O Carpooling na FEUP Caracterização e Utilização do Carpooling na FEUP

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1 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto O Carpooling na FEUP Caracterização e Utilização do Carpooling na FEUP Projeto FEUP Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação / Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão: Prof. Armando Sousa Prof. Pedro Amorim / Prof. Nuno Flores Supervisora: Prof.ª Vera Miguéis Equipa GI15: Monitora: Catarina Almeida Autoria: Gonçalo Reis Dias up @fe.up.pt Jorge Carmo up @fe.up.pt Rui Cardoso up @fe.up.pt João Fidalgo up @fe.up.pt Pedro Machado up @fe.up.pt Simão Lúcio up @fe.up.pt Vítor Esteves up @fe.up.pt

2 Resumo Atualmente, tendo em conta o contexto social em que se vive, faz todo o sentido que práticas, como o carpooling, que permitem um aumento da qualidade de vida dos cidadãos, apresentando-se como soluções a diversos problemas, sejam abordadas. É fácil compreender os motivos que levam à utilização do carpooling, tais como o menor congestionamento das vias de trânsito, a menor necessidade de lugares de estacionamento (relacionados com a menor quantidade de viaturas a circular simultaneamente), a redução de despesas para o condutor e passageiros e a diminuição da emissão de gases responsáveis pelo efeito de estufa. O seu uso encontra-se também intrinsecamente relacionado com o desenvolvimento social e interpessoal dos seus utilizadores. Este relatório tem como objetivo principal a caracterização da utilização do carpooling na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), identificando os principais segmentos de utilizadores, no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP. Nesse sentido, esta prática foi apresentada num contexto global e, posteriormente, enquadrada no contexto mais particular da FEUP. Em primeiro lugar, foi definido o carpooling e caracterizado o contexto histórico em que o mesmo surgiu. A partir deste ponto, foi dada uma perspetiva evolutiva do carpooling e foram enunciadas as suas principais vantagens e desvantagens. Seguidamente, analisou-se o carpooling a nível europeu, nacional e, finalmente, na FEUP. Foi encontrado suporte em vários dados estatísticos, numa entrevista ao fundador do site Boleia.net, que incentiva e organiza a prática de carpooling em Portugal, e num inquérito elaborado para os estudantes, professores e funcionários desta faculdade. No panorama geral da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, verificouse que grande parte dos estudantes da faculdade demonstraram não conhecer a expressão carpooling. Porém, após lhes ter sido explicado o significado da palavra e em que consistia a mesma, uma boa parte dos inquiridos reconheceu o carpooling como algo que lhes era familiar. Do que foi possível aferir, grande parte dos alunos que conhecem e já praticaram o carpooling fê-lo de forma pontual. Os docentes revelaram um melhor conhecimento desta prática e verificou-se que a mesma está relativamente difundida entre este grupo. Os funcionários revelaram um conhecimento mais limitado acerca do carpooling, tendo-se verificado que o mesmo está pouco difundido entre esta amostra. Tendo em conta que, entre os inquiridos que disseram conhecer o carpooling, a prática está relativamente difundida, concluiu-se que o crescimento da mesma está dependente da sua divulgação. ii

3 Abstract Nowadays, taking into account the social context that is faced, it makes perfect sense that behaviours, such as carpooling, which provide the citizens with a higher quality of life and could be the answer to a number of problems, are studied. It is easy to understand the motives behind the usage of carpooling, such as the relief of traffic congestion, the lesser need for parking spaces (both related to the smaller amount of vehicles circulating simultaneously), the decrease of expenses for the driver and passengers and the drop in carbon emissions. Its usage is also inherently related to the social and interpersonal development of its users. This report aims to characterise the usage of carpooling at the Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), identifying the main segments of users, as part of a subject called Projeto FEUP. Bearing this in mind, carpooling was studied in a global context and, afterwards, in a more particular one, within FEUP. Firstly, carpooling was defined and its historical context described. Afterwards, the evolution of carpooling was analysed and its advantages and disadvantages were enumerated. Carpooling was described within Europe, Portugal and, afterwards, within FEUP. A number of statistics, an interview with the founder of one of the major sites which encourage and organise carpooling in Portugal, Boleia.net, and a survey aimed at FEUP students, professors and other workers have supported this analysis. It was observed that a significant part of the students at the Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto did not know the meaning of the term carpooling. However, after being explained what this word meant and what carpooling consisted of, most of the students which were polled recognised carpooling as something which was familiar to them. From what has been possible to assess, most of the students who know and have practiced carpooling have done it occasionally. The professors showed a greater knowledge of carpooling and it was observed that its usage is relatively widespread amongst this group. Other workers at FEUP revealed a more limited knowledge about carpooling, which is poorly resorted to amongst this sample. Taking into account that, amongst the people who claimed to know carpooling, its usage is relatively widespread, it has been concluded that its growth depends on its publicity. Palavras-Chave carpooling; caracterização; utilização; utilizadores; evolução; vantagens; desvantagens; Europa; Portugal; FEUP. iii

4 Agradecimentos À nossa supervisora, a professora Vera Miguéis, e à nossa monitora, a Catarina, agradecemos a ajuda e a orientação prestadas ao longo da realização deste projeto. Ao Sr. Toni Jorge, fundador do site Boleia.net, agradecemos a atenção e a disponibilidade, ao ter cedido parte do seu tempo para nos conceder uma entrevista, e os dados estatísticos que nos facultou. iv

5 Índice 1. Introdução Definição e Contextualização Histórica O que é o carpooling? Origens e Contextualização Histórica Adesão Inicial e Tendência Evolutiva Vantagens e Desvantagens do Carpooling Carpooling na Europa e em Portugal Contexto Europeu Contexto Português Carpooling na FEUP Conclusões e Trabalhos Futuros Referências bibliográficas Anexo A v

