RENTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DOS BANCOS QUE NEGOCIAM AÇÕES NA BMF&BOVESPA
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- Isabela Carreiro Fialho
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1 RENTABILIDADE E SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL DOS BANCOS QUE NEGOCIAM AÇÕES NA BMF&BOVESPA Flávia Regina Miecoanski 1 Área de conhecimento: Administração Eixo Temático: Administração Financeira, Gestão de Custos e Contabilidade RESUMO A sustentabilidade é o uso dos recursos de maneira responsável de modo que as futuras gerações possam fazer o uso desses recursos. O objetivo desse trabalho é verificar se os bancos que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE) possuem melhor resultado que os que não são componentes do índice, mas que negociaram ações na BM&Fbovespa, no ano de Esta pesquisa tem como problema: As empresas do setor bancário que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE) possuem melhor resultado que aquelas que não compõem o índice? Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, onde foi utilizado teste não paramétrico de Mann-Whitney. Os índices utilizados para representar o desempenho das empresas foram o Retorno sobre o Investimento (ROI), o Retorno sobre Ativos (ROA), a Rentabilidade do Ativo (RA), a Rentabilidade do Patrimonio Liquido (RPL) e a Margem Líquida (ML). A amostra foi constituída por 06 empresas que fazem parte do ISE e 25 empresas que não pertencem ao índice, todas do subsetor bancos, que negociam ações na BMF&Bovespa no ano de Os resultados indicaram que fazer parte do índice de sustentabildade empresarial para este subsetor não influenciou no desempenho empresarial. Palavras-chave: Sustentabilidade. Rentabilidade. BM&FBovespa. 1 INTRODUÇÃO É crescente a quantidade de empresas que estão preocupadas com a sustentabilidade de suas atividades. Tendo em vista que boa parte dos consumidores se atenta às atitudes que a empresa toma e seu comprometimento com o meio ambiente, a sociedade e a economia. Os investidores também se preocupam com a imagem e os compromissos que as organizações assumem perante a sociedade (BM&FBOVESPA, 2015). A principal ideia é de que o desenvolvimento econômico do país esteja relacionado ao bem estar da sociedade brasileira e também a uma tendência dos investidores a buscarem organizações sustentáveis, socialmente responsáveis e rentáveis para realizar seus investimentos (COLARES et al., 2012). 1 Mestranda em Gestão e Desenvolvimento Regional Universidade Estadual do Oeste do Paraná. srt.flavia_@hotmail.com 136
2 É cresente o interesse da mídia de empresários e governos pela responsabilidade social e ambiental. A responsabilidade social diz respeito a uma gestão empresarial e a maneira de agir das organizações, sua postura ética e preocupação com o social e ambiental. Existem incentivos para a divulgação da responsabilidade social, como prêmios e selos concedidos pelo Estado ou por organizações não governamentais (MACHADO et al., 2009). O conceito de desenvolvimento sustentável foi publicado em 1987 no relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento. Propondo que, para ser sustentável, é necessário desenvolver mecanismos para suprir as demandas do presente sem impedir as gerações futuras de atenderem suas próprias necessidades. O resultado deste encontro foi que não basta à humanidade reduzir o consumo, mas sim promover a harmonia entre os aspectos ambiental, social e econômico conhecido como tripé da sustentabilidade ou triple bottom line, termo criado por John Elkington. Englobando as relações entre as organizações e a sociedade (BMF&BOVESPA, 2015). A BM&FBovespa criou o índice de sustentabilidade empresarial ISE, que é formado por 40 empresas de diversos setores, e mede o retorno total de uma carteira composta por empresas reconhecidas pelo comprometimento com a sustentabilidade empresarial e a responsabilidade social (BMF&BOVESPA, 2015). Para esta pesquisa foi escolhido o subsetor bancos, que representa 15% das empresas do índice. Essa pesquisa justifica-se por considerar importante a verificação da rentabilidade das empresas tidas como sustentáveis, e se participação destas no índice de sustentabilidade empresarial gera algum retorno financeiro superior às empresas que não fazem parte do índice. Esta pesquisa tem como problema: Os bancos que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE) possuem melhor resultado que aqueles que não compõem o índice? Este trabalho tem como objetivo verificar se os bancos que compõem o índice de sustentabilidade empresarial (ISE) possuem melhor resultado que os que não são componentes do índice, mas que negociam ações na bolsa BM&FBovespa no ano de
