GESTÃO NO SERVIÇO PÚBLICO
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- Fernando de Paiva Paranhos
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1 GESTÃO NO SERVIÇO PÚBLICO Susan Dignart Gestora Governamental - MT Cuiabá MT, dezembro de 2008
2 GESTÃO o que é? Muitas interpretações... Gestão = Administração: organizar os meios para atingir fins; Políticas Públicas: Fins: demandas e bem estar da sociedade; Meios: Recursos Financeiros; Sistema normativo; Organizações.
3 Como podemos abordar a GESTÃO? Principais enfoques: modelo organizacional organização das estruturas das instituições; modelo de gestão organização das ações dentro do ciclo de gestão das políticas públicas (inclusão das demandas na agenda, planejamento, execução, monitoramento e avaliação). São indissociáveis
4 MODELO DE GESTÃO 1. O mais antigo - gestão financeira: desempenho financeiro da instituição; quanto e em que o governo gasta; voltada para a função orçamentária. Gastos crescentes e demandas cada vez menos atendidas - não responde mais às necessidades da sociedade; Ainda existe em grande medida no serviço público.
5 MODELO DE GESTÃO 2. A evolução - gestão orientada por resultados: o atendimento ao cliente; a qualidade dos produtos/serviços; a eliminação dos desperdícios; a minimização dos estoques; o prazo; a otimização de ciclos de produção, caixa e operacional; o contínuo aperfeiçoamento. Conceitos também proclamados mas ainda não implementados na totalidade.
6 MODELO DE GESTÃO 3. O futuro - gestão estratégica: incorpora a gestão por resultados; seleção de ações estratégicas; implementação compartilhada por todos da organização; processo contínuo estimulado e liderado pela Alta Administração; Conceitos que começam a ser introduzidos na administração Pública.
7 O Ciclo de Gestão Avaliação Monitoramento Revisão das estratégias e ações Execução Impactos Resultados Planejamento Problema ou Oportunidade
8 APLICANDO O CONCEITO Na área de Segurança Pública Qual o principal enfoque da gestão (modelo organizacional ou de gestão)? Quais as evidências? 2. Qual o modelo de gestão predominante (financeira, orientada para resultados ou estratégica)? Quais as evidências?
9 Como começa o ciclo de gestão? PLANEJAMENTO! Estabelecimento de objetivos e definição de meios suficientes para atingi-los; Cálculo que precede e preside a ação; Processo ordenado e sistemático de tomada de decisão (escolha de alternativas) sobre as ações necessárias e adequadas à construção de um futuro desejado.
10 Por que planejar? Contexto de muita rapidez e incerteza; Necessidade de intervenção para obter resultados desejados; Necessidade de entender para intervir; Demandas ilimitadas e recursos escassos.
11 Dá certo planejar? Temos um histórico de planos que não se realizam. Planejamento tradicional: A realidade é imutável; Tudo acontece conforme o modelo que conheço; O diagnóstico garante o conhecimento total da realidade; A norma supera o interesse dos atores (plano normativo).
12 Dá certo planejar? Planejamento moderno: A realidade é complexa; Os atores são criativos e também planejam; O conhecimento da realidade é situacional (conforme o ator que está explicando); O planejamento deve se ajustar à situação, contudo garantir um ponto de chegada (plano como instrumento de navegação).
13 E o Planejamento Estratégico? Resposta das empresas à complexidade do mercado; Análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio, dos pontos fortes e fracos das empresas e da escolha de um modo de compatibilizar as estratégias para que se possa satisfazer do melhor modo possível os objetivos da empresa.
14 E o Planejamento Estratégico? organizar, de maneira disciplinada, as maiores tarefas da empresa e encaminhá-las para manter uma eficiência operacional nos seus negócios e guiar a organização para um futuro melhor e inovador. Pressupõe: Objetividade; Exeqüibilidade; Precisão; Unidade; Flexibilidade; Síntese e especificidade.
15 Planejamento Estratégico Institucional Passos Análise prospectiva (cenários); Análise de ambiente externo (oportunidades de negócios, ameaças ambientais); Análise de ambiente interno (forças ou fatores competitivos, fragilidades) Posicionamento no mercado (identidade organizacional) Formulação de objetivos, estratégias, iniciativas, processos e produtos.