6 Índice de Figuras Figura 1 - Sinal a encorajar o carpooling durante a escassez de gasolina resultante da crise do petróleo de 1973, nos EUA (Falconer, 1974) Índice de Gráficos Gráfico 1 - Número de veículos motorizados por cada 1000 pessoas (The World Bank) Gráfico 2 - Número de veículos de passageiros por cada 1000 pessoas (The World Bank) Gráfico 3 - Grau de conhecimento do conceito de carpooling na comunidade da FEUP Gráfico 4 - Percentagem de praticantes de carpooling entre os inquiridos que revelaram conhecer o conceito Gráfico 5 - Conhecimento do carpooling entre os estudantes Gráfico 6 - Prática do carpooling entre os estudantes que conhecem o conceito Gráfico 7 - Conhecimento do carpooling entre os docentes Gráfico 8 - Prática do carpooling entre os docentes que conhecem o conceito Gráfico 9 - Conhecimento do carpooling entre os funcionários Gráfico 10 - Prática do carpooling entre os funcionários que conhecem o conceito Índice de Tabelas Tabela 1 - Preço dos combustíveis na União Europeia (Europe s Energy Portal) vi

7 1. Introdução O conceito de carpooling consiste na partilha, por várias pessoas, de um carro particular para uma viagem de duração variável e pode processar-se de diversas formas. O primeiro passo consiste em encontrar pessoas com quem partilhar a viagem de automóvel. O carpooling ocorre normalmente em viagens de curta a média duração entre o local de residência e o local de trabalho (por exemplo, entre a periferia e o centro de uma grande cidade), embora se esteja a tornar cada vez mais popular em viagens mais longas. Este tipo de deslocação assume uma particular popularidade entre pessoas que vivem em áreas de maior densidade demográfica. Nem sempre o carpooling acontece durante a totalidade de uma viagem. Em viagens longas, é comum que os passageiros percorram apenas uma parte da viagem. O carpooling surgiu nos Estados Unidos da América, durante a Segunda Guerra Mundial, como parte de um plano de racionamento. Ressurgiu no final da década de 1960 e cresceu significativamente na década de 1970, em resposta à crise energética e à crise do petróleo, que tiveram o seu pico entre 1973 e 1974 (Chan e Shaheen, 2012). A partir da década de 1980 e durante a década de 1990, começaram a surgir os primeiros serviços organizados que apoiavam este método. Atualmente, os trabalhadores optam por deslocar-se sozinhos para o trabalho (ver Anexo A, pergunta 6), pois ainda o veem como uma atividade pouco organizada, ainda que os avanços tecnológicos tenham permitido que as plataformas de carpooling se dinamizassem, com a criação de programas baseados na correspondência, por telefone e pela Internet. Desde o seu aparecimento, o carpooling foi incentivado, principalmente, pela redução de custos que consegue proporcionar aos utilizadores nas suas deslocações. No entanto, é possível enumerar benefícios resultantes do uso compartilhado de um automóvel que não se ficam apenas pela economia de custos. Numa sociedade cada vez mais preocupada com as questões ambientais, o carpooling pode ser uma boa solução, pois, ao mesmo tempo que mais pessoas viajam juntas, menor é o número de automóveis em circulação, reduzindo também a emissão de gases com efeito de estufa. Simultaneamente, as consequências dessas emissões, tais como o aquecimento global ou as doenças respiratórias, são atenuadas e existe ainda uma enorme redução do tráfego, que é um problema muito comum nos países desenvolvidos. Continuam ainda a existir alguns impedimentos associados ao carpooling que se colocam como entraves ao crescimento desta prática. Inicialmente, pode ser complicado encontrar pessoas com quem partilhar horários e destinos semelhantes e, por outro lado, há 7

8 alguma perda de privacidade e fica-se obrigatoriamente condicionado, pois, além de se cumprir o próprio horário, passa-se a estar dependente dos compromissos de terceiros. O carpooling surgiu no continente europeu com o objetivo de contrariar as despesas relacionadas com o transporte e o tempo de deslocação dos cidadãos para o emprego. O site Carpooling.com é a maior e mais utilizada plataforma de carpooling da Europa e conta já com mais de 24 milhões de carpools. A maior percentagem dos seus utilizadores é do sexo feminino, constituída por solteiros e por utilizadores diários de transportes públicos. A prática em Portugal apresenta um dos valores mais baixos em toda a Europa, (ainda que uma grande percentagem da população revele interesse na sua utilização, mas não pratique o carpooling), visto que ainda existem muito poucas plataformas organizadas que apoiem este meio de transporte (ver Anexo A, pergunta 6). O Boleia.net é um site muito recente que tem registado um rápido crescimento em Portugal, permitindo a colocação de anúncios para boleias organizadas. No panorama geral da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, verificase que existe uma grande necessidade de lugares de estacionamento no parque dos estudantes, que se encontra constantemente sobrelotado. Faz todo o sentido, por isso, tentar aferir o grau de conhecimento da comunidade da FEUP em relação ao carpooling e caracterizar o uso desta prática neste contexto, procurando perceber quem recorre a boleias e quais as motivações para tal. Para isso, é necessário identificar os principais segmentos de utilizadores do carpooling na FEUP e estimar o impacto que esta prática pode ter sobre cada um desses segmentos. 8

