PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO TÉCNICO DO RIO GRANDE DO NORTE SEGUNDO PLANO DE METAS DO MEC
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1 João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO FEDERAL DE ENSINO TÉCNICO DO RIO GRANDE DO NORTE SEGUNDO PLANO DE METAS DO MEC Higor Oliveira de Queiroz (IFRN ) higorqueirozoliveira@gmailcom Joao Vitor Araujo da Cruz (IFRN ) jvaraujo125@hotmailcom Gabryela Cristina Sales da Costa (IFRN ) gabicosta319@gmailcom Rafaelli Freire Costa Gentil (IFRN ) rafaellifreire@ifrnedubr Este trabalho apresenta um estudo sobre a produtividade parcial e a eficiência de uma Instituição de uma Instituição Federal de Educação do Rio Grande do Norte, e tem como objetivo principal apresentar e conhecer mais sobre esses índices PPara a realização e para alcançar o objetivo deste trabalho, os dados foram obtidos de forma secundáriafoi realizado um estudo de dados, e uma entrevista com funcionários do campus, para obter o número de alunos ingressantes e o número de formandos da instituição, bem como as metas que o ministério da educação determina, e também uma pesquisa bibliográfica da literatura sobre o tema em estudo Com os resultados obtidos, pode-se conhecer a eficiência do campus, e observar a sua produtividade parcial, ou seja, visualizar se o instituto está formando a quantidade de alunos que o MEC estipula que seja formado, e concluir que o índice de eficiência e a produtividade parcial do campus está dentro ou não dos padrões impostos pelo Ministério da Educação para o período acordado Palavras-chave: Produtividade, Eficiência, MEC, Indicadores
2 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de Introdução Em diversos ramos do mercado, os padrões de produção e a concorrência vêm crescendo de forma muito rápida e exigente As organizações observam a necessidade de um controle em sua produção, e para isso existem diversos indicadores que servem tanto para ajustar o sistema operacional, de forma a não prejudicar a produção, quanto para auxiliar a mensurar sua produtividade, podendo ser utilizado no controle da produção, aumentando assim o seu índice de eficiência, e, consequentemente, a sua competitividade no mercado, visto que em um ambiente concorrido, destaca-se aquela cuja sua produção tenha um diferencial, e essa eficiência é a diferença É sabido que há certa preocupação, por parte das organizações, em relação à sua produtividade Em uma Instituição de ensino, esta preocupação da produtividade está associada à quantidade de estudantes formados em determinados períodos em relação às metas de formação do Ministério da Educação, que é o órgão responsável por ministrar essas metas de formação Dentro desse contexto, esta pesquisa tem como objetivo conhecer o índice de produtividade parcial e eficiência, segundo os padrões do MEC- Ministério da Educação, do Instituto de educação federal, para os cursos de caráter subsequente, utilizando os indicadores de Produtividade e eficiência Para alcançar o objetivo deste trabalho, os dados foram obtidos de forma secundária a partir de pesquisa bibliográfica e análise documental do Instituto, e do MEC, por ser o meio mais adequado para a elaboração do trabalho Como resultado espera-se conhecer a eficiência desta instituição, e observar a sua produtividade parcial baseando-se nas metas do MEC, ou seja, visualizar se o instituto está formando a quantidade de alunos que o Ministério da Educação estipula que seja formado O presente artigo está dividido nesta introdução, numa breve revisão da literatura sobre o tema abordado, uma explanação do método de pesquisa utilizado e o procedimento da pesquisa, seguido da apresentação dos resultados, conclusão e as referências utilizadas 2 Revisão bibliográfica 2
