Perspectiva da Praça QUADRA ABERTA MULTIFUNCIONAL A DEMOCRATIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE SÃO PAULO

Transcrição

1 1 8 Perspectiva da Praça

2 Apresentação da Área A área de estudo encontra-se em uma região de fronteira entre o Bexiga e a região da Consolação. O que marca essa fronteira é o desnível topográfico e a Av. Nove de Julho, que atua como barreira urbana. Existe uma diferença social acentuada entre essas partes da cidade, apesar das duas apresentarem características parecidas na pluralidade dos usos. Existe um problemática relacionada à acessibilidade do pedestre graças à geografia e escolhas do planejamento urbano feito pelos governos anteriores. BEXIGA - A região ao sul da Av. Nove de Julho ainda tem um gabarito mais baixo, na maioria das vezes apresenta um pequeno comércio nos térreos das edificações. BAIXO AUGUSTA - Já a região ao norte da Av. Nove de Julho é bem diferente, uma área em plena transformação, destaque para a Praça Roosevelt, baixo Augusta e o Elevado Costa e Silva que estão bem próximos ao terreno e seus reflexos são palpáveis na região. A área está dentro da Operação Urbana Centro. 2 8 Área de intervenção - localizada no centro da cidade de São Paulo Fotos da área - imagens retratam a heterogenia da região Mapa de cheios e vazios - Apesar de a região já ter sido bem consolidada, está em plena transformação. É possível verificar que existem poucos terrenos sem construções. Mapa de sistema viário - O terreno encontra-se em um Mapa de usos - É latente a característica da diversidade ponto estratégico em relação a importantes eixos de liga- da ocupação do solo, o que valida a proposta de proção da cidade, podendo atuar como ponto facilitador para grama de uso misto proposto para o projeto. a acessibilidade e mobilidade urbana. Mapa de gabarito - O levantamento dos gabaritos nos mostra uma situação interessante, pois existe diversidade entre as alturas dos prédios, o que caracteriza uma riqueza na paisagem urbana.

3 O problema tão comum de acessibilidade do pedestre na cidade de São Paulo é um dos principais pontos trabalhados no projeto. A diferença de cotas entre a Rua Augusta e Avenida Nove de Julho é construída de forma com que os pedestres pudessem encontrar na implantação em platôs: praças se sucedendo, uma maneira de subir os níveis mais suavemente, através de rampas ou escadas, trabalhando a mudança de perspectivas e visuais, e ao longo desse caminho. Procurando criar espaços de estar e contemplação, com o objetivo de que o público da midiateca e os transeuntes vivenciassem a cidade que acontece ao seu redor. 3 8 RUA AUGUSTA AVENIDA 9 DE JULHO O Problema - Corte esquemático mostrando a diferença de cotas entre a Rua Augusta e Avenida Nove de Julho Estudos de implantação - o processo a seguir justifica a escolha da opção marcada dentre as outras Extrusão da área total do terreno, subindo 20 metros até o nível da Rua Augusta Possibilidade de caminhamento, propondo a continuidade do tecido urbano Criação de platôs, trabalhados em praças, facilitando o acesso de pedestres a partir da Av. Nove de Julho Implantação de edifício na encosta e abertura de vazios para entrada de luz e ventilação natural Fluxos - possibilidades de se caminhar subindo ou descendo através /sobre /sob o edifício Implantação de lâmina alinhada ao edifício vizinho, trazendo densidade à quadra Proposição de nova torre, que atua como barreira junto à Radial Leste Criação de lâmina horizontal que define a linha da rua junto à Rua Augusta, além de oferecer proteção do sol ou intempéries aos pedestres

4 4 8 Perspectiva geral implantação

5 5 8 ESCRITÓRIOS ESCRITÓRIOS HABITAÇÃO O conceito da cota zero é bastante importante no trabalho. A planta de situação do edifício é fundamental para entender esse encontro. No projeto desenvolvido trabalhou-se a simbiose entre a cidade e o edifício. A transição entre edifício e meio urbano foi desenvolvida para que as pessoas se sentissem impelidas a caminhar através dele. Dessa forma procurei projetar um edifício que tivesse em sua cobertura um espaço para a cidade. A preocupação foi a de criar uma continuidade da rua, um lugar permeável onde os cidadãos pudessem circular livremente. Algumas premissas nortearam a escolha dos projetos de referência, em relação à implantação: A circulação livre do público em geral na tipologia da quadra aberta, ajudando a acessibilidade dos transeuntes. A criação de espaços de lazer e estar, além de um espaço multidisciplinar com habitação, comércio, espaços culturais e de serviços. Desse modo, podemos citar as seguintes obras como referências, não em relação ao programa, mas à implantação, para este projeto: - Centro Empresarial Itaú Conceição, Itauplan; - Museu Sttutgart, James Stirling; - Ewha Womans University, Dominique Perrault Outros projetos foram usados como referência em relação ao programa de usos e apropriação desses lugares pela população: - Centro Cultural São Paulo, Eurico Prado Lopes e Luiz Benedito de Castro Telles; - SESC Pompéia, Lina Bo Bardi Espaços como esse, que possibilitam a convivência da população de uma forma democrática, que me serviram de inspiração para tentar aproximar o edifício das pessoas. ESCRITÓRIOS GALERIA MIDIATECA PRAÇA MIDIATECA Implantação ACERVO Diagrama de distribuição do programa

6 6 8 Planta Quinto Pavimento - acesso à Rua Augusta Planta Quarto Pavimento - acesso à Rua Augusta Corte A - A Corte B - B

7 7 8 Planta Terceiro Pavimento Planta Segundo Pavimento Foto maquete física Foto maquete física Perspectiva Estrutura da Lamina Horizontal

8 8 8 Planta Primeiro Pavimento Planta Pavimento Térreo - acesso à Rua Avanhandava Perspectiva interior midiateca