DIREITO DO TRABALHO. AULAS 23 e 24 LESÕES ACIDENTÁRIAS. Prof. Antero Arantes Martins

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1 DIREITO DO TRABALHO AULAS 23 e 24 LESÕES ACIDENTÁRIAS Prof. Antero Arantes Martins

2 PRIMEIRA PARTE INTRODUÇÃO

3 Lesões Acidentárias. Introdução. Embora estejam intimamente ligados em suas raízes históricas, Direito do Trabalho e Direito Previdenciário são ramos absolutamente diferentes da ciência do direito, que, por vezes, se tocam, mas, por certo, não se confundem. Por vezes, normas de direito previdenciário geram efeitos no contrato de trabalho, como, por exemplo: a) O acidente do trabalho e/ou doença profissional geram garantia de emprego art. 118, Lei 8.213/91; b) A concessão de aposentadoria por invalidez gera suspensão do contrato de trabalho (art. 475, CLT); c) A concessão de benefício previdenciário importa em suspensão do contrato de trabalho (art. 476, CLT), altera e/ou faz desaparecer o direito às férias (art. 133, IV, CLT), entre outros.

4 Indenização. Conceito. Consiste na obrigação que tem o ofensor de reparar o dano causado ao ofendido, visando restituir este último ao status quo ante existente quando do evento danoso. Regra Geral: Responsabilidade Subjetiva; Elementos da responsabilidade subjetiva: a) Ato ilícito; b) Dano; c) nexo causal. Exceção: Responsabilidade Objetiva. (Risco inerente à atividade do empregador)

5 Lesões Acidentárias. Introdução. Para a caracterização do dever de indenizar, muitos elementos são necessários: Evento: Acidente; Doença; Nexo causal entre o evento e: Ambiente de trabalho; Execução do trabalho; Dano: Material; Moral; Estético Culpa: Responsabilidade objetiva; Responsabilidade subjetiva.

6 SEGUNDA PARTE EVENTO (Acidente ou doença)

7 Lesões Acidentárias. Introdução. EVENTO Acidente ou Doença

8 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Definição. O art. 19 da Lei 8.213/91 define acidente do trabalho como sendo: Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

9 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Definição. Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mórbidas: I - doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; II - doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

10 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Definição. Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação; II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em conseqüência de: a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências do anterior.

11 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Definição. O próprio INSS em seu site define o que é acidente de trabalho: "Todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho.

12 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Definição. O que caracteriza o acidente do trabalho é: a) Um evento único (traumático); b) No trabalho ou em função deste (percurso e intervalo intrajornada); Os artigos subseqüentes equiparam a acidente do trabalho a doença ocupacional (veremos adiante) e também aqueles eventos ali relacionados e ocorridos no horário de trabalho. Equipara a acidente de trabalho aquele ocorrido no percurso da residência ao trabalho e seu retorno. O art. 22 obriga a empresa a comunicar à Previdência Social a ocorrência do acidente no primeiro dia útil imediato ao fato.

13 Lesões Acidentárias. Acidente do Trabalho. Doméstico Com a regulamentação da Lei Complementar de nº 150, ocorrida em 01/06/15, os empregados domésticos também passaram a ser contemplados pelos benefícios referentes ao acidente do trabalho e doenças do trabalho, o que constituiu um grande avanço para esta categoria que até então se encontrava desamparada. Via de consequência traz para o empregador doméstico os deveres do empregador comum na manutenção de ambiente saudável e na prevenção de acidentes.

14 TERCEIRA PARTE NEXO CAUSAL ( do trabalho )

15 Lesões Acidentárias. Nexo causal. Ambiente de EVENTO Trabalho Acidente ou ou Exercício da Doença Profissão Nexo causal

16 Doença Ocupacional. Nexo causal. Doença: mal que afeta a saúde do trabalhador; Doença Profissional: Há nexo causal entre o mal de saúde e o exercício de determinada ; Nexo Causal: relação entre o modus operandi da execução de serviços e o mal de saúde de que sofre o trabalhador. NTEP é aplicável nas ações indenizatórias? Doença do Trabalho: Há nexo causal entre o mal de saúde e o ambiente de trabalho. Nexo causal: relação entre a doença e o ambiente de trabalho Não esquecer da concausa: Agravou condição anteriormente existente; Acelero doença que se desencadearia mais tarde.

