UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ BRENDA KELLY SILVEIRA GOMES A ALIENAÇÃO PARENTAL E OS SEUS EFEITOS

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ BRENDA KELLY SILVEIRA GOMES A ALIENAÇÃO PARENTAL E OS SEUS EFEITOS CURITIBA 2017

2 BRENDA KELLY SILVEIRA GOMES A ALIENAÇÃO PARENTAL E OS SEUS EFEITOS Monografia apresentada ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientadora: Prof.ª Adriana Coelho CURITIBA 2017

3 TERMO DE APROVAÇÃO BRENDA KELLY SILVEIRA GOMES A ALIENAÇÃO PARENTAL E OS SEUS EFEITOS Esta Monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel no Curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba,, de de 2017 Prof. Dr. PhD. Eduardo de Oliveira Leite Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Orientadora: Professora Adriana Coelho Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Professor: Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito Professor: Universidade TUIUTI do Paraná Curso de Direito

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho aos meus pais, Kelly e Flávio, que sempre estavam me incentivando para que eu alcançasse meus objetivos e que estiveram presentes nessa longa caminhada dando-me forças nos momentos de desânimo.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, que permitiu que tudo isso acontecesse, por ter me dado forças para vencer todos os obstáculos que encontrei ao longo do curso e da minha vida. Aos meus pais, pelo apoio incondicional e incentivo diário, como também por investirem no meu futuro, devo a vocês esta formação. Aos meus amigos que sempre me apoiaram e que fizeram parte da minha formação, em especial a minha melhor amiga, Gleiciene, que sempre me apoiou em todas as decisões e que compartilha do mesmo sonho que o meu. Ao meu namorado e melhor amigo, Iago Nôle, por todo carinho, compreensão, amor, pelas palavras de incentivo e por fazer parte dessa vitória. À minha professora e orientadora, Adriana Coelho, pela paciência, confiança e dedicação. Aos professores, que foram extremamente importantes para a minha formação acadêmica, em especial: Cibele Fernandes Dias, Eduardo de Oliveira Leite, Geórgia Sabbag, Jefferson Augusto de Paula, Jocelaine Moraes, Luiz Andretta, Marcelo Artigas e Mariana Gusso. A vocês meu eterno agradecimento.

6 RESUMO A alienação parental é uma forma na qual o alienador interfere psicologicamente no convívio da criança ou adolescente com um dos seus genitores ou com quem esteja sob sua responsabilidade, fazendo com que a criança passe a rejeitar o genitor alienado, acreditando em fatos que nunca ocorreram, sendo então chamado de falsas memórias. Tal ocorrência é devastadora, pois machuca não só a criança ou adolescente, mas também o genitor alienado, que sofre com o distanciamento do filho. Dessa forma, o presente estudo irá demonstrar as condutas do alienador para que seja configurada a alienação parental, como também quais são os efeitos da alienação em relação à criança e ao genitor alienado, e de que forma o Poder Judiciário atua no controle da prática dessa conduta reprovável. Palavras-chave: Alienação Parental. Família. Efeitos.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ENTIDADES FAMILIARES E A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO FAMÍLIA PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA FAMÍLIA DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO A GUARDA (OU DIREITO À CONVIVÊNCIA) DA CRIANÇA A (SÍNDROME) DA ALIENAÇÃO PARENTAL SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL OS ESTÁGIOS DA SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL CONCEITO DE ALIENAÇÃO PARENTAL OS TRÊS TIPOS DE ALIENADORES AS FALSAS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL E A IMPLANTAÇÃO DE FALSAS MEMÓRIAS OS EFEITOS PSICOLÓGICOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL ANÁLISES DA LEI Nº /2010 LEI DE ALIENAÇÃO PARENTAL CONCEITUAÇÃO E EXEMPLIFICAÇÃO DIREITO FUNDAMENTAL À CONVIVÊNCIA FAMILIAR TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA E GARANTIA DE CONVIVÊNCIA COM O GENITOR ALIENADO DETERMINAÇÃO DE PERÍCIA PSICOLÓGICA OU BIOPSICOSSOCIAL MEDIDAS JURÍDICAS PARA IMPEDIR A PRÁTICA DE ALIENAÇÃO PA- RENTAL COMPETÊNCIA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 38

8 7 INTRODUÇÃO A estrutura familiar é a base para um convívio harmonioso no lar, como também é a proteção da criança ou do adolescente das diversas situações que ocorrem no mundo a fora, encontrando refúgio no ambiente familiar. Cabe aos genitores, educar, prestar assistência, proteger, dentre outros meios visando sempre o melhor interesse da criança. A família é o alicerce para a criança e o adolescente, e após o divórcio, a relação entre os pais e os filhos deve ser mantida, uma vez que se for extinta acarretará inúmeros transtornos emocionais à criança ou ao adolescente. Porém em alguns casos, os pais não conseguem superar o trauma da separação e em busca de vingança, um dos genitores faz com que o direito a convivência entre o genitor alienado e a criança seja totalmente extinto, ocorrendo a inobservância do princípio fundamental, que é o melhor interesse da criança, configurando desse modo o ato de alienação parental. O alienador, diante de sua obsessão de vingança devido ao término do casamento, usa a criança ou o adolescente para atacar o outro genitor, extinguindo qualquer vínculo que exista com o alienado, ocasionando consequências, muitas vezes, irreparáveis no desenvolvimento psíquico dela. Tal conduta do genitor alienador é totalmente reprovável no ordenamento jurídico brasileiro, e por conta desse cenário, a Lei /2010 Lei da Alienação Parental identifica as condutas que configuram a Alienação Parental, como também as sanções aplicáveis para aqueles que desobedecem a previsão legal. Diante disso, o Judiciário tem se mostrado bastante preocupado e tem tido decisões eficazes no que diz respeito à aplicação das leis de alienação parental. Além disso, tem criado instrumentos a fim de amenizar o comportamento do alienador causador de consequências psicológicas tão graves para as crianças e adolescentes. Logo, é de extrema importância o presente estudo sobre a alienação parental, pois visa demonstrar as causas de seu surgimento, as consequências desencadeadas para o desenvolvimento da criança e os métodos adotados para a diminuição desse fenômeno.