9 2. Definição e Contextualização Histórica 2.1 O que é o carpooling? O conceito de carpooling consiste na partilha, por várias pessoas, de um carro particular para uma viagem de duração variável 1 (Oxford Dictionaries, 2013). O carpooling permite, assim, reduzir os custos com a viagem (tais como os custos com combustíveis e portagens, por exemplo) para as pessoas envolvidas na parceria, sendo também visto como uma forma mais ecológica e sustentável de viajar, contribuindo para a redução das emissões de dióxido de carbono e para a diminuição do volume de trânsito nas grandes cidades, durante as horas de ponta, e da necessidade de lugares de estacionamento. Em 2009, as deslocações em regime de carpooling constituíam 43,5% de todas as viagens nos Estados Unidos da América (NHTS, 2009) e 10% das viagens de curta a média duração entre o local de residência e o local de trabalho, no mesmo país (The New York Times, 2011). Este tipo de deslocação assume uma particular popularidade entre pessoas que vivem em áreas de maior densidade demográfica e que trabalham em locais onde a oferta de emprego é maior. Também se verifica que, com o aumento da distância entre a residência e o local de trabalho, a probabilidade de o veículo utilizado para a viagem ser ocupado por pessoas de agregados familiares diferentes aumenta. No entanto, a probabilidade de uma viagem ocorrer em regime de carpooling diminui com o aumento do tempo gasto, em média, nessa viagem. Nos Estados Unidos, constata-se, igualmente, que o carpooling é mais popular entre pessoas mais jovens e indivíduos do sexo feminino e que é menos provável quando o número de veículos por agregado familiar é maior (Belz e Lee, 2011). Existe uma correlação direta entre o carpooling e os custos relacionados com a viagem, tais como os preços dos combustíveis. Também se verifica que, se o tempo que uma dada pessoa passa em convívio social for maior e essa pessoa não for casada, a probabilidade de viajar em regime de carpooling é maior. Por outro lado, essa probabilidade diminui significativamente entre pessoas que passam mais tempo no local de trabalho, pessoas mais velhas ou que possuam residência fixa (DeLoach e Tiemann, 2010). O carpooling pode processar-se de diversas formas. O primeiro passo consiste em encontrar pessoas com quem partilhar a viagem de automóvel. Os participantes podem ser já conhecidos, embora a boleia partilhada com desconhecidos seja cada vez mais comum. Após encontrar alguém com quem estabelecer esta parceria, torna-se necessário acertar todos os pormenores relacionados com a viagem. Os custos, o ponto de encontro e o espaço reservado para a bagagem, por exemplo, são acordados a priori, para que, quando o encontro 1 O conceito de carpooling é, por vezes, confundido com o conceito de carsharing. No entanto, este último pressupõe o aluguer de um veículo a uma empresa. 9

10 se der, a viagem possa decorrer tal como fora planeada. O carpooling ocorre normalmente em viagens de curta a média duração entre o local de residência e o local de trabalho (por exemplo, entre a periferia e o centro de uma grande cidade), embora se esteja a tornar cada vez mais popular em viagens mais longas. Nem sempre o carpooling acontece durante a totalidade de uma viagem. Em viagens longas, é comum que os passageiros percorram apenas uma parte da viagem, sendo a sua contribuição monetária baseada na distância percorrida, conferindo uma maior flexibilidade ao carpooling e permitindo que mais pessoas participem na viagem. Atualmente, a maior parte das boleias combinadas são organizadas através de plataformas online que permitem aos condutores e passageiros acertar todos os pormenores da viagem e acordar os custos que recairão sobre cada participante de forma segura. Estas plataformas possuem sistemas de avaliações que permitem aferir a fiabilidade das propostas de boleia. Em Portugal, uma destas plataformas, que tem registado um rápido crescimento, é o Boleia.net, que, à data da elaboração deste relatório, contava com mais de 5000 utilizadores registados. 2.2 Origens e Contextualização Histórica O conceito de carpooling surgiu nos Estados Unidos da América, durante a Segunda Guerra Mundial, como parte de um plano de racionamento, de forma a evitar gastos excessivos com combustíveis fósseis durante o esforço de guerra. Nesta altura, surgiram os chamados car clubs ou car-sharing clubs, geridos por fábricas e empresas no seguimento de uma lei de 1942 que obrigava à partilha de boleias para o local de trabalho sempre que não existissem meios de transporte alternativos. O US Office of Civillian Defense levou a cabo campanhas para encorajar grupos de quatro trabalhadores a partilharem um carro durante a viagem para o emprego, e criou um programa chamado Car Sharing Club Exchange and Self-Dispatching System. Este programa pode ser visto como um precursor das atuais plataformas online, uma vez que permitia a correspondência entre condutores e passageiros através de um quadro de avisos disponível no local de trabalho (Chan e Shaheen, 2012). O carpooling voltou a surgir no final da década de 1960 e cresceu significativamente na década de 1970, em resposta à crise energética e à crise do petróleo, que tiveram o seu pico entre 1973 e Nesta altura, as estratégias para facilitar a partilha de boleias incluíam programas patrocinados por entidades patronais, a criação de vias de trânsito reservadas a veículos onde seguissem vários passageiros (High-occupancy vehicle lanes), o carpooling casual (também conhecido como slugging 2 ) e parques de estacionamento com ligação a 2 O slugging consiste numa variante do carpooling, em que a boleia não é previamente combinada e os passageiros são tomados ou largados de forma informal em locais mais ou menos aleatórios, conhecidos como slug lines (Wikipedia - Slugging, 2013). 10

11 outros meios de transporte. De facto, as preocupações que levavam a que a partilha de boleias fosse promovida passaram não só a ter a ver com o congestionamento do trânsito e com a falta de lugares de estacionamento no local de trabalho, mas também com problemas relacionados com a poupança de energia (Chan e Shaheen, 2012). Figura 1 - Sinal a encorajar o carpooling durante a escassez de gasolina resultante da crise do petróleo de 1973, nos EUA (Falconer, 1974). A partir da década de 1980 e durante a década de 1990, começaram a surgir os primeiros serviços organizados de carpooling. Exigia-se, neste momento, a resolução de problemas relacionados com o congestionamento do trânsito e com a qualidade do ar. Os avanços tecnológicos permitiram que as plataformas de carpooling se dinamizassem, com a criação de programas baseados na correspondência, por telefone e pela Internet, entre pessoas interessadas em marcar boleias. No entanto, como o preço da gasolina sofreu um decréscimo durante este período, o carpooling acabou por perder grande parte da sua competitividade. Os primeiros serviços de carpooling nunca se conseguiram estabelecer definitivamente no mercado, embora tenham constituído a base das plataformas online atuais (Chan e Shaheen, 2012). 11

