Inversão materialista e a oposição entre identidade e diferença
|
|
- Igor Jonathan Beretta Marroquim
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de História Bruno Miller Theodosio Nº USP Discente da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade no Bacharelado em Ciências Econômicas Inversão materialista e a oposição entre identidade e diferença Monografia de conclusão do curso de Teoria da História I, ministrado pelo Professor Doutor Jorge Grespan São Paulo 2013
2 Inversão materialista e a oposição entre identidade e diferença Introdução Este trabalho pretende abordar de forma crítico-comparativa a matriz dialética da História para Hegel e para Karl Marx com base nos textos A Razão na História de Hegel e A Ideologia Alemã e O Capital de Marx. A proposta que será por nós sustentada é a de que a dialética desaguará, nas mãos de Hegel, em um método com um núcleo racional, mas que por mistificada, implica em uma leitura harmônica do todo social burguês; dada a inversão materialista, Marx mostrará que a pretensa identidade harmônica é tão somente uma aparência invertida na esfera da circulação, calcada em profunda e fundante diferença social, a cisão entre classes. Quando da decisão de debater o tema do método em Hegel e Marx, parece-nos imperativo apresentar quatro citações que norteiam tanto o motivo da escolha do tema quanto os desdobramentos teóricos que faremos a seguir. Em primeiro lugar, o trabalho teórico de Marx se orientou pela noção de que [...] toda a ciência seria supérflua, se a forma de aparecimento e a essência das coisas coincidissem imediatamente (MARX, 1983 b, p. 271). Ou seja, não basta como muitas vezes propagandeado pelo pensamento pós-moderno apenas e tão somente deitar o olhar sobre o objeto e adotar uma leitura particular sobre os fatos. Para Marx, conhecer teoricamente o objeto é empreender um amplo e profundo estudo teórico sem se prender somente à aparência imediata dos fenômenos, afinal o plano fenomênico mais imediato é importante porque é indicativo dos processos implícitos na essência do fenômeno, mas ao mesmo tempo em que mostra e indica, a simples aparência também escamoteia, esconde e mistifica a realidade. Assim, apesar de o início da pesquisa teórica ser sempre um fato ou um conjunto de fatos, a busca pelas determinações e suas mediações no sentido da concreção é o caminho cientificamente exato para reproduzir-se idealmente o movimento de constituição do real 1. Portanto, na forma de apreensão da essência dos fenômenos pela ciência, um método é necessário. Nossa segunda referência é o filósofo húngaro Lukács, quando este indica que, Em matéria de marxismo, a ortodoxia se refere antes e exclusivamente ao método. (LUKÁCS, 2012, p.64). No fundo, o que queremos dizer é que há uma relação determinada entre o sujeito do conhecimento e o objeto do conhecimento tema, aliás, largamente debatido na Filosofia alemã, notadamente por Kant, Hegel, entre outros. Portanto, a exposição e crítica metodológica que faremos é o que se têm como essência do marxismo, nas palavras de Lênin [...] o que é a essência mesma, a alma viva do marxismo: a análise concreta de uma situação concreta (LÊNIN, 1986, p.140). Ou seja, a dialética é método científico marxista de análise concreta de uma situação concreta, ou como nossa última indicação também leniniana, Marx não deixou uma Lógica, deixou a lógica de O Capital (LÊNIN, 1989, 1 O último método é manifestamente o método cientificamente exato. O concreto é concreto porque é a síntese de muitas determinações, isto é, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como o processo da síntese, como resultado, não como ponto de partida, ainda que seja o ponto de partida efetivo e, portanto, o ponto de partida também, da intuição e da representação (MARX 1982, p.14)
3 p. 284). Assim, mostraremos que a dialética materialista é o método marxiano adotado pelo autor para entender uma sociedade em que o sujeito do movimento é uma figura contraditória, o capital 2, sujeito não pleno no sentido hegeliano, mas uma figura cega e automática, um sujeito contraditório no que concerne à relação entre forma e substância, mas que comanda e determina o movimento de reprodução da sociedade capitalista, que ao mesmo tempo se expande repondo seus pressupostos e reproduzindo as relações sociais fundamentais da ordem burguesa. Nosso estudo, contudo, pretende buscar a forma como Hegel desenvolveu seu método, bem como Marx o fez. Antes de entrar no estudo particular de cada autor e depois buscar a correlação (caso haja) entre eles, precisamos minimamente expor o que de fato é a dialética, em linhas gerais. Como nosso espaço é reduzido, ignoraremos o que era a dialética na Antiguidade e isolaremos o problema no debate entre Hegel e Marx. Nossa ideia é: seja em traços idealistas ou após a inversão materialista em volta do núcleo racional, a dialética é um método lógico. Contudo, não é um método lógico como um conjunto de regras operatórias dadas a priori, descoladas de um objeto. Ou seja, a dialética não é uma caixa de ferramentas de que o pesquisador se serve e, munido delas aplica o método à realidade. Ao contrário, por saber que a realidade é contraditória, tanto Hegel quanto Marx se utilizam do desenvolvimento e desdobramento das oposições e contradições ao invés de ignorá-las, como a lógica formal o faz. A opção pelo método dialético não é dogmática ou escolha arbitrária. Há uma dialética entre forma e conteúdo, na qual existe uma relação de complementariedade e oposição entre eles. Cada conteúdo tem uma forma específica e cada forma é forma de um conteúdo específico. A dialética é, portanto, a forma que o conteúdo contraditório imprime ao pesquisador para apreender todas as dimensões do objeto da pesquisa. Assim, ao descobrir que as coisas se colocam em oposição umas às outras é que Hegel e Marx entenderão que o desdobramento da oposição é a contradição 3. Porém, estes autores entenderão de modo diferente o estatuto de contradição em seus objetos de pesquisa. No sentido hegeliano a contradição aparece, primeiramente, como uma oposição de dois termos em si mesmos contraditórios porque estes são reciprocamente negativos 4 ; são totalidades que se excluem porque cada termo ao incluir também exclui seu oposto. Assim, ao excluir seu oposto estes se excluem a si mesmos, ou seja, essa negação é, na verdade, autonegação. É por isso que a contradição se afunda e com isso ultrapassa a categoria de uma contradição em si para uma contradição posta ou para si. Para Hegel o sujeito é o movimento de reflexão do real, que retorna a si a partir de outro em que ele mesmo se projetara. Por exemplo: o mundo é objeto da 2 Capital ao mesmo tempo que é valor que se valoriza é também uma relação social entre trabalho assalariado e propriedade privada ou as categorias sociais capital e trabalho. É importante lembrar que o conteúdo das formas em Marx é sempre alguma relação social. 3 A oposição é a antessala da contradição. 4 Determinatio est negativo, segundo Espinosa, ou seja, para algo se afirmar ele nega tudo o mais; o que é só o é por não ser o que não é.
