PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE URUAÇU - GO. Relatório da Prospectiva e Planejamento Estratégico Produto D

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1 Relatório da Prospectiva e Planejamento Estratégico Produto D NOVEMBRO DE 2016 PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE URUAÇU - GO PREFEITURA MUNICIPAL DE URUAÇU/GOIÁS

2 Rev. FOLHA DE REVISÃO Data Elaboração Verificação Aprovação Descrição da Revisão COMITÊ DE 0 11/2016 TERRA CC APROVADO COORDENAÇÃO Elaborado Por Coordenador Equipe Técnica TERRA ESTUDOS E Rosângela Maria Ribeiro PROJETOS AMBIENTAIS Ivaldo Donizetti de Oliveira Izabel C. Moura de Morais EIRELI EPP

3 APRESENTAÇÃO Segue documento correspondente ao Produto D RELATÓRIO DA PROSPECTIVA E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO. O presente documento visa apresentar alguns métodos de planejamento que possam auxiliar o governo municipal na elaboração do seu planejamento estratégico e na definição de metas e objetivos referentes ao campo do saneamento. Para tal, serão apresentadas algumas ferramentas que são consolidadas no campo da administração e da gestão. Os métodos de trabalho posteriormente apresentados pela equipe técnica são elaborados em algumas dessas ferramentas, que além do auxílio no planejamento, podem ser bem aplicados para a execução de projetos. Os cenários, objetivos e metas, bem como a projeção de demandas e prospectivas técnicas foram definidos com base nessas metodologias de trabalho.

4 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Croqui do sistema de captação de águas pluviais Figura 2. Esquema de poço escavado com reservatório elevado Figura 3. Esquema de unidades de bombeamento (poços profundos) Figura 4. Esquema geral do sistema tanque séptico Figura 5. Dimensões estimadas para fossas sépticas e sumidouros Figura 6. Esquema do conjunto sanitário - FUNASA Figura 7. Bacia da Avenida Polônia, Porto Alegre. Reservatório de detenção, uso recreativo Figura 8. Veículo para transporte de óleo contaminado Figura 9. Veículo para transporte de pneumáticos Figura 10. Coletor de pilhas e baterias Figura 11. Coletores de lâmpadas Figura 12. Croqui de ATT - Área de Triagem e Transbordo Figura 13. Croqui de PEV - Ponto de Entrega Voluntária Figura 14. Localização dos pontos de entrega voluntária - PEV no município de Uruaçu Figura 15. Recipientes para descarte seletivo de resíduos LEV Figura 16. Padrão de cores para identificação de recipientes para descarte seletivo de resíduos Figura 17. Logística reversa e responsabilidade compartilhada Figura 18. Possível área favorável para construção do Aterro Sanitário de Uruaçu

5 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Matriz do Sistema de Abastecimento de Água Tabela 2. Matriz do Sistema de Esgotamento Sanitário Tabela 3. Matriz do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais Tabela 4. Matriz do Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos Tabela 5. Confronto de cenários - Sistema de Abastecimento de Água Tabela 6. Cenário, objetivos e metas para o sistema de abastecimento de água Tabela 7. Confronto de cenários - Sistema de Esgotamento Sanitário Tabela 8. Cenário, objetivos e metas para o sistema de esgotamento sanitário Tabela 9. Confronto de cenários - Sistema de Manejo de Águas Pluviais Tabela 10. Cenário, objetivos e metas para o sistema de manejo de águas pluviais Tabela 11. Confronto de cenários - Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos Tabela 12. Cenário, objetivos e metas para o sistema de manejo de resíduos sólidos Tabela 13. Cronograma para atendimento dos objetivos e metas propostos Tabela 14. População censitária do município de Uruaçu - IBGE Tabela 15. Estimativa da população de projeto para toda a área de planejamento ao longo do horizonte do PMSB Tabela 16. Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos Tabela 17. Alternativas técnicas de abastecimento de água para os aglomerados rurais Tabela 18. Projeção da demanda anual de reservação de água para a zona urbana ao longo do horizonte de projeto Tabela 19. Ações de contingência e emergência abastecimento de água Tabela 20. Projeção da geração anual de esgoto para a zona urbana ao longo do horizonte de projeto de 20 anos Tabela 21. Estimativa de carga de DBO gerada ao ano Tabela 22. Grau de eficiência de remoção de DBO conforme projeto da ETE Tabela 23. Ações de emergência e contingência esgotamento sanitário Tabela 24 Impactos causados pelas ocupações em fundos de vale Tabela 25 Eventos de emergência e ações de contingência e prevenção drenagem urbana Tabela 26. Dados para cálculo de estimativa de resíduos sólidos gerados Tabela 27. Projeção da quantidade de resíduos sólidos gerados em Uruaçu Tabela 28. Percentuais de atendimento pelo sistema de limpeza urbana Tabela 29. Recomendações para o correto gerenciamento de resíduos sólidos Tabela 30. Caracterização dos resíduos dos serviços de saneamento Tabela 31. Gerenciamento dos RSS Tabela 32. Gerenciamento dos RCD Tabela 33. Caracterização de resíduos nas áreas de portos, aeroportos, passagens de fronteiras e recintos alfandegados Tabela 34. Etapas do gerenciamento e responsabilidades - Logística Reversa Tabela 35. Formas de acondicionamento dos resíduos

6 Tabela 36. Recomendações sobre procedimentos de varrição Tabela 37. Frequência da coleta convencional de RSU Tabela 38. Previsões de emergência e contingencia manejo de resíduos sólidos

7 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 2 LISTA DE FIGURAS... 3 LISTA DE TABELAS INTRODUÇÃO OBJETIVO ANÁLISE SWOT SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Forças e Fraquezas Oportunidades e Ameaças SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Forças e Fraquezas Oportunidades e Ameaças SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS Forças e Fraquezas Oportunidades e Ameaças SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Forças e Fraquezas Oportunidades e Ameaças CENÁRIOS, OBJETIVOS E METAS SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS PROJEÇÃO DE DEMANDAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos Descrição dos principais mananciais passíveis de utilização para o abastecimento de água na área de planejamento Definição das alternativas de manancial para atender a área de planejamento, justificando a escolha com base na vazão outorgável e na qualidade da água Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada Previsão de eventos de emergência e contingência SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços Estimativas de Carga, Concentração de DBO e Coliformes Termotolerantes... 55

8 4.2.3 Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada Comparação das alternativas de tratamento local dos esgotos (na bacia), ou centralizado (fora da bacia, utilizando alguma estação de tratamento de esgotos em conjunto com outra área), justificando a abordagem selecionada Previsão de eventos de emergência e contingência SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS Proposta de medidas mitigadoras para os principais impactos identificados, em particular Diretrizes para o controle de escoamentos na fonte, adotando-se soluções que favoreçam o armazenamento, a infiltração e a percolação, ou a jusante, adotando-se bacias de detenção ter em consideração as características topográficas locais e listar as souções de controle que melhor se adaptariam Diretrizes para o tratamento de fundos de vale Previsão de eventos de emergência e contingência SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Planilha com estimativas anuais dos volumes de produção de resíduos sólidos e percentuais de atendimento pelo sistema de limpeza urbana Metodologia para o cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei /2010, e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual propondo a definição das responsabilidades quanto à sua implantação e operacionalização Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em geral e para a população específica) Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei /2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Critérios de escolha da área para localização do bota-fora dos resíduos inertes gerados (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos etc.) Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, identificando as áreas com risco de poluição e/ou contaminação, observado o Plano Diretor de que trata o 1º do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental Procedimentos operacionais e especificações mínimas a serem adotados nos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, incluída a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos Previsão de eventos de emergência e contingência REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

9 1 INTRODUÇÃO A composição dos Planos Municipais de Saneamento Básico é baseada em diagnóstico e prognóstico, para que assim sejam propostos programas, projetos e ações para a melhoria das condições de saneamento do município. É indiscutível a importância da fase de diagnóstico para realizar o levantamento das principais carências do município e assim conseguir recursos para melhorar as condições de saneamento da população uruaçuense. Na fase de Prospectiva e Planejamento Estratégico foram abordadas as estratégias de atuação para a melhoria das condições dos serviços de saneamento. O planejamento estratégico é um meio de se implantar organização, direcionamento e controle, seja em um empreendimento, um projeto ou na gestão pública. Através disso, é possível maximizar objetivos, minimizar deficiências e consequentemente melhorar a eficiência. O planejamento estratégico propõe uma visão futura dos itens de planejamento por meio de instrumentos de análise e antecipação construídos de forma coletiva com a administração municipal, munícipes e outras entidades que atuam em benefício da população em prol da melhoria das condições de saneamento, como é o caso da SANEAGO que possui concessão dos serviços de água e esgoto. Conforme o Termo de Referência para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico (FUNASA, 2012), a prospectiva estratégica faz uma abordagem acerca dos problemas de variados tipos, as expectativas e a relação entre causas e efeitos. Ainda, identifica objetivos, agentes, opções, sequencia de ações, tenta prever consequências, evitar erros de análise, avalia escalas de valores e abordam táticas e estratégias. Para realizar a análise prospectiva estratégica a metodologia utilizada é a identificação de cenários futuros, possíveis e desejáveis, sendo por meio desses cenários a transformação das incertezas do ambiente em condições racionais para a tomada de decisão, servindo de referencial para a elaboração do plano estratégico de execução de programas, projetos e ações. O crescimento dos municípios bem como o desenvolvimento das projeções populacionais trouxe mudanças significativas no Saneamento Básico, trazendo preocupações aos gestores municipais, que tem papel primordial no planejamento de metas que promovam o atendimento adequado da população aos 04 eixos principais do saneamento básico, que são eles: abastecimento de água, esgotamento sanitário, 8

10 drenagem urbana e manejo de águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Os cenários produzidos em um processo de planejamento visam à descrição de um futuro possível, imaginável e/ou desejável. Adotando a incerteza como elemento central para a formulação de alternativas, sendo divergentes entre si formulando futuros distintos. Em resumo, esses cenários têm como objetivo principal identificar e comparar as alternativas de intervenção, observando o sistema territorial, os aspectos demográficos e os aspectos operacionais específicos de cada serviço de saneamento, promovendo assim uma reflexão sobre as alternativas de futuro melhorando a tomada de decisões estratégicas por parte dos gestores. 1.1 Objetivo O objetivo desse produto é contextualizar a realidade do município, identificar os desafios regionais, avaliar os aspectos demográficos bem como o aumento da necessidade de infraestruturas de saneamento, realizar a proposição de cenários futuros e assim propor ações imediatas, além de ações de curto, médio e longo prazo ao município de Uruaçu. 9

11 2 ANÁLISE SWOT Para a determinação das Prospectivas e de um Planejamento Estratégico foi preciso realizar uma análise dos pontos fortes e fracos de cada vertente do saneamento básico de Uruaçu, assim como estudar as possíveis oportunidades e ameaças que podem vir a contribuir ou dificultar a execução do planejamento. A ferramenta que permitiu esta análise foi a Matriz SWOT (anagrama para os termos em inglês: Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats. Em português: Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). A Matriz SWOT analisou os pontos fortes e fracos, e as oportunidades e ameaças dos 04 (quatro) sistemas que envolvem o saneamento básico de Uruaçu. Em seguida, com os resultados das analises consolidados foi possível organizar um plano de ação para reduzir os riscos e aumentar as chances de sucesso de se cumprir com os objetivos e metas aqui propostos. 2.1 Sistema de abastecimento de água A Matriz SWOT do sistema de abastecimento de água (Tabela 1) apresenta as forças e fraquezas e oportunidades e ameaças do setor e logo após uma análise resumida da Matriz. 10

12 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Capacitação e treinamento dos funcionários; - Avaliação sistemática do serviço; - O PMSB pode levar a melhoria da gestão do sistema de abastecimento de água; - Análises diárias dos padrões de cloro e flúor. Ambiente Interno Tabela 1. Matriz do Sistema de Abastecimento de Água. MATRIZ DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Necessidade de ampliação da rede de distribuição; - Ultimo cadastro realizado em 2006 (necessidade de atualizar o cadastro); - Necessidade de substituição da rede de cimento amianto; - Ausência de manutenção preventiva no Sistema de Abastecimento de Água (SAA); - Ausência de programas de redução do consumo de água; - Ausência de gerador para funcionamento de bombas no SAA; - Vazão insuficiente do manancial de captação para atender a demanda de Uruaçu períodos de estiagem; - Parâmetros de potabilidade fora dos padrões técnicos exigidos; - Existência de algas macrofilas no manancial de captação, em períodos chuvosos; - Insuficiência de programas ambientais voltados para a conservação e recuperação dos recursos hídricos; - Degradação dos mananciais devido o Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Acesso a recursos federais, estaduais e privados; - Políticas públicas estaduais e federais que dão suporte a conservação dos mananciais; - Programas federais de apoio à implantação, ampliação e modernização dos sistemas; - Melhorias dos sistemas de abastecimento de água (urbano e rural); - Políticas públicas federais de priorização de investimentos relacionadas ao setor de saneamento; Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Excesso de burocracia quanto ao acesso aos recursos financeiros; - Falta de controle social; - Intempéries climáticas secas prolongadas; - Não renovação do contrato de concessão; - Pane no sistema elétrico que abastece o município paralização do sistema de abastecimento de água. 11

13 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. Ambiente Interno MATRIZ DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. desmatamento das matas ciliares, o Córrego das Areias sofre com assoreamento e acúmulo de resíduos; - Ausência de tratamento da água consumida por todos os aglomerados rurais isolados 1 ; - Quadro de operadores insuficientes; - Capacidade de reservação insuficiente há extravasamento da água no reservatório de acumulação (localizado na Estação de Tratamento de Água); - Necessidade de reforma nas estruturas da ETA e nos reservatórios; - Índice de perdas elevado (32,94% anual); - Apesar de haver 99,7% de hidrometração, apenas 63,86% destes hidrômetros possuem micromedição; - Atendimento em 97,13% da zona urbana não universalizado; - Despesa superior a receita para manter o SAA. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. 1 Localidade que tem as características definidoras de Aglomerado Rural e está localizada a uma distância igual ou superior a 1 Km da área urbana de uma Cidade, Vila ou de um Aglomerado Rural já definido como de extensão urbana. (Fonte: 12

14 2.1.1 Forças e Fraquezas Analisando o sistema de abastecimento de água de Uruaçu, percebe-se um número elevado de fraquezas o que demanda a necessidade de modernização e adequação do sistema, tanto o sistema urbano quanto os sistemas individuais dos aglomerados rurais. Com relação às forças, estas foram menores com relação às fraquezas, mas não menos importantes Oportunidades e Ameaças Tanto as oportunidades quanto as ameaças apresentaram itens importantes que serão decisivos para se chegar a uma prestação de serviço de qualidade e que atenda toda a população uruaçuense de forma contínua. Para tanto, deve-se trabalhar de forma a mitigar e/ou evitar as ameaças, além de aproveitar as oportunidades que irão proporcionar a correção das fraquezas e o fortalecimento dos pontos positivos. 2.2 Sistema de esgotamento sanitário A seguir (Tabela 2) estão apresentados os itens de reflexão utilizados na construção da Matriz SWOT, bem como a classificação e descrição de como isso afeta o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES). 13

15 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Capacitação e treinamento dos funcionários; - Legislação municipal de fiscalização de sistemas individuais; - O PMSB pode levar a melhoria da gestão do sistema de esgotamento sanitário; - Ampliação da rede de coleta em andamento. Ambiente Interno Tabela 2. Matriz do Sistema de Esgotamento Sanitário. MATRIZ DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Necessidade de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário; - Extravasamento de esgoto nas Estações Elevatórias de Esgoto; - Uso de fossas com estruturas inadequadas na zona urbana e rural; - Ausência de fiscalização quanto ao lançamento indevido de esgoto nas vias e mananciais; - Esgoto a céu aberto e fossas secas em algumas casas do Funil, Geriaçu e Cruzeiro do norte; - Ligação clandestina de rede pluvial na rede de esgoto nos setores Universitário, Vila Santana, Recanto da Serra, Vasconcelos, Parque Alvorada e em parte do Setor Sul II; - Banheiros públicos na Praia Generosa possuem fossas com estruturas inadequadas; - Não há avaliação sistemática do serviço; - Lançamento de esgoto in natura realizado por caminhões limpa fossa, diretamente no sistema de gradeamento da ETE; - A disposição dos resíduos gerados no processo de tratamento, requer uma Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Acesso a recursos federais, estaduais e privados; - Políticas públicas estaduais e federais que dão suporte a conservação dos mananciais; - Programas federais de apoio à implantação, ampliação e modernização dos sistemas; - Melhorias dos sistemas de esgotamento sanitário (urbano e rural); - Políticas públicas federais de priorização de investimentos relacionadas ao setor de saneamento; Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Excesso de burocracia quanto ao acesso aos recursos financeiros; - Falta de controle social; - Não renovação do contrato de concessão; - Pane no sistema elétrico que abastece o município paralização do sistema de esgotamento sanitário. 14

16 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. Ambiente Interno MATRIZ DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. solução ambiental adequada, como também existe a necessidade de implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos para as unidades (EEE e ETE); - Há presença de coloração esverdeada no ponto de lançamento do esgoto tratado e de grande acúmulo de espuma após a escada de aeração; - Despesa superior a receita para manter o SES. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. 15

17 2.2.1 Forças e Fraquezas Assim como no sistema de abastecimento de água, foi identificado um número maior de fraquezas com relação às forças. Apesar de o SES estar em processo de ampliação e de haver legislação municipal que dê apoio à fiscalização quanto às irregularidades diagnosticadas, o SES ainda não se encontra universalizado e ainda há o problema com fossas inadequadas e lançamentos de efluentes de forma incorreta. A ausência de esgotamento sanitário adequado principalmente na zona rural é um dos maiores problemas Oportunidades e Ameaças Uma gestão eficiente dos recursos financeiros e a busca de parcerias acarretaram a uma prestação de serviço de qualidade e que atenda toda a população uruaçuense de forma contínua, sanando as fraquezas apresentadas. 2.3 Sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais A Matriz SWOT (Tabela 3) é apresentada a seguir para o Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais. 16

18 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Existência de legislação municipal de fiscalização de uso e ocupação do solo; - Existência de Plano Diretor Integrado da Cidade de Uruaçu; - Existência de projeto municipal de plantio de mudas em locais com processo de degradação; - O PMSB pode levar a melhoria da gestão do sistema de drenagem. Ambiente Interno Tabela 3. Matriz do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais. MATRIZ DO SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Plano Diretor desatualizado; - Rede e dispositivos de drenagem insuficientes; - Problemas com alagamento na entrada do Funil; - Inexistência de qualquer tipo de estrutura de drenagem nos aglomerados rurais; - Inexistência de manutenção preventiva no sistema; Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Acesso a recursos federais, estaduais e privados; - Políticas públicas estaduais e federais que dão suporte a conservação dos mananciais; - Programas federais de apoio à implantação, ampliação e modernização dos sistemas; - Políticas públicas federais de priorização de investimentos relacionadas ao setor de saneamento; - Inexistência de fiscalização quanto ao lançamento de esgoto na rede de águas pluviais; - Há presença de acumulo de resíduos e assoreamento no Córrego das Areias; - Inundações repentinas e alagamentos na zona urbana da cidade (áreas de preservação permanente). Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Excesso de burocracia quanto ao acesso aos recursos financeiros; - Falta de controle social; - Não atualização do Plano Diretor; - Não cumprimentos das legislações municipais referentes ao uso e ocupação solo; - Intempéries climáticas precipitações pluviométricas acima da normal. 17

19 2.3.1 Forças e Fraquezas Uruaçu possui Plano Diretor e legislações que dão amparo legal para fiscalização de uso e ocupação do solo, porém não foi identificada fiscalização quanto ao uso do solo e nem zonas de proteção ambientais definidas. A Secretaria de Meio Ambiente em parceria com a Secretaria de Educação desenvolveram projeto de plantio de árvores em locais que apresentam processo de degradação do solo. Apesar de haver um departamento dentro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras para exercer a gestão do sistema de drenagem, este sistema não possui plano de manutenção preventivo, o que poderia minimizar os problemas identificados. Há necessidade ainda de ampliação e readequação do sistema de drenagem existente Oportunidades e Ameaças Sistemas de drenagem requerem altos investimentos e como oportunidade o Plano Municipal de Saneamento Básico de Uruaçu irá facilitar o acesso aos recursos federais, assim como aos programas federais voltados para conservação e manutenção dos recursos hídricos e meio ambiente. Deve-se desde já empenhar-se na atualização do Plano Diretor e buscar inserir nele uma gestão eficiente e sustentável do manejo das águas pluviais. Lembrando que a população uruaçuense deve exercer efetiva participação e controle social em todas as fases do planejamento do município, assim como o poder público municipal deverá exercer uma fiscalização eficiente e pautada pelas legislações vigentes. 2.4 Sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos A Matriz SWOT é apresentada a seguir (Tabela 4) para o Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos. 18

