FACULDADE DE DIREITO THIAGO DA SILVA ALMEIDA ALIENAÇÃO PARENTAL: NOSSA JUSTIÇA TEM FERRAMENTAS PARA ENFRENTÁ-LA?

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1 0 FACULDADE DE DIREITO THIAGO DA SILVA ALMEIDA ALIENAÇÃO PARENTAL: NOSSA JUSTIÇA TEM FERRAMENTAS PARA ENFRENTÁ-LA? CANOAS 2015

2 1 THIAGO DA SILVA ALMEIDA ALIENAÇÃO PARENTAL: NOSSA JUSTIÇA TEM FERRAMENTAS PARA ENFRENTÁ-LA? Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora da Faculdade de Direito do Centro Universitário Ritter dos Reis, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. Orientadora: Profa. Ms. Claudia Ernst Pereira Rohden. CANOAS 2015

3 2 THIAGO DA SILVA ALMEIDA ALIENAÇÃO PARENTAL: NOSSA JUSTIÇA TEM FERRAMENTAS PARA ENFRENTÁ-LA? Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora da Faculdade de Direito do Centro Universitário Ritter dos Reis, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais. BANCA EXAMINADORA Orientador: Profa. Ms. Claudia Ernst Pereira Rohden Professor (a) Examinador (a) Professor (a) Examinador (a) CANOAS 2015

4 3 Dedico este trabalho aos meus pais, a minha família e a minha namorada, pelo carinho e apoio a mim dedicado nos momentos de apreensão.

5 4 Agradeço a minha orientadora, Professora Claudia E. Rohden, pela dedicação e pela ajuda ao longo dessa jornada. Agradeço aos amigos e colegas pela colaboração nos momentos de preocupação e, em especial, aos meus chefes e colegas da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul. Ainda, agradeço à colega de aula e amiga, Natália Model, e ao meu amigo Marcelo Flores pelas discussões que se constituíram de ajuda fundamental para a realização desse estudo.

6 5 "A decisão de ter um filho é uma coisa muito séria. É decidir ter, para sempre, o coração fora do corpo". E. Stone

7 6 RESUMO O presente trabalho tem como objetivo esclarecer o que é e como ocorre a Alienação Parental. Faz uma breve análise do afeto que permeia as relações de família. Aborda uma análise da Lei da Alienação Parental. Estuda a diferença entre a Alienação Parental e a Síndrome da Alienação Parental e suas consequências para as crianças e os adolescentes, bem como estuda a figura do genitor alienador, mencionando alguns de seus comportamentos. A pesquisa faz algumas considerações sobre o Poder Judiciário, como este lida com a Alienação Parental e, muitas vezes, acaba se tornando um aliado inocente do alienador em virtude de denúncias falsas, bem como realizada a análise de algumas decisões jurisprudenciais do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. O foco principal da pesquisa é abordar ferramentas alternativas e preventivas para coibir ou tentar diminuir a prática de alienação parental, destacando medidas que já estão presentes em nosso ordenamento jurídico e outras que podem ser utilizadas. Palavras-chave: Alienação Parental. Síndrome da Alienação Parental. Consequências da Alienação. Lei de Poder Judiciário. Ferramentas Alternativas. Prevenção.

8 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO A FAMÍLIA SOCIO AFETIVA TÉRMINO DA RELAÇÃO CONJUGAL: UM DESAFIO TAMBÉM PARA OS FILHOS CONVIVÊNCIA FAMILIAR: A BASE PARA O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO E SOCIAL DA CRIANÇA ALIENAÇÃO PARENTAL ANÁLISE DA ALIENAÇÃO PARENTAL A LUZ DA LEI Nº / DIFERENÇA ENTRE SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E ALIENAÇÃO PARENTAL AS CONSEQUÊNCIAS DA ALIENAÇÃO PARENTAL PARA AS CRIANÇAS E OS ADOLESCENTES O COMPORTAMENTO DO ALIENADOR A JUSTIÇA COMO O PODER JUDICIÁRIO LIDA COM A ALIENAÇÃO PARENTAL O PODER JUDICIÁRIO COMO UM ALIADO INOCENTE DO ALIENADOR As falsas denúncias de abuso sexual ou de maus-tratos Comparação dos sintomas do abuso sexual com os sintomas de alienação parental A implementação de falsas memórias DECISÕES JUDICIAIS UM CAMINHO PARA A BATALHA: AS FERRAMENTAS ALTERNATIVAS E PREVENTIVAS PARA COMBATER A ALIENAÇÃO PARENTAL PERÍCIA MULTIDISCIPLINAR: UM INSTRUMENTO FUNDAMENTAL PARA AUXILIAR NAS DECISÕES JUDICIAIS TRATAMENTO PSICOLÓGICO COMPULSÓRIO DE PAIS AMPLIAÇÃO DA CONVIVÊNCIA COM O GENITOR ALIENADO DEPOIMENTO SEM DANO E SUA VIABILIDADE NAS VARAS DE FAMÍLIA GUARDA COMPARTILHADA COMO FORMA DE REDUÇÃO DE ALIENAÇÃO PARENTAL CONCLUSÃO...58 REFERÊNCIAS...60

9 8 1 INTRODUÇÃO Atualmente é comum e surpreendente o número de famílias desfeitas e ex-cônjuges que não possuem capacidade de estabelecer um vínculo de respeito e harmonia, utilizando seus filhos como instrumento punitivo de uns contra os outros. Essa prática é conhecida como Alienação Parental e, no Brasil, foi sancionada a Lei de nº , de , que trata do tema, definindo-a como a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou por aqueles que detenham a criança ou o adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Assim, o presente trabalho estuda, primeiramente, a evolução do conceito de família que atualmente deve ser aprimorada com base no afeto, observando a evolução da sociedade e respeitando a possibilidade de diversos tipos de reconhecimento de entidades familiares. Desse modo, considerando que o filho é o elo mais importante da família, o presente estudo buscará abordar que o término da relação conjugal também é um enorme desafio para os filhos, bem como a importância do convívio familiar para o seu desenvolvimento psicossocial. Por conseguinte, o presente trabalho busca esclarecer o que é Alienação Parental, analisando pontualmente os artigos da Lei /2010, que tipificou a prática de Alienação Parental e consequentemente tornou o assunto mais claro para sociedade e gerou mais segurança para os operadores do direito. Ainda, aborda a diferença entre Síndrome da Alienação Parental e Alienação Parental. A primeira trata da questão emocional da criança e a segunda refere-se a prática do agente alienador em afastar o menor de quem o ama. Examina, também, as consequências que essa prática traz para as crianças e adolescentes, bem como o comportamento do agente alienador. Considerando que a prática de Alienação Parental surge, principalmente, após conflitos judiciais de separação e de divórcio com disputa de guarda ou pedido de regulamentação de visitas, o presente estudo analisa o papel do Poder Judiciário e como este lida com a Alienação Parental. Ainda, verifica que muitas vezes a justiça se torna um aliado inocente do alienador diante das falsas denúncias de abuso sexual e de maus tratos, bem como da difícil e demorada averiguação das acusações dessa natureza, faz-se necessário aportar decisões judiciais, a fim de demonstrar como o Poder Judiciário está buscando identificar e combater a prática de Alienação Parental.

10 9 É evidente que há um prejuízo social com relação à prática de alienação parental, uma vez que a probabilidade de reprodução futura dessa conduta é enorme, pois a falta de solução acaba por contribuir e, inclusive, abstrair a importância de combater essa síndrome. Assim, o último capítulo elenca algumas ferramentas alternativas e preventivas para combater a Alienação Parental, pois nossa justiça precisa de novas medidas e do apoio de equipes multidisciplinares, havendo a necessidade de trazer profissionais de diferentes áreas para dentro do processo, uma vez que são os profissionais que possuem diferentes qualificações que podem auxiliar a resolução do conflito.

11 10 2 A FAMÍLIA SOCIOAFETIVA O Direito Brasileiro na atualidade tem indicado novos elementos que compõem as relações familiares, indo além dos limites fixados pela Constituição Federal de 1988, mas incluindo também seus princípios. 1 O Código Civil de 1916 e as leis posteriores, vigentes no século passado, regulavam a família constituída unicamente pelo casamento. 2 Contudo, com a consagração do princípio da dignidade da pessoa humana como cláusula pétrea da Constituição Federal de 1988 (art. 1º, III, CF/88), além dos princípios básicos da família moderna, como o da liberdade e da igualdade, uma nova ordem jurídica foi estabelecida, a qual deixa de lado o caráter econômico e de procriação da família e prioriza um vínculo principal que é a afetividade. 3 Segundo Paulo Lobo, no plano Constitucional, o Estado, antes ausente, passou a se interessar de forma mais efetiva pelas relações de família em suas variáveis manifestações sociais. Daí a progressiva tutela constitucional, ampliando o âmbito dos interesses protegidos, definindo modelos, nem sempre acompanhados pela rápida evolução social, a qual engendra novos valores e tendências que se concretizam a despeito da lei. 4 Atualmente, a família deve ser aprimorada com base no afeto, observando a evolução da sociedade e respeitando a possibilidade de diversos tipos de reconhecimento de entidades. Não é cabível em nosso atual ordenamento jurídico nenhum tipo de exclusão preconceituosa com base numa interpretação restrita da Constituição Federal. 5 Nesse sentido, Arnaldo Rizzardo esclarece que o conceito de família que melhor se adapta às novas regras jurídicas pode ser definido como o conjunto de pessoas com o mesmo domicílio ou residência, e identidades de interesses materiais e morais, integrado pelos pais casados ou em união estável, ou por um deles e pelos descendentes legítimos, naturais ou adotados. 6 A família é responsável pela criação e educação de seus filhos, pela orientação para uma vida profissional e pelos ensinamentos de solidariedade doméstica e cooperação 1 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: Direito de Família ed. Rio de Janeiro: Forense, 2005, p. 39. v GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. 8. ed. São Paulo: Saraiva, p. 32. v Juruá, p LOBO, Paulo. Direito Civil: Famílias. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p Juruá, p RIZZARDO. Arnaldo. Direito de Família. 7. ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 12.

