Atividades de seguros (4) 4 (100,0) Margem comercial (1.131) (711) (420) 59,2 Resultados líquidos por operações financeiras ,0 Margem ordinária 86 (297) 382 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados operacionais 15 (33) 47 Custos operacionais (765) (578) (187) 32,3 Despesas gerais de administração (506) (364) (142) 38,9 Com funcionários (236) (204) (32) 15,8 Outras despesas gerais de administração (270) (160) (110) 68,4 Amortizações (259) (214) (45) 20,9 Margem operacional (665) (908) 243 (26,8) Perdas líquidas por deterioração de créditos (14) 91 (105) Outros resultados (116) 159 (275) Resultado bruto (sem plusvalías) (795) (658) (137) 20,8 Imposto sobre sociedades ,9 Resultado da atividade ordinária (171) (177) 7 (3,9) Resultado de operações interrompidas (líquido) (0) 89 (89) Resultado consolidado do exercício (sem plusvalías) (171) (88) (82) 92,9 Resultado atribuído aos minoritários 9 90 (81) (90,0) Lucro atribuído ao Grupo (sem plusvalías) (180) (178) (1) 0,8 Líquido de plusvalías e baixas contábeis extraordinárias ,6 Lucro atribuído ao Grupo ,8 Balanço Carteira de negociação (sem créditos) (701) (34,6) Ativos financeiros disponíveis para a venda ,1 Participações ,6 Fundo de comércio (681) (4,7) Liquidez emprestada ao Grupo ,8 Dotação de capital a outras unidades ,0 Outras contas do ativo ,8 Total do ativo / passivo e patrimônio líquido ,9 Depósitos de clientes* ,1 Débitos representados por valores negociáveis* ,9 Passivos subordinados ,8 Capital com natureza de passivo financeiro Outras contas do passivo ,0 Capital e reservas do Grupo ,5 Outros recursos de clientes geridos Fundos de investimento Fundos de pensão Patrimônios administrados Seguros de capitalização Recursos de clientes geridos ,6 (*).- Inclui a totalidade dos saldos no balanço por esse conceito 108

109 GESTÃO FINANCEIRA E PARTICIPAÇÕES A área de Gestão Financeira e Participações reúne um conjunto de atividades centralizadas e atua como holding do Grupo, gerindo o total do capital e das reservas, as verbas de capital e a liquidez com o restante dos negócios, baseada nos critérios mencionados na página 82 deste relatório. O custo da liquidez na cessão de fundos aos diferentes negócios é realizado a taxas de mercado de curto prazo: 4,06% em 2007 (2,96% em 2006). Em 2007, a área obteve um lucro de 754 milhões de euros, que inclui 60 milhões de aporte líquido do ABN e um líquido de plusvalías e baixas contábeis extraordinárias de 934 milhões de euros. Esse valor é resultado de plusvalías líquidas originadas pela venda de imóveis (1,076 bilhão), nas administradoras de fundos de pensão na América Latina (622 milhões), de 1,79% do Intesa Sanpaolo (566 milhões) e de baixas contábeis extraordinárias de 737 milhões pelo ajuste da valorização do Sovereign, 242 milhões destinados a provisões especiais para planos de aposentadoria e 351 milhões de baixas contábeis em ativos intangíveis (gerados na aquisição de folhas de pagamento no Brasil). A incorporação do ABN AMRO nos estados financeiros do Grupo teve os seguintes efeitos no segmento: receitas de 141 milhões de euros, contabilizadas em resultados por equivalência, e custos de financiamento por 121 milhões de euros, contabilizados na margem financeira. O valor líquido desses custos ficou em 81 milhões de euros. Assim, a contribuição líquida final foi de 60 milhões de euros, como indicado anteriormente. Sem considerar as plusvalías nem o aporte líquido do ABN AMRO, o resultado ordinário gerou uma perda de 239 milhões de euros, comparado com 178 milhões de perda no ano passado. Os comentários a seguir não incluem a contabilização de ambos os efeitos. O segmento teve, em 2007, uma margem ordinária positiva de 65 milhões de euros, comparada com 297 milhões de perda no mesmo período de Essa variação é referente ao efeito líquido de diferentes impactos positivos e negativos. O principal impacto positivo surge nos ROFs, que aumentam em 803 milhões de euros, com 414 milhões de euros em 2006, e 1,217 bilhão em Esse aumento é devido, principalmente, ao maior efeito positivo da posição de câmbio euro/dólar e euro/libra esterlina (cobrindo o efeito negativo da depreciação das respectivas moedas nos resultados da América Latina e do Reino Unido) e à maior contribuição das carteiras de cobertura de riscos de juros, que em 2006 registraram perdas pelas baixas contábeis realizadas e em 2007 tiveram uma contribuição ligeiramente positiva. Os impactos negativos são: o efeito na margem de financeira, afetada pela alta das taxas de juros no custo do financiamento, o maior custo por aumento de volume das securitizações, e os menores resultados por equivalência derivados do valor inferior contabilizado nessa linha pela Cepsa (parte dessa diminuição foi compensada com a linha dos minoritários). Os custos aumentaram 187 milhões de euros (+32,3%) comparados com Esse crescimento tem duas razões fundamentais. As maiores despesas geradas no desenvolvimento da marca única e as despesas associadas com o patrocínio e a comemoração do 150º aniversário do Banco. Também houve um aumento das amortizações (+45 milhões de euros) pelos intangíveis. Na conta de resultados há uma linha de provisões líquidas para créditos de 14 milhões em 2007, comparada com uma liberação de 91 milhões de euros em 2006, originada no risco-país pelas operações internas do grupo. A linha "Outros resultados" apresenta diversas provisões e baixas contábeis aqui contabilizadas. Em 2007 foi negativa em 116 milhões de euros, comparada com um saldo positivo de 159 milhões em A seguir, uma análise por sub-segmentos: Participações: centraliza a gestão das participações financeiras e industriais. Nas participações financeiras, os fatos mais destacados entre os exercícios foram a venda de 4,8% do San Paolo IMI no final de 2006 e de 1,79% do Intesa Sanpaolo no segundo trimestre de 2007 (como já mencionado, essa operação gerou uma plusvalía de 566 milhões de euros). No fechamento de 2007, as plusvalías latentes em participações financeiras e industriais cotadas alcançaram um valor de cerca de 4 bilhões de euros. Gestão financeira: desenvolve as funções globais de gestão da posição estrutural do câmbio, do risco de interesses estruturais da instituição matriz e do risco de liquidez por meio de emissões e securitizações. Também administra os recursos próprios. Neste capítulo está o custo da cobertura do capital dos investimentos do Grupo não denominados em euros. A atual política de coberturas está dirigida à proteção do capital investido e para uma cobertura ativa dos resultados do exercício com os instrumentos mais adequados. Em 2006 e em 2007 foram tomadas coberturas para as principais unidades com risco de câmbio. Aqui também são geridos os recursos próprios, a provisão de capital de cada unidade e o custo do financiamento dos investimentos realizados. Habitualmente, esses itens contribuem negativamente para os resultados. 109

110 2. SEGMENTOS SECUNDÁRIOS OU POR NEGÓCIOS BANCO COMERCIAL No exercício de 2007, o conjunto do Banco Comercial do Grupo Santander representou 86% do total das receitas obtidas pelas áreas operacionais do Grupo, e 80% do resultado bruto, com um valor de 9,339 bilhões de euros e um aumento de 26,5% sobre Não são incluídas plusvalías extraordinárias obtidas pelas vendas em 2007 do Banco Português de Investimento e em 2006 do Urbis. Essa evolução acontece na Europa Continental, no Abbey e na América Latina. O total de receitas obtidas no ano foi de 23,293 bilhões de euros, com um aumento de 20,5% sobre o exercício anterior. A margem financeira aumentou 24,6%, estimulada pela expansão do negócio e pela melhoria das margens com clientes. As comissões líquidas aumentaram 11,8%. Os custos tiveram um crescimento de 8,1%, muito inferior ao das receitas, levando o índice de eficiência do conjunto do Banco Comercial a uma melhoria de 4,9 pontos percentuais no ano, ficando em 43%. Essa evolução elevou a margem operacional em 32,1%, alcançando 13,026 bilhões de euros. As provisões líquidas para créditos aumentaram 50,6% com o crescimento do crédito e a entrada em segmentos e produtos mais rentáveis, mas com maior prêmio de risco, e pela incorporação da Drive que, pela sua estrutura de negócio, tem um maior impacto relativo nesta linha da conta. Na atividade com clientes, os créditos oferecem um crescimento conjunto de 8%, os depósitos de clientes aumentaram 7% nos últimos doze meses, afetados pela emissão dos Valores Mobiliários Santander, contabilizados como fundos próprios. O Banco Comercial na Europa Continental manteve boa evolução nos volumes e resultados, tendência já refletida nos dois últimos anos. Em resultados, a margem financeira aumentou 26,9%, a margem operacional 25,7% e o resultado bruto em 20,1%, com todas as unidades (Rede Santander, Comercial Banesto, Santander Consumer Finance, Comercial Portugal e Banif), crescendo em bom ritmo. Eliminando os resultados da financeira norte-americana de carros Drive, incorporada ao Grupo em 2007, o resultado bruto aumentou 15%. RESULTADOS E ATIVIDADE DOS SEGMENTOS SECUNDÁRIOS Áreas Banco GB&M Gestão de operacionais Comercial Ativos e Seguros Milhões de euros 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%) 2007 (%) Resultados Margem financeira , , , ,6 Resultados por equivalência 15 (7,0) 15 (7,0) Comissões líquidas , , , ,1 Atividades de seguros , ,3 Margem comercial , , , ,2 Resultados líquidos por operações financeiras , ,2 491 (28,9) ,8 Margem ordinária , , , ,2 Serviços não financeiros (líquido) e outros resultados operacionais (60) 59,8 (29) 647,8 (29) (12,0) (1) 551,4 Custos operacionais (11.442) 9,3 (10.238) 8,1 (944) 23,1 (260) 12,4 Despesas gerais de administração (10.433) 9,4 (9.339) 8,3 (853) 22,2 (241) 12,3 Com funcionários (6.274) 9,6 (5.603) 8,4 (543) 21,6 (128) 17,6 Outras despesas gerais de administração (4.160) 9,1 (3.736) 8,2 (310) 23,2 (113) 6,8 Amortização do imobilizado (1.009) 8,2 (899) 6,1 (91) 33,0 (19) 14,3 Margem operacional , , , ,5 Perdas líquidas por deterioração de créditos (3.456) 35,1 (3.390) 50,6 (65) (78,8) (0) Outros resultados (346) 20,2 (296) 30,3 (33) (25,4) (16) 3,9 Resultado bruto (sem plusvalías) , , , ,7 Magnitude do negócio Ativo total , , , ,3 Créditos a clientes , , ,5 22 (87,1) Depósitos de clientes , , ,

111 BANCO COMERCIAL - RESULTADOS Margem Margem Resultado ordinária operacional bruto Milhões de euros 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) Europa Continental* , , ,1 dos quais: Espanha* , , ,6 Portugal* , , ,3 Reino Unido (Abbey) , , ,6 América Latina , , ,2 Brasil , , ,3 México , , ,9 Chile , , ,5 Total Banco Comercial* , , ,5 (*). Sem incluir plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias Como em 2006, as notas destacadas em 2007 que permitiram esses aumentos de resultados foram a boa evolução da atividade, com aumento de 15% nos créditos e de 7% nos depósitos (incidência da emissão dos Valores Mobiliários Santander), uma boa gestão de preços em um cenário de taxas em alta e o controle seletivo dos custos, que levaram o índice de eficiência de 42,2% em 2006, para 39,3% em No Banco Comercial do Abbey, a margem operacional aumentou 18,2%, graças ao crescimento de 7,2% das receitas e a contenção dos custos, que diminuíram 1,7%. O efeito conjunto de ambos levou o índice de eficiência para 49,9%, com melhoria de 4,7 pontos porcentuais sobre As provisões líquidas para créditos diminuíram 19,9%, aumentando o resultado bruto anual em 31,6% (+32,1% em libras esterlinas). O Banco Comercial na América Latina continuou com um comportamento muito favorável nos resultados, baseado no crescimento da atividade com clientes, na boa evolução das margens financeiras e comissões e no controle dos custos, compatível com o seu desenvolvimento comercial. Isso se reflete em aumentos em euros de 26,4% na margem comercial, de 50,5% na margem operacional, de 37,2% no resultado bruto e uma melhoria da eficiência de 7,6 pontos percentuais para 44,7%. Deduzindo o efeito das taxas de câmbio, o crescimento das margens foi de 32,0%, 57,3% e 45,6%, respectivamente. A estratégia baseada no aumento do número de clientes pessoas físicas e pequenas e médias empresas, no desenvolvimento de produtos-âncora, como folhas de pagamento e cartões de crédito, e o foco nos produtos mais rentáveis em todos os países geraram esse crescimento. A evolução dos três principais países (Brasil, México e Chile) foi muito favorável. Em conjunto, eles aumentaram a sua margem comercial (em euros) em 27,0%, crescimento que se elevou a 54,3% na margem operacional, e alcançou 45,3% no resultado bruto. Descontando o efeito das taxas de câmbio, os aumentos foram de 31,1%, 59,6% e 52,9%, respectivamente. MARGEM ORDINÁRIA E CUSTOS Milhões de euros BANCO COMERCIAL ÍNDICE DE EFICIÊNCIA Milhões de euros MARGEM OPERACIONAL Milhões de euros BANCO COMERCIAL RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS Milhões de euros +20,5 47, ,1% ,1 43, ,5% Margem Custos Ordinária Nota: Sem incluir plusvalías nem baixas contábeis extraordinárias 111

112 GB&M Em 2007, o segmento de GB&M contribuiu com 11% das receitas e 16% do resultado bruto das áreas operacionais. O resultado foi de 1,83 bilhão de euros, 28,4% superior ao de Essa evolução positiva do lucro foi resultado de um triplo efeito: MARGEM OPERACIONAL Milhões de euros GB&M RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS Milhões de euros ,5% ,4% Em primeiro lugar, o sólido aumento das receitas de clientes (+24% anual), que representaram mais de 77% das receitas totais, pela crescente contribuição das atividades de maior valor agregado (mercados, banco de investimento e cash management). Destaca-se o aumento das comissões (+42,2% ao ano) pelo impulso registrado nas atividades de corporate finance, financiamento estruturado e negociação de valores. Essa evolução do negócio com clientes foi resultado dos investimentos realizados para reforçar a capacidade de gestão global das áreas de produto e do negócio, aplicada a mercados muito ativos em operações corporativas, especialmente na primeira metade do exercício e a extensão do Santander Global Connect. Em segundo lugar, temos a escassa contribuição dos resultados da atividade de trading no segundo semestre do ano, afetados pela instabilidade dos mercados, neutralizando os excelentes resultados do primeiro semestre. No conjunto do ano, essa atividade gerou receitas inferiores às obtidas em Em terceiro lugar, uma menor provisão genérica em 2007, comparada com as fortes provisões de 2006, geradas por diversas operações singulares. Esses efeitos refletem-se na cota de resultados do ano. O total das receitas aumentou 12,6% no ano, apoiado na margem comercial, com 27,8%. Os resultados por operações financeiras diminuíram 28,9% pela menor contribuição do trading, já comentada. Os custos continuaram colhendo o esforço de desenvolvimento nas áreas de mercados e de banco transacional global, e apresentaram um aumento de 23,1%, para situar a eficiência do segmento em 32,5%. A margem operacional alcançou 1,928 bilhão de euros, 8,5% mais do que em 2006, crescimento acelerado no resultado bruto (+28,4%) pelas menores necessidades de provisões genéricas antes mencionadas. Em 2007, o GB&M fez uma sólida contribuição ao Grupo, com maior profundidade no seu foco global do negócio que, estruturado no modelo cliente - produto, reforça as bases de crescimento futuro e amplia a sua capacidade para extrair sinergias do posicionamento comercial do Grupo Na área de clientes, continuou o desenvolvimento do Modelo de Relação Global, que concentra a gestão global dos principais clientes corporativos e institucionais. A incorporação, desde o início de 2007, de novos clientes (121, na sua maior parte na América Latina), a remodelação da área de cobertura e o desenvolvimento de unidades especializadas, junto com uma maior sintonia com as áreas de produto, especialmente o banco de investimento global em um período de intensa atividade corporativa, possibilitaram que as receitas do modelo aumentassem para 1,243 bilhão de euros no exercício, 27% mais do que em 2006 a valores constantes, com aumentos em todas as áreas geográficas. É importante destacar a melhor composição das receitas, com maior peso no modelo das atividades de maior valor agregado e a conseqüente redução do componente de financiamento básico, que passou de 18%, em 2006, para 16%, atualmente. Na área de produto também houve importantes avanços em linha com as prioridades estratégicas de cada uma das áreas que o compõem: 1. Banco Transacional Global No Global Transaction Banking, formado pela geração dos diferentes produtos corporativos (cash management global, trade finance, financiamento básico e global securities custódia), o Grupo continuou trabalhando para alcançar a liderança nos seus mercados naturais. A área finalizou o exercício com receitas que aumentaram 16% no ano, com aceleração sobre trimestres anteriores. Por negócios, destacou-se a boa evolução do cash management, que compreende famílias de produtos de transações (cobranças - pagamentos a fornecedores, folhas de pagamento), financiamento comercial (descontos, antecipação de capital, factoring e confirming) e recursos. Suas receitas, que representam mais de um terço do total, aumentaram 20% no ano, baseadas na evolução do Brasil e da Argentina (+38% e +46%, respectivamente). 112

113 2. Banco de Investimento Global Compreende as atividades de corporate finance (fusões e aquisições, equity capital markets), financiamento estruturado (project finance, adquisition finance e empréstimos sindicados) e de asset & capital structuring. Seu objetivo é consolidar a liderança na Espanha e na América Latina e continuar acompanhando os clientes dos outros mercados. Em 2007, o conjunto desses negócios teve um excelente comportamento nos mercados em que opera, e em todas as áreas de negócio, com um aumento de 66% das suas receitas comparado com Em Corporate Finance, o Santander participou da intermediação e assessoria de 150 operações, 53% delas fora da Espanha, duplicando as suas receitas em relação a 2006 com boa contribuição de todas as atividades. GB&M DETALHE DA MARGEM ORDINÁRIA Milhões de euros Total Tesouraria e carteiras Tesouraria clientes Renda variável Banco Investimentos Serviços Transações Globais % -15% +9% +31% +66% +16% Clientes +24% Em Fusões e Aquisições, destacam-se as seguintes operações de assessoria: Na Europa, aquisição de porcentagens da Endesa pela Acciona, e da Repsol pela Sacyr-Vallehermoso; a venda da Ferrovial Imobiliária; a venda, pela Repsol, de 10% da CLH; a compra da Endemol pelo consórcio composto por Telecinco, e as ofertas públicas de aquisição da Acciona/Enel pela Endesa, da Nefinsa pela Uralita e da Imperial Tobacco pela Altadis. Na América, a privatização da Ecogas, da Colômbia, em que o Santander foi assessor do governo colombiano; a venda na Costa Rica dos ativos do Grupo Pujol-Martí; a aquisição da Gas de Atacama pela Southern Cross no Chile; no Brasil, as operações de venda de ativos realizadas pela Petribú, a compra da INCO pela CVRD, a aquisição pelo grupo Gerdau da mexicana Siderurgia Tutitlan, a oferta pública de aquisição realizada pela Arcelor Mittal da sua filial Arcelor Brasil e, no México, a assessoria ao consórcio ICA/Goldman Sachs na privatização da FARAC. Em Equity Capital Markets, foi desenvolvida uma intensa atividade nos mercados de bolsa da Europa e da América Latina, especialmente no Brasil. Na Europa, houve participação nas IPOs na Espanha da Iberdrola Renovables, Fluidra, Laboratórios Almirall, Criteria e Realia, e os aumentos de capital da Seda, Fersa e Zeltia; em Portugal na colocação da REN. Na América Latina, no aumento de capital do grupo ICA no México, e no Brasil, as IPOs do Dufry South América, MPX Energia e Providencia, e os aumentos de capital da Hering e da Paranapanema. O negócio de Structured Finance teve boa evolução em todos os seus produtos e geografias, totalizando 106 operações ao longo de Os destaques: Na Europa, o financiamento das ofertas públicas de aquisição de ações da Enel pela Endesa (como bookrunner, líder da emissão e fiança diante da CNMV) e da Imperial Tobacco pela Altadis (MLA, participante na emissão e fiança diante da CNMV), e o financiamento da aquisição da Scottish Power pela Iberdrola, da Waste Recycling Group pela FCC, da Hutchinson Essar pela Vodafone, a venda da Ferrovial Imobiliária, a aquisição da Caprabo pela Eroski (estruturação e seguro de 100% da transação) e a aquisição da Avanza. Foram também liderados diversos financiamentos, como FCC e Abengoa, este último como bookrunner. Outros negócios foram: MLA no financiamento da Porsche para compra do pacote acionário da Volkswagen, MLA no financiamento da Saint Gobain para a aquisição da Maxit, MLA nas linhas de crédito revolving da PSA, Casino, Telecom Itália, Volkswagen, Merck e Holcim; e sub-segurador no financiamento a Rio Tinto da compra da canadense Alcan, e no financiamento da Continental para a compra da VDO. Na América Latina, a participação do Santander México como assessor financeiro e segurador do projeto FARAC, o maior projeto de privatização de estradas na região nos últimos anos (600 km, mais de 4 bilhões de dólares). Também na operação do Rio Madeira, como assessor e financiador do consórcio vencedor da concorrência para construção da usina hidroelétrica no Brasil, e na privatização da Ecogas na Colômbia. Tudo isso foi traduzido em diversos prêmios em 2007, com destaque para o Melhor Banco de Project Finance na América Latina e o Melhor Deal do ano (FARAC) Em Asset & Capital Structuring, área que desenvolve estruturas de financiamento de ativos e otimização do capital, o Grupo reforçou sua posição internacional com unidades especializadas no Brasil, México e Chile. Em 2007 houve duas operações de aluguel de navios LNG para Gás Natural e Repsol, pelo valor de 500 milhões de euros, e as primeiras operações de compra de direitos de emissão de carbono, vinculadas ao desenvolvimento e financiamento de projetos de energia limpa na América Latina. 3. Mercados Em 2007 esta área, que inclui as atividades das tesourarias do Grupo e de distribuição de renda variável, avançou no seu duplo objetivo: alavancar as redes comerciais do Grupo para distribuir soluções de gestão de risco para empresas e pessoas físicas; e desenvolver capacidades adicionais de produto para ampliar a franquia com clientes corporativos e institucionais nos mercados core. 113

