UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E TOMBADOR NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, CHAPADA DIAMANTINA BAHIA. SALVADOR 2012

2 ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E TOMBADOR NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, CHAPADA DIAMANTINA BAHIA. Monografia apresentada ao Curso de graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia. Orientador: Prof. Dr. Ruy Kenji Papa Kikuchi Co-Orientador: Profa. Dra. Tânia Maria Fonseca Araújo Salvador 2012

3 ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E TOMBADOR NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, CHAPADA DIAMANTINA BAHIA. Monografia apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Geologia, Banca Examinadora Ruy Kenji Papa Kikuchi - Orientador Doutor em Geociências pela Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Bahia Tânia Maria Fonseca Araújo Co-Orientador Doutora em Geociências pela Universidade Federal da Bahia Universidade Federal da Bahia Augusto José de C.L. Pedreira da Silva Doutor em Geociências pela Universidade de São Paulo Companhia Baiana de Pesquisa Mineral Cícero da Paixão Pereira Especialista em Geologia pela Universidade Federal de Ouro Preto UFOP Universidade Federal da Bahia ( Pesquisador visitante)

4 AGRADECIMENTOS Agradeço ao Pai Eterno por ter chegado até esta etapa da minha vida. Ao meu orientador Professor Ruy Kenji Papa Kikuchi pela paciência e colaboração. Ao Geólogo Antônio Jorge de Magalhães pela preciosa ajuda. Aos Professores, co-orientadores e amigos Tânia Araújo e Cícero Paixão. À Agencia Nacional de Petróleo/PRH08 representada por seu coordenador, Prof. Sato pelo financiamento das campanhas de campo que possibilitou a realização desse estudo. Aos colegas de bolsistas Valter, Jaime, Azaf, Caio, Alexandre, Josafá, Paulo, André, Gildegleice, Milena, Nelize, Eula, Luciano, Luana, Anderson e Verônica. Agradeço a grande família UFBA: Ana Carla, Valdinéia, Marilda, Amanda, Mônica, Débora, Natalí, André, Alberto, Deraldo, Jairo, Rafael Cipre, Bianca, Natalia, as Tatianas, os Tiagos e Thiagos, os Lucas, os Carlos, Nilson, Gabriel, Maria Clara, Heloisa, Taciane, Mariana, Fabiane, Vanderlúcia, Iara, Aline, Amanda, Jonatas, Alita, Eder, Cabeça, Ramon, Eduardo, Ednie, Joaquim Lago, os Henriques, os Brunos, as Priscilas, Rebeca, Zilda, Claudio, Vilberto, Amalvina, Maria Jose, Misi, Carlson, Telésforo, Aline & Cristovaldo, Simone Cruz, Simone Morais, Michel, Marcelo, Jofre, Jailma, Morgana, Rambo, Band Men, Dexter, Laura, Ana Carolina, Ângela, Gisele, Ana Fábia, Michele, Gil, Vilton, Leidiane, Giselaine, Flávio, Felix, Falcão, Dario e Carolina pelo companheirismo nesta caminhada. A minha família, meu pai Raymundo e minha mãe Tereza pela base de vida que me deram A minha amada filha Carolina pelo apoio incondicional. A minha querida companheira Sandra Ely pelo incentivo diário. Aos meus irmãos Teresa, Patrícia, Anita e Aécio, aos tios Leda e Seu Zé, aos primos Jair e Lídia e a meus amigos Landualdo, Fátima, Janete, Larissa, Bruna, Inah, Adriana, Fernando, Cristina, Yabú, Suely, Gabriela, Paulinho, Lícia, Heloina & Parada, Iêda, Césa e Virginia por entenderem minha ausência nas reuniões festivas. A minha ex-esposa e amiga Andréa pelo apoio ao iniciar essa caminhada. E, especialmente a Amely, pelo companheirismo e por todo carinho recebido nas longas noites que estive estudando durante o curso e na elaboração desse estudo, sem dizer uma única palavra. Agradeço a todas as criticas, o apoio e os conselhos recebidos, que me proporcionaram sempre um novo passo.