12 11 recíproca. Ademais, é considerado o local, de extrema importância, onde se adquire os bons ou maus hábitos que promovem influências na projeção social dos indivíduos, ou seja, a família é a base para o desenvolvimento psicossocial do ser humano. 7 Por fim, o que se espera de uma família é que transmita o cuidado, a proteção, a ética, os ensinamentos de afeto, o desenvolvimento dos vínculos de pertencimento, a construção da personalidade, a inclusão social na comunidade em que vivem, enfim, que proporcione uma boa qualidade de vida a seus integrantes. No entanto, estas expectativas são apenas possibilidades e não garantias TÉRMINO DA RELAÇÃO CONJUGAL: UM DESAFIO TAMBÉM PARA OS FILHOS [...] Se lembra quando a gente Chegou um dia a acreditar Que tudo era pra sempre Sem saber Que o pra sempre Sempre acaba [...] Por Enquanto Legião Urbana Os versos da música Por Enquanto da Legião Urbana mostram que durante o casamento muitas são as expectativas em relação ao que se espera do outro, onde esperam um relacionamento incessante e acreditam que o amor é eterno. Contudo, várias das expectativas criadas nessa relação não são realistas, surgindo assim conflitos e crises advindos das frustações e insatisfações das expectativas dos parceiros. 9 Assim, o amor acaba e as separações acontecem, restando mágoas, grandes ressentimentos e um enorme desejo de vingança. 10 A família, por um motivo ou outro, seja pela vontade, seja pela morte, será dissolvida. 11 Aceitar o fim do relacionamento pode ser muito difícil, ainda mais quando se percebe que a pessoa por quem se foi tão apaixonado, por quem um dia se entregou de corpo 7 PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil: Direito de Família ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 14. v CARVALHO, Maria do Carmo Brant de. O lugar da família na política social. In: CARVALHO, Maria do Carmo Brant de (coord.). A família contemporânea em debate. 4. ed. São Paulo: Cortez, p Juruá, p DIAS, Maria Berenice. Alienação parental: um crime sem punição. In: Dias, Maria Berenice (coord.). Incesto e alienação parental: realidades que a justiça insiste em não ver. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2.. ed. São Paulo: Saraiva, p. 37.

13 12 e alma, possa nos decepcionar provoca enorme desilusão. O que mais gera angustia é constatar do que essa pessoa é capaz de fazer para atrapalhar a relação com um filho que tiveram, sendo este, muitas vezes, o bem mais precioso que o ser humano possa ter. A enorme dificuldade de lidar com o desgastante emocional do processo de separação e divórcio não se compara ao vazio de viver sem presenciar as descobertas do filho, sem acompanhar o aprendizado diário e, principalmente sem a troca de carinho. 12 Já os filhos sofrem diversas consequências diante da conflituosa separação de seus genitores, visto que não são somente atingidos pela alteração judicial da estrutura familiar, mas sim pelas perdas advindas desse fato e, muitas vezes, são incluídos nessa batalha como um instrumento de agressividade em relação às pessoas que ela possui maior vínculo e necessidade afetiva. 13 A separação de fato do casal não quer dizer que houve a separação emocional. Frequentemente no momento do término da relação conjugal estão presentes questões emocionais não resolvidas pelo ex-casal, sendo que estes ainda continuam vivenciando sentimentos de ódio, traição, desilusão com o casamento e uma vontade consciente, ou não, de se vingar do ex-companheiro pelo sofrimento causado. Assim, como mencionado anteriormente, os filhos, por vezes, são envolvidos no conflito como uma forma de atingir o ex-cônjuge, o que acaba contribuindo para a manutenção do litígio. 14 Assim, vale transcrever trecho da poesia de Fabrício Carpinejar: Não xingue o pai de seu filho usando o que ele foi como marido. Não xingue a mãe de seu filho usando o que ela foi como esposa. Ele pode ser um excelente pai e um péssimo marido. Ela pode ser uma excelente mãe e uma péssima esposa. É preciso separar as duas condições. Para evitar represálias, para evitar que a criança não fique traumatizada. O que costuma acontecer: os pais desabafam para o filho tudo o que deu errado no casamento. Expõem o ódio. Criticam o ex abertamente. Lavam a roupa em público. A criança fica em pânico, não entende qual lado defender(...) 15 Nesse sentido, Jorge Trindade explica que o conflito poderá exigir dos filhos a tomada de posições mais ou menos particularizadas que, não raro, proporcionam conflitos de lealdade, 12 PALERMO, Roberta. Ex-marido, pai presente: Dicas para não cair na armadilha da alienação parental. São Paulo: Summus Editorial, p SOUZA, Juliana Rodrigues. Alienação parental sob a perspectiva do direito à convivência familiar. 1. ed. Leme: Mundo Jurídico, p SOUSA, Analícia Martins de. Síndrome da alienação parental: Um Novo Tema nos Juízos de Família. São Paulo: Cortez, p CARPINEJAR, Fabrício. Uma ausência inexplicável. 23 abril Disponível em: < Acesso em: 23 set

14 13 às vezes de lealdades invisíveis. 16 O Estatuto da Criança e do Adolescente, mediante os artigos 3º, 4º e 130, protege o menor contra qualquer tipo de tortura, seja física ou psicológica, por quem quer que seja, especialmente por aqueles que têm o dever de protegê-lo. 17 Segundo Andréa Pachá: É pelo afeto e pelo diálogo que as injustiças podem ser reduzidas. Os filhos aprendem muito mais pelo exemplo do que pelos discursos e não há exemplo mais absoluto do que a incondicionalidade do amor de uma alma que traz outra alma ao mundo. 18 Assim, é dever dos pais, bem como do poder Judiciário, com o apoio multidisciplinar, nesse momento de término da relação conjugal, buscar, independentemente dos motivos que levaram a dissolução, preservar o melhor interesse do filho, evitando assim que a crise conjugal se transforme em uma crise familiar. Por fim, cabe aos operadores do Direito e aos demais profissionais envolvidos nesse tema, como os psicólogos e os assistentes sociais, preservar e garantir não apenas a convivência da criança e do adolescente com ambos os genitores, mas também assegurar o seu desenvolvimento como membro de uma família, que mesmo modificada continua sendo um lugar de proteção e acolhimento CONVIVÊNCIA FAMILIAR: A BASE PARA O DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO E SOCIAL DA CRIANÇA Conforme já mencionado anteriormente, o conceito atual de família é centrado com base no afeto, assim, a convivência dos filhos com os pais não é direito, é dever. O afastamento entre pais e filhos produz sequelas emocionais que podem deixar reflexos permanentes em sua vida. 20 A formação psicossocial adequada que uma criança precisa é influenciada sem sombra 16 TRINDADE, Jorge. Manual de Psicologia Jurídica para operadores do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, p Juruá, p PACHÁ, Andréia. A vida inventada. In: BORBA, Daniela Vitorino; SILVA, Alan Minas Ribeiro da. (Org.) A Morte Inventada: Alienação Parental em Ensaios e Vozes. São Paulo: Saraiva, p SOUZA, Juliana Rodrigues. Alienação Parental: Sob a perspectiva do direito à convivência familiar. 1. ed. Leme: Mundo Jurídico, p DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 9. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p

15 14 de dúvidas pelo bom relacionamento e exercício das funções parentais a ela direcionadas. 21 Nesse sentido explica Juliana Rodrigues de Souza: A denominação poder familiar deriva de cuidados especiais que os adultos devem ter com relação à criança e ao adolescente, principalmente, àqueles que estão em fase de desenvolvimento. A criança e o adolescente precisam, no início de suas vidas e na fase de construção da sua personalidade, alguém para dirigir-lhes a criação e a educação, defender seus direitos, transmitir amor, atenção, carinho, respeito, entre tantas outras funções. Essas tarefas são, geralmente, exercidas pelos pais através do instituto poder familiar. 22 Os filhos têm o direito à convivência familiar com os pais e têm a necessidade inata do afeto do seu pai e da sua mãe, pois o amor constrói a estrutura psíquica da prole e cada genitor tem uma função específica nesse desenvolvimento. 23 Assim, as crianças e os adolescentes precisam ser nutridos do afeto de seus genitores, não apenas pela proximidade física, mas principalmente pela proximidade emocional, uma vez que os princípios transmitidos pela família são fundamentais para o suporte psíquico e para a futura inclusão dos filhos na sociedade Juruá, p SOUZA, Juliana Rodrigues. Alienação Parental: Sob a perspectiva do direito à convivência familiar. 1. ed. Leme: Mundo Jurídico, p MADALENO, Rolf. O preço do afeto. In: PEREIRA, Tânia da Silva; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (Coords.). A ética da convivência familiar: sua efetividade no cotidiano dos tribunais. Rio de Janeiro: Forense, p. 152 e MADALENO, Rolf. O preço do afeto. In: PEREIRA, Tânia da Silva; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (Coords.). A ética da convivência familiar: sua efetividade no cotidiano dos tribunais. Rio de Janeiro: Forense, p. 152.

16 15 3 ALIENAÇÃO PARENTAL A denominação Síndrome da Alienação Parental (SAP) surgiu como nomenclatura para definir uma série de sintomas associados. O fato é que era necessário conceituar um problema que já se constatava desde o fim do século passado. 25 Os primeiros registros do termo síndrome da alienação parental surgiram em 1985, quando Richard Gardner ( ), professor da Clínica Infantil da Universidade de Columbia e membro da Academia Norte-americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente, iniciou as pesquisas sobre o tema 26, pois se interessou pelos sintomas que as crianças desenvolviam nos divórcios litigiosos. 27 Assim, Richard Alan Gardner conceitua a Síndrome da Alienação Parental da seguinte forma: A Síndrome de Alienação Parental (SAP) é um distúrbio da infância que aparece quase exclusivamente no contexto de disputas de custódia de crianças. Sua manifestação preliminar é a campanha denegritória contra um dos genitores, uma campanha feita pela própria criança e que não tenha nenhuma justificação. Resulta da combinação das instruções de um genitor (o que faz a lavagem cerebral, programação, doutrinação ) e contribuições da própria criança para caluniar o genitor-alvo. Quando o abuso e/ou a negligência parentais verdadeiros estão presentes, a animosidade da criança pode ser justificada, e assim a explicação de Síndrome de Alienação Parental para a hostilidade da criança não é aplicável. 28 Gardner é considerado um dos maiores especialistas nos temas de separação e divórcio e observou que, na disputa judicial, os genitores deixavam claro em suas ações que o desejo maior era ver o ex-cônjuge afastado dos filhos. 29 Nesse sentido, Jorge Trindade esclarece que a Síndrome da Alienação Parental é um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e estratégias de atuação, com o objetivo de impedir, dificultar, destruir seus vínculos com o outro genitor, denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que 25 PALERMO, Roberta. Ex-marido, pai presente: Dicas para não cair na armadilha da alienação parental. São Paulo: Summus Editorial, p PALERMO, Roberta. Ex-marido, pai presente: Dicas para não cair na armadilha da alienação parental. São Paulo: Summus Editorial, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p GARDNER, Richard A. O DSM-IV tem equivalente para o diagnóstico de Síndrome de Alienação Parental (SAP)? Tradução por Rita Rafaeli Disponível em: < Acesso em: 19 set FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 23.

17 16 justifiquem essa condição. 30 A alienação parental consiste em um jogo de manipulações do alienador que tem por objetivo principal: afastar o outro do convívio com o filho e manter essa relação quase que exclusivamente com ele. 31 Cria-se, nesses casos, em relação ao filho, a situação conhecida como órfão de pai vivo. 32 Denise Maria Perissini da Silva esclarece que o processo de alienação pode acontecer de duas formas principais. A primeira delas é o bloqueio de todo o tipo de contato, na qual o argumento utilizado pelo agente alienador é de que o outro genitor não pode se ocupar das crianças por falta de tempo, que estes passam a se sentir mal quando voltam das visitas ou que a visita não é conveniente, tendo em vista que não há tempo suficiente para adaptação. Assim, a mensagem passada à criança é que não é agradável estar com o outro genitor. A segunda forma é construída pelas denúncias de falsos abusos, tanto sexual quanto emocional, alegando que o filho não recebe os cuidados necessários durante a estada com o outro. 33 Diante da necessidade de regulação do tema foi sancionada a Lei n /2010, que trata da alienação parental, importante instrumento para que seja reconhecida uma situação de extrema gravidade e prejuízo à pessoa do menor e daquele que está sujeito a ser vitimado. 34 Cumpre referir que a lei que foi promulgada no Brasil não trata especificamente da Síndrome da Alienação Parental, e sim, do comportamento de Alienação Parental. 35 Assim, é necessário ter cautela quando se analisa um caso que envolve Alienação Parental para não enquadrar quaisquer situações nessa matéria e deixar a criança em uma situação de risco, vulnerável a abuso e maus-tratos, mas também resguardar os vínculos parentais saudáveis, que devem ser preservados independente dos interesses ou desinteresses dos ex-cônjuges, pois é um direito da criança e do adolescente TRINDADE, Jorge. Manual de psicologia jurídica para operadores do direito. 6. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p Juruá, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. 8. ed. São Paulo: Saraiva, p v SILVA, Denise Maria Perissini da. Guarda compartilhada e síndrome de alienação parental - o que é isso? 2. ed. Campinas: Armazém do Ipê, p ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p Juruá, p Juruá, p. 65.

18 ANÁLISE DA ALIENAÇÃO PARENTAL A LUZ DA LEI nº /2010 A Lei de Alienação Parental vem para afastar do campo do direito a hipótese que a prática de alienação parental não existe, tento em vista que, a partir de sua tipificação, ela se torna formalizada e consequentemente tem mais valor diante da sociedade e passa mais segurança aos operadores do direito. 37 Nesse sentido, dispõe o artigo 1º: Esta Lei dispõe sobre a alienação parental.. 38 Provavelmente, uma lei não muda integralmente o comportamento do ser humano, mas provoca, muitas vezes, uma coação para praticar tal ato. Mesmo já havendo ferramentas jurídicas para prevenir ou diminuir a prática de alienação parental, uma lei específica, sem dúvida, é de grande importância para a sociedade. 39 Além disso, a Lei também surge como uma tentativa de combater a lentidão do poder Judiciário, uma vez que há previsão legal, quando comprovada a alienação parental, que o processo tramite com mais rapidez, resguardando, assim, o melhor interesse da criança ou adolescente. 40 O artigo 2º define alienação parental, vejamos: Art. 2º: Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. 41 Nota-se que é exemplificativo o conceito, as hipóteses e os sujeitos que podem incorrer na prática de alienação parental. 42 Trata-se da situação em que a genitora, o genitor ou qualquer outra pessoa, que tenha autoridade parental, manipulem a criança ou o adolescente com o intuito de romper laços afetivos com um dos genitores. 43 Assim, constata- 37 Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 30 out FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 30 out FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p SOUZA, Juliana Rodrigues. Alienação Parental: Sob a perspectiva do direito à convivência familiar. 1. ed. Leme: Mundo Jurídico, p. 105.

19 18 se que não fica restrita a figura do alienador à pessoa de um dos genitores, podendo ser qualquer parente próximo desse menor. 44 Vale salientar que parentes, tais como os avós e tios, também podem sofrer com a alienação parental, contudo está lei também os protegerá, pois é direito da criança e do adolescente conviver com seus familiares, conforme dispõe o art do Código Civil. 45 O parágrafo único do artigo 2º exemplifica atos considerados como alienação parental: Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I - realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II - dificultar o exercício da autoridade parental; III - dificultar contato de criança ou adolescente com genitor; IV - dificultar o exercício do direito regulamentado de convivência familiar; V - omitir deliberadamente a genitor informações pessoais relevantes sobre a criança ou adolescente, inclusive escolares, médicas e alterações de endereço; VI - apresentar falsa denúncia contra genitor, contra familiares deste ou contra avós, para obstar ou dificultar a convivência deles com a criança ou adolescente; VII - mudar o domicílio para local distante, sem justificativa, visando a dificultar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor, com familiares deste ou com avós. 46 O rol de exemplos que a norma expõe advém de práticas que podem vir a dificultar a convivência familiar. 47 Esse modo de agir do alienador pode ser intencional ou não, por vezes sequer é por ele percebido, pois se trata, frequentemente, de má interpretação e direcionamento equivocado das angustias decorrentes do término da relação conjugal. 48 Nesse sentido explica o professor Douglas Phillips Freitas: Essa conduta, intencional ou não, desencadeia uma campanha de modificação nas emoções do alienador e da criança, na sequência, que a faz produzir um sistema de cumplicidade e compreensão da conduta do alienante, ora justificando, ora praticando (a criança) atos que visam a aprovação do alienante, que joga e chantageia sentimentalmente o menor, com expressões do tipo: você não quer ver a mãe triste, né?, entre outras ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov Juruá, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 43.

20 19 O próprio texto do parágrafo único do artigo 2º da Lei da Alienação Parental informa apenas alguns exemplos de elementos que identificam a conduta do alienador 50, tendo em vista ser quase impossível expor todos os meios utilizados pelo agente na sua missão de fazer a criança romper laços afetivos com outrem. 51 Nesse sentido, cabe ao poder Judiciário agir para reverter essa situação, pois pode o juiz, por exemplo, afastar o menor do convívio da mãe ou do pai, mudar a guarda ou até mesmo destituir ou suspender o exercício do poder parental. 52 O artigo 3º desta Lei preserva o Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana, pois o afastamento de qualquer um dos genitores ou de parentes próximos importantes para o desenvolvimento e a formação psicossocial do menor viola a dignidade da criança por estar em fase de evolução, passando ela a ser manipulada por atos praticados pelo agente alienador. 53 O referido artigo assim dispõe: Art. 3º: A prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou do adolescente de convivência familiar saudável, prejudica a realização de afeto nas relações com genitor e com o grupo familiar, constitui abuso moral contra a criança ou o adolescente e descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de tutela ou guarda. 54 A dignidade da pessoa humana é um princípio constitucional fundamental em nosso ordenamento jurídico, vez que prevista no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal. 55 Nesse sentido explica Maria Berenice Dias: É o princípio maior, fundante do Estado Democrático de Direito, sendo afirmado já no primeiro artigo da Constituição Federal. A preocupação com a promoção dos direitos humanos e da justiça social levou o constituinte a consagrar a dignidade da pessoa humana como valor nuclear da ordem constitucional. Sua essência é difícil de ser capturada em palavras, mas incide sobre uma infinidade de situações que dificilmente se podem elencar antemão. Talvez possa ser identificado como sendo o princípio de manifestação primeira dos valores constitucionais, carregado de sentimentos e emoções. É impossível uma compreensão exclusivamente intelectual e, como todos os outros princípios, também é sentido e experimentado no plano dos afetos FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p Juruá, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro: Direito de Família. 8. ed. São Paulo: Saraiva, p Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. 9. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 65.

21 20 Além desse princípio, a prática de alienação parental fere o direito à convivência familiar saudável previsto no artigo 227 da Constituição Federal. 57 Esse artigo também subsidia a conduta ilícita e abusiva por parte do agente alienador que corrobora o pedido de danos morais, além de outras medidas de cunho ressarcitório ou inibitório. 58 A Lei traz a possibilidade de tramitação prioritária e garantia mínima de visitação assistida, conforme dispõe o artigo 4º: Art. 4º: Declarado indício de ato de alienação parental, a requerimento ou de ofício, em qualquer momento processual, em ação autônoma ou incidentalmente, o processo terá tramitação prioritária, e o juiz determinará, com urgência, ouvido o Ministério Público, as medidas provisórias necessárias para preservação da integridade psicológica da criança ou do adolescente, inclusive para assegurar sua convivência com genitor ou viabilizar a efetiva reaproximação entre ambos, se for o caso. Parágrafo único. Assegurar-se-á à criança ou adolescente e ao genitor garantia mínima de visitação assistida, ressalvados os casos em que há iminente risco de prejuízo à integridade física ou psicológica da criança ou do adolescente, atestado por profissional eventualmente designado pelo juiz para acompanhamento das visitas. 59 O artigo 4º da Lei prevê que o reconhecimento da prática de alienação parental por parte de um dos genitores pode ser feito não só pelo genitor vitimado, mas também pelo próprio juiz ex officio, ou mesmo pelo representante do Ministério Público, por se tratar de matéria de ordem pública relativa à proteção da criança ou do adolescente. 60 A ação de julgamento de alienação parental pode ser uma ação originária autônoma ou pode ser incidental, uma vez que pode ser requerida a averiguação quando algum outro processo envolvendo as partes estiver tramitando, tais como divórcio, ação de guarda, regulamentação de visitas, etc. 61 O processo envolvendo a matéria de alienação parental trata de direito envolvendo menor, assim é necessária a sua tramitação prioritária às demais demandas em curso naquele juízo, como forma de garantir a efetividade à luz do inciso LXXVIII do artigo 5º da 57 Juruá, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p Juruá, p. 123.