12 3. Adesão Inicial e Tendência Evolutiva Como já foi referido anteriormente, o conceito de carpooling nasceu de uma série de necessidades comuns a um grande grupo demográfico. Regra geral, os principais motivos têm por base a disponibilidade económica dos aderentes. Até à década de 80 do século passado, esta modalidade de transporte estava em crescimento constante no seu país de origem, Estados Unidos da América, uma vez que os preços dos combustíveis não eram muito atrativos (devido à crise do petróleo de 1973 e à crise energética de 1979) e comprar uma viatura motorizada não estava ao alcance de todos (Oliphant e Amey, 2010). Os utilizadores eram, na sua maioria, trabalhadores que necessitavam de se deslocar grandes distâncias até ao emprego. Entre estes, o carpooling teve o seu pico nos anos 70. Neste período, cerca de 20% dos indivíduos participavam em boleias organizadas. No entanto, no mesmo país, em 2011, a percentagem de trabalhadores que se deslocavam de carro, sozinhos, para o emprego era de 90,3% (US Census Bureau). É certo que, em 2006, o número de carros por cada 1000 pessoas, em certos países europeus, era cinco vezes maior do que em 1960 e que, nos EUA, no mesmo período de tempo, o número duplicou (Dargay, Gately e Sommer, 2007). Tudo isto foi devido à massificação da produção automóvel e à consequente descida de preço dos mesmos. No entanto, após a recessão económica da década de 2000 e do aumento do preço dos combustíveis (motivos que tinham levado ao aparecimento do carpooling várias décadas antes), este meio de transporte, ao contrário do que seria de esperar, tem registado um crescimento pouco significativo em alguns países, como Portugal, e chega mesmo a estar em declínio noutros, como nos EUA. A explicação para este facto, que pode parecer algo paradoxal, prende-se essencialmente com problemas estruturais, ao nível da comunicação na sua divulgação. O carpooling é frequentemente visto como algo desorganizado e este ponto de vista desvaloriza a atividade, criando algum desconforto a potenciais utilizadores. Um outro aspeto passa pela falta de entidades promotoras e divulgadoras deste tipo de iniciativa. Como se pode observar pelos dados estatísticos recolhidos na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, uma grande percentagem da comunidade desconhece por completo o conceito de carpooling. No entanto, uma grande parte dos indivíduos que se disseram familiarizados com o conceito já tinham estado, ou estão, presentemente, envolvidos em boleias organizadas. Estes dados podem ser confirmados também a nível nacional. Segundo o Sr. Toni Jorge, um dos responsáveis pelo site Boleia.net, desde que o seu projeto começou, em Portugal, o número de seguidores da plataforma ascendeu a quase seis mil, em apenas quatro meses. Este número continua a aumentar. 12

13 Assim, tendo em conta que, entre os estudantes, questões como a falta de disponibilidade económica e de transporte são transversais, e que, nos últimos anos, têm sido criadas plataformas estruturadas, promotoras do carpooling, com uma grande taxa de sucesso, podemos prever que o aumento da divulgação deste meio de transporte, ao longo do tempo, conduza ao seu crescimento continuado, em Portugal e na FEUP. 4. Vantagens e Desvantagens do Carpooling O carpooling pode ser uma solução viável para o transporte de pessoas que partilham o mesmo local de emprego ou que trabalham em zonas próximas dentro da cidade, podendo tornar-se uma boa opção principalmente para aqueles que não têm veículo próprio. No entanto, existem prós e contras que cada um deve avaliar antes de tomar uma decisão. O carpooling foi, desde o seu aparecimento, incentivado principalmente pela redução de custos que consegue proporcionar aos utilizadores nas suas deslocações, na medida em que permite a divisão dos gastos em combustível, estacionamento, portagens e manutenção. Dependendo do número de pessoas que viajam utilizando o mesmo veículo, estes gastos podem ser reduzidos para metade ou, até, menos (ver Anexo A, pergunta 7). No entanto, chegados a um ponto em que as iniciativas de uso compartilhado de automóvel tomam um número significativo, é possível enumerar benefícios resultantes desta prática que não se ficam apenas pela economia de custos. De facto, o carpooling pode trazer várias vantagens para além das de ordem económica, quando utilizado em grande escala. Numa sociedade cada vez mais preocupada com as questões ambientais, o carpooling pode ser uma boa solução, pois, quanto maior for o número de pessoas a viajar juntas, menor é o número de automóveis em circulação, o que reduz a emissão de gases responsáveis pelo efeito de estufa. Assim, as consequências dessas emissões, tais como o aquecimento global ou as doenças respiratórias, são atenuadas. Noutra perspetiva, podemos assinalar, também, a redução do tráfego, um dos maiores problemas com que as pessoas se deparam no seu dia a dia, nas grandes cidades. Como consequência direta do carpooling, as vias ficam descongestionadas e a duração de cada viagem diminui. Além disso, países como os Estados Unidos já têm serviços de parqueamento e vias de trânsito exclusivamente destinadas a automóveis onde sigam vários passageiros, o que inclui os carros partilhados em regime de carpooling. Desta forma, cada um poderá gerir melhor o seu tempo, sendo possível ler, relaxar ou, até, trabalhar durante uma viagem, ao mesmo tempo que são evitadas situações de tráfego intenso e é oferecida a oportunidade de fazer novas amizades. Por outro lado, acabam os problemas associados à utilização dos transportes públicos, tais como o metro e o autocarro, por vezes pouco acessíveis e inconciliáveis com as vidas cada vez mais atarefadas dos cidadãos. 13