4 consciência até o momento que esta vê no mundo um espelho, assim, ela percebe que pôs o mundo como seu oposto, mas que este como seu reflexo é também sujeito, é consciência de si, autoconsciência. Segundo Theunissen (1974, p. 321 Apud GRESPAN, 2002, p. 33): em Hegel [...] o mesmo todo se separa em duas totalidades. Fundamentar desta forma a contradição, é impossível para Marx. Pois em seu modelo é só o capital e não o trabalho que se põe como totalidade. A inversão materialista da dialética hegeliana operada por Marx conserva seu núcleo racional e pretende superar a forma mistificada que a dialética assumira nas mãos de Hegel. O racional (que é seu lado crítico e revolucionário) daquele método é que a dialética inclui no entendimento do positivo também seu negativo como autonegação do positivo. Porém, a colocação da dialética sob bases materialistas não é colocar simplesmente o real como demiurgo da consciência; noutras palavras, a inversão materialista não se dá porque no idealismo hegeliano as categorias superestruturais têm primazia sobre o material e a inversão seria então subordinar o ideal ao real. Como apontamos, essa inversão se dá em torno do núcleo racional, portanto, é um colocar do avesso, deixando que o que antes interno se coloque para fora e vice versa. Sendo assim, a inversão materialista é a colocação em posições contrárias de figuras lógicas de igualdade e diferença para cada um dos autores, pois estas refletem a aparência e a essência da sociedade. Porém, qual o estatuto da contradição estudada por Marx? Como apontado na citação acima, Marx descobre que na relação entre capital e trabalho há uma luta entre ambos os termos da oposição porque na medida em que o trabalho é momento do capital como gerador de valor, este é excluído da possibilidade de formar-se como totalidade. Assim, capital e trabalho opõe-se, o primeiro como totalidade formal e o segundo, substancial, não coincidentes e que, portanto, sofrem de uma inadequação crônica entre forma e conteúdo. Conhecido seu lado racional, falta-nos entender a desmistificação da dialética hegeliana por Marx, mas para isso, preferimos mostrar a fonte da mistificação com base no próprio autor, para, depois desconstruí-la com Marx. Assim, apresentaremos as figuras de igualdade e de diferença para os autores e mostraremos a desconstrução da mistificação. Hegel e a mistificação harmônica da sociedade civil burguesa Em A Razão na História, Hegel pretende mostrar como a processualidade histórica é um movimento no qual a Razão 5 se realiza no mundo. Na obra o autor elabora a relação entre Filosofia e História e mostra que a natureza humana é justamente o ser histórico. Desta forma, a História é produto do espírito no tempo e este luta para realizar a liberdade porque ela é sua substância e aparece como necessidade absoluta. De tal modo, o que se expressa na História é o espírito, mas não em uma forma abstrata e sim no espírito de um povo. Hegel diz, 5 Razão como movimento contraditório, em que a construção se dá pela destruição, em um espírito faústico do devir histórico.
5 Vamos agora considerar o espírito, que concebemos essencialmente como consciência de si, com maior pormenor na sua configuração. não como indivíduo humano singular. O espírito é essencialmente indivíduo; mas no elemento da história universal não lidamos com o singular ou com a limitação e a referência à individualidade particular. O espírito, na história, é um indivíduo de natureza universal, mas também algo de determinado, isto é, um povo em geral; o espírito com que lidamos, é o espírito do povo (Volkgeist) (HEGEL, 1995, p. 56) O povo como um universal particular é, pois, quem atua na História. A lógica do conceito em Hegel está subordinada a uma dialética entre posto e pressuposto, na qual tudo o que está pressuposto realizar-se-á e será posto, bem como o que está posto é porque fora pressuposto anteriormente; seja na metáfora da planta, em que no seu conceito a semente já pressupõe a planta e a planta é a posição do outrora pressuposto, seja na realização de um povo, em que o sumiço e a aparição dos povos na História é apenas e tão somente um reflexo da pressuposição do conceito de cada povo, o télos hegeliano aponta para o movimento das oposições e contradições no palco da História. Este movimento histórico é racional no sentido de que a negação é condição de afirmação, ou que só se constrói pela destruição. Portanto, só com a desconstrução das antigas sociedades e consequente criação do mundo burguês é que a individualidade constrói o povo, somente sob a ordem burguesa os indivíduos são o meio e o fim da realização. Essa síntese do movimento da História faz com que Hegel adote uma perspectiva de harmonia e unidade em relação à sociedade civil burguesa, ou seja, este é o mundo que aponta para o caminho da harmonização das oposições e contradições e a síntese deste movimento (o que enseja a harmonia) é quando o povo organizado tem um espaço para a realização da vida ética: o Estado. O argumento hegeliano é que na aparente diferença entre os indivíduos, agora livres e que, portanto, têm em suas vontades e em seus conflitos um potencial desgarrador da sociedade civil, esta só consiga encontrar harmonia social na sua unidade, no Estado. Assim, Hegel apreendeu corretamente a determinação recíproca entre identidade e diferença, mas logo a mistificou: supôs a ideia de que a identidade predomina sobre a diferença aparencial e isso implica em uma leitura harmônica da ordem burguesa. Marx e a dialética materialista: crítica e revolucionária Sobre o texto A Ideologia Alemã pouco debateremos. Apontamos apenas que o livro escrito com Engels serviu para o auto esclarecimento marxiano no que concerne ao substrato de seu método. Para poder unificar todo o percurso histórico e conseguir entender o devir histórico Marx expõe que existem alguns pressupostos, atos históricos, à história. Primeiramente o homem deve existir e ao fazê-lo, deve criar seus meios de subsistência. Em um grau crescente de complexificação das relações sociais essa reprodução da própria existência física se faz em uma mediação entre o homem e a natureza: o trabalho. Assim, Marx elabora um conjunto de determinações que podem ser sintetizadas no conhecido Prefácio de 1859 ao texto Para a Crítica da Economia
6 Política, no qual ele diz que seu estudo prévio serviu de ponto de chegada, e que se transforma agora em ponto de partida para sua crítica interna à Economia Política, que é exposta n O Capital. Marx indica que seu percurso compreende, entre outros, tanto os manuscritos deixados à crítica roedora dos ratos 6 quanto aos manuscritos de Paris, de 1844, Minha investigação desembocou no seguinte resultado: relações jurídicas, tais como formas de Estado, não podem ser compreendidas nem a partir de si mesmas, nem a partir do assim chamado desenvolvimento geral do espírito humano, mas, pelo contrário, elas se enraízam nas relações materiais de vida, cuja totalidade foi resumida por Hegel sob o nome de sociedade civil (bürguerliche Gesellchaft) [...] O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu-me de fio condutor aos meus estudos, pode ser formulado em poucas palavras: na produção social da sua vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. A totalidade dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política, e à qual correspondem formas sociais determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrário, é o seu ser social é que determina sua consciência. Em uma certa etapa de seu desenvolvimento, as forças produtivas materiais da sociedade entram em contradição com as relações de produção existentes ou, o que nada mais é do que a sua expressão jurídica, com as relações de propriedade dentro das quais aquelas até então se tinham movido. De formas de desenvolvimento das forças produtivas essas relações se transformam em seus grilhões. Sobrevém então uma época de revolução social. Com a transformação da base econômica, toda a enorme superestrutura se transforma com maior ou menor rapidez (MARX, 1982, p.25) A longa citação reproduzida acima indica tão somente a síntese da contribuição d A Ideologia Alemã no debate do método em Marx: a fundamentação de sua crítica a partir de um viés materialista e a necessidade da crítica à sociedade civil burguesa a partir da crítica interna à Economia Política e, portanto, operada através de uma dialética, então, materialista. N O Capital, sua obra de maturidade e de subtítulo Crítica da Economia Política, Marx inicia sua crítica a partir da forma mercadoria, e o faz porque esta é a forma geral que a riqueza assume na sociedade onde vige, com dominância, o modo de produção capitalista. É esta a forma que inclusive o próprio trabalho assume nesta sociedade. Assim, na esfera da circulação simples os sujeitos encontram-se como meros compradores e vendedores de mercadorias, ou seja, como indivíduos movidos pelas suas próprias intenções de troca no mercado e de fato o são, afinal são proprietários privados de suas mercadorias, mesmo que sua única mercadoria seja sua força de trabalho. Na suposição da troca de equivalentes Marx mostra que valor se troca por valor igual e, assim, há uma suposta justiça aparente no mercado conferida 6 A Ideologia Alemã.