114 Isso trouxe um aumento contínuo das receitas geradas por clientes (+14% incluindo o equity), que compensa parcialmente a fraca evolução da atividade de trading do segundo semestre do ano; no conjunto, as receitas da área de mercados diminuíram % no ano. Na Tesouraria Global, o foco do negócio na atividade com clientes gerou receitas que representam dois terços do total, com aumento de 9% no exercício, e permitiu ter uma boa performance relativa, ao limitar o impacto da instabilidade dos mercados financeiros e aproveitar as oportunidades do negócio. As duas grandes geradoras de receitas de clientes são o Santander Global Markets e Santander Global Connect. A primeira, dirigida a clientes corporativos e institucionais, evoluiu pela participação em operações com clientes de atacado e pelo maior peso das soluções de valor agregado, somadas às sinergias das operações vinculadas das tesourarias da Europa e da América Latina. A segunda, dirigida a clientes de varejo, em colaboração com os bancos comerciais dos diferentes países, aumentou as receitas brutas (incluídas as contabilizadas pelas redes) como resultado da extensão dos seus produtos a outras tesourarias do Grupo e da força do mercado de origem. Por geografias, destaca-se o bom comportamento do Santander Global Markets, com um aumento de dois dígitos nas receitas por vendas a clientes na Espanha e Portugal, apoiado na participação em importantes operações com clientes de atacado. O Santander Global Connect mantém uma sólida contribuição, com maiores aumentos em Portugal. A evolução da gestão dos fluxos associados com a atividade com clientes não foi boa, devido à maior volatilidade do segundo semestre. Na América Latina, em que o Santander é a tesouraria de referência da região, houve impacto nas posições de trading, pelas tensões dos mercados financeiros. Essa evolução oculta o bom desempenho das receitas de clientes, que no exercício aumentaram 21% em euros. O tamanho do Santander Global Connect nos novos mercados, mais o aumento na participação em operações de atacado, explica essa positiva evolução. No Brasil, a principal fonte de receitas da região superou amplamente seus objetivos em todas as áreas. Destaca-se a maior atividade comercial com clientes corporativos e institucionais, com aumento nas receitas dos clientes de 35% em euros, e o correto posicionamento proprietário, que permitiu aproveitar a conjuntura dos mercados compensando parcialmente as tensões da parte final do exercício. O México teve um forte aumento nas suas receitas com clientes (+32% em euros), que compensam a fraca contribuição do trading, para tornar-se a principal fonte geradora das tesourarias. Essas receitas baseiam-se no segmento institucional e no aumento das vendas de produtos estruturados para clientes de varejo, em especial pequenas e médias empresas e Private Banking, pelo Santander Global Connect. No Chile, o Santander Global Connect também foi um dos principais geradores de receitas da tesouraria, do ponto de vista quantitativo (triplica as receitas brutas do seu primeiro exercício completo, para alcançar um elevado peso relativo sobre o total) e qualitativo, pela ênfase nos produtos que oferecem maior valor agregado. Por último, o negócio de distribuição de renda variável manteve em 2007 um forte ritmo de aumento de receitas (+31% comparado com 2006), baseado na liderança em intermediação na Espanha (13,9% de participação de mercado com o Banesto Bolsa), que se soma à participação em importantes operações nos mercados primário e secundário durante o exercício. RANKINGS EN 2007 Atividade Conceito Pais / Região Fonte Nº 1 Project Finance Loans MLA América Latina Dealogic Nº 2 Trade Finance Loans MLA América Latina Dealogic Nº 5 Project Finance Loans MLA Global Dealogic Nº 2 Interest Rate Products Volume Espanha Risk Spain Awards Nº 2 Currency Products Volume Espanha Risk Spain Awards Prêmio Equity Research Ibéria Thomson Extel Surveys Prêmio Equity Research Ibéria Institutional Investors Prêmio Exchange Trade Derivatives Espanha MEFF (Ejecución y Liquidación) Prêmio Bank of the Year in Project Finance América Latina PFI Awards Prêmio Santander Best Arrenger of Spanish Loans Espanha Euroweek Awards Prêmio Best at Treasury Management in Latin America América Latina Euromoney MLA: Mandated Lead Arranger 114

115 GESTÃO DE ATIVOS E SEGUROS Em 2007, os negócios globais integrados do segmento de Gestão de Ativos e Seguros representavam 3% do total das receitas das áreas operacionais e 4% do resultado bruto, com um valor de 537 milhões de euros, 13,7% acima de Esse aumento é gerado pelo crescimento das receitas de 13,2%, apoiado basicamente nas atividades de seguros (+24,3%). O conjunto das comissões repete os valores de 2006 devido ao enfraquecimento do negócio de fundos de investimento na Espanha e ao forte impacto das taxas de câmbio nas receitas da América Latina (no Chile e México, redução entre 8 e 12 p.p. do crescimento quando convertido em euros). Os custos, reflexo do esforço de construção desses negócios globais, aumentaram 12,4%, menos que as receitas, com um aumento na margem operacional de 13,5%, melhorando a taxa de eficiência, que alcançou 32%. A totalidade das receitas geradas pela gestão de ativos e seguros, incluídas as contabilizadas pelas Redes de distribuição, é de 3,643 bilhões de euros, 13% maior que em Esses dados não refletem a contribuição do negócio das pensões na América Latina, vendido em 2007 e cujos resultados foram retirados das contas de 2007 e A venda das gestoras dos fundos de pensão de Colômbia, Uruguai, México, Chile e Argentina, conseqüência da revisão estratégica do negócio, supõe para o Grupo plusvalías líquidas de 622 milhões de euros, contabilizadas na área de Gestão Financeira e Participações. Gestão de Ativos O negócio global do Santander Asset Management gerou em 2007 um volume total de comissões para o Grupo de 1,891 bilhão de euros (+5,9% anual). O resultado bruto foi de 243 milhões, 8,1% maior do que no exercício anterior, deduzido os custos operacionais e comissões pagas às redes comerciais. O total de ativos geridos superou 130 bilhões de euros, já descontados os ativos das gestoras de pensões vendidas. A atividade da Gestão de Ativos foi desenvolvida no segundo semestre de 2007, em um cenário de forte preferência dos agentes econômicos pelos recursos do balanço, e de desconfiança generalizada nos mercados. A escolha foi por produtos estruturados baseados em créditos hipotecários. Aqui devemos destacar a qualidade do crédito das carteiras do Santander Asset Management, que não tiveram problemas de solvência, nem nos momentos de menor liquidez dos mercados. A estratégia global do Santander Asset Management em 2007 continuou focada no desenvolvimento de plataformas de investimento internacionais, na melhoria do mix de produtos, no desenvolvimento de produtos inovadores e na otimização da eficiência para melhorar as suas margens operacionais. Destacamos a racionalização e concentração de estruturas no Reino Unido, com a criação de uma gestora única sob a marca Santander Asset Management UK, permitindo abordar a gestão GESTÃO DE ATIVOS E SEGUROS MARGEM RESULTADO ANTES OPERACIONAL DE IMPOSTOS Milhões de euros Milhões de euros ,5% direta dos fundos de investimento britânicos e melhorando a sua rentabilidade. No primeiro ano, alcançamos nossos objetivos comerciais e de negócio, e estamos desenvolvendo as bases para uma significativa melhoria da eficiência operacional. A América Latina apresenta um cenário de forte crescimento, enquanto o enfraquecimento na Europa levou à racionalização do leque de produtos e à progressiva utilização da plataforma luxemburguesa para unificar produtos que possam ser distribuídos em ambos os continentes. No quarto trimestre, o Grupo vendeu o negócio das gestoras de pensões na América Latina. A crescente pressão sobre as margens desse negócio, aliada à necessidade de maiores investimentos comerciais, reduziu a possibilidade de alcançar sinergias e melhorar a contribuição ao Grupo. Todos esses movimentos, unidos a uma rigorosa gestão dos custos, permitiram ao Santander Asset Management absorver os investimentos realizados no desenvolvimento da sua plataforma global e encerrar o exercício com um dos melhores níveis de eficiência internacional de gestão do setor: os seus custos operacionais representam apenas 0,13% dos ativos sob gestão. A seguir, detalhes da evolução do negócio nas duas unidades de gestão em que está organizada a área. Gestão tradicional de ativos ,7% Agrupa os ativos de fundos de investimento e planos de aposentadoria, exceto os fundos de investimentos alternativos. O seu patrimônio é de 120 bilhões de euros, 92% do total dos ativos geridos. Na Espanha, os ativos sob gestão tradicional em fundos e sociedades de investimento superam 55 bilhões de euros, consolidando a nossa gestora como líder do setor, com uma participação de mercado de 22% em fundos mobiliários, de acordo com os dados da Inverco. A sua evolução foi condicionada no exercício pelos. Valores Mobiliários Santander, e gerou uma diminuição adicional dos fundos de investimento, que foram para o novo produto. 115

116 Essa maior concorrência financeira dos depósitos, junto com a equiparação fiscal de ambos os produtos, diminuiu o interesse dos fundos de investimento para os investidores. GESTÃO DE ATIVOS E SEGUROS RECEITAS TOTAIS DO GRUPO Milhões de euros Com relação aos planos de pensões na Espanha, tiveram seu crescimento reduzido no Grupo e no mercado, como resultado da modificação na área fiscal para as contribuições do exercício. No fechamento de 2007, o Santander Asset Management administrava cerca de 10,5 bilhões de euros (+5% anual), 87% dos quais correspondiam a planos individuais. Total Comissões de seguros + atividade de seguros F. pensão % +22% +7% Em Portugal, a gestão de fundos de investimento e pensões continua com a política de melhoria do mix de produtos e assim continuam aumentando as comissões. Os seus ativos sob gestão alcançaram 7,2 bilhões de euros no fechamento de F. investimento +6% O Reino Unido foi beneficiado pela reestruturação da gestão dentro do modelo global e do incentivo comercial do Abbey aos produtos estruturados, para apresentar uma boa evolução. Os seus ativos sob gestão alcançaram 10 bilhões de euros, um aumento de 34% em libras esterlinas. Na América Latina, continua a boa evolução dos fundos de investimento com um crescimento anual, no conjunto da região, de 29%, sem considerar o impacto da taxa de câmbio, com um volume administrado de 36 bilhões de euros. O Brasil, que representa 57% dos ativos da região, finalizou o exercício com cerca de 21 bilhões de euros sob gestão, com um aumento de 36% anual, em reais. Também houve boa evolução no México, em que já somos a segunda gestora local, e no Chile, com aumento dos ativos sob gestão de 24% em ambos os mercados, nas moedas locais, e melhorias notórias em ambas as comissões médias, pelo melhor mix de produtos. No negócio dos fundos de pensão, após a venda das gestoras latino-americanas, o Santander Asset Management continuará desenvolvendo o negócio previdenciário na região, focado no segmento das aposentadorias privadas. Isso baseado na capacidade das suas redes de distribuição e das suas gestoras de fundos. Gestão alternativa Paralelamente, o Santander Asset Management reforçou em 2007 a sua presença nos diversos segmentos que integram a gestão alternativa, em que contabilizam mais de 11 bilhões de euros. Aqui destacam-se: A gestão dos fundos de fundos de investimento livre, a sólida evolução do Optimal no negócio internacional, por volume gerido, pois alcança cerca de 6 bilhões de euros (aumento de 16% com relação ao exercício 2006 em bases similares e sem a taxa de câmbio) e por rentabilidade. Na Espanha, o Optimal Alternative Investment lançou em 2007 seus primeiros fundos, porém ainda apresentam volumes reduzidos. Na gestão de fundos e sociedades de investimento imobiliário, o Santander Asset Management também teve um bom desempenho. Encerrou o exercício com 4,7 bilhões de ativos sob gestão e na liderança do mercado nacional, com uma participação de mercado de 47% em fundos, conforme dados da Inverco. Contribuíram para isso novas iniciativas que ampliaram o leque dos seus produtos (basicamente dirigidos para mercados imobiliários europeus) e incentivaram a criação e gestão de sociedades de investimento imobiliário para clientes de Private Banking espanhóis. Por último, merece ser destacado o avanço na gestão de fundos de capital de risco, devido ao lançamento de um novo fundo de infra-estruturas, que se soma aos já existentes. No total, o Santander Private Equity administra um patrimônio de 317 milhões de euros. 116

117 Seguros O negócio global do Santander Insurance gerou, durante o exercício 2007, um total de receitas entre comissões e a atividade de seguros, de 1,751 bilhão de euros (+21,8% sobre o exercício de 2006), representando 6,5% da margem ordinária total das áreas operacionais. A sua contribuição total aos resultados do Grupo, que soma o resultado bruto das seguradoras e corretoras (294 milhões) e as comissões cobradas pelas Redes, alcança 1,674 bilhão de euros, com um aumento de 21,5% anual. Durante 2007, o Santander Insurance avançou na implantação do seu modelo de negócio global em todas as unidades de seguros do Grupo. Entre eles, destacam-se os lançamentos de uma nova estrutura comercial que integra as diversas geografias e canais de distribuição. O seu objetivo é administrar globalmente o negócio, no desenvolvimento de produtos e da sua vinculação (produtos de crédito ou estruturados de poupança) e no lançamento de competências básicas (marketing - CRM, retenção de clientes, transferências e aplicação local das melhores práticas em processos e em canais de distribuição). Um bom exemplo dos seus primeiros resultados é o forte aumento do canal de telemarketing, que no fechamento de 2007 tinha vendido mais de 1,6 milhão de apólices no conjunto dos nossos mercados, ficando no primeiro lugar como canal no Brasil por número de apólices (60% da nova produção), tornando a nossa seguradora no México líder nesse canal. Para isso, contribuiu decisivamente a implantação das melhores práticas, traduzidas em importantes melhorias no funcionamento (time to market) de canais e produtos. No Brasil, o telemarketing foi lançado em dois meses, aproveitando a experiência mexicana (doze meses). Uma melhoria similar em time to market aconteceu no lançamento de produtos de poupança em Portugal, comparados com os feitos na Espanha. Todos esses desenvolvimentos contribuíram para o bom desempenho em 2007 das diversas unidades. Elas reforçaram a competitividade das Redes comerciais do Grupo, gerando fortes aumentos das receitas comerciais que absorviam os maiores custos pela construção da plataforma global de seguros. Por geografias, a Europa Continental contribui com 57% do total, e teve um forte aumento em todas as suas unidades. A Espanha elevou a sua contribuição para 465 milhões de euros (+24,6% sobre 2006), devido à ampliação e melhoria do leque de produtos, junto com uma intensiva comercialização. Destaca-se o bom comportamento dos novos produtos, especialmente dos seguros de capitalização na Rede Santander e da extensão das coberturas por morte, invalidez e desemprego, para os produtos que não as incluíam como nas contas-salário. Tudo isso permitiu aumentar o volume de apólices contratadas para cerca de 2,9 bilhões. Em Portugal, a atividade seguradora também aumentou notavelmente nos seguros de risco relacionados com créditos e nos produtos de capitalização, gerando um aumento de 32,8% anual da contribuição total para 102 milhões de euros. O Santander Consumer Finance mantém um bom ritmo na comercialização de seguros vinculados com operações de crédito, contribuindo com 381 milhões de euros, 21% mais do que em A contribuição total do Reino Unido elevou-se para 286 milhões de euros, praticamente estável em libras esterlinas, comparada com O ritmo do negócio caiu na parte final do ano e a isso deve somar-se o cancelamento do acordo de distribuição com os intermediários, reduzindo o impacto positivo dos novos produtos de vida e proteção, vendidos no pontos-de-venda do Abbey. A América Latina registra o maior crescimento da área, 40,8%, sem o impacto da taxa de câmbio, com uma contribuição de 441 milhões de euros, representando 26% sobre o total. A maior comercialização nas redes bancárias, e em canais como o telemarketing, junto com o desenvolvimento de produtos de vida-risco simples e transparentes, permitiu elevar o resultado nos cinco países da região acima de 30%. Destaca-se a aceleração do México, que duplicou a sua contribuição, embora estando ainda longe do seu potencial, e o Brasil, que contribui com quase 50% do total da região. Apresenta sólido crescimento baseado na maior penetração de produtos na sua base de clientes e um competente desenvolvimento dos canais telefônicos. GESTÃO DE ATIVOS E SEGUROS. RESULTADOS Margem Margem Resultado ordinária operacional bruto Milhões de euros 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) 2007 Var. (%) Fundos de investimento 385 2, , ,1 Fundos de pensão 25 30, , ,8 Seguros , , ,7 Total da Gestão de Ativos e Seguros , , ,7 117

118 RELATÓRIO ANUAL 2007 GESTÃO DO RISCO Princípios corporativos da gestão do risco 119 Governança corporativa da função de riscos 120 Risco de crédito 121 Risco de mercado 134 Risco operacional 147 Projeto corporativo Basiléia II 152 Capital econômico 153 Risco reputacional 155 Atividades formadoras de riscos

119 RELATÓRIO ANUAL 2007 GESTÃO DO RISCO PRINCÍPIOS CORPORATIVOS DE GESTÃO DO RISCO O exercício 2007 colocou em evidência a importância fundamental da adequada gestão dos riscos para as instituições financeiras. Para o Grupo Santander, a qualidade na gestão do risco é um dos seus sinais de identidade e, portanto, um eixo prioritário de atuação. Nos seus mais de 150 anos de trajetória, o Santander desenvolveu uma combinação de prudência na gestão do risco, junto com o uso de técnicas avançadas, que demonstraram ser decisivas na obtenção recorrente e planejada de resultados econômicos e na criação de valor para o acionista. Essa prioridade pela qualidade do risco é um elemento diferenciado da cultura e do estilo de gestão do Santander que os mercados percebem claramente e associam com uma convincente vantagem competitiva. As turbulências que afetam os mercados financeiros desde julho de 2007 foram um teste para a efetividade das políticas de gestão de riscos do Santander. A aplicação dessas políticas traduziu-se em uma exposição muito limitada aos tipos de instrumentos, exposições e operações mais afetadas pela atual crise financeira. O Grupo Santander tem risco nulo no segmento de hipotecas subprime e mantém um baixo nível de atividade nas operações com produtos estruturados. A sua exposição em Hedge Funds, Asset Backed Securities, Monolines, Conduits, também é muito limitada. A nossa conclusão é que a política de gestão de riscos do Santander permitiu ao Grupo não ser afetado por nenhum impacto negativo de resultados relacionado com esse tipo de risco. Nesse complicado cenário, foi intensificada a gestão da liquidez estrutural do Grupo. Da mesma maneira, as turbulências já mencionadas e a crescente complexidade dos instrumentos financeiros tornam necessário reforçar de forma contínua os esforços na pesquisa e acompanhamento dos controles nas operações dos mercados financeiros, potencializando assim os princípios exigentes de riscos que já eram regularmente aplicados no Grupo Santander. A gestão de riscos no Santander é baseada nos seguintes princípios: Independência da função de riscos com relação ao negócio. O responsável pela Divisão de Riscos do Grupo, Matías Rodríguez Inciarte, terceiro vice-presidente, e na qualidade de presidente da Comissão Delegada de Riscos, reporta-se diretamente à Comissão Executiva e ao Conselho. Vocação de apoio ao negócio, colaborando sem menosprezar o princípio anterior, na consecução dos objetivos comerciais mantendo a qualidade do risco. Para isso, a estrutura organizacional é adaptada à comercial, na busca de cooperação entre os gestores do negócio e do risco. Decisões colegiadas (inclusive a partir da própria agência) que garantem o contraste de opiniões, evitando a atribuição de capacidades de decisão exclusivamente individuais. Tradição assentada no uso de ferramentas de rating interno e scoring, RORAC (rentabilidade ajustada ao risco), VaR (valor no risco), capital econômico, análise de cenários extremos, etc. Enfoque global, por meio do tratamento integral de todos os fatores de risco em todas as unidades de negócio, e pela utilização do conceito de capital econômico como métrica homogênea do risco assumido e base para a medição da gestão realizada. Manter como objetivo um perfil de riscos médio-baixo, acentuando a baixa volatilidade e o caráter previsto mediante: - a busca de um elevado grau de diversificação dos riscos, limitando as concentrações em clientes, grupos, setores, produtos ou geografias; - manutenção de baixo grau de complexidade na atividade de Mercados; - atenção contínua ao acompanhamento dos riscos para prevenir possível deterioração das carteiras. No Santander, a gestão e o controle dos riscos são estruturados nas seguintes fases: Estabelecimento das políticas de risco em que se refletem os princípios da gestão de riscos. 119

120 Identificação dos riscos, por meio de revisões e acompanhamento constante das exposições, avaliação dos novos produtos e negócios e análise de operações específicas; Medição dos riscos utilizando metodologias e modelos opostos; Estabelecer os parâmetros de risco do Grupo, fixando limites globais e específicos para os diferentes tipos de riscos, produtos, clientes, grupos, setores e geografias; Elaboração e distribuição de um conjunto completo de relatórios, revisados diariamente pelos responsáveis da gestão do Santander em todos os níveis; Execução de um sistema de controle de riscos que verifica, diariamente, a adequação do perfil de riscos do Santander às políticas de risco aprovadas e aos limites de risco estabelecidos. O Santander utiliza na gestão de riscos, há alguns anos, técnicas e ferramentas detalhadamente descritas mais adiante. Entre elas se destacam pela antecipação com que o Santander as implantou e pela sua atualidade em relação ao novo acordo de capital da Basiléia (BIS II): Ratings e scorings internos, ponderando aspectos qualitativos e quantitativos que, valorizando os diferentes componentes por cliente e operação, permitam estimar a probabilidade de falhas e em função das estimativas de severidade da perda esperada. Capital econômico, como métrica homogênea do risco assumido e base para a medição da gestão realizada. RORAC, utilizado como ferramenta de pricing por operação (bottom up) e para a análise de carteiras e unidades (top down). VaR, como elemento de controle e fixação de limites de risco de mercado das diversas carteiras de negociação. Análise de cenários extremos complementares das análises de riscos de mercado e de crédito, para avaliar os impactos de cenários alternativos, inclusive em provisões e capital. Por essas razões, o Santander se identifica totalmente com o BIS II, pois reconhece as práticas mais avançadas da indústria às quais tem se antecipado. A entrada em vigor desse acordo de capital permitirá ao Santander demonstrar a sua força nesse terreno, possibilitando uma rápida aplicação do enfoque avançado de modelos internos de risco (AIRB) na gestão global do Grupo. Espanha fará com que comecem a vigorar, liberando o uso desses modelos internos para determinar o capital regulador. Como os negócios do Santander são de perfil de risco médiobaixo, e focado no Banco Comercial (pequenas e médias empresas, e pessoas físicas), espera-se que a autorização do Banco da Espanha permita obter significativas economias de capital no denominado Pilar I, que estabelece os requerimentos de capital para a cobertura de riscos de crédito, mercado e operacionais. As economias globais derivadas da implantação do acordo da Basiléia II dependerão do resultado da Proposta de Auto-avaliação de Capital (desenvolvida pelo Pilar II), na qual são considerados o impacto dos riscos do Pilar I e os lucros relacionados com a diversificação entre riscos, negócios e geografias. O Grupo Santander continuará dedicando esforços tecnológicos e com seu pessoal, para poder satisfazer os exigentes requerimentos do Novo acordo em um prazo razoável, com o compromisso de continuar dedicando os recursos necessários para a sua manutenção, ciente dos resultados positivos da sua prática. 1. GOVERNANÇA CORPORATIVA DA FUNÇÃO DE RISCOS As responsabilidades da Comissão Delegada de Riscos são as seguintes: Propor ao Conselho a política de riscos do Grupo, que deverá identificar especialmente: - Os diferentes tipos de risco (financeiros, operacionais, tecnológicos, legais e de reputação) que a instituição pode enfrentar; - Os sistemas de informação e controle interno, utilizados para controlar e gerir os riscos mencionados; - A fixação de um nível de risco considerado aceitável; - As medidas previstas para diminuir o impacto dos riscos identificados, caso eles se materializem; Revisar sistematicamente a exposição ao risco com os clientes principais, com os setores econômicos de atividade, com as áreas geográficas e por tipos de risco. Autorizar as ferramentas de gestão e os modelos de risco, e conhecer o resultado da sua validação interna. 120 A proximidade da implantação do novo cenário regulador BIS II fez com que 2007 tenha se caracterizado pelo processo de revisão feito pelo Banco da Espanha e pela Financial Services Authority (FSA) dos modelos AIRB da casa matriz, Banesto e Abbey, cujas carteiras representam cerca de 70% da exposição total do Grupo. A próxima publicação das normas do Banco da