9 8 1 ENTIDADES FAMILIARES E A DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO 1.1 FAMÍLIA Desde o nascimento, o ser humano pertence a um lar, no qual será construído um laço entre os pais e a prole, constituindo-se assim, a família, sendo ela biológica ou afetiva. O Código Civil Brasileiro não conceitua o que é família, pois é um ramo do direito bastante abrangente para que haja uma definição específica e unânime. Segundo Gonçalves (2015), o direito de família é o mais profundamente conectado à própria vida, pois a população deriva-se de uma constituição familiar e a ela mantem-se vinculadas no decorrer de sua vida, sendo que as pessoas não conseguem viver isoladas, tornando-se indispensável à convivência em sociedade. Dessa forma, Maria Berenice Dias, Manter vínculos afetivos não é uma prerrogativa da espécie humana. O acasalamento sempre existiu entre os seres vivos, seja em decorrência do instituto de perpetuação da espécie, seja pela verdadeira aversão que todos têm a solidão. Parece que as pessoas só são felizes quando têm alguém para amar. (2015, p. 29, grifo do autor). A necessidade do indivíduo em dividir a sua vida com outra pessoa faz com que surja a família, de forma espontânea na sociedade, fazendo com que seja amparada pelo Estado. Conforme Gonçalves (2015, p. 17), Em qualquer aspecto em que é considerada, aparece a família como uma instituição necessária e sagrada, que vai merecer a mais ampla proteção do Estado. Embora que a lei venha referir-se a família de maneira restrita, sendo constituída apenas pelos pais e sua prole, a família vive em constante modificação, e por conta disso, acaba sendo refletida na legislação. Maria Berenice Dias (2015, p. 31), diz que O legislador não consegue acompanhar a realidade social nem contemplar as inquietações da família contemporânea. As constantes evoluções que ocorrem na sociedade fazem com que haja rompimentos de tradições, e que a legislação seja atualizada para que as pessoas não sejam reprimidas por leis opressoras.

10 9 1.2 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA FAMÍLIA O direito brasileiro possui vários princípios constitucionais que o norteiam, princípios estes que servem como base para diferentes ramos do direito. Com o direito de família não seria diferente, a Constituição Federal de 1988, dedica-se à alguns valores culturais que melhor atendem às necessidades dos cônjuges ou companheiros e da prole. Entre esses princípios constitucionais que regem o direito de família estão: a) Princípio da dignidade da pessoa humana É o maior princípio, estando elencado no art. 1º, III da Carta Magna de 88. Conforme Maria Berenice Dias (2015, p. 44, grifo do autor), A preocupação com a promoção dos direitos humanos e da justiça social levou o constituinte a consagrar a dignidade da pessoa humana como valor nuclear de ordem constitucional. Este princípio, segundo Rodrigo da Cunha Pereira (2012, p. 68) É um macroprincípio do qual se irradiam todos os demais: liberdade, autonomia privada, cidadania, igualdade e solidariedade, uma coleção de princípios éticos. A elevação da dignidade da pessoa humana por conta da Constituição traz uma ligação expressa, fazendo com que a pessoa esteja no centro de proteção do direito, assim, observa-se que o direito de família está totalmente entrelaçado com os direitos humanos, mediante este princípio. O princípio da dignidade da pessoa humana é a base da comunidade familiar, assegurando o desenvolvimento de todos os integrantes. b) Princípio da liberdade No art do Código Civil está previsto que, é defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família, tratando-se do princípio da liberdade no direito de família. A liberdade desenvolveu-se no vínculo familiar, de forma que remanejou a autoridade parental, empregando um elo de solidariedade entre os pais e a prole, e proporcionando a igualdade entre os cônjuges na função do poder familiar para com o filho.

11 10 Assim, Maria Berenice Dias: Em face do primato da liberdade, é assegurado o direito de constituir uma relação conjugal, uma união estável hétero ou homossexual. Há a liberdade de dissolver o casamento e extinguir a união estável, bem como o direito de recompor novas estruturas de convívio. A possibilidade de alteração do regime de bens na vigência o casamento (CC º) sinala que a liberdade, cada vez mais, vem marcando as relações familiares. (2015, p. 46). A autonomia não está apenas em questões de obrigações, mas também na relação familiar. Sua existência fica clara diante das escolhas afetivas que o ser humano faz, com quem deseja namorar, casar, etc. c) Princípio da igualdade O princípio da igualdade está expresso na Constituição Federal, constando no art º, a igualdade de direitos e deveres do homem e da mulher na sociedade conjugal, extinguindo a restrição que havia sobre a mulher, mostrando que o patriarcalismo não está mais integrado na atualidade. Como também no art º, reprovando qualquer discriminação em relação aos filhos havidos ou não do matrimônio ou por adoção, trazendo assim, a plena igualdade entre todos os filhos. Dessa forma, Carlos Roberto Gonçalves (2015, p. 24) diz que, Hoje, todos são apenas filhos, uns havidos fora do casamento, outros em sua constância, mas com iguais direitos e qualificações (CC, arts a 1.629). d) Princípio da solidariedade A solidariedade tem amparo constitucional, sendo elencada no art. 3º, I da Carta Magna, no qual diz que se deve buscar a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, sendo refletido no relacionamento familiar. De acordo com Maria Berenice Dias, Esse princípio, que tem origem nos vínculos afetivos, dispõe de acentuado conteúdo ético, pois contém em suas entranhas o próprio significado da expressão solidariedade, que compreende a fraternidade e a reciprocidade (2015, p. 48, grifo do autor). Consoante o art. 227 da Constituição Federal, em relação a criança e o adolescente, é dever da família, da sociedade e por último do Estado de garantir com absoluta prioridade os direitos pertinentes aos indivíduos em formação.

