AUT 0518 _ PROJETO DOS CUSTOS 1º SEMESTRE 2019

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Ruy Coimbra
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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AUT 0518 _ PROJETO DOS CUSTOS 1º SEMESTRE 2019 Profs: Ângelo Filardo; Caio Santo Amore; João Meyer Estagiário PAE: Gustavo Marques

1 FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AUT 0518 _ PROJETO DOS CUSTOS 1º SEMESTRE 2019 Profs: Ângelo Filardo; Caio Santo Amore; João Meyer Estagiário PAE: Gustavo Marques EXERCÍCIO INDICADORES QUANTITATIVOS E IMPACTOS NOS CUSTOS: INDICADORES FÍSICOS E QUALIDADE DE PROJETO Os indicadores físicos de projeto são ferramentas para avaliação e comparação entre diversas soluções de projetos. São obtidos a partir de levantamentos dimensionais que podem ser tomados na escala da Unidade Habitacional, do Pavimento-tipo e do Edifício, bem como da Implantação no lote condominial ou na gleba. O presente exercício propõe o levantamento de alguns dados quantitativos de pavimentos-tipo de 5 edifícios de uso habitacional para organização de indicadores de projetos arquitetônicos. Os projetos selecionados estão relacionados abaixo e um arquivo dwg com todas as plantas dos pavimentos tipo está disponível no ambiente stoa: Conjunto Jardim Edite (torre) (Zona Sul, São Paulo) Escritório MMBB

2 Residencial Corruíras (bloco Oeste) (Zona Sul, São Paulo) Escritório Boldarini e Associados

3 Torres Cury (várias localidades) Equipe de projeto Construtora Cury

4 Conjunto COPROMO (Osasco, SP) Assessoria técnica Usina

Edifício VI-22F (várias localidades) Equipe de projeto da CDHU Os INDICADORES selecionados para leitura e análise dos projetos são os seguintes: Área privativa média: corresponde à área total do

5 Edifício VI-22F (várias localidades) Equipe de projeto da CDHU Os INDICADORES selecionados para leitura e análise dos projetos são os seguintes: Área privativa média: corresponde à área total do pavimento tipo, excluídas as áreas de circulação vertical e horizontal e dividida pelo número de unidades do pavimento. Trata-se de um indicador que é útil para avaliação de edifícios (e seus pavimentos tipo) que têm diferentes tipologias habitacionais, com áreas e programas diferentes. Eficiência do projeto: corresponde à relação entre área privativa (área de unidades habitacionais) e área total do pavimento, para que se avalie a otimização das áreas de circulação vertical e horizontal

6 no pavimento, que são áreas efetivamente construídas, obviamente necessárias ao acesso às unidades, mas são áreas não úteis. Percentual de área de circulação: corresponde à relação entre área de circulação e a área total do pavimento-tipo. É também um indicador que permite avaliar a eficiência do projeto. Como referência, pode ter-se em conta que, do ponto de vista da eficiência, projetos com 2 unidades por pavimento têm circulação entre 16 e 22%, com 4 unidades, o percentual de circulação varia entre 8 e 12% e com 8 unidades por pavimento, entre 6 e 10%. Densidade de paredes: corresponde à relação entre a área de piso ocupada pela projeção das paredes, incluídas as paredes sob as janelas (peitoris) e excluídas as sobre as portas (bandeiras). É um indicador que permite avaliar o uso dos ambientes nas unidades habitacionais. Tem-se como referência de uma boa relação entre essas áreas, valores entre 0,15 e 0,18 (ou 15 e 18%). Área de vassoura privativa: corresponde a área privativa, excluídas as áreas de projeção de paredes. É uma outra forma de avaliação do uso dos ambientes nas unidades habitacionais. Embora não seja o caso desse exercício, é pertinente considerar somar as áreas de circulação nominal nas unidades (halls e corredores) a essas áreas sob as paredes, de modo a se obter um indicador ainda mais preciso do uso dos ambientes nas unidades habitacionais. Compacidade: avalia o quão compacto é o projeto e corresponde à relação entre o perímetro de um círculo com a mesma área de projeto (a figura geométrica que tem o menor perímetro para a maior área, tomado como 100%) e o perímetro efetivamente medido em projeto. Esse perímetro deve ser considerado nos eixos das paredes externas do edifício, excluindo-se as varandas e passarelas. Deve-se ter em mente que a maior parte dos custos de construção estão nos planos verticais, de modo que a avaliação do perímetro em relação à área do pavimento é muito útil na leitura de eficiência e dos custos como ferramenta de projeto. A referência da c ompacidade de uma planta quadrada, sem recortes, é 88,6%. Valores superiores a esses representam projetos que tendem a utilizar ângulos obtusos, o que também pode levar a soluções não econômicas. Consideram-se projetos econômicos aqueles que apresentam compacidade variando entre 60 e 75%. O EXERCÍCIO A partir dessas referências, pede-se ao grupo que sejam levantados os dados quantitativos constantes da tabela 1. As áreas das unidades devem ser obtidas a partir da face externa das paredes, quando o compartimento da unidade habitacional fizer divisa com as áreas comuns de circulação ou com as áreas externas. Quando as paredes forem compartilhadas por duas unidades habitacionais, as medidas devem ser tomadas no eixo das paredes. Depois de preenchidos os dados, pede-se que os indicadores da tabela 2 sejam calculados.

7 Com base nas duas tabelas, o grupo deve responder às seguintes questões: 1. Ordene o projeto por: 1.1. tamanho das Unidades Habitacionais; 1.2. número de Unidades Habitacionais por pavimento-tipo; 1.3. área do pavimento-tipo; 1.4. relação entre área de circulação e área do pavimento-tipo; 1.5. relação entre perímetro e área do pavimento-tipo; 1.6. densidade de paredes. 2. A partir da leitura dos indicadores, selecione 3 dos 5 projetos e faça uma análise comparativa da eficiência global, considerando o que dizem os números nas soluções de edifícios em lâmina ou em bloco. 3. Faça agora uma breve análise em termos de qualidade dos 3 projetos selecionados, considerando as características e condições gerais de implantação e os espaços livres que se configuram entre os edifícios.

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