121 Verificar que as atuações do Grupo sejam consistentes com o nível de tolerância do risco previamente decidido; Resolver as operações em instâncias superiores às faculdades delegadas aos órgãos inferiores e aos limites globais de pré-classificação, em favor de grupos econômicos ou em relação com exposições por classes de riscos. A Comissão Delegada de Riscos delega parte das suas faculdades nas Comissões de Risco, estruturadas de forma geográfica, por negócios e tipos de risco. O Banesto fazendo uso da autonomia de gestão atribuída dentro do Grupo Santander, mantém uma gestão de riscos coordenada com as políticas do Grupo, materializada na Comissão Executiva. A Comissão Delegada de Riscos é presidida pelo terceiro vice-presidente do Grupo Santander, e é formada por no mínimo quatro e no máximo seis membros do seu Conselho de Administração. A Comissão Delegada de Riscos se reúne habitualmente duas vezes por semana. Na continuação serão discutidos os principais tipos de riscos do Grupo: crédito, mercado, operacional e de reputação. 2. RISCO DE CRÉDITO A origem do risco de crédito é a possibilidade de perda derivada da inadimplência total ou parcial dos nossos clientes, ou das suas obrigações financeiras com o Grupo. No quadro seguinte, é detalhado o mapa global do risco de crédito, expressado em valores nominais (exceto na exposição em derivados e repos, expressadas em risco equivalente de crédito), ao qual o Grupo esteve exposto em 31 de dezembro de A Espanha representa 50% da exposição nominal ao risco de crédito, peso similar ao do ano anterior, com um aumento absoluto de 16% sobre dezembro. Esse forte aumento no negócio de clientes na Espanha (saldo disponível +12%) foi acompanhado por uma diminuição da carteira de renda fixa soberana. No restante da Europa, que representa mais de um terço da exposição ao crédito, destaca-se especialmente a presença do Reino Unido, pelo Abbey, que representa 22% da exposição. No total, a Europa representa 84% da exposição ao crédito. A América Latina contribui com 15% da exposição ao crédito, peso similar ao de Os países com melhor qualificação de crédito (investment grade) representam mais da metade da exposição na região, e os países com rating inferior apenas são 5% da exposição do Grupo. GRUPO SANTANDER. EXPOSIÇÃO BRUTA AO RISCO DE CRÉDITO Renda fixa Renda soberana privada Disposto Disponível Derivados Disposto Disponível (exclui (exclui Instit. Instit. e Repos Var. s/ clientes clientes negóc.) negoc.) de crédito de crédito (REC) Total % Dez 06 Espanha ,6% 15,9% Banco matriz ,1% 20,6% Banesto ,7% 6,4% Outros ,7% 14,4% Restante da Europa ,0% 8,8% Alemanha ,4% 13,6% Portugal ,0% 1,9% Reino Unido ,0% 2,2% Outros ,5% 50,6% América Latina ,2% 9,0% Brasil ,2% 41,8% Chile ,1% 12,2% México ,8% -17,1% Outros ,0% 6,0% Restante do mundo* ,2% 30,2% TOTAL GRUPO % 12,5% % s/total 74,0% 11,8% 2,9% 1,8% 5,7% 0,4% 3,5% 100,0% Var. s/ dez-06 11,9% 10,3% -4,0% 61,0% 49,9% 75,8% -13,1% 12,5% Dados de 31 de dezembro 2007, elaborados com base em critérios da Sociedade Jurídica. Derivados expressados em Risco Equivalente de Crédito incluem repos. Saldos dispostos com cliente excluem Repos (28,960 bilhões). Saldos com entidades de crédito (excluem repos e negociação) incluem 27,77 bilhões de depósitos nos bancos centrais. * Reflete, entre outros, os ativos da Drive (Santander Consumer Finance). 121

122 GRUPO SANTANDER: RISCO, INADIMPLÊNCIA, COBERTURA, PROVISÕES E CUSTO DO CRÉDITO Risco de crédito Prov. Específica com clientes* Taxa inadimp. Cobertura Líquida de ASR** Custo do Crédito (milhões de euros) (%) (%) (milhões de euros) (% s/risco) Europa Continental ,90 0,73 188,1 244, ,30 0,13 Rede Santander ,65 0,57 248,1 295, ,09 0,05 Banesto ,47 0,42 332,9 396, ,09 0,00 Santander Consumer Finance ,84 2,57 95,7 114, ,88 0,87 Portugal ,25 0,53 117,4 305,1 (12) 16 0,04 0,06 Reino Unido (Abbey) ,60 0,60 65,8 85, ,23 0,20 América Latina ,87 1,38 134,4 167, ,99 1,47 Brasil ,74 2,38 101,5 102, ,78 3,49 México ,20 0,64 192,3 279, ,91 1,26 Chile ,11 1,59 118,5 152, ,67 1,07 Porto Rico ,17 1,67 101,7 161, ,08 0,85 Venezuela ,98 0,98 371,3 435, ,53 0,24 Colômbia ,21 0,58 217,1 396, ,80 0,31 Argentina ,24 1,25 235,9 258,2 20 (10) 0,68 (0,44) Restante (5.625) 90 (1) Total Grupo ,95 0,78 150,6 187, ,50 0,32 Pro memória: Espanha ,63 0,53 264,5 328, ,12 0,07 * Inclui créditos brutos a clientes, garantias e créditos documentários. ** Créditos Duvidosos Recuperados. Dados elaborados com base ao critério de Gestão EVOLUÇÃO DAS CIFRAS EM 2007 A taxa de inadimplência do Grupo alcançou, em dezembro de 2007, 0,95% após um aumento de 17 pontos básicos no ano. A cobertura da inadimplência com provisões ficou em 150,6%, comparada com um nível de cobertura de 187,2% alcançado no final de As provisões específicas para insolvências, líquidas de falências recuperadas, ficaram em 3,132 bilhões de euros, ou seja, 0,5% da exposição de crédito média com clientes (investimento mais riscos de empresas médias do exercício), comparado com 0,32% registrado em Os ativos em inadimplência, o custo do crédito e os níveis de cobertura da inadimplência ficaram em níveis que demonstram a excelente qualidade do risco do Santander, o seu elevado nível de provisões e uma evolução controlada do custo do crédito. DETALHES SOBRE O INVESTIMENTO EM CRÉDITO A organização da função de riscos do Grupo é orientada para o cliente. Assim, os clientes são classificados em função da sua gestão de risco em dois grandes grupos ou segmentos: em carteira e padronizados. Riscos em carteira: são clientes em carteira aqueles aos quais foi designado, explícita ou implicitamente, um analista de Risco (registrado em uma Unidade de Análise de Empresas ou Riscos do Banco Corporativo ou Riscos com Entidades Financeiras). Nessa categoria, estão incluídos os segmentos de Banco Corporativo, Instituições Financeiras, Soberanas e parte das Empresas do Banco Comercial. Riscos padronizados: um cliente padronizado é aquele que não tem analista específico de risco e com quem o risco contraído atual ou potencial é inferior a um valor previamente determinado. Aqui estão incluídas as pessoas físicas, os pequenos empresários e as empresas do Banco Comercial não registrados na carteira. A área de Riscos do GB&M e Empresas se ocupa do relacionamento com clientes globais (grandes corporações e grupos financeiros multinacionais). Para os grandes grupos corporativos, é utilizado um modelo de pré-classificação (fixação de um limite máximo interno de risco), baseado em um sistema de medição e acompanhamento do capital econômico. Nos quadros a seguir, poderá ser visto o elevado nível de diversificação do investimento em crédito do Santander, do ponto de vista das áreas geográficas em que estão os segmentos de clientela que concentram a sua atividade, e do elevado nível de garantias dispostas. 122

123 DISTRIBUIÇÃO INVESTIMENTO EM CRÉDITO POR REGIÃO. TOTAL DO GRUPO DISTRIBUIÇÃO INVESTIMENTO EM CRÉDITO POR TIPO DE RISCO. TOTAL DO GRUPO Outros 8% Portugal 6% América Latina 12% (52% em países investment grade) Espanha 42% Gestão de Ativos e Seguros 0% Comercial Reino Unido 32% GB&M 9% Comercial Europa Continental 49% Reino Unido 32% Comercial América Latina 10% BANCO COMERCIAL: 91% No caso do investimento em crédito no segmento de Riscos Padronizados, a distribuição geográfica e por produto é a que pode ser vista nos seguintes quadros: DISTRIBUIÇÃO INVESTIMENTO EM CRÉDITO POR REGIÃO. PADRONIZADOS 31 de dezembro, 2007 Santander Consumer Finance 13% DISTRIBUIÇÃO INVESTIMENTO EM CRÉDITO POR PRODUTO. PADRONIZADOS 31 de dezembro, 2007 Pequenas e médias empresas e Outros 7% Cartões 3% América Latina 9% Portugal 6% Reino Unido 44% Consumo 20% Hipotecas 70% Espanha 28% ACOMPANHAMENTO DOS RISCOS Para o controle de qualidade do crédito, além do trabalho da Divisão de Auditoria Interna, foi estabelecida na Direção Geral de Riscos uma função específica de acompanhamento dos riscos, para a qual são identificados recursos e responsáveis concretos. Essa função é fundamentada em um permanente atendimento que garanta o reembolso das operações e se antecipe às circunstâncias que segurar que se poderiam afetar uma boa finalização e um desenvolvimento normal. Para isso, foi montado um sistema denominado Empresas em Observação Especial (FEVE), com quatro níveis de preocupação relacionados com circunstâncias negativas (extinguir, afirmar, reduzir e continuar). A inclusão nos graus graves supõe, automaticamente, a redução das faculdades delegadas. Os clientes classificados no sistema FEVE são verificados semestralmente, e no caso dos graus graves, a revisão é trimestral. Uma empresa é classificada no FEVE pela sua própria tarefa de acompanhamento, pela mudança de rating, pela revisão realizada pela auditoria interna, ou pela entrada em funcionamento do sistema estabelecido de alarmes automáticos CLASSIFICAÇÃO SALDOS DE RISCO PELO SISTEMA OBSERVAÇÃO FEVE Dados em milhões de euros. Dezembro 2007 Extinguir Afirmar Reduzir ContinuarTotal FEVE Espanha-Matriz Portugal América Latina As revisões dos ratings são feitas anualmente, mas se forem detectadas fraquezas, ou em função do próprio rating, são feitas com intervalos menores. Os seguintes gráficos refletem a inadimplência expressada como porcentagem dos saldos, pelas operações de pessoas físicas realizadas anualmente na Espanha, até o seu vencimento. Os padrões de evolução observados permitem simular futuros comportamentos. 123

124 FINANCIAMENTO PESSOAS FÍSICAS NA MATRIZ ESPANHA 1,4 1,2 1,0 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 entradas em inadimplência - 90 dias - por anos T2001 1T2002 1T2003 1T2004 1T2005 1T2006 1T2007 3T2007 HIPOTECAS PARTICULARES MATRIZ ESPANHA entradas em inadimplência - 90 dias - por anos 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0, T2001 1T2002 1T2003 1T2004 1T2005 1T2006 1T2007 ANÁLISES PRINCIPAIS DAS CARTEIRAS HIPOTECÁRIAS DO GRUPO Os empréstimos hipotecários somam 35% do total do risco de crédito na Espanha, com Loan To Value (LTV) menor que 80% para 90% da carteira de hipotecas residenciais. No Abbey, a carteira hipotecária é orientada para hipotecas da primeira moradia, mostrando uma alta qualidade do risco em termos de Loan to Value, com um valor médio de 46,3%. Periodicamente são feitos stress testing de acompanhamento e controle da carteira. A análise de cenários de crise é uma ferramenta complementar e fundamental para medir os riscos. Seu objetivo é avaliar as variações no valor de uma carteira. A integridade dos modelos de gestão é reforçada para considerar as situações menos prováveis, mas potencialmente mais nocivas. CARTEIRA HIPOTECÁRIA ESPANHA Dados em milhões de euros. Dezembro 2007 Carteira % S/ inv. de crédito Hipotecas residenciais ,9% Primeira moradia ,6% Segunda moradia ,4% Empréstimo Promocional ,9% Total ,9% LOAN TO VALUE* - ESPANHA (média 49,8%) TAXA DE ESFORÇO* - ESPANHA (média 29,4%) 5% 5% 16% 90% 21% 63% LTV <80% LTV <90% LTV >90% * Loan to value: relação entre o valor do empréstimo e o valor de avaliação do imóvel hipotecado. T.E. <30% 30% > T.E.<40% T.E. >40% * Taxa de esforço: relação entre as parcelas anuais e as receitas líquidas do cliente. 124

125 CARTEIRA HIPOTECÁRIA REINO UNIDO Dados em milhões de euros. Dezembro 2007 Carteira % S/ inv. de crédito Hipotecas residenciais ,3% Compradores da 1ª moradia ,7% Outros ,3,% Social Housing ,7% Total ,1% LOAN TO VALUE* - REINO UNIDO (média 46,3%) INCOME MULTIPLE* - REINO UNIDO (média x3,1) 20% 5% 26% 36% 18% 75% <75% 75% - 90% >90% <3,00 20% 3,00-3,49 3,50-3,99 >4,00 * Loan to value: relação entre o valor do empréstimo e o valor de avaliação do imóvel hipotecado. * Income multiple: relação entre as receitas líquidas de créditos sem garantia do cliente e as parcelas anuais do empréstimo. 2.1 FERRAMENTAS DE RATING O Grupo usa desde 1993 modelos próprios de qualificação de solvência ou rating internos, para medir o grau de risco de um cliente ou de uma operação. Cada rating está relacionado com uma probabilidade de inadimplência ou não pagamento, determinada a partir da experiência histórica da instituição, com a exceção de algumas carteiras conceituadas como low default portfólios. No Grupo, existem cerca de 200 modelos de qualificação interna, utilizados no processo de admissão e acompanhamento do risco. As ferramentas de qualificação globais são aquelas aplicadas aos segmentos de risco soberano, instituições financeiras e GB&M, com gestão centralizada no Grupo, na determinação do seu rating e no acompanhamento do risco. Essas ferramentas geram um rating de cada cliente, resultado da combinação de dados de um módulo quantitativo ou automático, um módulo qualitativo ou de ajuste feito por um analista e um conjunto de ajustes finais. O rating quantitativo é ajustado com a cotação do mercado de derivados de crédito, credit default swaps e com a informação do balanço, gerando um modelo estatístico baseado nos estados financeiros, que também pode ser usado nas instituições que não dispõem de cotação líquida desses instrumentos. Posteriormente, um analista revisa essa pontuação, calculada automaticamente, e a ajusta a um rating final. Finalmente, no caso do GB&M, é realizado um ajuste de rating nos casos em que o cliente avaliado pertença a um grupo do qual recebe apoio explícito. No caso do rating de instituições financeiras e do GB&M, o rating do cliente poderá ser modificado, considerando o país em que é realizada a operação. Assim, há um rating local e outro cross-border para cada cliente. No caso de empresas e instituições privadas de carteira, a matriz do Grupo Santander definiu uma metodologia única para elaborar um rating em cada país, baseada nos mesmos módulos que os ratings anteriores: quantitativo ou automático (nesse caso analisando o comportamento de crédito de uma amostra de clientes em relação aos seus estados financeiros), qualitativo ou revisão feita pelo analista e ajustes finais. Cada unidade contribui com dados próprios e estados financeiros dos clientes, e pesquisa quais são os índices mais representativos estatisticamente. Uma vez criado esse rating específico para o país, sua aplicação não é centralizada. É utilizado por diversos grupos de analistas para garantir proximidade com o cliente. Em todos os casos, durante a fase de acompanhamento, as qualificações do cliente são periodicamente revistas, pelo menos uma vez por ano, incorporando a nova informação financeira disponível e a experiência do desenvolvimento do relacionamento bancário. A periodicidade das revisões é aumentada no caso de clientes que alcancem determinados níveis nos sistemas automáticos de alerta e nos de acompanhamento especial. Também são revisadas as 125

126 ferramentas de qualificação para poder ajustar a precisão da qualificação outorgada. Nas carteiras de Riscos Padronizados, o Grupo aplica diversos sistemas de scoring, que avaliam automaticamente as propostas em função do segmento, produto e canal ao qual pertencem, sejam operações com pessoas jurídicas (microempresas, negócios) ou pessoas físicas. Esses sistemas de admissão de novas operações são complementados com modelos de qualificação de comportamento, com informações do Grupo sobre o desempenho dos clientes no relacionamento bancário (saldos, movimentos, pagamentos de parcelas, etc.). As informações são fundamentais para a gestão do risco, sendo utilizadas nas campanhas comerciais de autorização automática de operações. Nos gráficos seguintes é apresentada a distribuição da exposição, em 31 de dezembro de 2007, ajustada em termos de EAD (exposure at default), ou seja, com aplicação de fatores de conversão às exposições fora de balanço, segundo o rating e a perda esperada para cada uma das principais categorias de risco de crédito: clientes, contrapartida (que inclui as posições com instituições financeiras e posições de renda fixa, derivados e repos com todo tipo de contrapartes) e soberanos. A distribuição de rating na carteira de clientes corresponde a um perfil típico de predomínio do Banco Comercial. Quando o rating for inferior a BBB, tem peso majoritário nas carteiras de pequenas e médias empresas, crédito pessoal, cartões e em parte das carteiras hipotecárias do Grupo. São exposições caracterizadas por um alto grau de pulverização, menor consumo proporcional de capital e níveis de perda esperada amplamente cobertos com a margem das operações. CLIENTES CONTRAPARTIDA Perda esperada Peso na exposição total (% s/ead) 27,00% Perda esperada Peso na exposição total (% s/ead) 4,41% 18,58% 0,004% 0,02% 0,06% 0,21% 0,90% 5,26% 0,004% 0,02% 0,05% 0,22% 0,80% 12,8 8,7 22,8 26,4 19,7 9,3 0,2 37,4 39,8 12,7 4,7 5,3 0,1 0,0 AAA AA A BBB BB B CCC AAA AA A BBB BB B CCC SOBERANO TOTAL Perda esperada Peso na exposição total (% s/ead) Perda esperada Peso na exposição total (% s/ead) 26,93% 0,004% 0,32% 2,08% 3,31% 0,004% 0,02% 0,06% 0,21% 0,90% 5,26% 99,7 0,1 0,1 0,0 21,7 11,0 20,1 22,4 16,8 7,7 0,2 AAA* AA A BBB BB B CCC AAA AA A BBB BB B CCC * Inclui posições soberanas em moedas locais 126

127 CONCEITO DE PERDA ESPERADA Além da avaliação do cliente, a análise das operações considera outros aspectos como o prazo, o tipo de produto e as garantias existentes, que ajustam o rating inicial do cliente. São consideradas a probabilidade de que o cliente fique inadimplente (Probability of Default, ou PD na nomenclatura da Basiléia), a exposição no momento da inadimplência (Exposure at Default, ou EAD) e a porcentagem estimada do montante que não poderá ser recuperado sobre o valor não pago (Loss Given Default, ou LGD). A estimativa desses três fatores mencionados permite calcular antecipadamente a perda provável em cada operação ou perda esperada (PE). É fundamental calcular esse valor corretamente para saber qual será a taxa de prêmio do risco e poder avaliar a perda esperada como mais um custo da atividade. Os gráficos a seguir, preparados com dados da inadimplência na Espanha, mostram a distribuição das operações de crédito pessoal e hipotecárias inadimplentes desde 2001, em função das porcentagens recuperadas, descontados todos os custos, inclusive o financeiro ou de oportunidade, gerados no processo de recuperação. Internacionalmente, o novo Acordo de Capital da Basiléia (BIS II) utiliza o conceito de perda esperada. O capital regulatório é definido como a diferença entre a perda inesperada e a perda esperada. Ela é comparada com as provisões por insolvência constituídas e, se for superior, a diferença deverá subtrair-se dos recursos próprios computáveis. Ao contrário, se as provisões superam a PE, a diferença pode, com certos limites, ser computada como recursos próprios. A dilatada experiência em modelos internos de rating e medição de perda esperada colocam o Grupo Santander em uma posição privilegiada para enfrentar o novo cenário regulatório. ESCALA COMPARATIVA DE RATINGS Para tornar equivalentes os ratings internos dos diferentes modelos disponíveis: corporativo, soberano, instituições financeiras e permitir que sejam comparados com os ratings externos das agências de classificação, o Grupo tem uma Escala Comparativa de Ratings. A equivalência é estabelecida pela probabilidade de inadimplência associada com cada rating. As probabilidades avaliadas internamente são comparadas com as taxas de inadimplência associadas com os ratings externos, publicados periodicamente pelas agências de rating. ESPANHA - MATRIZ Hipotecários: distribuição de operações por % recuperado 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% <=10% >10% y <=20% >20% y <=30% >30% y <=40% >40% y <=50% >50% y <=60% >60% y <=70% >70% y <=80% >80% y <=90% >=90% ESPANHA-MATRIZ Consumo: distribuição de operações por % recuperado 70% 60% 50% 40% 30% 20% ESCALA COMPARATIVA DE RATINGS Equivalência com: Rating Probabilidade Standard Moody s interno de erro & Poor s 9,3 0,017% AAA Aaa 9,2 0,018% AA+ Aa1 9,0 0,022% AA Aa2 8,5 0,035% AA- Aa3 8,0 0,06% A+ A1 7,5 0,09% A A2 7,0 0,14% A- A3 6,5 0,23% BBB+ Baa1 6,0 0,36% BBB Baa2 5,5 0,57% BBB- Baa3 5,0 0,92% BB+ Ba1 4,5 1,46% BB Ba2 4,0 2,33% BB/BB- Ba2/Ba3 3,5 3,71% BB-/B+ Ba3/B1 3,0 5,92% B+/B B1/B2 2,5 9,44% B B2 2,0 15,05% B- B3 1,5 24,00% CCC Caa1 1,0 38,26% CC/C Caa1/Caa2 10% 0% <=10% >10% y <=20% >20% y <=30% >30% y <=40% >40% y <=50% >50% y <=60% >60% y <=70% >70% y <=80% >80% y <=90% >=90% 127