14 O carpooling é também caracterizado pela facilidade de marcação das boleias, uma vez que existem vários locais na Internet onde é possível encontrar os anúncios que melhor se adaptem às necessidades de cada um, e por uma grande flexibilidade, pois cada grupo estabelece as suas próprias condições, tais como os horários, quem disponibiliza o automóvel e quem conduz. Atualmente, até a incompatibilidade de horários é resolvida pelas companhias de carpooling de maior dimensão, recorrendo a serviços que dão boleia às pessoas que são obrigadas a ficar até mais tarde no local de trabalho. Muitos poderão argumentar que existem alternativas capazes de concorrer com o carpooling, tais como a utilização de um motociclo ou de uma bicicleta nas deslocações entre casa e o local de trabalho. Estes dois veículos são mais práticos no que diz respeito ao estacionamento e os custos associados às deslocações são mais acessíveis, principalmente se se tratar de uma bicicleta. No entanto, não conseguem ser tão seguros e cómodos, tornando-se, até, inutilizáveis em condições climatéricas adversas. Apesar de tudo, continua a haver alguns impedimentos associados ao carpooling que se apresentam como entraves a esta prática. Inicialmente, pode ser complicado encontrar pessoas com quem partilhar horários e destinos e, mesmo quando já há um grupo definido, pode acontecer que um dos seus membros tenha de efetuar alterações à sua rotina que impeçam a prossecução da utilização da mesma boleia. Por outro lado, existe alguma perda de privacidade e um condicionalismo incontornável, pois, para além da obrigatoriedade de se cumprir o próprio horário, passa-se a estar dependente dos compromissos de terceiros. Assim, basta que um dos ocupantes se atrase para que todos os outros saiam prejudicados. Torna-se, também, impossível, por exemplo, fazer desvios na rota previamente estabelecida para tratar de assuntos pessoais. Avaliando todas as vantagens e desvantagens associadas ao carpooling, e considerando possível a convivência com eventuais inconvenientes, os interessados na partilha de boleia podem, então, aderir a um dos vários sites afetos ao carpooling de forma a encontrarem rapidamente o grupo que melhor se adapta aos seus horários e destinos. 14

15 5. Carpooling na Europa e em Portugal 5.1 Contexto Europeu No continente europeu, a utilização do carpooling surgiu como reflexo natural de vários fatores, tais como o elevado preço dos combustíveis, a reduzida quantidade de veículos per capita e o congestionamento das vias rodoviárias nas horas de ponta. Esta prática surgiu, então, como uma tentativa de fazer face às despesas com transportes com que os cidadãos se viam deparados e ao tempo gasto no deslocamento para o emprego, escola ou universidade, por exemplo. O preço dos combustíveis, na União Europeia (UE) ronda, atualmente, os por litro (Europe s Energy Portal, 2013). Tabela 1 - Preço dos combustíveis na União Europeia (Europe s Energy Portal, 2013) 15

16 Em 2010, o número de veículos por cada 1000 pessoas, também na UE, era igual a 547.4, dos quais eram veículos de passageiros. Nos Estados Unidos da América, no mesmo ano, esses números eram iguais a e respetivamente (The World Bank, 2010). Estes dados (que significam que há cerca de um veículo de passageiros para cada duas pessoas), conjugados com o elevado preço dos combustíveis, constituem fatores favoráveis ao crescimento desta prática na UE e nos Estados Unidos da América. Gráfico 1 - Número de veículos motorizados por cada 1000 pessoas (The World Bank, 2010) Gráfico 2 - Número de veículos de passageiros por cada 1000 pessoas (The World Bank, 2010) Na última década, o carpooling serviu-se da Internet como o meio principal para o seu crescimento. Surgiram, então, várias plataformas online, nas quais os utilizadores podem anunciar as viagens que planeiam fazer e o número de lugares disponíveis, assim como o preço que tencionam cobrar pela viagem, ou procurar um veículo que satisfaça as suas necessidades. 16

17 O site Carpooling.com é, atualmente, a maior plataforma europeia de carpooling, tendo surgido há 13 anos, na Alemanha, e contando com mais de 5 milhões de utilizadores espalhados por 40 países europeus. A plataforma diz oferecer acesso diário a 3.5 milhões de lugares, o que equivale a 900 mil viagens, tendo já assegurado o transporte de cerca de 50 milhões de passageiros. Também se refere que a distância média de uma viagem é de 200 quilómetros. Segundo as suas próprias estatísticas, em 2011, teriam sido já efetuados 24 milhões de carpools, com 2 milhões de utilizadores mensais, tendo-se evitado a emissão de 630 mil toneladas de carbono e 90 mil quilómetros de trânsito e poupado 750 milhões de euros. As dez cidades europeias que mais utilizam os serviços oferecidos pelo Carpooling.com são, por ordem decrescente, Berlim (Alemanha), Paris (França), Viena (Áustria), Zurique (Suíça), Bruxelas (Bélgica), Praga (República Checa), Breslávia (Polónia), Milão (Itália), Madrid (Espanha) e Amesterdão (Holanda). Em relação às pessoas que recorrem a esta plataforma, é também revelado pelo site que 53% dos seus utilizadores são mulheres, 45% têm entre 25 e 39 anos, 55% têm formação superior, 28% apresentam um rendimento superior a 3000, 70% são solteiros, 50% utilizam as suas bicicletas pelo menos uma vez por semana e 46% acedem aos transportes públicos também pelo menos uma vez por semana (Carpooling.com). 5.2 Contexto Português À semelhança do que acontece na União Europeia, em Portugal atuam os mesmos fatores favoráveis ao carpooling, tais como o elevado preço dos combustíveis ( por litro - Europe s Energy Portal, 2013), o número de veículos motorizados per capita (cujo valor, segundo o The World Bank, em 2006, correspondia a veículos por cada 1000 pessoas, sendo o número de veículos de passageiros) e o congestionamento das vias rodoviárias. No entanto, a prática de carpooling a nível nacional é das menos significativas, quando comparada com outros países europeus (ver Anexo A, pergunta 6). Tendo em conta estas estatísticas, seria lógico considerar que os portugueses têm falta de interesse em relação à partilha de boleias. No entanto, um estudo realizado pela Cetelem, em Fevereiro deste ano, demonstrou que 43% dos cidadãos portugueses revelam interesse em praticar carpooling, embora apenas 6% da população o faça efetivamente. (Notícias ao Minuto, 2013) Analisando estes factos, pode-se concluir que, à data em que o estudo foi realizado, a discrepância entre estes dois números se devia à falta de uma plataforma devidamente organizada que apoiasse o carpooling. 17