16 E na Administração Pública? Há necessidade de planejar - processar problemas, propor e analisar a viabilidade das alternativas - para atingir resultados desejados; Há muitas demandas / problemas decorrentes das condições de desenvolvimento e de convivência das pessoas; Os recursos são cada vez mais escassos.
17 E na Administração Pública? Limitações! O Estado é a arena de mediação entre os interesses conflitantes de inúmeros atores (objetividade e precisão); A estrutura de execução é fragmentada (unidade e síntese); A estrutura de financiamento é rígida (exeqüibilidade e flexibilidade).
18 Mais Limitações... O propósito das organizações públicas (negócio, missão, visão de futuro); Sistema jurídico; Relações com o sistema político (permanência o poder); Modos de intervenção; Inter-relações entre as organizações; Modo de financiamento (produção X tributos).
19 Como resolver? PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL PES Substituir o diagnóstico por explicações; Realizar a análise por problemas; Substituir o plano normativo por uma estrutura modular (problemas programas); Plano como instrumento de gestão (problemas, programas, resultados, responsáveis); Realizar análise técnica e política.
20 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL Passos / Momentos Explicar as situações: (Momento Explicativo); Foi, é, tende a ser Querer alterar as situações: Deve ser (Momento Normativo); Viabilizar o querer: Pode ser (Momento Estratégico); Proceder / alterar as situações: Fazer (Momento tático operacional).
21 E Mato Grosso? Tem Planejamento Estratégico??? MT+20
22 MT+20 - Objetivos Definir prioridades de ação do governo e da sociedade não é um plano do Governo embora este seja o principal patrocinador e executor; Construir uma agenda estratégica de longo prazo (ano 2026) e uma carteira de projetos de curto prazo ; Estabelecer carteira de projetos com as prioridades para negociação com parceiros, incluindo setor privado e governo federal não se limita, portanto, ao que o governo estadual deve fazer.
23 MT+20 - Conceitos 1. Desenvolvimento Sustentável 2. Planejamento participativo 3. Cenários
24 MT+20 - Concepção 1.LEVANTAMENTOS, PESQUISAS E ESTUDOS DE BASE 2.PROSPECÇÃO DE CENÁRIOS 3. PLANO ESTRATÉGICO Entrevistas (PQ) Estudo Retrospectivo Oficinas Regionais Pesquisa Bibliográfica Macro-cenários mundiais e nacionais Cenários de MT Visão de futuro Estratégia de desenvolvimento Plano de ação regionais onde estamos? aonde queremos chegar? o que fazer para chegar aonde queremos?
25 MT+20 Construção Governador Secretários de Estado, representantes dos demais poderes e da sociedade organizada GRUPO DE SUPERVISÃO Avaliar o andamento do trabalho sob o ponto de vista dos diferentes interesses de governo e da sociedade Técnicos do Estado, representantes das regiões e das instituições privadas, sob a coordenação da Seplan EQUIPE TÉCNICA Participar na produção dos documentos técnicos, avaliar a qualidade, mobilizar e prestar de informações. CONSULTORIA Apoiar com metodologia atividades técnicas
26 A M BI E N TE N A C I O N A L Como pode ser o ambiente para MT? Cenários do Contexto Externo Aprofundamento do ajuste fiscal e implementação de reformas microeconômicas, crescimento alto e estável com redução das desigualdades regionais e diminuição da degradação ambiental. Afrouxamento do ajuste fiscal e abandono das reformas microeconômicas, crescimento baixo e instável, com manutenção das desigualdades regionais e persistência da degradação ambiental. AMBIENTE MUNDIAL Ciclo de crescimento estável da economia mundial com ampla dimunuição de bareiras e fortalecimento das instituições de regulação. AMBIENTE ALTAMENTE FAVORÁVEL AO MATO GROSSO MUNDO FAVORÁVEL, MAS BRASIL COM DIFICULADES Desorganização política e econômica mundial com instabilidade, baixo crescimento, persistência de protecionismo e fragmentação das instituições multilaterais. MUNDO ADVERSO MAS, BRASIL FAVORÁVEL AMBIENTE MUITO DESFAVORÁVEL AO MATO GROSSO
27 VISÃO DE FUTURO Cenário mais favorável Alta qualidade de vida População educada e qualificada, com valorização da diversidade; Cidades agradáveis (saneamento, transporte, segurança, lazer), distribuídas de forma equilibrada no território; Vida no campo com energia, comunicação, acesso e serviços públicos; Excelentes indicadores sociais.