3 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 O conceito de produtividade confunde-se com o conceito de eficiência, a grande diferença entre os termos é que a produtividade é um índice que agrega diferentes unidades de medida e que pode assumir qualquer valor real, enquanto a eficiência é sempre um valor adimensional entre 0 e 1, como afirma Mariano (2007) De acordo com Mariano (2007), A eficiência de um sistema pode ser definida como sendo a capacidade desse sistema de utilizar, da melhor maneira possível, os recursos disponíveis e de aproveitar, ao máximo, as condições ambientais para obter o desempenho ótimo em alguma dimensão Ainda segundo o autor, os sistemas produtivos são um dos mais importantes sistemas em que se pode aplicar o conceito de eficiência, pois estes se caracterizam por produzirem um conjunto de saídas (outputs) a partir de um conjunto de entradas (inputs), dando origem ao conceito de eficiência produtiva É A utilização coerente dos recursos de forma a aumentar a perspectiva de atingir os resultados pré-determinados Segundo Lira et al (2007), a medida da produtividade de um sistema pode ser considerada como um "instrumento" que informa até que ponto o sistema está funcionando bem É um indicador de eficiência de uma organização A produtividade pode medir a eficiência baseando-se em qualquer que seja o input, mas, as empresas utilizam de forma mais frequente para medir a eficiência do trabalho, dividindo a quantidade que foi produzida, pelo número de horas necessários para obter essa produção De acordo com Bonelli e Fonseca (1998), a produtividade da mão-de-obra é o indicador parcial mais utilizado para obter o rendimento dos fatores usados na produção, e a eficiência do sistema produtivo é dado pela produtividade deste; quanto mais produtiva for a organização, mais eficiente será esta Para Slack et al (2009), aumentar a produtividade significa aumentar o lucro e minimizar os custos, melhorando constantemente a qualidade dos produtos, e o mercado exige que, cada vez mais, as indústrias sejam flexíveis, confiáveis e possuam qualidade em seus produtos Isso faz com que as empresas busquem novas ferramentas para planejar e controlar a produção Lira et al (2007), afirma que nas instituições educacionais, o sistema produtivo é um pouco mais complexo, tendo em vista a necessidade precisa de se definir claramente quais são, de 3
4 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 fato, os recursos de entrada e saída, os Inputs são os alunos que entram na instituição, os conhecidos calouros, e os Outputs são estes mesmos alunos, que após o processo de transformação - educação recebida na escola-, formam-se na instituição, porém, vários podem ser os inputs utilizados para mensurar essa produtividade A Figura 1 mostra o sistema de produção das instituições educacionais, baseado na descrição do autor Figura 1- sistema de produção das instituições educacionais Fonte: adaptado de Lira et al (2007) Vivaldini (2004), diz que as atividades de controles podem ocorrer anualmente, semestralmente, trimestralmente ou mensalmente, buscando quaisquer diferenças entre as metas planejadas e os resultados reais As análises das diferenças levam à ação corretiva Os indicadores acadêmicos que geralmente informam as medidas de produtividade, empregadas no processo educacional, são baseados nos seguintes critérios: números de alunos formados por período; quantidade de trabalhos publicados e tempo médio de permanência do aluno na instituição, ou seja, quanto mais rápido o aluno terminar o curso, melhor será o índice de produtividade desse mesmo curso (LIRA et al, 2007) O Instituto Federal do Rio Grande do Norte dispõe em uma de suas unidades, três cursos de nível Técnico Subsequente: Logística, Rede de Computadores e Edificações Esta modalidade é para alunos que já concluíram o ensino médio O período varia de um ano e meio a dois anos O Ministério da Educação (MEC) é o órgão governamental responsável por definir, juntamente com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte, as metas e os compromissos para os fins de estruturação, organização e atuação da Instituição 4