20 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Existência de legislação municipal que dá apoio à fiscalização; - Manejo adequado dos pneumáticos e dos resíduos de serviço de saúde; - Existência de coleta seletiva; - Existência de ações de educação ambiental; - O PMSB pode levar a melhoria da gestão do sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Ambiente Interno Tabela 4. Matriz do Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos. MATRIZ DO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Ausência de coleta de resíduos em Geriaçu, Urualina, Funil, Cruzeiro do Norte e Riachão; - Coleta irregular em Água Branca - Estrutura de disposição final dos RSU inadequada; - Há necessidade de realizar a recuperação da área do lixão; - Ausência de Fiscalização; - Resíduos espalhados nas estradas de acesso ao lixão e propriedades rurais próximas; - Insuficiência de equipamentos e máquinas; - Necessidade de profissionais capacitados para gestão; - Insuficiência de treinamentos/qualificação dos funcionários; - Logística reversa insuficiente; - Falta de cooperação da população com os programas existentes; - Disposição de resíduos próximos às rodovias; Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Acesso a recursos federais, estaduais e privados; - Políticas públicas estaduais e federais que dão suporte as práticas de manejo de resíduos sólidos; - Programas federais de apoio à implantação, ampliação e modernização dos sistemas; - Melhorias dos sistemas de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; - Políticas públicas federais de priorização de investimentos relacionadas ao setor de saneamento; Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. - Excesso de burocracia quanto ao acesso aos recursos financeiros; - Falta de controle social; - Não cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos; - Não manutenção dos programas de coleta seletiva e de educação ambiental. 19

21 Forças Pontos que contribuem para os objetivos e metas. Ambiente Interno MATRIZ DO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Fraquezas Pontos que dificultam os objetivos e metas. Oportunidades Pontos que contribuem para os objetivos e metas. - Resíduos de construção civil dispostos de forma irregular; - Coleta seletiva insuficiente (somente nos Bairros Vila Primavera, Vila Xique- Xique, Vila Lopes, Vila União, Setor Casego, Vila Dourada, Vila São Jorge, Setor Oeste e Parque Paraíso); - Conforme questionário realizado: 89% dos entrevistados pontuaram a ausência de varrição das ruas e calçadas, 81% pontuaram a ausência de limpeza das ruas e 75% pontuaram a ausência de capina e roçada. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Ambiente Externo Ameaças Pontos que dificultam os objetivos e metas. 20

22 2.4.1 Forças e Fraquezas O município de Uruaçu apresenta ações de educação ambiental, programa de coleta seletiva e reciclagem além de legislação que dá amparo legal para ações de fiscalização, porém ainda há falta de incentivo para que estas medidas se tornem eficientes. Estes incentivos vão desde financeiros até mesmo na capacitação dos profissionais que trabalham na limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. Outra fraqueza é a não universalização dos serviços prestados assim como a disposição e tratamento inadequado dos resíduos sólidos Oportunidades e Ameaças O Governo Federal possui uma gama de programas voltados para a área de gestão de resíduos sólidos, assim como há incentivos financeiros. Este Plano de Saneamento poderá levar ao município de Uruaçu a alcançar os objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Comum para todas as vertentes do saneamento, a burocracia ao acesso de recursos faz com que a universalização dos serviços com eficiência e efetividade se torne algo distante. 21

23 3 CENÁRIOS, OBJETIVOS E METAS Os cenários, objetivos e metas estabelecidas têm como função orientar e nortear o poder público municipal e a população uruaçuense na tomada de decisões sobre as suas atuações sobre o saneamento básico municipal. Para a proposição desses cenários foi levado em consideração alguns fatores, bem como o seu comportamento ao longo do tempo. Assim, foi utilizado como base de orientação o texto para discursão Metodologia e Técnicas de Construção de Cenários Globais e Regionais 2 publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Observadas e analisadas as metodologias, optou-se pelo método de criação de Cenário Normativo (ou Desejado). O cenário normativo (desejado) é uma descrição da realidade futura e compõe um determinado jogo de hipóteses plausíveis e consistentes que converge, fortemente, para os desejos da sociedade em relação ao seu futuro. (Sérgio C. Buarque, 2003) Segundo Sérgio C. Buarque (2003) o processo se inicia com a construção de um futuro desejado, ainda sem definição do horizonte e livre de restrições, ou seja, sem preocupação ainda se será aceitável ou não. Este futuro desejável servirá de referencial para a descrição do cenário normativo. Para determinar o futuro desejado foram realizadas reuniões com a população uruaçuense, na qual se procurou criar uma visão coletiva para o futuro do saneamento básico em Uruaçu. Este método, onde se buscou conhecer os anseios da população, trouxe um grande efeito didático na mobilização e proporcionou na elaboração do cenário desejado. Com o futuro desejado já definido, seguiu-se para a construção do cenário normativo, na qual consistiu no confronto dos desejos (futuro desejável) com as condições concretas da realidade do saneamento básico diagnosticado (cenário atual) para melhor ajustar às possibilidades efetivas, e assim, criar um cenário possível e desejado. Para a definição dos objetivos setoriais não se levou em consideração apenas o cenário atual, mas também as tendências de desenvolvimento socioeconômico de Uruaçu 2 Disponível em: 22

24 ao longo do planejamento. O estabelecimento de objetivos está fortemente condicionado pelas características do município. Contudo, sem considerar essas especificidades, é possível assumir como objetivos gerais, os relacionados a seguir: Garantir a qualidade ambiental como condição essencial para a promoção e melhoria da saúde coletiva; Promover a recuperação e o controle da qualidade ambiental, garantindo acesso pleno dos cidadãos aos serviços e sistemas de saneamento; e Adotar e manter a universalização dos sistemas e dos serviços de saneamento básico como meta permanente. Definidos os objetivos gerais para o saneamento básico, buscou-se adotar também objetivos gerais e abrangentes para as vertentes do saneamento básico, na qual estes nortearão a elaboração das propostas de Programas, Projetos e Ações (Produto E) e do Plano de Execução (Produto F) das próximas fases do planejamento. Os horizontes temporais determinados para cumprimento das metas estabelecidas foram prazos emergenciais (até 3 anos), curtos (entre 4 a 8 anos), médios (entre 9 a 12 anos) e longos (entre 13 a 20 anos), bem como as prioridades para início do cumprimento das metas: Alta até 1 ano após o início do prazo; Média até 2 anos após o início do prazo; Baixa até 3 anos após o início do prazo. Nos tópicos seguintes estão apresentados os Cenários, Objetivos e Metas para cada vertente do saneamento básico. 3.1 Sistema de abastecimento de água Tabela 5. Confronto de cenários - Sistema de Abastecimento de Água. CENÁRIO ATUAL (Situação Diagnostica) - Necessidade de ampliação da rede de distribuição; - Ultimo cadastro realizado em 2006 (necessidade de atualizar o cadastro); - Necessidade de substituição da rede de cimento amianto; FUTURO DESEJÁVEL - Aquisição de floco decantadores; - Aquisição de reserva fria (bombas reservas); - Redução do índice de perdas; 23

25 CENÁRIO ATUAL (Situação Diagnostica) FUTURO DESEJÁVEL - Ausência de manutenção preventiva no Sistema - Modulação do sistema; de Abastecimento de Água (SAA); - Ausência de programas de redução do consumo - Substituição de hidrômetros; de água; - Ausência de gerador para funcionamento de - Ampliar sistema de reservação; bombas no SAA; - Vazão insuficiente do manancial de captação para atender a demanda de Uruaçu períodos de - Estudos para uma nova captação e ETA; estiagem; - Parâmetros de potabilidade fora dos padrões - Ampliar sistema de distribuição (novos técnicos exigidos; loteamentos). - Existência de algas macrofilas no manancial de captação, em períodos chuvosos; - Insuficiência de programas ambientais voltados para a conservação e recuperação dos recursos hídricos; - Degradação dos mananciais devido o desmatamento das matas ciliares, o Córrego das Areias sofre com assoreamento e acúmulo de resíduos; - Ausência de tratamento da água consumida por todos os aglomerados rurais isolados; - Quadro de operadores insuficientes; - Capacidade de reservação insuficiente há extravasamento da água no reservatório de acumulação (localizado na Estação de Tratamento de Água); - Necessidade de reforma nas estruturas da ETA e nos reservatórios; - Índice de perdas elevado (32,94% anual); - Apesar de haver 99,7% de hidrometração, apenas 63,86% destes hidrômetros possuem micromedição; - Atendimento em 97,13% da zona urbana não universalizado; - Despesa superior a receita para manter o SAA. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Tabela 6. Cenário, objetivos e metas para o sistema de abastecimento de água. CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA METAS E PRIORIDADES 1. Ampliar e manter a manutenção do sistema através de obtenção de recursos eficiência e sustentabilidade econômica. Universalização do Curto Alta sistema; 2. Atendimento progressivo do acesso de todos os domicílios ocupados, considerando as peculiaridades locais; Curto Alta 3. Resolver carências de abastecimento de água, garantindo eficácia no fornecimento de água a toda população uruaçuense; Curto Alta 4. Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação sanitária e ambiental e adotar medidas de promoção à moderação do Emergencial Alta consumo de água; 5. Elaborar e executar programas de recuperação e conservação dos Emergencial Alta 24

26 recursos hídricos; CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA 6. Assegurar a máxima eficiência no tratamento de água (urbano e rural) exercer medidas de segurança, qualidade e regularidade; Curto 7. Estabelecer medidas de apoio à reabilitação dos sistemas existentes. Curto Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, METAS E PRIORIDADES Alta Alta 3.2 Sistema de esgotamento sanitário Tabela 7. Confronto de cenários - Sistema de Esgotamento Sanitário. CENÁRIO ATUAL (Situação Diagnostica) - Necessidade de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário; FUTURO DESEJÁVEL - Adequar os sistemas de coleta dos novos loteamentos para que haja viabilidade técnica e operacional; - Aquisição de geradores de energia para as estações elevatórias de esgoto; - Ampliar sistema de tratamento (construção de lagoas); - Extravasamento de esgoto nas Estações Elevatórias de Esgoto; - Uso de fossas com estruturas inadequadas na zona urbana e rural; - Ausência de fiscalização quanto ao lançamento - Ampliação da rede de coleta. indevido de esgoto nas vias e mananciais; - Esgoto a céu aberto e fossas secas em algumas casas do Funil, Geriaçu e Cruzeiro do norte; - Ligação clandestina de rede pluvial na rede de esgoto nos setores Universitário, Vila Santana, Recanto da Serra, Vasconcelos, Parque Alvorada e em parte do Setor Sul II; - Banheiros públicos na Praia Generosa possuem fossas com estruturas inadequadas; - Não há avaliação sistemática do serviço; - Lançamento de esgoto in natura realizado por caminhões limpa fossa, diretamente no sistema de gradeamento da ETE; - A disposição dos resíduos gerados no processo de tratamento, requer uma solução ambiental adequada, como também existe a necessidade de implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos para as unidades (EEE e ETE); - Há presença de coloração esverdeada no ponto de lançamento do esgoto tratado e de grande acúmulo de espuma após a escada de aeração; - Despesa superior a receita para manter o SES. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

27 Tabela 8. Cenário, objetivos e metas para o sistema de esgotamento sanitário. CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA METAS E PRIORIDADES 1. Ampliar e manter a manutenção do sistema através de obtenção de recursos eficiência e sustentabilidade econômica. Universalização do Curto Alta sistema; 2. Resolver carências de atendimento, garantindo o acesso do serviço de esgotamento sanitário à população, considerando as peculiaridades Emergencial Alta locais; 3. Proteger os mananciais de especial interesse, com destaque para os destinados ao consumo humano; Emergencial Alta 4. Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação sanitária e ambiental. Emergencial Alta 5. Adaptar a infraestrutura disponível para tratamento de esgoto à realidade resultante do desenvolvimento socioeconômico do município. Curto Alta Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais Tabela 9. Confronto de cenários - Sistema de Manejo de Águas Pluviais. CENÁRIO ATUAL (Situação Diagnostica) FUTURO DESEJÁVEL - Plano Diretor desatualizado; - Fiscalização e fim das ligações clandestinas de esgoto; - Rede e dispositivos de drenagem insuficientes; - Atualização do Plano Diretor; - Problemas com alagamento na entrada do Funil; - Criação de áreas de proteção permanente e zonas verdes; - Inexistência de qualquer tipo de estrutura de - Adequação e ampliação do sistema de drenagem nos aglomerados rurais; drenagem urbano. - Inexistência de manutenção preventiva no sistema; - Inexistência de fiscalização quanto ao lançamento de esgoto na rede de águas pluviais; - Há presença de acumulo de resíduos e assoreamento no Córrego das Areias; - Inundações repentinas e alagamentos na zona urbana da cidade (áreas de preservação permanente). Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Tabela 10. Cenário, objetivos e metas para o sistema de manejo de águas pluviais. CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA METAS E PRIORIDADES 1. Ampliar e manter a manutenção do sistema através de obtenção de recursos eficiência e sustentabilidade econômica. Universalização do Médio Alta sistema; 2. Atualizar e articular o Plano Diretor com os serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas Emergencial Alta pluviais e manejo de resíduos sólidos; 3. Adotar medidas preventivas ao invés de corretivas; Emergencial Alta 26

28 CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA METAS E PRIORIDADES 4. Valorizar os cursos d água com suas integrações na paisagem urbana e fonte de lazer; Emergencial Alta 5. Elaborar o zoneamento dos fundos de vale e das várzeas de inundação; Emergencial Alta 6. Adotar um sistema de drenagem sustentável que atenda toda a população uruaçuense, considerando as peculiaridades locais. Curto Alta Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Tabela 11. Confronto de cenários - Sistema de Manejo de Resíduos Sólidos. CENÁRIO ATUAL (Situação Diagnostica) FUTURO DESEJÁVEL - Ausência de coleta de resíduos em Geriaçu, - Construção de aterro sanitário; Urualina, Funil, Cruzeiro do Norte e Riachão; - Coleta irregular em Água Branca - Aquisição de veículos coletores; - Estrutura de disposição final dos RSU - Adequação e ampliação do programa de coleta inadequada; seletiva; - Há necessidade de realizar a recuperação da área do lixão; - Fiscalização quanto à disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos; - Ausência de Fiscalização; - Atendimento da zona rural; - Resíduos espalhados nas estradas de acesso - Implantação de cooperativa. ao lixão e propriedades rurais próximas; - Insuficiência de equipamentos e máquinas; - Contratação de mão de obra; - Necessidade de profissionais capacitados para gestão; - Insuficiência de treinamentos/qualificação dos funcionários; - Logística reversa insuficiente; - Falta de cooperação da população com os programas existentes; - Disposição de resíduos próximos às rodovias; - Resíduos de construção civil dispostos de forma irregular; - Coleta seletiva insuficiente (somente nos Bairros Vila Primavera, Vila Xique-Xique, Vila Lopes, Vila União, Setor Casego, Vila Dourada, Vila São Jorge, Setor Oeste e Parque Paraíso); - Conforme questionário realizado: 89% dos entrevistados pontuaram a ausência de varrição das ruas e calçadas, 81% pontuaram a ausência de limpeza das ruas e 75% pontuaram a ausência de capina e roçada. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

29 Tabela 12. Cenário, objetivos e metas para o sistema de manejo de resíduos sólidos. CENÁRIO NORMATIVO (DESEJADO) OBJETIVOS GERAIS PARA O SISTEMA METAS E PRIORIDADES 1. Ampliar e manter a manutenção do sistema através de obtenção de recursos eficiência e sustentabilidade econômica. Universalização do Curto Alta sistema; 2. Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação sanitária e ambiental; Emergencial Alta 3. Atender aos princípios da redução, reutilização e reciclagem dos resíduos sólidos, em busca da sustentabilidade do sistema; Emergencial Alta 4. Resolver as deficiências e atenuar as disfunções ambientais atuais associadas à salubridade ambiental, resultantes de falhas no manejo Emergencial Alta dos resíduos sólidos; 5. Resolver carências de atendimento, garantindo o acesso ao serviço para toda a população, considerando as peculiaridades locais; Curto Alta 6. Adaptar a infraestrutura disponível para tratamento, reciclagem e disposição final dos resíduos sólidos à realidade resultante do desenvolvimento socioeconômico do município. Curto Alta Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Buscando atender aos objetivos e metas propostos, assim como as prioridades da população do município de Uruaçu, foi utilizado o Cenário Normativo. Este cenário visa atender as prioridades da população sem afetar a eficiência dos serviços prestados, tampouco a sustentabilidade econômica dos prestadores dos serviços de saneamento, desta forma exercendo uma gestão eficiente dos recursos financeiros que serão alcançados. Na Tabela 13 está definido um cronograma para atendimento dos objetivos propostos para cada sistema que compõe o saneamento básico. Vale ressaltar que este cronograma busca contemplar o caminho a ser adotado para execução dos programas, projetos e ações. Tabela 13. Cronograma para atendimento dos objetivos e metas propostos. SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO OBJETIVOS METAS PRIORIDADES* a a Abastecimento de Água a a a a a a Esgotamento Sanitário a a a Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais a

30 SISTEMAS DE SANEAMENTO BÁSICO OBJETIVOS METAS PRIORIDADES* a a a a a a a Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos a a a a *Prazo máximo para iniciar a execução dos objetivos. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Como pode ser observado no cronograma, a maioria dos objetivos tem como início prioritário o ano de 2018, isto porque a Lei Municipal 1.793/2013, que dispõe sobre o Plano Plurianual de Uruaçu para o período de 2014 a 2017, não contempla os programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas. Desta forma, deverá a Prefeitura enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual do Município de Uruaçu contendo os programas, projetos e ações para cumprimento dos objetivos aqui propostos. 4 PROJEÇÃO DE DEMANDAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS A elaboração do planejamento de políticas públicas requer uma detalhada análise histórica que possibilite quantificar e compreender a lógica de diversos processos que se integram com os elementos do saneamento básico. O detalhamento dos requisitos de demanda e a definição de alternativas técnicas de engenharia serão primordiais para o prosseguimento das atividades do PMSB. Neste processo foram utilizadas as informações do diagnóstico articuladas às atuais políticas, programas e projetos de saneamento básico e de setores correlacionados a saúde, habitação, meio ambiente, recursos hídricos, educação e outros. Para uma melhor idealização das prospectivas técnicas é necessário o conhecimento da projeção populacional e/ou população de projeto para toda a área de planejamento ao longo do horizonte de projeto de 20 anos. 29

31 Denomina-se população de projeto, à população total a que os sistemas deverão atender considerando-se o fim do período de projeto. A determinação da população futura é essencial, pois não se deve projetar, por exemplo, um sistema de abastecimento de água ou de coleta de esgotos para beneficiar apenas a população atual de uma cidade com tendência de crescimento contínuo. Esse procedimento, muito provavelmente, inviabilizaria o sistema logo após sua implantação por problemas de subdimensionamento. As informações do banco de dados históricos e populacionais do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística foi o facilitador utilizado para analisar o comportamento da evolução do crescimento populacional de Uruaçu nos últimos anos e, com isso, estabelecer a tendência de crescimento do município para o horizonte de 20 anos. A escolha do método de projeção geométrica adotado neste estudo foi baseada nas fórmulas utilizadas comumente pelo IBGE. A seguir estão as fórmulas utilizadas: n - tempo transcorrido entre as duas datas de referência dos censos (10 anos); P¹ - população no fim do período ( habitantes); P - população no início do período ( habitantes); i - taxa média geométrica de crescimento. A partir da taxa média geométrica de crescimento (i = 0,97%) calculou-se através da fórmula abaixo a estimativa da população para os anos de horizonte do PMSB. P t Pinicial * 1 i n P t - População em um tempo ( t ); P inicial - População de referência (último censo ); () n - tempo transcorrido entre as duas datas de referência. Abaixo estão os dados censitários do IBGE, na qual se usou como P inicial a população do ano de Tabela 14. População censitária do município de Uruaçu - IBGE. ANO (P) 2010 (P¹) Total (habitantes)