7 pelo estatuto de igualdade jurídica entre os agentes - o salário equivale ao valor da força de trabalho e as mercadorias são vendidas e compradas por seu preço (aqui entendido como expressão relativa simples de valor na mercadoria que já funciona como dinheiro). A circulação simples existe de fato, não é mera ilusão, o que deve ser observado é que ela está subordinada à circulação e produção capitalista. O que arquiteta toda a sociabilidade burguesa é a propriedade privada; e nesta, há um determinação por negação entre capital e trabalho. O trabalho é não-capital na medida que é a exclusão completa da riqueza objetiva, ou seja, o trabalhador se define por sua dupla liberdade (inerente à força de trabalho no mundo burguês onde ela é mercadoria): livre como indivíduo livre e livre dos meios de produção, respectivamente: nãopropriedade e não-proprietário. Assim, trabalho é não-capital e subordina-se formalmente (e também há uma subsunção real) ao capital, que aparece como totalidade que engloba o trabalho como seu momento. Ora, se o trabalho é quem gera valor e se capital pode ser entendido como valor que se valoriza, o capital só pode se valorizar na medida em que se vale do trabalho. Para que o trabalho seja utilizado é preciso que se abandone a esfera da circulação e se investigue a obscura esfera da produção. Noutras palavras, abandona-se o espaço público e observa-se o espaço privado onde o capitalista usufruirá do valor de uso da força de trabalho: gerar valor. O capitalista que ao comprar força de trabalho no mercado e meios de produção volta-se, portanto, à produção e combina-os para produzir sua mercadoria que será vendida a um valor maior do que o despendido (em relação ao capital adiantado), porque o capital constante transferirá seu valor à mercadoria, enquanto o capital variável gerará mais-valor ao capitalista. Assim, o capital tem o trabalho como seu momento, que é incluído nele como capital variável. Ou seja, para que haja produção de mercadorias nos marcos da sociedade de capitalista é necessário que o capitalista compre força de trabalho no mercado e que esta produza em condições impostas pelo capital, ou seja, a produção capitalista se arma pela diferenciação entre as classes. Assim, a aparente igualdade jurídica entre os agentes no momento de compra e venda no mercado só se sustenta sob uma desigualdade social. A aparente identidade entre os agentes conferida por um estatuto jurídico de igualdade na esfera da circulação se opõe (e, portanto, nega, mas também afirma reciprocamente) a desigualdade social presente na esfera da produção e que escancara a cisão entre classes do mundo burguês. Mistificação e desmistificação: fetichismo como metonímia 7 Marx se aproxima criticamente de Hegel porque se apodera do núcleo racional do método hegeliano, a apreensão do negativo no positivo como autonegação do positivo, mas diferencia-se e afasta-se do mesmo quando mostra que a aparente igualdade (identidade) se funda em uma profunda desigualdade (diferença) 8 ; igualdade jurídica em oposição à desigualdade social, esfera da circulação (público) em oposição à esfera da produção (privado), aparência como forma de manifestação em oposição à essência. Contudo, a mera inversão das figuras lógicas entre identidade e diferença 7 Figura de linguagem em que se toma a parte pelo todo. 8 Lembremos que para Hegel era o oposto, a igualdade predominava sobre a diferença.
8 constitui, como apontamos, a inversão materialista em torno do núcleo racional, mas Marx indica que Hegel mistificara a dialética. Para entender, retomemos a dialética entre forma e conteúdo na sociedade burguesa. O capital só é valor que se valoriza na medida em que se vivifica vampirescamente sugando trabalho vivo, ou seja, o trabalho é um momento do capital. Esta questão é central porque como Theunissen mostra, para Hegel há duas totalidades, para Marx, capital e trabalho lutam e o primeiro se constitui em uma totalidade que subordina o segundo. O capital não é um típico sujeito hegeliano porque não consegue fletir-se a si mesmo a partir de outro em que se projetara, ou seja, o capital não faz tal movimento porque não é a verdadeira substância do valor é mera forma e então sujeito automático e cego. Sendo o trabalho sua real substância, seria de se esperar que este se elevasse a sujeito e se constituísse como uma totalidade. Contudo, esta briga entre o capital como forma e o trabalho como conteúdo, que aparece como aumento da composição orgânica do capital é o que aponta ao termo histórico do capitalismo, afinal, aponta à desmedida do valor 9 ; ao mesmo tempo em que o capital necessita incluir o trabalho como fonte de valor, precisa excluí-lo da possibilidade de este formar-se como totalidade. Aquela inadequação apontada entre o capital como totalidade formal e o trabalho como totalidade substancial, ou seja, a não coincidência entre forma e conteúdo está fundada na inversão entre substância e sujeito, que implica na inversão entre identidade e diferença. Com isso, na apresentação categorial marxiana em O Capital, a esfera da circulação, onde repousa uma aparente identidade entre os agentes, conferida pela igualdade jurídica e a esfera da produção, baseada na diferença social são apresentadas segundo o projeto de crítica interna à Economia Política. Como tal, deve ser entendida tal apresentação como a crítica à tomada de uma parte específica pelo todo, ou seja, a suposição de que o todo (capitalismo) pode ser representado pela parte (esfera da circulação simples de mercadorias); e nessa, reinam a Liberdade, Igualdade, Propriedade e Bentham 10, em alusão ao utilitarista e representante da Economia vulgar. Por meio deste quiprocó entre essência e forma de manifestação, para usar uma expressão do próprio autor, é que é que se naturalizam as relações sociais, e coisificamse relações humanas, O misterioso da forma mercadoria consiste, portanto, simplesmente no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos próprios produtos de trabalho, como propriedades naturais sociais dessas coisas e, por isso, também reflete a relação social dos 9 A desmedida expressa, assim, a contradição imanente ao capital em sua pretensão a rebaixar o trabalho vivo a momento do todo por ele formado e a impedir que o trabalho forme também uma totalidade por seu lado (GRESPAN, 2012, p.188) 10 A esfera da circulação ou do intercâmbio de mercadorias, dentro de cujos limites se movimentam compra e venda e força de trabalho, era de fato um verdadeiro éden dos direitos naturais do homem. O que aqui reina é unicamente Liberdade, Igualdade, Propriedade e Bentham (MARX, 1983, p. 145)