22 21 Constituição Federal. 62 Ainda, constata-se que o parágrafo único deixa claro que, enquanto apuradas as alegações, o juiz deve agir com cautela, permitindo o contato do genitor com o menor de forma assistida ou vigiada. 63 Com relação às provas, o artigo 5º prevê a possibilidade de perícia psicológica ou biopsicossocial, vejamos: Art. 5º: Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial. 1º O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor. 2º A perícia será realizada por profissional ou equipe multidisciplinar habilitados, exigido, em qualquer caso, aptidão comprovada por histórico profissional ou acadêmico para diagnosticar atos de alienação parental. 3º O perito ou equipe multidisciplinar designada para verificar a ocorrência de alienação parental terá prazo de 90 (noventa) dias para apresentação do laudo, prorrogável exclusivamente por autorização judicial baseada em justificativa circunstanciada. 64 Evidentemente que os casos de alienação parental são de difícil constatação por parte do juiz, considerando que, por mais que seja grande a sua experiência, não é sua área de formação, devendo este buscar auxílio com psicólogos, assistentes sociais e psiquiatras, pois estes podem colher dados relevantes e formular laudos para respaldar sua decisão. 65 Vale ressaltar que o juiz não precisa vincular a sua decisão ao resultado da perícia. O magistrado pode determinar algumas medidas para inibir ou atenuar as práticas de alienação parental, garantindo a proteção direta às crianças e aos adolescentes envolvidos nessa situação 66, conforme dispõe o artigo 6º: Art. 6º: Caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente ou não, sem prejuízo da decorrente 62 ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov Juruá, p Juruá, p. 131.

23 22 responsabilidade civil ou criminal e da ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus efeitos, segundo a gravidade do caso: I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador; II - ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado; III - estipular multa ao alienador; IV - determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial; V - determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão; VI - determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente; VII - declarar a suspensão da autoridade parental. Parágrafo único. Caracterizado mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos períodos de convivência familiar. 67 O rol das medidas inseridas neste artigo é apenas exemplificativo, pois podem ser aplicadas outras medidas previstas no ordenamento jurídico para evitar a proliferação dos danos decorrentes da alienação parental e aumentar o convívio saudável entre a criança e o genitor vitimado. 68 Caracterizada a alienação parental, Kristina Wandalsen sugere algumas medidas mais extremistas, como a prisão do agente alienador: Na hipótese de a perícia concluir que o genitor alienante efetivamente estava imbuído do propósito de banir da vida dos filhos o outro genitor, o juiz deve determinar medidas que propiciem a reversão desse processo, como a aproximação da criança com o genitor alienado, o cumprimento do regime de visitas, a condenação do genitor alienante ao pagamento de multa diária enquanto perdurar a resistência às visitas ou enquanto perdurar a prática que conduz à alienação parental, a alteração da guarda dos filhos e ainda a prisão do genitor alienante. 69 O principio dos melhores interesses da criança e do adolescente é recorrente nesta lei e, por isso, a fixação da guarda dar-se-á preferencia ao genitor que viabilizar a convivência da criança ou adolescente com o outro genitor. Não satisfeita essa condição, a decisão pode ser modificada a qualquer tempo, uma vez que não faz coisa julgada material, apenas formal, possibilitando alterar o detentor da guarda, 70 conforme refere o seguinte artigo: Art. 7º A atribuição ou alteração da guarda dar-se-á por preferência ao genitor que viabiliza a efetiva convivência da criança ou adolescente com o outro genitor nas hipóteses em que seja inviável a guarda compartilhada BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p Juruá, p Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em:

24 23 Dissolvida a relação conjugal, a consequência natural é a fixação da guarda. 72 No ordenamento jurídico atual a guarda compartilhada é aplicada de regra sempre que possível, conforme dispõe o artigo 1.584, parágrafo 2º do Código Civil: Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. 73 A Lei da Alienação Parental ratifica tal situação, uma vez que a guarda sendo compartilhada, a convivência da criança passa a ser exercida de forma igualitária entre os detentores, diminuindo, assim, a probabilidade da ocorrência de alienação parental com algum deles. 74 Art. 8º: A alteração de domicílio da criança ou adolescente é irrelevante para a determinação da competência relacionada às ações fundadas em direito de convivência familiar, salvo se decorrente de consenso entre os genitores ou de decisão judicial. 75 Com relação a competência para o exercício da jurisdição quanto à alienação parental, explica o professor Douglas Phillips Freitas: O art. 8º: da Lei da Alienação Parental parece contrariar toda a estrutura processual sobre o foro competente ser o do menor, inclusive com recente súmula do STJ nesse sentido. Entretanto, em uma leitura mais atenta, nota-se que a alteração de domicílio seria aquele decorrente da prática da alienação parental, principalmente quando já proposta a ação. O presente artigo deve ser interpretado de forma sistemática com o inciso VI do art. 6.º desta lei, que permite ao juiz, caracterizados atos típicos de alienação parental, determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente. 76 O presidente da República, no ato do sancionamento da lei, vetou alguns artigos. Primeiramente, o veto do artigo 9º, que previa a possibilidade de mediação 77, aduz o seguinte: < Acesso em: 02 nov ALEXANDRIDIS, Georgios; FIGUEIREDO, Fábio Vieira. Alienação parental. 2. ed. São Paulo: Saraiva, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov FREITAS, Douglas Phillips. Alienação parental: comentários à Lei / ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 57/ Juruá, p. 145.

25 24 Art. 9º: As partes, por iniciativa própria ou sugestão do juiz, do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, poderão utilizar-se do procedimento da mediação para a solução do litígio, antes ou no curso do processo judicial. 1º: O acordo que estabelecer a mediação indicará o prazo de eventual suspensão do processo e o correspondente regime provisório para regular as questões controvertidas, o qual não vinculará eventual decisão judicial superveniente. 2º: O mediador será livremente escolhido pelas partes, mas o juízo competente, o Ministério Público e o Conselho Tutelar formarão cadastros de mediadores habilitados a examinar questões relacionadas à alienação parental. 3º: O termo que ajustar o procedimento de mediação ou o que dele resultar deverá ser submetido ao exame do Ministério Público e à homologação judicial. Razões do veto O direito da criança e do adolescente à convivência familiar é indisponível, nos termos do art. 227 da Constituição Federal, não cabendo sua apreciação por mecanismos extrajudiciais de solução de conflitos. Ademais, o dispositivo contraria a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, que prevê a aplicação do princípio da intervenção mínima, segundo o qual eventual medida para a proteção da criança e do adolescente deve ser exercida exclusivamente pelas autoridades e instituições cuja ação seja indispensável. 78 O veto do artigo 9º da Lei diz respeito à impossibilidade do uso da mediação para solução de conflitos envolvendo a alienação parental, tendo em consideração a indisponibilidade do direito de convivência familiar da criança e do adolescente. 79 Talvez o veto presidencial poderia ser repensado, pois não é uma mera alternativa da justiça para substituir o julgador. 80 Nesse sentido explica Denise Maria Perissini da Silva: A mediação familiar é um procedimento estruturado de gestão de conflitos pelo qual a intervenção confidencial e imparcial de um profissional qualificado, o mediador, visa restabelecer a comunicação e o diálogo entre as partes. Seu papel é o de levá-las a elaborar, por elas próprias, acordos duráveis que levem em conta as necessidades de cada um e em particular das crianças em um espírito de corresponsabilidade parental. Para a autora, o objetivo da mediação é a responsabilização dos protagonistas, para que sejam capazes, por si mesmos, de formular acordos duráveis. Por isso, a mediação não pode/deve ser vista como uma forma meramente desafogar o Judiciário, e sim como um modo eficaz de solução de conflitos, principalmente conflitos familiares, realizada preferencialmente por psicólogos. 81 A mediação poderia auxiliar e muito nos casos de alienação parental, haja vista que esses conflitos, normalmente seriam discutidos por meio de longos, onerosos e desgastantes demandas judiciais e a medição transformaria isso em diálogo e compartilhamento de decisões BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov MADALENO, Ana Carolina Carpes; MADALENO, Rolf. Síndrome da Alienação Parental: a importância de sua detecção com seus aspectos legais e processuais 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, p MADALENO, Ana Carolina Carpes; MADALENO, Rolf. Síndrome da Alienação Parental: a importância de sua detecção com seus aspectos legais e processuais 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, p SILVA, Denise Maria Perissini da. Guarda compartilhada e síndrome de alienação parental: o que é isso? 2. ed. Campinas: Armazém do Ipê, p SILVA, Denise Maria Perissini da. Guarda compartilhada e síndrome de alienação parental: o que é isso?

26 25 Desde logo, vale ressaltar que o Poder Judiciário está atulhado de processos e não suporta mais demandas. Então, o trabalho interdisciplinar envolvendo profissionais qualificados como psicólogos, advogados, assistentes sociais, entre outros, é importantíssimo para tratar de conflitos familiares. 83 Outrossim, segue texto do artigo e do veto do presidente da República ao artigo 10, em relação ao crime de falso relato capaz de acarretar a interrupção do convívio da criança com o genitor 84, com o seguinte teor: Art. 10. O art. 236 da Seção II do Capítulo I do Título VII da Lei no 8.069, de 13 de julho de Estatuto da Criança e do Adolescente, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: Art Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem apresenta relato falso ao agente indicado no caput ou à autoridade policial cujo teor possa ensejar restrição à convivência de criança ou adolescente com genitor. (NR) Razões do veto O Estatuto da Criança e do Adolescente já contempla mecanismos de punição suficientes para inibir os efeitos da alienação parental, como a inversão da guarda, multa e até mesmo a suspensão da autoridade parental. Assim, não se mostra necessária a inclusão de sanção de natureza penal, cujos efeitos poderão ser prejudiciais à criança ou ao adolescente, detentores dos direitos que se pretende assegurar com o projeto. 85 Caroline de Cássia Francisco Buosi esclarece que esse artigo foi inserido pela Comissão de Seguridade Social e Família e nem chegou à análise da presidência, por ter sido vetado pela própria Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania. 86 O artigo 11º é último dispositivo da lei e refere-se à publicação da lei que ocorreu em 26 de agosto de 2011: Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.. 87 A Lei da Alienação Parental já veio com extremado atraso e a matéria abordada na Lei é de extrema importância para a sociedade, razão pela qual dispensa o prazo de vacatio legis que é frequentemente utilizado para uma fase de transição ou de adaptação da nova legislação ed. Campinas: Armazém do Ipê, p SILVA, Denise Maria Perissini da. Guarda compartilhada e síndrome de alienação parental: o que é isso? 2. ed. Campinas: Armazém do Ipê, p Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov Juruá, p BRASIL. Lei n , de 26 de agosto de Disponível em: < Acesso em: 02 nov MADALENO, Ana Carolina Carpes; MADALENO, Rolf. Síndrome da Alienação Parental: a importância de sua detecção com seus aspectos legais e processuais 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 135.

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