18 No último ano, têm surgido vários grupos informais nas redes sociais onde os utilizadores colocam anúncios para boleias. Também começa a ser comum que várias pessoas se reúnam com o objetivo de partilharem os custos do aluguer de autocarros que os levem aos principais festivais de música nacionais. Por outro lado, foi com o site Boleia.net que o carpooling ganhou uma nova dimensão em Portugal. Esta página surgiu como uma forma de tentar responder ao interesse que havia por uma plataforma devidamente organizada e exclusivamente dedicada às boleias partilhadas. Tal como acontece no Carpooling.com, neste site é possível publicitar e procurar carpools, embora restringidos ao território nacional. Perante a falta de dados estatísticos relevantes em Portugal, convidou-se o fundador deste site, o Sr. Toni Jorge, a conceder uma entrevista pedido que, muito gentilmente, foi aceite (ver Anexo A), durante a qual foram fornecidos os dados necessários. À data da entrevista, foi referido pelo Sr. Toni Jorge que havia mais de mil anúncios deixados no Boleia.net, dos quais 55% eram anúncios colocados por condutores e 45% tinham sido colocados por potenciais passageiros. 35% do número total correspondiam a anúncios para boleias regulares e os restantes 65% correspondiam a anúncios para viagens ocasionais. Lisboa, Porto, Coimbra e Faro são, por esta ordem, as cidades mais mencionadas nos anúncios, sendo que os utilizadores do site vivem maioritariamente em Lisboa, Porto, Coimbra e Braga. Os dados que podem ser considerados mais relevantes, tendo em conta os objetivos deste projeto, têm a ver com a caracterização do utilizador típico deste site. Verifica-se que o número de membros do sexo masculino e o número de membros do sexo feminino é praticamente o mesmo (respetivamente, 52% e 48%), pelo que não há evidências do género ter qualquer tipo de relevância na caracterização do principal segmento de utilizadores de carpooling. 58% dos utilizadores têm entre 20 e 35 anos, sendo que 34% têm mais de 35 anos 3. Assim, pode-se afirmar, com relativa certeza, que os jovens constituem a maior fatia de utilizadores de carpooling, o que vai de encontro aos dados disponibilizados pelo site Carpooling.com. Pode-se, assim, caracterizar o principal segmento de utilizadores do carpooling em Portugal como sendo constituído por jovens com idade compreendida entre os 20 e os 35 anos. 3 É expectável que os restantes 8% digam respeito a jovens com idades compreendidas entre os 18 e os 20 anos, visto que a idade mínima exigida para o registo no Boleia.net é 18 anos. 18

19 6. Carpooling na FEUP Com vista a elaborar algumas conclusões acerca do panorama geral do carpooling na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, foram realizados inquéritos a cerca de cento e cinquenta pessoas da comunidade, permitindo, assim, aferir o grau de implementação do carpooling na FEUP. O inquérito envolveu noventa estudantes, trinta docentes e trinta funcionários da faculdade. Avaliando os gráficos que traduzem os resultados dos inquéritos, é possível concluir que, em geral, é maior a percentagem de pessoas que não conhecem o conceito de carpooling do que a das que o conhecem. Durante a realização destes inquéritos, verificouse que grande parte dos inquiridos demonstraram não conhecer a expressão carpooling. No entanto, após lhes ter sido explicado o significado da palavra e em que é que a prática consistia, uma boa parte dos inquiridos que disseram não conhecer o termo reconheceramno como algo que lhes era familiar. Conhece o Carpooling? Geral Sim 41% Não 59% Gráfico 3 - Grau de conhecimento do conceito de carpooling na comunidade da FEUP Depois de ter sido analisado o conhecimento geral da comunidade, aferiu-se, seguidamente, o número de pessoas que praticam ou já praticaram o carpooling. Concluiuse, então, que, do total dos inquiridos que mostraram conhecer o carpooling, cerca de 46% o praticam ou já o praticaram. 19

20 Não Já Praticou? Geral Praticou 46% Nunca Praticou 54% Gráfico 4 - Percentagem de praticantes de carpooling entre os inquiridos que revelaram conhecer o conceito Para que o grau de conhecimento sobre o carpooling na FEUP pudesse ser obtido com maior precisão, foi decidido que a comunidade seria dividida em três amostras estudantes, docentes e funcionários, para que se pudesse estudar o comportamento de cada uma delas face ao carpooling e identificar segmentos distintos de utilização. No que aos estudantes diz respeito, foi possível concluir que a maior parte, cerca de 64% dos inquiridos, não conhece o carpooling. Conhece o Carpooling? Estudantes Não 64% Sim 36% Gráfico 5 - Conhecimento do carpooling entre os estudantes Dos alunos que conhecem o carpooling, 44% deles já o praticaram. Quanto aos restantes 56%, muitos afirmaram que já viajaram em boleias, embora não praticando o carpooling tal como o mesmo foi descrito. 20

21 Já praticou (se conhece)? Estudantes Não 56% Sim 44% Gráfico 6 - Prática do carpooling entre os estudantes que conhecem o conceito Do que foi possível aferir, a maior parte dos estudantes que conhecem e já praticaram o carpooling fê-lo em situações pontuais. No caso desta faixa etária, o problema terá, talvez, a ver com a falta de divulgação do tema e do conceito, uma vez que poucos foram os que mostraram conhecer o carpooling, assim como das principais plataformas afetas a esse tipo de serviços. Quando a estatística se refere aos docentes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, o panorama é um pouco diferente do dos estudantes. Cerca de 70% dos docentes inquiridos mostraram estar familiarizados com este conceito de boleia. Apenas 30% não conhecem o tema, revelando que, entre esta amostra, existe uma divulgação eficaz do carpooling. Conhece o Carpooling? Docentes Sim 70% Não 30% Gráfico 7 - Conhecimento do carpooling entre os docentes 21

22 o praticaram. Dos docentes inquiridos que disseram conhecer o carpooling, 57% praticam-no ou já Já Praticou (se conhece)? Docentes Não 43% Sim 57% Gráfico 8 - Prática do carpooling entre os docentes que conhecem o conceito Do que foi possível aferir, as principais razões que levam os docentes a recorrer a este meio de transporte são financeiras, uma vez que a prática de carpooling se torna vantajosa neste sentido. Também o facto de alguns docentes residirem fora do Porto, tendo que percorrer longas distâncias até chegarem à faculdade, é uma das razões que motiva a prática do carpooling. Por último, foram realizados também, inquéritos aos funcionários da FEUP. As faixas etárias dos inquiridos rondam os 27 e os 59 anos. Dos inquiridos, 60% não conhecem o carpooling. Conhece o Carpooling? Funcionários Não 60% Sim 40% Gráfico 9 - Conhecimento do carpooling entre os funcionários 22

