MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PROPOSTA DE PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
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- Maria da Assunção Aires Vilalobos
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1 IDENTIFICAÇÃO TÍTULO TRABALHO DECENTE, DIREITOS HUMANOS E ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA 2º EDIÇÃO DATA INÍCIO DATA FIM 01/05/ /04/2016 PROGRAMA DE EXTENSÃO VINCULADO 111/12 - Direitos Humanos em ação: Concretizando Direitos - 111/12 UNIDADE ORGANIZACIONAL NPJ - Núcleo de Práticas Jurídicas PÚBLICO ALVO Trabalhadores em situação de vulnerabilidade para o trabalho em condições análogas à de escravo. ÁREA TEMÁTICA III - DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA LINHAS DE EXTENSÃO 11. Direitos individuais e coletivos COORDENADOR NOME: UNIDADE: TELEFONE: SANDRO LUNARD NICOLADELI JD/NPJ - NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS sandrolunard@ufpr.br (41) (41) VICE-COORDENADOR NOME: SIDNEI MACHADO UNIDADE: TELEFONE: PROPOSTA JD/NPJ - NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS sidneimachado@ufpr.br (41) (41) RESUMO Estudo sobre as questões jurídico-político-sociais que envolvem as violações de direitos humanos na forma de exploração do trabalho forçado ou escravidão em condição análoga, no âmbito de Curitiba e região Metropolitana. A definição da OIT de trabalho forçado é composta por dois elementos básicos: trabalho ou serviço imposto sob ameaça de punição e executado involuntariamente, conforme explicitado nas Convenções nº 29 de nº Página 1 de 6
2 105, sendo que sua superação conforma a idéia de trabalho decente do qual o Brasil está compromissado por meio do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. Noutras palavras, o trabalho escravo contemporâneo é aquele em que o empregador sujeita o empregado a condições de trabalho degradantes e o impede de desvincular-se dessa sua condição. Destacam-se alguns fatores que caracterizam essa condição: retenção de salários, a violência física e moral, a fraude, o aliciamento, o sistema de acumulação de dívidas (principal instrumento de aprisionamento do trabalhador), as jornadas de trabalho longas, a supressão da liberdade de ir e vir, o não-fornecimento de equipamentos de proteção, a inexistência de atendimento médico, a situação de adoecimento, o fornecimento de água e alimentação inadequadas para consumo humano. O Estado brasileiro, por meio do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, compromete-se superar o desafio que pontua o Brasil no seu déficit social nessa forma pré-moderna de exploração do trabalho humano. Assim, tendo o trabalho escravo definido como eixo de atuação institucional do Ministério Público do Trabalho da 9ª. região, na tutela dos interesses individuais homogêneos dos trabalhadores em condições de escravidão ou análogo. Nesse sentido, o projeto pesquisará a atuação do MPT nas medidas administrativas/extrajudiciais, de identificação dos grupos, delimitação geográfica e segmento econômico, via inquérito civil ou de ações de fiscalização da auditoria do Ministério do Trabalho e Emprego, como também o estudo das medidas judiciais (ação civil pública) que promovam a repressão ao trabalho escravo contra empregador, tomador ou aliciador de mão-de-obra. LOCAL DE REALIZAÇÃO Estado do Paraná APRESENTAÇÃO JUSTIFICATIVA O processo de desenvolvimento econômico e constituinte do Estado brasileiro, baseou-se, na exploração do trabalho escravo, derivado da dominação dos povos indígenas e da importação de escravos originários do continente africano. Na contemporaneidade inúmeros diplomas normativos internacionais( C.29 e 105) e no direito interno (Código Penal,CLT e CF/88) coloca-se a erradicação do trabalho escravo no rol dos direitos humanos fundamentais, sendo criminalizada sua prática e de estudo mais específico, pela disciplina do Direito do Trabalho. A peculiaridade relevante desse projeto, insere-se na mudança paradigmática da atuação para além da prática forense tradicional, pois, converte-se, em pesquisação, pois valorizar-se-à o indissociável manejo e prática das ferramentas processuais existentes no processo do trabalho, todavia de relevante impacto social e emancipatório, pois o estudo, interação e a pesquisa das ações do MPT no combate ao trabalho escravo oportunizará aos acadêmicos de Página 2 de 6
3 direito, a experimentação das práticas judiciais e administrativas, para além da mera judicialização individual dos conflitos,mas na defesa de direitos individuais e coletivos de grupos de trabalhadores vulnerabilizados pela sua condição de trabalho forçado. OBJETIVO GERAL Pesquisar a atuação institucional do Ministério Público do Trabalho da 9ª. região, nas ações repressivas (inquéritos e ações judiciais) ao trabalho escravo no âmbito do Termo de Convênio entre a UFPR e a Procuradoria Regional do Trabalho da 9ª. região. OBJETIVO ESPECÍFICO Estruturar, no âmbito do NPJ, grupo de pesquisa TRABALHO DECENTE, DIREITOS HUMANOS E ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA, dotando os acadêmicos dos elementos conceituais estruturantes do trabalho decente, usa articulação aos direitos humanos e as formas de violação na exploração do