17 Doença Ocupacional. Exemplos. PNEUMOCONIOSES E A ASMA OCUPACIONAL: são causadas por substâncias nocivas inaladas durante o trabalho, e que se instalam nos pulmões, ocasionando falta de ar, tosse, chiadeira no peito, espirros etc. DERMATOSE OU DERMATITES DE CONTATO: doenças de pele que aparecem no contato com agentes químicos, causando irritação e alergias. ESTRESSE: é causado pelo excesso de trabalho, sem pausas para descanso, o cumprimento de metas, ou, que por sua natureza, determina grande pressão emocional, podendo causar mudança de humor, ansiedade, irritabilidade, falta de controle emocional e até doença psíquica. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: pode ser desencadeado pelo estresse, em pessoa pré disposta a esse mal, onde o ambiente de trabalho atua como concausa.

18 Doença Ocupacional. Exemplos. DISACUSIA NEUROSSENSORIAL HIPOACUSIA PAIR (perda auditiva induzida pelo ruído) : causada por trauma sonoro direto ou exposição continua ao ruído. TUBERCULOSE doença causada no contato com doente portador da moléstia e ocorre com frequência entre os operadores de saúde. SILICOSE ASBESTOSE são doenças causadas pela inalação de pó de sílica e de amianto. VARIZES doença aonde o trabalho age como concausa, provocada pelo trabalho em pé, com pouca movimentação, muito comum entre aqueles trabalhadores de linha de produção (trabalho em pé e parado e em frente a máquina). DOENÇAS CAUSADAS PELO ESFORÇO incidindo sobre a coluna vertebral e no abdômen (hérnia inguinal) muito comum entre os trabalhadores braçais, tais como pedreiros, arrumadores, portuários, etc.

19 Doença Ocupacional. Benefícios BENEFÍCIOS CABÍVEIS A Lei de Acidentes do Trabalho prevê três benefícios cabíveis, todos fundados no Seguro de Acidente do Trabalho e de exclusiva responsabilidade do INSS. São eles: A) Auxilio doença acidentário. B) Auxílio acidente. C) Aposentadoria por Invalidez Acidentária

20 QUARTA PARTE DANO

21 Lesões Acidentárias. Dano. Ambiente de EVENTO Trabalho Acidente ou ou Exercício da Doença Profissão Dano Material e/ou Dano Moral Nexo causal

22 Dano. Dano, genericamente considerado, corresponde à uma lesão que provoca uma diminuição ao patrimônio do ofendido. Pode ser material ou extrapatrimonial (moral). Dano Material: Caracteriza-se pelas perdas e danos (redução de patrimônio existente) e lucros cessantes (aquilo que deixou de ganhar).

23 Dano material. Pensão mensal. O que se indeniza não é o acidente em si ou a doença em sí, mas, sim, os seus efeitos. O principal efeito é a redução da capacidade laborativa. Art Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.

24 Dano material. Pensão mensal. A avaliação é feita para o ofício ou profissão do trabalhador e não para qualquer ofício ou profissão. A redução pode ser total (não possa exercer) ou parcial (diminua a capacidade laborativa). A pensão é correspondente ao trabalho para o qual se inabilitou (total) ou da depreciação (parcial) que sofreu. Se for parcial tem que fixar o percentual da perda. Daí demos que a redução pode ser: Total e Permanente (TP); Parcial e Permanente (PP); Total e Temporária (TT); Parcial e Temporária (PT)

25 Dano material. Pensão mensal. Marco inicial da pensão. Data da ciência inequívoca do dano (redução da capacidade laborativa). Marco final da pensão. Depende: Em parcela única: Expectativa de vida; Em parcelas mensais: Vitalícia = enquanto viver.

26 Dano material. Pensão mensal. O pagamento pode ser feito de duas formas: De uma só vez (fixar data provável do término, que é a expectativa de vida do trabalhador). Art. 950 [...] Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. Vantagem. Não mantém o processo em aberto. Não exige constante acompanhamento e atualizações, com execuções periódicas e infindáveis.

