Economia e Finanças Públicas Aula T13
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- Geraldo Rios Pinheiro
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1 Economia e Finanças Públicas Aula T O sistema fiscal português (conclusão) Imposto geral sobre o consumo (IVA) Impostos especiais sobre o consumo (IEC s) Benefícios fiscais e despesa fiscal Breve avaliação EFP - ISEG 1 Bibliografia Obrigatória: Livro de EFP, Cap. 9, pp (3ª ed.) pp (2ª ed.) EFP - ISEG 2 Conceitos a reter IVA - características Impostos especiais s/ o consumo - idem Benefícios fiscais Despesa fiscal Nível de fiscalidade Estrutura fiscal EFP - ISEG 3 1
2 Imposto sobre o valor acrescentado - IVA Principais características: O IVA é um imposto geral sobre as transmissões de bens, as prestações de serviços, as importações, as aquisições intracomunitárias de bens e de meios de transporte novos, sendo aplicável, grosso modo, em todas as fases do circuito económico ocorrido no território português. EFP - ISEG 4 IVA - taxas Taxa reduzida de 5% aplicável aos bens alimentares essenciais, à água, electricidade, transportes de passageiros, actividades desportivas, etc. Taxa intermédia de 12% aplicável a alguns produtos para alimentação humana, às flores e plantas ornamentais, à prestação de serviços de alimentação e bebidas (restauração), etc. Taxa normal de 20% aplicável a todas as transmissões de bens e prestações de serviços não abrangidas pelas taxas anteriores ou que não beneficiem de isenção. EFP - ISEG 5 Impostos sobre o consumo - IEC e outros ISP - Imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos ( incorporado no preço dos combustíveis) IT - Imposto de consumo sobre o tabaco IABA - Imposto sobre o álcool e o consumo de bebidas alcoólicas (incluindo a cerveja) ISV e IUC Impostos sobre a aquisição e utilização de veículos (automóveis, motociclos, barcos, etc.) IS -Imposto do selo (sobre diversos actos e documentos) Os impostos especiais podem justificar-se por razões de eficiência ou de equidade (ou ambas), ou ainda de puro encaixe financeiro. EFP - ISEG 6 2
3 Benefícios fiscais Podem traduzir-se em isenções, reduções de taxas, deduções ao rendimento ou à colecta de imposto, e estão orientados para áreas como: poupança de médio/longo prazo criação de emprego investimento produtivo habitação sistema financeiro e o mercado de capitais sector da economia social EFP - ISEG 7 Benefícios fiscais (cont.) Os benefícios fiscais representam, também, e num primeira análise, uma não receita de imposto Pelo que haverá implicitamente uma não despesa associada Donde serem designados por despesa fiscal (ou receita cessante ) EFP - ISEG 8 Benefícios fiscais (conclusão) A razão de ser dos benefícios fiscais está essencialmente relacionada com: Eficiência (pigouviana) ou equidade. Não são, contudo, de excluir razões adicionais como, por ex.: Competição fiscal internacional Satisfação de grupos de interesse EFP - ISEG 9 3
4 S.F. Português - análise quantitativa Numa perspectiva quantitativa, a análise do sistema fiscal português pode ser feita: 1. Em termos agregados, usando os conceitos de nível de fiscalidade e de estrutura fiscal. 2. Em termos desagregados, considerando cada tipo de imposto ou benefício fiscal de per si. EFP - ISEG 10 S.F. Português - análise (cont.) Nível de Fiscalidade (conceito) NF = RFT/PIB p.m. (em %) Relação percentual entre o total dos impostos cobrados a todos os níveis de Governo e uma grandeza que dê a medida da capacidade económica/riqueza criada num país (normalmente, o PNB ou PIB a preços de mercado). Em Portugal o NF vem rondando nos últimos anos os 35-36% - ver quadro seguinte Nota: Uma análise mais detalhada será feita na aula prática. EFP - ISEG 11 Quadro - 1 Nível de Fiscalidade Tipo de receitas Ano: %PIB 1995 Ano: Estrutura %PIB 2000 Ano: Estrutura %PIB 2006 Estrutura Impostos 22,3 70,0% 24,0 70,0% 24,5 68,2% Cont. Seg. Soc. 9,5 30,0% 10,3 30,0% 11,4 31,8% Receitas fiscais totais PORTUGAL 31,9 100,0% 34,3 100,0% 35,9 100,0% Média U.E ,6-40,7-39,9 - Fonte: Eurostat (2008) EFP - ISEG 12 4
5 S.F. Português - análise (cont.) Estrutura Fiscal (conceito) EF = IMP i /RFT (em %), IMP j /RFT (em %),... Quantifica a importância que os principais tipos ou grupos de impostos assumem no total das receitas fiscais (em %) Em Portugal o grupo de impostos mais importantes em termos de receita é o dos impostos sobre o consumo (mais de 40% do total) ver quadro seguinte. Nota: Uma análise mais detalhada será feita na aula prática. EFP - ISEG 13 Estrutura Fiscal (%) Tipo de impostos Quadro - 2 Portugal UE Imp. s/ Rendimento 24,9 23,5 29,8 29,2 Imp. s/ Património 1,7 1,0 2,3 2,2 Imp. s/ Despesa 43,5 43,8 37,2 39,0 Contrib. p/ Seg. Soc. 29,9 31,7 30,9 29,8 Fonte: Eurostat (2008) EFP - ISEG 14 S.F. P. - Breve avaliação Do ponto de vista da eficácia financeira: IRS, IRC, IVA e CSS, são os impostos mais produtivos ao gerarem a maior parte da receita fiscal. Do ponto de vista da equidade: o IRS é o mais adequado (sobretudo, sem evasão fiscal e com melhoria no desenho das suas deduções e regimes de benefício). Do ponto de vista da eficiência: o IVA é um imposto relativamente eficiente (sobretudo, sem evasão fiscal). EFP - ISEG 15 5
6 S.F. P. - Breve avaliação (cont.) Na lógica da eficiência (pigouviana): Os impostos especiais sobre o consumo (ex: sobre o Tabaco, Automóveis, Produtos Petrolíferos) são instrumentos desejáveis. Certos benefícios fiscais justificam-se numa lógica de eficiência económica. Outra despesa fiscal justifica-se numa lógica de equidade. EFP - ISEG 16 S.F. P. - Breve avaliação (conclusão) Na lógica da eficiência e equidade: o IMI (ex-contribuição Autárquica) encontra a sua justificação enquanto forma de tributação da riqueza imobiliária e/ou de aplicação do princípio do benefício. O IMT (ex-sisa) constitui uma tributação especial sobre a transmissão de propriedade imobiliária, não sujeita a IVA no caso português. Contudo, apresenta deficiências, quer em termos de equidade (face ao regime das doações, por ex.), quer de eficiência (imposto cumulativo IVA+IMT; pode reduzir a mobilidade territorial, etc.). EFP - ISEG 17 6
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