32 ANO (P) 2010 (P¹) Urbana (habitantes) Rural (habitantes) Fonte: IBGE, Na tabela que se segue está a projeção populacional para todo o horizonte de planejamento do PMSB de Uruaçu com base nos cálculos realizados através dos dados censitários do IBGE. Tabela 15. Estimativa da população de projeto para toda a área de planejamento ao longo do horizonte do PMSB. HORIZONTE DO PMSB ANO POPULAÇÃO TOTAL (HAB.) POPULAÇÃO URBANA (HAB.) POPULAÇÃO RURAL (HAB.) ,287 34,188 3, ,649 34,584 3, ,014 34,984 3, ,383 35,390 2,994 Início* ,756 35,800 2,956 Término* ,132 36,214 2, ,511 36,634 2,877 1º ,895 37,058 2,836 2º ,282 37,488 2,794 3º ,673 37,922 2,751 4º ,067 38,361 2,706 5º ,466 38,806 2,660 6º ,868 39,255 2,613 7º ,274 39,710 2,564 8º ,684 40,170 2,514 9º ,098 40,635 2,463 10º ,517 41,106 2,410 11º ,939 41,582 2,356 12º ,365 42,064 2,301 13º ,796 42,551 2,244 14º ,230 43,044 2,186 15º ,669 43,543 2,126 16º ,112 44,048 2,065 17º ,560 44,558 2,002 18º ,011 45,074 1,937 19º ,467 45,596 1,871 20º ,928 46,125 1,803 *Início da elaboração do PMSB de Uruaçu em 2015 e término da elaboração em Fonte: IBGE (2015) e TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

33 4.1 Sistema de abastecimento de água Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) define em seu artigo 175 que: Art Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado. (CRFB/88). Assim, fica claro que as atividades caracterizadas como serviços públicos são obrigações essenciais do Poder Público e, portanto, os serviços de saneamento básico, independentemente de ser prestado diretamente pelo Poder Público ou mediante delegação a particulares deverá, sempre, ser prestados de forma contínua e com qualidade para o maior número de usuários possível e com remuneração tão moderada quanto possível. A Lei Federal nº /07 no capítulo II regulamenta sobre o exercício da titularidade e prevê que o titular, o Município, deverá elaborar a política pública de saneamento básico, devendo para tanto, desempenhar um rol de condições, previstas no art. 9º, como: I - elaborar os planos de saneamento básico, nos termos desta Lei; II - prestar diretamente ou autorizar a delegação dos serviços e definir o ente responsável pela sua regulação e fiscalização, bem como os procedimentos de sua atuação; III - adotar parâmetros para a garantia do atendimento essencial à saúde pública, inclusive quanto ao volume mínimo per capita de água para abastecimento público, observadas as normas nacionais relativas à potabilidade da água; IV - fixar os direitos e os deveres dos usuários; V - estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do caput do art. 3 o desta Lei; VI - estabelecer sistema de informações sobre os serviços, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento; VII - intervir e retomar a operação dos serviços delegados, por indicação da entidade reguladora, nos casos e condições previstos em lei e nos documentos contratuais. 32

34 Formas de prestação de serviço público admitidas pela Constituição Federal O Município de Uruaçu como titular do serviço público de saneamento no âmbito de seu território, conforme a CRFB/88, poderá atuar das seguintes formas: Prestação direta centralizada; Prestação direta descentralizada - é o caso de delegação, sem fins lucrativos = outorga; Desta forma, fica entendido que o Município pode operar através de prestação direta centralizada, via administração central, ou descentralizada por meio de autarquia, sociedade de economia mista ou empresa pública, sem fins lucrativos. Prestação indireta, mediante delegação por meio de concessão, permissão ou autorização, formalizada por meio de edital de licitação; Assim, delegar a prestação a terceiros por meio de licitação pública e contrato de concessão (empresa estatal ou privada), caracteriza a prestação indireta. Os contratos de concessão com empresa estatal ou privada devem atender, além da legislação e regulação do titular, às normas gerais da Lei Federal nº 8.987/1995, que dispõem sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, sempre precedida de licitação pública. 3 II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; (BRASIL, 1995). A delegação para entidades da própria administração indireta decorre da Lei, já a concessão dos serviços de saneamento opera-se por contrato, mediante prévio e obrigatório processo de licitação, sendo o prestador entidade privada ou da administração indireta dos entes da federação com fins lucrativos. 4 Prestação via gestão associada ou regionalizada. Segundo o Decreto Federal nº 6.017/2007 que regulamenta a Lei Federal nº /2005 (Lei dos Consórcios Públicos) define gestão associada em seu art. 2º como: 3 Trecho extraído do Manual Saneando Qualidade, Ministério Público do Estado de Goiás, Trecho extraído do Guia do Saneamento Básico Perguntas e Respostas, Col. Suporte Jurídico do Ministério Público de Santa Catarina,

35 IX - gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos; (BRASIL, 2007). A gestão associada, conforme estabelece o Decreto Federal nº 6.017/2007, é uma associação voluntária de entes da federação, e sua formalização ocorre por meio de convênio de cooperação ou de consórcio público. O referido Decreto ainda define: I - consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei nº , de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos; VIII - convênio de cooperação entre entes federados: pacto firmado exclusivamente por entes da Federação, com o objetivo de autorizar a gestão associada de serviços públicos, desde que ratificado ou previamente disciplinado por lei editada por cada um deles; (BRASIL, 2007). Uma vez que a gestão associada é realizada entre entes da federação, a delegação da prestação dos serviços pode ser feita com dispensa de licitação, após formalização de contrato de programa, assim definido no art. 24 no inciso XXVI da Lei Federal nº 8.666/1993 (Lei de Licitação): Art. 24. É dispensável a licitação: XXVI na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. (BRASIL, 1993). O Decreto Federal nº 7.217/2010, que regulamenta a Lei Federal nº /2007, também define em seu art. 41: A contratação de prestação regionalizada de serviços de saneamento básico dar-se-á nos termos de contratos compatíveis, ou por meio de consórcio público que represente todos os titulares contratantes.. Ainda, conforme Decreto citado, em seu art. 43: O serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer a plano de saneamento básico elaborado pelo conjunto de Municípios atendidos.. Definidas as formas de prestação de serviços, o Município de Uruaçu pode optar por uma gestão pública ou privada dos serviços de abastecimento de água. 34

36 No Brasil é mais comum os municípios delegarem os serviços de água e esgoto às companhias estaduais, porém ainda há a prestação de serviços diretamente por meio de autarquias, empresas e departamentos de secretarias municipais. Outros terceirizam atividades específicas desses serviços por meio da contratação de empresas privadas e ainda existem as gestões associadas ou consórcios públicos, criados por vários municípios. A gestão e prestação de serviços de abastecimento público atualmente no município são de domínio da SANEAGO Saneamento de Goiás S/A, através do Contrato de Concessão para Serviços de Água e Esgotos Sanitários de número: 194/98. O contrato assinado em 14 de Maio de 1998 com vigência de 20 anos e previsão de término para 14 de Maio de A SANEAGO é uma sociedade de economia mista, entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividades econômicas sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertencem em sua maioria à união ou à entidade da Administração Indireta, no caso ao Estado de Goiás. Cabe salientar que a gestão dos serviços deve sempre buscar a melhoria continua da qualidade do serviço, o atendimento universalizado e a sustentabilidade econômica, assim como cumprir com os objetivos e metas propostos neste Plano Municipal de Saneamento Básico Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos A elaboração de um projeto de abastecimento de água exige o conhecimento das vazões de dimensionamento das diversas partes constituintes do sistema. Por sua vez, a determinação dessas vazões implica no conhecimento da demanda de água na localidade, que é função do número de habitantes a serem atendidos e do consumo per capita. Atualmente, toda a população urbana de Uruaçu é atendida pelo Sistema de Abastecimento de Água da SANEAGO. O índice de perdas médio é de 32,94%, esta porcentagem causa um aumento na demanda diária. Com base no exposto foi adotado para consumo per capita 166,42 L/hab.dia, já considerando o índice de perdas. A água distribuída para uma cidade não tem uma vazão constante, mesmo considerada invariável à população consumidora. 35

37 Variações diárias K 1 = maior consumo diário do ano/vazão média diária do ano = varia entre 1,2 a 2,0. K 1 é utilizado na determinação da vazão de dimensionamento para: captação, adução, estações de tratamento e elevatórias (desde a captação ao reservatório). Variações horárias 3,0. K 2 = vazão da hora de maior consumo/vazão média horária no dia = varia entre 1,5 a até a rede). K 2 é utilizado para o dimensionamento da rede de distribuição (desde o reservatório Para a realização do cálculo foi utilizado o coeficiente do dia de maior consumo K 1 e o coeficiente da hora de maior consumo K 2, respectivamente 1,2 e 1,5. Esperando uma redução bem razoável no índice de perdas, usaram-se reduções graduais para demonstrar a economia de água ao longo do planejamento. A equação abaixo permite estimar a vazão de abastecimento considerando o consumo médio per capta com suas respectivas variações: em que: Q Vazão média anual em L/s; P População da área abastecida; e q Consumo médio diário per capita em L/hab.dia. 36

38 Tabela 16. Projeção da demanda anual de água para toda a área de planejamento ao longo dos 20 anos. Vazões desconsiderando as perdas no Vazões considerando as perdas no sistema Volume Médio Volume Médio Pop. Per capita sistema (L/s) 111,61 L/hab.dia atualmente (L/s) 166,42 L/hab.dia Ano Produzido Produzido Urbana (L/hab.dia) Máxima Máxima Máxima Média (m³/dia) Média Máxima Diária (m³/dia) Diária Horária Horária ,42 69,75 83,70 125, ,78 92,73 111,27 166, , ,42 70,56 84,67 127, ,61 93,80 112,56 168, , ,42 71,38 85,66 128, ,24 94,89 113,88 170, , ,42 72,21 86,65 129, ,69 96,00 115,19 172, , ,42 73,04 87,65 131, ,96 97,10 116,52 174, , ,42 73,89 88,67 133, ,08 98,23 117,88 176, , ,42 74,75 89,70 134, ,04 99,37 119,25 178, , ,42 75,61 90,73 136, ,85 100,52 120,62 180, , ,42 76,49 91,79 137, ,54 101,69 122,03 183, , ,42 77,37 92,84 139, ,10 102,86 123,42 185, , ,42 78,27 93,92 140, ,55 104,05 124,86 187, , ,42 79,18 95,02 142, ,89 105,26 126,32 189, , ,42 80,09 96,11 144, ,15 106,47 127,77 191, , ,42 81,02 97,22 145, ,32 107,71 129,24 193, , ,42 81,96 98,35 147, ,42 108,96 130,75 196, , ,42 82,91 99,49 149, ,46 110,22 132,26 198, , ,42 83,87 10,64 150, ,45 111,50 133,79 200, , ,42 84,84 10,81 152, ,40 112,79 135,35 203, , ,42 85,83 10,00 154, ,33 114,10 136,93 205, , ,42 86,82 104,18 156, ,23 115,42 138,50 207, , ,42 87,83 105,40 158, ,14 116,76 140,12 210, , ,42 88,84 106,61 159, ,05 118,10 141,73 212, ,54 Fonte: IBGE, SANEAGO e TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

39 Os valores apresentados acima evidenciam a diferença em relação a demanda de água quando se é considerado o índice de perdas. As perdas podem ser aparentes ou reais, as aparentes ocorrem por consumos não autorizados (fraudes e falhas no cadastro) ou por imprecisão dos medidores (hidrômetros), já as perdas reais ocorrem por vazamentos nas adutoras e/ou redes de distribuição, vazamentos nos ramais prediais até o hidrômetro e vazamentos nos aquedutos e reservatórios de distribuição. Reduzir o índice de perdas requer manutenções preventivas na rede, substituição dos equipamentos desgastados e com vazamentos, fiscalização para detectar as fraudes e medições não faturadas, substituição dos hidrômetros, entre outros, porém para realizar essas medidas o custo é elevado e requer recursos externos. A união desses fatores se tratados diminuem a demanda de água captada, economizam no valor gasto e nos coagulantes para fazer o tratamento da água e consequentemente aumentam a disponibilidade hídrica do manancial, retirando apenas o que é necessário Descrição dos principais mananciais passíveis de utilização para o abastecimento de água na área de planejamento O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE em 2010 realizou o Censo e com isso foi elaborado o mapa municipal estatístico do município de Uruaçu, próximo a malha urbana estão localizados o Ribeirão Passa Três, Córrego Tapera, Córrego Campo Formoso, Córrego do Silva, Córrego Vereda Grande, Córrego Areias e Córrego Machombombo. O Ribeirão Passa Três pertence à sub-bacia hidrográfica do Alto Tocantins. Atualmente é o manancial responsável pela captação de água no município, conforme estudos realizados pela Agência Nacional das Águas a sua vazão mínima é de L/s ou 9.904,29 m³/dia. Estudos vêm sendo realizados para a ampliação do sistema e assim atender a população ao longo do horizonte de projeto e a mudança da captação para um local a montante da captação atual, no mesmo manancial, na tentativa de obter uma qualidade melhor da água e um nível d água mais regularizado. De acordo com dados apresentados pelo representante da SANEAGO na reunião de apresentação preliminar dos objetivos e metas para Uruaçu, a concessionária irá mudar a localização da captação para aproximadamente 5 km a montante da atual captação devido a 38

40 uma questão de expansão urbana, pois a influencia de residências próximas ao local de captação podem comprometer a qualidade da água hoje fornecida. O município ainda pode contar com os mananciais subterrâneos, como informado no Relatório do Diagnóstico Técnico-Participativo. O Sistema Aquífero Serra da Mesa (SASM) e o Sistema Aquífero Cristalino Noroeste (SACNW) compões a região do município de Uruaçu. Atualmente a SANEAGO têm disponível 04 poços tubulares profundos, localizados na área do SASM, com disponibilidade de perfuração de mais poços. A estatística das vazões dos poços localizados neste sistema aquífero é distribuída em: vazão mínima zero, vazão média 11 m³/h, vazão máxima 82 m³/h e moda das vazões 5 m³/h. Os poços perfurados pela SANEAGO possuem vazões de: P1 20,98 m³/h, P2 18 m³/h, P3 7,99 m³/h e P4 59,97 m³/h Definição das alternativas de manancial para atender a área de planejamento, justificando a escolha com base na vazão outorgável e na qualidade da água Para o gerenciamento dos recursos hídricos é importante o conhecimento das vazões mínimas dos rios principais e seus afluentes auxiliando na portaria de Outorga e garantindo um fluxo residual nos cursos d água. O Estado de Goiás por meio da resolução nº 09/2005 adotou como referência a vazão mínima com 95% de garantia no tempo (Q 95 ) na análise dos pedidos de Outorga. Essa vazão mínima com alta probabilidade de ocorrência fornece maior garantia aos pleitos outorgados, permitindo ao usuário/requerente da Outorga melhor planejamento dos seus investimentos, conforme o Manual Técnico de Outorga emitido em Dezembro de 2012 pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH). De acordo com o Atlas da Agência Nacional das Águas o Ribeirão Passa Três apresenta Q 95 de L/s, atendendo a vazão proposta para o cenário atual de 2016 e para o horizonte de planejamento. O sistema de captação no decorrer do horizonte de projeto deverá passar por ampliações e se adequar ao aumento de vazão, que cresce em função do crescimento populacional. Como foi observado no diagnóstico, por mais que a Q 95 do Ribeirão Passa Três seja um valor que supre a demanda da população, a área urbana sofre com os períodos de 39

41 estiagem em função do baixo nível d água do manancial, além dos períodos em que o município conta com uma população flutuante. Duas medidas foram tomadas pela concessionária a fim de resolver o problema da falta de água, a construção de barricadas com sacos de área no local da captação nos períodos de estiagem e a perfuração de 04 poços artesianos, para caso ocorresse alguma eventualidade que ocasionasse a falta d água. Em relação aos poços, segundo a SANEAGO, existe a possibilidade de perfuração de mais poços para atender a demanda de Uruaçu Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada Para todas as alternativas aqui propostas deve-se obedecer as legislações vigentes e em específico a NBR /1992 na qual se aplica à definição de qualquer sistema público de abastecimento de água com amplitude suficiente para permitir o desenvolvimento do projeto de todas ou qualquer das partes constituintes do sistema. Para que se atenda a demanda calculada, suprindo as necessidades da população de Uruaçu é necessário o desenvolvimento de estratégias para redução de perdas físicas de água nas unidades de adução, tratamento, reservação, rede de distribuição e ramais prediais, assim como a redução do consumo per capita. Dentre as principais ações propostas para a redução de perdas podem ser citadas: adequação de redes; análise estratificada de consumo; automação do sistema; cadastro comercial e cadastro de redes; controle de pressão na rede; controle de vazamento não visível e fugas; capacitação contínua das equipes operacionais; gerenciamento da infraestrutura; micromedição; pitometria; instalação, manutenção e revitalização dos macromedidores; manutenção do parque de micromedidores; medição e quantificação de volumes; rapidez e qualidade de reparos; serviços administrativos; serviços no ramal predial; substituição de hidrômetros e revitalização dos reservatórios. Abaixo estão descritas alternativas para atendimento da demanda de abastecimento na área de planejamento, nestas definições estão inclusas o uso de águas pluviais para consumo não potável, o que leva a redução do consumo per capita de água potável. a) Captação e Armazenamento de Águas Pluviais 40

42 O sistema de aproveitamento de água da chuva tem como base a norma ABNT NBR /2007 "Água de chuva - Aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não potáveis". A água que cai no telhado escoa pelas calhas, e destas, aos condutores verticais e, finalmente, ao reservatório (cisterna). Os tipos de cisternas variam conforme o material e técnicas de construção utilizadas, podendo ser de placas pré-fabricadas em concreto, argamassa armada (ferrocimento), de polietileno, entre outras, não sendo recomendado o uso de reservatórios que contenham amianto. Figura 1. Croqui do sistema de captação de águas pluviais. Fonte: Site sempresustentavel.com.br, Alguns cuidados são importantes para manter o sistema funcionando adequadamente. Para qualquer tipo de cisterna recomenda-se: Utilizar sistema que descarta os primeiros cinco minutos de chuva, período em que a água lava o telhado, carreando poeira, folhas e pequenos insetos; Manter o reservatório sempre fechado, protegido contra a luz solar e insetos; Manter as calhas limpas e sem folhas; 41

43 Realizar a limpeza do reservatório periodicamente; e Utilizar hipoclorito de sódio a 2,5% para a desinfecção da água que será consumida, adicionando dentro do filtro ou em vasilhas a quantidade de 2 ml de hipoclorito de sódio para cada 20 litros de água. b) Poços Escavados Esses tipos de poços são também conhecidos como poços rasos ou freáticos, com diâmetro mínimo de 90 centímetros, são destinados tanto ao abastecimento individual como coletivo. Esta solução permite o aproveitamento da água do lençol freático, atuando geralmente, entre 10 a 20 metros de profundidade, podendo obter de dois a três mil litros de água por dia. Figura 2. Esquema de poço escavado com reservatório elevado. Fonte: Manual de orientações técnicas para elaboração de propostas para o Programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares Funasa, Alguns cuidados devem ser tomados quando da construção do poço escavado: 42

44 Verificar a necessidade de autorização junto ao órgão responsável, para a execução do poço; Observar a distância mínima de 15 metros de fossas seca, sumidouro (poço absorvente) e 45 metros de qualquer outra fonte de contaminação, pocilgas, lixões, galeria de infiltração, entre outros; O poço deverá ser preferencialmente perfurado em local livre de inundação e em nível mais alto do terreno. A instalação deve ser provida de bomba submersa conectada à tubulação de recalque para o reservatório domiciliar. Poderá ser previsto dispositivo para a desinfecção da água captada no poço. No caso da utilização de bomba elétrica submersa, um equipamento do tipo clorador deverá ser instalado na tubulação entre o poço e o reservatório elevado. Para esta alternativa de abastecimento, deve-se seguir a NBR /1992 que fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de poço para captação de água subterrânea para abastecimento público. c) Poços Profundos Os poços tubulares profundos captam água do aquífero denominado artesiano ou confinado, localizado abaixo do lençol freático, entre duas camadas impermeáveis e sujeitas a uma pressão maior que a atmosférica. Estes poços possuem diâmetro máximo de 60 cm, podendo alcançar até m de profundidade, podendo ser totalmente ou parcialmente revestidos, dependendo das condições da geologia local. Os poços profundos normalmente apresentam boa qualidade para consumo humano, a não ser em locais onde haja excesso de minerais no solo, que é frequentemente observado em terrenos arenosos. Os poços mais profundos estão sujeitos a menores chances de contaminação, embora existam gastos para as instalações de captações, o tratamento da água desses poços é simplificando passando apenas pela desinfecção e fluoretação. O principal problema observado nos poços profundos está relacionado ao baixo nível de água dos poços nos períodos de estiagem, sendo que apenas poços localizados sobre 43