27 Dano material. Pensão mensal. Em pensão mensal vitalícia (sem fixação da data de término. Vitalício = enquanto viver). Neste caso tem que fixar constituição de capital. Art Quando a indenização por ato ilícito incluir prestação de alimentos, caberá ao executado, a requerimento do exequente, constituir capital cuja renda assegure o pagamento do valor mensal da pensão. 1o O capital a que se refere o caput, representado por imóveis ou por direitos reais sobre imóveis suscetíveis de alienação, títulos da dívida pública ou aplicações financeiras em banco oficial, será inalienável e impenhorável enquanto durar a obrigação do executado, além de constituirse em patrimônio de afetação. 2o O juiz poderá substituir a constituição do capital pela inclusão do exequente em folha de pagamento de pessoa jurídica de notória capacidade econômica ou, a requerimento do executado, por fiança bancária ou garantia real, em valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz. 3o Se sobrevier modificação nas condições econômicas, poderá a parte requerer, conforme as circunstâncias, redução ou aumento da prestação. 4o A prestação alimentícia poderá ser fixada tomando por base o saláriomínimo. 5o Finda a obrigação de prestar alimentos, o juiz mandará liberar o capital, cessar o desconto em folha ou cancelar as garantias prestadas.

28 Dano material. Pensão mensal. A pensão mensal não é compensável com o salário, já que este remunera trabalho prestado e pensão indeniza dano sofrido; Também não se compensa com o benefício previdenciário conforme Súmula 229 do E. STF: A indenização acidentária não exclui a do direito comum, em caso de dolo ou culpa grave do empregador. E também art. 7º, XXVIII da CF: Art. 7º -... XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa.

29 Dano material. Outros danos. Além da pensão mensal existem outros danos materiais passíveis de reparação, como, por exemplo: Tratamento médico, passadas (recibos) e futuras (através de instituição de convênio); Próteses; Despesas com medicação passadas (recibos) e futuras; Lucros cessantes: Aquilo que razoavelmente se deixou de ganhar.

30 Dano Moral. Definição. É aquele que atinge bens incorpóreos como a alta estima, a honra, a privacidade, a imagem, o nome, a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, etc. Firma residência em sede psíquica e sensorial da vítima. (Francisco Antonio de Oliveira)... apenas a moral, ou seja, a perturbação psíquica, na tranquilidade, nos sentimentos de uma pessoa. (Floriano Vaz da Silva). aquela espécie de agravo constituída pela violação de algum dos direitos inerentes à personalidade (Roberto Brebbia)

31 Dano Moral. Definição. Mero aborrecimento não gera dano moral. Simples descumprimento de normas trabalhistas gera reparação material e não moral. Tem que atingir direito de personalidade. Quais são os direitos de personalidade? Lei /2017 (Reforma trabalhista): Art. 223-B. Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as titulares exclusivas do direito à reparação. Art. 223-C. A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens juridicamente tutelados inerentes à pessoa física. O legislador optou por uma definição descritiva, mas, não taxativa. Exemplo: a dor física gera dano moral. Para a matéria de hoje vamos focar na saúde e na integridade física.

32 Dano Moral. Cumulação de pedidos. É possível cumular pedidos de indenização por dano material e moral (Lei /2017, art F). Neste caso o juiz terá que, na sentença, distinguir um de outro (1º), mas a quantificação do dano material não interfere na quantificação do dano moral (2º); É possível cumular pedidos de indenização por dano moral por causas diferentes.

33 Dano Moral. Dano estético. Dano estético é, normalmente, moral e não material porque atinge a autoestima da pessoa. Não confundir com o dano moral decorrente da incapacidade para o trabalho e para a vida cotidiana. É possível cumular ambos.

34 Dano Moral. Critérios de apuração. Lei /2017, art. 223-G: Art. 223-G. Ao apreciar o pedido, o juízo considerará: I - a natureza do bem jurídico tutelado; II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação; III - a possibilidade de superação física ou psicológica; IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão; V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa; VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral; VII - o grau de dolo ou culpa; VIII - a ocorrência de retratação espontânea; IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa; X - o perdão, tácito ou expresso; XI - a situação social e econômica das partes envolvidas; XII - o grau de publicidade da ofensa.