12 11 Como também a prestação de alimentos conforme a necessidade, constante no art do Código Civil, é consagrada pelo princípio da solidariedade. e) Princípio da Afetividade O afeto é o principal fundamento na relação familiar, sendo um direito extremamente importante no direito de família. Este princípio faz surgir a igualdade entre irmãos consanguíneos e adotivos e havendo o respeito em relação aos direitos fundamentais, como também a adoção, sendo uma escolha afetiva com igualdade de direitos. O afeto não é derivado de laços sanguíneos, e sim da convivência familiar, do sentimento que existe entre os pais e sua prole, garantindo um lar harmonioso. f) Princípio do melhor interesse da criança É de extrema importância que o ordenamento jurídico assegure os direitos da criança e do adolescente, para que eles tenham a devida proteção devendo ter prioridade absoluta, conforme elenca o art. 227, caput da Constituição Federal. Segundo Dias, A maior vulnerabilidade e fragilidade dos cidadãos até os 18 anos, como pessoas em desenvolvimento, os faz destinatários de um tratamento especial. Daí a consagração constitucional do princípio que assegura a crianças, adolescentes e jovens, com prioridade absoluta, direita à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, á dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (2015, p. 50, grifo do autor). Já partindo para o exame da lei infraconstitucional, no art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente, indica os direitos da criança e do adolescente, tendo uma semelhança no que consta no art. 227 da Carta Magna. Contudo, há diferenças entre elas, pois o art. 4º do ECA visa a garantia de prioridade nos direitos dos menores, sendo fundamental o recebimento de proteção e socorro, em quaisquer circunstâncias em que a criança e o adolescente esteja, a prioridade de atendimento nos serviços públicos e na formulação e na execução das políticas sociais públicas, como também a destinação de recursos públicos em áreas concernentes à proteção da infância e da juventude.

13 12 Ainda, no art. 5º, do mesmo dispositivo legal, a criança e o adolescente ficam assegurados de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, sendo punido qualquer ato, por ação ou omissão, relacionada aos seus direitos fundamentais. O princípio do melhor interesse da criança e do adolescente visa garantir seus direitos, para que tenham uma formação saudável e segura, reprimindo qualquer tipo de abuso dentro ou fora do ambiente familiar. A criança não tem como defender seus direitos, caso ocorra alguma violação, pois não há capacidade física, psicológica e jurídica para tal situação. Portanto, a família, a sociedade e o Estado devem proteger os interesses dela. Dessa forma, Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno alegam que, O menor deixou de ser um objeto para se tornar um sujeito merecedor de proteção especial, uma vez que se trata de pessoa em pleno processo de desenvolvimento físico e mental (2014, p. 26). Ademais, a autoridade parental tem a possibilidade de intervir no mundo jurídico dos filhos, mas em razão dos interesses da criança e do adolescente, e não nos interesses deles próprios. 1.3 DISSOLUÇÃO DO CASAMENTO De maneira inquestionável, a dissolução do casamento advém por diversas razões, como o desgaste do relacionamento, a falta de diálogo entre os cônjuges, a infidelidade, dentre outros aspectos. No art do Código Civil Brasileiro elenca as causas nas quais colocam fim na sociedade conjugal. Art A sociedade conjugal termina: I - pela morte de um dos cônjuges; II - pela nulidade ou anulação do casamento; III - pela separação judicial; IV - pelo divórcio. Diante do artigo supra citado, a sociedade conjugal resta extinta de todos os direitos e deveres.

14 13 Quando há dissolução do matrimônio, todas as partes que estão envolvidas sofrem com o rompimento, principalmente os filhos menores que têm como base a família que acabara de se romper, e independente de quem quis a dissolução, sempre gera efeitos danosos para todos os envolvidos. Dessa forma, como aponta Eduardo de Oliveira Leite: Como podemos perceber, a ruptura gera efeitos devastadores que se sobrepõem em círculos concêntricos, à medida que nos afastamos de seu núcleo central; primeiro atinge diretamente os ex-cônjuges, depois se projeta os filhos e, finalmente, desagua, em dimensão macro, atingindo todo o grupo familiar (o casal propriamente dito e as pessoas ligadas aos excônjuges) (2015, p. 57). A ruptura, na maioria das vezes, nunca é aceitável por uma das partes, trazendo assim, ressentimentos e mágoas que dificilmente serão superadas, sempre culpando o outro pelo término do sonho de amor eterno, conforme alega Maria Berenice Dias (2015). Em razão da mágoa que o ex-cônjuge sente pelo outro, e sem pensar nos sentimentos da prole diante da dissolução do casamento, muitas vezes o genitor, ao invés de tentar reconstruir o lar resguardando os direitos da criança, ele transforma o filho num objeto para atingir o ex-cônjuge. Diante disso, Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno (2014, p. 42), asseveram que diante das instabilidades emocionais em decorrência do fim da relação [...] pode fazer com que os pais se utilizem de seus filhos como instrumentos da agressividade e desejo de vingança direcionados ao outro. Ainda, conforme preceitua Eduardo de Oliveira Leite (2015, p. 94), [...] ambos os genitores, com maior ou menor intensidade, não vacilam em aumentar a disputa, ainda que sacrificando o interesse maior dos filhos. A dissolução do casamento não pode intervir na relação entre os filhos e os genitores, pois os direitos da criança e do adolescente devem ser predominantes em relação aos interesses dos pais que estão em conflito, sendo que nenhum deles têm direito de extinguir a convivência da criança com o outro, de forma que devem manter o vínculo afetivo com aquele que não detém sua guarda. Dessa forma, Paulo Lôbo (2015, p. 173) assevera que, A separação dos cônjuges ou dos companheiros (separação de corpos, separação de fato, dissolução da união estável ou divórcio) não pode significar separação de pais e filhos.