45 aquíferos com alto potencial fornecem vazões satisfatórias para atendimento das demandas maiores. Para estes tipos de casos existem dois tipos de bomba, a submerso e a injetora (Figura 3). A bomba submersa é indicada para vazões de médio a grande porte (> litros/hora) com profundidades variadas, e requer a existência de energia elétrica trifásica, já a bomba injetora trabalha em vazões de pequeno a médio porte com profundidades variadas e funciona tanto com energia elétrica como com combustível. Pelo fato do sistema ser dependente de bombas é necessário a presença de um gerador para que, em casos de queda de energia o sistema não sofra quedas que podem ocasionar sua danificação e a suspensão do abastecimento. Figura 3. Esquema de unidades de bombeamento (poços profundos). Fonte: Noções básicas sobre poços tubulares (CPRM, 1998). Assim como para os poços rasos, também se deve seguir a NBR /1992 para elaboração de projeto de poços profundos. Na zona rural a captação quando é feita através de mini poços pode sofrer sérios riscos de contaminação dado a sua pequena profundidade e em muitos casos são feitos próximo a sumidouros, o ideal é que esses poços sejam substituídos por poços profundos para mitigar os riscos de contaminação. A zona rural de Uruaçu apresenta captação por poço profundo variando entre 60 a 80 metros de profundidade. A malha urbana de Uruaçu está localizada sob o Sistema Aquífero Serra da Mesa, que é um aquífero fraturado. Os poços perfurados nestes tipos de aquífero fornecem poucos m³/h, a possibilidade de se ter um poço produtivo dependerá da perfuração do mesmo 44

46 interceptar fraturas capazes de conduzir a água. Essa particularidade do Sistema Aquífero pode inviabilizar um abastecimento futuro principal com captação subterrânea, sendo utilizado apenas em casos emergenciais. d) Captação Superficial A captação superficial, método utilizado pela SANEAGO de Uruaçu, é aquela realizada em mananciais superficiais, que são eles: córregos, rios, ribeirões, lagos, barragens, entre outros. Sendo um dos métodos mais utilizados para a obtenção de água para os sistemas de abastecimento de uma cidade, a escolha da captação superficial depende da disponibilidade hídrica da região podendo expandir a captação conforme a demanda de água da população. Os mananciais superficiais estão mais expostos a poluição, é importante que para realizar a captação o manancial deva estar livre de focos de poluição, e para fazer a verificação é necessário realizar a análise da água bruta. Na construção das instalações da tomada de água devem ser utilizados crivos, grades e caixas de areia para proteção das bombas contra pancadas e entradas de corpos flutuantes. A localização da tomada, sempre que possível, deve ser junto às margens do manancial, facilitando assim a manutenção das estruturas. Quando, por ventura, foram alocadas de forma mais afastada das margens, podem ser construídas barragens de captação no curso d água, para que o nível da água na tomada seja garantido. Conforme foi apresentado pelos estudos realizados e expostos nos itens anteriores, o Ribeirão Passa Três tem capacidade para suprir a demanda de água da população ao longo do horizonte de projeto, porém o baixo nível de água no manancial levou a população a sofrer com a falta d água em A construção das barricadas de areia próximo a captação nos períodos de seca foi suficiente para que não houvessem episódios de falta de água novamente. Uma possibilidade é a construção de uma barragem de nível, sendo uma estrutura fixa que resolverá o problema de regular o nível d água no Ribeirão, porém para isso deve ser realizado um estudo de concepção para indicar a alternativa economicamente viável que pode solucionar o problema. 45

47 Alternativas propostas para Uruaçu Após caracterizar as alternativas de abastecimento, fica proposto que para a Sede Municipal de Uruaçu o abastecimento continuará sendo superficial, através da captação no Ribeirão Passa Três, havendo necessidade de intervenção da Concessionária e Poder Público Municipal para implantação e execução de ações que envolvam a proteção do manancial de captação e seus afluentes, redução do consumo de água, diminuição nos índices de perdas e complementação do abastecimento através dos poços já perfurados, na qual elevará a vazão para atendimento da população urbana. No caso dos grandes eventos municipais, onde há aumento da população, como já informado pela SANEAGO, serão construídos poços profundos para atendimentos emergenciais. Com relação aos abastecimentos dos aglomerados rurais como já diagnosticado, a maioria faz uso de captação subterrânea, tendo como apoio os pequenos cursos d água próximos. Os aglomerados rurais já contam com reservatórios do tipo elevado e metálico, faz-se necessária a reforma dos reservatórios que se encontram em estado de conservação inapropriado. Deverá ainda ser realizada a substituição das tubulações de distribuição de água dos aglomerados rurais, a automatização das bombas de captação é outro ponto a ser implantado, assim como a presença de bombas reservas e o tratamento adequado da água distribuída nestes locais. Os poços devem atender aos padrões de potabilidade estabelecidos pela Portaria nº 2914/2011 do Ministério da Saúde, devendo a Vigilância Sanitária, responsável municipal, fazer o monitoramento e controle sanitário da água periodicamente. Tipos de Tratamento I. Filtração Direta Segundo Di Bernardo (2003) a filtração direta pode ser ascendente ou descendente, ou de dupla filtração. Esta última consiste na filtração direta ascendente como prétratamento à filtração descendente. A escolha do tratamento por meio da filtração direta depende da qualidade da água bruta, normalmente são águas que apresentam baixa turbidez e cor. Normalmente apresentam custos de implantação menores em relação ao tratamento convencional. 46

48 A ETA de Uruaçu apresenta a filtração ascendente por meio do filtro russo, sendo viável em função das características do manancial. Se com o passar dos anos as características do manancial forem alteradas, consequentemente este tipo de tratamento pode perder a eficiência, por isso é importante que sejam feitas análises diárias acompanhando a qualidade da água de abastecimento. A instalação de uma ETA para os aglomerados rurais se torna inviável devido a necessidade de um sistema de distribuição com uma rede extensa de encanamentos, custos elevados com transporte de material, custos elevados com operadores para fazer análise da água e manutenção no sistema. Para tanto a filtração direta juntamente à cloração é a alternativa mais viável para a desinfecção dessa água coletada para o uso da população dos aglomerados rurais. 47

49 AGLOMERADOS RURAIS Tabela 17. Alternativas técnicas de abastecimento de água para os aglomerados rurais. Superficial Situação Atual Subterrâneo ALTERNATIVAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Poços Rasos (Freáticos) Alternativas Propostas Poços Profundos Captação/Armazenamento de Águas Pluviais Sim Não Sim Não Sim Não Urualina - Poço e cisternas x x x Funil - Cisternas x x x Geriaçu - Poço e cisternas x x x Água Branca - Poço e cisternas x x x Riachão Córrego Poço e cisternas x x x Cruzeiro do Norte (Macaco) - Poço x x x Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

50 Análise da capacidade de reservação do sistema para atendimento da demanda calculada atual e futura A reservação atual de 3.430,00 m³ deverá ser acrescida em mais 1.240,63 m³ para atender a população ao final do planejamento, levando em consideração que o consumo se mantenha o mesmo e ainda considerando as perdas atuais no sistema. Já no caso da redução de consumo para 150 L/hab.dia e desconsiderando perdas no sistema não haveria acréscimo na reservação, podendo o sistema de reservação trabalhar com folga (Tabela 18). Existem várias fórmulas e maneiras de se determinar o volume de reservação necessário para um sistema de distribuição. Na prática, no entanto se adota 1/3 do consumo máximo diário. Em que: V Volume a reservar em m³; P População da área abastecida; e q Consumo médio diário per capita em L/hab.dia. Tabela 18. Projeção da demanda anual de reservação de água para a zona urbana ao longo do horizonte de projeto. SEM REDUÇÃO COM REDUÇÃO ANO POP. ATENDIDA Reservação Reservação Acréscimo (m³) (m³) (m³) Acréscimo (m³) ,03 279, , ,01 322, , ,88 365, , ,75 409, , ,06 454, , ,26 499, , ,91 544, , ,55 590, , ,52 637, , ,05 684, , ,91 731, , ,65 780, , ,95 828, ,67-49

51 ANO POP. ATENDIDA SEM REDUÇÃO Reservação Acréscimo (m³) (m³) COM REDUÇÃO Reservação Acréscimo (m³) (m³) ,14 878, , ,22 928, , ,73 978, , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,09 - Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Previsão de eventos de emergência e contingência Os eventos de emergência que podem eventualmente gerar problemas de abastecimento de água no município podendo ser localizados ou generalizados. Em ambos os casos devem ser tomadas medidas que visem tanto à segurança do abastecimento, quanto o atendimento as demandas básicas da população, a fim de garantir a cota mínima de água potável de abastecimento da sede. Os principais problemas relativos à distribuição e consumo de água podem acontecer em qualquer uma das etapas do processo: captação, adução, tratamento e distribuição. Eventuais faltas de água ou interrupções no sistema podem ocorrer por manutenção no sistema, eventualidades, problemas de contaminação, falhas no sistema, dentre outros. O artigo 46 da Lei /2007 aponta que em situação crítica de escassez ou contaminação dos recursos hídricos que obrigue a adoção de racionamento, desde que declarada pela gestora dos recursos hídricos, nesse caso, no município, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda. Em casos mais críticos de escassez ou contaminação da água, na tentativa de suprir a população da quantidade mínima necessária de água, deve-se fazer um abastecimento emergencial. A Tabela 19 apresenta algumas ações de emergência e contingência a serem aplicadas no serviço de abastecimento de água de Uruaçu. 50

52 Tabela 19. Ações de contingência e emergência abastecimento de água. EVENTOS DE EMERGÊNCIAS POSSÍVEIS CAUSAS AÇÕES DE PREVENÇÃO AÇÕES DE CONTINGÊNCIA Queda no fornecimento de energia elétrica Inundações Movimentação de solo Vandalismo e/ou sinistros Seca prolongada A interrupção do fornecimento de energia elétrica pode ser provocada por diversos fatores que não estão no controle da concessionária do serviço, tais como interrupção programada, interrupção acidental na rede ou defeitos nas instalações elétricas. Períodos de cheia no manancial, em geral, da captação, estação elevatória de água bruta, e da ETA, comprometendo a qualidade e o funcionamento dos equipamentos, podendo danifica-los. Podem ocorrer naturalmente, quando há acomodação do solo, ou de forma artificial, quando há obras nas proximidades, principalmente das adutoras. Períodos pluviométricos extensos com chuvas intensas também podem levar à ocorrência de deslizamentos e movimentações do solo. Ações de vândalos e/ou ocorrência de danos e de prejuízos em consequência de um acidente ou evento adverso, como incêndio, desabamento, inundações, dentre outros. Situações de seca prolongada que venham a comprometer a vazão dos poços e mananciais, fazendo com que funcionem em estado crítico por conta da diminuição no volume de água, afetando todo o sistema. Instalação de geradores reservas Analisar o volume de água do manancial em períodos de seca e cheia, antes de instalar as estruturas de abastecimento. Preservação da mata ciliar próximo a captação evitando assoreamento do leito do curso d água e inundações não programadas. Evitar obras que causem este tipo de impacto nas proximidades das adutoras Conservar a cobertura vegetal do solo Implantação de cercas, uso de trancas e cadeados, sistemas de iluminação e vigilância eletrônica, e em alguns casos o uso de vigilantes, principalmente no período noturno. Devem ser feitas campanhas de conscientização para que a população economize água. Pode-se também analisar a possibilidade de abastecimento do município por outro curso d água. Comunicar à concessionária de energia elétrica para a disponibilização de gerador de emergência na falta continuada de energia. Contratar obras emergências de reparos das instalações atingidas. Informar à SANEAGO para que o departamento tome as medidas cabíveis Reparar os dispositivos danificados Contratar obras emergenciais de reparos das instalações atingidas Caso tais medidas sejam ineficientes e os vândalos causem algum tipo de dano às estruturas, deve-se comunicar à polícia, que tomará as devidas providências. Disponibilizar caminhões pipa para fornecimento emergencial de água. 51

53 EVENTOS DE EMERGÊNCIAS POSSÍVEIS CAUSAS AÇÕES DE PREVENÇÃO AÇÕES DE CONTINGÊNCIA Danificação nas estruturas de abastecimento de água Há diversos fatores que propulsiona danificação nas estruturas como o erro de cálculo nos projetos, a pressão acima da média que a água passa pela tubulação, o tipo de material utilizado na construção das estruturas, o tráfego de veículos pesados sobre as adutoras e etc. Manutenção periódica dos equipamentos e estruturas; Critérios na escolha de materiais para a construção do sistema. Isolar a área e informar à SANEAGO, para que tome as providências necessárias; Fazer manutenção nas estruturas e/ou substituição. Contaminação dos mananciais de captação As principais causas de contaminação são originárias de produtos químicos (ex.: agrotóxicos) e esgotos (ex.: rompimento da rede de esgoto ou o uso de fossas negras). Implementar Sistema de Monitoramento da qualidade da água dos mananciais superficiais e subterrâneos. Disponibilizar caminhões pipa para fornecimento emergencial de água à população. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais,

54 As ações a seguir deverão ser realizadas mediante a seguinte situação: Eventos municipais, na qual aumente exponencialmente a população e consequentemente o consumo de água. Identificação de manancial (superficial e/ou subterrâneo) alternativo Os mananciais só poderão ser utilizados mediante estudos e projetos; Deslocamento de frota de caminhões tanque para auxiliar na distribuição de água. 4.2 Sistema de esgotamento sanitário Análise das alternativas de gestão e prestação de serviços Esta análise, assim como as definições das alternativas de gestão, foram descritas no item do Sistema de abastecimento de água Projeção da vazão anual de esgotos ao longo dos 20 anos para toda a área de planejamento No município de Uruaçu, conforme SANEAGO, 56% da população urbana é atendida pelo sistema de esgotamento sanitário e a população que ainda não é atendida faz uso de fossas, que em sua grande maioria são inadequadas, assim como as da população rural. Para a realização de projeção da vazão anual de esgotos, levou-se em consideração o coeficiente de retorno em função do consumo de água. Em Estudos de Concepção, a Norma Técnica ABNT NBR 9.649/1986 recomenda adotar-se 0,8 para o coeficiente de retorno na ausência de dados da operação do sistema. No caso de um Plano de Saneamento é usual adotar-se o mesmo critério. O histórico dos dados operacionais existentes do serviço de abastecimento de água de Uruaçu identifica um valor atual para o consumo médio per capita de água igual a 166,42 L/hab.dia. Valores de coeficientes e grandezas, inexistindo dados locais comprovados oriundos de pesquisas, podem ser adotados os seguintes: C - Coeficiente de retorno = 0,8; K 1 - Coeficiente de máxima vazão diária = 1,2; 53

55 K 2 - Coeficiente de máxima vazão horária = 1,5. A fórmula para o cálculo do volume médio per capita de esgoto é a seguinte: qesg. qágua x C L/hab.dia onde: q esg. - Produção média diária per capita de esgoto em L/hab.dia; q água - Consumo de água efetivo per capita em L/hab.dia; e C - Coeficiente de retorno = 0,80. Portanto: q esg. = 166,42 L/hab.dia de água x 0,80 = 133,13 L/hab.dia. Em que 0,80 é o coeficiente de retorno, uma vez que uma parcela da água utilizada não retorna sob a forma de esgotos. Os demais parâmetros são idênticos aos utilizados no dimensionamento da rede distribuidora de água. 0, Tabela 20. Projeção da geração anual de esgoto para a zona urbana ao longo do horizonte de projeto de 20 anos. ANO POP. ATENDIDA Vazão Média (L/s) GERAÇÃO DE EFLUENTE ZONA URBANA Vazão Máxima Diária (L/s) Vazão Máxima Horária (L/s) Vazão Diária (m³/dia) ,80 66,96 100, , ,45 67,74 101, , ,10 68,53 102, , ,77 69,32 103, , ,43 70,12 105, , ,11 70,94 106, , ,80 71,76 107, , ,49 72,58 108, , ,19 73,43 110, , ,90 74,27 111, , ,62 75,14 112, , ,34 76,02 114, , ,07 76,89 115, , ,82 77,78 116, , ,57 78,68 118, , ,33 79,59 119, , ,10 80,51 120, , ,87 81,45 122, ,32 54

56 ANO POP. ATENDIDA Vazão Média (L/s) GERAÇÃO DE EFLUENTE ZONA URBANA Vazão Máxima Diária (L/s) Vazão Máxima Horária (L/s) Vazão Diária (m³/dia) ,66 82,40 123, , ,46 83,34 125, , ,26 84,32 126, , ,07 85,29 127, ,84 Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Estimativas de Carga, Concentração de DBO e Coliformes Termotolerantes A Resolução nº 357/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA dispõe sobre a classificação dos corpos d água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. No qual, os padrões de qualidade das águas determinados nesta resolução estabelecem limites individuais para cada substância em cada classe. O enquadramento dos corpos d água deverá ser definido pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos e Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos. No artigo 42, infere-se que enquanto não aprovados os respectivos enquadramentos as águas doces serão consideradas Classe 2, as salinas e salobras Classe 1, exceto se as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais rigorosa correspondente. Portanto, para lançar o efluente tratado da ETE, a classificação mínima que deve ser considerada do corpo hídrico é Classe 2, portanto deve seguir os padrões de lançamento desta classe. A resolução CONAMA 430/2011 complementa e altera a Resolução 357 dispondo sobre as condições e padrões de lançamento de efluentes. O artigo 21, inciso I, alínea d, estabelece que a Demanda Bioquímica de Oxigênio-DBO 5 dias, 20ºC deverá ter apresentar uma concentração máxima de 120 mg/l, sendo que este limite só poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento com eficiência de remoção de 60% de DBO, ou mediante estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove atendimento as metas do enquadramento do corpo receptor. A DBO de uma água é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia para uma forma inorgânica estável, sendo esta DBO considerada como a quantidade de oxigênio consumido durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação específica. 55

57 Um dos pontos mais importantes a serem observados é a vazão do corpo hídrico, que está diretamente ligado a sua capacidade de autodepuração, pois quanto maior for a vazão, maior será a diluição do efluente alterando menos as características originais do curso hídrico. Ressaltando-se que qualquer corpo hídrico escolhido para receber o efluente tratado não deverá ter sua classificação alterada e atenderá os parâmetros estipulados pela legislação vigente, incluindo as concentrações de DBO. Para a realização dos cálculos foi considerado uma carga de DBO per capita de 54 g de DBO/hab.dia 5 e geração per capita de 133,13 L/hab.dia, assim: Concentração de DBO = (54g/hab.dia 133,13 L/hab.dia) 1000 = 405,6 mg/l. A carga de DBO gerada ao ano foi obtida através da seguinte fórmula: Carga de DBO gerada ao ano = (54g/hab.dia Pop. atendida). A Tabela 21 apresenta as estimativas de carga, concentração de DBO e de coliformes termotolerantes dos efluentes que serão gerados em Uruaçu. ANO POP. ATENDIDA Tabela 21. Estimativa de carga de DBO gerada ao ano. CARGA DE DBO AO ANO 54g/hab.dia ANO POP. ATENDIDA CARGA DE DBO POR ANO 54g/hab.dia , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,73 Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais. 5 Segundo Von Sperling (1996), a carga per capita, que representa a contribuição de cada indivíduo por unidade de tempo é de 54 g/hab.dia de DBO. 56

58 Assumindo o grau eficiência de remoção de DBO calculado para a Estação de Tratamento de Efluentes ETE de Uruaçu foi possível obter a concentração máxima de DBO lançada no corpo receptor. Tabela 22. Grau de eficiência de remoção de DBO conforme projeto da ETE. O GRAU DE EFICIÊNCIA, CONFORME O RASO, EM PERCENTAGEM DE REMOÇÃO DE DBO. Máxima Média Mínima 90% 87,9% 85% Fonte: SANEAGO (RASO), Concentração de DBO = 405,6mg/L ( ) = 40,56 mg/l; Concentração de DBO = 405,6mg /L (1-87,9 100) = 49,0 mg/l; Concentração de DBO = 405,6mg g/l ( ) = 57,18 mg/l. O tipo de tratamento adotado deverá privilegiar as soluções que consigam melhores eficiências na remoção de DBO e Coliformes Termotolerantes, atendendo a legislação e resguardando a qualidade do corpo hídrico. Em relação aos Coliformes Termotolerantes, a resolução CONAMA 357/2005 estabelece para as águas de Classe 2 o limite máximo de coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de 1 ano, com frequência bimestral. A mensuração dos coliformes é dada por uma estimativa estatística da sua concentração, conhecida como o Número Mais Provável-NMP (NPM/ml ou NPM/100mL), determinada por técnicas próprias de laboratório. O esgoto bruto contém cerca de 10 8 a NMP/100mL. Como a concessionária responsável pelo sistema de esgotamento sanitário não disponibilizou estes dados, não foi possível realizar a estimativa de coliformes fecais (termotolerantes) ao longo do planejamento, 20 anos. Segundo Von Sperling (2013) as lagoas facultativas, modelo adotado no SES de Uruaçu, tem capacidade de remoção de 90 a 99% dos coliformes, além da lagoa de maturação, tratamento final do SES de Uruaçu, ter elevada eficiência na remoção de patógenos. Como mencionado no Diagnóstico (Produto C), é visível no ponto de lançamento uma espuma branca e coloração esverdeada do efluente, deve-se realizar a análise deste 57