3 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL A sustentabilidade é a capacidade de atender as necessidades presentes de maneira que não comprometa a capacidade de atender as mesmas necessidades no futuro. As organizações são responsáveis pela criação de empregos e construção de riquezas, entretanto muitas empresas estão preocupadas somente com a maximização de lucros para seus acionistas. Pela capacidade de influência e dimensão de suas operações, as organizações possuem papel fundamental na sustentabilidade, já que causam impactos significativos sobre o meio ambiente e o desenvolvimento social e econômico (ROSSETI et al., 2008). A humanidade possui capacidade de fazer com que o desenvolvimento seja sustentável e possa garantir e atender as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas necessidades. O conceito de desenvolvimento sustentável não impõe limites absolutos, mas sim limitações para que a condição atual da organização social e tecnológica e os recursos ambientais, trabalhem e caminhem para que crescimento econômico ocorra sem que sejam causados graves impactos no meio ambiente (BRUNDTLAND, 1988). Essa definição enfatiza que o conceito de sustentabilidade é a longo prazo, e introduz o princípio ético de alcançar a igualdade entre as gerações presentes e futuras. Nesse contexto, essa definição inclui que e o meio ambiente, assim como a sociedade e a economia, sejam saudáveis (DIESENDORF, 2000). A expressão sustentabilidade surgiu como forma de preocupação com o meio ambiente e problemas sociais numa escala global. Nas últimas décadas, muitas instituições se interessaram pela mudança para um mundo sustentável, esse interesse se deu através de programas como a Cúpula da Terra - Rio 1992, e o Protocolo de Quioto sobre aquecimento global (EHRENFELD, 2000). Depois de ser muito utilizada em outros ramos à palavra sustentabilidade adentra no universo corporativo. Apesar de ser considerada um assunto novo, a sustentabilidade passa a ser relacionada diretamente com o desenvolvimento das organizações, os impactos causados pelas empresas ao meio ambiente passam a 138
4 ganhar mais ênfase, sendo mais observados analisados e julgados, não só por entidades governamentais mas também pela sociedade (NOGUEIRA; FARIA, 2012). Alguns executivos têm as questões sociais e ambientais como uma postura moral, estas questões envolvem o ambiente em que a empresa está inserida e as demandas da sociedade. Tais gestores não procuram se eximir das dificuldades econômicas, sociais e ambientais que a empresa e a comunidade fazem parte, sem deixar de levar em consideração a opinião de seus acionistas (ROSSETI et al., 2008). É crescente a preocupação da sociedade com questões de cunho ambiental e social, principalmente devido à escassez de recursos naturais e ao aumento da poluição. Nas organizações essa preocupação e sensibilização são alinhadas a aspectos econômicos como forma de garantir a continuidade do negócio e a viabilidade de práticas sustentáveis. A atenção para elementos sociais e ambientais, aliados a visão econômica, garante a articulação entre esses elementos de modo a viabilizar a construção de ferramentas que possibilitem um desenvolvimento sustentável e a continuidade do negócio (KUZMA et al., 2015). As empresas passam a considerar os princípios da Triple Bottom Line, conhecido como o tripé da sustentabilidade, que é composto por três dimensões: a econômica, a social e a ambiental. A dimensão econômica prevê que as organizações sejam economicamente viáveis, o tripé da sustentabilidade também recomenda que as empresas proporcionem melhores condições de trabalho aos seus funcionários, respeitando as diversidades culturais incluindo respeito aos deficientes, além da participação dos líderes das empresas nas atividades socioculturais da comunidade, contemplando a dimensão social. E a ambiental prevê o respeito e a não contaminação do meio ambiente e uma gestão ecoeficiente de seus recursos (NOGUEIRA; FARIA, 2012). Assim surge uma tendência mundial, acompanhada por uma maior vigilância e exigência da sociedade, por meio de mecanismos de avaliação das atividades das empresas, fazendo com que as organizações tenham posturas efetivamente diferenciadas. Alguns desses mecanismos são indicadores de responsabilidade social, e mais recente também indicadores de sustentabilidade, estes indicadores colaboram efetivamente para a busca de uma sociedade mais preocupada com o futuro do planeta (SILVA et al., 2014). 139