15 14 Isso porque a separação só pode ocorrer entre pessoas que estão juntas por escolha e não entre pessoas que possuem um vínculo sanguíneo, como pais e filhos. Os pais e os filhos não são suscetíveis a separação, pois seu vínculo é eterno. Dessa maneira não pode haver instrumento capaz de destruí-lo. 1.4 A GUARDA (OU DIREITO À CONVIVÊNCIA) DA CRIANÇA Antes da dissolução do casamento, é evidente que a guarda da criança era de ambos os cônjuges, não havendo limitações, por conta do poder familiar exercido por eles. Porém, quando ocorre a dissolução do casamento, é indispensável a definição de quem será o encargo do exercício da guarda da criança ou do adolescente. A palavra guarda, para Maria Berenice Dias (2015, p. 522, grifo do autor) significa [...] verdadeira coisificação do filho, colocando-o muito mais na condição de objeto do que de sujeito de direito. Daí a preferência pela expressão direito de convivência. Do mesmo modo, Paulo Lôbo diz que: O direito à convivência entre os pais e filhos tem recebido a denominação tradicional guarda, em nosso direito. Essa denominação é inadequada e tem sido abandonada pela legislação de vários países, pois evoca o sentido, já ultrapassado, de poder sobre os filhos. O direito à convivência é recíproco, pois são titulares os pais e os filhos. (2015, p. 174). Tal argumentação de ambos os autores, é claramente válida, de forma que falar em guarda, sugere-se um termo de posse em relação ao filho, já a palavra convivência, está ligada à intimidade, ao convívio, ao contato frequente entre o genitor e sua prole. Conforme o art do Código Civil Brasileiro, é estabelecido quais serão as formas de guarda, salientando que a guarda será unilateral ou compartilhada. A definição de qual será o tipo de guarda adequada, dependerá de cada caso, objetivando de maneira imprescindível o melhor interesse da criança. A guarda unilateral caracteriza-se quando é atribuída apenas a um genitor, no qual o não guardião é obrigado a conferir os interesses dos filhos. Tal guarda só será atribuída a um dos genitores caso um dos pais declare, em juízo, que não tem interesse na guarda da criança, conforme art º do Cód. Civil:

16 15 Art A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser: [...] 2 o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor. De certa forma, a preferência é que haja a guarda compartilhada, e não a guarda unilateral. Diante disso, Maria Berenice Dias alega que: A preferência legal é pelo compartilhamento, pois garante maior participação de ambos os pais no crescimento e desenvolvimento da prole. O modelo de corresponsabilidade é avançado. Retira da guarda a ideia de posse e propicia a continuidade da relação dos filhos com ambos os pais. A regra passou a ser a guarda compartilhada. (2015, p. 526). Em relação sobre o tema, o Colendo Superior Tribunal de Justiça se posiciona no sentido que de: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA COMPARTILHADA. CONSENSO. NECESSIDADE. ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DO MENOR. POSSIBILIDADE. 1. A guarda compartilhada busca a plena proteção do melhor interesse dos filhos, pois reflete, com muito mais acuidade, a realidade da organização social atual que caminha para o fim das rígidas divisões de papéis sociais definidas pelo gênero dos pais. 2. A guarda compartilhada é o ideal a ser buscado no exercício do Poder Familiar entre pais separados, mesmo que demandem deles reestruturações, concessões e adequações diversas, para que seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal psicológico de duplo referencial. 3. Apesar de a separação ou do divórcio usualmente coincidirem com o ápice do distanciamento do antigo casal e com a maior evidenciação das diferenças existentes, o melhor interesse do menor, ainda assim, dita a aplicação da guarda compartilhada como regra, mesmo na hipótese de ausência de consenso. 4. A inviabilidade da guarda compartilhada, por ausência de consenso, faria prevalecer o exercício de uma potestade inexistente por um dos pais. E dizse inexistente, porque contrária ao escopo do Poder Familiar que existe para a proteção da prole. 5. A imposição judicial das atribuições de cada um dos pais, e o período de convivência da criança sob guarda compartilhada, quando não houver consenso, é medida extrema, porém necessária à implementação dessa nova visão, para que não se faça do texto legal, letra morta. 6. A guarda compartilhada deve ser tida como regra, e a custódia física conjunta - sempre que possível - como sua efetiva expressão. 7. Recurso especial provido. (Terceira Turma, REsp nº /RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, julgado em 03/06/2014, DJe 25/06/2014).

17 16 Com efeito, é notório que a guarda compartilhada conforme o princípio do melhor interesse é a regra diante da dissolução do matrimônio entre os genitores, sendo exceção a guarda unilateral. 2 A (SÍNDROME) DA ALIENAÇÃO PARENTAL 2.1 SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL A síndrome da alienação parental (SAP) foi definida em 1985, pelo psiquiatra norte-americano e professor de psiquiatria infantil da Universidade de Columbia, nos EUA, Richard Gardner. A sigla SAP (Síndrome da Alienação Parental), conforme Eduardo de Oliveira Leite (2015, p. 157) foi empregada por Gardner para definir situações patológicas de frequência crescente encontráveis em crianças expostas a disputas judiciais de divórcios altamente conflituais. Sobre o mesmo raciocínio, Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno: A síndrome geralmente tem seu início a partir das disputas judiciais pela guarda dos filhos, uma vez que os processos de separação em geral tendem a despertar sentimentos de traição, rejeição, abandono e angústia quando surge o medo de não ter mais valor para o outro (2014, p. 41). Gardner apurou que os distúrbios nas crianças aparecem por conta dos divórcios, quando ocorre a competição da guarda dos filhos, proferindo campanhas de difamações que a criança utiliza contra um dos pais, sem nenhum motivo que fundamente tal atitude (Leite, 2015). A síndrome da alienação parental caracteriza-se mediante campanha comandada pelo genitor que detém a guarda da criança, sendo denominado de alienador, programando-a para que tenha repulsa e ódio, no qual Gardner diz ser uma lavagem cerebral, sem qualquer justificativa, contra o outro genitor, denominado de alienado, modificando a consciência da criança, com o intuito de impedir e de até mesmo destruir qualquer vínculo afetivo entre o genitor alienado e a prole, fazendo com que a criança tenha uma relação de total dependência com o alienador, de forma que o próprio filho auxilie na alienação. Sob o mesmo aspecto, Eduardo de Oliveira Leite:

18 17 A síndrome é mais que uma lavagem cerebral porque inclui fatores conscientes e inconscientes que levariam um genitor a conduzir o filho ao desenvolvimento da síndrome, além da contribuição do próprio filho à desmoralização do outro genitor. Nesta perspectiva a síndrome seria o resultado de dois fatores: a) a manipulação do genitor alienador; e b) a própria atuação da criança face ao genitor alienado (2015, p. 159). Diante do que o autor acima citado relata, é evidente que ocorre a manipulação do genitor alienador, uma vez que a motivação principal é fazer com que seja rompido qualquer laço entre o alienado e a sua prole, por causa do insuperável término do casamento. Já no que diz respeito à atuação da criança contra o genitor alienado, é inequívoco, pois ela fica em estado de submissão e dependência integral em relação ao genitor alienador, sendo que a criança absorve todas as informações as quais o alienador transmite para ela, e consequentemente tomando as atitudes do ex-cônjuge alienante. De acordo com Richard Gardner, a síndrome da alienação parental se caracteriza por uma composição de sintomas, sendo: 1. Uma campanha denegritória contra o genitor alienado. 2. Racionalizações fracas, absurdas ou frívolas para a depreciação. 3. Falta de ambivalência. 4. O fenômeno do pensador independente. 5. Apoio automático ao genitor alienador no conflito parental. 6. Ausência de culpa sobre a crueldade e/ou a exploração contra o genitor alienado. 7. A presença de encenações encomendadas. 8. Propagação da animosidade aos amigos e/ou à família extensa do genitor alienado (2002, p. 3). Um dos primeiros sintomas da síndrome é a conduta que o filho tem em face ao genitor alienado, tratando-o como um estranho e esquecendo os momentos de harmonia que convivia com o genitor atacado. O genitor alienado, diante das agressões verbais do filho, fica atônito, causando na maioria das vezes o seu distanciamento da prole, ocorrendo o que o genitor alienador desejava. Eduardo de Oliveira Leite diz que: Se a criança for questionada porque está fazendo aquelas afirmações ou alegações, não saberá responder e cairá em manifesta contradição (em razão da ausência de argumentação suficiente a justificar sua repulsa) sem se dar conta do absurdo da afirmação. Em verdade, a criança é programada para odiar o outro genitor e, utilizada como instrumento da agressividade direcionada ao outro parceiro, acaba reproduzindo os sentimentos da mãe, em relação ao pai, convicta que a sua conduta é correta (2015, p. 167).

19 18 Outro fator que identifica a SAP é a ausência de ambivalência, no qual o filho alega que o pai odiado é totalmente ruim, não possuindo nenhuma lembrança do que ele fez de positivo. Conforme Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno, O ódio demonstrado pelo filho em relação ao pai alienado é equiparado ao fanatismo terrorista, não existem brechas, não há espaço para diálogo ou concessões. De outro modo, o genitor alienador é visto como um indivíduo totalmente bom, imaculado e sem falhas, onde qualquer reprovação à sua conduta é prontamente refutada, em defesa visceral, como se fosse um ataque à sua própria pessoa, sendo o conflito entre os pais vivido pelos filhos, que, ao se aliarem a um dos progenitores, se transformam em guerreiros fiéis e cruéis (2014, p. 43). Consoante a convicção do filho de que o genitor alienado é totalmente ruim, a criança sustenta que seus pensamentos são independentes e que ninguém o influenciou em seus atos, não havendo intermédio do alienador. Dessa forma, a criança mostra-se segura de que não foi influenciada, sendo que realmente foi, conforme Eduardo Leite (2015). Diante disso, Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno (2014) afirmam que tal prática faz com que o alienador tenha dois ganhos, sendo um em correlação da visão que a sociedade, o judiciário e as equipes multidisciplinares têm de sua pessoa, e outro diante de sua prole, por não identificar que foi vítima da alienação. A ausência de culpa da criança é outra identificação da SAP, fazendo com que ela tenha satisfação em denegrir a imagem do genitor alienado, sem nenhum ressentimento. Outro método caracterizador da SAP são as encenações que o alienador faz para com o filho visando que ele reproduza tais falas ensaiadas. De acordo com Eduardo de Oliveira Leite, O discurso reproduzido pela criança revela os ensaios e treinos a que foi submetida repetindo falas e expressões inverossímeis, se considerarmos a idade das vítimas e sua limitada (ou nenhuma) capacidade cognitiva para formulá-las. Os argumentos empregados pelas crianças para justificar seus comportamentos não são compatíveis com sua idade (2015, p. 187).

20 19 Por fim, diante de todos os meios que o genitor alienador usa para destruir o vínculo entre o filho e o genitor que não detém a guarda, ocorre que não se limita apenas ao alienado, mas sim a todos a sua volta, parentes e amigos, para que não frustre suas intenções. 2.2 OS ESTÁGIOS DA SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL Richard Gardner assevera que existem três estágios para que ocorra o desenvolvimento da Síndrome da Alienação Parental (SAP), sendo classificadas em: a) Estágio leve O alienador mantém a guarda da criança, a visitação do filho com o alienado acontece normalmente, existindo o vínculo afetivo entre eles. A campanha de difamação já ocorre, mas em nível mínimo, por maneira involuntária do genitor alienador, as encenações ocorrem raramente, a antipatia não é estendida à família do genitor alienado, ainda não existe a dependência integral entre o alienador e a criança. O judiciário tem chance de resolver o conflito, tomando as medidas necessárias caso seja constatado qualquer indício de Alienação Parental, visando a integridade psicológica da criança ou do adolescente, conforme art. 4º da Lei /2010 (Lei de Alienação Parental). b) Estágio moderado Nesse estágio, o alienador ainda mantém a guarda do filho, a campanha de difamação torna-se moderada, de forma que o genitor alienante junto com a criança constitui um elo no qual o genitor alienado é o alvo a ser atingido. A visitação entre o pai e sua prole começa a ter conflitos antes e após da entrega do filho, como também a intervenção entre as visitas, surgindo outros compromissos nos dias de visitação. A ausência de ambivalência é visível, no qual o filho estabelece que o genitor alienador é bom, e o alienado é mau, o pensamento independente já surge, defende o alienante com júbilo, mas, em determinadas vezes, também defende o genitor alienado. As encenações começam a aparecer, como também a ausência de culpa, que se torna mínima ou sem culpa alguma de estar difamando o pai. Desperta