59 efluente final assim como a eficiência de tratamento da ETE, para que se possa confirmar o grau de eficiência de projeto Definição de alternativas técnicas de engenharia para atendimento da demanda calculada O problema principal enfrentado pela população de Uruaçu, de acordo com os dados levantados e as análises efetuadas, é a ausência de um processo adequado de tratamento do esgoto para os aglomerados rurais e a não universalização do serviço de esgotamento sanitário na zona urbana. Solucionar este problema é, portanto, o grande passo para a resolução de outros problemas identificados e para o atendimento da demanda calculada. A situação atual do atendimento com serviços de esgotamento sanitário na Sede do Município de Uruaçu, a localização geográfica dos aglomerados rurais e a otimização na aplicação dos recursos financeiros necessários, levaram a propor a seguinte concepção para o Sistema de Esgotamento Sanitário do Município de Uruaçu: I. Manter a concepção do sistema de esgotamento sanitário existente na Sede de Uruaçu observando as melhorias e ampliações necessárias Portanto, para atendimento da demanda calculada, o sistema de esgotamento sanitário deverá ser reestruturado, com implantação de geradores de energia para as Estações Elevatórias de Esgotos EEE e instalações de novas redes coletoras para atendimento dos setores que ainda não foram contemplados com a rede, além da fiscalização e encerramento das ligações clandestinas identificadas nos setores: Universitário, Vila Santana, Recanto da Serra, Vasconcelos, Parque Alvorada e em parte do Setor Sul I. O desligamento das ligações clandestinas detectadas deve ser realizado pela concessionária e caso persista as ligações, pode-se aplicar multa aos responsáveis pelas residências. II. Implantar sistemas individuais de esgotamento sanitário, conforme NBR 7.229/1993 e /1997, para atender a população dos aglomerados rurais Uma vez que não há viabilidade técnica, operacional e econômica na implantação de sistema coletivo nestas localidades fica proposta a instalação de sistemas unifamiliares, fossas sépticas conjugadas a filtros anaeróbios, assim como o encerramento das fossas inadequadas existentes. 58

60 Normas pertinentes usadas para elaboração da proposta: Devem ser usadas as duas Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT a seguir: NBR 7.729/93 Contempla o dimensionamento dos tanques sépticos e trás dados sobre contribuição de efluentes; NBR /97 Contempla as unidades de tratamento complementares e disposição final do efluente líquido. A NBR 7.229/93 contemplava transitoriamente este assunto em seu Anexo B, até a edição da presente Norma. Figura 4. Esquema geral do sistema tanque séptico. Fonte: NBR Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos (1993). Adaptado pelo autor, O tanque séptico (fossa séptica) é uma unidade cilíndrica ou de seção retangular, utilizada para o tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão. Pode ser construída em alvenaria, argamassa armada (ferrocimento), ou outro sistema construtivo que garanta a impermeabilidade, a durabilidade e as dimensões definidas no projeto técnico. 59

61 Em localidades que ficam temporariamente ou sempre encharcados, recomenda-se a utilização de tanque séptico em material pré-fabricado, tipo polietileno, fibra de vidro, entre outros. O efluente que sai do tanque séptico deverá passar por mais um processo de tratamento, sendo preferencialmente um filtro biológico (anaeróbio), a fim de garantir que o efluente final enviado ao sumidouro esteja em condições de ser disposto em solo. O sumidouro é um poço sem laje de fundo que permite a penetração do efluente da fossa séptica no solo. O diâmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de efluentes e do tipo de solo. Mas não devem ter menos de 1 m de diâmetro e mais 3 m de profundidade, para simplificar a construção. Os sumidouros podem ser construídos de tijolo maciço ou blocos de concreto ou ainda com anéis pré-moldados de concreto. Figura 5. Dimensões estimadas para fossas sépticas e sumidouros. Fonte: ABNT 7229 (1993). Modificado pelo autor, A NBR 7229/93 recomenda a seguinte fórmula para o cálculo do volume útil de fossas com câmara única, com intervalo entre limpezas de um ano: 1000 Onde: Vu = volume útil em litros; N = número de pessoas = 5 pessoas; C = contribuição de esgotos - (NBR 7229, tabela 1, pg. 4); T = tempo de detenção = 1 dia (NBR 7229, tabela 2, pg. 5); K = taxa de acumulação de lodo digerido = 65 dias (NBR 7.229, tabela 3, pg. 5); 60

62 Lf = contribuição de lodo fresco = 1L/hab/dia (NBR 7229, tabela 1, pg. 4). Realizando como exemplo os dados para uma residência com 05 pessoas, com padrão baixo com contribuição de 100L/hab/dia de esgoto e 1 litro de lodo fresco por dia, com o tempo de detenção de 01 dia e taxa de acumulação de lodo digerido de 65 dias, temse o seguinte volume de esgoto gerado: Para o bom funcionamento do conjunto séptico e conforto dos usuários, as instalações da pia de cozinha, tanque de lavar roupa, lavatório deverão ser previamente dotadas da caixa de gordura, válvula da pia, sifões, caixa de passagem, ventilação e demais elementos exigidos no projeto. Conjuntamente aos sistemas de esgotamento individuais adequados, pode ser adotado o programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares (Figura 6), criado pela Funasa, atendendo os habitantes dessas localidades. Figura 6. Esquema do conjunto sanitário - FUNASA. Fonte: Manual de orientações técnicas para elaboração de propostas para o Programa de Melhorias Sanitárias Domiciliares Funasa,

63 Nas plantas técnicas abaixo estão os projetos de fossa séptica conjugada com filtro anaeróbio, todos seguindo os padrões exigidos pela NBR 7229/1993. Estas plantas foram elaboradas pela FUNASA, na qual fazem parte do programa de melhorias sanitárias. 62

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66 4.2.4 Comparação das alternativas de tratamento local dos esgotos (na bacia), ou centralizado (fora da bacia, utilizando alguma estação de tratamento de esgotos em conjunto com outra área), justificando a abordagem selecionada Existem duas maneiras de implantar o sistema de esgotamento sanitário, o primeiro é um modelo descentralizado, onde se implanta diversas estações de tratamento, normalmente uma para cada sub bacia de esgotamento. Já o segundo modelo é o centralizado, onde se implanta apenas uma estação de tratamento para receber todo o efluente produzido, esse é o sistema convencional e o utilizado pela SANEAGO em seus projetos. O sistema adotado no município de Uruaçu para tratamento do esgoto gerado na Sede Municipal foi o de tratamento e lançamento na bacia, neste caso a bacia do Rio Passa Três, na qual possui 05 sub bacias dentro da zona urbana, são elas: Córrego do Silva, Córrego Machombombo, Córrego Vereda Grande, Córrego Tapera e Córrego Campo Formoso (corpo receptor do efluente tratado). O fluxo natural dos esgotos é por gravidade, isto é, os esgotos fluem naturalmente dos pontos mais altos para os pontos mais baixos. As águas residuárias provenientes das habitações, estabelecimentos comerciais, instituições e edifícios públicos e hospitais, são conduzidas pelas redes coletoras aos coletores tronco, interceptores e consequentemente à estação de tratamento de efluentes. A alternativa técnica de uma estação de tratamento única (centralizada) à Sede Municipal é mais viável que a possibilidade de implantação de pequenas estações de tratamento de esgoto ao longo da zona urbana de Uruaçu, visto que necessitaria de uma maior quantidade de operadores para garantir o bom funcionamento do sistema, resultando em maiores despesas ao longo do período de planejamento. Para os aglomerados rurais e para a área rural, fica definida a utilização de sistemas unifamiliares, compostos por tanque séptico, seguido de filtro anaeróbico e sumidouro, garantindo assim, a salubridade sanitária e ambiental da população na zona rural Previsão de eventos de emergência e contingência As ações de emergência e contingência buscam apontar a infraestrutura disponível para ações preventivas e corretivas, procurando elevar o grau de segurança e a continuidade operacional nas instalações afetadas com os serviços de esgotamento. 65

67 Na operação e manutenção dos serviços de saneamento deverão ser utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, no sentido de prevenir ocorrências indesejadas através do controle e monitoramento das condições físicas das instalações e dos equipamentos visando minimizar ocorrência de sinistros e interrupções na prestação dos serviços. O sistema de esgotamento sanitário engloba a coleta e transporte através das redes de esgoto, elevatórias e interceptores que conduzirão até as estações de tratamento. Os possíveis eventos que afetarão essa sistemática levando a possíveis focos de contaminação estão vinculados ao comprometimento dos dispositivos e equipamentos pertencentes a esse sistema, seja por condições climáticas, ou por ação antrópica. As ações mitigadoras deverão levar em conta as obras de reparo emergenciais de possíveis equipamentos e instalações que porventura tenham sido danificadas. Além disso, é importante tornar parceiros não somente a população, mas também órgãos ambientais que colaborem no sentido de gerenciar possíveis danos ao meio ambiente ocasionados pelo vazamento. Para o tratamento de esgoto por meio de fossas sépticas, não existem planos de contingência e/ou emergência. Se o tanque foi bem dimensionado e a limpeza do lodo é feita periodicamente a fossa continuará operando normalmente Os problemas que podem surgir, são relacionados a questões de saúde e impactos ambientais, como aumento dos casos de doenças epidemiológicas; contaminação do lençol freático; contaminação do solo; dentre outros, mas que são consequências do tipo de tratamento. Embora atualmente Uruaçu apresente também estação de tratamento de esgotos, são apresentadas as seguintes ações preventivas para o sistema de esgotamento sanitário, o qual deve ser complementado conforme as intervenções propostas no presente Plano. A seguir são apresentadas as situações que podem interromper o sistema de esgotamento sanitário. Sistema de Esgotamento Sanitário: ligações clandestinas, vazamentos em redes e comprometimento de equipamentos; Estação de Tratamento de Esgoto: extravasamentos devido à falta de energia elétrica por período prolongado, movimentação de terra/deslizamentos; Meio Ambiente: lançamento de esgoto bruto em cursos d água e poluição ambiental; 66

68 População: doenças de veiculação hídrica, diminuição da qualidade de vida. A interrupção do sistema de esgotamento sanitário gera transtornos a população, afeta a qualidade da água dos mananciais superficiais e subterrâneos e contamina o solo, portanto o município deve estar preparado caso algumas dessas ações de interrupção aconteçam. A Tabela 23 apresenta algumas ações de emergência e contingência a serem adotadas pelo Serviço de Esgotamento Sanitário de Uruaçu. 67

69 Tabela 23. Ações de emergência e contingência esgotamento sanitário. EVENTOS DE EMERGÊNCIAS POSSÍVEIS CAUSAS AÇÕES DE PREVENÇÃO AÇÕES DE CONTINGÊNCIA A interrupção do fornecimento de energia elétrica pode ser provocada por diversos fatores que não estão no controle da Comunicar à concessionária de energia elétrica Queda no fornecimento de energia concessionária do serviço, tais como Instalação de geradores reservas para a disponibilização de gerador de elétrica interrupção programada, interrupção emergência na falta continuada de energia acidental na rede ou defeitos nas instalações elétricas. Extravasamentos Ligações clandestinas de águas pluviais na rede de esgotamento sanitário Lançamentos de produtos químicos Rompimento das tubulações na linha de recalque Erro humano Os extravasamentos de esgoto podem ocorrer pela falta de manutenção nos equipamentos, equipamentos antigos que não tem capacidade para atender um maior volume de esgoto, quedas no fornecimento de energia elétrica que gera o acúmulo de esgoto até o seu extravasamento. Podem ocorrer pela falta de conhecimento da população a respeito das legislações vigentes ou por irresponsabilidade Irresponsabilidade ou acidentes nas indústrias da região. Mau funcionamento das bombas elevatórias ocasionando uma sobre pressão nas linhas de recalque. Erro na manutenção e instalação dos conjuntos motor-bomba. Manutenções periódicas na rede, reparos nos equipamentos e instalação de geradores para as bombas do sistema. Fiscalização para detectar as ligações clandestinas. Fiscalização dos pontos de lançamento do efluente das indústrias locais. Realizar programa de controle de lançamentos não autorizados na rede de esgoto. Verificação contínua das condições de operação das estações elevatórias. Manutenção e controle das tubulações das linhas de recalque. Obter equipamento reserva para a substituição e automação. Inspeção periódica para verificar o funcionamento do equipamento reserva e da automação. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Comunicar a SANEAGO, para que investigue a causa do extravasamento e o problema seja reparado. Desligamento das ligações clandestinas detectadas e caso persista, multar os responsáveis pelas casas. Detectar o local e o tipo de produto lançado na rede, tomando medidas para que o problema não prejudique o tratamento. Parada de operação das estações elevatórias. Troca das tubulações danificadas. Parar a operação da Estação Elevatória. Manutenção ou troca das partes danificadas. 68

70 4.3 Sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais Proposta de medidas mitigadoras para os principais impactos identificados, em particular Medidas de controle para reduzir o assoreamento de cursos d água e de bacias de detenção, eventualmente propostas pelos membros do grupo de trabalho É proposta a recomposição da mata ciliar nas áreas de preservação permanente, ao longo dos cursos de água, nas grotas e nas áreas de nascentes. A maior parte das áreas de alta susceptibilidade à erosão está localizada próxima aos cursos d água. A presença de uma vegetação bem desenvolvida deverá funcionar não apenas como um filtro para garantir a qualidade da água, mas também como proteção das margens e das encostas dos cursos d água contra erosão e o assoreamento destes mananciais. Assim, para a recomposição da mata ciliar será necessária a elaboração de um projeto específico determinando áreas prioritárias, espécies, sistema de implantação e manutenção, por tanto deverá ser elaborado um Plano de Manejo e Conservação dos Solos e Cursos D água de Uruaçu. A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) possui unidade regional localizada no município de Uruaçu, assim como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que também possui unidade localizada no município. Uma parceria pode ser firmada entre a Administração Municipal, produtores rurais e estas agências para elaborar e executar o Plano de Manejo e Conservação dos Solos e Cursos D água de Uruaçu. Estas agências possuem profissionais capacitados para desenvolver práticas conservacionistas, na qual visam o controle de erosões, assoreamentos e a conservação do solo e da água, que podem ser: Bacias de contenção de enxurradas; Locação adequada das estradas internas; Terraceamento; Faixas vegetativas de retenção do escoamento; Plantio em contorno; e 69

71 Rotação de culturas. Também é importante considerar o controle da estabilidade dos canais na zona urbana, pois o regime hidrológico, à medida que aumenta o processo de urbanização, pode ser totalmente modificado. As vazões de estiagem e de cheias são alteradas de tal forma que devem ser estudadas medidas para evitar o assoreamento, a erosão do leito e o solapamento das margens dos canais, de forma a diminuir o custo de manutenção. De qualquer modo, garantir cobertura vegetal nas áreas frágeis localizadas na área urbana que auxiliam a reduzir os riscos de danos causados pelas inundações e o assoreamento dos corpos hídricos, nada mais é que observar a Constituição Federal, no que refere ao direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, fixado pelo art Desse modo, deve-se adotar medidas de fiscalização e monitoramento para manter a faixa mínima de APPs no município de Uruaçu. Além da medida citada, para a zona urbana de Uruaçu, outras medidas mais específicas podem ser adotadas em relação ao controle e redução dos assoreamentos em cursos d água: Viabilizar o combate técnico a erosão provocada por obras pontuais ou de terraplenagem, reduzindo o grau de assoreamento do sistema de drenagem, como pode ser observado no Córrego das Areias; Efetivação do uso e ocupação do solo urbano e rural através do Plano Diretor Integrado da Cidade de Uruaçu que tem papel fundamental no zoneamento e controle de ocupação das áreas, evitando a ocupação sem prevenção e previsão; Retirada da população das áreas de risco e de ocupação irregular e a consequente recuperação da vegetação nativa Medidas de controle para reduzir o lançamento de resíduos sólidos nos corpos d água Os resíduos sólidos que atingem os sistemas de drenagem urbana e em seguida os corpos d água tem origem diversificada, envolvendo resíduos domésticos, industriais, entulhos e sedimentos. O resíduo doméstico advém da não remoção do lixo por parte da administração pública e do descarte indevido em corpos d água ou diretamente nas ruas. Os 70

72 resíduos industriais advêm de lançamentos clandestinos, os entulhos da coleta informal e do descarte descontrolado e por fim os sedimentos livres que não são recolhidos pela coleta regular, como: movimentações de terra, sistema viário e obras civis, chegando as redes de drenagem. Algumas medidas são apontadas a seguir, para que Uruaçu consiga reduzir a quantidade de resíduos que são lançados nos corpos d água. Manutenção dos dispositivos de drenagem periodicamente; Maior atuação das secretarias responsáveis pelo sistema de drenagem e pela limpeza urbana; Limpeza periódica das bocas de lobo e vias urbanas, através da varrição e coleta; Programas de conscientização da população com temáticas envolvendo a disposição correta dos resíduos sólidos e proteção do meio ambiente Diretrizes para o controle de escoamentos na fonte, adotando-se soluções que favoreçam o armazenamento, a infiltração e a percolação, ou a jusante, adotando-se bacias de detenção ter em consideração as características topográficas locais e listar as soluções de controle que melhor se adaptariam As medidas para o controle dos escoamentos na fonte tem a intenção de promover a retenção e a redução do escoamento pluvial. Enquanto os sistemas tradicionais visam o escoamento rápido das águas pluviais, ou seja, tratar o problema, as medidas para controle na fonte têm a pretensão de reduzir e retardar o escoamento, de maneira preventiva. A drenagem na fonte é característica de escoamentos que ocorrem no lote, sendo este um condomínio, empreendimentos individualizados, estacionamentos, área comercial, parques e passeios. (PORTO ALEGRE, 2005, p.15) são: As principais medidas para controle do escoamento na fonte propostas para Uruaçu Infiltração e percolação de águas pluviais: Podendo utilizar trincheiras com filtros de areia, pavimento poroso, vala de infiltração, canteiros de infiltração; 71

73 Armazenamento de águas pluviais: Podendo utilizar reservatórios de águas pluviais nos lotes e telhados verdes. Essas medidas devem integrar de maneira coerente ao sistema existente de transporte, infiltração e retenção das águas pluviais. Para o controle do escoamento a jusante o município de Uruaçu deverá usar como medida as bacias (reservatórios) de detenção, na qual durante um evento de grande intensidade chuvosa as águas pluviais são armazenadas e não descarregadas no sistema de drenagem a jusante durante o evento. Usualmente esvaziam em até 24 horas e a área do reservatório, seco, pode ser usado para fins recreativos e de lazer (ex.: quadra de esportes). Figura 7. Bacia da Avenida Polônia, Porto Alegre. Reservatório de detenção, uso recreativo. Fonte: Observada as propostas devem-se levar em consideração outras medidas complementares: Recuperação da vegetação ciliar tanto na área urbana como ao longo dos trechos dos cursos d água situados na zona rural, a montante do perímetro urbano; Criação de parques lineares para uso como áreas de lazer e de contemplação que, além de retardar o escoamento e melhorar a qualidade das águas, impedem a ocupação irregular das áreas ribeirinhas. Estas medidas devem ser desenvolvidas em paralelo com medidas de 72

74 reassentamento de famílias vivendo em áreas marginais (considerar viabilidades técnica e econômica) e coerentes com outras intervenções urbanísticas previstas; Renaturalização de trechos de córregos sujeitos à erosão, com a recomposição das matas ciliares; Sugere-se um programa de preservação das várzeas alagáveis existentes através da sua incorporação aos parques lineares e um programa de arborização e recomposição da vegetação das áreas urbanas já consolidadas. Dentre as medidas não estruturais a serem consideradas, é proposto esquema de monitoramento hidrológico em tempo real dos cursos d água do município, principalmente os encontrados na zona urbana de Uruaçu e a atualização do Código de Obras, na qual não trata sobre a obrigatoriedade de áreas permeáveis em imóveis, tampouco da taxa de permeabilidade Diretrizes para o tratamento de fundos de vale Fundos de Vale são áreas que apresentam menores altitudes, responsáveis por receber as águas de escoamento de toda a bacia no qual está inserida. O deslocamento da água em seus vales atua como agente geológico devido a sua capacidade de erosão, transporte e sedimentação. Um dos maiores problemas enfrentados pela região dos fundos de vale identificados em Uruaçu é a urbanização, que afeta a interação natural com a circulação da água. O desmatamento e a impermeabilização do solo são fatores para que ocorra a urbanização, gerando sérios problemas ao ambiente, ocasionando erosões, assoreamentos dos mananciais, a falta de recarga de aquíferos, enchentes, alagamentos, proliferação de doenças, transtornos a população, entre outros. Os fundos de vale de Uruaçu são formados pelos corpos hídricos pertencentes a rede de drenagem urbana, que são: córrego Machombombo, córrego do Silva, córrego Campo Formoso e córrego Veredas. Ao longo desses corpos hídricos é verificada a falta de vegetação ripária, ocasionando exposições diretas do solo ás águas pluviais, ocasionando erosões, enchentes e movimentações de terra. Nos mananciais devem ser criadas áreas verdes ao longo dos cursos d água, o Código Florestal determina a criação dessas áreas de preservação permanente servindo 73