128 O quadro a seguir mostra a segmentação da carteira de empresas da Espanha - matriz por rating RISCO COM EMPRESAS POR RATING Espanha-Matriz SEGMENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO Por unidades de negócio, em milhões de euros EAD % PD LGD PE MÉDIA MÉDIA ,7% 3,5% 0,3% 0,2% 0,1% 7,8% 21,3% 29,6% 34,7% Rede San. Espanha ,6% 2,25% 18,2% 0,41% Banesto ,8% 1,23% 22,3% 0,28% Abbey ,6% 2,61% 14,0% 0,37% Portugal ,1% 1,71% 26,9% 0,46% SCF ,5% 4,58% 40,1% 1,83% América Latina ,5% 3,63% 47,1% 1,71% Restante (vertical) ,9% 0,56% 29,9% 0,17% 2.2. SEGMENTAÇÃO DOS CLIENTES PARA GESTÃO DO RISCO DE CRÉDITO Na tabela abaixo é detalhada a distribuição por segmentos da exposição de crédito com clientes, por EAD. Cerca de 83% do risco total com clientes (excluindo o soberano e os riscos de contrapartida) correspondem a segmentos de pequenas e médias empresas e financiamento às pessoas físicas, comprovando a orientação comercial do negócio e dos riscos do Santander. A perda esperada na exposição com clientes é de 0,81%, sendo 0,68% para o conjunto da exposição de crédito do Grupo. Isso é considerado um perfil médio-baixo do risco assumido. SEGMENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AO RISCO DE CRÉDITO Por segmentos. Milhões de euros EAD % PD LGD PE MÉDIA MÉDIA Soberano ,6% 0,03% 25,3% 0,01% Contrapartida ,4% 0,19% 41,2% 0,08% GB&M Atacadista Global* ,6%0,51% 42,4% 0,22% Total Grupo ,0% 2,41% 28,1% 0,68% **Medição transversal: há empresas de GB&M em outros segmentos da carteira. MEDIÇÕES DE PERDA ESPERADA POR RISCO DE CRÉDITO A perda esperada média por risco de crédito do Grupo no ciclo econômico, com dados de dezembro de 2007, era de 0,68% sobre a exposição (0,63% em 2006, com dados ajustados pelas mudanças de metodologia para poder compará-los com os de 2007), medida segundo o critério de exposição ajustada (EAD). Em 2007, houve um aumento nas carteiras de varejo do Grupo, com leve aumento da perda esperada, compensado pela maior margem financeira. Isso gerou um maior retorno ajustado ao risco (RORAC). No processo de estimativa da perda esperada e capital econômico necessário, a metodologia do Grupo ajusta as perdas do ciclo econômico com um critério muito rigoroso, ao considerar as perdas dos piores anos do ciclo. Setor Público ,2% 0,65% 21,3% 0,14% Corporativa ,6% 0,67% 40,4% 0,27% Empresas ,6% 2,27% 29,3% 0,67% Hipotecários ,4% 2,72% 7,1% 0,19% Crédito pessoal ,9% 6,10% 45,1% 2,75% Cartões ,8% 8,30% 62,1% 5,15% Restante ,4% 2,40% 57,0% 1,37% Pró-memória Clientes ,0% 2,88% 28,0% 0,81% Total Grupo ,0% 2,41% 28,1% 0,68% 128

129 2.3 PROVA DE RAZOABILIDADE: PERDA ESPERADA DO BANCO MATRIZ Como contraste do modelo de cálculo da perda esperada para o Banco matriz na Espanha, o gráfico a seguir compara as provisões específicas, líquidas de recuperações, da carteira média de clientes, com a perda esperada estimada. As provisões por insolvências foram substancialmente reduzidas no período , aumentaram nos anos seguintes, acompanhando a desaceleração da economia espanhola, refletindo o seu caráter cíclico, e novamente diminuíram a partir de A média das perdas deve ser adaptada em função do ciclo. Assim é obtida uma média corrigida pelo ciclo de 0,35%, bem ajustada com 0,39%, resultado do modelo interno, no caso do Banco matriz. PROVISÕES PARA INSOLVÊNCIAS LÍQUIDAS (% RISCO CLIENTE MÉDIO) E PERDA ESPERADA 0,90% 0,53% 0,40% Perda Esperada: 0,39% Média ajustada ao ciclo: 0,35% 0,12% 0,07% 0,11% 0,21% 0,27% 0,19% 0,16% Média 95-07: 0,24% 0,12% 0,02% 0,02% MEDIÇÕES DE CUSTO DE CRÉDITO (PERDA OBSERVADA) O custo do risco de crédito no Grupo Santander é medido de diferentes maneiras: variação na mora da gestão (duvidosos finais duvidosos iniciais + falidos recuperação de falidos), provisões líquidas para insolvências (provisões específicas líquidas recuperação de falidos) e falidos líquidos (falidos - recuperação de falidos). Os três enfoques medem a mesma realidade, ficando próximos no longo prazo. CUSTO DO CRÉDITO TOTAL DE GRUPO SANTANDER 0,9% 0,8% MÉDIA VMG 0,39% DNIs 0,46% Falidos líquidos 0,42% 0,7% 0,6% 0,5% 0,4% 0,3% 0,2% 0,1% dez-01 dez-02 dez-03 dez-04 dez-05 dez-06 dez-07 Variação mora gestão Provisões líquidas para insolvências Falidos líquidos 129

130 Os três indicadores representam momentos sucessivos na medição do custo do crédito: a entrada em inadimplência, a cobertura dos duvidosos e a transferência para a condição de falidos. Por esse motivo, não obstante coincidam no longo prazo, pode haver diferenças no tempo em que as perdas são contabilizadas. Isso é determinado por normas contábeis (por exemplo, os hipotecários têm um calendário de cobertura e a transferência para a condição de falidos é mais lenta que a carteira de crédito pessoal). A análise VARIAÇÃO DA MORA NA GESTÃO* (% s/ saldos médios) também pode complicar-se pelas mudanças na política de coberturas e na transferência para a condição de falidos, ou composição da carteira, duvidosos de instituições adquiridas, mudanças nas normas contábeis, venda de carteiras, etc. Nos gráficos a seguir, podemos ver o custo do risco do crédito no Grupo Santander, nas suas principais áreas de atividade durante 2007 e uma comparação com anos anteriores, medidos a partir de diferentes enfoques ,81 2,61 1,17 0,66 0,19 0,29 0,40 0,70 0,64 0,69 0,21 0,34 0,29 0,21 0,23 0,11 0,09 0,16 0,20 0,20 0,34 0,49 0,74 1,57 Grupo Espanha Abbey Restante da Europa América Latina *Variação de saldos duvidosos, mais falidos e líquidos PROVISÕES LÍQUIDAS** (% s/ saldos médios) 2, ,60 0,39 0,23 0,32 0,21 0,50 0,19 0,06 0,05 0,06 0,15 0,19 0,20 0,23 0,00 0,77 0,77 0,61 0,46 0,43 0,75 0,45 0,67 Grupo Espanha Abbey Restante da Europa América Latina * Provisões específicas líquidas menos falidos recuperados FALIDOS LÍQUIDOS* (% s/saldos médios) ,77 1,67 0,40 0,26 0,22 0,26 0,43 0,12 0,12 0,16 0,06 0,08 0,21 0,18 0,20 0,00 0,78 0,38 0,32 0,45 0,43 0,93 0,77 0,79 Grupo Espanha Abbey Restante da Europa América Latina * Falidos menos recuperação de falidos A tendência geral nos últimos anos foi manter o custo do crédito do Santander em níveis históricos bem reduzidos, dificilmente repetidos no futuro. Em 2007, houve um aumento do custo do crédito, que pode ser atribuído ao maior crescimento nas carteiras de varejo que, com uma maior perda esperada, apresentam níveis maiores de rentabilidade direta (margem financeira menos custo das provisões) e indireta (negócio induzido) e um maior atrativo pelo caráter mais previsível desse tipo de risco. Essa estratégia explica o aumento do custo do crédito, especialmente na América Latina. 130

131 2.5 SISTEMAS DE CONTROLE E ACOMPANHAMENTO É fundamental dispor de um sólido controle para garantir uma gestão adequada do risco de crédito e manter o perfil de risco da instituição dentro dos parâmetros definidos pelo Conselho de Administração e a diretoria. Pelas normas regulatórias (Sarbanes- Oxley, BIS II), é exigido das instituições financeiras um sistema de controle adequado à dimensão e complexidade de cada organização. Em 2006, dentro das normas corporativas estabelecidas no Grupo para cumprir a lei Sarbanes Oxley, foi estabelecida uma ferramenta corporativa na Intranet do Grupo para documentar e certificar todos os sub-processos, riscos operacionais e controles que os reduzem. A Divisão de Riscos avalia anualmente a eficiência do controle interno das suas atividades. Desenvolver esses exercícios de avaliação supõe um reforço constante dos elementos de controle e disciplina dos processos, com relação aos já existentes. 2.6 RISCO DE CONCENTRAÇÃO O risco de concentração, no cenário de risco de crédito, é um elemento essencial da gestão. O Grupo faz um contínuo acompanhamento do grau de concentração das carteiras de risco de crédito, sob diferentes dimensões: áreas geográficas e países, setores econômicos, produtos e grupos de clientes. A Comissão Delegada de Riscos estabelece as políticas de risco e revisa os limites de exposição apropriados para a adequada gestão do grau de concentração das carteiras de risco de crédito. O Grupo está sujeito às normas regulatórias do Banco na Espanha para os Grandes Riscos (os que superem 10% dos recursos próprios computáveis). De acordo com as normas da Circular 5/93, nenhuma exposição individual, incluindo todo tipo de riscos de crédito e de renda variável, poderá superar 25% dos recursos próprios do Grupo. O conjunto dos Grandes Riscos não poderá representar mais de oito vezes os recursos próprios. São excetuadas desse tratamento as exposições com governos de países da OCDE. Em 31 de dezembro de 2007, o cliente de maior risco, 17,4% sobre os recursos próprios computáveis conforme os critérios regulatórios, era uma empresa espanhola com rating interno A-. Outros quatro grupos tinham essa qualificação de grande risco, sendo duas empresas espanholas com rating A-; e dois bancos europeus com rating AA. 2.7 RISCO DE CONTRAPARTIDA O risco de contrapartida é uma variante do risco de crédito. Dentro desse risco está incluído todo tipo de exposições com instituições de crédito e o risco de solvência assumido nas operações de tesouraria (títulos, repos, derivados) com outro tipo de clientes. O controle do risco é realizado com um sistema integrado e em tempo real, que permite conhecer a cada momento qual é o limite de exposição disponível em qualquer contrapartida, produto e prazo, e unidade do Grupo. O risco é medido pelo seu valor atual em mercado e potencial (valor das posições de risco considerando a variação futura dos fatores de mercado subjacentes nos contratos). O Risco Equivalente de Crédito (REC) é definido como a soma do valor líquido de reposição, mais o valor potencial máximo futuro desses contratos. Em 2007, chegou a 20,269 bilhões de euros. As operações com derivados são concentradas em contrapartidas de grande qualidade de crédito. A taxa de risco com contrapartidas é de 75,8%, com um rating igual ou superior a A-. Na distribuição geográfica do risco, 27% correspondem às contrapartidas espanholas, 23,9% às contrapartidas britânicas (operações feitas basicamente pelo Abbey). No restante da Europa 16,6%, na América Latina 19,0% e nos EUA 12,7%. A distribuição do risco em derivados, por tipo de contrapartida, é 54% com bancos, 30% com grandes corporações e 16% com pequenas e médias empresas. O valor fictício de referência tomado como ativo subjacente e/ou contratual dos contratos relacionados no quadro a seguir reflete posições líquidas nesses instrumentos, resultado de compensações e de combinações entre eles, atendendo critérios de risco, pois são utilizados no cálculo dos mesmos. Em 31 de dezembro de 2007, a exposição ao crédito nos 20 primeiros grupos econômico-financeiros registrados, excluindo governos AAA e títulos soberanos em moedas locais, representava 5% do risco de crédito com clientes (investimento mais riscos da empresa). A Divisão de Riscos do Grupo colabora intensamente com a Divisão Financeira na gestão ativa das carteiras de crédito para reduzir a concentração das exposições, mediante técnicas como a contratação de derivados de crédito de cobertura, ou operações de securitização, para aperfeiçoar a relação retorno - risco da carteira total. 131

132 NOCIONAIS DE PRODUTOS DERIVADOS OTC POR VENCIMENTOS* Valores em milhões de euros. Em 31 de dezembro de Total Nocionais < 1 ano 1-5 anos 5-10 anos >10 anos Negociação Cobertura Total CDS Proteção Comprada CDS Proteção Vendida CDS Opções TOTAL DERIVADOS DE CRÉDITO Forwards Renda Variável Opções Renda Variável Swaps Renda Variável TOTAL RENDA VARIÁVEL Forwards Renda Fixa Opções Renda Fixa Spot Renda Fixa TOTAL RENDA FIXA Câmbios, a prazo e à vista Opções taxas de câmbio Swaps taxas de câmbio Outros Derivados de Câmbio TOTAL TAXAS DE CÂMBIO Asset Swaps Call Money Swaps RS Forwards Taxas de Juros - FRAs Outros Derivados Taxas de Juros Estruturas Taxas de Juros TOTAL TAXAS DE JUROS Matérias-primas TOTAL MATÉRIAS-PRIMAS TOTAL DERIVADOS * Excluído o Banesto. ATIVIDADE EM DERIVADOS DE CRÉDITO O Grupo Santander utiliza derivados de crédito para realizar coberturas em operações de crédito e, de maneira limitada, nas suas operações de trading. O risco dessas atividades é controlado por um amplo conjunto de limites como VAR, nominal por rating, sensibilidade ao spread por rating e por nome, sensibilidade à taxa de recuperação e sensibilidade à correlação. Também são fixados limites de jump-todefault, por zona geográfica, setor e liquidez. DISTRIBUIÇÃO DO RISCO EM DERIVADOS OTC POR TIPO CONTRAPARTE % Bancos 53,7 Corporativas 30,0 Pequenas e médias empresas 15,6 Organismos públicos 0,7 Em 31 de dezembro de 2007, para a atividade de trading do Grupo, a sensibilidade das posições líquidas de derivados de crédito a aumentos de spread de um ponto básico, era de apenas 710 mil euros, e o VaR médio no ano desses instrumentos era de 9,5 milhões de dólares. 132

133 DERIVADOS OTC: DISTRIBUIÇÃO POR RISCO EQUIVALENTE DE CRÉDITO E MTM LÍQUIDO *Milhões de euros. Em 31 de dezembro de TOTAL REC TOTAL MTM Líquido Negociação Cobertura TOTAL Negociação Cobertura TOTAL CDS Proteção Comprada CDS Proteção Vendida CDS Opções TOTAL DERIVADOS DE CRÉDITO Forwards Renda Variável Opções Renda Variável Swaps Renda Variável TOTAL RENDA VARIÁVEL Forwards Renta Fixa Opções Renda Variável Swaps Renda Variável TOTAL RENDA FIXA Câmbio a prazo e à vista Opções Taxas de Câmbio Swaps Taxas de Câmbio Outros Derivados de Câmbio TOTAL TAXAS DE CÂMBIO Asset Swaps Call Money Swaps IRS Forwards Taxas de Juros - FRAs Outros Derivados Taxas de Juros Estruturas Taxas de Juros TOTAL TIPO DE JUROS Matérias primas TOTAL MATÉRIAS PRIMAS TOTAL DERIVADOS COLLATERAL CASH COLLATERAL BOND COLLATERAL EQUITY COLATERAIS TOTAL * Excluído Banesto. DISTRIBUIÇÃO DO RISCO EM DERIVADOS OTC POR RATING DA CONTRAPARTIDA DADOS DE 31 DE DEZEMBRO DE % AAA 0,9 AA 46,8 A 28,1 BBB 16,8 BB 3,9 B 0,2 Sem Rating 3,4 DISTRIBUIÇÃO DO RISCO EM DERIVADOS OTC POR ÁREAS GEOGRÁFICAS % Espanha 27,0% Reino Unido 23,9% Restante da Europa 16,6% América Latina 19,0% EUA. 12,7% Outros 0,8% 133

134 2.8 RISCO-PAÍS O risco-país é um componente do risco de crédito que incorpora todas as operações de crédito estrangeiras (crossborder). Os seus elementos principais são o risco soberano, o risco de transferência e o risco de flutuações intensas da taxa de câmbio da moeda local. Em 31 de dezembro de 2007, a exposição que poderia ser provisionada por risco-país alcançava 916 milhões de euros, 55 milhões inferior a dezembro de Nessa mesma data, a dotação de fundos era de 124 milhões de euros, comparados com 233,5 milhões do exercício anterior. Essa queda acontece em razão da mudança da composição da posição do risco-país. EVOLUÇÃO RISCO-PAÍS A SER PROVISIONADO Milhões de euros dos depósitos de clientes captados localmente, em moeda local. As exposições ao risco soberano de emissores latino-americanos denominadas em divisas diferentes à oficial do país de emissão, alcançam 3,11 bilhões de euros, menos de 10% do total do risco soberano com emissores RISCO MEIO AMBIENTE A análise do risco meio ambiente nas operações de crédito é um dos pontos principais do Plano Estratégico de Responsabilidade Social Corporativa. Desde o início de 2004, o Santander tem um Sistema de Avaliação de Riscos de Meio Ambiente, desenvolvido com a Companhia Espanhola de Seguro de Crédito de Exportação (CESCE) e Garrigues Meio ambiental, para avaliar o risco do meio ambiente de cada empresa, sejam clientes atuais ou potenciais O sistema coloca à disposição um mapa do risco de meio ambiente da carteira de empresas avaliadas (muito baixo, baixo, médio e alto), que permite realizar novas revisões específicas com maior profundidade Dez 2001 Dez 2002 Dez 2003 Dez 2004 Dez 2005 Dez 2006 Dez 2007 Os princípios de gestão do risco país obedecem a um critério de máxima prudência, assumindo o risco país de maneira muito seletiva em operações claramente rentáveis para o Grupo, que reforçam o relacionamento global com seus clientes. 2.9 RISCO SOBERANO Risco soberano é aquele contraído em operações com os bancos centrais (incluído o depósito compulsório regulatório), o risco de emissão do Tesouro (carteira da dívida pública) e o derivado das operações com instituições públicas com as seguintes características: que os fundos sejam originados unicamente em receitas orçamentárias do Estado, que as mesmas sejam legalmente reconhecidas pelas instituições vinculadas com o Estado e que desenvolvam atividades que não sejam de caráter comercial. Em 31 de dezembro de 2007, o risco estava concentrado na América Latina, com 56% do total, sendo o Brasil e o México os principais focos (representam 45% do total). O restante estava principalmente na zona do euro (43% do total), com presença majoritária da Espanha (30% do total). Comparado com o encerramento do exercício anterior, houve um aumento total de cerca de 24%, como conseqüência do aumento das posições na zona do euro. Na América Latina, a exposição ao risco soberano é derivada principalmente das obrigações às que estão sujeitos os nossos parceiros, de constituir depósitos nos seus bancos centrais, e também pelas carteiras de renda fixa que fazem parte da estratégia de gestão de risco de interesse estrutural. Essas exposições são em moeda local, financiadas com receitas RISCO DE MERCADO 3.1 ATIVIDADES SUJEITAS AO RISCO DE MERCADO A medição, controle e acompanhamento da área de Riscos Financeiros abrangem as operações que assumam risco patrimonial. Esse risco é originado na variação dos fatores de risco, taxas de juros, taxas de câmbio, renda variável e a volatilidade, e no risco de solvência e liquidez dos diversos produtos e mercados em que o Grupo opera. Em função da finalidade do risco, as atividades são segmentadas da seguinte maneira: a) Negociação: são incluídas as atividades de serviços financeiros a clientes, as atividades de compra e venda, e o posicionamento em produtos de renda fixa, renda variável e divisas. b) Gestão de Balanço: o risco com juros e liquidez surge pela defasagem existente nos vencimentos, e a nova precificação de todos os ativos e passivos. Também inclui a gestão ativa do risco de crédito inerente ao balanço do Grupo. c) Riscos Estruturais: Risco Estrutural de Câmbio / Cobertura de Resultados: risco da taxa de câmbio, devido à divisa em que é realizado o investimento nas empresas a consolidar ou não (Taxa Estrutural de Câmbio). Aqui também são incluídas as posições de cobertura de taxas de câmbio de resultados futuros gerados em moedas que não sejam euros (cobertura de resultados). Renda Estrutural Variável: são os investimentos em participações de capital em empresas não consolidadas, financeiras e não financeiras, que geram risco em renda variável. 134