5 De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT NBR 15401:2006, p. 3), sustentabilidade é o uso dos recursos, de maneira ambientalmente responsável, socialmente justa e economicamente viável, de forma que o atendimento das necessidades atuais não comprometa a possibilidade de uso pelas futuras gerações. 2.2 INDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) teve início no ano de 2005, sendo financiado pela International Finance Corparation (IFC), que é vinculado ao Banco Mundial. Esta é uma iniciativa pioneira na América Latina, seu objetivo é oferecer aos investidores uma carteira de ações, compostas por organizações reconhecidas pelo comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial (COLARES et al. 2012). Baseada na eficiência econômica, equilíbrio ambiental, na governança corporativa e na justiça social, o ISE busca analisar o desempenho das empresas listadas na BM&FBovespa, que visa expandir o conhecimento sobre as empresas e grupos comprometidos com o desenvolvimento sustentável, assim observa as diferenças existentes com base na qualidade, natureza do produto, compromisso com a sustentabilidade, equidade, transparência, desempenho empresarial nas dimensões econômico financeira, ambiental, mudanças climáticas e social (BM&FBOVESPA, 2015). O primeiro índice de sustentabilidade criado foi o DowJones Sustainability Indexes de Nova Iorque em 1999, o segundo foi criado em 2001 na cidade de Londres chama-se FTSE4Good, e o terceiro lançado em 2003 foi o JSE- Johannesburg Stock Exchange de Johanesburgo, África do Sul. Em dezembro de 2005, o Brasil apresentou seu Índice de Sustentabilidade Empresarial, reunindo 34 ações de 28 empresas avaliadas como as mais desenvolvidas na implantação de práticas sustentáveis (BEATO et al., 2009). Sua metodologia compreende um questionário com sete dimensões que avaliam os seguintes aspectos da sustentabilidade: ambiental, econômico-financeira, natureza do produto, geral, governança corporativa e mudanças climáticas. A responsabilidade dessa análise é do Centro de Estudos em Sustentabilidade 140
6 (GVces), para tanto a avaliação é realizada de duas formas: quantitativa (respostas do questionário) e qualitativa (envio de documentos comprobatórios) (BM&FBOVESPA, 2015). 2.3 INDICADORES DE DESEMPENHO Os indicadores de desempenho têm como objetivo avaliar os resultados obtidos por uma empresa em relação a determinados parâmetros que melhor revelem suas dimensões. Uma análise baseada somente no lucro líquido pode resultar em vieses de interpretação, gerando um resultado que não condiz com o real potencial da organização (ASSAF NETO, 2012). Levando em consideração as contribuições de Assaf Neto (2012) e que estes índices já foram utilizados em outros trabalhos, como de Todeschini e Mello (2013), os seguintes índices foram escolhidos para representar o desempenho das empresas analisadas, que conforme Assaf Neto (2012) são definidas abaixo: Retorno sobre o Investimento (ROI): é uma medida de rentabilidade para avaliar o retorno sobre o investimento. O investimento equivale aos recursos que a empresa aplicou em seus negócios. É representado pela seguinte fórmula: ROI = (Lucro liquido + Despesas financeiras Líquidas) (1) (Patrimonio Líquido + Passivo Oneroso) Retorno sobre o Ativo (ROA): Representa a taxa de retorno gerada pela empresa através das aplicações em seus ativos. Para o calculo desse índice é utilizada a seguinte fórmula: ROA = Lucro Operacional (2) (Ativo total- Lucro Liquido) 141
7 Rentabilidade do Ativo (RA): Este índice demonstra quanto a empresa obteve de lucro liquido em relação ao seu ativo. É possível calcular este índice por meio da seguinte fórmula: RA = Lucro Liquido x 100 (3) Ativo Total Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL): Mensura o retorno dos recursos de capital próprio aplicados na empresa. Para realizar o cálculo desse índice utilizase a seguinte fórmula: RPL = Lucro Líquido x 100 (4) Patrimônio Liquido Médio Margem Líquida (ML): Seu objetivo é medir a margem de lucro da empresa em relação as suas vendas. Para tanto, utiliza-se a seguinte fórmula: ML= Lucro Líquido x 100 (5) Vendas Líquidas 3 METODOLOGIA A pesquisa possui caráter descritivo, pois segundo Gil (2010), as pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das características de determinada população. A abordagem da pesquisa é quantitativa, para tanto faz a utilização do softaware SPSS, que visa organizar os dados e auxilia nos cálculos dos testes. Para verificar se os bancos que fazem parte do ISE possuem maior rentabilidade que os que não fazem parte, foram utilizados testes de médias para amostras independentes. Para testar duas amostras independentes tem-se o teste de Mann-Whitney, é um dos testes não paramétricos mais poderosos, sendo uma alternativa ao teste paramétrico t para duas amostras independentes quando a hipótese de normalidade for violada (FÁVERO et al.,2009). 142