5 A vida sem obstáculos não tem graça, sentido ou orientação. Eles nos fazem lembrar as pedras do caminho, que um dia podem se transformar em rochas ou talvez em gemas... Acácio Araújo, 2011

6 RESUMO As formações Guiné e Tombador, objeto deste trabalho, afloram no domínio oriental do Supergrupo Espinhaço e compreende os grupos Paraguaçu (Paleoproterozóico /Mesoproterozóico) e Chapada Diamantina (Mesoproterozóico), localizados na região da Sinclinal de Ituaçu, nas cercanias da cidade de Barra da Estiva inseridos na região central do Estado da Bahia. Essa pesquisa aborda a análise estratigráfica de seções geológicas nas Formações Guiné e Tombador a partir da descrição vertical de fácies e interpretação de superfícies chaves da estratigrafia de sequências em escala de afloramentos, com o intuito de caracterizar as litofácies, seus ambientes deposicionais e as hierarquias dos eventos estratigráficos em diferentes ordens. Nas duas Formações os elementos arquiteturais reconhecidos foram barras, planícies de maré, bandas de maré e canais, onde são visíveis as estruturas de estratificação cruzada acanalada, tabular e tangencial, marcas de onda, interlaminados sub-horizontais de silte e argila. As superfícies estratigráficas mais frequentes nos afloramentos foram a superfície regressiva máxima (SRM) e a superfície discordância subaérea. O nome da Formação Guiné foi adotado neste trabalho devido a sua proximidade da localidade de Guiné e a primeira citação sobre esta unidade ter sido feita por Montes (1977), que descreveu com detalhes a seção tipo, espessura e litologias. E de acordo com Código de Nomenclatura Estratigráfica o primeiro registro de uma Unidade prevalece sobre os seguintes. Palavras chave: Formações Guiné / Tombador, Estratigrafia de Sequências, Litofácies, Ambientes Deposicionais e Bandas de Maré.

7 ABSTRACT The Guiné and Tombador formations, object of this work, outcrops on the oriental portion of the Espinhaço Supergroup and comprises the groups Paraguaçu (Paleoproterozoic / Mesoproterozoic) and Chapada Diamantina (Mesoproterozoic), located in the region of Ituaçu Syncline, on the outskirts of Barra da Estiva town, in the central region of Bahia. This research approaches the stratigraphic analysis of the geological sections in the formations of Guiné and Tombador from the vertical descriptions of facies and interpretations of key surfaces of the sequêncial stratigraphy in scales of outcrops, with the intent of characterizing lithofacies, their dispositional environments and the hierarchy of stratigraphic events in different orders. In the two formations the architectural elements identified were bars, tidal planes, tidal bundlles and channels, where the structures of groover, tabular and tangential cross-stratification, wave marks, subhorizontal interlaminars of silt and clay. The most frequent stratigraphic surfaces on the outcrops were maximum regressive surface (MRS) and the subaerial discordant surface. The name Guiné Formation was adopted in this work due to its proximity to the Guiné and the first publication about this unit was written by Montes (1977) who described section, type, thickness, lithology, etc. As determined by the Code of Stratigraphic Nomenclature the first register of a unit is maintained over later ones. Keywords: Guiné Formations / Tombador, Sequence Stratigraphy, Litofácies, Depositional Environments and Tidal Bundle.

8 LISTA DE FIGURAS Figura 01: Mapa de situação e localização (compilação dos mapas dos municípios e geológico) Figura 02: Mapa de acesso partindo de Salvador para Barra da Estiva (DNIT/Mapa Rodoviário da Bahia, 2002) Figura 03: Cráton do São Francisco com seus compartimentos tectônicos, faixas orogênicas brasilianas e principais unidades geológicas. Adaptado de Alkmin et al Figura 04: Coluna estratigráfica da Formação Guiné. (PEDREIRA 1994) Figura 05: Coluna estratigráfica simplificada da Bacia Espinhaço São Francisco, modificada de (GUIMARÃES, 2008) Figura 06: Coluna estratigráfica da Formação Tombador. (PEDREIRA, 1994) Figura 07: Curva de variação do nível de base com posicionamento dos 4 eventos definidos, também mostrando as superfícies estratigráficas reconhecidas (CATUNEANU, 2006) Figura 08: Posicionamento dos elementos arquiteturais dentro de um estuário de Idade Paleoproterozóica. (CATUNEANU, 2006) Figura 09: Perfil demonstrando a discordância subaérea, abaixo a discordância subaérea (linha vermelha) em uma seção sísmica numa orientação Dip. (TSMB=Trato de Sistemas de Mar Baixo; TSEQ=Trato de Sistemas de Estágio de Queda; RN=Regressão Normal; RF=Regressão Forçada),(CATUNEANU,2006) Figura 10: Superfície Regressiva Máxima (linha vermelha) numa orientação DIP. (RN=Regressão Normal; RF=Regressão Forçada) (CATUNEANU, 2006)... 27