9 produtores com o trabalho total como uma relação social existente fora deles, entre objetos. Por meio desse qüiproqüó os produtos do trabalho se tornam mercadorias, coisas físicas metafísicas ou sociais. [...] Por isso, aos últimos aparecem as relações sociais entre seus trabalhos privados como o que são, isto é, não como relações diretamente sociais entre pessoas em seus próprios trabalhos, senão como relações reificadas entre as pessoas e relações sociais entre as coisas (MARX, 1983, p.71) Como Marx aponta, o fetiche consiste na inversão entre o natural e o social, arquitetada pela produção de mercadorias e que, como já largamente debatido, funda-se sob a égide da propriedade privada, que arma a cisão entre classes e enseja a diferenciação social como base da igualdade aparente do mercado. Assim, a inversão entre sujeito e substância que põe a inadequação entre forma e conteúdo passa a imagem de que há adequação e harmonia no capitalismo, ou seja, há uma ilusão ideológica 11 que caracteriza a produção capitalista como uma mera igualação de trocas dos agentes econômicos na esfera da circulação. Fica claro na Microeconomia neoclássica, por exemplo, como esta supõe, entre outros absurdos, que as trocas são feitas entre agentes que encarnam papéis ora de compradores, ora de vendedores. Esta mistificação serve apenas e tão somente ao capital como escamoteamento da realidade perversa de uma sociedade fundada na cisão entre classes em uma igualdade de condições e coloca o peso da eventual desigualdade social em uma mera diferença de dotação 12. Assim, com essa inversão ideológica a Economia [vulgar] pode desde praticar suas robinsonadas até furtar-se a buscar o valor da mercadoria de forma objetiva, pois que se a sociedade capitalista seja o locus de iguais (como aparece no momento determinante para Hegel) estes é que detêm a determinação do valor, como uma valoração ensimesmada e privada mediada pela escassez do bem o cálculo subjetivo da utilidade marginal. E assim, o projeto de crítica interna à Economia [Política] conserva-se atual e mostra ser o correto caminho para o real entendimento da ordem burguesa e da sociedade sob o comando do capital. Acreditamos que tenhamos apresentado a concepção de dialética para Hegel e para Marx, ambas com o mesmo núcleo racional, mas aquela, desmistificada pelo segundo autor e colocada sob uma matriz materialista, realizando sua real natureza: a de ser crítica e revolucionária. Conservando-se a noção autonegadora do positivo, que apreende também o negativo, Marx aponta que para o conhecimento essencial do mundo burguês há que se ultrapassar a imediaticidade do plano fenomênico na busca de suas determinações e mediações no plano essencial, lembrando que essa realidade empírica é forma de manifestação da essência. Conhecida a dialética hegeliana e apresentada a dialética materialista, podemos então conhecer a essência do mundo burguês, a desigualdade social (diferença) como determinadora da ilusão aparencial de igualdade (identidade) no plano do mercado por meio da propriedade privada e da cisão entre classes. O mundo burguês não é, portanto, de iguais! 11 No sentido de falsa consciência, que difere fundamentalmente de uma consciência falsa. 12 Dotação deve ser entendida como a quantidade de bens que o indivíduo tem antes de entrar no mercado.
10 Bibliografia GRESPAN, J. A dialética do avesso, in Crítica Marxista nº 14. São Paulo: Boitempo, 2002, pp GRESPAN, J. L. O Negativo do Capital: o conceito de crise na crítica de Marx à Economia Política. São Paulo: Expressão Popular, HEGEL, G. F. W. A Razão na História. Lisboa: Edições 70, LÊNIN, V. I. Obras Completas de V.I.Lenin. Editorial Progresso, Obras escolhidas em seis tomos. Lisboa-Moscou: Avante!-Progresso, t.6. LUKÁCS, G.. História e consciência de classe. São Paulo: Martins Fontes, MARX, K. A ideologia alemã: crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas ( ). São Paulo: Boitempo, MARX, K. Para a Crítica da Economia Política. Coleção Os economistas. São Paulo: Abril Cultural, MARX, K. O Capital Crítica da Economia Política Vol. I Tomo I. Coleção Os economistas. São Paulo: Abril Cultural, MARX, Karl. O Capital Crítica da Economia Política Vol. III Tomo II. Coleção Os economistas. São Paulo: Abril Cultural, 1983 b. THEUNISSEN, M. Krise der Macht. These zur Theorie des dialektischen Widerspruchs, in:hegel-jahrbuch. Köln: Pahl-Rugenstein Verlag, 1974.
Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da evolução contraditória. Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci
Aula 8 A crítica marxista e o paradigma da Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci Abstração-dedução e aproximações sucessivas não difere Marx dos clássicos e neoclássicos, porém Diferenciar essência de aparência
Introdução ao pensamento de Marx 1
Introdução ao pensamento de Marx 1 I. Nenhum pensador teve mais influência que Marx, e nenhum foi tão mal compreendido. Ele é um filósofo desconhecido. Muitos motivos fizeram com que seu pensamento filosófico
LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX
LIBERDADE E POLÍTICA KARL MARX MARX Nasceu em Tréveris (na época pertencente ao Reino da Prússia) em 5 de Maio de 1818 e morreu em Londres a 14 de Março de 1883. Foi filósofo, jornalista e revolucionário
O Capital Crítica da Economia Política. Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital
O Capital Crítica da Economia Política Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital 1 Transformação do dinheiro em capital Este capítulo é composto por três seções: 1. A fórmula geral do capital; 2.
A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO ONTOLÓGICA PARA A TEORIA DO ESTADO
A IMPORTÂNCIA DA CONCEPÇÃO ONTOLÓGICA PARA A TEORIA DO ESTADO Maria Edna Bertoldo UFAL edna_bertoldo@hotmail.com Mário André Pacifico UFAL macp_crvg@hotmail.com RESUMO O objetivo desse artigo é analisar
FILOSOFIA DO SÉCULO XIX
FILOSOFIA DO SÉCULO XIX A contribuição intelectual de Marx. Sociedade compreendida como uma totalidade histórica. Sistema econômico-social, político e cultural ideológico num determinado momento histórico.