8 A pesquisa foi feita para o ano de 2015, com as empresas do setor econômico e o subsetor bancos. Os índices utilizados para representar o desempenho das empresas foram: Retorno sobre o Investimento (ROI), Retorno sobre o Ativo (ROA), Rentabilidade do Ativo (RA), Rentabilidade do Patrimônio Liquido (RPL) e Margem Líquida (ML). A amostra foi escolhida de forma intencional sendo composta por 06 bancos participantes do ISE e 25 que não são participantes, todas integrantes da BM&FBovespa. Os bancos que compõem o ISE são: Banco do Brasil; BicBanco; Bradesco; Itausa; Itauunibanco e Santander BR. Os bancos que não pertencem ao ISE mas negociam ações na BM&FBovespa são: Abc Brasil; Alfa Consorcio; Alfa Holding; Alfa Invest; Banco Amazônia; Banco Pan; Banestes; Bank America; Banpara; Banrisul; Santander; BRB Banco; BTGP Banco; Citigroup; Daycoval; Goldmansachs; Indusval; Jpmorgan; Merc Brasil; Merc Invest; Nord Brasil; Paraná Banco; Banco Patagônia; Banco Pine; Sofisa; Us Bancorp e Wells Fargo. Foram excluídos da pesquisa os bancos: Banco Sofisa, Wells Fargo e Us Bancorp, por não ter sido encontrados os dados referentes aos demonstrativos dos resultados do exercício e de Balanço Patrimonial do ano A coleta de dados se deu através do banco de dados da BM&FBovespa e a listagem de empresas que negociam ações na bolsa, foram verificados os dados anuais do balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício de 2015, dos bancos que fazem parte do índice de sustentabilidade empresarial do ano de APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS Como alternativa aos testes paramétricos têm-se os testes não paramétricos ou de livre distribuição, estes testes são matematicamente mais simples e não exigem suposições numerosas em relação à distribuição dos dados (FÁVERO et al., 2009). O nível de significância adotado foi de 5%, e as hipóteses a serem testadas são as seguintes: Ho= Rentabilidade dos bancos que não pertencem ao ISE > ou = rentabilidade dos bancos pertencentes ao ISE 143
9 H1= Rentabilidade dos bancos que não pertencem ao ISE < rentabilidade dos bancos pertencentes ao ISE Na Tabela 1 estão elencados os resultados dos testes aplicados: Tabela 1- Dados da Pesquisa ROI ROA RPL ML RA Mann-Whitney U 56,000 67,000 61,000 60,000 57,500 Wilcoxon W 356, , , , ,500 Z -8,30-0,257-0,570-0,622-0,752 Asymp. Sig. (2- tailed) 0,407 0,795 0,568 0,534 0,452 Exact Sig. [2*(1- tailed.)] 0,432ª 0,820ª 0,595ª 0,561ª 0,462ª Fonte: Extraído do software SPSS, e adaptado pelo autor. Como é possivel observar na tabela, todos os resultados se apresentam superiores a 0,05 o que leva a não rejeição da hipótese nula, concluindo que os bancos que não pertencem ao ISE tem rentabilidade maior ou igual aos que pertencem ao ISE, nesses indicadores. Corroborando com o trabalho de Marques, Colares e Maia (2010) onde os autores fizeram uma comparação entre os indicadores de rentabilidade das empresas participantes do mercado de capitais e as demais empresas e os resultados indicaram que não há diferenças significativas entre as empresas do ISE e as demais empresas. Diferentemente de outra pesquisa semelhante a de Todeschini e Mello (2013), no qual os resultados apresentaram que as empresas que participam do ISE possuem maior rentabilidade. É preciso levar em consideração que este trabalho foi realizado com empresas do setor de Utilidade Pública/Energia Elétrica da BMF&Bovespa, mostrando que pode haver diferenças mesmo se tratando de empresas que pertencem ao mesmo índice. De acordo com os resultados dos testes realizados, fazer parte do índice de sustentabilidade empresarial não faz com que a empresa possua maior rentabilidade. Mas é importante observar que existem grandes bancos que não são pertencentes ao índice que possuem resultado do exercício de 2015 bem elevado, e 144
