HEMATOLOGIA. 3ºAno. Prof. Leonor Correia

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1 HEMATOLOGIA ºAno Prof. Leonor Correia 1

2 6ª Aula Hematologia 2009/10 Hemoglobinopatias Qualitativas e quantitativas Drepanocitoses Talassémias Poliglobulias Primárias e Secundárias Hemocromatose 2

3 HEMOGLOBINOPATIAS - Alterações qualitativas das cadeias de globina: Drepanocitoses Outras hemoglobinoses (C, D, E, SC, etc...) - Alterações quantitativas das cadeias de globina: Talassémias (α ou β) (deficiência de síntese) 3

4 Alterações qualitativas das cadeias de globina Ocorrência de hemoglobinas anormais - A distribuição dos AA nas cadeias de globina é controlada por genes. Se o gene for anormal a Hb resultante também será - Algumas Hbs anormais têm funções deficientes DREPANOCITOSE - Homozogótica (Hb S) - Heterozigótica (Hb A+Hb S) Alteração de 1 AA na cadeia β da globina Quando a tensão de O 2 baixa a Hb S agrega-se e forma fibras rígidas (cristaliza). O fenómeno é reversível HEMOGLOBINOSES (C; D; E; SC...) 4

5 Electroforese (Hemoglobinas anormais) 5

6 Drepanocitose ou anemia falsiforme Resulta de uma substituição do ácido glutâmico, sexto componente da cadeia beta da hemoglobina A, pela valina, devido a uma mutação no ADN, em que a timina é substutuída pela adenina, formando-se hemoglobina S. 6

7 Drepanocitose Quadro laboratorial - Hemoglobina baixa (os níveis de hemoglobina em pacientes na fase estável da doença variam entre 6 e 10g/dl) - Leucocitose (os leucócitos costumam ter uma contagem elevada, entre e 15000/mm3) - Drepanócitos - Poderá ocorrer trombocitose - Bilirrubina indirecta poderá estar elevada; - Com a redução da função esplénica podem ser identificados corpos de Howell Jolly; - Sinais de anemia hemolítica crónica, como hiperreticulocitose, eritroblastose, policromatofilia e poiquilocitose 7

8 Drepanocitose Heterozigótica Homozigótica 8

9 Drepanócitos Anemia falsiforme 9

10 Talassémias α ou β 10

11 β-talassémia major 11

12 β-talassémia minor 12

13 Talassémia Pontuado basófilo 13

14 Corpos de Pappenheimer 14

15 Talassémia 15

16 Alterações de sínteses das cadeias de globina Talassémias α ou β - minor - heterozigóticas ticas (por vezes assintomáticas) - major - homozig homozigóticas ticas (graves. Muitas vezes fatais) - As cadeias de globina são normais mas a sua síntese é deficiente - As cadeias produzidas em excesso acumulam-se e precipitam dentro dos GV encurtando o seu tempo de vida. - Como a síntese é reduzida as células tornam-se microcíticas e hipocrómicas - Geralmente ocorre aumento de Hb A2 sem cadeias β, para compensar a redução de síntese de HbA (β-tal) 16

17 β-talassémia Minor Major 17

18 ENZIMOPATIAS do GV E Hexoquinase HK- GPI- Fosfoglucoisomerase PFK- Fosfofrutoquinase TPI- Triosefosfatoisomerase PKG- Fosfogliceratoquinase PK- Fosfoquinase 18

19 Alterações enzimáticas do eritrócito O GV produz energia através da metabolização da glucose, que é catalisada por várias enzimas. Estas reacções podem prevenir a oxidação da Hb. Deficiência mais comum: glucose-6-fosfato-desidrogenase. Recessiva e ligada ao cromossoma X Deficiencia enzimática torna os GV mais sensíveis à acção de certas drogas, que por isso induzem anemia hemolítica (sulfonamidas, aspirina...) 19

20 Deficiência em glucose-6-fosfato desidrogenase Hemólise oxidativa: C de Heinz 20

21 Anemias hemolíticas adquiridas Podem ocorrer quando os GV sintetisados são lançados ados num microambiente desfavorável vel - Presença de auto-acs, que destroem os GV (lúpus eritematoso disseminado; algumas leucocitopatias) - Anemias auto-imunes - Acção de drogas causadoras de hemólise, por mecanismos imunológicos (penicilina, quinidina, metildopa...) - Drogas tóxicas em altas doses podem causar hemólise oxidativa com formação de corpos de Heinz (salazopirina...) - Traumatismo mecânico (após inserção de válvula cardíaca artificial) 21

22 Policitémia primária ria ou Vera Policitémias Hiperplasia medular de etiologia desconhecida Hiperprodução de eritrócitos, leucócitos e plaquetas Muitos doentes evoluem para leucemia granulocítica crónica Policitémia secundária Surge na sequência de doenças que levam a uma redução da PO2 arterial (aumento de eritropoietina) e consequente aumento de produção de GV (doenças pulmonares crónicas) Na sequência de tumores que produzem excesso de eritropoietina Complicações: > do vol de sangue; > viscosidade (risco de tromboses) Tratamentos: Flebotomias; citostáticos... 22

23 Hemocromatose hereditária ria A hemocromatose hereditária é uma doença em que há uma sobrecarga de ferro no organismo, um pouco ao contrário da anemia. Normalmente, quando o organismo tem ferro suficiente, deixa de o absorver nos intestinos, expelindo-o nas fezes. Mas os doentes com hemocromatose hereditária não conseguem impedir a entrada de ferro, pelo que o metal se acumula em excesso em vários órgãos, como o coração, o pâncreas e, principalmente, o fígado, provocando problemas cardíacos, cirroses, fibroses e cancro hepático. A história recente da hemocromatose hereditária remonta a 1996, quando o grupo do norte-americano John Feder descobriu a mutação genética na origem da doença: uma alteração no gene responsável pelo fabrico da proteína HFE. IRON/IRON.html 23

24 24

25 Hepcidina e regulação do metabolismo do ferro 25

26 Hemocromatose hereditária ria primária ria 26

27 Hemocromatose - Doença genética autossómica e recessiva (só os homozigóticos manifestam a doença) - O Fe é absorvido em grande quantidade e é dificilmente excretado (não há vias alternativas). - Há acumulação de Fe no sangue, tecidos e orgãos, levando a insuficiências e falhas orgânicas - Manifestações: pele castanha, diabetes, cirrose, falha cardíaca, etc... - Tratamento: Flebotomia - Coloração de Perls + em vários tecidos 27

28 PERLS (AZUL DA PRÚSSIA) Ferropénia Hemocromatose Normal 100 X Intraeritroblástico 100 X Extraeritroblástico 1000 X 1000 X 28

29 Hemocromatose- Tratamento Sangria ou flebotomia 29

30 30

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