23 Dos que conhecem o carpooling, a percentagem daqueles que o praticam ou já o praticaram é de cerca de 40%. Comparados com os docentes, os funcionários da FEUP revelaram um conhecimento mais limitado do carpooling. No entanto, aqueles que disseram já ter praticado enumeraram as mesmas razões que haviam sido apontadas pelos docentes: essencialmente as questões financeiras e o facto de tornar mais fácil a viagem entre casa e a faculdade para quem reside em zonas mais afastadas do Porto. Já Praticou (se conhece)? Funcionários Não 60% Sim 40% Gráfico 10 - Prática do carpooling entre os funcionários que conhecem o conceito Embora com algumas limitações associadas à metodologia aplicada nos inquéritos, é possível, a partir dos resultados destes inquéritos, identificar três segmentos de utilizadores do carpooling. O primeiro segmento é o dos estudantes, que mostraram revelar pouco conhecimento acerca da prática. No entanto, entre os que conhecem, a prática está relativamente difundida. O segundo segmento é o dos docentes. Estes não só revelam um conhecimento muito satisfatório acerca do carpooling como o praticam de forma relativamente expressiva. O último segmento é o dos funcionários. Estes revelam um conhecimento mais limitado acerca da prática e a mesma está pouco difundida entre aqueles que a conhecem. De um ponto de vista global, o carpooling na FEUP poderia ser mais divulgado, principalmente entre o segmento dos estudantes. Segundo o Sr. Toni Jorge, durante a entrevista que nos concedeu, uma pessoa que pratique o carpooling pode poupar entre 25% e 50% do dinheiro que seria gasto numa viagem de transportes públicos (ver Anexo A, pergunta 7). Se tivermos em conta que uma grande parte dos estudantes da FEUP utiliza os transportes públicos para chegar a esta instituição de ensino, pode concluir-se, por extrapolação, que o impacto financeiro do carpooling sobre este segmento particular será da mesma ordem. O mesmo se aplica aos funcionários e 23

24 docentes da faculdade que vivam na zona metropolitana do Grande Porto e que utilizem os transportes públicos para se deslocarem entre a sua residência e o local de trabalho. Por outro lado, uma viagem de longa duração em regime de carpooling permite uma poupança de 75% a 80% do dinheiro que seria gasto por uma pessoa caso viajasse sozinha (ver Anexo A, pergunta 7). Se considerarmos que muitos dos professores da FEUP residem em zonas relativamente afastadas do Porto, podemos estimar que lhes é muito vantajoso praticar o carpooling nas deslocações entre o seu local de residência e a faculdade. Podemos igualmente extrapolar estes números para o caso dos estudantes que, sendo oriundos de zonas afastadas do Porto, se deslocam entre a cidade e a sua casa todos os fins de semana. Analisando o caso dos estudantes em particular, a prática do carpooling entre este segmento permitiria um alívio da grande necessidade diária de lugares de estacionamento no respetivo parque, o que ajudaria a diminuir o stress quotidiano, bem como situações de atrasos e faltas às aulas. O mesmo se aplicaria ao parque de estacionamento reservado aos docentes e aos funcionários, embora, neste caso, a situação não seja tão problemática. Sendo a faculdade um espaço de estudo, uma prática mais generalizada do carpooling levaria a um menor número de automóveis a circular nas suas imediações, o que criaria melhores condições aos estudantes. A diminuição da poluição ambiental e sonora seria igualmente vantajosa para todos os segmentos identificados. A parte social promovida pelo carpooling levaria a uma maior proximidade entre estudantes, docentes e funcionários, criando um potencial ambiente de convívio e eliminando algumas barreiras psicológicas existentes entre estes três segmentos. 24

25 7. Conclusões e Trabalhos Futuros Atualmente, um dos grandes problemas com que as pessoas se deparam no dia a dia é a sua mobilidade, principalmente dentro das grandes cidades. Não só devido ao constante aumento do preço dos combustíveis, mas também ao precioso tempo que é gasto nas deslocações, há uma preocupação cada vez maior em descobrir alternativas à utilização diária do automóvel particular, sem, no entanto, perder comodidade ou segurança. Com este relatório, conclui-se que uma das principais alternativas a ser considerada é o carpooling. No entanto, durante a recolha de informação, verificou-se que só uma pequena parte da população está informada acerca da existência deste sistema de partilha de boleias e das suas respetivas vantagens e limitações. Este dado, conjugado com a constatação de que o número de pessoas que, conhecendo o conceito, praticam o carpooling é relativamente elevado, leva a concluir que a solução para uma maior adesão a este sistema de transporte é a sua divulgação eficaz. De facto, a pesquisa realizada suporta a tese de que as pessoas poderiam definitivamente apostar no carpooling caso houvesse mais plataformas de apoio a esta atividade, até porque, hoje em dia, há soluções que o tornam flexível em todo o tipo de deslocações, sejam elas de pequena, média ou longa distância, e decerto que esta prática teria um impacto muito benéfico para a sociedade, a vários níveis. Também é interessante a reflexão sobre a evolução do carpooling, principalmente nos Estados Unidos da América, o seu país de origem. Em primeiro lugar, o contexto socioeconómico da época em que o carpooling surgiu permite perceber as situações em que pode ser útil recorrer a esta prática. Em segundo lugar, a tendência negativa que se verificou no número de boleias partilhadas nos anos que se seguiram à sua criação leva a crer que os utilizadores encontraram dificuldades que, no entanto, após identificadas, podem incitar à criação de condições para que sejam ultrapassadas. Por fim, como dados recentes revelam que, em países como os EUA, o carpooling chega a representar quase metade de todas as viagens realizadas no país, é credível que seja possível atingir uma estatística semelhante no nosso contexto. Os objetivos inicialmente delineados para este trabalho foram, então, cumpridos. Conseguiu caracterizar-se, com clareza e objetividade, o carpooling, não só em Portugal e na Europa, mas também na FEUP, que foi, desde o início, definida como foco principal. Houve, no entanto, algumas dificuldades na realização destas tarefas, pois foram encontradas limitações na informação presente nas fontes consultadas. Desta forma, recorreu-se a uma entrevista ao fundador do site Boleia.net, o Sr. Toni Jorge, durante a qual foram cedidos dados estatísticos muito úteis, e também a inquéritos realizados presencialmente. 25

