O dilema. Assim estabelece-se um dilema: Como e o que produzir para melhorar as estratégias de ensino? Como contabilizar essa produção?
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- Mirela Flores da Silva
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2 O dilema Na Área de Ensino, assim como nas demais, há uma preocupação com objeto de estudo, a qualidade do conteúdo e estética do produto, o impacto social e acadêmico. Assim estabelece-se um dilema: Como e o que produzir para melhorar as estratégias de ensino? Como contabilizar essa produção?
3 Produtos educacionais Como fazer? O Ensino, especialmente o de Ciências, vem ao longo dos últimos anos ganhando espaço dentre as discussões acadêmicas em função da necessidade de obtermos métodos e estratégias de ensino mais atrativos para os alunos. No passado ensinava-se ciências para todos, esperando que uns poucos cientistas pudessem ser identificados precocemente. Os outros tinham que aprender ciências durante alguns anos seguidos sem qualquer utilidade, como um placebo pedagógico (Bizzo, 1998).
4 Produtos educacionais Como fazer? Há toda uma discussão no meio Acadêmico sobre as dificuldades de se ensinar ciências. Dentre elas, podemos citar a formação não adequada dos professores, a falta de material instrucional adequado, a ausência de contextualização... Um desses motivos deve-se ao fato de comumente, observarmos que a tônica dada ao ensino das ciências é a da abordagem formal aliada a um corpo de conhecimentos científicos bem definido, ancorada em uma lógica de transmissão dos saberes, promovendo em muitos casos um ensino exclusivamente conteudista.
5 Produtos educacionais Como fazer? Tal estratégia de ensino gera, em alguns momentos, visões pouco adequadas sobre as ciências, possibilitando que os alunos acreditem que a Ciência gera produtos acabados, certos e infalíveis e, como tal, inquestionáveis, não problemáticos e não negociáveis (Almeida, 2001). Hodson (1994) defende que o ensino das ciências contempla três características principais, sendo elas: a aprendizagem da teoria e conceitual científico; a aprendizagem sobre a natureza e os métodos das ciências; e a aprendizagem sobre a prática das ciências.
6 Tendências atuais Na tentativa de abordar as características descritas por Hodson, e com o intuito de tornar mais atrativo o ensino das ciências, novas práticas pedagógicas vem sendo desenvolvidas e aplicadas, aliando-se o lúdico em diferentes etapas do processo de ensino-aprendizagem. A tendência de aliar o lúdico ao ensino das ciências ganhou destaque nas salas de aula, podendo ser observado o uso de jogos pedagógicos, histórias em quadrinhos, charges, teatros, desenhos, filmes, músicas, além de outras técnicas e métodos.
7 Tendências atuais Os produtos educacionais devem suprir algumas das funções atribuídas ao professor, além de oferecer oportunidades e espaços para diálogo com as partes envolvidas e com o próprio material. Todo produto educacional deve ser criado de acordo com o público, devendo ser discutido, criticado, reelaborado, nos diversos momentos coletivos e individuais que integram o planejamento e a execução das atividades propostas no ensino de ciências.
8 Aspectos cognitivos Tipo analógico-analítico: caracterizado por buscar informações utilizando-se de padrões de comparações com o conhecimento prévio. Possui capacidade de analisar os elementos apresentados, estabelecendo relações entre conhecimentos novos e os anteriormente adquiridos. Tipo concreto-genérico: entende os conteúdos de forma linear e sequencial, trabalhando de forma global com a informação. Prefere que as etapas das atividades sejam especificadas e exemplificadas, facilitando a prática da tarefa. Bastante pragmático, tem por vezes dificuldades de abstração.
9 Aspectos cognitivos Tipo dedutivo-avaliativo: constrói um padrão lógico sobre o novo conteúdo aprendido. Para tal, o aluno se baseia na busca de informações, realizando análises de coerência, validade e veracidade das informações. A organização do material é crucial para este tipo de aprendiz. Tipo relacional-sintético: constante reorganização das informações apresentadas, criando uma estrutura conceitual integrada e abstrata. Para tal, o sujeito revê os conceitos, reformula-os e relaciona-os com conceitos anteriores. Prefere o uso de abstrações e suas relações.
10 Estilo Cognitivo Recursos Didáticos Analógico-analítico uso de conceitos e exemplos com textos e esquemas comparativos; esquemas com figuras comparativas, mesclando texto e imagem para facilitar o processo analítico e as relações análogas. Dedutivo-avaliativo utilização de perguntas proporcionando a busca de informações que permita ao aprendiz inferir um padrão lógico nas informações obtidas. Relacional-sintético Concreto-genérico conteúdo de forma sintética e esquemática; relacionar ideias, conceitos mais gerais e sintetizar as informações em um sistema lógico, facilitando a ordenação de ideias numa estrutura lógica, abstrata e integrada. exemplos concretos em linguagem simples, utilizando-se de figuras e diagramas que auxiliem na exemplificação; texto destacado para auxiliar a memorização; conteúdo deve ser interligado e disposto através de uma forma hierárquica e sequencial nos esquemas gerais.