trabalho escravo; - Promover o estudo da legislação interna e externa pertinente e as políticas institucionais do Poder Executivo, MPT e OIT no tocante ao trabalho escravo; - Viabilizar a visitação e apresentação do MPT aos alunos, com a respectiva interação institucional ao NPJ/UFPR; - Integrar os acadêmicos nas atividades inquisitorial e judicial do MPT, focando nas atividades institucionais da atuação ao trabalho forçado ou análogo; - Proporcionar experiência profissional aos acadêmicos, no âmbito da atuação do MPT, acessando os cadernos processuais e procedimento de inquérito nas ações estratégicas de ataque ao trabalho escravo; - Produzir relatórios descrevendo a atuação nos procedimentos estudados no MPT; METODOLOGIA O projeto foi desenvolvido focando o estudo e reconhecimento das raízes do trabalho escravo no Estado do Paraná, sobretudo na região de Curitiba. A análise e o exame das condições sócio-econômicas utilizou a análise bibliográfica da obra do sociólogo Octavio Ianni... Metamorfose do Trabalho Escravo, como também, resultante do diálogo interinstitucional com os órgãos de fiscalização e controle na área do trabalho, na forma de relatos e debates com componentes do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego. Assim, a combinação do estudo teórico da obra pesquisada, enfocando os aspectos históricos, sociais, econômicos e políticos envolvendo o surgimento, desenvolvimento da exploração do trabalho escravo, combinada ao relato das autoridades públicas que promovem o enfrentamento deste problema social, que ainda persiste na contemporaneidade. Ainda, foram pesquisados processos judiciais que materializam as violações aos direitos sociais dos trabalhadores. Assim, portanto, o espaço de reflexão teórico-prática envolvendo o estudo bibliográfico com a indução do estudo de processos judiciais, devidamente articulado ao debate analítico das ações estatais promoveram a formação crítica, na perspectiva extensionista dos acadêmicos. compreendendo a problemática social atual, mas contudo, estudando suas raízes históricas e compreendo o marco situacional contemporâneo, aí incluído nas ações repressivas estatais ao trabalho Página 3 de 6
4 escravo, como também da sua judicialização. NOME CPF FUNÇÃO TIPO C.H RECURSOS RECURSOS HUMANOS DA UFPR E DAS INSTITUIÇÕES PARCEIRAS NOME CPF FUNÇÃO TIPO UNIDADE/CURSO OBS. C.H TOTAL SANDRO LUNARD NICOLADELI COORDENADOR DOCENTE JD/NPJ - NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS NÃO RECEBE REMUNERAÇÃO 5h 260h SIDNEI MACHADO VICE- COORDENADOR DOCENTE JD/NPJ - NUCLEO DE PRATICAS JURIDICAS NÃO RECEBE REMUNERAÇÃO 5h 260h AVALIAÇÃO A avaliação do projeto será efetivada na apreciação dos relatórios dos acadêmicos de participação nas atividades de pesquisa realizadas no âmbito do Ministério Público do Trabalho da 9ª. região e na redação de artigo científico, envolvendo o levantamento dos inquéritos e das medidas judiciais aforadas, de natureza repressiva, contra o trabalho escravo. PRODUTOS E/OU PUBLICAÇÕES Redigir artigo científico TRABALHO DECENTE, DIREITOS HUMANOS E ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA, levando em consideração os compromissos internacionais do Brasil na promoção do trabalho decente, abordando os casos analisados, soluções encaminhadas pelo MPT, e problematização das formas de violação aos direitos humanos na contemporaneidade, por meio de exploração do trabalho escravo. BIBLIOGRAFIA BRITO FILHO, JOSÉ CLAUDIO MONTEIRO. Trabalho Decente: Análise Jurídica da Exploração do Trabalho Trabalho Escravo e Outras Formas de Trabalho Indigno. São Paulo: Ed. LTR COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ, CNBB-NORTE II, Trabalho escravo nas fazendas do Pará e Amapá, , Belém, ESTERCI, Neide. Escravos da Desigualdade: estudo sobre o uso repressivo da força de trabalho hoje. Rio de Janeiro, CEDI, Koinonia, FIGUEIRA, Ricardo Rezende. A Justiça do Lobo. Petrópolis, Editora Vozes, FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Pisando Fora da Própria Sombra. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Quão penosa é a vida dos senhores. Discurso dos Proprietários sobre o trabalho escravo. NOME DA INSTITUIÇÃO OU GRUPO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 9 REGIAO PARCERIAS CATEGORIA PÚBLICA DOCUMENTO Página 4 de 6
5 RECEITA FONTES DE RECURSOS ORÇAMENTO OUTRAS RECEITAS OUTRAS RECEITAS - DESCRIÇÃO DESPESAS HOSPEDAGEM/DIÁRIA TOTAL 0,00 PASSAGEM APOIO ADMINISTRATIVO FDA 4% RESSARCIMENTO UFPR 2% DEPARTAMENTO 2% SETOR 2% MATERIAL DIDÁTICO MATERIAL EXPEDIENTE MATERIAL DIVULGAÇÃO OUTRAS DESPESAS OUTRAS DESPESAS - DESCRIÇÃO OBSERVAÇÕES TOTAL 0,00 OBSERVAÇÕES null Página 5 de 6
6 LOCAL/DATA E ASSINATURA DO COORDENADOR, / / COORDENADOR DO PROJETO CIENTE / DE ACORDO DO COORDENADOR DO PROGRAMA DE EXTENSÃO SOMENTE NO CASO DE PROJETO VINCULADO A PROGRAMA DE EXTENSÃO APROVAÇÃO DO DEPARTAMENTO/UNIDADE DATA DE APRESENTAÇÃO DO PROJETO EM REUNIÃO PLENÁRIA: / / COORDENADOR DO PROGRAMA VINCULADO ATA DA REUNIÃO DO DEPARTAMENTO/ UNIDADE N.o NOME DO CHEFE DO DEPARTAMENTO/UNIDADE: VISTO PELO SETOR ASSINATURA DATA: / / NOME DO DIRETOR DO SETOR/UNIDADE: ASSINATURA DO DIRETOR DO SETOR/UNIDADE Página 6 de 6
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