21 20 o afastamento do vínculo paterno-filial, como também entre a criança e a família do alienado. c) Estágio grave Já neste estágio, a situação tende a ser deplorável, o filho e o genitor alienador estão totalmente obcecados pela destruição do genitor alienado. As visitas basicamente não ocorrem, e quando há visitação, a criança repudia o genitor alienado, ficando explícito seu ódio e desprezo por ele, ou conforme Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno (2014, p. 47) [...] ao contrário, as crianças emudecem, ficam como entorpecidas ou até mesmo tentam fugir. O sentimento de fúria é tão intenso, que não há culpa e nem ambivalência, o diálogo nunca é bem recepcionado pela criança, estando ela convicta que nada que o genitor alienado disser irá mudar seu pensamento contra ele, e tais informações obtidas pelo genitor, poderá ser usado em desfavor dele por meio de difamações. O pensamento independente da criança alcança seu limite máximo, sendo que agora ela não precisa mais do genitor alienador para ocorrer às campanhas de difamações contra o pai alienado, sendo ela capaz de tais hostilidades, de forma que o vínculo entre o pai e sua prole é rompido e as encenações tornam-se rotineiras. O genitor alienador depois de ter alcançado seu objetivo, passa a manifestar-se como vítima, pois diante da situação entre o outro genitor e sua prole, não vê alternativa para que haja uma aproximação entre eles, de forma que deve proteger o filho do outro genitor. A criança adota todos os meios que o genitor alienador lhe proporcionou, sendo totalmente programada a repudiar o alienado e ser totalmente leal ao alienante. 2.3 CONCEITO DE ALIENAÇÃO PARENTAL A conceituação de alienação parental está respaldada pelo art. 2º caput da Lei /2010 Lei Alienação Parental, no qual dispõe: Art. 2º - Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a

22 21 sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. Observa-se que a Alienação Parental ocorre por conta da interferência no desenvolvimento psicológico da criança, sendo persuadido por alguém que detenha a guarda dela, fazendo com que odeie o outro genitor, para que haja o rompimento do vínculo entre o alienado e a prole. Dessa forma, Fábio Vieira Figueiredo e Georgios Alexandridis sustentam que, Note-se que a alienação parental consubstancia-se na atuação inquestionável de um sujeito, denominado alienador, na prática de atos que envolvam uma forma depreciativa de se lidar com um dos genitores. Tratase, portanto, de atuação do alienador que busca turbar a formação de percepção social da criança ou do adolescente. (2014, p.47). Sob o mesmo raciocínio, em concordância com o art. 2º da Lei de Alienação Parental, Jesualdo Almeida Jr. diz que: O texto legal apropriou-se do espírito dessa síndrome e tocou nos pontos principais. Estabeleceu a ocorrência do negativo fenômeno quando uma criança ou um adolescente for afetado psicologicamente pelos pais, avós, guardiães, tutores ou qualquer pessoa que os tenha sob sua autoridade, a fim de dificultar ou prejudicar os seus vínculos afetivos com um dos genitores (2010, p.11). Torna-se perceptível que a alienação parental pode ocorrer por um dos genitores, pelos avós ou alguém que detenha a guarda da criança, para que rejeite o outro genitor, com o objetivo de causar prejuízo no vínculo afetivo com este, realizando campanha de difamação, impedir que o genitor tenha informações médicas ou escolares em relação aos filhos, criar impedimentos nos dias de visitações, e dentre outros meios, no intuito de destruir a relação do genitor alienado e o filho. 2.4 OS TRÊS TIPOS DE ALIENADORES As condutas que ocasionam a alienação parental, em determinados casos, ocorrem por conta de eventos que não houve solução entre os ex-cônjuges,

23 22 causando em uma das partes, um anseio de destruir a vida do outro, e dessa forma, para conseguir seu objetivo, usam os filhos. Diante disso, Gardner e no mesmo pensamento Douglas Darnall, observam os tipos de alienadores, nos quais são: alienador ingênuo, alienador ativo e alienador obsessivo. O alienador ingênuo não interfere diretamente na relação entre o genitor e a criança, mas em determinadas situações ele faz ou diz algo que pode ocorrer a alienação. Conforme Eduardo de Oliveira Leite, Para Darnall a maioria dos pais divorciados podem ser alienadores ingênuos sem se dar conta da possibilidade de uma conduta alienante. Apesar do divórcio são pais bem intencionados que reconhecem a necessidade da criança usufruir da presença de ambos os genitores (2015, p. 211). Este tipo de alienador comete a conduta de forma involuntária, pois seu maior objetivo é o bem dos seus filhos, não querendo que eles sejam prejudicados. O alienador ativo, por sua vez, por conta de seu sofrimento, não consegue se conter diante de seus sentimentos, de forma que critica o genitor alienado, não analisando qual o prejuízo está causando na criança, sabendo exatamente o que está fazendo. O alienador supracitado, não consegue se monitorar diante de seu ressentimento, deixando transparecer esse sentimento para a criança, sem perceber o que isso pode fazer com ela. O que prevalece neste tipo de alienador é a impulsividade e logo após o esforço de consertar o erro por conta de sua atitude, conforme o que nos ensina Eduardo de Oliveira Leite (2015). No que concerne ao alienador obsessivo, é que sua atitude é totalmente voltada a destruição da relação entre o outro genitor e o filho, sendo intencional, e fazendo que sua repulsa seja aderida pela criança. Em relação a esta situação, Leite cita um exemplo, [...] Eu amo meus filhos. Se o Tribunal não puder protegê-las de seu pai abusivo, eu mesmo vou. Mesmo que ele não tenha nunca abusado das crianças eu sei que isso é uma questão de tempo. As crianças estão com medo de seu pai. Se elas não querem vê-lo eu não vou forçá-las. Elas são maduras o suficiente para determinar suas próprias ideias (2015, p. 219).

