CANCRO DO PANCREAS - ABORDAGEM PALIATIVA. Sara Gomes; Enfermeira - Serviço de Cuidados Paliativos
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- Patrícia Alcântara Santana
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2 Sara Gomes; Enfermeira - Serviço de Cuidados Paliativos
3 EPIDEMIOLOGIA NACIONAL: - Prevêem-se 1225 novos casos por ano, dos quais 693 em estadio IV no momento do diagnóstico; tumores identificados em ambos os sexos (= taxa de 7,3%); - mais casos entre os anos; - maior incidência na região sul; (Europaconolon ; Registo Nacional Oncológico 2010)
4 SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO IPOCFG, E.P.E. (2007- Out. 2017): Nº total de doentes propostos para CP ( ) n= Nº de doente propostos para CP - outros diagnósticos ( ) Nº de doentes propostos para CP com diagnóstico de Carcinoma do Pâncreas ( )
5 Nº de Doentes CANCRO DO PANCREAS - ABORDAGEM PALIATIVA SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO IPOCFG, E.P.E. (2007- Out. 2017): Nº de doentes propostos para Cuidados Paliativos com diagnóstico de Carcinoma do Pâncreas ( ) n= Ano
6 SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS DO IPOCFG, E.P.E. (2007- Out. 2017): Nº de doentes propostos para Cuidados Paliativos com diagnóstico de Carcinoma do Pâncreas ( ) n=171 O Serviço de Oncologia Médica realizou 90% destas propostas, sendo as restantes provenientes de serviços como Gastroenterologia, Radioterapia e Cirurgia Geral.
7 Viver o melhor possível durante o maior tempo possível.
8 O INTERVALO ENTRE A VIDA E PARA ALÉM DA MORTE DOENTE FAMÍLIA PROFISSIONAIS DIAGNÓSTICO INCURABILIDADE MORTE
9 Objetivo dos Cuidados Paliativos no Cancro do Pâncreas: - minimizar os sintomas da progressão da doença e efeitos secundários dos tratamentos oncológicos, tais como cirurgia, quimioterapia e radioterapia. (Fazal e Saif, 2007; Sousa, 2012; Europacolon, 2016)
10 O cancro do Pâncreas é uma doença modelo na aprendizagem da prestação de cuidados paliativos e de suporte ao doente oncológico. (Fazal e Saif, 2007)
11 Os doentes com cancro do pâncreas internados em Cuidados Paliativos conseguem com maior sucesso um controlo da dor, são submetidos a procedimentos menos invasivos e representam maior poupança para o sistema de saúde, comparativamente aos que se encontram internados em hospitais de agudos. (Wang, et al, 2016)
12 COMUNICAÇÃO ADEQUADA APOIO À FAMÍLIA CUIDADOS PALIATIVOS CONTROLO DE SINTOMAS TRABALHO EM EQUIPA (Neto, 2010)
13 CONTROLO DE SINTOMAS - Físicos: - Dor (tipo cólica); - Perda ponderal; - Obstrução intestinal; - Náuseas; - Vómitos; - Dispepsia; - Astenia/fadiga (interpretado como sinal de progressão da doença); - Caquexia (síndrome da anorexia-caquexia); - Icterícia - prurido (localização na cabeça do pâncreas); - Ascite; (Fazal e Saif, 2007; Sousa, 2012)
14 Tratamento NÃO FARMACOLÓGICO: Dor: promover massagem antiálgica; aplicação de calor/frio; incentivar técnicas de relaxamento; Náuseas e vómitos: adequar posicionamento mais favorável; adequar temperatura dos alimentos; Obstipação: adequar alimentação; incentivar mobilidade e ingesta hidrica; Caquexia/perda de apetite: dieta a gosto; ingestão fraccionada ao longo do dia; incentivar a comida do domicilio; Prurido: aplicação de creme hidratante; utilização de roupas de algodão; (Fazal e Saif, 2007; Sousa, 2012)
15 CONTROLO DE SINTOMAS - Psicológicos: Tratamento NÃO FARMACOLÓGICO: Confusão: assegurar comunicação eficaz, tom de voz suave, ambiente calmo, evitar confrontos diretos, ter um calendário e relógio no quarto, providenciar fotografias e acessórios familiares, manter a iluminação de presença no período noturno; Agitação: evitar presença de objetos cortantes; avaliação do risco de queda; alterar disposição da mobília do quarto; Ansiedade: incentivar a verbalização dos problemas, medos e preocupações; oferecer informação, se o doente assim o quiser, sobre a doença e tratamentos, permitindo um maior controlo sobre as situações; induzir atitudes positivas que visem expectativas realistas. (Fazal e Saif, 2007; Sousa, 2012)
16 COMUNICAÇÃO ADEQUADA:
17 COMUNICAÇÃO ADEQUADA: Esteja absolutamente seguro Procure um local tranquilo O doente tem direito a conhecer a sua situação Não existe uma fórmula Linguagem clara, simples e sem grandes detalhes técnicos Averigue o que a pessoa quer saber Espere que a pessoa pergunte (dar a possibilidade de perguntar) Não discutir com a negação Aceitar ambivalência Simplicidade e ausência de palavras negativas Não estabelecer limites nem prazos Gradualmente, pois não é um acto único Não diga nada que não seja verdade. (Neto, 2010)
18 CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO
19 Pedido tácito ou explícito para manter o secretismo acerca de qualquer situação ou acontecimento. Tem como objetivo fundamental proteger o outro, sobretudo quando este é visto como vulnerável. Na realidade - A maioria das vezes o doente sabe que algo se passa; - O doente vive a situação sozinho; - Não se permite que ele se expresse; (Neto, 2010)
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21 A doença de um dos membros da família vai converter-se em doença familiar, pelo que, todos sentirão a influência negativa da doença vivida. (Moreira, 2001)
22 O que diferencia uma equipa de Cuidados Paliativos de outras equipas, no cuidar da família do doente incurável?
23 O QUE NOS DISTINGUE?! Identificação do cuidador principal folheto informativo do cuidador; Horário de visitas alargado permitir alimentação do domicílio, objetos pessoais (Ex.: fotografias, flores, cobertor) e animais de estimação; Permanência 24h de familiar/pessoa de referência (envolvimento na prestação de cuidados, como observador e executante avaliar necessidades de informação e formação); Alimentação gratuita para o familiar que pernoita 24h;
24 O QUE NOS DISTINGUE?! Preparação para o luto e despiste de sinais de vulnerabilidade na família que possam promover um luto não adaptativo (Ex: crianças; familiares que já faleceram no nosso serviço); Informação sobre os procedimentos administrativos pós morte e entrega de espólio pessoalmente; Envio de carta de condolências/telefonema;
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26 EQUIPA DO SERVIÇO DE CUIDADOS PALIATIVOS EQUIPA INTERDISCIPLINAR
27 INSTRUMENTOS/FERRAMENTAS: - Reunião interdisciplinar semanal; - Conferências familiares; - Transmissão de Informação na Passagem de turno; - Presença de Voluntária da Liga Portuguesa Contra o Cancro. EQUIPA INTERDISCIPLINAR: - Apoio religioso; - Assistente Social; - Psicóloga; - Gabinete de Estomaterapia; (Neto, 2010; Sousa, Martins e Pereira, 2015)
28 A melhor sinfonia é aquela que vem da conjugação acertada de todos os instrumentos.
29 BIBLIOGRAFIA: Fazal, S.; Saif, M. W. (2007). Supportive and Palliative Care of Pancreatic Cancer. Journal of the Pancreas, 8 (2), Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Francisco Gentil, E.P.E. (2014). Registo Oncológico Nacional Coimbra. Instituto Português de Oncologia de Coimbra, Francisco Gentil, E.P.E. (2012). Registo Oncológico Regional l. Coimbra. Neto, I. (2010). Princípios e Filosofia dos Cuidados Paliativos. In Barbosa, A.; Neto, I.: Manual de Cuidados Paliativos. Núcleo de Cuidados Paliativos, Centro de Bioética da Faculdade de Medicina de Lisboa, p Ordem dos Enfermeiros (2011). Regulamento do perfil de competências do Enfermeiro de cuidados gerais. Lisboa. 28p. Ordem dos Enfermeiros (2010). Catálogo da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem Cuidados Paliativos para uma morte digna, Lisboa. 73p. Rodrigues, L. (2013). A Família Parceira no Cuidar: Intervenção do Enfermeiro. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Superior de Enfermagem de Coimbra. 148 p. Sousa, A. (2012). Sintomas em cuidados paliativos: Da avaliação ao controlo. Dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre em Oncologia. Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto. 151 p. Sousa, M.; Martins, T.; Pereira, F. (2015). O refletir das práticas dos enfermeiros na abordagem à pessoa com doença crónica. Revista de Enfermagem Referência,3(6), Wang, et al. (2016). How different is the care of terminal pancreatic cancer patients in inpatient palliative care units and acute hospital wards? A nationwide population-based study. Revista BMC Palliative Care, 15 (1), 1-9.
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