75 como proteção dos mananciais contra processos erosivos, aumento da permeabilidade nas várzeas, reposição dos aquíferos subterrâneos, corredores ecológicos, fins recreacionais e criação de zonas de microclima. A seguir são listados os principais impactos causados pelas ocupações nas áreas de fundos de vale. Tabela 24 Impactos causados pelas ocupações em fundos de vale. IMPACTOS CAUSADOS PELAS OCUPAÇÕES EM FUNDOS DE VALE Erosão e instabilidade das margens Assoreamento Compactação do solo Aumento do volume de escoamento superficial MEIO FÍSICO Alteração no tempo de concentração Poluição das águas superficiais e subterrâneas Redução da mata ciliar e de galera Alteração no microclima Perda de habitats naturais Perda da Biodiversidade MEIO BIÓTICO Movimentações/Deslizamentos de Terra Inundações e enchentes Aumento de doenças de veiculação hídrica MEIO ANTRÓPICO Interferência na qualidade de vida Possíveis acidentes Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, são: Para o tratamento das regiões de fundos de vale, as intervenções a serem feitas, Identificação dos fundos de vale em situação crítica; Limpeza dos cursos d água receptores das águas pluviais; Remoção e reassentamento de famílias que moram, em áreas irregulares e nos locais que deveriam ser áreas de preservação permanente; Recuperação das matas ciliares; Estabilização e contenção dos taludes dos leitos dos corpos d água; Contenção dos processos erosivos; Criação de praças e parques propiciando a infiltração de água no solo; 74

76 Regulação e fiscalização da taxa permeável dos lotes; Construção de curvas de nível na zona rural, em áreas próximas aos corpos hídricos. O município de Uruaçu precisa ter controle dessas áreas de fundo de vale, e restringir a ocupação urbana prezando pelo bem estar da população e a proteção de suas riquezas naturais Previsão de eventos de emergência e contingência Eventos de emergência são acontecimentos em situação crítica, perigosa, incidente, caso de urgência, ou seja, uma situação inesperada que requer tratamento imediato. Eventos de contingência são acontecimentos que podem ou não ocorrer, porém já é estabelecido um planejamento, para que, caso ocorra esta situação os órgãos responsáveis saibam lidar e tratar o problema. Na situação do Plano de Saneamento, cada vertente do sistema possui eventos emergenciais e contingenciais, tendo este plano a função de prever os eventos e estabelecer ferramentas para a prevenção. Acidentes e imprevistos nos sistemas de drenagem urbana geralmente ocorrem em períodos de intenso índice pluviométrico que, associados ao desnudamento do solo, ou da ausência/dimensionamento incorreto dos dispositivos de coleta da água pluvial, acabam por gerar graves problemas a população, como deslizamentos de terra, inundações, doenças de veiculação hídrica, etc. A Tabela 25 apresenta os principais eventos de emergência e suas ações de prevenção e ações contingência. 75

77 Tabela 25 Eventos de emergência e ações de contingência e prevenção drenagem urbana. EVENTOS DE EMERGÊNCIA POSSÍVEIS CAUSAS AÇÕES DE PREVENÇÃO AÇÕES DE CONTINGÊNCIA Transbordamento de cursos d'água. Deslizamentos de solo Pontos de estrangulamento Contaminação dos cursos d'água Os transbordamentos podem derivar da precipitação e escoamento superficial acima da capacidade do sistema, do mau funcionamento do sistema por assoreamento, comprometendo a capacidade de escoamento por diminuição da área útil do conduto/curso d'água. Os deslizamentos podem ocorrer devido a saturação do solo em épocas de chuvas intensas, falta de cobertura vegetal, declividade excessiva das encostas, ocupação irregular nas encostas ou desestabilização do solo em função das obras de infraestrutura Pontos de estrangulamento ocorrem pela obstrução das bocas de lobo ocasionada pela disposição incorreta de resíduos sólidos, ou pela quantidade inesperada de chuva que ocasiona intenso escoamento superficial que satura o sistema que não foi calculado para escoar tal volume. Pode ocorrer por interligações clandestinas no sistema de drenagem, principalmente esgoto, ou resíduos líquidos perigosos que são dispostos nas ruas, com o escoamento superficial esses resíduos líquidos chegam aos corpos d'água. Manutenção e reparação das estruturas de micro e macrodrenagem. Recuperação da mata ciliar próximo aos corpos hídricos. Implantação de um sistema de alerta e monitoramento de inundações. Controle do uso do solo Plantio de cobertura vegetal Plano de drenagem urbana Educação ambiental Manutenção e inspeção nos sistemas de drenagem; Implantação de reservatórios de detenção a montante ou bacias de contenção; Implantação de um sistema de alerta e monitoramento das enchentes. Inspeção e manutenção dos sistemas de drenagem; Educação ambiental para a conscientização da população. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Evacuar a área rapidamente; Informar ao corpo de bombeiros; Informar a secretaria responsável; Comunicar a defesa civil e ao corpo de bombeiros e retirada da população das áreas próximas aos deslizamentos Isolamento da área; Informar a secretaria responsável para realizar a desobstrução e manutenções no local. Comunicar a Secretaria de Meio Ambiente e à Defesa Civil para que sejam tomadas as medidas necessárias. 76

78 4.4 Sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos Planilha com estimativas anuais dos volumes de produção de resíduos sólidos e percentuais de atendimento pelo sistema de limpeza urbana Os volumes de produção de resíduos sólidos foram classificados em: I. Total Estimativa da quantidade total de resíduos gerados pela população de Uruaçu; II. Reciclado Estimativa da quantidade total de resíduos passíveis de reciclagem gerados pela população de Uruaçu; III. Compostado Estimativa da quantidade total de resíduos passíveis de compostagem gerados pela população de Uruaçu; e IV. Aterrado Estimativa da quantidade total de resíduos que ainda não possuem formas de reaproveitamento e devem receber o tratamento adequado. Como informado no Diagnóstico Técnico Participativo, a geração per capita de resíduos sólidos urbanos no município de Uruaçu está em torno de 0,67 Kg/hab.dia. POPULAÇÃO ATENDIDA 100 % Tabela 26. Dados para cálculo de estimativa de resíduos sólidos gerados. PER CAPITA (Kg/hab.dia) DADOS DO DIAGNÓSTICO TÉCNICO PARTICIPATIVO QUANT. GERADA (Kg/dia) ATERRADO (%) COMPOSTADO (%) RECICLADO (%) Zona urbana 0, ,7 51,4 31,9 Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, A Tabela 26 é apenas um resumo dos dados informados no Diagnóstico e que serviram de base para a formulação da projeção da Tabela 27, na qual possui as estimativas de geração de resíduos sólidos ao longo do planejamento no município de Uruaçu. Ano Tabela 27. Projeção da quantidade de resíduos sólidos gerados em Uruaçu. População total (hab) Quant. Gerada (ton./dia) Quant. Gerada (ton./ano) Projeção de resíduos Reciclado (ton./ano) Compostado (ton./ano) Aterrado (ton./ano) , , , , , , , , , , , ,292 77

79 Ano População total (hab) Quant. Gerada (ton./dia) Quant. Gerada (ton./ano) Projeção de resíduos Reciclado (ton./ano) Compostado (ton./ano) Aterrado (ton./ano) , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,372 Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, A tabela acima demonstra as estimativas ao longo do horizonte de projeto, contemplando a população urbana e rural. Para que haja eficácia no aproveitamento de resíduos e destinação correta dos rejeitos é necessária que seja implantada a coleta seletiva em todo o município e centrais de triagem para que possam fazer a segregação dos resíduos e rejeitos gerados e assim exercendo uma Gestão Integrada Sustentável de Resíduos. Conforme questionário aplicado no município apenas 17% da população apresenta satisfação em relação aos servidos prestados de limpeza urbana. Cabe ao município propor metas para que 100% da população estejam satisfeita, aumentando a frequência de varrição, capina e roçagem. Assim é proposto que o atendimento à população uruaçuense, população urbana e dos aglomerados rurais, pelos serviços de limpeza urbana atinja a universalização e se mantenham ao longo do planejamento, conforme Tabela

80 Tabela 28. Percentuais de atendimento pelo sistema de limpeza urbana. Prazos Emergencial Curto Médio Longo Percentuais 95% 100% 100% 100% Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Metodologia para o cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, bem como a forma de cobrança desses serviços De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Conforme a Súmula Vinculante nº 19 do Supremo Tribunal Federal STF entende-se que a taxa de cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal. Analisando o Código Tributário Municipal de Uruaçu em sua Seção II das taxas de serviços urbanos artigos 184 e 185, afirma que a taxa é devida pela prestação de serviços de coleta e remoção do lixo, limpeza pública, conservação de via e logradouros públicos, sendo o sujeito passivo das taxas o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor a qualquer título de imóveis situados em vias e logradouros públicos. Ainda conforme o Código Tributário Municipal de Uruaçu, a taxa será lançada em nome do sujeito passivo e arrecadada juntamente com o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, tomando como base os valores de acordo com a variação da Unidade Fiscal do Município UFM. A tabela IX anexo ao Código Tributário do Município de Uruaçu aponta os valores de cobrança da taxa, que são apresentados abaixo: 1. Coleta e remoção do lixo A. Domiciliar por Kg (média 12 kg/mês - Unidade) 0,01 UFM; B. Comercial por Kg (média 30 kg/mês Unidade) 0,01 UFM; C. Hospitalar por Kg (média 15 kg/mês Unidade) 0,01 UFM. 79

81 2. Limpeza pública A. Área não pavimentada 1,20 hora/ano/unid 0,08 UFM; B. Área pavimentada 1 hora/ano/unid 0,07 UFM. 3. Conservações e vias de logradouros públicos A. Área pavimentada 30 hora/ano/unid 2,10 UFM; B. Área não pavimentada 20 hora/ano/unid 1,40 UFM. Segundo Brasil (2009) em relação a remuneração pelos serviços de limpeza urbana (SLU): os serviços tipicamente de limpeza urbana, como, por exemplo, varrição, capina, poda, roçagem, raspagem de ruas e poda de árvores em vias e logradouros públicos não são divisíveis e devem ter seus custos, de acordo com a Constituição Federal, suportados pelo orçamento municipal (...) e é importante que os recursos destinados ao pagamento desses serviços sejam claramente identificados no Orçamento e não é aconselhável que sejam embutidos indevidamente na taxa ou tarifa de coleta, tratamento e disposição final, como já foi proposto por alguns. (BRASIL, 2009, pag. 523). Assim, os serviços de limpeza pública e conservação de vias e logradouros não deverão ser cobrados, diante disto, cabe ao Poder Legislativo Municipal analisar e reformular o Código Tributário Municipal de Uruaçu. A metodologia para o cálculo dos custos de coleta, remoção e tratamento dos resíduos bem como a forma de cobrança proposta visa a alteração do Código Tributário Municipal de Uruaçu, conforme definido pela Constituição Federal, no bojo do inciso II do art. 145: taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição Metodologia para o cálculo dos custos de coleta, remoção e tratamento dos resíduos, bem como a possível forma de cobrança Utilizando como base de pesquisa municípios brasileiros que já possuem implantados seus sistemas cobrança pelos serviços de manejo de resíduos sólidos, buscouse a melhor alternativa para o município de Uruaçu: Porto Alegre (RS): 80

82 A Taxa de Coleta de Lixo (TCL) é lançada juntamente com o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Considera-se beneficiado pelo serviço de coleta, remoção, transporte e destinação final de lixo, quaisquer imóveis edificados ou não, inscritos no Cadastro Imobiliário do Município de modo individualizado, tais como, terrenos ou lotes de terrenos, prédios ou edificações de qualquer tipo, que constituam unidade autônoma residencial, comercial, industrial, de prestação de serviço ou de qualquer natureza e destinação. A taxa de Coleta de Lixo será calculada, anualmente, com base a Unidade de Referência Municipal, em função da destinação de uso, localização, e da área do imóvel beneficiado (PORTO ALEGRE, 1984). Belo Horizonte (MG): São Paulo (SP): A Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos TCR é devida pelos proprietários de imóveis edificados beneficiados por coleta domiciliar de lixo. A TCR não incide sobre os lotes vagos, vagas de garagem constituídas em imóveis autônomos e sobre os barracões, esses últimos somente quando for o único tipo construtivo no lote. O valor está embutido na cobrança do IPTU e é feito com base no gasto da prefeitura com a coleta do lixo, o transporte e sua destinação final. Em 2009, os valores são de R$ 261,34 para coleta diária (seis (6) vezes por semana) e de R$ 130,67 para o serviço de coleta alternada (três (3) vezes por semana). (MARINA, 2009). A forma de taxação proposta: O proprietário ou locatário do imóvel deverá declarar através de um questionário, a quantidade estimada de RSD produzida em um dia. Com esses dados a prefeitura irá fixar uma taxa a ser paga mensalmente. Em prédios, a cobrança será feita separadamente, por apartamentos. Quem não pagar a taxa, continuará a ter seu lixo retirado, mas poderá ser processado por inadimplência. (LEITE, 2006). Analisando as alternativas citadas, propõe-se para Uruaçu o modelo adotado em Belo Horizonte, onde é cobrada junto ao IPTU a taxa de manejo dos resíduos sólidos (coleta, transporte e destinação final). Para tanto, o Poder Público Municipal deverá levar em consideração o Decreto Federal 7.217/ que trata em seu Art. 14 sobre: A remuneração pela prestação de serviço público de manejo de resíduos sólidos urbanos deverá levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados, bem como poderá considerar: I - nível de renda da população da área atendida; II - características dos lotes urbanos e áreas neles edificadas; III - peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio; ou IV - mecanismos econômicos de incentivo à minimização da geração de resíduos e à recuperação dos resíduos gerados. Segundo Brollo e Silva (2001) diversos autores vêm fomentando a ideia de que para se promover uma gestão ambientalmente sustentável dos resíduos sólidos, seja preciso, 6 Regulamenta a Lei n o , de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. 81

83 dentre outras, disciplinar a população com relação à produção de resíduos sólidos domésticos (RSD), visando a minimização, reutilização e reciclagem, através da seguinte medida: Promoção de descontos na taxação proposta, quando o cidadão realizasse uma correta separação dos resíduos, o que viria a facilitar a triagem, e a diminuir os custos deste tipo de coleta. Para uma melhor compreensão do valor da taxa foi utilizado os dados do SNIS (Coleta/2013) que traz em seu conjunto de tabelas com informações e indicadores sobre os municípios, o valor total gasto com o manejo de resíduos sólidos urbanos e com limpeza urbana em reais por ano em Uruaçu, é de R$ ,96 e R$ ,00 respectivamente. Ao dividir esses valores pela população urbana em 2014 ( habitantes Estimativa/IBGE) temos a despesa per capita em reais por habitante por ano, em: Manejo de resíduos sólidos urbanos - R$ 36,69 /hab/ano; Limpeza urbana - R$ 9,47/hab/ano. Os cálculos realizados consideraram apenas a população urbana, para a população dos aglomerados rurais é necessário que o município de Uruaçu primeiramente implante um sistema de manejo de RSD adequado à realidade das localidades, para que possa adequar sua legislação em função da regularização das taxas a serem cobradas pelos serviços prestados de manejo de resíduos sólidos. Os custos de execução de serviços de limpeza urbana, como varrição, capina, poda, entre outros, realizados diretamente pela Administração Pública, ou eventualmente terceirizados, devem estar incluídos no Plano Plurianual e garantidos pelo caixa único da Prefeitura, por meio de receitas geradas por tributos e repasses financeiros externos. Assim, focando não somente em cobrir os atuais custos necessários para a realização dos serviços de coleta, transporte e destinação final, mas, também, em induzir a novos padrões de consciência da população visando uma sustentabilidade econômica e ambiental do setor fica proposto a cobrança de taxa de manejo de resíduos sólidos a todo habitante do município de Uruaçu atendido pelo serviço. 82

84 4.4.3 Regras para o transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos de que trata o art. 20 da Lei /2010, e demais disposições pertinentes da legislação federal e estadual propondo a definição das responsabilidades quanto à sua implantação e operacionalização Buscando atender o Art. 19 inciso VII da Política Nacional de Resíduos Sólidos, o Plano Municipal de Saneamento Básico de Uruaçu definiu as regras para transporte e outras etapas do gerenciamento de resíduos sólidos com base na Lei /2010. A Lei define em seu artigo 3º capítulo X que o gerenciamento de resíduos sólidos consiste em um conjunto de ações exercidas direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos de acordo com Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ou Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. O Artigo 20 da mesma lei define os empreendimentos sujeitos à elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, que são eles: resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, resíduos industriais, resíduos de serviços de saúde, resíduos de mineração, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos, as empresas de construção civil, os responsáveis pelos terminais e os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou da SUASA. A Tabela 29 apresenta recomendações para o gerenciamento de resíduos, bem como suas respectivas legislações vigentes, acondicionamentos, armazenamentos e destinação final adequada, na qual devem ser postas em prática no município de Uruaçu. 83

85 Tabela 29. Recomendações para o correto gerenciamento de resíduos sólidos. Resíduo Acondicionamento Armazenamento Destinação final Resíduos Classe IIA NBR 10004/2004 (resíduos orgânicos, oriundos de refeitórios e sanitários). Resíduos Recicláveis Classe IIB NBR 10004/2004 (não contaminados, como plásticos, vidros, metais papelão, papéis). Resíduos Perigosos Classe I NBR 10004/2004 Resíduos contaminados por derivados de petróleo e/ou químicos ácidos, corrosivos, inflamáveis, reativos ou patogênicos. (Filtros, estopas, areia do sistema separador de água e óleo, jornais e EPI s contaminados e outros). Resíduos Classe I - Perigosos NBR 10004/2004 Óleo Lubrificante Usado ou Contaminado (OLUC) Resíduos Classe I - Perigosos NBR 10004/2004 Areia ou Serragem contaminada com Óleo Lubrificante, gasolina, óleo diesel, entre outros derivados de petróleo e areia contaminada (Caixa Separadora) Resíduo Perigoso (NBR 10004/2004) - Embalagens de óleo lubrificante, tinta (latas ou spray), querosene, graxa, solventes em geral, cola. Metal e limalha de ferro Lâmpadas Sacos plásticos e lixeiras específicas Triagem e separação em baias/tambores específicos. Triagem e separação em baias/recipientes específicos. Galões ou tambores estanques. Passagem pelo sistema separador de água e óleo SSAO Galões ou tambores estanques. Contêineres Recipientes apropriados (galões, tambores, própria embalagem) evitar a quebra. Local coberto Local coberto Local coberto e impermeabilizado. Caçambas metálicas adequadas para transporte e destinação. Local coberto e impermeabilizado. Caixa seca, devidamente impermeabilizada. Recipientes estanques em local coberto, impermeabilizado, com tanque de contenção. Local coberto e impermeabilizado. Local coberto e impermeabilizado Local coberto e impermeabilizado. Local protegido contra intempéries Serviço de coleta pública do município (Aterro Sanitário Municipal). Logística reversa ou Programa Coleta Seletiva do município ou empresas especializadas em reciclagem /reaproveitamento. Empresas especializadas em reutilização e/ou reciclagem ou co-processamento. Rerrefino Empresas especializadas em coleta e destinação para processo de Rerrefino. Devolução aos fornecedores, revendedores ou fabricantes. Logística reversa ou Empresas de reciclagem especializadas. Empresas de Reciclagem Licenciadas ou Coprocessamento Fornecedores, Fabricantes, Empresas especializadas em descontaminação. Legislação observada Lei /2010 Lei /2010 Lei /2010 ABNT NBR 10004/2004 Resolução CONAMA Nº 362/2005. ABNT NBR 10004/2004 Lei /2010 Lei /2010 CONAMA 307/2002 Lei /2010 ABNT NBR 10004/2004 Pneumáticos Contêineres ou Baias Local coberto e Eco Ponto Resolução CONAMA 84

