MEMÓRIA URBANA DE PALMAS-TO: INFLUÊNCIAS URBANÍSTICAS INTERNACIONAIS SOBRE O PROJETO
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- Natália Prada de Miranda
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1 MEMÓRIA URBANA DE PALMASTO: INFLUÊNCIAS URBANÍSTICAS INTERNACIONAIS SOBRE O PROJETO Odisséia Aguiar Campos¹ Ana Beatriz Araújo Veslasques² 1 Aluna do Curso de Arquitetura e Urbanismo; Campus de Palmas; byseinha@uft.edu.br PIVIC/UFT 2 Orientadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo; Campus de Palmas; biavelasques@uft.edu.br RESUMO Neste trabalho são realizados estudos de casos relativos à experiências urbanísticas internacionais anteriores ao projeto e concepção do plano de Palmas TO e como estas experiências influenciaram o mesmo. Inicialmente são apresentados os métodos de pesquisa, e então é discorrida a bibliografia básica. Logo em seguida fazse a comparação entre as cidades citadas, om o objetivo de identificar quais podem ser consideradas influências diretas e indiretas no projeto e planejamento de Palmas. Palavraschave: Palmas; Milton Keynes; Almere. INTRODUÇÃO O presente trabalho vem complementar uma discussão já iniciada nos anos anteriores da pesquisa sobre as influências internacionais de experiências urbanísticas sobre as definições de desenho urbano do projeto de Palmas, nova cidadecapital do estado do Tocantins, criada em É sabido que um dos autores do plano, Walfredo Antunes, teve parte de sua formação na escola de planejamento urbano e regional européia, mais especificamente a britânica, escola esta que é a responsável por importantes políticas urbanas e regionais nos séculos XIX e XX. O próprio coautor afirma que houve inspirações em cidades como Milton Keynes, na Inglaterra, e há algumas semelhanças com Almere, na Holanda, ambas fruto de iniciativas estatais de criação de novascidades com a finalidade de promover a desmetropolização/desconcentração referentes às capitais de cada um dos seus países. Página 1
2 Estes fatos nos levam a crer que o estudo mais aprofundado sobre essas cidades sejam importantes para a compreensão dos princípios urbanísticos de desenho do plano original de Palmas além da sua morfologia atual. MATERIAL E MÉTODOS As primeiras atividades foram realizadas com uma reunião do grupo de pesquisa Pensamento e Prática na Cidade Contemporânea, quando foram dadas as instruções iniciais do funcionamento do grupo e também explicação sobre o trabalho anteriormente produzido pela equipe antecessora de pesquisa. Foi iniciada a leitura discutida da tese: A concepção de Palmas (1989) e sua condição moderna, e também explanações de como se estruturam artigos e demais publicações científicas, permeando entre os métodos científicos de comprovação de teorias e expressão da linguagem escrita. O grupo foi dividido em temas específicos e interrelacionados a fim de que fossem levantadas vertentes de estudo com focos diferentes que se autocomplementariam no decorrer do desenvolvimento da pesquisa. Simultaneamente foi lido o artigo: Palmas, cidade nova ou apenas uma nova cidade? De Hugo Segawa, 1991 considerado o primeiro artigo escrito sobre a concepção de Palmas, está estruturado em duas partes, onde na primeira o autor trata sobre o projeto desde suas primícias, suas ideias principais, e a segunda se trata de uma entrevista feita com os autores aonde trata sobre as dificuldades dos autores do plano e o início da implantação da última capital planejada do século XX (SEGAWA, 1991). Logo a seguir foram escolhidas 16 fotografias e esquemas que demonstrassem a concepção de Palmas como também de cidades internacionais planejadas anteriormente, que serviram como fonte de pesquisa para os autores, Milton Keynes na Inglaterra e Almere na Holanda. Página 2
3 Logo após foi realizada a edição das fotos do seminário QUAPASEL de 2015 e 2008, nelas podemos observar as continuidades e rupturas entre o projeto e a construção da cidade. Em seguida deuse a continuidade nas leituras com o texto extraído da internet The Planning of Milton Keynes. É importante resaltar que o cronograma de leituras foi alterado devido à dificuldade de disponibilização do texto Nuevas Ciudades: de La antiguedad a nuestros dias de Ervyn Galantay, outro fato importante a se ressaltar é a extensão do prazo de leitura até o mês de outubro do texto The planning of Milton Keynes devido à sua importância para a pesquisa, decidiuse, juntamente com a orientadora, a tradução completa do artigo, para