26 Outra das barreiras encontradas foi a dificuldade na identificação dos diferentes segmentos de utilizadores do carpooling e o impacto do mesmo sobre cada um deles. Para trabalhos futuros, sugere-se um estudo mais aprofundado acerca deste tema, analisando, por exemplo, o crescimento do carpooling a curto e médio prazo. De facto, o contexto atual de crise económica pode constituir uma motivação para a prática do carpooling, sendo, por isso, interessante acompanhar a evolução na sua utilização ao longo dos próximos anos. Também seria oportuno fazer uma estimativa do impacto deste projeto sobre a assistência presente no congresso do dia 4 de novembro de 2013, analisando o seu interesse acerca deste assunto e a sua vontade em praticar o carpooling. Por último, lança-se, também, o desafio, à AEFEUP, para a criação de uma plataforma destinada à organização de boleias partilhadas entre pessoas da comunidade FEUP, a qual poderá ser divulgada através de palestras ou outros meios de comunicação que tenham o objetivo de informar acerca das principais vantagens económicas, sociais e ambientais do carpooling. Outra medida de incentivo seria a criação de um parque exclusivamente destinado ao estacionamento de veículos cujos proprietários ou ocupantes fossem praticantes frequentes do carpooling. 26

27 Referências bibliográficas Oxford Dictionaries Definition of carpool in English. Acedido a 23 de outubro de National Household Travel Survey - Person Trips ( Park, Haeyoun e Gebellof, Robert, Car-Pooling Declines as Driving Becomes Cheaper The New York Times, 28 de janeiro. Acedido a 17 de outubro de 2013 ( CARPOOL.html?ref=us&_r=1&) Belz, Nathan e Lee, Brian Composition of Vehicle Occupancy for Journey-To- Work Trips. DeLoach, Stephen e Tiemann, Thomas Not driving alone: Commuting in the Twenty-first century. Chan, Nelson e Shaheen, Susan Ridesharing in North America: Past, Present, and Future. Oliphant, Marc e Amey, Andrew Dynamic Ridesharing: Carpooling Meets the Information Age. Dargay, Joyce, Gately, Dermot e Sommer, Martin Vehicle Ownership and Income Growth, Worldwide: Boleia.net: o portal da boleia e carpooling em Portugal Acedido a 17 de outubro de Carpool - Wikipedia, the free encyclopedia Acedido a 17 de outubro de Slugging Wikipedia, the free encyclopedia Acedido a 23 de outubro de Carpooling.com - Europe s largest carpooling network Acedido a 17 de outubro de Europe s Energy Portal Acedido a 17 de outubro de The World Bank - Working for a World Free of Poverty Acedido a 17 de outubro de Notícias ao Minuto Portugueses são os que mais querem partilhar o carro. 18 de fevereiro. Acedido a 17 de outubro de

28 Drive Less. Save More Carpooling Benefits. Acedido a 17 de outubro de University of Ottawa Benefits of Carpooling. Acedido a 17 de outubro de CarpoolGlobal.blogspot.pt Advantages & Disadvantages of Carpooling. Acedido a 17 de outubro de HowStuffWorks How to Start a Carpool. Acedido a 17 de outubro de LifeStyle Lounge Carpool Pros and Cons. Acedido a 17 de outubro de

29 Anexo A Entrevista ao Sr. Toni Jorge 1. Toni Jorge (TJ) é um dos responsáveis pelo site Boleia.net, uma plataforma de marcação de boleias combinadas (normalmente conhecidas pelo termo em inglês carpooling ) que já conta com mais de cinco mil seguidores no Facebook e que tem registado um crescimento exponencial em Portugal. Toni, antes de mais, obrigado por estares aqui connosco. Como surgiu a ideia da criação desta plataforma? TJ: Eu sou português, mas nasci fora do país. Sou filho de pais portugueses, mas nasci e cresci em França, onde o carpooling está mais desenvolvido. Participei em boleias, sobretudo quando era estudante, mas ainda hoje continuo, seja quando estou em França, ou nos outros países onde também vivi. Passei quatro anos na Hungria, um na Itália e outro em S. Paulo. Reparei que o carpooling se está a desenvolver no mundo, mas que em Portugal ainda existia uma certa dificuldade, devida, na minha opinião, à falta de uma plataforma que fosse fácil de usar e que facilitasse as boleias. 2. Qual a percentagem de crescimento, por mês, do número de seguidores desta plataforma no Facebook, desde que a mesma foi criada? TJ: A plataforma foi criada em junho. Desde então, o crescimento foi muito irregular, pois a divulgação da plataforma na imprensa levou a um disparo no número de seguidores. Por isso, é difícil apontar uma percentagem que exprima o crescimento do número de seguidores. O que é certo é que esse número tem aumentado e temos, neste momento, quase seis mil seguidores, desde que o site foi criado, em junho. 3. Consideras que o carpooling se está a tornar uma nova moda em Portugal? TJ: Não há dúvida que sim, e não é só em Portugal. Isso deve-se a vários aspetos, sendo o primeiro o fator económico. Há coisas que a crise ajuda e o carpooling é uma delas. As pessoas têm de encontrar novas formas de poupar dinheiro e isso também ajuda a mudar mentalidades. Quando as pessoas veem que há cada vez mais gente a recorrer ao carpooling - que, para mim, é um meio de transporte, tal como o autocarro ou o comboio -, este vai, certamente, crescer. Existe também a parte social promovida pelo carpooling. Imaginem que vão num autocarro ou num comboio. Se forem três ou quatro pessoas à vossa volta, vocês 29

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