86 Resíduo Acondicionamento Armazenamento Destinação final Legislação observada identificadas impermeabilizado N 416/2009 Pilhas e baterias Resíduos Tecnológicos Equipamentos eletroeletrônicos Resíduos Classe I Perigosos NBR 10004/2004 Óleo vegetal usado Resíduos Classe I Perigosos NBR 10004/2004 Sucatas de baterias e lixo eletrônico. Triagem e separação em tambores, caixas ou recipiente equivalente. Galões ou tambores estanques. Galões ou tambores estanques. Local coberto, impermeabilizado e distante de fontes de calor e protegido contra choques mecânicos. Local coberto e impermeabilizado Local coberto e impermeabilizado Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Devolução aos fornecedores, revendedores ou fabricantes. (Lei nº /2010. Logística reversa) ou Empresas de reciclagem especializadas. Ecopontos ou empresas especializadas em reciclagem. Devolução aos fornecedores, revendedores ou fabricantes (Logística reversa) ou empresas de reciclagem especializadas. Lei /2010 Resolução CONAMA N. 401/2008. Lei /2010 Lei nº /

87 Todas as etapas do gerenciamento, desde a coleta até a disposição final, estão descritas abaixo, assim como deverão estar nos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos dos estabelecimentos sujeitos a sua elaboração I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e k do inciso I do art. 13; e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea c ; Para os resíduos dos serviços de saneamento básico - tratamento de água, tratamento de esgoto, manejo de águas pluviais e gerenciamento de resíduos sólidos as legislações vigentes dos serviços de saneamento não propõem uma destinação final específica para seus resíduos gerados, apenas que deve ser dada uma destinação ambientalmente adequada. A Tabela 30 caracteriza o gerenciamento dos resíduos destes serviços. 86

88 Tabela 30. Caracterização dos resíduos dos serviços de saneamento. VERTENTE ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO TRANSPORTE DESTINAÇÃO FINAL Tratamento de água Tratamento de esgoto Manejo de águas pluviais Gerenciamento de resíduos sólidos Disposto no gradeamento como resíduos sólidos Disposto no fundo do desarenador em formato de lodo; Disposto no fundo dos decantadores em forma de lodo; Disposto na calha de coleta dos floculadores no formato de escuma; Disposto no gradeamento como resíduos sólidos Leitos de secagem Disposto no fundo do desarenador em formato de lodo; Disposto no fundo dos decantadores em forma de lodo; Leitos de secagem/área de estocagem Disposto na calha de coleta dos floculadores no formato de escuma; Disposto no fundo da fossa séptica em formato de Fundo da fossa lodo; Disposto no fundo das lagoas em formato de lodo; Leitos de secagem/área de estocagem Gradeamento da boca de lobo e fundo Disposto no gradeamento/grelhas das bocas de lobo das caixas de coleta das galerias pluviais. Sacos pretos Caminhões caçamba fechados. Caminhões caçamba fechados. Carro gari. Caminhões compactadores; Fechado e impermeável. caminhões caçamba fechados. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Aterro sanitário, desde que o teor de sólidos seja >30%. Aplicação no solo; Aterro sanitário; Incineração. Aterro sanitário Aterro sanitário 87

89 Para que haja a destinação final adequada destes resíduos é necessário que Administração Municipal busque a implantação do Aterro Sanitário conforme a legislação pertinente. f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais; Os resíduos industriais podem ter características diversas e compreendem desde papéis, papelão, embalagens plásticas não contaminadas até resíduos perigosos que devem ser acondicionados e transportados com os devidos cuidados. Cada gerador é responsável pelo gerenciamento do seu resíduo, desde o acondicionamento até o transporte e a destinação final correta. As indústrias localizadas em Uruaçu devem ter os inventários de resíduos sólidos industriais conforme a CONAMA 313/2002, assim como seus planos de gerenciamento de resíduos sólidos. g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS; Para os Resíduos de Serviço de Saúde (RSS) a ABNT NBR N /93 diz que a equipe de coleta deve utilizar equipamento de proteção individual (EPI), sendo estes: uniforme, luvas, botas, gorra, máscara, óculos, avental e carro de coleta interna. O carro de coleta e transporte interno deve ser estanque, constituído de material rígido, lavável e impermeável de forma a não permitir vazamento de líquido, com cantos arredondados e dotados de tampa, devendo ainda ser identificado pelo símbolo de substância infectante. Seu uso deve ser exclusivo para a coleta de resíduos, sendo o volume máximo de transporte de até 100 litros para carro de coleta interna I e de até 500 litros para carro interno de coleta II. Para a coleta externa, a mesma norma exige os seguintes EPI para a equipe: uniforme, luvas, botas, colete, boné e contêiner. O contêiner deve ser constituído de material rígido, lavável e impermeável, de forma a não permitir vazamento de líquido e com cantos arredondados. O contêiner deve ainda possuir tampa articulada ao próprio corpo do equipamento, ser provido de dispositivo para drenagem com sistema de fechamento, ter rodas do tipo giratório com bandas de rodagem de borracha maciça ou material equivalente e ser branco, ostentando em lugar visível o símbolo de substância infectante, conforme modelo e especificação determinados pela NBR 7500/

90 O veículo coletor utilizado na coleta externa, ainda segundo a ABNT NBR N /93, deve ter superfícies internas lisas, de cantos arredondados de forma a facilitar a higienização, não permitindo vazamento de líquido, sendo provido de ventilação adequada. Sempre que a forma de carregamento for manual, a altura de carga deve ser inferior a 1,20 m e quando possuir sistema de carga e descarga, este deve operar de forma a não permitir o rompimento dos recipientes, sendo dotado de equipamento hidráulico de basculamento quando forem utilizados contêineres. A norma ainda preconiza que ao final de cada turno de trabalho, o veículo coletor deve sofrer limpeza e desinfecção simultânea, usando-se jato de água, preferencialmente quente e sob pressão. O efluente proveniente dessa lavagem e desinfecção deve ser encaminhado para tratamento, conforme exigências do órgão estadual de controle ambiental. A Tabela 31 apresenta as recomendações detalhadas aos resíduos de saúde, específicos por classes segundo a Resolução RDC Nº 306/2004 da ANVISA. Tabela 31. Gerenciamento dos RSS. RESÍDUO ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO DESTINAÇÃO FINAL Classe A Infectantes Classe B Resíduos Químicos Classe C Radiológico Classe D Resíduos Comuns Classe E Perfurocortantes Saco branco leitoso. Saco branco leitoso. Esp. Segundo CNEN Sacos pretos Embalagens tipo Descartex Fechado e impermeável. Fechado e impermeável. Esp. Segundo CNEN Fechado e impermeável. Fechado e impermeável. Incineração Incineração Esp. Segundo CNEN Aterro Sanitário Incineração Fonte: Resolução RDC Nº 306/2004. Adaptado pelo autor, LEGISLAÇÃO OBSERVADA Resolução CONAMA 358/2005 Resolução CONAMA 358/2005 Resolução CONAMA 358/2005 Resolução CONAMA 358/2005 Resolução CONAMA 358/2005 A empresa que realiza a coleta, transporte e destinação final dos RSS de Uruaçu obedecem todos os requisitos citados acima, cabe a Administração Municipal cobrar os planos de gerenciamento de resíduos das unidades geradoras. k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios; O resíduo deverá ser identificado/caracterizado com base no que estabelece a Resolução CONAMA 313/02 e as normas da ABNT. O transporte deverá ser feito de forma 89

91 adequada e segura para não comprometer a segregação, não danificar os recipientes conteinedores, não propiciar vazamentos e/ou derramamentos e, no caso de resíduos a granel, não propiciar a geração de poeira e de novos resíduos no solo e/ou nas vias de tráfego II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; Em qualquer fase do seu gerenciamento, o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos é obrigatório. O cadastro é coordenado pelo órgão federal competente do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama e implantado de forma conjunta pelas autoridades federais, estaduais e municipais. Segundo a Lei , Art. 33, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Com exceção dos pneumáticos que são recolhidos pela Reciclanip através de um acordo de cooperação mutua, os demais resíduos citados abaixo não seguem as regras de transporte e não possuem gerenciamento adequado. Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens Sobre óleos contaminados, a Resolução CONAMA N 362/2005 de Recolhimento, Coleta e Destinação Final de Óleo Lubrificante diz que as atividades de armazenamento, manuseio, transporte e transbordo do óleo lubrificante usado ou contaminado coletado, sejam efetuadas em condições adequadas de segurança e por pessoal devidamente treinado, atendendo à legislação pertinente e aos requisitos do licenciamento ambiental, devendo ainda respeitar a legislação relativa ao transporte de produtos perigosos. A legislação relativa ao transporte de produtos perigosos é a ABNT NBR N /2003 Transporte Terrestre de Resíduos. Devem ser recolhidos de forma segura, em lugar acessível à coleta, em recipientes adequados e resistentes a vazamentos, de modo a não contaminar o meio ambiente, 90

92 adotando as medidas necessárias para evitar que o óleo lubrificante usado ou contaminado venha a ser misturado com produtos químicos, combustíveis, solventes, água e outras substâncias, evitando a inviabilização da reciclagem. O veículo comumente utilizado para o transporte de óleo contaminado são os caminhões tanque, que devem apresentar sempre a devida identificação de carga. Figura 8. Veículo para transporte de óleo contaminado. Fonte: Lwart Lubrificantes, Segundo informações do Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais, no Estado de Goiás há empresa que realiza a coleta, transporte e tratamento dos óleos lubrificantes, a empresa está situada no município de Aparecida de Goiânia. Assim, as fontes geradoras de óleo lubrificante usado devem estar atentas ao direcionamento do resíduo às empresas credenciadas para realizar a coleta e o rerrefino de acordo com a legislação vigente. Pneumáticos Com relação aos pneumáticos, a Resolução CONAMA N 416/2009 que dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, os pneus devem ser acondicionados em abrigos temporários cobertos garantindo as condições necessárias à prevenção dos danos ambientais e de saúde pública. Os abrigos poderão armazená-los por até um ano, depois disso, os 91

93 fabricantes ou importadores tem o dever de retirá-los e dar-lhes a destinação ambientalmente adequada. Seguindo ainda a mesma Resolução, o Art. 5, parágrafo 5, diz: Para efeito de comprovação junto ao IBAMA, poderá ser considerado o armazenamento adequado de pneus inservíveis, obrigatoriamente em lascas ou picados, desde que obedecidas às exigências do licenciamento ambiental para este fim e, ainda, aquelas relativas à capacidade instalada para armazenamento e o prazo máximo de 12 meses para que ocorra a destinação final. Não existe legislação específica detalhando o transporte de pneumáticos, portanto o translado pode ser realizado por caminhões ou algum outro veículo que possa realizar o trajeto até o local de destinação final de forma segura. Figura 9. Veículo para transporte de pneumáticos. Fonte: Reciclanip, Pilhas e baterias Para as pilhas e baterias, a Resolução CONAMA N 401/2008 Art. 3, Inciso III, parágrafo 3, diz: O plano de gerenciamento apresentado ao órgão ambiental competente deve considerar que as pilhas e baterias a serem recebidas ou coletadas sejam acondicionadas adequadamente e armazenadas de forma segregada, até a destinação ambientalmente adequada, obedecidas as normas ambientais e de saúde pública 92

94 pertinentes, contemplando a sistemática de recolhimento regional e local. Para o transporte de pilhas e baterias, não existe legislação específica que o detalhe, portanto, eles devem ser acondicionados em recipientes de forma segregada, como cita a resolução acima, e transportados nos recipientes em questão, de maneira segura. Figura 10. Coletor de pilhas e baterias. Fonte: Natural Limp, Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista Os componentes das lâmpadas podem ser reciclados, para diminuição do problema. Recomenda-se que estas lâmpadas sejam armazenadas em local seco, nas próprias embalagens originais, protegidas contra choques que possam provocar ruptura. Quando quebradas, queimadas ou enterradas, as lâmpadas fluorescentes liberam o mercúrio, portanto, são considerados resíduos perigosos. Assim, é de grande importância controlar o manejo dessas lâmpadas após o consumo, evitando a contaminação do solo, das águas e o contato com o ser humano. 93

95 Figura 11. Coletores de lâmpadas. Fonte: Associação Fukuoka Instituto, A descontaminação da lâmpada consiste basicamente na retirada do mercúrio. Devido ao alto custo de destinação adequada das lâmpadas, deve ser incentivado o recolhimento dessas lâmpadas separadamente, ou mesmo informar para que não fique acessas sem necessidade. Para esses resíduos gerados em estabelecimentos comercias e nos prestadores de serviços como lâmpadas, pilhas e baterias até mesmo os medicamentos vencidos a Administração Municipal buscando atender as legislações pertinentes deve buscar parceria com os empresários e realizar campanhas de incentivo ao correto descarte desses resíduos, assim como implantar nos estabelecimentos comercias recipientes coletores como os exemplificados nas Figura 10 e Figura 11. Os resíduos coletados devem ser encaminhados as indústrias conforme citado na Lei /2010 em seu Art

96 São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; Em se tratando de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) a Resolução CONAMA N 307/202 diz que os transportadores dos RCD são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte desses resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação. Antes do transporte, os resíduos devem ser devidamente acondicionados. Portanto, o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que sejam possíveis, as condições de reutilização e de reciclagem. O acondicionamento interno pode ser realizado por meio de: bombonas, que são recipientes plásticos, com capacidade para 50 litros, normalmente produzidos para conter substâncias líquidas; bags, que são sacos de ráfia reforçados, dotados de 4 alças cuja capacidade para armazenamento é em torno de 1 m³; e caçambas estacionárias, que são recipientes metálicos com capacidade volumétrica de 3, 4 e 5 m³. A Tabela 32 apresenta as recomendações detalhadas aos resíduos de construção civil, específicos por classes segundo a ABNT NBR n /

97 Tabela 32. Gerenciamento dos RCD. RESÍDUO ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO DESTINAÇÃO FINAL LEGISLAÇÃO Resíduos Classe IIA Orgânicos (resíduos orgânicos, oriundos de refeitórios e sanitários). Resíduos Classe IIB Recicláveis (não contaminados, como gesso, plásticos, vidros, metais, sucatas de ferro, sacos de cimento, papéis). Resíduos Classe I Perigosos (Latas de tintas, solventes, óleos lubrificantes). Resíduos Classe A Recicláveis e reutilizáveis (blocos, tijolos, telhas, placas de revestimento, argamassa e concreto). Resíduos Classe B Recicláveis para outras destinações (plásticos, papel, papelão, isopor, metais, vidros, madeiras e gesso). Resíduos Classe C Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação. Resíduos Classe D Perigosos contaminados e nocivos à saúde (produtos oriundos de clínicas radiológicas, instalações indústrias e outros). Sacos plásticos e lixeiras específicas Triagem e separação em baias/tambores específicos. Triagem e separação em baias/recipientes específicos. Contêineres, latões ou tambores. Triagem e separação em baias/tambores específicos. Contêineres, latões ou tambores. Triagem e separação em baias/recipientes específicos. Local coberto Local coberto Local coberto e impermeabilizado. Caçambas metálicas adequadas para transporte e destinação. Local coberto e impermeabilizado Local coberto temporariamente Local coberto e impermeabilizado Local coberto e impermeabilizado. Caçambas metálicas adequadas para transporte e destinação. Fonte: ABNT NBR N /2004. Adaptado pelo autor, Responsabilidade do Município Serviço de coleta pública do município (Aterro Sanitário Municipal). Logística Reversa ou Programa Coleta Seletiva do município ou empresas especializadas em reciclagem /reaproveitamento. Empresas especializadas em reutilização e/ou reciclagem ou coprocessamento. Fornecedores, Fabricantes ou Empresas de Reciclagem Licenciadas. Deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura. Deverão ser destinados em conformidade com as normas técnicas especificas. Empresas especializadas em reutilização e/ou reciclagem ou coprocessamento. Lei /2010 ABNT NBR 10004/2004 Lei /2010 ABNT NBR 10004/2004 Lei /2010 ABNT NBR 10004/2004 Lei /2010 CONAMA 307/2007 Lei /2010 CONAMA 307/2007 Lei /2010 CONAMA 307/2007 Lei /2010 CONAMA 307/

98 Recomenda-se que todos os resíduos Classe I, conforme NBR 1004/2004, sejam armazenados distantes de fontes de calor. Quando da destinação ambientalmente adequada dos resíduos, o empreendedor deverá exigir o comprovante de destinação final e quando da contratação de caçambas para a coleta, transporte e destinação final dos resíduos, o empreendedor deverá exigir a apresentação de CTR Controle de Transporte e Destinação de Resíduos. O transporte interno pode ser realizado por meio de elevadores de carga ou gruas (verticalmente) e por carrinhos (horizontalmente). No transporte externo, os meios utilizados mais comuns são: caminhões caçamba, caminhões para transporte de contêineres ou caminhões com caçamba aberta IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea j do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; Em se tratando de resíduos de portos, aeroportos, passagens de fronteiras e recintos alfandegados, a Resolução da Diretoria Colegiada - RDC Nº. 56, de 6 de agosto de 2008, dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas sanitárias no gerenciamento dos resíduos sólidos dessas atividades. As informações da Tabela 33 foram retiradas dessa legislação e caracterizam o gerenciamento de tais resíduos. 97

99 Tabela 33. Caracterização de resíduos nas áreas de portos, aeroportos, passagens de fronteiras e recintos alfandegados. RESÍDUO ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO DESTINAÇÃO FINAL TRANSPORTE Resíduos Classe A Apresentam risco potencial ou efetivo devido à presença de agentes biológicos (atendimento médico, limpeza e desinfecção de sanitários, sangue e hemoderivados). Resíduos Classe B Contém substâncias químicas (industriais, depósitos de combustíveis, produtos hormonais, tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos). Resíduos Classe C Rejeitos radioativos (resíduos de laboratórios de análises clínicas, de serviços de medicina nuclear, radioterapia). Resíduos Classe D Não apresentam risco biológico, químico ou radiativo à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares (sobras de alimentos, de varrição, podas, de outros grupos Sacos de cor branco leitosa, impermeáveis, de material resistente à ruptura e vazamento de resíduos contidos no seu interior, respeitados seus limites de peso. Recipientes devem ser dotados de dispositivo que permita o fechamento nos intervalos entre uma utilização e outra, assim como, o seu fechamento definitivo Lâmpadas, pilhas e baterias descartadas deverão ser acondicionadas de forma a mantê-las integras e armazenadas segregadas. Gerenciados, conforme os critérios e requisitos estabelecidos aos rejeitos radioativos, definidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN. Em saco resistente á ruptura e vazamento, impermeável, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Depois de lacrados, os mesmos deverão ser dispostos em recipientes de armazenamento de material lavável, resistente à ruptura, vazamento, punctura e queda, com tampa provida de sistema de abertura, com capacidade compatível à Apresentar cobertura, pisos e paredes revestidos de materiais lisos, laváveis e resistentes, condições de luminosidade, escoamento de efluentes e oferta de água. Ocorrer em recipientes de acondicionamento como contêineres e/ou tambores, em tanques e a granel, cujas características devem seguir as recomendações das normas técnicas vigentes. A autoridade sanitária, após o isolamento físico da área, comunicará imediatamente à representação da CNEN. Estar em áreas distintas as do abastecimento de alimentos, reservatórios de água potável ou de outros sistemas ou produtos passíveis de contaminação cruzada. Também poderão ser armazenados em compactadores destinados a esta finalidade para posterior disposição final, devendo ser Devem ser realizados em locais licenciados pelos órgãos ambientais. Após tratamento, os resíduos sólidos do grupo A serão considerados resíduos do grupo D. Locais determinados por órgãos ambientais, com Certificado de Aprovação para Destinação de Resíduos Industriais CADRI, sendo de preferência destinados a aterro de resíduos perigosos em consonância com as exigências do órgão ambiental competente. Destinação final dada segundo critérios 7 da CNEN. Podem ser reutilizados ou reciclados, ressalvo quando houver disposições contrárias de outros órgãos competentes. Restos e sobras de alimentos só podem ser utilizados para fins de ração animal, se forem submetidos a processo de tratamento que garanta a Carros e as caçambas dos veículos coletores devem ser fechados, sem compactação, constituídos de material rígido, lavável, impermeável, com cantos e bordas arredondados. Carros e veículos coletores devem ser constituídos de material compatível com a especificidade dos resíduos transportados diretamente ou por recipientes, garantindo a segurança da atividade. A autoridade sanitária, após o isolamento físico da área, comunicará imediatamente à representação da CNEN. Devem ser fechados, constituídos de material rígido, lavável e impermeável. 7 Resolução CNEN N 19/85 - Gerência de Rejeitos Radioativos em Instalações Radiativas. 98