24 23 O objetivo do alienador obsessivo é trazer a criança para o seu lado, e unidos, fomentar a campanha de exterminação do outro genitor, dessa maneira, consequentemente, ocorre o rompimento do vínculo do filho e o alienado, fazendo com que o alienante tenha domínio integral de suas atitudes. 2.5 A IMPLANTAÇÃO DE FALSAS MEMÓRIAS E AS FALSAS ALEGAÇÕES DE ABUSO SEXUAL A implantação de falsas memórias, de acordo com Caroline de Cássia Francisco Buosi (2012), pode ser compreendida como um fenômeno no qual a criança se lembra de algo de maneira distorcida sobre algum acontecimento ou, de alguma situação que nunca aconteceu, podendo existir várias maneiras da ocorrência das falsas memórias, tanto espontâneas, quanto sugeridas. As espontâneas surgem por meio de confusões não intencionais sobre um acontecimento vivenciado, já as sugeridas, são alheias ao indivíduo, sendo internalizada por relatos de outra pessoa, sendo propositais ou não, na maioria das vezes tendo características que são conexas com o evento. Esse fenômeno ocorre no estágio mais grave da síndrome de alienação parental, momento em que podem ser inseridas na criança as terríveis ideias de abuso sexual. Dessa forma, a Juíza titular da 3ª Vara de Família, Sirlei Martins da Costa, em seu artigo, alega que: Não se pode negar que a implantação de falsas memórias é prática que agride a criança enquanto ser em desenvolvimento. Tal conduta parte da imagem (ou de uma visão) da criança como sendo objeto que serve ao interesse de um genitor. Sendo assim, a implantação de falsas memórias, tanto quanto o abuso sexual, é uma severa prática de desrespeito a direito fundamental da criança e adolescente. A prática aniquila a criança enquanto sujeito e a diminui à condição de mais um objeto que deve servir aos interesses do adulto (2012, p.3). O genitor alienador depois de usar todos os recursos para atingir o objetivo perseguido e não conseguir êxito, a única alternativa é lançar mão do mais sórdido e reprovável meio, que é a falsa alegação de abuso sexual. Corroborando com a mesma ideia, Rolf Madaleno (2014, p.91) diz que esta é a forma mais perversa de alienação parental que trata da apresentação de falsa

25 24 denúncia contra o genitor, ou contra os familiares, [...] tudo no propósito doentio de obstar a convivência do progenitor não convivente com o seu filho. A mera alegação de abuso sexual não pode afastar a convivência do filho com o genitor suspeito, pois para ocorrer tal ato, deve adquirir uma série de provas contundentes que corroborem com a alegação, uma vez que a imediata suspensão de visita do genitor alienado com a criança gerará um notório prejuízo do vínculo paterno-filial, gerando, assim, a vitória do genitor alienador, conforme preceitua Eduardo de Oliveira Leite (2015). Os Tribunais de Justiça já se posicionam de maneira cautelosa em relação as falsas alegações de abuso sexual, conforme será visto nos julgados abaixo colacionados. A falsa alegação dessa prática não provocará prejuízo no direito de visitas do genitor alienado com a criança e ainda acarretará em advertência devida a genitora alienadora [grifo meu]: DIREITO DE VISITAS. PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. PEDIDO DE SUSPENSÃO. SUSPEITA DE ALIENAÇÃO PARENTAL. INTENSA BELIGERÂNCIA. 1. Como decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de conviver com o filho, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer com ele um vínculo afetivo saudável. 2. A criança está vitimizada, no centro de um conflito quase insano, onde a mãe acusa o pai de abuso sexual, e este acusa a mãe de promover alienação parental. 3. As visitas foram restabelecidas e ficam mantidas sem a necessidade de supervisão, pois a acusação de abuso sexual não encontra nenhum respaldo na prova coligida. 4. A mãe da criança deverá ser severamente advertida acerca da gravidade da conduta de promover alienação parental e das graves conseqüências jurídicas decorrentes, que poderão implicar na aplicação de multa ou, até mesmo, de reversão da guarda. Recurso desprovido. (TJRS, 7ª Câmara Cível, AI nº , Rel. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES, julgado em: 25/07/2014). DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO CAUTELAR INOMINADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SUSPENSÃO DE VISITAS. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL PELO PAI. INEXISTÊNCIA DE ALTERAÇÃO FÁTICA. MANUTENÇÃO DAS VISITAS NO AMBIENTE ESCOLAR. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Arestrição e o monitoramento das visitas do pai à filha menor devem ser mantidos por precaução, até que se apure a acusação de abuso sexual. Essas providências, no entanto, não podem servir de obstáculo à convivência entre pai e filha, de modo a assegurar o contato familiar e o saudável desenvolvimento emocional da infante, até que se julgue a lide de origem. 2. Recurso conhecido e parcialmente provido. Unânime. (TJDF, 2ª Turma Cível, AI nº , Rel. FÁTIMA RAFAEL, julgado em: 19/11/2014). DIREITO DE VISITAS. PAI. ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL. PEDIDO DE SUSPENSÃO. SUSPEITA DE ALIENAÇÃO PARENTAL. 1. Como