135 A área de Tesouraria é responsável pela gestão das posições da atividade de negociação. A área de Gestão Financeira é encarregada pela gestão centralizada de risco na Gestão de Balanço e dos riscos estruturais, aplicando metodologias homogêneas adaptadas à realidade de cada mercado em que opera. Na área de moedas conversíveis, a Gestão Financeira administra os riscos da matriz e coordena a gestão das outras unidades que operam essas moedas. As decisões de gestão desses riscos são tomadas pelos Comitês ALCO de cada país e, em última instância, pelo Comitê de Mercados da matriz. O objetivo da gestão financeira é dar estabilidade e recorrência à margem financeira da atividade comercial, e ao valor econômico do Grupo, mantendo níveis adequados de liquidez e de solvência. Cada uma dessas atividades são medidas e analisadas com ferramentas diferentes, para mostrar da forma mais precisa possível o seu perfil de risco. 3.2 METODOLOGIAS A. ATIVIDADE DE NEGOCIAÇÃO A metodologia padrão aplicada em 2007, no Grupo Santander, para a atividade de negociação, é o Valor em Risco (VaR), que mede a perda máxima esperada com um nível de confiança, em um prazo de tempo determinado. Como base, é usado o padrão de simulação histórica com um nível de confiança de 99%, e prazo de um dia, ajustado estatisticamente para incorporar com eficiência os acontecimentos mais recentes que influenciam os níveis de riscos assumidos. É utilizado um prazo de dois anos, ou mínimo de 520 dados diários obtidos a partir da data de referência do cálculo do VaR. Diariamente, são calculados dois valores, um aplicando um fator de queda exponencial que outorga menor peso às observações mais afastadas do prazo em vigor, e outra com pesos uniformes para todas as observações. O VaR reportado é o maior de ambos. O VaR não é a única medida. Ele é utilizado pela sua facilidade de cálculo, boa referência do nível de risco do Grupo, mas também há outras medições que permitem ter um maior controle dos riscos em todos os mercados de que o Grupo participa. Entre essas medidas está a Análise de Cenários, que consiste em definir cenários de comportamento de variáveis financeiras e ver o impacto nos resultados aplicando-os nas atividades. Esses cenários podem reproduzir fatos já acontecidos (como crises) ou cenários futuros. Há três tipos de cenários: aceitáveis, severos e extremos, e junto com o VaR oferecem um leque muito mais completo do perfil de riscos. Diariamente é feito um acompanhamento das posições, controlando minuciosamente as mudanças produzidas nas carteiras, para detectar as possíveis incidências e assim poder corrigi-las imediatamente. A elaboração diária da conta de resultados é um excelente indicador de riscos, na medida em que permite ver e detectar o impacto das variáveis financeiras nas carteiras. No controle das atividades de derivados e gestão de crédito, devido ao seu caráter atípico, diariamente são avaliadas medidas específicas. É verificada a sensibilidade aos movimentos de preço do subjacente (delta e gama), da volatilidade (Vega) e do tempo (theta). Também são controladas medidas como a sensibilidade ao spread, jump-to-default, concentrações de posições por nível de rating, etc. B. GESTÃO DE BALANÇO 1 RISCO DOS JUROS Grupo realiza análises de sensibilidade da margem financeira e do valor patrimonial nas variações das taxas de juros. Essa sensibilidade é condicionada pela defasagem nas datas de vencimento e de revisão das taxas de juros das diferentes partidas do balanço. Tomando como base o posicionamento das taxas de juros do balanço, e considerando a situação e as perspectivas do mercado, são tomadas medidas financeiras para adequar esse posicionamento ao pretendido pelo Banco. Essas medidas podem incluir tomar posições ou definir as características das taxas de juros dos produtos comerciais. As medidas usadas pelo Grupo para controlar o risco dos juros nessas atividades são o gap das taxas de juros, a sensibilidade da margem financeira e do valor patrimonial a variações nos níveis das taxas de juros, a duração dos recursos próprios, o Valor em Risco (VaR) e a análise de cenários. a) Gap das Taxas de Juros de Ativos e Passivos A análise dos gaps das taxas de juros verifica a defasagem entre os prazos de reavaliação de massas patrimoniais nas partidas do balanço (ativo e passivo) e das contas de compensação (fora do balanço). Facilita a representação básica da estrutura do balanço e permite detectar concentrações de riscos de juros nos diferentes prazos. É uma ferramenta útil para estimar os possíveis impactos de eventuais movimentos nas taxas de juros sobre a margem financeira e sobre o valor patrimonial da instituição. A massa patrimonial que fica fora do balanço deve ser classificada por fluxos e reorganizada pelo ponto de reavaliação dos preços e pelos vencimentos. Quando a massa não tiver um vencimento por contrato, será utilizado um modelo interno de análise e estimativa da sua duração e sensibilidade. b) Sensibilidade da Margem Financeira (NIM) A sensibilidade da margem financeira mede as alterações nos valores a receber esperados para um prazo determinado (12 meses) quando houver deslocamentos na curva das taxas de juros. O cálculo da sensibilidade da margem Financeira é realizado simulando a margem em um cenário de movimento da curva das taxas e no cenário atual. A sensibilidade é a diferença entre as margens. 1 Medidas também aplicáveis na Tesouraria Proprietária 135

136 136 c) Sensibilidade do Valor Patrimonial (MVE) A sensibilidade do valor patrimonial é uma medida complementar à sensibilidade da margem financeira. Ela mede o risco dos juros implícito no valor patrimonial (recursos próprios) baseada na incidência da variação das taxas de juros nos valores atuais dos ativos e passivos financeiros. d) Valor em Risco (VaR) Para a atividade de Balanço e Carteiras de Investimento, o Valor em Risco deve ser calculado no mesmo padrão que para a Negociação: simulação histórica com um nível de confiança de 99% e prazo de um dia. São aplicados ajustes estatísticos que permitem incorporar de forma rápida e eficiente os acontecimentos mais recentes que condicionam os níveis de riscos assumidos. e) Análises de cenários São estabelecidos dois cenários de comportamento das taxas de juros: máxima volatilidade e crise forte. Esses cenários são aplicados às atividades sob análise, obtendo o impacto no valor patrimonial e as projeções da margem financeira para o ano. RISCO DE LIQUIDEZ O risco de liquidez está associado à capacidade do Grupo de financiar os compromissos adquiridos a preços de mercado razoáveis e para desenvolver os seus planos de negócio com financiamentos estáveis. O Grupo controla permanentemente os perfis máximos de defasagem temporal. No capítulo 3.4 Riscos e Resultados em 2007, item B.3. Gestão da liquidez estrutural estão detalhadas as principais ações realizadas durante 2007 nessa área. As medidas utilizadas para controlar o risco de liquidez na Gestão de Balanço são o gap de liquidez, os índices de liquidez, os cenários de stress e os planos de contingência. a) Gap de liquidez O gap de liquidez proporciona informação sobre as entradas e saídas de caixa contratuais e esperadas para um período determinado, em cada uma das moedas em que o Grupo opera. Ele mede a necessidade ou o excesso líquido de fundos em uma determinada data, e reflete o nível de liquidez mantido em condições normais de mercado. São feitos dois tipos de análises do gap de liquidez, em função da partida de balanço de que se trate: 1.-Gap de liquidez contratual: é analisada toda a massa patrimonial e a que fica fora do balanço, sempre que gere fluxos de caixa, ambas colocadas no ponto de vencimento contratual. Para os ativos e passivos sem vencimento contratual, é utilizado um modelo interno de análises, baseado no estudo estatístico da série histórica dos produtos, que determina saldos estáveis e instáveis para efeitos de liquidez. 2.-Gap de Iiquidez operacional: reflete o cenário em condições normais do perfil de liquidez, pois os fluxos das partidas do balanço são colocados no ponto de liquidez provável, e não no ponto de vencimento contratual. Nessa análise, a definição do cenário de comportamento (renovação de passivos, descontos nas vendas de carteiras, renovação de ativos, etc) é o ponto fundamental. b) Índices de liquidez O coeficiente de liquidez compara os ativos líquidos disponíveis para venda ou cessão (uma vez aplicados os descontos e ajustes correspondentes) com o total dos passivos exigíveis (incluindo contingências). Detalha por moedas não consolidáveis a capacidade de resposta imediata da instituição para cumprir os compromissos assumidos. A liquidez líquida acumulada é o gap acumulado em 30 dias, resultado do gap de liquidez modificado. O gap de liquidez contratual modificado é elaborado, partindo do gap de liquidez contratual, e tomando os ativos líquidos no seu ponto de liquidação ou de cessão, não no ponto de vencimento. c) Análises de cenários/ Plano de contingência A gestão de liquidez do Grupo Santander é baseada na adoção das medidas necessárias para prevenir uma crise. Como não é possível prever as causas de uma crise de liquidez, os planos de contingência desenvolvem modelos de crises potenciais, que analisam os diferentes cenários para identificar o tipo de crise, pesquisando as comunicações internas e externas e as responsabilidades individuais. O Plano de Contingência cobre a área de direção de uma unidade local e da sede central. Ao primeiro sinal de crise, estabelece claras linhas de comunicação e sugere um amplo leque de respostas para os diversos níveis de crises. Como as crises podem evoluir em uma base local ou global, cada unidade local deve preparar um Plano de Contingência de Financiamento, indicando o valor que poderia requerer potencialmente como ajuda ou financiamento da unidade central em uma crise. O Plano de Contingência de cada unidade local deve ser comunicado à unidade central (Madri) semestralmente, para ser revisado e atualizado. Esses planos, porém, devem ser atualizados em prazos menores sempre que as circunstâncias dos mercados demandarem. C. RISCO ESTRUTURAL DE CÂMBIO / COBERTURA DE RESULTADOS / RENDA ESTRUTURAL VARIÁVEL O acompanhamento dessas atividades é realizado com medidas de posição, VaR e resultados. D. MEDIDAS COMPLEMENTARIAS Medidas de calibragem e contraste As provas de contraste a posteriori ou back-testing são uma análise comparativa entre as estimações do Valor em Risco (VaR) e os resultados diários limpos (resultado das carteiras no fechamento do dia anterior, avaliadas aos preços do dia seguinte). O objetivo desses testes é verificar e proporcionar uma medida da precisão dos modelos utilizados no cálculo do VaR. As análises de back-testing realizadas pelo Grupo Santander cumprem, no mínimo, com as recomendações do BIS em matéria de conferência dos sistemas internos utilizados na medição e gestão dos riscos financeiros. Também são realizados testes de hipóteses: testes de excessos, testes de normalidade, Spearman rank correlation, medidas de excesso médio, etc.

137 Os modelos de avaliação são calibrados e conferidos regularmente por uma unidade especializada. Coordenação com outras áreas Diariamente é feito um trabalho conjunto com outras áreas, o que permite reduzir o risco operacional. Isso gera a conciliação das posições, dos riscos e dos resultados. Benchmarking Os organismos reguladores locais exigem que, periodicamente, sejam publicadas informações. Por esse motivo é realizada uma pesquisa comparativa da posição do Banco com relação aos seus principais concorrentes, e do sistema. Perfil de vencimento da dívida Quinzenalmente é feita uma análise do perfil dos vencimentos dos títulos em carteira (negociação e investimento), para saber em quais prazos haverá maior concentração de fluxos de caixa. 3.3 SISTEMA DE CONTROLE A. DEFINIÇÃO DOS LIMITES O processo de fixação de limites é feito junto com o exercício orçamentário. Ele é o instrumento utilizado para estabelecer o patrimônio de que dispõe cada atividade. O estabelecimento de limites é um processo dinâmico que responde ao nível de risco considerado aceitável pela Comissão Delegada de Riscos. Identificar e delimitar, de forma eficiente e compreensiva, os principais tipos de riscos financeiros gerados, para que sejam consistentes com a gestão do negócio e com a estratégia definida. Quantificar e comunicar às áreas de negócio, quais os níveis e o perfil de risco que a Comissão Delegada de Riscos considera aceitável, para evitar riscos não desejados. Dar flexibilidade às áreas de negócio para assumir os riscos financeiros de forma eficiente e oportuna, em função das mudanças do mercado e das estratégias de negócio, e sempre dentro dos níveis de risco considerados aceitáveis pela instituição. Permitir aos geradores de negócio assumir riscos em volume prudente e suficiente para alcançar os resultados orçados. Delimitar a faixa de produtos e subjacentes em que cada unidade de Tesouraria pode operar, considerando características como modelos e sistemas de avaliação, liquidez dos instrumentos envolvidos, etc. 3.4 RISCOS E RESULTADOS EM 2007 A. ATIVIDADE DE NEGOCIAÇÃO Análise quantitativa do Var durante o ano A evolução do risco do Grupo1 relativo à atividade de negociação nos mercados financeiros durante o ano 2007, quantificado pelo VaR, foi: B. OBJETIVOS DA ESTRUTURA DE LIMITES A estrutura de limites consiste em desenvolver um processo que considera, entre outros, os seguintes aspectos: EVOLUÇÃO DO VaR DURANTE O ANO 2007 Milhões de euros VaR 99.00% Max. 56, Min. 19, JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Banesto não incluído. 137

138 O VaR reportado durante o ano flutuou 90% do tempo entre 20 e 35 milhões de euros, com duas exceções. A primeira, em meados de julho, explicada pelo aumento da volatilidade nos mercados do Brasil. Depois a tendência de baixa do VaR foi causada pela redução de posições, especialmente de renda fixa e taxas de câmbio no Brasil. O aumento transitório produzido no final de agosto foi conseqüência do crescimento generalizado da volatilidade nos mercados financeiros, afetando severamente os mercados brasileiros. O mínimo do ano, 19,6 milhões de euros, foi no dia 19 de novembro, como conseqüência da redução de posições nas tesourarias de Madri e do México. O cálculo do VaR é afetado pela volatilidade do mercado, que aumentou significativamente na segunda metade do ano. Por isso, as posições liquidas em aberto foram consideravelmente inferiores no segundo semestre do ano, comparadas com o primeiro. O VaR médio da carteira de negociação do Grupo em 2007, 28,9 milhões de euros, é inferior ao valor do ano anterior, apesar do aumento de volatilidade comentado. Comparado com outros grupos financeiros, podemos dizer que o Grupo Santander mantém um perfil de risco de negociação médiobaixo. A sua gestão dinâmica permite que o Grupo mude a estratégia para aproveitar oportunidades em um cenário de incerteza. O quadro a seguir descreve a distribuição de freqüências do risco medido em termos de VaR durante Pode ser observado o acúmulo de dias com níveis entre 24,5 e 34,5 milhões de euros (88,4%) e mais especificamente entre 27 e 32 milhões de euros (62%). QUADRO DE RISCO VaR Número de dias (%) Número de dias (%) ,4% 11,2% 19,4% 17,8% 24,8% 15,1% 3,5% Risco por fator Para 2007, os valores mínimos, médios, máximos e últimos, expressados em termos de VaR, foram: ESTATÍSTICAS DE VaR POR FATOR Mínimo Médio Máximo Último Total Negociação VaRD Total 19,6 28,9 56,1 27,7 Efeito Diversificação (3,1) (11,1) (17,3) (10,5) VaRD Renda Fixa 15,4 24,3 44,1 26,0 VaRD Renda Variável 3,7 5,8 12,1 4,6 VaRD Taxa de Câmbio 5,4 9,8 17,4 7,6 América Latina VaRD Total 12,9 22,3 48,4 15,2 Efeito Diversificação (0,1) (8,6) (15,1) (10,0) VaRD Renda Fixa 11,2 20,1 38,9 16,9 VaRD Renda Variável 2,0 4,0 11,3 3,5 VaRD Taxa de Câmbio 3,4 6,8 13,7 4,7 EUA VaRD Total 0,6 1,7 3,3 0,9 Efeito Diversificação 0,0 (0,6) (2,6) (0,8) VaRD Renda Fixa 0,5 1,5 3,3 0,8 VaRD Renda Variável 0,0 0,2 1,6 0,3 VaRD Taxa de Câmbio 0,1 0,5 2,5 0,5 Europa VaRD Total 6,3 12,0 23,2 18,3 Efeito Diversificação (3,1) (6,0) (13,1) (4,6) VaRD Renda Fixa 4,7 9,3 18,0 15,6 VaRD Renda Variável 2,7 4,1 7,2 3,0 VaRD Taxa de Câmbio 1,0 4,7 14,9 4,2 O VaR médio diminuiu 6,8 milhões de euros com relação a 2006, pela queda no risco em renda fixa, que diminuiu de 32,5 milhões de euros para 24,3 milhões de euros. O risco médio nos outros dois fatores principais, renda variável e taxa de câmbio (5,8 e 9,8 milhões de euros, respectivamente), aumentou ligeiramente (4 e 9,2 milhões de euros, respectivamente, em 2006). A redução do risco em renda fixa se concentrou na América Latina, com o VaR médio nesse fator de 20,1 milhões de euros, comparado com 26 milhões de euros em Em função da escassa exposição relativa do fator de risco crédito, ele é incluído no fator renda fixa. Será mostrado separadamente quando o seu nível de atividade ou risco assim demandar. 0 1,2% 1,2% 0,4% <22 24, , , ,5 42 >44,5 VaR em milhões de euros 138

139 HISTÓRICO DE VaR POR FATOR DE RISCO Milhões de euros 45 VaR R. Fixa VaR R. Variável VaR FX JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 A evolução do VaR durante o exercício demonstra a flexibilidade e a agilidade do Grupo em adaptar o seu perfil de risco às mudanças de estratégia provocadas pela percepção diferente das expectativas nos mercados. Contribuição dos riscos por unidade Os valores mínimos, médios, máximos e finais do risco medido em VaR, por área geográfica, para o ano 2007, foram: Distribuição de riscos e de resultados econômicos a) Distribuição geográfica Na atividade de negociação, a contribuição média da América Latina ao VaR total do Grupo foi de 77,3%, com uma contribuição de 37,8% nos resultados econômicos. A Europa, com um peso de 22,3% no risco global, gerou 58,6% dos resultados, pois a sua atividade de tesouraria está principalmente baseada no serviço aos clientes profissionais. Nova Iorque completou a distribuição de porcentagens com uma contribuição de 3,6% nos resultados, e de 0,4% ao VaR. ESTATÍSTICAS DE RISCO (VaR) ANO 2007 Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Último Total 19,6 28,9 56,1 27,7 Europa 6,3 12,0 23,2 18,3 EUA 0,6 1,7 3,3 0,9 América Latina 12,9 22,3 48,4 15,2 A seguir, apresentamos a contribuição geográfica por porcentagens, em riscos medidos em função do VaRD, e em resultados, medidos em termos econômicos. CONTRIBUIÇÃO DOS RISCOS POR UNIDADE Atividade de negociação, % Resultado econômico anual 80 VaR médio b) Distribuição temporal de riscos e de resultados No gráfico a seguir pode ser observado que o perfil dos riscos assumidos, em função do VaR, foi relativamente constante. O perfil de prazo dos resultados foi muito mais variável concentrado nos meses com maiores benefícios na primeira metade do ano, antes da crise subprime em agosto, que reduziu a atividade nos mercados financeiros, especialmente nos primários. Os dois meses com piores resultados, agosto e dezembro, coincidem com períodos de turbulências globais nos mercados financeiros América Latina Europa Nova Iorque 139

140 DISTRIBUIÇÃO DE RISCOS E RESULTADOS EM 2007: PORCENTAGENS SOBRE TOTAIS ANUAIS Resultado econômico mensal VaR médio mensal JAN 07 FEV 07 MAR 07 ABR 07 MAI 07 JUN 07 JUL 07 AGO 07 SET 07 OUT 06 NOV 07 DEZ 07 Quadro de resultados diários Mark-to-Market (MtM) O quadro de freqüências, a seguir, detalha como foram distribuídos os resultados econômicos diários, em função da sua magnitude. Em 69% dos dias de mercado do ano, que foram 258, os rendimentos diários oscilaram em uma faixa entre 7 e +7 milhões de euros. QUADRO DE FREQÜÊNCIA DE RESULTADOS DIÁRIOS (MtM) Número de días (%) ,9% 5,0% 7,0% 12,0% 20,9% 21,3% 14,7% 7,0% 4,7% 3,5% Gestão do risco financeiro de derivados estruturados A atividade de derivados estruturados está orientada principalmente para o desenho de produtos de investimento e para a cobertura de riscos para clientes. Esse tipo de operação inclui opções de renda variável, de renda fixa e de taxas de câmbio. As principais unidades de gestão em que esta atividade é desenvolvida são Madri, Londres, Brasil, México e, em menor escala, Chile e Portugal. No gráfico a seguir detalhamos a evolução do risco (VaR) do negócio de derivados estruturados durante Na maior parte do tempo oscilou entre 5 e 11 milhões de euros. A principal exceção foi no período entre o final de julho e final de setembro, quando o risco aumentou como conseqüência do aumento generalizado de volatilidade nos mercados financeiros globais. 0 < a -10,5-10,5 a 7-7 a -3,5-3,5 a 0 0 a 3,5 3,5 a 7 7 a 10,5 10,5 a 14 > 14 VaR em milhões de euros 140

141 EVOLUÇÃO DO RISCO (VAR) DO NEGÓCIO DE DERIVADOS ESTRUTURADOS VaR 99.00% Max. 20, JAN FEV MAR 2007 Min. 4,1 30 ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 O risco máximo foi alcançado em 20 de agosto (20,5 milhões de euros) e o mínimo em 12 de fevereiro (4,1 milhões de euros), em um contexto de baixa volatilidade. A tabela a seguir reflete os valores médios, máximos e mínimos alcançados por cada uma das unidades em que foram feitas essas operações. DERIVADOS ESTRUTURADOS. RISCO (VaR) ANO 2007 POR FATOR DE RISCO Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Final VaRD Total 4,1 7,8 20,5 9,6 DERIVADOS ESTRUTURADOS. RISCO (VaR) ANO 2007 POR UNIDADE Milhões de euros Efeito diversificação (1,9) (4,5) (11,7) (4,4) VaRD Renda Fixa 1,7 4,2 15,8 5,9 VaRD Renda Variável 2,2 4,0 8,7 3,2 VaRD Taxa de Câmbio 1,0 4,1 12,1 4,9 Mínimo Médio Máximo Último VaRD Total 4,1 7,8 20,5 9,6 Madri 0,0 3,8 12,9 4,0 Portugal 0,1 0,2 0,5 0,2 Abbey 1,8 3,8 7,0 7,0 Brasil 0,0 4,7 21,6 4,6 Chile 0,2 0,5 1,3 0,6 México 0,0 2,5 3,5 2,7 Medidas de avaliação e de contraste Seguindo as recomendações do BIS para avaliar e controlar a eficiência dos sistemas internos de medição e gestão dos Riscos Financeiros, em 2007 o Grupo realizou as análises e os testes de contraste necessários, obtendo conclusões que permitem comprovar a confiabilidade do modelo. Além do risco médio em 2007 (7,8 milhões de euros) ter sido superior ao alcançado em 2006 (6,9 milhões de euros), o peso dos derivados estruturados no Grupo continuou sendo relativamente baixo. No VaR por fator de risco, a exposição média foi similar à da renda fixa, da renda variável e da taxa de câmbio. O risco em renda fixa e na taxa de câmbio evoluíram em faixas mais amplas que o risco de renda variável. Isto é demonstrado na tabela a seguir: 141

142 BACKTESTING DE CARTEIRAS DE NEGOCIAÇÃO: RESULTADOS DIÁRIOS VS. VALOR EM RISCO (VaR) DO DIA ANTERIOR 60 P&L limpo VaR 99.00% VaR 95.00%ENV Milhões de EUR JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 Análise de cenários Durante 2007 foram analisados diferentes cenários. A seguir, detalhamos os resultados em 31 de dezembro de 2007 para um cenário de máxima volatilidade, aplicando movimentos de seis desvios típicos nos diversos fatores de mercado nas carteiras de negociação. Cenário de volatilidade máxima A tabela a seguir mostra, em 31 de dezembro de 2007, os resultados produzidos por fator de risco (renda fixa, renda variável, e taxa de câmbio), em um cenário com volatilidade equivalente a seis desvios típicos em uma distribuição normal: altas nas taxas de juros, queda nas bolsas, depreciação do dólar e aumento da volatilidade. TESTE DE STRESS DE MÁXIMA VOLATILIDADE Milhões de euros Renda Renda Tipo de fixa variável câmbio Volatilidade Total Total Negociação -19,2-5,7-35,4 7,4-52,9 Europa 14,9 0,4-2,6 7,3 20,0 América Latina -36,2-5,5-34,1 0,1-75,7 EUA (Nova Iorque) 2,0-0,5 1,4 0,0 2,9 A análise demonstra que a perda econômica que sofreria o Grupo nas suas carteiras de negociação, em resultados mark to market (MtM), supondo que no mercado houvesse os movimentos de stress definidos nesse cenário, alcançaria 52,9 milhões de euros, concentrada nas posições de renda fixa e taxas de câmbio da América Latina. B. GESTÃO DE BALANÇO 1 B1. RISCO DE JUROS a) Moedas conversíveis No fechamento em dezembro de 2007, a sensibilidade da margem financeira por um ano, comparada com altas paralelas de 100 pontos básicos da curva das taxas de juros do euro, foi negativa em 362 milhões de euros, sendo a matriz a unidade que concentra praticamente o risco total. A sensibilidade da margem do restante das moedas conversíveis é pouco significativa. No fechamento de 2007, as sensibilidades de valor diante de altas paralelas de 100 pontos básicos, nas curvas das taxas de juros mais relevantes, se concentram na curva do euro, negativa em 161 milhões, sendo o Banesto quem mais contribuiu; e na curva das taxas de juros da libra esterlina, negativa em 197 milhões de libras esterlinas. Em geral, durante a segunda metade do ano, os balanços foram se ajustando para evitar um cenário de queda nas taxas Inclui o total do Balanço, exceto as carteiras de Negociação