9 LISTA DE FOTOS Foto 01: Vista geral do Morro da Torre- Barra da Estiva- Bahia Foto 02: Afloramento na Formação Guiné as margens da BA-142, no sopé do Morro da Torre apresentando estruturas fendas de ressecamento Foto 03: Vista parcial da base da Formação Guiné às margens da rodovia BA-142, Barra da Estiva - Bahia Fotos 04 e 05: Em sequência exposição da estratificação plano-paralela parcialmente erodida (a), e estratificação cruzada tipo tabular rotacionadas (b). Na base da Formação Guiné em afloramento as margens da rodovia BA-142, Barra da Estiva Bahia Fotos 06 e 07: Em sequência início do acréscimo de lama (C) e tamanho dos grãos (D), no afloramento da Formação Guiné, as margens da rodovia BA-142, nas proximidades de Barra da Estiva Bahia Foto 08: Parte superior com estratificações plano paralelas seguida de marcas de onda e logo abaixo a estratificação cruzada tabular, com os devidos destaques ao lado. Afloramento da Formação Guiné, na base do Morro da Torre, nas proximidades de Barra da Estiva Bahia Foto 09: Exposição dos lóbulos sigmoidais com representação (E). Canal de maré com destaque do truncamento das camadas na parte superior da fotografia (F). Exposição do bloco de arenito maciço em destaque amarelo (G). Lente de areia muito grossa em arenito destacado em branco (H). Localizados no Morro da Torre nas proximidades de Barra da Estiva- Bahia Foto 10: Zona intermediária do Morro da Torre coberta por colúvio e provável local do contato entre as Formações Guiné e Tombador. Nas proximidades de Barra da Estiva-Bahia Foto 11: Exposição da estratificação tabular (barras de maré) na Formação Tombador localizada no Morro da Torre nas imediações de Barra da Estiva-Ba Foto 12: Estratificação cruzada acanalada localizada no Morro da Torre nas proximidades de Barra da Estiva-Ba... 34

10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA JUSTIFICATIVA RELEVÂNCIA DO TRABALHO OBJETIVOS Objetivos Específicos 12 2 METODOLOGIA LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO 14 3 CONTEXTO GEOLÓGICO ESTRATIFICADO O CRATON DO SÃO FRANCISCO O SUPERGRUPO ESPINHAÇO Grupo Paraguaçu Formação Guiné Grupo Chapada Diamantina Formação Tombador SINCLINAL DE ITUAÇU AS SUPERFÍCIES ESTRATIGRÁFICAS Discordância subaérea Superfície de regressão máxima 26 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO PERFIL ESTRATIGRÁFICO 35 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 36 REFERÊNCIAS 38 APENDICE A 41

11 10 1 INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA Os estudos de rochas sedimentares em afloramento sofreram um grande avanço nos últimos 30 anos, em função da sistematização e aperfeiçoamento das técnicas de descrição e da aplicação do conceito de fácies. Tanto o estudo das sucessões verticais de fácies quanto a análise de elementos arquiteturais não devem ser meramente descritivos. O entendimento da natureza e origem das rochas sedimentares envolve procedimentos descritivos - imprescindíveis no estabelecimento do arranjo e da distribuição de diferentes aspectos das rochas sedimentares de uma dada sequência - e procedimentos interpretativos que visam elucidar o ambiente em que se deu a sedimentação e suas condições de controle, tais como o clima e relevo. No procedimento interpretativo, deve-se usar a analogia com modelos modernos observados diretamente na natureza ou frutos de experimentação ou teorias. A busca da relação entre as ações descritivas e interpretativas é que, em última instância, norteará os métodos de análise das rochas sedimentares (FERREIRA JÚNIOR, 2001). A partir desses conceitos teve-se como pergunta inicial de investigação: É possível analisar a estratigrafia de sequências das Formações Guiné e Tombador pertencentes aos Grupos Paraguaçu e Chapada Diamantina na área de estudo? Essa indagação levou a outros questionamentos como, por exemplo, é possível utilizar os critérios estratigráficos e sedimentológicos para reconhecer a hierarquização das ordens cíclicas em quarta e terceira ordem? É possível reconhecer as superfícies estratigráficas presentes nessas formações? Se elas pertencem a grupos distintos, separadas por um hiato de tempo seria esse estudo suficiente para definir a existência de uma discordância erosiva no contato das Formações Guiné e Tombador? No desenvolvimento desse estudo, foram analisadas extensivamente às Formações Guiné e Tombador a fim de discutir e propor respostas para tais questionamentos supracitados. Uma vez que para a realização da análise estratigráfica de seções geológicas dessas formações é preciso partir do reconhecimento e delimitação de padrões de empilhamento em afloramentos, bem como a identificação das superfícies estratigráficas.