26 25 decorrência do poder familiar, o pai não-guardião tem o direito de avistar-se com a filha, acompanhando-lhe a educação, de forma a estabelecer com ela um vínculo afetivo saudável. 2. A mera suspeita da ocorrência de abuso sexual não pode impedir o contato entre pai e filha, mormente quando o laudo de avaliação psicológica pericial conclui ser recomendado o convívio amplo entre pai e filha, por haver fortes indícios de um possível processo de alienação parental. 3. As visitas ficam mantidas conforme estabelecido e devem assim permanecer até que seja concluída a avaliação psicológica da criança, já determinada. Recurso desprovido. (TJRS, 7ª Câmara Cível, AI nº , Rel. SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES, julgado em: 29/08/2012). Eduardo de Oliveira Leite (2015) assevera que as visitas deverão ser monitoradas, para que favoreça o contato entre o genitor alienado com a sua prole. A visita monitorada terá um duplo valor importantíssimo: manter o contato entre o pai e o filho sem risco de possível abuso sexual, por ser controlada pela equipe de avaliação e, durante a visita, a equipe de avaliação irá avaliar o grau de afeto entre o genitor e a criança. Ressalte-se que, quando o abuso sexual é real, a vítima tem receio de falar sobre o assunto, pois ela quer esquecer o que aconteceu, já na alegação falsa de abuso, ocorre exatamente o contrário, a criança faz questão de repetir infinitas vezes sobre o que aconteceu, destruindo qualquer vínculo que exista com o genitor alienado. 2.6 OS EFEITOS PSICOLÓGICOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL Os efeitos causados por conta da Alienação Parental são totalmente prejudiciais para a criança e para o adolescente. Pois eles apresentam condutas que afetam consideravelmente o seu desenvolvimento e a sua personalidade. Tal situação mexe com os sentimentos da criança, e por conta disso, acaba gerando baixa estima, ansiedade, medo, insegurança, culpa, isolamento, tristeza, condições essas que poderão definir significativamente sua vida adulta. Sob o mesmo aspecto, Ana Carolina Carpes Madaleno e Rolf Madaleno (2014) asseveram que, quando tem início o processo da alienação parental, ocorre uma fixação de rotinas insatisfatórias para os filhos, sendo vivenciadas experiências desagradáveis e, dessa forma, acabam interrompendo seu processo natural de desenvolvimento. Isso faz com que eles tenham uma visão deturpada do mundo, tendo com frequência o medo do abandono, a ansiedade e, especialmente a angústia, ocorrendo múltiplas fobias na fase adulta.

27 26 Gardner (2002) relata que alguns diagnósticos do DSM-IV são aplicáveis às crianças com síndrome da alienação parental, sendo eles: a) transtorno de conduta é o diagnóstico frequentemente aplicável à criança com SAP, no qual a criança pode agredir pessoas ou animais, destruir propriedades, furtar e violar regras que foram estipuladas pelos pais. b) transtorno de ansiedade de separação ocorre em decorrência de uma ansiedade excessiva que envolve o distanciamento de casa ou de figuras essenciais de vinculação, sendo dividida em três sintomas: I angústia excessiva e corriqueira por conta da ocorrência ou previsão de distanciamento de casa ou de figuras essenciais de vinculação. II resistência ou recusa insistente em ir ao colégio ou outro lugar por causa do medo da separação. III queixas de sintomas corpóreos (dores de cabeça, de estômago, náusea ou vômito) quando o rompimento de pessoas importantes de vinculação acontece ou é esperada. c) transtorno dissociativo é uma quebra nas funções que estão integradas na consciência, memória, identidade ou percepção do ambiente, não sendo encontrados critérios para nenhum transtorno dissociativo essencial, por exemplo, uma situação de dissociação que acontece em indivíduos que foram submetidos a longos períodos de persuasão e coação, como a lavagem cerebral, reforma de pensamento ou doutrinação quando submisso. Esse transtorno é bastante aplicável às crianças com SAP, principalmente no nível grave. d) transtorno de ajustamento existem subtipos que são aplicáveis às crianças, dentre eles: humor deprimido, ansiedade, combinação de humor deprimido e ansiedade, alteração de conduta, combinação de alteração das emoções e de conduta. Estes tipos de transtornos de ajustamento podem ser aplicáveis na criança ou adolescente, sendo que a criança está se ajustando em uma circunstância na qual o alienador tenta persuadi-la de que o genitor alienado anteriormente leal e amado foi mau e repulsivo. e) transtorno da primeira infância, da infância ou da adolescência, não especificados este seria o último sintoma, sendo totalmente vago, e que apenas aponta a pessoa que está vivenciando esse transtorno, no caso, a criança. É imprescindível observar que o efeito psicológico causado pela Alienação Parental é devastador, e faz com que a criança ou o adolescente perca a sua identidade, e tenha danos irreparáveis na sua vida adulta.

28 27 3 ANÁLISES DA LEI Nº /10 DE ALIENAÇÃO PARENTAL A alienação parental é um problema de grande relevância, porém não possuía amparo legal, razão pela qual, foi necessária a implantação da Lei nº /2010 Lei da Alienação Parental. Consoante Caroline de Cássia Francisco Buosi, (...) podemos pensar a Lei da Alienação Parental como uma tentativa formal de coibir familiares a restringir o convívio adequado entre a criança e algum ente querido, mediante interesses pessoais desse adulto, fazendo assim vigorar com mais efetividade o direito fundamental dos indivíduos envolvidos e buscando limitar autoridades parentais inadequadas dos pais para a criança com seus filhos (2012, p. 116). A lei da alienação parental é um meio de intervenção do Estado para que sejam resguardados os direitos da criança e do adolescente, principalmente quando se trata sobre o laço afetivo entre o pai e o filho. 3.1 CONCEITUAÇÃO E EXEMPLIFICAÇÃO A lei traz a definição da alienação, conforme o art. 2º caput da Lei nº /2010, no qual diz: Art. 2º Considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este. O caput define que a Alienação Parental configura-se quando é promovida pelo genitor, pelos avós ou por um terceiro que detenha a guarda ou vigilância da criança, trazendo prejuízo na formação psicológica dela. Já no parágrafo único e seus incisos do art. 2º da respectiva lei, descreve de maneira exemplificativa as condutas que podem ser apuradas pelo magistrado por intermédio da perícia. Parágrafo único. São formas exemplificativas de alienação parental, além dos atos assim declarados pelo juiz ou constatados por perícia, praticados diretamente ou com auxílio de terceiros: I realizar campanha de desqualificação da conduta do genitor no exercício da paternidade ou maternidade; II dificultar o exercício da autoridade parental;

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