11 Aspectos cognitivos Há ainda uma outra classificação baseada comumente observadas em sala de aula: em característica Curiosos: Alunos que buscam primeiro um aprofundamento teórico, geralmente obtidos nos livros didáticos, e a partir do método da descoberta, ou por tentativa e erro, gosta de desenvolver atividades práticas em ciências. Executores: Alunos que não aparentam preferência quanto ao método de ensino de ciências, optando simplesmente por atender as demandas criadas pelo professor na hora da execução das atividades práticas. Cumpridores de tarefas: Alunos que possuem dificuldade para desenvolverem um raciocínio individual, preferindo uma metodologia de ensino tradicional, na qual os experimentos são acompanhados por instruções fornecidas previamente pelo professor. Sociais: Alunos que apresentam características de mais sociabilidade, apresentando afinidades para o desenvolvimento de tarefas ou atividades de ciências em grupo.
12 Cuidados na hora da elaboração Face a essas diferenças entre estilos de aprendizagem é que são questionadas ações educacionais baseadas em um modelo pedagógico exclusivo, o qual seria certamente adequado para um grupo de alunos, mas ineficiente ou menos adequado, para os demais membros da classe.
13 Cuidados na hora da elaboração O que ideal durante a elaboração de material instrucional? Utilizar metodologias de ensino que insiram o público-alvo de forma participativa no processo de ensino-aprendizagem. Considerar o papel do sujeito nesse processo, bem como seus conhecimentos prévios. Para tal devemos elaborar situações de ensino contextualizadas que privilegiam a participação do público na reconstrução do conhecimento.
14 Produtos educacionais Como contá-los"? 2007 VI ENPEC Reunião de coordenadores Discussão acerca da necessidade de definir melhor o entendimento/avaliação da produção técnica e do produto "encartado" na dissertação Não há diferenciação entre MP e MA; não há fichas separadas; não há menção a produtos educacionais. Fala-se de produção técnica, sem especificação.
15 Produtos educacionais Como contá-los"? Reunião de coordenadores na CAPES Estabelecimento de um GT com propostas sobre a temática. O GT gerou um documento, o qual foi encaminhado e discutido em reuniões seguintes, mas não foi incorporado ao documento de área. Validações externas seriam consideradas (bancas, órgãos de fomento, pareceristas, premiações.). Proposição de uma tipologia inicial.
16 Produtos educacionais Como contá-los"? Os mecanismos de validação, tipologia e classificação foram definidos e apresentados no Documento de área 2013 Entretanto não foram aplicados para a TRIENAL 2013 faltou-nos fôlego. Em 2014, durante o III Seminário de Acompanhamento da Área (CAPES) um novo GT foi articulado e alguns encaminhamentos foram apresentados.
17 Produtos educacionais Como contá-los"? Encaminhamentos constam no Relatório do III Seminário de Acompanhamento (pág ). Sugestões: Revisão da tabela de pontuação Necessidade de incentivo de licenças no estilo creative commons Disponibilização em repositórios de acesso aberto (banco internacional de objetos educacionais, portal do professor )
18 Produtos educacionais Como contá-los"? Mensuração do impacto dos produtos educacionais Como? "Guia de fontes de produtos educativos dos mestrados profissionais de ensino do Brasil? Redução de 12 categorias tipológicas para 8, a saber: 1. mídias educacionais 2. protótipos 3. propostas de ensino 4. material textual
19 Produtos educacionais Como contá-los"? 5. materiais interativos (jogos e outros) 6. atividades de extensão 7. desenvolvimento de aplicativos 8. programa de rádio e tv.
20 Produtos educacionais Como contá-los"? Que significa, colocar em prática essa valoração no próximo quadriênio Distinguir PRODUTOS EDUCACIONAIS de PRODUÇÃO TÉCNICA
21 Produtos educacionais Como contá-los"? Produção Técnica seria definida por outro conjunto de atividades desenvolvidas pelos Programas, tais como: Organização de eventos Relatórios de pesquisa Patentes Palestras e outros Os quais seriam contabilizados pela quantidade anual. Como classificar? Como estabelecer o padrão?
22 FUTURO O que nos falta? Como fazer? Obrigada Giselle Rôças giselle.rocas@ifrj.edu.br
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