12 JUSTIFICATIVA O tema desse estudo foi construído por uma sequência de fatores ocorridos no desenvolver do curso de graduação em Geologia da Universidade Federal da Bahia. A atração pela estratigrafia de sequências ocorreu, primeiramente, após a descoberta de que tal ramo da Geologia se dedica a arte de decifrar e traduzir de forma integrada as estruturas encontradas nos estratos das rochas e, através do padrão de empilhamento das camadas sedimentares, estabelecer as relações entre a rocha e tempo geológico, ou seja, é possível contar a história de uma Formação com um contato direto do geólogo com sua paixão A Rocha. Outro fator importante foi o apoio financeiro, tecnológico e acadêmico recebido pela Agência Nacional do Petróleo-ANP, da qual fui bolsista por dois anos. O terceiro fator foi o convite para participar da equipe de alunos que iriam auxiliar e aprender sobre os trabalhos realizados na Chapada Diamantina, onde este convênio iria ajudar na confecção dessa monografia e na tese do geólogo da PETROBRAS, Antônio Jorge de Magalhães. Por fim o prazer de estar trabalhando numa das mais belas regiões do mundo, com sedimentos siliciclásticos de idade paleoproterozóica superior a mesoproterozoica bem preservados devido à longa fase de quiescência tectônica. 1.3 RELEVÂNCIA DO TRABALHO Contribuir para a caracterização estratigráfica da Chapada Diamantina situada no Estado da Bahia, onde objetivou-se colaborar com a redução das deficiências no conhecimento geológico estratigráfico de tão vasta região. Difundir o conhecimento estratigráfico e usar a correlação em possíveis áreas de explotação e exploração de petróleo. O conhecimento estratigráfico é de vital importância para a indústria do petróleo na caracterização da sequência vertical e nas variações laterais de unidades litológicas potenciais reservatórios de hidrocarbonetos, bem como na correlação com os métodos sísmicos. O conhecimento dos tratos dos sistemas deposicionais costeiros e marinhos no registro estratigráfico e a sua importância econômica (hidrocarbonetos), tem na indústria do petróleo a geração de uma quantidade muito grande de informações analíticas que poderão nortear pesquisas exploratórias a custos mais baixos.

13 OBJETIVOS O objetivo principal desse trabalho é realizar a análise estratigráfica de alta resolução das Formações Guiné e Tombador nas imediações da Cidade de Barra da Estiva, localizada na Chapada Diamantina no Estado da Bahia, Brasil Objetivos Específicos Por conseguinte esse estudo teve como objetivos específicos: a) Reconhecer regionalmente o contexto geológico das Formações Guiné e Tombador. b) Identificar os sistemas deposicionais e descrever as fácies presentes nos afloramentos estudados. c) Identificar os padrões de empilhamento. d) Interpretar as superfícies chave da estratigrafia de sequências. e) Identificar os tipos e hierarquizar as superfícies estratigráficas. 2 METODOLOGIA Neste trabalho foram realizadas descrições sedimentológicas detalhadas de afloramentos, buscando-se as definições das litofácies, elementos arquiteturais e superfícies limítrofes e definido o padrão de empilhamento estratigráfico. Para realização dessas atividades foi necessário o treinamento prévio, onde foi utilizado o método da estratigrafia de alta resolução adotado no curso de campo da Chapada Diamantina pela PETROBRAS, que é construído a partir de um modelo de associação de fácies e elementos arquiteturais, para interpretar o ambiente deposicional (SAVINI, R.R. & RAJA GABAGLIA, 1997). O presente trabalho foi desenvolvido de acordo com o seguinte cronograma: 1 - Treinamento em campo no período de 08 a 15 de agosto de (i) Nessa etapa foram trabalhados afloramentos as margens da Rodovia BR-242, no Morro do Pai Inácio localizados no Município de Lençóis Ba, na Serra da Larguinha localizada no Município de Palmeiras Ba; (ii) Em campo, foram realizadas seções perpendiculares ao acamamento: medição de seção e descrição detalhada de litofácies em escala de 1:40; (iii) Construção de fotomosaicos a partir de fotografias do afloramento;

