CURSO DE TREINADORES GRAU 1 CARATERIZAÇÃO DO JOGO

Transcrição

1 Curso de Treinadores Grau 1 16 Dezembro 2017 CURSO DE TREINADORES GRAU 1 CARATERIZAÇÃO DO JOGO Etapa Inicial e Etapa Elementar Curso de Treinadores Grau 1 - Setúbal

2 Caraterização global do jogo O que é o andebol? Atividade multifatorial, num contexto ambiental interativo e constantemente em mudança Não pode ser explicado, pelo simples somatório das suas componentes técnicas, táticas e estratégicas Curso de Treinadores Grau 1 - Setúbal

3 Caracterização global do jogo Estruturas Múltiplas Capacidades Coordenativas Condicionais Táticas Habilidades Motoras Abertas Pluralidade de soluções INVARIANTES Curso de Treinadores Grau 1 - Setúbal

4 Caracterização global do jogo Esforço Intermitente Carácter aleatório Alterna períodos de alta e baixa intensidade Ações motoras Acíclicas Curta duração Grande intensidade Com frequência variável Curso de Treinadores Grau 1 - Setúbal

5 Andebol de 5 Jogo Reduzido em Campo Reduzido Manipulação da Bola Passe Drible Remate Defesa Individual Treino Integrado

6 - Andebol de 5 Meio efetivo de treino Ponto de partida e da chegada Deve estar presente em todas as UT s Formas de Jogo Jogo Formal Jogo Reduzido Campo Normal JRCN Campo reduzido JRCR

7 Jogo reduzido em Campo reduzido Espaço jogo reduzido e simplificado Baliza tamanho reduzido Andebol 5 Nº jogadores reduzido Regulamento adaptado

8 Jogo reduzido em Campo reduzido Redução do Nº de jogadores implica Maior participação Mais golos Jogo mais fluido Aplicação amiúde do regulamento Possibilita Maior compreensão do jogo Intenso desenvolvimento das capacidades técnicas, táticas e estratégicas Aumento dos índices motivacionais

9 Jogo reduzido em Campo reduzido Baliza Impedir remates altos Aumentar o sucesso do GR Regulamento Facilita a compreensão do jogo Favorece o jogo ofensivo Promove o desenvolvimento técnico tático Aumenta o ritmo do jogo

10 Jogo reduzido em Campo reduzido Condicionantes São medidas restritas de carácter didático - pedagógico As ações coletivas se sobreponham às individuais As ações tático - estratégicas se sobreponham às estritamente técnicas Participação efetiva de todos os jogadores As situações de conflitualidade diminuam

11 Jogo reduzido em Campo reduzido Condicionantes Limitar o drible Unitário, só em algumas zonas,... Limitar os passos Para rematar, para passar, progressão Limitar os passes Devolução, longos,... Limitar os remates Zonas da baliza, em salto, de longe,... Utilizados de forma isolada ou acompanhada Sobre todos os jogadores ou apenas alguns Serem diferenciadas

12 Jogo reduzido em Campo reduzido - PORQUÊ? Ações individuais Aglomerações à volta da bola Alternâncias constantes da posse de bola Poucos remates e golos Passes, receções interceções Situações de alinhamento Jogadores parados Sem noção de ataque/defesa Participação irregular e reduzida Dificuldade em cumprir as regras

13 Passe Da eficácia do passe está dependente Em situação de circulação da bola Fase de Organização Fase de finalização Em situação de desenvolvimento do contra-ataque Em situação de desenvolvimento de ataque-rápido No âmbito da circulação da bola, distinguimos uma série de situações-tipo, que devem condicionar o ensino do passe Passes de rico" por exemplo - passe de ponta a ponta, passe de lateralesquerdo para ponta direita, etc. Inversão do sentido de circulação da bola Comunicação" 1ª linha/2ª linha e vice-versa Comunicação" 1ª linha/1ª linha "Comunicação" 2ª linha/2ª linha

14 Receção da Bola Como técnica umbilicalmente ligada ao passe, também assume, obviamente, uma importância fulcral no desenvolvimento das ações ofensivas. Assim sendo, vamos enunciar um conjunto de princípios, cujo cumprimento é imprescindível, se quisermos praticar um receção perfeita Enquadramento com o passador (fundamental nos pivots) Necessidades de "Atacar" a bola - "Ir buscá-la"; Necessidade de amortecer a bola; Necessidade de proteger a bola; Dar continuidade ao jogo (evitar sofrer falta de posse da bola); Receber a bola quase sempre em movimento;

15 Receção da Bola Desde o início da formação do jogador, há necessidade de aperfeiçoar diferentes tipos de receção Com uma mão Com as duas mãos Bolas com trajetórias diversificadas - ascendente, descendente, etc. Bolas a diferentes alturas Bolas com diferentes intensidades, sentido e direções; Passes "diferentes"; etc.