100 RESÍDUO ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO DESTINAÇÃO FINAL TRANSPORTE geração de resíduos. garantida suas condições higiênicosanitárias. após sofrerem tratamento adequado). Resíduos Classe E Materiais perfurocortantes ou escarificantes (lâminas de barbear, agulhas, lâminas de bisturi, utensílios de vidro quebrados no laboratório). inocuidade do composto, devidamente avaliado e comprovado por órgãos competentes. Ser rígidos, resistentes à punctura, ruptura e vazamento; Apresentar alça ou similar que possibilite o manuseio seguro, não devendo interferir Não poderão ser dispostos no no seu uso; meio ambiente sem tratamento Possuir bocal que permita colocação do material descartado utilizando apenas uma das mãos, sem contato com a parede interna do coletor, com o seu conteúdo, ou com o próprio bocal; Ser dotado de tampa que permita o fechamento seguro; Descartados quando o preenchimento atingir 5 (cinco) cm de distância do bocal do recipiente; Identificação deverá ser feita utilizando Área destinada ao armazenamento temporário dos resíduos sólidos do grupo E poderá ser a mesma utilizada para armazenamento dos resíduos do Grupo A prévio que assegure a descaracterização e eliminação das características de periculosidade do resíduo; a preservação dos recursos naturais e o atendimento aos padrões de qualidade ambiental e de saúde pública. Após tratamento, serão considerados resíduos do grupo D, para fins de disposição final. símbolo e inscrição de resíduo perfurocortante, em conformidade com as legislações vigentes. Fonte: ANVISA RDC Nº. 56/2008. Adaptado pelo autor, Carros e caçambas dos veículos coletores devem ser específicos e identificados; serem constituídos de material rígido, lavável, impermeável, com cantos e bordas arredondados; sendo providos de tampas articuladas ao próprio corpo do equipamento; as caçambas dos veículos coletores devem ser fechadas e sem compactação. 99

101 V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama - Sistema Nacional do Meio Ambiente, do SNVS - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária ou do Suasa - Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária. Com relação aos agrotóxicos, a Lei N 7.802/1989 dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins; e a Resolução CONAMA 465/2014 dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. Em Uruaçu não há logística reversa para as embalagens vazias de agrotóxicos, desta forma é proposto a realização de acordo de cooperação mútua entre o município de Uruaçu e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpev), que possui unidade posto no município de Ceres - Associação dos Revendedores de Insumos Agrícolas da Região de Ceres (ARIACER), aproximadamente 100km de Uruaçu Critérios para pontos de apoio ao sistema de limpeza nos diversos setores da área de planejamento (apoio à guarnição, centros de coleta voluntária, mensagens educativas para a área de planejamento em geral e para a população específica) A grande maioria dos problemas levantados relacionados ao sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos de Uruaçu está diretamente ligada à insuficiência operacional da prestação dos serviços e na ausência de políticas educacionais em relação ao manejo correto dos resíduos sólidos. Os acúmulos de resíduos domiciliares, resíduos de construção civil e de podas que são depositados em terrenos baldios ou ainda usados para aterramento são alguns desses problemas. São várias as alternativas para a solução desses problemas, como campanhas educativas que trazem como foco a conscientização ambiental, treinamento da equipe de limpeza (capacitação contínua) para melhorar a eficiência dos serviços realizados, correto dimensionamento de recursos humanos e equipamentos. 100

102 Apoio à guarnição O Ministério do Trabalho e Emprego considera os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos realizados por trabalhadores como atividades insalubres, devido à exposição dos empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites legais permitidos 8. Segundo a Norma Regulamentadora nº 15 (NR 15), Anexo nº 14 Agentes Biológicos: Insalubridade de grau máximo Trabalho ou operações, em contato permanente com: - pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados; - carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose); - esgotos (galerias e tanques); e - lixo urbano (coleta e industrialização). Isto, somado ao fato de que serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos estão sujeitos à regra da continuidade, isto é, não podem parar e devem ser realizados a qualquer tempo (devido implicações à saúde pública), é justificável a necessidade de se observar as normativas existentes com mais cautela. Observadas as Normas Regulamentadoras da Higiene e Segurança do Trabalho, destaca-se (com vistas a contribuir com os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos) a NR 24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. Dentre as atividades de que trata a NR 24, tocante ao tema deste tópico destaca-se a atividade com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, que é o caso, por exemplo, de varredores de vias públicas e funcionários das frentes de trabalho como a coleta de resíduos, em aterros sanitários e de centrais de triagem Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade. ( /I1) Será exigido 1 (um) chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou 8 NR 15 Atividades e Operações Insalubres Anexo nº 14 (Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, de 12 de novembro de 1979). 101

103 substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso. ( / I2) Neste contexto, a NR 24 cita em linhas gerais que devem ser observadas nos locais de apoio a guarnição a existência de instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas, além das condições de higiene e conforto por ocasião das refeições. Ainda deverá ser implantado o apoio móvel a guarnição, visto que os trabalhadores responsáveis pelos serviços de varrição, capina e roçada percorrem grandes distâncias, assim, através da adaptação de veículos de grande capacidade (ônibus, vans, etc) de modo a prover sanitários e locais para refeição com a utilização de coberturas retráteis para cobrir áreas onde se possa dispor cadeiras e mesas para refeição Centros de coleta voluntária Em relação aos centros de coleta voluntária, esses espaços devem ser licenciados para transbordo e triagem de pequeno porte, destinados ao recebimento de pequenas quantidades de resíduos volumosos, resíduos da construção civil, podas e ainda materiais recicláveis. Conforme a NBR /2004 9, alguns critérios e aspectos técnicos devem ser analisados na implantação de ecopontos, tais como: Isolamento da área através de cercamento do perímetro da área de operação, de maneira a controlar a entrada de pessoas e animais; Identificação visível e descritiva das atividades desenvolvidas; Equipamentos de proteção individual (EPI's), proteção contra descargas atmosféricas e de combate a incêndio; Sistemas de proteção ambiental, como forma de controlar a poeira, ruídos; Sistemas de drenagem superficial e revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e estocagem, utilizável em qualquer condição climática. 9 Esta Norma fixa os requisitos exigíveis para projeto, implantação e operação de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos. 102

104 Figura 12. Croqui de ATT - Área de Triagem e Transbordo. Fonte: Elementos para a organização da coleta seletiva e projeto dos galpões de triagem (2008). Adaptado pelo autor, A Figura 12 demonstra uma ATT, que é uma área destinada ao recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (Resolução CONAMA 307/2002). 103

105 Figura 13. Croqui de PEV - Ponto de Entrega Voluntária. Fonte: Elementos para a organização da coleta seletiva e projeto dos galpões de triagem (2008). Adaptado pelo autor, O PEV é um ponto de entrega voluntária com uma área de transbordo e triagem de pequeno porte, destinada à entrega voluntária de pequenas quantidades de resíduos de construção civil e resíduos volumosos, integrante do sistema público de limpeza urbana e que podem ser implantadas nas comunidades distantes da zona urbana, como os aglomerados rurais de Uruaçu (Figura 14). São instalações perenes de gestão preventivas destinadas à recepção de descargas de pequenas quantidades, até 1m³, entregues por geradores ou transportadores de pequeno porte que, pelo pequeno volume gerado ou pela falta de condições financeiras, não encontram viabilidade para contratar uma empresa de coleta. O valor de 1m³ foi adotado como referência, tendo em vista que, segundo a Resolução CONAMA 307, são os municípios que definem a linha de corte de pequenas quantidades. Segundo a Norma, a instalação deve ser dotada de portão e cercamento no perímetro da área da operação, construídos de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais e anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança, 104

106 ventos dominantes e estéticos, como por exemplo, cerca arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação. A área deve ter identificação visível quanto às atividades desenvolvidas na entrada, iluminação e energia, equipamentos de combate a incêndio e revestimento primário do piso das áreas de acesso. Os resíduos recebidos devem ter um local de armazenamento temporário, sendo classificados pela natureza e acondicionados em locais diferenciados segundo suas características, operação e estocagem, executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer condições climáticas. Além disso, destacam-se as seguintes diretrizes de operação citadas pela NBR /2004: Restrição de recebimento de cargas de resíduos da construção civil constituídas predominantemente por resíduos de Classe D; Triagem, classificação e acondicionamento em locais diferenciados de todo o resíduo recebido; destinação adequada dos rejeitos; Evitar o acúmulo de material não triado; Resíduos volumosos devem ter como destino a reutilização, reciclagem, armazenamento ou disposição final. Devido as distâncias consideráveis entre a Sede Municipal e os aglomerados rurais e buscando a universalização do manejo correto dos resíduos sólidos é proposto a elaboração de projeto de pontos de entrega voluntária nestas localidades, assim como a execução e implantação dos PEV s para atendimento da população rural. A coleta deverá ocorrer uma vez por semana em todas as localidades, cabe a Divisão de Coleta Seletiva, Tratamento e Triagem a execução da mobilização da população dessas localidades para determinar o melhor local de construção, assim como o treinamento de funcionários para realizar o recebimento e triagem dos materiais nos PEV s. 105

107 Figura 14. Localização dos pontos de entrega voluntária - PEV no município de Uruaçu. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Outra alternativa de pontos de apoio são os LEV's (Figura 15), estas estruturas de pequeno porte devem ser instaladas em pontos estratégicos do município, em geral locais com grande fluxo de pessoas e de fácil acesso para carga ou descarga. A instalação destas estruturas em Uruaçu deverá ocorrer para auxiliar na coleta seletiva e despertar a conscientização ambiental da população. Para este fim, propõe-se a instalação dessas estruturas nas unidades públicas de Uruaçu como: escolas, praças, unidades de saúde, prefeitura e demais localidades públicas. Através de acordo entre o setor comercial e a Prefeitura, os estabelecimentos comerciais irão armazenar os resíduos passíveis de reciclagem em locais adequados até o veículo de coleta seletiva realizar a coleta nos locais. 106

108 Figura 15. Recipientes para descarte seletivo de resíduos LEV. Assim determinado, a coleta seletiva nos estabelecimentos comerciais e unidades públicas deverá ocorrer diariamente assim como nas residências, evitando o acúmulo destes resíduos. A Resolução CONAMA 275/ recipientes, conforme apresenta Figura 16: apresentam padrões para identificação destes PAPEL E PAPELÃO ORGÂNICOS MADEIRA PLÁSTICOS METAIS VIDRO Figura 16. Padrão de cores para identificação de recipientes para descarte seletivo de resíduos. Fonte: CONAMA 275/2001. Adaptado pelo autor, Mensagens educativas - Educação e conscientização ambiental Como um dos instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos e como parte do conteúdo exigido nos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, 10 "Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a coleta seletiva." 107

109 conforme a Lei Federal /2010 deverá ser empregada ações de educação ambiental com foco na não geração, na redução, na reutilização e na reciclagem de resíduos sólidos. Buscando a conscientização da população uruaçuense a Secretaria Municipal de Educação com apoio do Departamento de Resíduos Sólidos é proposto a realização de campanhas educativas nas escolas, nos comércios e nos órgãos públicos, com o intuito de atingir toda a população. As campanhas podem ocorrer através de reuniões públicas e até mesmo com a distribuição de cartilhas educativas, demonstrando a importância da não geração, da redução, da reutilização e da reciclagem de resíduos sólidos Descrição das formas e dos limites da participação do poder público local na coleta seletiva e na logística reversa, respeitado o disposto no art. 33 da Lei /2010, e de outras ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos A Lei em seu artigo 3º apresenta a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos como um conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, para minimizar o volume dos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos. São objetivos da responsabilidade compartilhada: redução da geração de resíduos sólidos, redução do desperdício de materiais, redução da poluição, redução dos danos ambientais e estímulo ao desenvolvimento de mercados, produção e consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis. 108

110 Figura 17. Logística reversa e responsabilidade compartilhada. Fonte: Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Conforme o fluxograma apresentado da Figura 17 a responsabilidade compartilhada vai desde o fornecedor até o consumidor final, de forma que todos eles se tornam responsáveis pelo resíduo gerado, sendo que a logística reversa exerce papel de garantir que os produtos passíveis de logística reversa voltem ao seu fabricante restituindo os resíduos ao setor produtivo para reaproveitamento em seu ciclo, em outros ciclos produtivos ou ainda em destinação final ambientalmente adequada. A coleta seletiva no município de Uruaçu deverá acontecer para garantir que os resíduos gerados sejam corretamente segregados, os resíduos passíveis de reciclagem possam ser reciclados, os resíduos orgânicos possam ser encaminhados para a compostagem, os perigosos para um aterro de resíduos perigosos e os rejeitos encaminhados ao aterro sanitário. De acordo com o artigo 33 da Lei /2010 os fabricantes são obrigados a estruturar e implementar sistema de logística reversa mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, os fabricantes, distribuidores e comerciantes de: Agrotóxicos ( resíduos e embalagens), pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes (seus resíduos e suas 109

111 embalagens), lâmpadas fluorescentes (de vapor de sódio e de luz mista) e produtos eletroeletrônicos e seus componentes. A responsabilidade da implantação da coleta seletiva é do município e a responsabilidade da logística reversa é compartilhada entre os consumidores e fabricantes. Assim, por intermédio de um acordo setorial entre os fabricantes e a Administração Municipal de Uruaçu, o município pode auxiliar na logística reversa, como por exemplo: implantando pontos de coleta desses resíduos, disponibilizando uma área para armazenamento temporário, incentivando a população por intermédio de campanhas para a disseminação da importância da devolução dos resíduos passíveis de logística reversa entre outros, como já vem ocorrendo com os pneumáticos. Portanto os acordos setoriais servem para promover o trabalho conjunto entre município e fornecedor para a conscientização da população sobre a destinação adequada dos resíduos e rejeitos gerados. Garantindo que os resíduos de logística reversa possam retornar ao fabricante. Tabela 34. Etapas do gerenciamento e responsabilidades - Logística Reversa. Etapa Responsabilidade Coleta Prefeitura; Empresas Terceirizadas. Pontos de devolução (PEV, LEV, etc.); Armazenamento Estabelecimentos comerciais que comercializam o produto; Redes de assistência técnica autorizadas. Transporte Prefeitura; Empresas Terceirizadas. Destinação Final Responsabilidade do Fabricante. Fonte: TERRA Consultoria, Estudos e Projetos Ambientais, Critérios de escolha da área para localização do bota-fora dos resíduos inertes gerados (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos etc.) Os resíduos inertes citados no título deste item são caracterizados como resíduos de construção e demolição (RCD), na qual são classificados como de Classe IIB, conforme NBR :2004. A Resolução CONAMA nº 307/2002 classifica estes resíduos em 04 Classes de acordo com o art. 3º: I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos 110

112 provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas nos canteiros de obras; II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros; III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso; IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (nova redação dada pela Resolução n 348/04). Ainda de acordo com a Resolução do CONAMA n 307/2002 em seu art. 10, estes resíduos deverão ser destinados das seguintes formas: I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura; III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas. IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas. A referida Resolução ainda define, no art. 4º, como objetivo prioritário dos geradores de RCD a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final e, ainda: 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de bota fora, em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução. 2º Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta Resolução O termo correto utilizado para determinar essas áreas de bota-fora são áreas de disposição final ambientalmente adequada 11, onde antes de serem encaminhados à disposição os resíduos deverão passar por uma Área de Transbordo e Triagem (ATT) definida pela resolução CONAMA 307/2002 como uma área destinada a receber resíduos da construção civil, para triagem, armazenamento temporário dos materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação adequada, observando normas 11 VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; (BRASIL, 2010). 111

113 operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos a saúde pública e a segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. A disponibilidade de áreas de transbordo e triagem é de responsabilidade do município, bem como o licenciamento. A ATT deve aceitar resíduos somente se acompanhados do Controle de Transportes de Resíduos CTR. Fica na competência do poder público municipal a elaboração e implantação do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Demolição assim como a fiscalização dos geradores. Conforme a CONAMA citada, nas áreas escolhidas para disposição dos RCD, em específico os de Classe A, deverão ser empregadas técnicas de disposição no solo, visando à reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente. Abaixo estão descritos alguns critérios para destinação e disposição destes resíduos atendendo as legislações vigentes: Critérios de escolha da área de Unidade de Reciclagem A NBR n /2004b (ABNT), intitulada Resíduos Sólidos da Construção Civil Áreas de Reciclagem Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação, oferece critérios e diretrizes para áreas de reciclagem de resíduos inertes e da construção civil. Para essas unidades os critérios mínimos são os aspectos principalmente ligados à Hidrologia, Vegetação e Vias de Acesso Critérios de escolha da área do Aterro de RCD Neste caso pode ser citada a NBR n /2004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), intitulada Resíduos Sólidos da construção civil e resíduos inertes Aterros Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação. São critérios para localização, segundo NBR n /2004, locais na qual o: o impacto ambiental a ser causado pela instalação do aterro seja minimizado; a aceitação da instalação pela população seja maximizada; esteja de acordo com a legislação de uso do solo e com a legislação ambiental. 112

114 O local escolhido deve ser avaliado segundo sua adequabilidade ao recebimento desses resíduos, observando-se aspectos mínimos, tais como: geologia e tipos de solos existentes; hidrologia; passivo ambiental; vegetação; vias de acesso; área e volume disponíveis e vida útil; distância de núcleos populacionais. Desta maneira, o Poder Público Municipal deverá garantir que os resíduos coletados por ela sejam dispostos em local adequado, conforme as recomendações das normativas citadas e, ainda, atuar fortemente na fiscalização dos Planos de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (PGRCC) Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, identificando as áreas com risco de poluição e/ou contaminação, observado o Plano Diretor de que trata o 1º do art. 182 da Constituição Federal e o zoneamento ambiental O Município através do PDIU (Plano Diretor Integrado da Cidade de Uruaçu) apresenta que, após a aprovação do mesmo, no intuito de aperfeiçoar o sistema de limpeza pública, a prefeitura na medida das necessidades de ampliação do serviço adotará a providência de construção do aterro sanitário para o tratamento de lixo. A escolha da área dependerá de alguns critérios para a sua localização e consequentemente do seu licenciamento, a Instrução Normativa número 011/2013 da SEMARH dispõe sobre os procedimentos de licenciamento ambiental dos projetos de disposição final dos resíduos sólidos urbanos, na modalidade aterro sanitários, nos municípios do Estado de Goiás. A normativa em seu item 3 aponta os aspectos técnicos da etapa de Licença Prévia e eu seu sub item 3.1 mostra os critérios de seleção da área para implantação do aterro sanitário, que são eles: a) Deverão observar também, os aspectos definidos nas Normas Brasileiras Registradas NBRs da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT e atender o horizonte de projeto de no mínimo 15 anos. 113

115 b) Situar-se fora de Reserva Legal e em local que preferencialmente não precise ser desmatado c) Respeitar as seguintes distâncias mínimas c.1) metros do perímetro urbano. Para distâncias menores a metros da área selecionada e que seja superior a metros do perímetro urbano, pode ser justificado pela existência de barreiras físicas que limita o crescimento da cidade naquela direção. Por exemplo, morro, curso d água, floresta nativa ou plantada, com no mínimo 200 metros de largura e por toda a extensão da área selecionada. c.2) 500 metros de domicílios rurais (a partir do perímetro da área a ser utilizada). c.3) 300 metros do corpo hídrico, nascentes temporárias ou perenes. A distância de 300 metros deve ser considerada a partir do perímetro da área a ser utilizada. c.4) Quando a área definida estiver a montante da captação de abastecimento público deverá manter uma distância mínima de metros desse ponto e afastamento de 500 metros do corpo hídrico. d) Para área localizada na zona de amortecimento de Unidade de Conservação, obter anuência do órgão gestor da referida unidade, conforme previsto na resolução CONAMA 428/2010 ou sua atualização. e) Para área localizada no raio da Área de Segurança Aeroportuária ASA, obter anuência do seu órgão gestor, conforme Lei Federal nº , de 16 de Outubro de f) A cota inferior da base do aterro sanitário e as unidades de tratamento e disposição final do percolado deverão estar a uma distância mínima de 5,0 metros da cota máxima do lençol freático. A distância poderá estar em intervalos inferiores desde que comprovada o atendimento referente a impermeabilização inferior e superior do aterro e embasado em soluções de engenharia que garanta a proteção do lençol freático. g) O terreno ter declividade máxima de 20%. Em consonância com as legislações vigentes que estabelecem critérios de localização e licenciamento de Aterros Sanitários, a atual localização do Aterro Controlado 114

116 de Uruaçu possui área contígua que pode vir a ser o local da construção do Aterro Sanitário de Uruaçu. 115

117 Figura 18. Possível área favorável para construção do Aterro Sanitário de Uruaçu. Fonte: TERRA Consultoria Estudos e Projetos Ambientais

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