10 alguns bancos são estrangeiros e negociam ações na BM&FBovespa e também possuem resultados bem elevados. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando se fala em sustentabilidade empresarial, passa a se considerar as ações que são realizadas pelas empresas e o que esta faz para preservar o meio ambiente e obter um bom relacionamento com a sociedade e seus colaboradores. Apesar dos consumidores e investidores exigirem das empresas que estas tenham atitudes sustentáveis, ainda muitas empresas não se atentam para o assunto. Este trabalho teve como objetivo verificar se os bancos que compõem o índice de sustentabilidade empresarial da BMF&Bovespa, possuem maior rentabilidade que os que não pertencem ao índice. Com os testes realizados foi possivel sanar o objetivo da pesquisa. E os resultados indicaram que as empresas que não fazem parte do índice de sustentabilidade empresarial tem uma rentabilidade igual ou superior a áquelas que participam do índice. Esta pesquisa apresenta algumas limitações como o fato de que algumas empresas terem sido excluídas da pesquisa por falta de divulgação dos dados referentes ao balanço patrimonial e demonstrativo do exercício do ano de E que o estudo diz respeito somente a um subsetor o dos bancos. Para pesquisas futuras sugere-se estudar outros períodos do subsetor e também outros setores utilizando diferentes indicadores de resultado e além de outros bancos de dados relativos à sustentabilidade empresarial. REFERÊNCIAS ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR Meios de hospedagem Sistemas da gestão da sustentabilidade - Requisitos. Rio de Janeiro, 2006, 22p. ASSAF NETO, Alexandre. Finanças corporativas e valor. 6. ed. São Paulo: Atlas, BM&FBOVESPA. Indice de sustentabilidade empresarial. Disponível em: < Acesso em: 29 jun BEATO, Roberto Salgado; Souza, Maria Tereza; Parisotto, Iara Saraiva. Rentabilidade dos índices de sustentabilidade empresarial em bolsas de valores: um 145
11 estudo do ISE/BOVESPA. RAI : Revista de Administração e Inovação, v. 6, p , BM&FBOVESPA. Relatório anual. Disponível em:< Acesso em: 26 jun BRUNDTLAND, G. H. Our Common Future. The World Commission for Environment and Development. United Kingdom, Oxford University Press, Disponivel em:< Acesso em: 25 jun COLARES, Ana Carolina Vasconcelos; BRESSAN, Valéria Gama Fully ; LAMOUNIER, Wagner Moura ; BORGES, Danilo Lacerda. O Balanço Social como indicativo socioambiental das empresas do Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBovespa. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências Contábeis da UERJ (Online), v. 17, p , DIESENDORF, Mark. "Sustainability and sustainable development."sustainability: The corporate challenge of the 21st century 2. p Disponível em:< Acesso em: 06 jul EHRENFELD, John R. "Sustainability and enterprise: an inside view of the corporation." Extended producer responsibility: a materials policy for the 21st Century. Inform, p New York, FAVÉRO, Luiz Paulo; BELFIORE, Patrícia; SILVA, Fabiana Lopes da; CHAN, Betty Lilian. Análise de dados: modelagem multivariada para tomada de decisões. Rio de Janeiro: Campus, GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas: KUZMA, Edson Luiz. et al. O Perfil Financeiro das Empresas Aderentes e Não Aderentes ao Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA. Organizações e Sustentabilidade, v. 3, p. xxx, Machado, Márcia Reis; Machado, Márcio André Veras; CORRAR, Luis João. Desempenho do índice de sustentabilidade empresarial (ISE) da bolsa de valores de São Paulo. Revista Universo Contábil (Online), v. 05, p , 2009 MARQUES, Vagner Antônio; COLARES, Ana Carolina Vasconcelos; MAIA, Saulo Cardoso. Sustentabilidade e desempenho empresarial: uma comparação entre os indicadores de rentabilidade das empresas participantes do mercado de capitais. XVII Congresso Brasileiro de Custos Belo Horizonte, MG, Brasil, 03 a 05 de novembro de
12 NOGUEIRA, Elaine Petil. ; FARIA, Ana Cristina. Sustentabilidade nos principais bancos brasileiros: uma análise sob a ótica da global reporting initiative. Revista Universo Contábil, v. 8, p , ROSSETI, José Paschoal et al. Finanças corporativas. Rio de Janeiro: Elseiver, SILVA, Eduardo Augusto; FREIRE, Otávio Bandeira Lamônica; SILVA, Filipe Quevedo Pires Oliveira. Journal of Environmental Management and Sustainability JEMS. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade GeAS. vol. 3, N. 1. Jan. Abr, TODESCHINI, Caroline; MELLO, Gilmar Ribeiro. Rentabilidade e sustentabilidade empresarial das empresas do setor de energia. RC&C. Revista de Contabilidade e Controladoria, v. 5, p ,
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