AS RELAÇÕES CONSTITUTIVAS DO SER SOCIAL
AS RELAÇÕES CONSTITUTIVAS DO SER SOCIAL BASTOS, Rachel Benta Messias Faculdade de Educação rachelbenta@hotmail.com Os seres humanos produzem ações para garantir a produção e a reprodução da vida. A ação
MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels)
MATERIALISMO HISTÓRICO (Marx e Engels) ...as mudanças sociais que se passam no decorrer da história de uma sociedade não são determinadas por ideias ou valores. Na verdade, essas mudanças são influenciadas
O TRABALHO NA DIALÉTICA MARXISTA: UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA.
O TRABALHO NA DIALÉTICA MARXISTA: UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA. SANTOS, Sayarah Carol Mesquita UFAL sayarahcarol@hotmail.com INTRODUÇÃO Colocamo-nos a fim de compreender o trabalho na dialética marxista,
Transformação do dinheiro em capital
Transformação do dinheiro em capital "Dinheiro como dinheiro e dinheiro como capital diferenciam-se primeiro por sua forma diferente de circulação". Ou seja, M - D - M e D - M - D. D - M - D, tal como
Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz KARL MARX. Tiago Barbosa Diniz
Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz KARL MARX Tiago Barbosa Diniz Piracicaba, 29 de abril de 2016 CONTEXTO HISTÓRICO Início da Segunda fase da Revolução Industrial
As formas aparentes das crises em Marx
Apresentação de Iniciação Científica - 23º SIICUSP Bolsista: Bruno Miller Theodosio Orientador: Prof. Dr. Eleutério Fernando da Silva Prado Sumário Introdução Crise: as respostas do marxismo Questão de
ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. 3. Ed. Tradução: Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2005.
RESENHA: O MARXISMO DE MARX ARON, Raymond. O Marxismo de Marx. 3. Ed. Tradução: Jorge Bastos. São Paulo: Arx, 2005. Tainã Alcantara de Carvalho 1 Iniciando seus estudos sobre Marx em 1931 por conta da
Teoria da História. Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho
Teoria da História Prof. Dr. Celso Ramos Figueiredo Filho Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895) Matrizes filosóficas: Dialética Hegeliana (G.W.F.Hegel) Materialismo e Alienação (Ludwig Feuerbach
Trabalho e socialismo Trabalho vivo e trabalho objetivado. Para esclarecer uma confusão de conceito que teve consequências trágicas.
Trabalho e socialismo Trabalho vivo e trabalho objetivado Para esclarecer uma confusão de conceito que teve consequências trágicas. 1 Do trabalho, segundo Marx Há uma frase de Marx nos Manuscritos de 1861-63
PACHUKANIS, Evguiéni B. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Boitempo, 2017.
PACHUKANIS, Evguiéni B. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Boitempo, 2017. Thais Hoshika 1 Não há dúvidas de que Evguiéni B. Pachukanis (1891-1937) foi o filósofo que mais avançou na crítica
3 A interpretação histórica da luta de classes a partir da Revolução Francesa
SOL Departamento de Sociologia/UnB Disciplina: Teorias Sociológicas Marxistas (Código: 135488) Professor: Vladimir Puzone Email: vfpuzone@unb.br Ementa e objetivos Estudo de teoria marxista clássica e
EDUCAÇÃO: UMA ABORDAGEM CRÍTICA
Volume 05, número 01, fevereiro de 2018. EDUCAÇÃO: UMA ABORDAGEM CRÍTICA Francisco Vieira Cipriano 1 Para iniciarmos nosso debate acerca do complexo da educação é necessário um debate acerca do ser social.
A fenomenologia de O Capital
A fenomenologia de O Capital Jadir Antunes Doutor em Filosofia pela Unicamp e professor do Mestrado em Filosofia da Unioeste Email: jdiant@yahoo.com.br O objetivo desta comunicação é mostrar como podemos
Introdução ao estudo de O Capital de Marx
Introdução ao estudo de O Capital de Marx 1 O Capital - Crítica da Economia Política Estrutura: Vol. I - O processo de produção do Capital Vol. II - O processo de circulação do Capital Vol. III - O processo
3 A interpretação histórica da luta de classes a partir da Revolução Francesa
SOL Departamento de Sociologia/UnB Disciplina: Teorias Sociológicas Marxistas (Código: 135488) Professor: Vladimir Puzone Email: vfpuzone@unb.br Ementa e objetivos Estudo de teoria marxista clássica e
Teorias socialistas. Capítulo 26. Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores SOCIALISMO UTÓPICO ROBERT OWEN
Capítulo 26 Socialismo aparece como uma reação às péssimas condições dos trabalhadores A partir de 1848, o proletariado procurava expressar sua própria ideologia As novas teorias exigiam a igualdade real,
Como nasceram os Grundrisse 21
SUMÁRIO Prefácio 15 PARTE I Introdução 19 CAPÍTULO 1 Como nasceram os Grundrisse 21 CAPÍTULO 2 A estrutura da obra de Marx 27 I. O plano estrutural inicial e suas modificações 27 II. Quando e em que medida
O Marxismo de Karl Marx. Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior
O Marxismo de Karl Marx Professor Cesar Alberto Ranquetat Júnior Karl Marx (1818-1883). Obras principais: Manifesto Comunista (1847-1848). O Capital em 3 volumes.volume 1(1867) Volume 2 e 3 publicado por
A sociologia de Marx. A sociologia de Marx Monitor: Pedro Ribeiro 24/05/2014. Material de apoio para Monitoria
1. (Uel) O marxismo contribuiu para a discussão da relação entre indivíduo e sociedade. Diferente de Émile Durkheim e Max Weber, Marx considerava que não se pode pensar a relação indivíduo sociedade separadamente
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO. Método Dialético. Profª: Kátia Paulino
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DIREITO Método Dialético Profª: Kátia Paulino Dialética No dicionário Aurélio, encontramos dialética como sendo: "[Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.]
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DESIGN. Método Dialético. Profª: Kátia Paulino
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE DESIGN Método Dialético Profª: Kátia Paulino Dialética No dicionário Aurélio, encontramos dialética como sendo: "[Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.]