28 VISÃO DE FUTURO Cenário mais favorável Economia dinâmica, com elevada renda e relação harmoniosa com o meio ambiente Estrutura produtiva diversificada; Turismo florescente; Tecnologia avançada; Cadeias produtivas adensadas; Infra-estrutura e logística integradas; Competitividade e integração com baixa vulnerabilidade externa; Potenciais regionais consolidados.
29 Os Desafios para a Visão de Futuro... Reordenar a base econômica e padrão tecnológico; Redefinir a relação da economia com a natureza; Preparar o Estado para as mudanças nas condições de competição mundiais; Superar a grande dependência econômica do mercado externo de commodities; Traduzir o dinamismo da economia em bem-estar social; Enfrentar os estrangulamentos infra-estruturais que reduzem a competitividade.
30 MACRO OBJETIVO 01: Melhoria da qualidade de vida da população META: Redução dos índices de criminalidade, passando de 21,6 homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2006 para 7,0 por 100 mil habitantes em
31 Como chegar lá... Eixos Estratégicos e Programas Eixo 1: Uso sustentável dos recursos naturais Programas Fortalecimento do sistema de gestão ambiental Formação e manutenção de áreas de Preservação e Conservação Promoção do uso racional e sustentável dos recursos naturais Recuperação, preservação e manejo das bacias hidrográficas Reflorestamento de áreas degradadas Eixo 2: Conhecimento educação e inovação Programas Fortalecimento da capacidade de pesquisa e desenvolvimento tecnológico Inovação e desenvolvimento científico e tecnológico das cadeias produtivas Certificação de produtos e processos, registro de patentes, reconhecimento e disseminação do conhecimento das comunidades Reestruturação do sistema educacional Ampliação do ensino técnico t e profissionalizante Expansão e democratização do ensino superior Eixo 3: Infra-estrutura econômica logística Programas Recuperação e ampliação do sistema de transporte rodoviário rio Recuperação e ampliação do sistema multimodal de transporte Ampliação da estrutura de logística Expansão do sistema de oferta de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição) Diversificação da matriz energética Ampliação do sistema de comunicações
32 Como chegar lá... Eixos Estratégicos e Programas Eixo 4: Diversificação e adensamento das cadeias produtivas Programas Eixo 5: Qualidade de vida, cidadania, cultura e segurança Programas Eixo 6: Governabilidade e gestão pública Programas Eixo 7: Descentralização territorial e estruturação da rede urbana Programas Fortalecimento e diversificação da produção agropecuária, ria, extrativismo e silvicultura. Estruturação e implementação de um sistema integrado de redução da criminalidade Modernização da estrutura e métodos m da administração pública p estadual Desenvolvimento regional integrado Diversificação da estrutura produtiva industrial (extrativa e transformação) Fomento à geração de emprego e renda Democratização, descentralização e transparência da gestão pública Fortalecimento da rede urbana Adensamento e agregação de valor das cadeias produtivas (grãos, carne, couro, frutas etc) Cidadania e respeito aos direitos humanos Fortalecimento do sistema estadual de regulação, monitoramento e fiscalização do estado Ampliação e fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais APL Promoção da cultura, esportes e lazer Diversificação da pauta e ampliação do valor agregado das exportações Saneamento, saúde pública e habitação. Proteção, respeito e apoio às s nações indígenas.
33 Fixando os conceitos... O MT+20 pode representar os desejos da sociedade mato-grossense sobre o futuro? É um planejamento estratégico? É um planejamento institucional ou situacional? É factível? Pode conduzir à visão de futuro?
34 Como o MT +20 entra na Administração Pública? Planejamento Governamental...
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