143 GAP DE VENCIMENTOS E REAVALIAÇÕES Gap estrutural matriz-holding. Milhões de euros. Em 31 de dezembro de Não sensível Até 1 ano 1-3 anos 3-5 anos Mais de 5 anos Total Mercado monetário e de títulos Investimento em crédito Participações permanentes Outros ativos Total do ativo Mercado monetário Credores Emissões e securitizações Recursos próprios e outros passivos Total do passivo Gap balanço (28.032) (8.732) (3.858) (9.608) Gap fora do balanço estrutural (494) Gap total estrutural (17.859) (8.001) (4.352) Gap acumulado ---- (17.859) (2.526) (10.527) (14.879) ---- b) América Latina (1) Análise quantitativa do risco O risco dos juros nas carteiras de Gestão de Balanço na América Latina, medido em termos de sensibilidade da margem financeira (NIM), por um ano em uma alta paralela de 100 pontos básicos da curva das taxas de juros, ficou durante todo o ano de 2007 em níveis de baixa, e oscilando em uma faixa estreita, com um máximo de 54 milhões de euros em outubro. A sensibilidade de valor flutuou em uma faixa de 300 a 400 milhões de euros, com uma tendência de queda na segunda metade do ano, explicada principalmente pela redução das posições da carteira no México. Essa carteira de títulos públicos em moeda local e swaps de taxas de juros tem o objetivo de cobrir possíveis perdas futuras de margem. No fechamento de dezembro de 2007, o consumo de risco para a região, medido em sensibilidade de 100 pb do valor patrimonial, foi de 326 milhões de euros (377 milhões de euros em dezembro de 2006); e o risco na margem financeira por um ano, medido em sensibilidade de 100 pb, ficou em 21 milhões de euros (20 milhões de euros em dezembro de 2006). EVOLUÇÃO PERFIL DE RISCO AMÉRICA LATINA Sensibilidade de NIM e MVE a 100 p.b. Milhões de EUR ,1 NIM Dezembro ,4 16,0 356,8 Março 07 MVE 24,5 397,2 49,4 325,9 Perfil de risco de juros no fechamento do ano 21,2 326,1 Nos quadros de gaps, temos o detalhe por prazo do risco mantido na América Latina, em dezembro de Junho 07 Setembro 07 Dezembro 07 GAP ESTRUTURAL AMÉRICA LATINA Milhões de euros Total 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos > 3 anos Não sensível Moeda Local Ativo Passivo Fora do balanço Gap Moeda Estrangeira Ativo Passivo Fora do balanço Gap

144 (2) Distribuição geográfica Sensibilidade margem financeira Para o total da América Latina, o consumo no fechamento de 2007 foi de 21 milhões de euros (sensibilidade da margem financeira por um ano, com altas de 100 pontos básicos). Sua distribuição geográfica é demonstrada na tabela a seguir: SENSIBILIDADE MARGEM FINANCEIRA % Porto Rico 36,1% Brasil 20,5% Chile 19,0% Venezuela 16,0% México 3,7% Argentina 3,5% Restante dos países 1,2% Restante: Colômbia, Panamá, Santander Overseas e Uruguai Mais de 90% do risco está concentrado em quatro países: Porto Rico, Brasil, Chile e Venezuela. Sensibilidade do valor patrimonial Para o total da América Latina, o consumo no fechamento de 2007 foi de 326 milhões de euros (sensibilidade do valor patrimonial em um movimento paralelo de alta de 100 pontos básicos das taxas de juros), com a seguinte distribuição geográfica: SENSIBILIDADE DO VALOR PATRIMONIAL % Chile 36,9% Brasil 26,3% Porto Rico 16,9% México 10,9% Argentina 6,4% Venezuela 1,5% Restante 1,1% Restante: Colômbia, Panamá, Santander Overseas e Uruguai Mais de 90% do risco do valor patrimonial está concentrado em quatro países: Chile, Brasil, Porto Rico e México. O risco de Gestão de Balanço na América Latina, medido em termos de VaR, alcançou 79,4 milhões de euros no fechamento de Como mostra o gráfico anexo, majoritariamente concentrado no Chile. DISTRIBUIÇÃO RISCO (VaR). GESTÃO DO BALANÇO % Chile 59,6% Venezuela 12,6% México 8,9% Argentina 7,7% Brasil 7,5% Porto Rico 3,7% B2. GESTÃO ESTRUTURAL DE RISCO DE CRÉDITO O objetivo da gestão estrutural de risco de crédito é reduzir as concentrações produzidas como conseqüência da atividade comercial, por meio da venda de ativos. Essas operações são compensadas com a aquisição de outros ativos que permitem diversificar o conjunto da carteira de crédito. A área de Gestão Financeira analisa essas estratégias e realiza as propostas de gestão à ALCO, para aperfeiçoar a exposição ao risco de crédito e contribuir para a criação de valor. Durante o ano de 2007: Foram securitizados ativos no valor de 44,5 bilhões de euros, dos quais 30,25 bilhões de euros foram colocados no mercado. No mercado secundário, foi vendido um total de títulos de securitização AAA e AA de 1 bilhão de euros, BBB de 96,5 milhões de euros e BB de 14,6 milhões de euros. Foram realizadas coberturas de títulos de securitização em carteira pelo valor de 2,4 bilhões de euros. Na segunda metade do ano, devido à deterioração do mercado de crédito, foram recomprados no mercado títulos de securitização AAA da matriz (2,5 bilhões de euros), pois os níveis elevados de spread não justificavam o seu risco. B3. GESTÃO DA LIQUIDEZ ESTRUTURAL A gestão da liquidez estrutural tem como objetivo financiar a atividade recorrente do Grupo em condições ótimas de prazos e de custos e evitar assumir riscos de liquidez não desejados. O Santander gere a sua liquidez na base de uma situação estrutural confortável devido ao seu caráter de banco comercial, e dos princípios de gestão baseados na prudência e na antecipação: - Posição confortável de liquidez estrutural. O Santander é um banco fundamentalmente comercial. Por isso, na sua estrutura de financiamento, os depósitos dos clientes constituem a principal fonte de obtenção de liquidez. Esses depósitos, somados ao capital e ao restante dos instrumentos vinculados, permitem cobrir a maior parte das necessidades de liquidez do Grupo, reduzindo o financiamento no mercado de atacado. Na América Latina, o maior volume de depósitos sobre créditos faz com que o financiamento em mercados de atacados seja residual, e basicamente por motivos de presença e diversificação. Para o restante do Grupo (a denominada área de moedas conversíveis), os depósitos somados aos recursos permanentes do balanço (capital e passivos assimilados) 144

145 cobrem cerca de três quartos dos créditos líquidos de securitizações. Assim, em moedas conversíveis são financiados apenas um quarto dos créditos não securitizados em mercados de atacado com dívida em médio e longo prazo, com estrutura adequada. - Amplo acesso aos mercados de atacado de liquidez, baseados em elevados ratings em curto e longo prazo. Nos dois últimos anos, todas as agências de rating elevaram a qualificação em longo prazo do Santander, que alcançou no final de 2007 o grau AA ou superior (a qualificação da Moody s é Aa1, equivalente a AA+; os outros três ficaram em AA), todos com perspectiva estável. - Diversificação de mercados e instrumentos para obter liquidez. O Grupo tem presença ativa em um conjunto amplo e diversificado de mercados de financiamento, limitando a sua dependência de mercados concretos e mantendo disponíveis amplas capacidades de entrar nos mercados. - Isso permite ter uma adequada estrutura de emissões em médio e longo prazo, com um reduzido recurso de financiamento no atacado em curto prazo (no fechamento de 2007, papéis comerciais e notas promissórias representavam apenas 7% do total do financiamento no atacado). Essa estrutura é baseada em securitizações (cerca de um terço do total) e uma carteira de emissões de médio e longo prazo (cerca de 60% do total), diversificada por produtos e com vencimentos médios de 4,4 anos. - Elevada capacidade de obter liquidez de balanço. O Grupo mantém, no seu balanço, uma carteira diversificada de ativos líquidos ou de liquidez no curto prazo, adequada às suas posições. Também conta com uma elevada quantidade de ativos possíveis de serem descontados no Banco Central Europeu, que no primeiro trimestre de 2008 somavam cerca de 30 bilhões de euros. - Independência das filiais no financiamento da gestão centralizada. As principais unidades jurídicas, com exceção do Santander Consumer Finance, devem procurar financiamento nos mercados de atacado de acordo com as suas necessidades, estabelecendo os seus próprios planos de liquidez e de contingência, sem recorrer à linha da matriz para financiar as suas atividades. - O Grupo, como holding, realiza funções de controle e gestão, planeja as necessidades de recursos, estrutura as fontes de financiamento, melhorando a sua diversificação com prazos, instrumentos e mercados, e define planos de contingência. Na prática, a gestão da liquidez realizada pelo Grupo, consiste em: - Anualmente é elaborado o plano de liquidez, baseado nas necessidades de financiamento derivadas dos orçamentos de cada negócio. A partir dessas necessidades de liquidez, e trabalhando com limites prudenciais de demanda nos mercados de curto prazo, é traçado um plano de emissões e securitizações para o exercício. - Durante o ano é feito um acompanhamento periódico da evolução real das necessidades de financiamento, que gera atualizações do plano. - Controle e análise do risco de liquidez. O primeiro objetivo é garantir que o Grupo mantenha níveis aceitáveis de liquidez para cobrir suas necessidades de financiamento no curto e longo prazo, em situações normais de mercado. Para isso, utiliza medidas de controle de balanços como o gap de liquidez e os índices de liquidez. - Também são feitas diferentes análises de cenários (ou cenários de stress) nos quais são consideradas necessidades adicionais que poderiam surgir de diferentes eventos de características extremas, porem factíveis. O objetivo é cobrir um leque de conjunturas que poderiam afetar o Grupo, para preparação dos correspondentes nos planos de contingência. - As análises de cenários realizadas no último quadrimestre de 2007 mostravam como o Grupo, inclusive em um cenário de escassa demanda de emissões de médio e longo prazo, manteria uma situação confortável de liquidez. A seguir, destacamos os principais aspectos relacionados à gestão de liquidez estrutural no exercício As unidades do Grupo na área de moedas conversíveis captaram um total de 45 bilhões de euros em emissões de médio e longo prazo nos mercados de atacado, e realizaram securitizações de ativos no total de 44,5 bilhões de euros. Durante o primeiro semestre de 2007, o Grupo foi particularmente ativo na captação de recursos de médio e longo prazo nos mercados de capitais, em um momento muito positivo em termos de liquidez e de custos. Isso permitiu enfrentar com tranqüilidade a deterioração da situação dos mercados na segunda metade do ano. A partir de junho de 2007, o Grupo realizou apenas algumas operações em transações colocadas a custos muito razoáveis, considerando a situação dos mercados. Podemos destacar a emissão, para financiamento parcial da aquisição de ativos do ABN AMRO, de 7 bilhões de euros de obrigações compulsoriamente conversíveis em ações do Banco, colocadas entre clientes da Rede na Espanha (Valores Mobiliários Santander). O Grupo também aproveitou o segundo semestre para desenvolver os mercados de financiamento de curto prazo (papéis comerciais, CDBs). Graças à política conservadora de gestão da liquidez, o Grupo tinha posições muito reduzidas de financiamentos institucionais de curto prazo, podendo recorrer a elas quando houvesse tensões nos mercados de prazos maiores. A situação estrutural de liquidez do Grupo (com 75% das suas necessidades cobertas com depósitos e recursos permanentes do balanço na área de moedas conversíveis e mais de 100% nos bancos latino-americanos), a quantidade e qualidade dos ativos líquidos permitiram, e permitem ao Santander, manter com total normalidade a atividade de crédito. 145

146 C. RISCO DA TAXA DE CÂMBIO ESTRUTURAL/ COBERTURA DE RESULTADOS O risco da taxa de câmbio estrutural é derivado das operações do Grupo com divisas, principalmente em investimentos financeiros permanentes, dos resultados e das coberturas desses investimentos. A gestão do risco de câmbio é dinâmica e tenta limitar o impacto nos recursos próprios da depreciação das moedas, melhorando o custo financeiro das coberturas. Com relação à gestão do risco de câmbio dos investimentos permanentes, a política geral é financiar na moeda do investimento, sempre que o mercado permita, e que o custo justifique a depreciação esperada. Também são feitas coberturas quando se estima que uma divisa local possa enfraquecer, comparada ao euro, significativamente mais rápido que o calculado pelo mercado. No fechamento do exercício de 2007, o Grupo tinha coberturas, com opções, em todas as suas participações significativas nas filiais estrangeiras (incluído o Banco Real). Essas coberturas protegem impactos no capital do Grupo, a partir de um determinado nível de desvalorização das moedas. Também é gerido o risco de câmbio dos resultados e dividendos esperados do Grupo em unidades cuja moeda base seja diferente do euro. Na América Latina, as unidades locais administram o risco de câmbio derivado dos resultados entre a moeda local e o dólar, que é a divisa de cálculo orçamentário da área. A gestão financeira consolidada é responsável pela sua parte da gestão do risco entre o euro e as outras divisas conversíveis. D. EXPOSIÇÕES RELACIONADAS COM ATIVOS OU NEGÓCIOS ESPECIAIS A exposição do Grupo Santander a instrumentos e veículos estruturados complexos é muito limitada: Sem exposição a hipotecas sub-prime; Exposição não material sujeita a mark-to-model; Exposição limitada com hedge funds, asset backed securities, monolines, conduits, etc. Esta política permitiu ao Grupo evitar um impacto negativo nos resultados nesse tipo de atividade. A política do Santander para aprovar novas operações é tradicionalmente muito prudente e conservadora, sujeita a uma rigorosa supervisão da diretoria do Grupo. Antes da aprovação para o lançamento de uma nova maneira de operar, do lançamento de um produto ou subjacente, a Divisão de Riscos verifica: A existência de um modelo de avaliação adequado para o acompanhamento do valor de cada exposição: mark-tomarket, mark-to-model; ou mark-to-liquidity. A disponibilidade no mercado dos inputs necessários para aplicar esse modelo de avaliação. Sempre que sejam cumpridos os dois itens anteriores: A disponibilidade de sistemas adequados e devidamente adaptados para o cálculo e o acompanhamento diário dos resultados, posições e riscos das novas operações. O grau de liquidez do produto ou subjacente para possibilitar a sua cobertura no momento em que se considere oportuno. Sem prejuízo da limitada exposição do Grupo a negócios ou veículos especiais, atualmente ela se concretiza em: CDO's e outros instrumentos complexos de crédito: a exposição total do Grupo a este tipo de instrumento é pouco significativa, inferior a 25 milhões de euros. Hedge funds: pelo financiamento desses fundos (risco de contrapartida). Essa exposição não é significativa (1,906 bilhão de euros no fechamento do ano, dos quais 101 milhões registrados em carteiras de negociação e o restante em carteiras de investimento), com baixos níveis de loan-tovalue, cerca de 45% (colateral de 4,227 bilhões de euros no fechamento do ano). O risco com esse tipo de contrapartida é analisado caso a caso, estabelecendo as porcentagens em função das características e ativos de cada fundo. Investimentos em SIV (Structured Investment Vehicles), SIVlites e outros veículos de investimento com alta alavancagem: não existe exposição. Conduits: no fechamento de 2007, o Grupo tinha dois conduits promovidos no passado, que sempre estiveram dentro da área de consolidação do Grupo: Altamira: no fechamento do ano, tinha 276 milhões de euros em ativos totais, nenhum deles relacionado com operações hipotecárias. Nessa data, estava em processo de dissolução e integração na estrutura padrão do Grupo. Cantabric: no fechamento do ano tinha um total de ativos de 183 milhões de euros. O subjacente são papéis comerciais em curto prazo, gerados pela atividade do Banco Comercial da Espanha, com um elevado grau de diversificação e valores nominais pequenos. Monolines: a exposição do Santander em empresas seguradoras de títulos (denominadas Monolines) era, no final de 2007, de 350 milhões de euros, principalmente concentrada na exposição indireta, 342 milhões de euros, por garantias concedidas por esse tipo de instituições a diversas operações de financiamento ou tradicionais de securitização. A exposição neste caso ao duplo default, sendo os subjacentes primários de alta qualidade de crédito, AA na sua maior parte. O pequeno saldo resultante é exposição direta (por exemplo, via compra de proteção de risco de inadimplência de alguma dessas empresas seguradoras, por meio de um credit default swap). 146

147 E. OPERAÇÕES ESTRUTURADAS DE FINANCIAMENTO O Grupo Santander tem uma baixa exposição e uma atividade diversificada por tipo de produto, setor e número de operações. A exposição compromissada no fechamento em dezembro era de 16,926 bilhões de euros, correspondente a 351 transações. O detalhamento é o seguinte: 10,06 bilhões de euros (103 transações) em operações de Acquisition Finance; 5,524 bilhões de euros (213 transações) em operações de Project Finance; e o restante em LBO s e outras modalidades. Não foram necessários reajustes por baixas parciais (writedowns) na carteira de investimento. Com relação às operações de aquisição com financiamento alavancado (Leveraged Buy-Out o LBO s), não houve, desde julho de 2007, nenhuma operação importante. 4. RISCO OPERACIONAL DEFINIÇÃO E OBJETIVOS O risco operacional (RO) é o risco de perda resultante de deficiências ou falhas nos processos internos, recursos humanos ou sistemas, ou derivado de circunstâncias externas. São acontecimentos que têm causa originária puramente operacional, diferentemente dos riscos de mercado ou de crédito. O objetivo do Grupo em controle e gestão do Risco Operacional é a identificação, prevenção, avaliação, redução e acompanhamento desse risco. A maior exigência para o Grupo é identificar e eliminar focos de risco, independentemente de terem produzido ou não perdas. A medição também contribui para a gestão, permitindo estabelecer prioridades e hierarquias nas decisões. Para o cálculo do capital regulatório por risco operacional, o Santander considera conveniente optar em um primeiro momento pelo Método Padrão, previsto nas normas do BIS II. O Grupo está avaliando qual será o momento mais adequado para enquadrar-se ao enfoque de Modelos Avançados (AMA), considerando que a prioridade no curto prazo na gestão do risco operacional está baseada na sua redução e a maior parte dos requisitos regulatórios estabelecidos para poder adotar o enfoque AMA devem ser incorporados no Modelo Padrão, atualmente já integrados ao modelo de gestão do risco operacional no Grupo Santander. MODELO DE GESTÃO A função de avaliar e controlar esse tipo de risco é por meio de uma Unidade Central, que supervisiona os riscos operacionais, sendo responsável pelo programa corporativo global da instituição. A estrutura efetiva de gestão do risco operacional é baseada no conhecimento e experiência dos executivos e profissionais das diversas áreas /unidades do Grupo, sendo fundamental o papel dos Coordenadores Responsáveis locais de risco operacional, figuras chave desse marco organizacional. O Grupo Santander adotou o esquema mostrado a seguir para representar as etapas do processo para a gestão do risco operacional. As principais vantagens da estrutura de gestão escolhida pelo Grupo Santander são: Gestão integral e efetiva do risco operacional (identificação, prevenção, avaliação, controle / redução, acompanhamento e relatórios). Melhora do conhecimento dos riscos operacionais, efetivos e potenciais, e os lucros nas linhas de negócio e de suporte. A recopilação de dados de perdas permite avaliar o risco operacional para calcular o capital econômico e regulatório. A informação do risco operacional contribui para melhorar os processos e controles, reduzir as perdas e a volatilidade das receitas. Informação Divulgação de resultados Melhores Práticas Formação Relatório aos reguladores e Direção do Grupo Medição/ Quantificação Estabelecer metodologia para medição do Capital Identificação Descrição das fontes de risco operacional Riscos Segmento Base de Dados Auto-avaliações Indicadores Medidas de redução Avaliação de risco operacional Bases de Dados: Impacto e freqüência Custo Contábil Auto-avaliações e indicadores Redução Medidas corretivas Controles Transferência e seguros Eliminação 147

148 IMPLANTAÇÃO DO MODELO: INICIATIVAS GLOBAIS E RESULTADOS O Departamento Corporativo de Gestão e Controle do Risco Operacional foi constituído e funciona desde Suas principais funções, atividades desenvolvidas e iniciativas globais adotadas são: Planos de redução: controle da implantação de medidas corretivas e dos projetos em desenvolvimento. Relatórios periódicos à diretoria e desenvolvimento de Normas Internas. Designação de coordenadores responsáveis e criação de Departamentos de RO. Formação e intercâmbio de experiências: comunicação das melhores práticas dentro do Grupo. Desenho e implantação de ferramentas qualitativas e quantitativas de RO. Conciliação Bases de Dados de Perdas Contabilidade. Desenvolvimento para captura automática de eventos a partir de sistemas contábeis e de gestão. Desenvolvimento da ferramenta corporativa de risco operacional a web. Colaboração com a área de compras na função de gestão de seguros bancários relacionados com os riscos operacionais (apólices BBB, Danos, Responsabilidade Civil e Vida). Incentivar os planos de contingência e de continuidade do negócio. A implantação do modelo de gestão de RO nas diversas entidades que formam o Grupo Santander começou em Atualmente já foram incorporadas ao modelo todas as unidades do Grupo, com um elevado grau de homogeneidade. Os diferentes ritmos de implantação, fases, calendário e a profundidade histórica das respectivas bases de dados geram diferenças no nível de avanço entre os diversos países. Com caráter geral: - Mensalmente são recebidas bases de dados classificadas de erros e de incidências operacionais. A base de dados própria do Grupo tem eventos sem exclusões por motivo de valores, com impacto contábil (incluídos impactos positivos) e não contábil. - São recebidos e analisados os questionários de auto-avaliação, preenchidos pelas principais unidades do Grupo. - São elaborados indicadores de risco operacional, definidos e atualizados periodicamente pelas principais unidades de gestão. - Foram designados coordenadores em áreas de negócio e suporte, em número suficiente. - Foram identificados e analisados os acontecimentos mais significativos e freqüentes, adotando medidas de redução que são difundidas para as unidades do Grupo como guia de Melhores Práticas. - São realizados processos de conciliação de bases de dados com contabilidade. O perfil do risco operacional do Grupo Santander, com relação às bases de dados de eventos, e consolidando a informação total recebida, é refletido nos gráficos a seguir: GRUPO SANTANDER: DISTRIBUIÇÃO DE VALORES E FREQÜÊNCIA DE EVENTOS POR CATEGORIAS Exercício % 59,2% 60,0% 50% 40% 34,8% 30% 28,8% 20% 10% 3,5% 0% 0,1% I-Fraude interna II-Fraude externa 2,2% 0,2% 4,2% 2,6% 1,7% 2,0% 0,4% 0,4% III-Práticas de emprego, saúde e segurança no trabalho IV-Práticas com clientes, produtos e negócio V-Danos em ativos físicos VI- Interrupção do negócio e falhas nos sistemas VII- Execução entrega e gestão de processos Valor Freqüência eventos com impacto contábil 148