ESTUDAR MARX para iniciantes
1 ESTUDAR MARX para iniciantes Breve introdução Se você pudesse ter acesso ao melhor instrumento possível, o mais avançado criado até hoje, para atingir determinado fim, não o utilizaria? Ora, se o objetivo
O TRABALHO E A ORIGEM DO HOMEM EM SOCIEDADE: UMA ANÁLISE ATRAVÉS DA FILOSOFIA DE MARX E LUKÁCS
79 Ângelo Antônio Macedo Leite O TRABALHO E A ORIGEM DO HOMEM EM SOCIEDADE: UMA ANÁLISE ATRAVÉS DA FILOSOFIA DE MARX E LUKÁCS Ângelo Antônio Macêdo Leite 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Na perspectiva lukácsiana,
Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels
Hugo Leonnardo Cassimiro Representações cotidianas: um desenvolvimento da teoria da consciência de Marx e Engels Hugo Leonnardo Cassimiro 1 VIANA, Nildo. Senso comum, representações sociais e representações
Introdução: preços e equilíbrio
Introdução: preços e equilíbrio Por que a economia clássica apela sempre para uma noção de valor trabalho enquanto a economia neoclássica despreza essa noção? Propósito do curso O curso é, em resumo, uma
Preocupações do pensamento. kantiano
Kant Preocupações do pensamento Correntes filosóficas Racionalismo cartesiano Empirismo humeano kantiano Como é possível conhecer? Crítica da Razão Pura Como o Homem deve agir? Problema ético Crítica da
HISTORICIDADE DA IDEOLOGIA: DE CONCEITO CRÍTICO A CONCEITO ADAPTADO
HISTORICIDADE DA IDEOLOGIA: DE CONCEITO CRÍTICO A CONCEITO ADAPTADO Ítalo Alessandro Lemes Silva (Mestrando) italo.filosofia@gmail.com, Veralúcia Pinheiro (Orientadora) veraluciapinheiro27@gmail.com Universidade
Aula 20. Boa Tarde! Filosofia Moderna Hegel e Marx
Aula 20 Boa Tarde! Filosofia Moderna Hegel e Marx Escola-Tradição:Idealismo Romantismo e Hegelianismo (por ele próprio fundado). A primeira e a mais importante obra de Hegel, é a Fenomenologia do Espírito
ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA
ALGUNS PRESSUPOSTOS EM COMUM ENTRE: MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO TEORIA HISTÓRICO CULTURAL PEDAGOGIA HISTÓRICO CRÍTICA JOÃO ZANARDINI UNIOESTE - CASCAVEL PEDAGOGIA POR QUÊ UMA PREOCUPAÇÃO COM A PEDAGOGIA?
Sócrates: após destruir o saber meramente opinativo, em diálogo com seu interlocutor, dava início ã procura da definição do conceito, de modo que, o
A busca da verdade Os filósofos pré-socráticos investigavam a natureza, sua origem de maneira racional. Para eles, o princípio é teórico, fundamento de todas as coisas. Destaca-se Heráclito e Parmênides.
Abril Sociologia 2ª Série Marx
Abril Sociologia 2ª Série Marx O alemão Karl Marx (1818-1883) é, provavelmente, um dos pensadores que maior influência exerceu sobre a filosofia contemporânea. Sua importância foi destacada pelo pensador
Quais são as quatro perguntas?
Quais são as quatro perguntas? O que é? Ao que se refere? Como é? Como se refere? Por que é? Por que deste e não de outro modo? Para que é? Em que ajuda e em que implica? Das respostas às perguntas O quê
IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA?
Matheus Silva Freire IDEOLOGIA: UMA IDEIA OU UMA INFLUÊNCIA? Introdução Em resumo, todos têm costumes e coisas que são passadas de geração para geração, que são inquestionáveis. Temos na nossa sociedade
Comparação entre as abordagens de classe marxiana e weberiana
Comparação entre as abordagens de classe marxiana e weberiana 1. Semelhanças: 1a. classes são categorias historicamente determinadas (sociedades divididas em classe x sociedades de classe); 1b. propriedade
Pensamento do século XIX
Pensamento do século XIX Século XIX Expansão do capitalismo e os novos ideais Considera-se a Revolução Francesa o marco inicial da época contemporânea. Junto com ela, propagaram-se os ideais de liberdade,
ANOTAÇÕES SOBRA A CRÍTICA DE MARX À CONCEPÇÃO DO ESTADO DE HEGEL
1 ANOTAÇÕES SOBRA A CRÍTICA DE MARX À CONCEPÇÃO DO ESTADO DE HEGEL Wellington de Lucena Moura Mestrando em Filosofia Universidade Federal da Paraíba O objetivo deste trabalho é o exame das críticas à filosofia
A mercadoria. Seção 4 do Capítulo 1. O caráter fetichista da mercadoria e o seu segredo. 2ª Parte.
A mercadoria Seção 4 do Capítulo 1 O caráter fetichista da mercadoria e o seu segredo. 2ª Parte. 1 Retomando Diz Marx, em resumo: O caráter fetichista do mundo das mercadorias provém, com a análise precedente
(A Ideologia Alemã Introdução)
1 (A Ideologia Alemã Introdução) 1. Texto e contexto A Ideologia Alemã é uma obra escrita por K. Marx e F. Engels nos anos de 1845/1846. Sem dúvida, a mais importante no que se refere à elaboração dos
Marxismo e Autogestão
MARXISMO AUTOGESTIONÁRIO O Materialismo Histórico-Dialético Lucas Maia Objetivamos neste estudo investigar qual a concepção que Marx possui sobre Método dialético e materialismo histórico. Vários de seus
Uma análise ontológica sobre a Relação de Identidade entre Produção, Distribuição, Troca e Consumo
Uma análise ontológica sobre a Relação de Identidade entre Produção, Distribuição, Troca e Consumo José Pereira de Sousa Sobrinho 1 Paula Emanuela Lima de Farias 2 A apreensão de Marx a respeito da natureza
FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA
FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA FILOSOFIA E SOCIEDADE: O TRABALHO NA SOCIEDADE MODERNA O ser humano ao longo de sua existência foi construindo um sistema de relação com os demais
O Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias. O Capital Crítica da Economia Política Capítulo III
O Dinheiro ou a Circulação das Mercadorias O Capital Crítica da Economia Política Capítulo III 1 Funções Básicas O dinheiro surge do mundo das mercadorias como um servo da circulação, mas ele vai reinar
- Foi ele quem introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo,
- Foi ele quem introduziu um sistema para compreender a história da filosofia e do mundo, - Chamado geralmente dialética: progressão na qual cada movimento sucessivo surge como solução das contradições
Textos de referência: Prefácio à Fenomenologia do Espírito, de G.W.F. Hegel.
Textos de referência: Prefácio à Fenomenologia do Espírito, de G.W.F. Hegel. Totalidade e conceito A emergência do conceito de saber absoluto, ou de ciência em geral, é apresentada por Hegel na sua ciência
A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações
A ilusão transcendental da Crítica da razão pura e os princípios P1 e P2: uma contraposição de interpretações Marcio Tadeu Girotti * RESUMO Nosso objetivo consiste em apresentar a interpretação de Michelle
A Filosofia Hegeliana
A Filosofia Hegeliana 1. G. W. F. Hegel (1770-1831) alterou decididamente a filosofia ocidental convertendo o discurso filosófico da natureza à história. 2. Sua crítica é direcionada ao dualismo moderno.