5 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 A instituição deve formar, em determinado período, certa quantidade de alunos, no caso desta pesquisa, o período para formação é semestral, visto que é o período do curso de cunho subsequente Segundo o MEC, o Instituto deve alcançar, até determinado ano, no mínimo 90% de eficiência, com média de no mínimo 75% no período intermediário entre o ano do acordo e o ano final pré-estabelecido no acordo, ou seja, a meta para o campus SGA é de formar, no ano de 2016, o mínimo de 90% dos alunos ingressantes, com meta intermediária de no mínimo 75% no ano de 2013, visto que o acordo de metas é do ano de 2010, deste modo, o cálculo da produtividade nos levará a avaliar se a instituição está cumprindo as metas Os Institutos comprometem-se com a formação técnica de nível médio e o nível superior do indivíduo para fins de certificação e acreditação profissional De acordo com Martins e Laugeni (2005), o sistema de produção tem sua produtividade obtida por meio da divisão dos recursos de entrada e saída, Output e Input, ou seja, é o que saiu, relacionado ao que entrou, e é possível calcular pelo método proposto pelos autores Este cálculo é usado para medir tanto a produtividade total, quanto a produtividade parcial da empresa A produtividade total é calculada quando se deseja obter a eficiência de todo o processo, ou seja: todos os outputs/todos os inputs Já a produtividade parcial é aquela cuja organização utiliza para saber a eficiência de somente uma variável (matéria prima, mão de obra, materiais, máquinas), neste caso, calcula-se: todos os outputs/pela variável desejada 3 Método de pesquisa Para este trabalho, buscou-se conhecer os números de alunos formados na instituição no período a ser analisado, bem como os números propostos à instituição pelo Ministério da Educação, e logo após foi realizado o cálculo da produtividade do campus A pesquisa foi aplicada com base nas turmas que ingressaram na instituição no ano de 20131, no módulo subsequente, e foi dividida em duas etapas, a primeira consistiu em analisar o número de alunos que estavam com sua situação matricular constando o status: concluído no ano de 20142, que foi o ano oficial de conclusão do curso, e na segunda, analisou-se o 5
6 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 número de alunos que estavam com essa situação matricular no ano de 20152, visto que nesse semestre, foi o período no qual os alunos tiveram, após a conclusão oficial do curso (20142), 50% do tempo do curso para entregar o TCC para poder obter este status Quanto à natureza da pesquisa, classifica-se com quantitativa e qualitativa, por buscar fornecer o conhecimento da produtividade da instituição educacional, através de informações extraídas dos números reais da organização Esta pesquisa enquadra-se como descritiva, pois há a descrição dos dados secundários sobre a quantidade de alunos formados, e sobre as metas e legislação do MEC, e exploratória, pois proporciona maior familiaridade dos dados, e tornando-os explícitos e envolve o levantamento bibliográfico, com o intuito da realização a o alcance do objetivo proposto deste trabalho Quanto ao método, a pesquisa bibliográfica foi adotada e desenvolvida com base no material já elaborado, os dados secundários, como estratégia de pesquisa para avaliar o índice de produtividade e a eficiência do sistema produtivo do IFRN Para a realização da pesquisa, o procedimento dividiu-se em duas etapas, a primeira consistiu na elaboração da estrutura do trabalho, bem como os pontos a serem explorados, e a segunda consistiu na coleta dos dados por meio dos arquivos do acervo da instituição e do portal online do Ministério da educação, com objetivo de levantar a quantidade de alunos que ingressaram na instituição no módulo de nível subsequente, a quantidade destes alunos que se formaram no ano de 20142, ano oficial de conclusão, e o número de alunos que concluíram após o período disponível após a conclusão do curso, que é de um ano, ou seja, os alunos que concluíram no ano letivo de 20152, bem como a quantidade de alunos que o MEC propôs à instituição a formar no ano em estudo, para em seguida realizar o cálculo da produtividade da instituição Foi levado em consideração os três cursos que tiveram sua conclusão no ano Para o cálculo da produtividade parcial da instituição foi utilizado o critério de matérias primas que entraram e que saíram (alunos ingressantes que concluíram o curso e formaram-se) 4 Resultados Com base nos resultados obtidos na coleta dos dados, foi elaborada uma tabela com o somatório do número de alunos que ingressaram no campus (Inputs) no ano de 20131, do 6