35 Dano Moral. Quantificação. Lei /2017, art. 223-G, 1º e 3º: 1o Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação: I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido; II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido; III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido; IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido. 3o Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.

36 Dano Moral. Quantificação. Histórico. Em 11/08/2010 foi arquivado pelo Plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 7.124/2002 que definia o dano moral, estabelecia seu objeto e fixava parâmetros de indenização. Até 13/11/2017 prevalece o arbitramento. Depois, em princípio, o tabelamento.

37 Dano Moral. Quantificação. Histórico. Art. 7º Ao apreciar o pedido, o juiz considerará o teor do bem jurídico tutelado, os reflexos pessoais e sociais da ação ou omissão, a possibilidade de superação física ou psicológica, assim como a extensão e duração dos efeitos da ofensa. 1º Se julgar procedente o pedido, o juiz fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes níveis: I ofensa de natureza leve: até R$ ,00 (vinte mil reais); II ofensa de natureza média: de R$ ,00 (vinte mil reais) a R$ ,00 (noventa mil reais); III ofensa de natureza grave: de R$ ,00 (noventa mil reais) a R$ ,00 (cento e oitenta mil reais). 2º Na fixação do valor da indenização, o juiz levará em conta, ainda, a situação social, política e econômica das pessoas envolvidas, as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral, a intensidade do sofrimento ou humilhação, o grau de dolo ou culpa, a existência de retratação espontânea, o esforço efetivo para minimizar a ofensa ou lesão e o perdão, tácito ou expresso. 3º A capacidade financeira do causador do dano, por si só, não autoriza a fixação da indenização em valor que propicie o enriquecimento sem causa, ou desproporcional, da vítima ou de terceiro interessado. 4º Na reincidência, ou diante da indiferença do ofensor, o juiz poderá elevar ao triplo o valor da indenização.

38 QUINTA PARTE RESPONSABILIDADE do EMPREGADOR

39 Lesões Acidentárias. Culpa. Objetiva. CULPA Ambiente de Trabalho ou Exercício da Profissão EVENTO Acidente ou Doença Dano Material e/ou Dano Moral Nexo causal Nexo causal

40 Responsabilidade objetiva. O art. 927, parágrafo único do Código Civil Trata da matéria: Art. 927 [...] - Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Nestes casos não se questiona a culpa ou dolo, mas apenas a existência dos elementos relativos ao dano e ao nexo causal.

41 Responsabilidade objetiva. Daí duas teorias: Teoria do risco proveito: Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Teoria do risco criado: Art. 927 [...] - Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

42 Lesões Acidentárias. Culpa. Subjetiva. CULPA Nexo causal Ambiente de Trabalho ou Exercício da Profissão EVENTO Acidente ou Doença Dano Material e/ou Dano Moral Nexo causal

43 Responsabilidade do empregador. Por ato próprio: Regra geral dá-se pela culpa aquiliana, está no art. 927, caput do Código Civil. Neste caso, discute-se a culpa do agente. Por ato de Terceiro: Prevê o art. 932, III do Código Civil que o empregador responde por ato de seus empregados e prepostos. O art. 933 prevê que esta responsabilidade é objetiva, ou seja, não se discute a culpa do empregador, mas, sim, a do agente. Neste caso o empregador tem direito de regresso contra o empregado ou preposto que causou o dano.

44 Responsabilidade subjetiva contratual. Surge pelo inadimplemento de obrigações decorrentes do contrato. Art Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Pode-se concluir que é obrigação do empregador manter um ambiente sadio no local de trabalho.

45 Responsabilidade subjetiva extracontratual. Art. 186 CC: Ação ou omissão, dolosa ou culposa. Culpa lato sensu envolve o dolo (vontade livre e consciente de alcançar o resultado) e a culpa stricto sensu. A culpa pode ser caracterizada por imprudência (falta de atenção ou percepção no que tange às conseqüências do ato ou da omissão), negligência (desídia na observância quanto ao cumprimento das cautelas exigíveis diante da situação) ou imperícia (relativa à falta de habilidade que se exige daquele que tem, por dever de profissão, obrigação de possuí-la).