O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel
1 O ESTADO MODERNO COMO PROCESSO HISTÓRICO A formação do Estado na concepção dialética de Hegel ELINE LUQUE TEIXEIRA 1 eline.lt@hotmail.com Sumário:Introdução; 1. A dialética hegeliana; 2. A concepção
MARX. Prof. Fabiano Rosa de Magalhães
MARX. Prof. Fabiano Rosa de Magalhães MARX Contexto A Perspectiva socialista se desenvolvia na Europa: autores como Thomas Paine (1737-1809), William Godwin (1756-1836) e Robert Owen (1771-1858) na Inglaterra;
O MATERIALISMO-HISTÓRICO: UMA NOVA LEITURA DA FORMA DE SER DOS HOMENS
O MATERIALISMO-HISTÓRICO: UMA NOVA LEITURA DA FORMA DE SER DOS HOMENS Me. Osmar Martins de Souza, Projeto de Pesquisa/Fecilcam, msouza.32@gmail.com Me. Analéia Domingues, Uniandrade, analeia2504@hotmail.com
Cemarx 2018 A DIALÉTICA MARXIANA EM FACE DA DIALÉTICA HEGELIANA.
Cemarx 2018 A DIALÉTICA MARXIANA EM FACE DA DIALÉTICA HEGELIANA. Hélio Ázara de Oliveira 1 1. Introdução Passados duzentos anos de seu nascimento e ao menos cento e cinquenta anos após a publicação do
1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor).
Exercícios sobre Hegel e a dialética EXERCÍCIOS 1. A dialética de Hegel a) envolve duas etapas, formadas por opostos encontrados na natureza (dia-noite, claro-escuro, friocalor). b) é incapaz de explicar
O Capital Crítica da Economia Política. Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital
O Capital Crítica da Economia Política Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital 1 Resumo do capítulo III sobre o dinheiro Na análise do dinheiro, Marx distingue: Funções básicas do dinheiro: medida
Programa de Disciplina
Disciplina: Serviço Social e Economia Política Código: DSS 7113 Carga Horária: 72 h semestrais/ 4 h semanais Semestre: 2017.2 Turma: 3309/3339 Professor: Ricardo Lara Programa de Disciplina Ementa Economia
A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE
EDUCAÇÃO E MARXISMO A NECESSIDADE DO ESTUDO DO MARXISMO E DA COMPREENSÃO DA SOCIEDADE A DOMINAÇÃO DE TEORIAS CONSERVADORAS NA ACADEMIA AS IDÉIAS DOMINANTES DE CADA ÉPOCA SÃO AS IDÉIAS DA CLASSE DOMINANTE
MARX E A IDÉIA DE BASE E SUPERESTRUTURA. Júlia de Holanda Brasília-DF
33 MARX E A IDÉIA DE BASE E SUPERESTRUTURA Júlia de Holanda juliadeholanda@filosofiacapital.org Brasília-DF 2006 34 MARX E A IDÉIA DE BASE E SUPERESTRUTURA Júlia de Holanda 1 juliadeholanda@filosofiacapital.org
INTRODUÇÃO LONDON, J. Ao sul da fenda. In: LONDON, J. Contos. São Paulo: Expressão Popular, (p )
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO SÓCIO-ECONÔMICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL 1. Identificação Disciplina: Trabalho e teoria do valor em Marx Créditos: 04 Semestre: 2019/01
Preliminar. Um comentário do Prof. Delfim Neto Professor Emérito da FEA/USP
Preliminar Um comentário do Prof. Delfim Neto Professor Emérito da FEA/USP A mercadoria Seção 3 do Capítulo 1 A forma de valor ou valor de troca 14/03/2013 3 Estrutura Capítulo I Nome: A mercadoria Seção
"O verdadeiro é o todo." Georg Hegel
"O verdadeiro é o todo." Georg Hegel Hegel: o evangelista do absoluto By zéck Biografia Georg Wilhelm F. Hegel (1770-1831) 1831) Nasceu em Stuttgart. Foi colega de Schelling. Influências Spinoza, Kant
Marxismo e Autogestão, Ano 01, Num. 02, jul./dez. 2014
Marx segundo Korsch Resenha do livro Karl Marx, de Karl Korsch * Paul Mattick Com marcante distinção a respeito de muitas outras interpretações de Marx, este livro se concentra nos fundamentos essenciais
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FE-191 Seminário I: Leituras Marxistas, Turma C Leituras da obra de Marx e Engels 1 º Semestre de 2011 Prof. Dr. José Claudinei
A Questão da Transição. Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel.
A Questão da Transição Baseado em Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico de Friedrich Engel. 1 Uma civilização em crise Vivemos num mundo assolado por crises: Crise ecológica Crise humanitária
Av. Ipiranga, 6681 p. 05 sala Porto Alegre RS - Brasil Fone: (51) Fax (51)
Identificação da fonte Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas - PPG em Ciências Sociais Núcleo de Estudos de Organizações, Segurança Pública e Cidadania
IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari
IDEALISMO ESPECULATIVO E A FENOMENOLOGIA DO ESPÍRITO CURSO DE EXTENSÃO 22/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 20 Se tomarmos o pensar na sua representação mais próxima, aparece, α) antes
Traduzido para o português e publicado pela editora Boitempo,
RESENHA Tempo, trabalho e dominação social: Uma reinterpretação da teoria crítica de Marx. Moishe Postone Editora Boitempo, São Paulo, 2014 Recebida em 01 de dezembro de 2014 Aprovada em 22 de janeiro
COLÉGIO CEC 24/08/2015. Conceito de Dialética. Professor: Carlos Eduardo Foganholo DIALÉTICA. Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de
COLÉGIO CEC Professor: Carlos Eduardo Foganholo Conceito de Dialética DIALÉTICA Originalmente, é a arte do diálogo, da contraposição de ideias que leva a outras ideias. O conceito de dialética, porém,
Teoria de Karl Marx ( )
Teoria de Karl Marx (1818-1883) Professora: Cristiane Vilela Disciplina: Sociologia Bibliografia: Manual de Sociologia. Delson Ferreira Introdução à Sociologia. Sebastião Vila Sociologia - Introdução à
A Vida Social das Coisas de Arjun Appadurai Joana Azevedo, nº8540 Curso de Design de Comunicação, 2º ano FBAUL, 2017/18
A Vida Social das Coisas de Arjun Appadurai Joana Azevedo, nº8540 Curso de Design de Comunicação, 2º ano FBAUL, 2017/18 Artigo completo submetido a 13 de Maio de 2018 Resumo: O seguinte artigo agrega uma
Interpretações sobre a noção de desenvolvimento em Marx: Uma revisão crítica
Interpretações sobre a noção de desenvolvimento em Marx: Uma revisão crítica Seminários de Pesquisa PPED Rio, 13/10/2014 Patrick Galba de Paula 1) Objetivos do estudo Analisar as principais interpretações
CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER
CAPITULO 4 SOCIOLOGIA ALEMÃ: KARL MARX E MAX WEBER Karl Marx (1818-1883) Mercadoria como base das relações sociais Mercantilização: tudo vira mercadoria. Materialismo Histórico Dialético Toda e qualquer
Marx e a superação do Estado, Ademar Bogo. Editora Expressão Popular, 2018, por Luciano Cavini Martorano, da Editoria de marxismo21
1 Marx e a superação do Estado, Ademar Bogo. Editora Expressão Popular, 2018, por Luciano Cavini Martorano, da Editoria de marxismo21 O crescimento das forças conservadoras e mesmo reacionárias em várias
PARA ALÉM DO IDEALISMO E DA TEORIA CRÍTICO-REPRODUTIVISTA: ANÁLISE MARXISTA DOS LIMITES DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA ORDEM DO CAPITAL
PARA ALÉM DO IDEALISMO E DA TEORIA CRÍTICO-REPRODUTIVISTA: ANÁLISE MARXISTA DOS LIMITES DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA ORDEM DO CAPITAL SILVA, Renalvo Cavalcante Instituto Federal de Alagoas renalvo.pedagogoifal@gmail.com
A mercadoria. Seção 4 do Capítulo 1. O caráter fetichista da mercadoria e o seu segredo. 1ª Parte.