que este venha posteriormente ser disponibilizado para os interessados neste assunto. Nesse artigo vemos os pormenores do planejamento e desenho de Milton Keynes, desde o seu traçado, uso do solo e até mesmo redes de abastecimento de água, esgoto e energia. Posteriormente as leituras continuaram, foi realizado o resumo do texto Almere New Town: the dutch polder experience ; onde o autor K E. Nawijn discute sobre os motivos da construção da cidade e também o cenário anterior à sua construção. Ainda menciona, apesar de vagamente, sobre o planejamento e implantação nos primeiros anos da cidade. Em continuação ao cronograma, a leitura do texto Nuevas Ciudades: de la antiguedad a nuestros dias, de Ervyn Galantay foi adiada para a realização da leitura discutida do texto A Cidade e o Urbanismo de JeanPaul Lacaze. Neste o autor descreve durante toda a história das cidades como os interesses, principalmente os do capitalismo transformaram a cidade e como o urbanismo nasceu das necessidades que estes interesses causavam. Retornadas as atividades, a leitura do texto Nuevas Ciudades: de la antiguedad a nuestros dias, de Ervyn Galantay foi finalmente realizada e em consonância um Página 3
4 levantamento de obras como artigos, livros e teses sobre Milton Keynes e Almere para ser disponibilizado no site do grupo de pesquisa que foi lançado. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foi elaborado um quadroresumo das principais semelhanças encontradas nas bibliografias estudadas, este quadro é inserido a seguir: Palmas Milton Keynes Almere População prevista a 1 milhão de habitantes habitantes a habitantes Áreas de comércio Areal central e Relação e serviço vicinais Microcentros de Sistema polinuclear comércio/residência em cada quadra ou comércio de comércio. circunvizinhas Densidade média Conjuntos Habitação multifamiliar que induz a construção de habitações habitacionais em cada quadra, juntando classes Multifamiliares sociais. Índice de 6 Pavimentos Adensamento aproveitamento definido no código Avenida 4 pavimentos de obras demais áreas Página 4
5 Sistema viário Quadricula aproximadamente 700 m, adequandose a topografia Quadricula aproximadamente 1 km adequandose a topografia Sistema radial espaçado por áreas verdes destinadas ao lazer e traçados variados Obeliscos de Marcos visuais Serra e lago orientação e identidade Nomenclatura de vias Lógica Norte/ Sul Quadras pares e impares divididas de cada lado do eixo Lógica V (vertical) H (horizontal) Tradicional com homenagem a grandes personagens históricos e características da paisagem. Áreas verdes Parques lineares que são grandes ares de preservação e dentro de cada quadra microespaços verdes Parques lineares que são grandes ares de preservação e dentro de cada quadra microespaços verdes Áreas verdes dividindo áreas urbanas, o coração verde Rótulas, Intersecção de vias principais Rótulas passarelas elevadas e túneis Rótulas subterrâneos Página 5
6 Marquises de Marquises de Código de obras proteção solar obrigatórias na área proteção solar obrigatórias na área de comércio de comércio Tabela 1 Comparativo entre cidades fonte: Autoras. Buscar referências e experiências anteriores não se traduz por falta de criatividade e gênio arquiteto urbanístico, mas sim é um instrumento válido no processo de concepção de projeto que no futuro deverá influenciar a vida de milhares de pessoas diretamente. Estas referências se constituem no repertório profissional que podem auxiliar o projetista nas suas decisões de projeto, identificar quais experiências não deram certo, e evitálas, ou ao contrário, reaplicar a um novo contexto, um novo lugar. LITERATURA CITADA Almere New Town: the Dutch polder experience; NAWIJN, K. E Artigo The Planning of Milton Keynes GALANTAY, Ervyn. Nuevas Ciudades: de la antiguedad a nuestros dias. Barcelona: Gustavo Gilli, LACAZE, JeanPaul. Os métodos do urbanismo. Campinas: Papirus, SEGAWA, Hugo. Palmas, cidade nova, ou apenas uma nova cidade? Revista Projeto. São Paulo, n. 146, out AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus pela oportunidade da vida e do trabalho, e em seguida à professora Ana Beatriz Velasques por acreditar em minha capacidade de contribuição. Agradeço também aos meus colegas de pesquisa que sempre me auxiliaram com informações e orientações principalmente à Letícia Bernardes, aluna PIBICUFT e a técnica do Laboratório de Arquitetura Tânia Lemos. Página 6
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