46 Responsabilidade subjetiva extracontratual. Art. 187 CC: Agasalhou a teoria do abuso no exercício de um direito. Nenhum direito é ilimitado, por mais amplo que seja. O dispositivo legal em comento estabelece os limites do exercício de um direito: a) Ao seu fim econômico; b) Ao seu fim Social; c) À boa-fé. Lembrando-se aqui que o Código Civil de adota a teoria da boa-fé objetiva, ou seja, como agiria o chamado homem médio diante da circunstância e não a boafé subjetiva, ou seja, o que pretendia o agente em seu foro íntimo. d) aos bons costumes.

47 Responsabilidade subjetiva x objetiva. RESPONSABILIDADE OBJETIVA Teoria do Risco Criado Teoria do Risco Proveito X Teoria da Responsabilidade Contratual Teoria da Responsabilidade Extracontratual RESPONSABILIDADE

48 SEXTA PARTE PRESCRIÇÃO

49 Prescrição. Prescrição é a perda do direito de ação pela inércia continuada de seu titular por um determinado lapso de tempo, desde que ausentes causas impeditivas, interruptivas ou suspensivas de sua contagem. Actio nata é o termo inicial de contagem do prazo prescricional. Significa nascimento da ação, ou seja, nascimento do direito de ação. Enquanto não houver direito de ação não se pode falar em prescrição.

50 Prescrição. C. TST pacificou entendimento no sentido de que: Para as ações propostas antes de 31/12/2004 aplica-se a prescrição civil, com a regra de transição do art do Código Civil. Para as ações propostas após 01/01/2005, aplica-se a prescrição trabalhista de cinco anos com dois anos da extinção do contrato de trabalho: No curso do contrato 05 anos; Extinto o contrato 02 anos. Não há prazo bienal com o contrato vigente. Atenção especial à aposentadoria por invalidez que SUSPENDE o contrato de trabalho e não extingue.

51 Prescrição. Início da contagem É praticamente unânime o entendimento na Justiça do Trabalho pela aplicabilidade da Súmula 278 do C. STJ: O termo inicial do prazo prescricional, na ação de indenização, é a data em que o segurado teve ciência inequívoca da incapacidade laboral. Vamos atualizar para ciência inequívoca do dano, posto que nem sempre o dano é a perda da capacidade laborativa.

52 Prescrição. Início da contagem Se é praticamente certo que o termo a quo da contagem do prazo é a ciência inequívoca do dano, existe muita controvérsia a respeito de quando esta ciência inequívoca acontece. Data do acidente; Data da emissão da CAT; Data da concessão do auxílio-doença acidentário; Data da concessão do auxílio acidente ou aposentadoria por invalidez; Data da propositura de ação na Justiça Comum para postular auxílio acidente ou aposentadoria por invalidez; Data do laudo na ação supra; Data do trânsito em julgado da ação supra; Outros.

53 Prescrição. Início da contagem O prazo pode ser diferente para os diversos tipos de danos. Exemplo: Data do acidente para o dano estético. Data da concessão do auxílio acidente ou aposentadoria por invalidez para o dano material.

54 SEXTA PARTE ALTA MÉDICA e RECUSA DA EMPRESA (Emparedamento)

55 Emparedamento. Com a adoção do sistema de altas programadas, tornou-se comum a situação de ter o empregado recebido alta, com a cessação do benefício previdenciário sem ter condições de, efetivamente, retornar ao trabalho. Assim, a empresa recusa o posto de trabalho ao trabalhador e, por consequência, este fica sem receber salário e sem receber benefício previdenciário, causando um emparedamento.

56 Emparedamento. Quando o INSS concede alta médica, há que se considerar que este é um ato administrativo e que, portanto, goza de presunção de legalidade e legitimidade. Neste sentido Leciona Hely Lopes Meirelles: Os atos administrativos, qualquer que seja sua categoria ou espécie, nascem com a presunção de legitimidade, independentemente de norma legal que a estabeleça. ERssa presunção decorre do princípio da legalidade de Administração (art. 37, CF). [...] (Continua)

57 Emparedamento. [...]além disso, a presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos responde à exigências de celeridade e segurança das atividades do Poder Público, [...]. Já a presunção de veracidade, inerente à de legitimidade, refere-se aos fatos alegados e afirmados pela Administração para a prática do ato, os quais são tidos e havidos como verdadeiros até prova em contrário. [...] A presunção de legitimidade autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos administrativos [...]. Enquanto, porém, não sobrevier o pronunciamento de nulidade os atos administrativos são tidos por válidos e operantes [...] (In Direito Administrativos Brasileiro 31ª Edição p. 158)

58 Emparedamento. Logo, não é dado a qualquer particular (pessoa física ou jurídica) negar cumprimento ao ato administrativo senão pela via judicial. E, assim, empregador não pode recusar o trabalhador a reassumir o seu posto de trabalho. Se o fizer, deverá ser condenado no pagamento de salários e demais vantagens contratuais desde a alta médica até a recondução ao posto de trabalho, lembrando que a negativa de trabalho pode gerar dano moral. Neste sentido a jurisprudência:

59 Emparedamento. "Insta salientar que o período de afastamento pelo órgão previdenciário foi aquele compreendido entre e (fl. 34), sendo que após essa data o reclamante foi considerado capacitado para o trabalho pelo órgão previdenciário conforme comprovado nos autos (fls.15 a 36) e o pedido de reconsideração apresentado no dia foi indeferido conforme documento de fl. 37. O atestado de saúde ocupacional emitido por médico da empresa recorrente em considerou o reclamante inapto para o trabalho (fl. 73), o que demonstra que a empresa não aceitou o retorno do reclamante ao trabalho embora este tenha se apresentado para trabalhar após a alta previdenciária e conforme constou da própria peça de defesa, orientou-o a procurar o INSS para reavaliação (fl. 60). Com efeito, nem mesmo na hipótese do pedido de reconsideração do reclamante ser deferido poderia o mesmo ter deixado de retornar às funções que exercia haja vista que não há previsão legal para a suspensão do contrato de trabalho na hipótese de interposição de recurso contra a decisão administrativa que cancelou o benefício previdenciário recebido. (Continua...)

60 Emparedamento. Assim irretocável a sentença que decidiu nos seguintes termos: A decisão do INSS concedendo alta ao autor por entender que o mesmo não tem redução da capacidade laborativa tem fé publica, devendo ser respeitada pela reclamada. Se a ré entendeu por bem encaminhar o autor ao INSS para restabelecimento do benefício, nada mais justo que arque com as conseqüências do indeferimento do benefício. Durante longo período, o autor nada recebeu, nem da reclamada que se recusou a acatar decisão do órgão previdenciário e nem do órgão previdenciário que entendeu que o autor tinha condições de voltar ao labor." (TRT 2ª Reg. Proc. nº ª Turma - Rel. CÂNDIDA ALVES LEÃO - Pub. 11/07/2011)

61 Emparedamento. [...] Também o documento de fls. 25 juntado pelo reclamante, emitido pela reclamada, revela que não havia nenhuma função a ser exercida pelo autor, porém, não há qualquer demonstração pela recorrente, de que tenha envidado esforços para promover a reintegração do autor em função compatível com a limitação apresentada, até porque, como corretamente explicitado pelo MM. Juízo de origem, a redução parcial da capacidade laboral do obreiro em nada impede seu retorno ao trabalho. Nesse contexto, não pode o trabalhador, de cuja força de trabalho a reclamada se beneficiou, ficar à mercê da própria sorte, sem qualquer perspectiva de aproveitamento pelo empregador, até porque seus afastamentos decorreram da inobservância, pela reclamada, em oferecer condições adequadas ao desempenho de suas atividades, situação que afronta a regra constitucional insculpida no art. 7º, Inciso XXII, da CF: (...) (Continua)

62 Emparedamento. Conforme leciona Alice Monteiro de Barros, A integridade física do trabalhador é um direito da personalidade oponível contra o empregador. (Barros, Alice Monteiro de. In Curso de Direito do Trabalho, 4ª edição. São Paulo: LTr, p ). Vale dizer que as más condições de trabalho atentam contra os bens mais caros da personalidade do ser humano, tais como a integridade física e moral, sua estética e, muitas vezes, eliminam oportunidades futuras quanto à possível recolocação no mercado de trabalho." (TRT 2ª Reg. Proc. nº ª Turma - Rel. Juíza MARGOTH GIACOMAZZI MARTINS - Pub. 04/08/2011)

63 Emparedamento. Alta médica do INSS. Recusa do trabalhador pela empresa. Impossibilidade. A alta médica é um ato administrativo e este goza de presunção de boa-fé e correção. Não pode o particular (empregador) descumprir o ato administrativo e impedir o acesso da trabalhadora ao trabalho e respectivos salarios. Se a empresa entende que não deve receber o empregado nas suas dependências porque ainda está doente, deve questionar a alta médica no Juízo competente. E, até obter decisão favorável, deve pagar os salários do período. O que não se admite é que, diante da alta do INSS, com a cessação do benefício previdenciário e a recusa do empregador e ausência de salários, o empregado fique à própria sorte, sem obter sua subsistência de qualquer dos lados. Recurso ordinário não provido. (TRT 2ª Reg. Proc. nº ª Turma Rel. Juiz Antero Arantes Martins. Pub: 27/10/2010)

64 Emparedamento. Que providência tomar? Trabalhador: Caracterizar, de preferência por prova documental, a intenção de retornar ao emprego assim que obtiver a alta médica para evitar a alegação de abandono de emprego SUM-32 ABANDONO DE EMPREGO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e Presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 (trinta) dias após a cessação do benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.

65 Emparedamento. Que providência tomar? Trabalhador: Ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho e postular a condenação da ré em reconduzir o trabalhador no seu posto de trabalho, com pagamento de salários e demais vantagens desde a alta médica até a recondução. Não postular reintegração, porque não tem estabilidade e sim recondução; Sustentar perante o Juízo trabalhista que o ato administrativo goza de presunção de legalidade e legitimidade; Sustentar que a alta médica baixa automaticamente o contrato de trabalho;

66 Emparedamento. Que providência tomar? Empregador: Receber na empresa um empregado não apto gera uma série de problemas para o empregador, tais como: Risco de agravar a doença do empregado, gerando uma concausa que, depois, acarretará no dever de indenizar (nexo causal); Risco de lesão aos demais trabalhadores do setor; Risco de lesão a terceiros (clientes, fornecedores, etc) que estejam no local.

67 Emparedamento. Que providência tomar? Empregador: Propor uma ação contra o INSS visando anular a alta médica concedida (e não restabelecer o benefício, posto que para tanto não há legitimidade) aduzindo ao juiz: Não pode recusar o cumprimento do ato administrativo de forma privada, necessitando do comando judicial; Prejuízo à empresa em receber o trabalhador nestas condições e riscos que tal situação representa;

68

69 RESPONSABILIDADE OBJETIVA EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR. No próprio direito do trabalho se encontra o fundamento a ser utilizado para a responsabilização objetiva do empregador em todas as hipóteses de dano à saúde, ou à vida do trabalhador. É um dos princípios fundamentais do direito do trabalho, o da responsabilidade objetiva do empregador para com os haveres do trabalhador, por ser ele quem assume os riscos da atividade econômica, característica tão importante que integra o conceito de empregador, nos termos do artigo 2º, caput, da CLT. Se o acidente do trabalho, como gênero, tratase da mais grave violação do direito à saúde do trabalhador, o sistema jurídico deve proporcionar resposta adequada a este fato. Daí porque se impõe que a responsabilidade do empregador, pelos danos decorrentes de acidente do trabalho, seja objetiva, em quaisquer casos, de acidentes típicos, ou de doenças ocupacionais. Recurso da reclamada não provido.

70 Art 927, parágrafo único Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Voltar

71 Responsabilidade Objetiva Teoria do Risco Criado Voltar ACIDENTE DO TRABALHO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA A responsabilidade objetiva, também chamada teoria do risco, consagrada no art. 927, parágrafo único, do novo CCB não tem aplicação ampla e irrestrita a todos os casos de acidente do trabalho. Ela tem espaço quando as atividades normalmente desenvolvidas pela empresa colocam o empregado em situação de risco além do normal já sofrido por qualquer cidadão. Por exemplo, com a violência urbana, hoje em dia, pode-se dizer que todos nós estamos sujeitos a ser vítimas de assaltos. Porém, uma empresa que tem como objeto o transporte de valores acaba colocando seus empregados em situação de risco mais elevada. Assim, o simples desenvolvimento dessa atividade autoriza a aplicação da teoria da responsabilidade objetiva. É diferente, contudo, a situação de um professor que sofre queda na escola em que leciona. Todos nós estamos sujeitos a uma queda, tropeção, escorregão, etc, nas mais diversas atividades que desenvolvemos em nosso dia a dia. Porém, a atividade escolar não coloca o professor em situação de risco mais elevado, de modo que esteja mais propenso a sofrer quedas. Assim, não tem lugar a aplicação da teoria do risco, sendo necessário demonstrar que o empregador contribuiu com culpa [...] (Proc. Nº Des. Rel. Jorge Berg de Mendonça Sexta Turma do TRT 3ª Região p )

72 Responsabilidade Objetiva Teoria do Risco Proveito Voltar EMENTA: ACIDENTE DO TRABALHO. RESPONSABILIDADE DO EMPREGADOR. No próprio direito do trabalho se encontra o fundamento a ser utilizado para a responsabilização objetiva do empregador em todas as hipóteses de dano à saúde, ou à vida do trabalhador. É um dos princípios fundamentais do direito do trabalho, o da responsabilidade objetiva do empregador para com os haveres do trabalhador, por ser ele quem assume os riscos da atividade econômica, característica tão importante que integra o conceito de empregador, nos termos do artigo 2º, caput, da CLT. Se o acidente do trabalho, como gênero, tratase da mais grave violação do direito à saúde do trabalhador, o sistema jurídico deve proporcionar resposta adequada a este fato. Daí porque se impõe que a responsabilidade do empregador, pelos danos decorrentes de acidente do trabalho, seja objetiva, em quaisquer casos, de acidentes típicos, ou de doenças ocupacionais. Recurso da reclamada não provido.(proc. Nº Des. Rel. Maria Madalena Telesca Oitava Turma do TRT 4ª Região p )

73 Responsabilidade Subjetiva Teoria da Responsabilidade Contratual É incontroverso o fato de que a reclamante sofreu uma queda quando, ao passar sobre um piso molhado, escorregou, vindo a cair e fraturar o punho direito, ocasionando seqüelas com cicatriz e perda da força de apreensão em grau médio (Laudo pericial, f. 148, e laudo do assistente técnico da reclamada, f. 160), salientando ainda o Perito Oficial que a lesão sofrida pela autora deixou uma seqüela permanente, que se encontra consolidada (f. 150, resposta ao quesito 2), com redução funcional da ordem de 20% na mão direita, devido à lesão proveniente da fratura (resposta ao quesito 3). E a culpa, na hipótese, é perfeitamente presumível. Com efeito, ao estabelecer o nexo causal entre o dano sofrido e o acidente do trabalho, nada mais se fez do que concluir que a reclamada não proporcionou à reclamante um ambiente de trabalho seguro, em condições adequadas, pois, do contrário, certamente, nenhum acidente teria sofrido a autora.) (Proc nº Des. Rel. Júlio Bernardo do Carmo Quarta Turma do TRT 3ª Região 19/12/2007) Voltar

74 Responsabilidade Subjetiva Teoria da Responsabilidade Extracontratual EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E MATERIAL. ACIDENTE DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE DANO E DE CULPA DA RECLAMADA. RESPONSABILIDADE SUBJETIVA. A indenização por doença ocupacional ou acidente de trabalho garantida ao trabalhador no inciso XXVIII do art. 7º da CF só é devida pelo empregador no caso de haver concomitantemente nexo causal entre a atividade profissional do trabalhador e o acidente ou a doença, a incapacidade para o trabalho decorrente da doença ou do acidente, além de culpa ou dolo do empregador. Não provados os danos decorrentes do infortúnio e nem a culpa do empregador, que será sempre subjetiva, conforme dispõe a Constituição Federal, não há que se falar em indenização por danos morais ou materiais, eis que ausentes pilares da responsabilidade civil, nesta situação (Proc nº Des. Rel. Marcelo Freire Gonçalves Décima Segunda Turma do TRT 2ª Região) Voltar

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