A mercadoria Seção 4 do Capítulo 1 O caráter fetichista da mercadoria e o seu segredo. 1ª Parte. 1 Ordinária ou extraordinária? À primeira vista, a mercadoria parece uma coisa trivial, evidente. Ou seja,
IDEALISMO ESPECULATIVO E ESPÍRITO ABSOLUTO ARTE, RELIGIÃO E FILOSOFIA CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1
IDEALISMO ESPECULATIVO E ESPÍRITO ABSOLUTO ARTE, RELIGIÃO E FILOSOFIA CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 535 O Estado é a substância ética autoconsciente - a unificação
História das Teorias Econômicas Aula 5: Karl Marx Instituto de Geociências / Unicamp
História das Teorias Econômicas Aula 5: Karl Marx Instituto de Geociências / Unicamp 2 Semestre de 2008 1 Apresentação - de origem alemã - 1818 1883 - Economista, sociólogo e filósofo - Recebeu influência
Create PDF with GO2PDF for free, if you wish to remove this line, click here to buy Virtual PDF Printer
Ética CRT Marxista V1 23/06/06 18:40 1 Sergio Lessa / Professor Departamento de Filosofia da UFAL/ Membro da editoria da revista Crítica Marxista. 1 Do ponto de vista do marxismo, como a ética se relaciona
PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA ECONOMIA POLÍTICA. Licenciatura em Educação do Campo - Ciências da Natureza. Carga Horária Total.
!! SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA ECONOMIA POLÍTICA
Marx e a História em Ruy Fausto
Marx e a História em Ruy Fausto Carlos Prado * Resumo: O objetivo desse artigo é expor as considerações de Fausto sobre a problemática da história em Marx. Fausto escreve em sua Lógica e política importantes
1) O problema da crítica do conhecimento: a distinção acrítica de sujeito-objeto
TEORIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS II 2º Semestre de 2014 Disciplina Optativa Destinada: alunos de filosofia Código: FLF0279 Pré-requisito: FLF0278 Prof. Dr. Luiz Repa Carga horária: 120h Créditos: 06 Número
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
TEORIA DAS CIÊNCIAS HUMANAS I 1º Semestre de 2015 Disciplina Obrigatória Destinada: alunos do departamento de Filosofia Código: FLF0278 Pré-requisito: FLF0113 e FLF0114 Prof. Luiz Repa Carga horária: 120h
Capital Portador de Juros: Marx e Chesnais
Capital Portador de Juros: Marx e Chesnais Ref.: Capítulo XXI, vol. 3, de O Capital de Karl Marx e cap. 1 de A finança mundializada de François Chesnais 1 Economia Vulgar É bem conhecida a duplicidade
O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura
O caminho moral em Kant: da transição da metafísica dos costumes para a crítica da razão prática pura Jean Carlos Demboski * A questão moral em Immanuel Kant é referência para compreender as mudanças ocorridas
Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões
Prova Global Simulado 6º. Filosofia 2014/2 Devolutiva das questões Questão nº 1 - Resposta B Justificativa: O amante do mito é de certo modo também um filósofo, uma vez que o mito se compõe de maravilhas
Sociologia 23/11/2015 PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO
Sociologia Professor Scherr PRODUÇÃO & MODELOS ECONÔMICOS TIPOS DE MODOS DE PRODUÇÃO Comunismo primitivo os homens se unem para enfrentar os desafios da natureza. Patriarcal domesticação de animais, uso
PARA LER O CAPITAL DE KARL MARX ADVERTÊNCIA AOS LEITORES DO LIVRO I D O CAPITAL DE LOUIS ALTHUSSER (1969)
PARA LER O CAPITAL DE KARL MARX ADVERTÊNCIA AOS LEITORES DO LIVRO I D O CAPITAL DE LOUIS ALTHUSSER (1969) Parte I Introdução à Advertência 1. O Capital: descoberta por Marx do chamado continente-história,
Trabalho e Educação 68 horas. Universidade Estadual de Ponta Grossa Curso de Pedagogia 4º ano Professora Gisele Masson
Trabalho e Educação 68 horas Universidade Estadual de Ponta Grossa Curso de Pedagogia 4º ano Professora Gisele Masson EMENTA DA DISCIPLINA - Trabalho como fundamento do ser social. - Trabalho nas diferentes
A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã
A filosofia da história hegeliana e a trindade cristã Resumo: Lincoln Menezes de França 1 A razão, segundo Hegel, rege o mundo. Essa razão, ao mesmo tempo em que caracteriza o homem enquanto tal, em suas
O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura
O caráter não-ontológico do eu na Crítica da Razão Pura Adriano Bueno Kurle 1 1.Introdução A questão a tratar aqui é a do conceito de eu na filosofia teórica de Kant, mais especificamente na Crítica da
Resenha. NETTO, J. P. Introdução ao estudo do método de Max. São Paulo, Expressão Popular, 2011.
Resenha NETTO, J. P. Introdução ao estudo do método de Max. São Paulo, Expressão Popular, 2011. O livro do professor José Paulo Netto, Introdução ao Estudo do Método de Marx, discute alguns pontos da construção
ÉTICA: FUNDAMENTOS SÓCIO - HISTÓRICOS
ÉTICA: FUNDAMENTOS SÓCIO - HISTÓRICOS Autora: Mônica E. da Silva Ramos CURSO: Serviço Social ÉTICA: Fundamentos sócio - históricos O trabalho ora posto nasce das inquietudes e reflexões da autora desenvolvidas
ESTADO DE DIREITO Crítica marxiana perante a concepção hegeliana de Estado.
ESTADO DE DIREITO Crítica marxiana perante a concepção hegeliana de Estado. Milton Eduardo Antunes Bolz Graduando em Direito eduardobolz@hotmail.com Leonardo Saldanha Mestre em Direito Resumo: O presente
O Capital Crítica da Economia Política. Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital
O Capital Crítica da Economia Política Capítulo 4 Transformação do dinheiro em capital 1 Transformação do dinheiro em capital Este capítulo é composto por três seções: 1. A fórmula geral do capital; 2.
Aula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015
Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode