Serviço de Oncologia Médica; Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga
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- Antônio Viveiros Mota
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1 Serviço de Oncologia Médica Director: Prof. Dr. António Araújo CONTRIBUIÇÃO PARA A MELHORIA DOS CUIDADOS AOS DOENTES COM CANCRO DO RIM CASO CLÍNICO Vânia Peixoto 1, Sónia Rego 1, Ana Luísa Faria 1, Manuela Brochado 1, Ana Joaquim 1, Sandra Custódio 1, Emílio Bravo 1, Joana Macedo 1, António Araújo 1 1 Serviço de Oncologia Médica; Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga
2 HISTÓRIA CLÍNICA - identificação BMR Género 73 anos de idade Raça caucasiana Reformado (trabalhou como encarregado de carpintaria) Residente em Santa Maria da Feira
3 HISTÓRIA CLÍNICA - antecedentes Antecedentes pessoais Médicos e/ou cirúrgicos: - Hipertensão Arterial diagnosticada há 15 anos; - Hipertrofia Benigna da Próstata diagnosticada há 10 anos; - Amigdalectomia e apendicectomia realizadas aos 40 anos de idade, noutra instituição hospitalar. Hábitos: - Fumador 60 UMA; - Consumidor de 40 g de álcool/dia. Medicação habitual Indapamida 1,5 mg id; Tansulosina 0,4 mg id.
4 Fevereiro/2005 Recorreu ao seu médico assistente por hematúria macroscópica (com 5 meses de evolução) TAC toraco-abdomino-pélvico (25/02): lesão neoformativa do rim direito, com cerca de 8.5 cm, ocupando os seus ⅔ superiores, com extensão para a veia renal; sem adenomegalias...; sem outras alterações identificadas. RM abdomino-pélvica com Angio-RM (17/03): volumosa neoformação do rim direito, com 8 cm; com atingimento da veia renal e das restantes estruturas do hilo renal direito; com adenomegalias adjacentes ao hilo renal homolateral; o estudo angiográfico documenta normal permeabilidade dos grandes vasos retroperitoneais, bem como das artérias renais. Sem outras alterações abdomino-pélvicas.
5 Abril/2005 Nefrectomia direita Exame anatomo-patológico (05/04): CARCINOMA RENAL DE CÉLULAS CLARAS, com 7.5 cm de eixo maior, integrável no grau I de Furhman. Identificam-se imagens de invasão da veia renal. Planos cirúrgicos livres de neoplasia. ESTÁDIO III (pt3bnxm0) TNM staging of renal cell carcinoma Consulta Multidisciplinar de Oncologia : proposto para vigilância
6 Junho/2005 Sem queixas. ECOG 0. Hipertensão arterial controlada. Sem alterações de relevo ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (23/06): Sem imagens sugestivas de recidivas tumorais locoregionais ou doença disseminada.
7 Março/2006 Sem queixas. ECOG 0. Hipertensão arterial controlada. Sem alterações de relevo ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (24/03): Sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais ou doença à distância.
8 Maio/2007 Sem queixas. ECOG 1. Hipertensão arterial controlada. Sem alterações de relevo ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (21/05): 3 formações nodulares no pulmão direito, sugestivas de metastização; sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais. Consulta Multidisciplinar de Oncologia : Sunitinib 50 mg/dia durante 4 semanas, em ciclos de 6/6 semanas (doente com 2 factores de mau prognóstico)
9 Dezembro/2007 Sem queixas. ECOG 1. Hipertensão arterial controlada. Sem alterações de relevo ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (26/12): Persiste apenas uma das três metástases pulmonares identificadas previamente; sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais ou outras alterações.
10 Julho/2008 Com queixas de gengivorragias (grau 1). ECOG 1-2. Com hipertensão arterial mal controlada (grau 3). Sem outras alterações ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (18/07): Sem evidência de lesões secundárias nos órgãos parenquimatosos toraco-abdominopélvicos ou sinais de recidiva local. Redução do Sunitinib para 37,5 mg/dia durante 4 semanas, em ciclos de 6/6 semanas
11 Março/2009 Queixas de gengivorragias (grau 1) mantidas. ECOG 1-2. Hipertensão arterial mal controlada (grau 3) mantida. Sem outras alterações ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (26/03): Sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais ou doença à distância. Redução do Sunitinib para 25 mg/dia durante 4 semanas, em ciclos de 6/6 semanas
12 Agosto/2009 Queixas de gengivorragias (grau 1) mantidas. ECOG 3. Hipertensão arterial mal controlada (grau 3) mantida. Sem outras alterações ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (05/08): Sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais ou doença disseminada. Pelo agravamento do estado geral (ECOG 3), foi suspenso tratamento com Sunitinib e permaneceu em vigilância
13 Dezembro/2009 Sem hemorragias ou outras queixas. ECOG 3. Hipertensão arterial (grau 2). Sem outras alterações relevantes ao exame objectivo. TAC toraco-abdomino-pélvico (11/12): Sem imagens sugestivas de recidivas tumorais loco-regionais ou doença à distância.
14 Agosto/2010 Com alterações do estado de consciência com 3 dias de evolução. ECOG 3. Força muscular e défices neurológicos de difícil avaliação. Sem outras alterações de relevo ao exame objectivo. TAC craneo-encefálico (10/08): Lesão parietal esquerda com 17 mm de diâmetro e extenso edema vasogénico perilesional, sugestiva de metastização Iniciou corticoterapia Consulta Multidisciplinar de Oncologia: dado o estado geral do doente, proposto para cuidados de suporte
15 Setembro/2010 Trazido ao Serviço de Urgência por agravamento do estado de consciência, associado a quadro respiratório infeccioso. Internamento no Serviço de Medicina Interna por sépticemia com ponto de partida respiratório. Faleceu ao 3º dia.
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