16 Drible É uma técnica utilizada, em algumas situações específicas, cujo aperfeiçoamento tem um transfer muito vincado para a eficácia da manipulação da bola (um bom indicador para o treino dos jovens). Existem vários tipos de drible: Progressão - contra-ataque e entradas com bola Proteção - situações de marcação individual Recuo - reposição do equilíbrio ofensivo Aproximação ao adversário, para o fintar Relativamente ao drible de progressão, que é o mais utilizado, é fundamental para o seu sucesso: o batimento da bola ao lado do corpo, o batimento oblíquo da bola, relativamente ao plano do solo e o contacto suave com a bola.

17 Remate É a Técnica fundamental do jogo! O seu aperfeiçoamento deve ocorrer continuamente, sendo conteúdo obrigatório de quase todos os exercícios. Passamos a enunciar os principais tipos de remate Apoio Passo cruzado à frente Passo cruzado atrás Passo saltado Passada Salto - zona dos "6 metros Ponta Pivot - antecedido de rotação do corpo Suspensão - zona dos "9 metros Vertical Horizontal

18 Fintas É uma Técnica determinada na eficácia da luta 1x1, estando fortemente associada ao ganho de superioridade numérica. Existem diversos tipos de fintas Passe Remate Envolvimento - com e sem bola Batimento Passagem do braço Entrada simples - com e sem bola Entrada dupla - com e sem bola

19 Caraterização da Etapa Inicial e da etapa Entrada Basicamente, consiste na invasão do "interior" da estrutura defensiva, pelos pontas ou por elementos da 1ª linha atacante. É um meio tático individual de decisiva importância no sucesso do "Ataque em Movimento". As entradas podem ser precedidas ou não, de um passe - no primeiro caso, estamos em presença de uma "entrada com bola"; no segundo, estamos confrontados com uma "entrada sem bola". A variabilidade das trajetórias utilizadas nas entradas, é um fator que muito as enriquece, devendo, por isso mesmo, não ser esquecido no processo de treino. No plano estratégico, é muito importante estarem definidas dois tipos de situações: Definições das tarefas subsequentes à entrada Definir se há atração ou não, do defensor direto ou outro

20 Desmarcação Basicamente, consiste na "fuga" dum atacante, sem bola, à marcação do seu adversário direto. Esta ação tem por objetivo desequilibrar a estrutura defensiva adversária, de molde a colocar o seu protagonista ou os seus colegas, em superioridade numérica. É um meio tático individual, utilizado essencialmente pelo pivot nos seus deslocamentos e pelos outros jogadores, quando confrontados com marcações individuais ou sistemas profundos e/ou agressivos. A concretização deste meio tático pode ser precedida ou não, duma finta sem bola.

21 Defesa Individual Deslocamentos Toda a qualidade de deslocamentos (frontais, laterais e de recuo), deve ser efetuada com a máxima velocidade, sendo os de recuo realizados sempre na diagonal. Corrida de costas Recuperação defensiva - de forma a possibilitar uma ampla visão do desenvolvimento do contra-ataque adversário Entreajuda - essencialmente no desenvolvimento dos sistemas zonais Corrida de passos cruzados - utilizada essencialmente em duas situações Recuperação defensiva - no acompanhamento dum adversário prestes a receber a bola Desarme - em situação de contra-ataque e com o adversário em drible de progressão

22 Defesa Individual Controlo do adversário Em ação de remate (apoiado ou em suspensão) ou de passe longo Aproximação do atacante, com a perna esquerda sensivelmente avançada (o crucial é não colocar aos pés paralelos!) Colocação da mão esquerda no braço do atacante, fazendo tração para baixo Mão direita colocada na anca esquerda do atacante Ofensiva com o peito, deslocando o atacante para fora Assim que o controlo estiver executado, retirar imediatamente os braços Em ação de finta ou de passe - circulação da bola Colocação da mão esquerda deverá ser na bola, promovendo o desarme Em ação de receção da bola (caso de pivot) Com a particular importância a colocação das mãos (sobre os braços do atacante) e a ofensiva com o peito.

23 Desarme Caraterização da Etapa Inicial e da Etapa Defesa Individual O desarme pode ser efetuado em situação de drible e em ação de remate (subutilização da bola). O essencial é que depois da ação a bola fique de posse do defensor. Bloco Esta técnica pode ser efetuada com uma ou duas mãos, em salto ou apoiado. O seu sucesso está dependente de vários fatores Manutenção dos braços juntos e paralelos (bloco com duas mãos) Mãos bem abertas e dedos afastados Necessidade de atacar a bola

24 GRATO PELA VOSSA ATENÇÃO! Ricardo Palma Tlm.: Curso de Treinadores Grau 1 - Setúbal