149 GRUPO SANTANDER: DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE EVENTOS POR CATEGORIAS Exercício % 50% 51,5% 40% 30% 29,9% 20% 10% 11,8% 0% 0,0% 0,1% I-Fraude interna 1,1% II-Fraude externa 0,3% 0,1% 0,2% 2,2% III-Práticas de emprego, saúde e segurança no trabalho IV-Práticas com clientes, produtos e negócio 0,2% 1,7% 0,7% 0,4% V-Danos em ativos físicos VI- Interrupção do negócio e falhas nos sistemas VII- Execução entrega e gestão de processos Eventos sem impacto contábil Eventos com impacto contábil GRUPO SANTANDER: DISTRIBUIÇÃO DE VALOR E FREQÜÊNCIA DE EVENTOS POR ETAPAS Exercício % 91,4% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 26,5% 6,9% 24,5% < euros > euros e <= euros 1,3% 17,5% > euros e <= euros 0,3% 14,4% > euros e <= euros 0,1% 17,1% > euros Número de Eventos Valor de Eventos 149

150 A seguir, apresentamos os questionários de auto-avaliação, como exemplo de aplicação prática dos resultados consolidados das principais Unidades de Gestão: GRUPO SANTANDER: QUESTIONÁRIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DE RISCOS OPERACIONAIS Questionários gerais Média de todas Média das áreas Média das áreas as áreas de negócio de suporte Tipo de Categoria de Sucesso Impacto Impacto Impacto Produto Produto Produto RO Cobertura RO Cobertura RO Cobertura Total Áreas Áreas Negócio Suporte I- Fraude interna 3,2 2,2 3,0 2,1 3,0 2,2 6,8 6,5 6,7 II- Fraude externa 3,0 2,0 3,2 1,9 2,8 2,1 6,0 5,9 6,0 III- Práticas de emprego, saúde e segurança no trabalho 2,8 2,0 2,8 2,0 2,5 2,0 5,5 5,6 5,0 IV- Práticas com clientes produtos e negócio 3,0 1,9 3,1 1,9 2,9 2,0 5,7 5,9 5,7 V- Danos em ativos físicos 3,1 2,2 2,8 2,1 3,1 2,3 6,8 5,9, 7,2 VI- Interrupção do negócio e falhas nos sistemas 3,4 2,1 3,2 2,0 3,2 2,2 7,0 6,5 6,9 VII- Execução, entrega e gestão de processos 3,1 1,9 3,2 2,0 2,9 2,0 6,0 6,5 5,8 Média total 3,1 2,0 3,1 2,0 2,9 2,1 6,3 6,1 6,2 Notas: Impacto em RO: 1 - Sem impacto, 2 - Impacto pequeno, 3 - Impacto médio, 4 - Impacto alto, 5 - Impacto máximo Cobertura do RO: 1 - Cobertura máxima, 2 - Cobertura alta, 3 - Cobertura média, 4 - Cobertura pequena, 5 - Cobertura nula. O resultado total é obtido multiplicando a qualificação do impacto pela qualificação da cobertura. A seguir, um gráfico comparativo dos resultados médios do Grupo Santander em cada uma das áreas /unidades em que foram preenchidos os questionários: GRUPO SANTANDER: QUESTIONÁRIOS DE AUTO-AVALIAÇÃO DE RISCO OPERACIONAL Média Grupo Santander 0 Banco de varejo Espanha Tesourara Espanha Liquidação e custódia SC. Espanha Gestão de Ativos Espanha Abbey Portugal SC Alemanha SC Itália Chile Brasil México Porto Rico Venezuela Colômbia ÍNDICE R.O. 150 Análise e acompanhamento dos controles nas operações de mercado As turbulências nos mercados financeiros durante o ano de 2007 e o aumento do risco operacional derivado da crescente complexidade dos instrumentos financeiros tornam necessários os reforços no controle operacional da atividade em mercados financeiros do Grupo, incentivando os princípios de controle de riscos e operações exigentes e conservadores, regularmente aplicados pelo Grupo Santander. Além do acompanhamento caso a caso de todos os aspectos relativos ao controle operacional, em todas as unidades do Grupo foi reforçada a atenção, validada mensalmente pelo Comitê de Direção de cada unidade. Destacam-se: Revisão dos modelos de avaliação e da valorização das carteiras em geral. Processos de captura e validação independente de preços.

151 Confirmação adequada das operações com as contrapartidas. Revisão de cancelamentos / modificações de operações. Revisão e acompanhamento da efetividade das garantias, dos colaterais e redutores de risco. Reporting Corporativo O Departamento Corporativo de Risco Operacional desenvolveu em 2005 um sistema de Informação de Gestão Integral de Risco Operacional (IGIRO), atualizado trimestralmente, que consolida a informação disponível de cada país/ unidade no RO, para ter uma visão global com as seguintes características: Dois níveis de informação: uma corporativa com informação consolidada e outra individualizada para cada país/ unidade. Permite, ao manter uma base de informação de casos e medidas de redução, difundir as melhores práticas entre os Países/ Unidades do Grupo Santander. Essa ferramenta coleta informações sobre os seguintes aspectos: Modelo de Gestão de Risco Operacional no Grupo Santander Recursos Humanos e área de atuação Análise da Base de Dados de Erros e Incidências Custo do Risco Operacional e Conciliação Contábil Questionários de Auto-avaliação Indicadores Medidas Redutoras /Gestão Ativa Planos de Contingência Marco regulatório: BIS II Seguros Essa informação serve para cumprir as necessidades de reporting da Comissão Delegada de Riscos, Diretoria, Organismos Reguladores, Agências de Rating, etc. Os seguros na gestão do Risco Operacional O Grupo Santander foi pioneiro na consideração dos seguros como elemento chave na gestão do Risco Operacional. Desde 2004, a área responsável pelo Risco Operacional trabalha próxima à área responsável da gestão de Seguros no Grupo Santander, em todas as atividades que suponham melhorias em ambas as áreas. Como exemplo, destacamos: - Colaboração na exposição do Modelo de controle e gestão do Risco Operacional no Grupo Santander, com as seguradoras e resseguradoras. - Análise e acompanhamento das recomendações e sugestões para melhorar os riscos operacionais, fornecidas pelas companhias de seguros, com auditorias prévias realizadas por empresas especializadas e responsáveis pela posterior implantação. - Intercâmbio de informação gerada em ambas as áreas para reforçar a qualidade das bases de erros e a área de cobertura das apólices de seguros sobre os diferentes riscos operacionais. - Trabalho conjunto dos coordenadores locais de risco operacional com os coordenadores locais de seguros, para reforçar a redução do risco operacional. - Reuniões periódicas para informar sobre atividades concretas, relatórios de situação e projetos em ambas as áreas. - Participação ativa de ambas as áreas na Mesa de Sourcing Global de Seguros, órgão técnico no Grupo para definir as estratégias de cobertura e contratação de seguros. Fruto dessa colaboração, o Grupo Santander catalogou as apólices de seguro contratadas por tipos de risco operacional segundo a classificação interna e do BIS II, de modo que em 31 de dezembro, essa catalogação alcançou 90% do negócio bancário. GRUPO SANTANDER: TIPOS DE COBERTURAS Objeto de proteção Tipo de Cobertura / Categoria BIS II Coberta Apólice Proteção às atividades Financeiros / I Fraude interna e II Fraude externa Apólice integral Bancária (BBB) Dinheiro e outros valores Cofres Patrimoniais / V Danos em Ativos Físicos Responsabilidade Civil / IV Práticas com clientes, produtos e negócio, e V danos em Ativos Físicos Danos Patrimoniais Veículos Responsabilidade Civil Professional Indenmnity Directors & Officers Proteção aos funcionários Funcionários / III Práticas de emprego, saúde e Vida e acidentes pessoais segurança no trabalho Saúde Apoio a produtos Produtos / I Fraude Interna e II Fraude Externa Cartões Contas correntes A apólice BBB protege, por exemplo, sinistros como a fraude interna, roubos, assaltos, crimes eletrônicos, falsificações, hipotecas fraudulentas. 151

152 5. PROJETO CORPORATIVO BASILÉIA II O Santander mantém um compromisso com os princípios que inspiram a Convergência internacional de mensuração e padrões de capital (Basiléia II). Este documento autoriza as instituições a realizar estimativas internas do capital que devem dispor para garantir a solvência em eventos causados por diversos tipos de risco. Por isso o Grupo Santander dedica todos os meios humanos e materiais necessários para que o plano de implantação da Basiléia II seja cumprido com sucesso. Para isso, formou-se uma equipe Basiléia II com pessoas qualificadas no assunto e procedentes de diversas áreas do Grupo (principalmente, Riscos, Tecnologia, Intervenção Geral, Operações, Financeira, Auditoria Interna, que verificam todo o processo, como última etapa de controle da entidade, e negócios, especialmente no relacionado com a integração avançada dos modelos internos de gestão). Foram também constituídas equipes específicas de trabalho para gerir adequadamente os aspectos mais complexos do projeto. A diretoria do Grupo Santander também está totalmente dedicada desde o início. O Comitê de Supervisão Corporativa, presidido pelo terceiro vice-presidente e responsável pela área de riscos do Grupo Santander, supervisiona o lançamento de iniciativas do projeto corporativo Basiléia II, controlando os fatos relevantes, indicando responsáveis e aprovando orçamentos, e assumindo a representação institucional do Grupo para esses efeitos. O Comitê de Direção e o Conselho de Administração são informados dos avanços do projeto e da influência no Grupo Santander da implantação do novo acordo. No caso específico do risco de crédito, a implantação do Basiléia II supõe reconhecer, para fins de capital regulatório, os modelos internos utilizados na gestão, e que foram aprovados pelo nosso regulador para serem utilizados no cálculo da provisão estatística (conhecido como FONCEI) em determinados segmentos de risco. O Santander decidiu usar enfoque avançado dos modelos internos (AIRB) do Basiléia II para as exposições que representam cerca de 95% do total do Grupo. As entidades que têm previsto implantar esse novo sistema de cálculo do capital regulatório a partir de janeiro de 2008 (primeiro ano permitido pelo Banco da Espanha) são: o Santander Matriz, o Banesto e o Abbey, cujas carteiras representam, em conjunto, 70% aproximadamente da sua exposição. As outras unidades mais significativas irão usando enfoque AIRB de acordo com o calendário comunicado ao Banco da Espanha e aos diversos órgãos reguladores locais. Durante 2007, foi realizado o processo de validação da supervisão por parte do Banco da Espanha e da Financial Services Authority (FSA). No final de 2007, a FSA concedeu a autorização do uso local dos modelos do Abbey para os segmentos solicitados (carteiras de instituições financeiras, Social Housing e retail, incluindo a hipotecária). No caso do Santander Matriz e Banesto, a decisão, que se espera que seja favorável, está pendente da entrada em vigor da norma que habilitará o supervisor espanhol para conceder esse tipo de autorização. Como o perfil de risco médio-baixo que caracteriza os negócios do Santander, bem focado para o Banco Comercial (pequenas e médias empresas e pessoas físicas), se espera que a autorização do Banco da Espanha permita gerar significativas economias de capital no denominado Pilar I que estabelece os requerimentos de capital para a cobertura dos riscos de crédito, mercado e operacional. As economias globais que o Santander alcançará com a implantação do Basiléia II dependerão do resultado da proposta de auto-avaliação de capital (que desenvolve o denominado Pilar II) em que é considerado o impacto dos riscos não considerados no Pilar I e os benefícios relacionados com a diversificação entre riscos, negócios e geografias. Em 2007, o Santander finalizou o desenvolvimento tecnológico interno necessário para que todas as unidades de negócio tenham uma estrutura comum de bases de dados e de motor de cálculo que suporte os processos de estimação de parâmetros (PD, LGD e EAD) e de cálculo de capital no nível local e corporativo. Esse enfoque permite alcançar o triplo objetivo de implantar em cada unidade os critérios corporativos estabelecidos, cobrir os requerimentos locais existentes, e obter sinergia nos custos, realizando definições e desenvolvimentos globais. Embora os modelos internos de riscos sejam utilizados ativamente em muitos processos da instituição (fixação de limites, admissão, acompanhamento, pricing e/ ou cálculo de rentabilidade ajustado ao risco, em função das carteiras), também se trabalha em diversas iniciativas identificadas para avançar na integração efetiva desses modelos internos da gestão ativa da instituição, para estender essa prática a todas as carteiras e aprofundar suas conseqüências. Com relação aos outros riscos contemplados explicitamente no Pilar I do Basiléia II, em riscos de mercado continuam as linhas de trabalho definidas no Grupo para autorizar o modelo interno -baseado no cálculo do VaR- para fins regulatórios (o reconhecimento do modelo interno de risco de mercado já tinha sido registrado no Basiléia I). Com relação ao risco operacional, o Grupo decidiu usar enfoque padrão de cálculo de capital regulatório na medida em que o objetivo de redução desse risco coincide com todos os requerimentos desse enfoque. Com esse objetivo, foram continuados os trabalhos relacionados com a identificação e redução desse risco no Grupo, avançando no desenvolvimento das ferramentas corporativas que dão suporte na realização de auto-avaliações, fixação e acompanhamento de indicadores, captura de eventos, etc. O Pilar II é outra importante linha de trabalho do Projeto Corporativo Basiléia II. Além do trabalho realizado na revisão da metodologia do modelo de capital econômico, está sendo desenvolvida uma aproximação tecnológica com a plataforma que suporta o Pilar I, para que toda a informação relacionada com risco de crédito venha dessa fonte. O modelo de capital econômico do Grupo Santander já foi apresentado aos diversos reguladores europeus nos países em que o Grupo Santander desenvolve atividades (Supervisory College). Está prevista uma revisão profunda do modelo, pelos reguladores, durante

153 VALIDAÇÃO INTERNA DOS MODELOS DE RISCO A validação interna é um requisito prévio do processo de validação de supervisão, e consiste em que uma unidade independente especializada da instituição obtenha uma opinião técnica sobre como adequar os modelos internos para os fins utilizados, internos e regulatórios, e opine sobre a sua utilidade e efetividade. Também avalia se os procedimentos de gestão e controle do risco são adequados à estratégia e ao perfil de risco da instituição. A função de validação interna é um apoio fundamental para a Comissão Delegada de Riscos e os Comitês Locais de Riscos nas suas responsabilidades de autorização do uso (gestão e regulatório) e dos modelos, e na sua revisão periódica, pois a diretoria tem que garantir que a instituição disponha de procedimentos e sistemas adequados de acompanhamento e controle do risco de crédito. A definição do modelo abrange os sistemas e as estratégias de qualificação de clientes e de operações, a estimativa dos parâmetros de risco (PD, LGD e EAD), os sistemas tecnológicos que possibilitam a efetiva aplicação e, em geral, todos os aspectos relevantes da gestão avançada do risco (controles, reporting, usos, compromisso da diretoria). O objetivo da validação interna é revisar os aspectos quantitativos, qualitativos, tecnológicos e os relacionados com a governança corporativa. A função de validação interna é realizada pela área de Controle Integral e Validação Interna do Risco (CIVIR), e depende diretamente do terceiro vice-presidente do Grupo e presidente da Comissão Delegada de Riscos. Essa função global exige a validação interna de cerca de 160 modelos internos de risco de crédito, implantados em 13 diferentes unidades, com nove reguladores locais diferentes. Por isso é necessário aplicar uma metodologia comum que garanta coerência e consistência no uso dos modelos IRB para cálculo de capital, na perspectiva interna e na do Banco da Espanha, com independência do grau de descentralização da sua execução, atendendo aos requisitos dos reguladores locais, ou pela própria natureza dos testes. O suporte dessa metodologia é uma série de ferramentas desenvolvidas internamente no Santander, que proporcionam uma boa base para serem aplicadas em todas as unidades do Grupo, automatizando algumas verificações para que as revisões sejam realizadas de forma efetiva e eficiente. Este marco corporativo de validação interna do Grupo está plenamente alinhado com os critérios de validação interna dos modelos avançados publicados recentemente pelo Banco da Espanha. É mantido o critério de separação de funções entre as unidades de Validação Interna e de Auditoria Interna, último controle existente no Grupo, encarregado de revisar a metodologia, as ferramentas e trabalhos realizados pela Validação Interna, e de opinar sobre o grau de independência. Durante 2007, foram validados internamente todos os modelos da Espanha-Matriz, do Banesto e do Abbey Reino Unido (36 no total) para a sua autorização em uso regulatório no início de CAPITAL ECONÔMICO O conceito de capital econômico (CE) é oposto ao de capital regulatório. Este é o exigido pela regulação de solvência, que até a adoção formal da nova norma de capital Basiléia II tinha insuficiente sensibilidade ao risco. A nova regulamentação de capital Basiléia II aproximará os conceitos. No cálculo do capital econômico, o Banco deve decidir qual nível de perdas quer cobrir com que nível de confiança quer garantir a continuidade do negócio. No caso do Grupo Santander, o nível de confiança a ser alcançado com capital econômico é 99,97%, superior a 99,90% assumido pelas fórmulas de capital regulatório propostas no Novo Acordo de Capital da Basiléia. A diferença entre os níveis supõe assumir uma probabilidade de erro para o Grupo de 0,03% ao invés de 0,1%, ou seja, três vezes inferior à proposta do BIS II. Em termos de rating externo, um nível de confiança de 99,97% exige gerar capital suficiente para alcançar um nível de solvência equivalente à AA, enquanto que 99,90% apenas garantiriam uma qualificação de A-, dada a maior probabilidade de falência associada. O modelo de capital econômico do Grupo permite quantificar o perfil de risco consolidado, considerando todos os riscos significativos da atividade e o efeito de diversificação inerente a um grupo multinacional e multi-negócio como é o Santander. Esse modelo é a base para preparar a proposta no Processo de Auto- Avaliação de Capital, de acordo com as normas do Banco da Espanha, no marco do Pilar II do Basiléia II. 153

154 Dentro do modelo de medição e agregação de capital econômico, é especialmente considerado o risco de concentração nas carteiras de atacado (grandes empresas, bancos e soberanos). ANÁLISE DO PERFIL GLOBAL DE RISCO Em 31 de dezembro de 2007, o perfil global de risco do Grupo, medido em termos de capital econômico, era distribuído em tipos de risco e principais unidades de negócio, como pode ser visto nos gráficos a seguir. A atividade de crédito demanda 48% do capital econômico do Grupo, e continua sendo a principal fonte de risco. Depois vem o risco de mercado da carteira de renda variável, aumentado no fechamento de 2007 pelo tratamento proporcionado, no modelo de capital, à participação em RFS Holdings (Banco Real). A distribuição do capital econômico entre as principais unidades reflete a diversificação do negócio do Grupo. A América Latina, com 25,5%, diminui o seu peso relativo, comparado com A diversificação geográfica do Grupo representa um lucro de 23% sobre o capital econômico consolidado, e 18% a diversificação entre diferentes tipos de risco. DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL ECONÔMICO Por unidades de negócio Santander Consumer Finance 5,7% Portugal 3,3% GB&M Espanha 8,7 % Banesto 6,2% Rede Santander Espanha 8,1% Abbey 5,3% Outros 5,7% América Latina 25,5% Gestão financeira e participações 31,6% A rentabilidade ajustada ao risco do Grupo em 2007 foi de 28,9%. Durante o ano foram feitas revisões em alguns aspectos metodológicos do modelo interno de capital econômico. Levando em consideração essas modificações, a variação líquida comparada ao ano anterior no RORAC global foi de +4,6 pontos porcentuais. Periodicamente, o Grupo avalia o nível e a evolução da criação de valor (CV) e a rentabilidade ajustada ao risco (RORAC) das suas principais unidades de negócio. A CV é o lucro gerado sobre o custo do capital utilizado, e é calculado com a seguinte fórmula: Criação de valor = Lucro econômico - (CE médio x custo de capital) O lucro econômico é obtido ajustando o lucro atribuído contábil para apropriar apenas o resultado recorrente que cada unidade gera no exercício da sua atividade. O custo do capital é a remuneração mínima exigida pelos acionistas, e pode ser calculado somando-se à rentabilidade líquida de risco, o prêmio que o acionista exige por investir no Grupo Santander. Este prêmio dependerá essencialmente da maior ou menor volatilidade na cotação das ações Santander com relação à evolução do mercado. O custo de capital calculado para 2007 é de 9,7%. Todas as principais unidades do negócio obtiveram em 2007 um RORAC superior ao custo do capital. O peso relativo de cada unidade de negócio, com relação ao valor total criado (como definido anteriormente, o valor criado representa o lucro econômico que excede o custo do capital) pelo Grupo durante 2007: DISTRIBUIÇÃO DA CRIAÇÃO DE VALOR Por unidades de negócio Santander Consumer Finance 9% Banesto 8% Portugal 5% América Latina 27% DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL ECONÔMICO Por tipos de risco Operacional 6,6% Negócio 3,9% Juros estruturais 5,9% Outros 5,0% GB&M Espanha 8% Abbey 11% Rede Santander 21% Gestão financeira e participações 11% Restante do mercado 9,1% Crédito 48,2% Mercado renda variável 21,4% 154