7 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 número de alunos com situação de matricula concluído, ou seja, os alunos formados pela instituição, nos três cursos, no ano de (Outputs) e (Outputs Totais) Tabela 1: Tabela 1- Somatório do número de alunos que ingressaram e do número de alunos formados Logística Edificações Redes de Total computadores Inputs Outputs (20142) Outputs totais (20152) Fonte: dados da pesquisa, 2016 O baixo número de alunos que estavam, em 20142, com a situação de matrícula concluída, se deu pelo fato de que um aluno só se enquadra nesta categoria quando não existe mais vínculo entre o mesmo e a instituição, e apenas 15 alunos se enquadraram nesta categoria, ou seja, apenas eles estavam desvinculados da instituição, não possuíam mais nada pendente Em 20152, o número de alunos com a situação matricular elevou pois os alunos ingressantes utilizaram o período disponível pós-conclusão do curso para a apresentação do TCC, porém, ainda é um número baixo quando comparado ao número de alunos que ingressaram, e isso ocorre pois houveram alunos desistentes, jubilados, e que evadiram, e não concluíram o curso, o que impossibilitou o recebimento do certificado de conclusão do curso Com os dados obtidos, foi possível calcular, seguindo o método proposto por Martins e Laugeni (2005), o índice de produtividade, Equação (1), e a eficiência da instituição, Equação (2): Com isso, calculamos a produtividade da instituição dos referidos cursos dividindo o número de alunos formados em 20152, pelo número de alunos ingressantes em 20131: Produtividade 0,
8 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 Após a realização do cálculo, pode-se observar que o sistema produtivo do Campus, para a modalidade subsequente, está com o índice de produtividade 42 Em seguida, foi calculada a eficiência, da seguinte maneira: a meta estipulada pelo MEC é de formar no mínimo 90% do total de alunos que entraram, então a meta da instituição é de formar, no mínimo 90% dos 102 alunos ingressantes, o que equivale a 92 alunos, então e eficiência consisti em dividir o real (total que se formou) pelo padrão (meta), assim temos: Meta: no mínimo 92 alunos Real: 43 alunos Eficiência = = 0,46 Após esse cálculo, observamos que a eficiência da instituição em estudo é de 46, o que indica 46% de eficiência, um número inferior ao proposto pelo MEC (90%) 5 Conclusão Portanto, concluímos que a realização deste trabalho nos permitiu conhecer visualmente e numericamente que o índice de eficiência e a produtividade parcial do campus estão fora dos padrões impostos pelo Ministério da Educação para o período acordado, o que indica uma baixa formação do número de alunos, uma vez que houve alunos desistentes, bem como alunos foram jubilados, e que evadiram, e não concluíram o curso Visto que o objetivo desta pesquisa era conhecer o índice de produtividade e eficiência, segundo os padrões do Ministério da Educação, da Instituição Federal de Educação, para os cursos de caráter subsequente, atesta-se que o método escolhido para a pesquisa foi adequado, pois proporcionou o devido alcance do objetivo proposto Como proposição de nova pesquisa, sugere-se o estudo do índice de eficiência e a produtividade total do campus com os cursos de cunho Médio Técnico Integrado- Logística, Edificações e Informática-, que é o real foco da instituição REFERÊNCIAS BONELLI, R; FONSECA, R Ganhos de Produtividade e de Eficiência: Novos Resultados para a Economia brasileira IPEA, Rio de Janeiro,
9 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 LIRA, A N C et al A Engenharia de Produção e o Processo de Ensino- Aprendizagem In: XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Foz do Iguaçu, Anais, 2007 MARIANO, E B Conceitos Básicos de Análise de Eficiência produtiva In: XIV SIMPEP - Simpósio de Engenharia de Produção, São Paulo, Anais, 2007 MARTINS, Petrônio G; LAUGENI, Fernando Piero Administração da Produção 2 ed São Paulo: Saraiva, 2005 Ministério da Educação Termo de Acordo de Metas e Compromissos: Ministério da Educação/Institutos Federais Brasília: 2010 SLACK, N; CHAMBERS, S; JOHNSTON, R Administração da produção 3 ed São Paulo: Atlas,
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