155 O Grupo faz o planejamento do capital com o objetivo de obter projeções futuras de capital econômico e regulatório, e avaliar as situações de suficiência de capital. Incorpora as previsões de resultados da instituição em diferentes cenários de forma coerente, nos seus objetivos estratégicos (crescimento orgânico, M&A, índice de pay-out, etc) e, na evolução da conjuntura econômica e em situações de stress, identifica possíveis estratégias de gestão de capital que permitam melhorar a situação de solvência do banco e o próprio retorno do capital. O planejamento de capital definido no Grupo permite ter uma visão global da situação de suficiência de capital em diferentes prazos de tempo e cenários de stress, que funcionam como complemento de alguns aspectos mencionados no guia PAC elaborado pelo Banco da Espanha, atendendo aos objetivos estabelecidos no Pilar II do Basiléia II. Ao comparar os resultados do capital econômico com o capital disponível, podemos concluir que o Grupo está suficientemente capitalizado para suportar o risco da sua atividade com um nível de confiança equivalente a um rating de AA. METODOLOGIA RORAC (RENTABILIDADE AJUSTADA AO RISCO) O Grupo Santander utiliza desde 1993, na sua gestão do risco de crédito, a metodologia RORAC, com as seguintes finalidades: Análise e fixação de preços no processo de tomada de decisões sobre operações (admissão) e clientes (acompanhamento). Estimativas do consumo de capital de cada cliente, carteira, segmento ou unidade de negócio, para melhorar a aplicação do capital econômico. Cálculo do nível de provisões, ajustado com as perdas médias esperadas. O cálculo do capital econômico por operação é baseado nas mesmas variáveis utilizadas para calcular a perda esperada: o rating do cliente, o prazo e as garantias da operação. Isso também permite calcular o capital econômico das outras operações desse cliente e, levando em consideração os fatores apropriados de diversificação/correlação, ou de uma carteira de clientes, de uma unidade de negócio ou do conjunto do Banco. Grupo, mas não cria valor para o acionista, exceto se essa rentabilidade cobre o custo do capital. A metodologia RORAC permite comparar, com bases homogêneas, os lucros das operações, dos clientes, das carteiras e dos negócios, identificando os que geram rentabilidade ajustada ao risco superior ao custo do capital do Grupo, alinhando a gestão do risco e do negócio com o objetivo de maximizar a criação de valor. 7. RISCO DE REPUTAÇÃO O Grupo Santander, em todas as áreas da sua organização, considera a gestão do risco de reputação das suas atividades como essencial para a sua atuação. Os principais instrumentos para a gestão desse risco, no que se refere à comercialização de produtos e serviços para os clientes do Grupo, são os seguintes: Comitê Global de Novos Produtos (CGNP) É obrigatório que todo novo produto ou serviço que qualquer instituição do Grupo Santander pretenda comercializar seja submetido a este Comitê para sua autorização. Em 2007, foram realizados 14 Comitês (dois deles por escrito e sem sessão) em que foram analisados 186 produtos ou famílias de produtos. Em cada país onde houver uma instituição do Grupo Santander é criado um Comitê Local de Novos Produtos. Esse Comitê, uma vez solicitado um novo produto ou serviço, deverá ser aprovado pelo Comitê Global de Novos Produtos da Espanha. As áreas que participam no Comitê Global de Novos Produtos, presidido pelo secretário geral, são Assessoria Fiscal, Assessoria Jurídica, Atendimento ao Cliente, Auditoria Interna, Banco Comercial, Banco Corporativo Global, Santander Private Banking, Compliance, Intervenção Geral e Controle de Gestão, Operações Financeiras e Mercados, Operações e Serviços, Riscos do GB&M, Riscos Corporativos e IFIs, Risco de Crédito, Riscos Financeiros, Riscos -Metodologia, Processos e Infra-estrutura, Riscos Operacionais, Tecnologia, Tesouraria Global, Universidades e, por último, a unidade que propõe o novo produto, ou um representante do Comitê Local de Novos Produtos. A margem operacional deve cobrir os custos, incluindo a perda esperada ou custo do risco, e ser suficiente para gerar uma renda adequada do capital econômico consumido por esses custos. A metodologia RORAC permite avaliar se a rentabilidade obtida por uma operação cobre os custos do risco perda esperada e o custo do capital econômico investido pela instituição na operação. A taxa mínima de rentabilidade sobre o capital de uma operação é determinada pelo custo do capital. Uma operação ou carteira com rentabilidade positiva contribui para os lucros do 155

156 Antes do lançamento de um novo produto ou serviço, as áreas e especialistas independentes que sejam necessários para avaliar corretamente os riscos incorridos (por exemplo, prevenção contra a lavagem de dinheiro) analisam os aspectos que poderiam influenciar no processo e opinam sobre a comercialização do produto ou serviço. O Comitê Global de Novos Produtos analisa a documentação recebida, verifica que todos os requisitos para a aprovação do novo produto ou serviço sejam cumpridos e, baseado nas normas estabelecidas pela Comissão Delegada de Riscos do Grupo, aprova, rejeita ou estabelece condições ao novo produto ou serviço proposto. O Comitê Global de Novos Produtos considera especialmente a adequação do novo produto ou serviço ao cenário em que será comercializado. Para isso, dá especial atenção a: - Que cada produto ou serviço seja vendido por quem sabe como vendê-lo. - Que o cliente saiba em que está investindo e quais são os riscos do investimento. Isso com a devida documentação explicativa. - Que o produto ou serviço se ajuste ao perfil de risco do cliente. - Que cada produto ou serviço seja vendido em países em que as leis do tipo legal ou fiscal o permitam, e que seja aceito na cultura financeira do lugar. - Que, ao aprovar um produto ou serviço, sejam fixados limites máximos para sua colocação. Manual de Procedimentos de Comercialização de Produtos Financeiros Este Manual é utilizado no Banco Santander desde 2004, para comercializar, no varejo, produtos financeiros na Espanha. Ele foi profundamente renovado em 2007 devido à entrada em vigor no dia 1º de novembro da Diretiva 2004/39 sobre Mercados de Instrumentos Financeiros (MiFID), que estabelece novos requerimentos para a venda de produtos financeiros. O objetivo do Manual é garantir a conveniente avaliação dos produtos financeiros antes da sua utilização comercial o adequado desenvolvimento das atividades comerciais, de acordo com as características do serviço, do produto e do cliente; e o cumprimento da norma relativa aos processos de comercialização de produtos financeiros, incluída a MiFID. Ficam sujeitos a esse Manual os serviços de investimento sobre produtos financeiros, incluindo valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros de renda fixa ou variável, instrumentos do mercado monetário, participações em instituições de investimento coletivo, seguros de vida com capitalização e investimento, derivados negociados e OTC, e contratos financeiros atípicos. Além desses produtos, o Comitê Global de Novos Produtos poderá incluir outros itens no Manual de Procedimentos. O Manual segmenta os clientes e produtos e estabelece diversos regimes de relacionamento comercial, dependendo fundamentalmente do tipo de serviço prestado. Da combinação desses elementos (categoria de cliente, tipo de produto e relacionamento comercial) gera uma matriz que determina que tipo de mecanismo deva ser aplicado (teste de conveniência, teste de idoneidade) para avaliar a adequação do cliente ao produto, e o tipo de advertências a efetuar aos clientes. A segmentação de clientes e produtos é resultado da classificação interna aplicada pelo Santander antes do MiFID e da classificação do MiFID, para obter um nível de proteção superior ao mínimo requerido pela MiFID. Os diferentes tipos de relacionamento comercial, em uma escala de maior a menor compromisso do Banco, são venda assessorada, que inclui a assessoria e a gestão de carteiras; e venda não assessorada, que abrange comercialização e execução. Em 2007, foram apresentados para aprovação 120 produtos sujeitos a esse Manual. Embora a maior parte dos produtos seja fundos de investimento, também foi autorizada a comercialização de outras categorias como warrants, produtos de cobertura, participações preferenciais e ofertas públicas de venda e/ou subscrição de ações. Desses 120 produtos, 68 são novos, submetidos ao Comitê Global de Novos Produtos, e 52 são produtos não novos submetidos ao escritório do Manual (órgão específico criado para verificar a implantação do Manual, que faz parte da diretoria de Compliance). A categorização desses 120 produtos é a seguinte: 36 foram classificados como produtos verdes (30%), 49 como produtos amarelos (41%) e 32 como produtos vermelhos (27%). Há três produtos aos quais não lhes foi dado uma cor: dois porque são genéricos e receberão cor em cada emissão a comercializar, e o outro porque sua aprovação está condicionada a uma posterior revisão. A cor vermelha, amarela ou verde, é outorgada não apenas em função do risco de perda que apresenta o produto, como também atendendo a maior ou menor dificuldade do público para entender as suas características. 156

157 Dos 28 produtos aprovados a partir do 1º de novembro, 19 foram catalogados como produtos complexos pela MiFID, e 9 como produtos não complexos. A Comissão Delegada de riscos, órgão responsável pela gestão global do risco e de todas as operações bancárias, avalia, junto com a Divisão da Secretaria Geral, o risco de reputação na sua área de atuação e decisão. A Comissão de Auditoria e Compliance supervisiona o risco de reputação do Grupo, controlando que seja cumprido o Código de Conduta do Grupo nos Mercados de Valores, as disposições dos Manuais e procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro, e as regulamentações do governo e o compliance do Banco, propondo o que for necessário para a sua melhoria. Os anexos deste Relatório Anual (páginas 345 a 347) descrevem o marco de atuação do Grupo com relação aos riscos de reputação e de compliance. O Relatório da Comissão de Auditoria e Compliance, distribuído com este Relatório Anual, tem uma descrição completa das suas atividades em ATIVIDADES FORMATIVAS DE RISCOS O Santander tem uma Escola Corporativa de Riscos, cujos objetivos são contribuir para consolidar a cultura corporativa de gestão de riscos no Banco e garantir a formação e o desenvolvimento de todos os profissionais de riscos com critérios homogêneos. A escola ministrou horas de aulas para funcionários durante Ela é a base para potencializar a liderança do Banco, reforçando continuamente as capacidades dos executivos e profissionais de riscos. Nela são formados profissionais de outros segmentos do negócio, especialmente da área comercial, alinhando a exigência da gestão de riscos com os objetivos do negócio. 157

158 RELATÓRIO ANUAL 2007 MODELO DE CONTROLE INTERNO E REALATÓRIO DO AUDITOR Modelo de Controle Interno 159 Relatório do Auditor

159 RELATÓRIO ANUAL 2007 O MODELO DE CONTROLE INTERNO DO GRUPO SANTANDER DESCRIÇÃO DO MODELO DE CONTROLE INTERNO DO GRUPO SANTANDER O Modelo de Controle Interno (de agora em diante denominado MCI) do Grupo Santander abrange o conjunto de processos e procedimentos realizados pela diretoria, gerência e outras pessoas da instituição. Ele foi desenhado para dar segurança na obtenção dos objetivos de controle fixados pelo Grupo. Nesse contexto, o MCI do Grupo Santander se ajusta aos padrões internacionais e cumpre as orientações do Committee of Sponsoring Organizations of the Tradeway Commission (COSO) no seu último marco publicado, o Enterprise Risk Management Integrated Framework (Gerenciamento de risco empresarial Estrutura integrada), que cobre os objetivos de controle de estratégia corporativa, efetividade e eficiência das operações, confiabilidade dos relatórios financeiros e cumprimento das leis e regulamentações. ESQUEMA GERAL DO MODELO DE CONTROLE INTERNO Revisão alcance MCI Esquema de Controle Interno Revisão periódica do modelo Seleção de sociedades e da informação relevante a checar Formalização / Documentação do Modelo de Processos Definição e documentação do mapa de processos Formalização / Documentação do Modelo de Riscos Identificação dos riscos relevantes associados aos processos Formalização / Documentação do Modelo de Controles Identificação dos controles chave de redução Evolução do desenho e da eficiência dos controles O MCI foi implantado nas principais sociedades do Grupo, utilizando uma metodologia comum e homogênea, que garante a inclusão de controles relevantes e a cobertura dos riscos contábeis associados com as contas e um significativo desmembramento incluído nos estados financeiros. A identificação dos riscos potenciais que necessariamente devem ser cobertos pelo MCI foi realizada a partir do conhecimento que a diretoria tem do negócio, considerando critérios quantitativos e de probabilidade de ocorrência, e critérios qualitativos associados com o tamanho, a sua complexidade, ou a própria estrutura do negócio. Entre as principais características do MCI do Grupo Santander, podemos destacar as seguintes: A gestão do MCI é descentralizada nas próprias unidades do Grupo. A coordenação e o acompanhamento são feitos pela área Corporativa de Controle Interno, que facilita critérios e diretrizes gerais de atuação para homogeneizar e padronizar procedimentos, testes de validação, critérios de classificação e adaptações às normas. É um modelo amplo, com alcance global, no qual para garantir a integridade da sua estrutura foram incluídas as atividades vinculadas com a geração da informação financeira consolidada e outros procedimentos desenvolvidos nas áreas de suporte de cada instituição, que sem ter repercussão direta na contabilidade, podem gerar possíveis perdas ou contingências, em caso de incidências, erros, não cumprimento de normas e/ ou fraudes. É um Modelo Corporativo que envolve toda a estrutura organizacional relevante, mediante um esquema direto de responsabilidades definidas individualmente. 159

160 É dinâmico, evoluindo no tempo de forma contínua, reflete a cada momento a realidade do negócio do Grupo, os riscos que o afetam e os controles que o reduzem. Proporciona uma documentação completa dos processos incluídos no seu alcance, incorporando descrições detalhadas das transações, dos critérios de avaliação e das revisões aplicadas ao MCI. Toda a documentação do MCI de cada uma das sociedades do Grupo está arquivada em uma ferramenta tecnológica corporativa, integralmente desenvolvida pela área de Tecnologia do Grupo, em que estão registrados mais de funcionários com diferentes níveis de responsabilidades, dentro do esquema de Controle Interno do Grupo Santander. O sistema permite ao usuário analisar, consultar e atualizar os processos, riscos e controles em tempo real, e a revisão pelos auditores externos ou pelos organismos de supervisão. Essa ferramenta serve como suporte do Processo de Certificação do Modelo, garantindo de forma automática a sua integridade. Em última instância, o MCI é examinado pelo Auditor de Contas do Grupo, que informa ao Comitê de Auditoria e emite a sua opinião sobre a efetividade dos controles internos de geração de informações financeiras constantes nas contas anuais consolidadas do Grupo em 31 de dezembro de CONSOLIDAÇÃO DO MODELO DE CONTROLE INTERNO NO GRUPO SANTANDER. O Grupo Santander consolidou o MCI como um fator chave dentro da gestão eficiente do risco, afiançando-o nos pilares que sustentam a cultura e o estilo de gestão da instituição. A diretoria aproveitou todo o esforço realizado pelas unidades para melhorar a qualidade dos processos já existentes e fortalecer os mecanismos de geração de relatórios financeiros do Grupo Santander. Esse processo de consolidação permitiu ao MCI ter uma adequada manutenção durante o exercício, e que se adaptasse e evoluísse com a realidade dinâmica do negócio, com as próprias mudanças em matéria de metodologia e as melhores práticas de controle interno. Durante 2007, o Grupo Santander considerou o MCI como um elemento chave na cobertura dos riscos associados com os aspectos críticos da atual estratégia corporativa, como a terceirização de operações em sociedades do Grupo Santander, os processos de convergência tecnológica, ou as próprias reestruturações organizacionais internas. Também conseguiu adaptar o MCI para usufruir as novas tendências metodológicas surgidas no ano, como o Audit Standard Nº5 An Audit of Internal Control Over Financial Reporting That Is Integrated with An Audit of Financial Statements, publicado pelo PCAOB, e a Comission Guidance Regarding Management s Report on Internal Control Over Financial Reporting, publicada pela SEC. O Grupo Santander realizou um importante esforço para garantir a aplicação dessa metodologia comum e homogênea em toda área do MCI, incorporando aos padrões corporativos definidos pela área Corporativa de Controle Interno Sox, os modelos daqueles subgrupos com modelos prévios próprios. O âmbito corporativo do MCI do Grupo Santander obriga garantir permanentemente um adequado nível de atualização, coordenação e formação de todos os níveis envolvidos da organização. Para isso, além da contínua renovação das informações do Portal Corporativo de Controle Interno Sox, e do canal de comunicação entre os usuários de MCI, durante 2007 foram desenvolvidos cursos de formação on-line e manuais práticos sobre a metodologia e o funcionamento da ferramenta que dá suporte ao MCI. Também foram promovidas jornadas corporativas de Controle Interno, nas quais participaram mais de 100 responsáveis de diversos países, para trocar experiências e as melhores práticas, e houve mesas de trabalho sobre os aspectos mais relevantes do MCI. 160

161

162 RELATÓRIO ANUAL 2007 RELATÓRIO DE AUDITORIA E CONTAS ANUAIS CONSOLIDADAS Relatório de Auditoria 165 Contas anuais consolidadas 166 Relatório de Administração 313 Conta de perdas e ganhos 338

163 RELATÓRIO DE AUDITORIA E CONTAS ANUAIS CONSOLIDADAS RESPONSABILIDADE SOBRE AS INFORMAÇÕES O Conselho de Administração do Banco assume expressamente a função geral de supervisão das operações do Grupo, exercendo diretamente e com caráter intransferível as responsabilidades dessa função. No escopo de sua atuação, a Comissão de Auditoria e Conformidade (Compliance) está encarregada, entre outras, das seguintes funções no que diz respeito a informações, controle contábil e avaliação do sistema de conformidade: 1. Prestar informações, por meio de seu Presidente ou Secretário, na Assembléia Geral Ordinária, sobre questões levantadas pelos acionistas relativamente a temas de sua alçada. 2. Propor a nomeação do Auditor de Contas, as condições de sua contratação, o alcance de sua atuação profissional e, se for o caso, a revogação ou a não-renovação de seu contrato. 3. Revisar as contas anuais do Banco e as contas anuais consolidadas do Grupo, fiscalizando o cumprimento das exigências legais e a correta aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos. 4. Servir de canal de comunicação entre o Conselho de Administração e o Auditor de Contas e avaliar os resultados de cada auditoria e as respostas da Administração a suas recomendações. 5. Conhecer o processo de preparação de informações financeiras e os sistemas de controle internos. 6. Monitorar situações que possam colocar em risco a independência do Auditor de Contas e, em particular, verificar quanto representam sobre a receita total da firma de auditoria, em termos percentuais, os honorários profissionais que lhe são pagos, sob todos os aspectos. Os referidos honorários devem ser objeto de divulgação pública. 7. Revisar, antes da respectiva divulgação, as informações financeiras periódicas que o Banco e o Grupo fornecem aos mercados e aos órgãos de fiscalização, certificando-se de que as informações são elaboradas de acordo com os mesmos princípios e práticas aplicados às contas anuais. 8. Verificar a observância do Código de Conduta do Grupo com relação aos mercados de títulos e valores mobiliários, dos manuais e procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e, em geral, das regras de governança do Banco, submetendo as propostas de aprimoramento necessárias. Para tais fins, o Comitê de Auditoria e Conformidade deve reunir-se quantas vezes julgar necessário (desde que haja pelo menos quatro reuniões por ano) com os responsáveis pelas áreas de negócio do Grupo, com os profissionais encarregados das áreas de apoio e gestão de risco, especialmente com a Controladoria e a Auditoria Interna do Banco e do Grupo, e com os auditores externos, para analisar seus relatórios e recomendações. Nossos auditores externos, da Deloitte, uma organização mundial, examinam anualmente as contas anuais de praticamente todas as empresas que integram o Grupo Santander, com o objetivo de emitir seu parecer profissional. Os auditores externos são regularmente informados sobre nossos controles e procedimentos, definem e aplicam testes de auditoria com total liberdade e dispõem de livre acesso ao Presidente, ao Segundo Vice-Presidente e Segundo Conselheiro e aos demais Vice- Presidentes do Conselho de Administração do Banco, para apresentar suas conclusões e discutir suas recomendações visando tornar os sistemas de controle interno mais eficazes. O Presidente da Comissão de Auditoria e Conformidade reúnese periodicamente com os auditores externos para garantir a eficácia de sua revisão e analisar possíveis situações que poderiam implicar qualquer risco a sua independência. Nesse sentido, e conforme as práticas mais avançadas de transparência nas informações submetidas aos nossos acionistas, informam-se nas Notas às contas anuais consolidadas os honorários pagos a nossos auditores, em todos os aspectos, sendo que a auditoria das contas anuais organizadas pela Deloitte, uma organização mundial, nas empresas que integram o Grupo Santander correspondeu, no exercício de 2007, a 15,9 milhões de euros (15,6 milhões de euros e 15,8 milhões de euros em 2006 e 2005, respectivamente). Com o objetivo de facilitar a análise das situações que podem implicar risco à independência de nossos Auditores de Contas, tanto da perspectiva quantitativa quanto da qualitativa, listamos abaixo as informações relevantes definidas no O Malley Panel e em outros importantes documentos internacionais sobre a avaliação da eficácia da função da auditoria externa. 1. A relação entre o valor faturado por nossa principal firma de auditoria relativamente a serviços que não de auditoria (5,3 milhões de euros no exercício de 2007) e os honorários de auditoria das contas anuais e de outros relatórios legalmente exigidos, mais as auditorias de compras e outras operações corporativas, inclusive combinações de empresas, atingiu, no exercício de 2007, 0,18 vez (0,19 vez e 0,2 vez nos exercícios de 2006 e 2005, respectivamente). A título de referência, e de acordo com as informações disponíveis sobre as principais instituições financeiras do Reino Unido e dos Estados Unidos cujas ações são negociadas em mercados organizados, os honorários anuais que, em média, foram pagos pelas referidas instituições a seus auditores por serviços que não de auditoria no exercício de 2006 corresponderam a cerca de 0,51 vez os honorários referentes a serviços de auditoria. Os serviços contratados com nossos auditores estão de acordo com as exigências de independência em estabelecidas na Lei 44/2002, de 22 de novembro, sobre as Medidas de Reforma do Sistema Financeiro, assim como as estabelecidas na Lei Sarbanes-Oxley de 2002 adotada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) e pelo Regulamento do Conselho de Administração do Banco. 163

164 2. Valor relativo a honorários gerados por um cliente em relação aos honorários totais da firma de auditoria: o Grupo adotou o critério de não contratar firmas de auditoria nas quais todos os honorários previstos, referentes a quaisquer serviços, sejam superiores a 2% de suas receitas totais. No caso da Deloitte, uma organização mundial, essa relação é inferior a 0,14% da receita total. No caso da Espanha, esse quociente situa-se abaixo de 1,5% da receita líquida da nossa principal firma de auditoria. Em vista do acima exposto, a Comissão de Auditoria e Conformidade entende que não existem razões objetivas para questionar a independência de nossos auditores. As contas anuais consolidadas incluídas neste Relatório Anual são apresentadas em conformidade com as Normas Internacionais de Informação Financeira adotadas pela União Européia e foram obtidas das demonstrações financeiras elaboradas pela Administração do Banco Santander, S.A., a partir dos registros de contabilidade do Banco e empresas subsidiárias e coligadas, diferindo somente das elaboradas no que diz respeito aos Anexos I, II e III, incluídos neste Relatório Anual, que reúnem as empresas mais significativas que integram o Grupo, enquanto os Anexos às contas anuais consolidadas colocadas à disposição dos acionistas desde a data da convocação da Assembléia Geral Ordinária e que serão submetidas à sua aprovação reúnem o inventário de todas as empresas do Grupo. * * * * * 164

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