14 13 (iv) Os afloramentos foram trabalhados com auxilio interpretativo de fotomosaicos; (v) No fotomosaico foram plotados as principais superfícies limitantes dos litossomas interpretados em campo; (vi) Definição dos elementos arquiteturais, a partir das associações de fácies; (vii) Delineamento, de forma preliminar, da geometria externa dos elementos arquiteturais, eventualmente identificando estruturas sedimentares internas. 2 - Pesquisa bibliográfica de set/2010 ate jan/ Campanhas de campo, realizadas no Morro da Torre no Município de Barra da Estiva- Bahia (foto 01), no período 15/jan a 16/fev 2011, onde: (i) Realizou-se levantamentos de seções geológicas em escala de 1:40; (ii) Identificou-se as fácies, estabelecendo suas associações; (iii) Definiu-se os padrões de empilhamento em afloramentos; (iv) Interpretou-se os elementos arquiteturais e superfícies limitantes; (v) Identificou-se as superfícies estratigráficas e dos tratos de sistemas. (vi) Delineou-se e hierarquizou-se as superfícies limitantes dos litossomas. (vii) Definiu-se o arcabouço conforme conceitos da Estratigrafia de Sequências. No trabalho de campo foram utilizados equipamentos como: GPS (Sistema de Posicionamento Geográfico), trena de carpinteiro para medir as camadas, bússola, escalas, martelo, caderneta de campo, fichas descritivas de campo para os perfis estratigráficos, máquina fotográfica e lupa. Foto 01 Vista geral do Morro da Torre- Barra da Estiva- Bahia.

15 14 4 Trabalhos de escritório no período de 20/fev a 20 jun Esta etapa foi caracterizada pelo tratamento dos dados obtidos em campo, a confecção dos perfis litológicos e a redação desta monografia. (i) Geração dos mapas de localização e geológico da área utilizando o pacote de programas do ARC GIS. 2.1 LOCALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO A área de estudo está inserida na região sul da Chapada Diamantina, que por sua vez está situada na porção central do Estado da Bahia. Os afloramentos estão localizados a oito quilômetros da Cidade de Barra da Estiva na direção SSE, as margens da BA-142 nas coordenadas geográficas (41º W / 13º S), (figura 01). Figura 01 Mapa de situação e localização (compilação dos mapas dos municípios e geológico). O acesso principal à área de estudo, a partir de Salvador, se dá através da BR-324 até o entroncamento da BR101 seguindo por esta até a cidade de Sapeaçú. Dali o acesso é feito pela BR-116 até o entroncamento com a BA- 026 passando pelas cidades de Nova Itarana,

16 15 Planaltino, Maracás e Contendas do Sincorá seguindo até o entroncamento da BA-142 passa pelas cidades de Tanhaçu, Ituaçu e finalmente chega em Barra da Estiva (figura 02). Figura 02 Mapa de acesso partindo de Salvador para Barra da Estiva (DNIT/Mapa Rodoviário da Bahia, 2002). 3 CONTEXTO GEOLÓGICO ESTRATIGRÁFICO A área de estudo está situada a 8 Km no sentido SSE da cidade de Barra da Estiva às margens da BA-142, em afloramentos no corte de estrada e no Morro da Torre, partes constituintes da sinclinal de Ituaçu. As Formações Guiné e Tombador presentes nestes afloramentos fazem parte dos respectivos Grupos Paraguaçu e Chapada Diamantina, que por sua vez estão inseridos no Super-Grupo Espinhaço, uma megasequência sedimentar depositada durante a trafogênese Estateriana inserida no Cráton do São Francisco. Estas compartimentações citadas acima serão brevemente descritas no decorrer deste Capítulo O CRATON DO SÃO FRANCISCO O Cráton do São Francisco compõe parte do Escudo Atlântico, localizado na porção centro-leste da Plataforma Sul-Americana (figura 03). O embasamento do Cráton São Francisco é constituído por um complexo arranjo de terrenos metamórficos de alto grau (gnaisses migmatíticos, granitóides e granulitos) de idade arqueana, associações do tipo granito greenstone e cinturões de rochas supracrustais paleoproterozóicas, assim como rochas

17 16 plutônicas com grande variedade composicional, expostas no extremo sul do cráton (Cinturão Mineiro) e na porção nordeste, no estado da Bahia (TEIXEIRA et al, 2000). O Cráton é truncado por um rift abortado, orientado segundo NS, no qual se depositaram os protólitos dos Supergrupos Espinhaço (Mesoproterozóico) e São Francisco (Neoproterozóico). A bacia na qual se acumularam as rochas siliciclásticas do Supergrupo Espinhaço originou-se por volta de 1,7 Ga (BARBOSA & SABATÉ, 2003). Na área de estudo afloram as seguintes seqüências deposicionais: Formações Mangabeira e Guiné pertencentes ao Grupo Paraguaçu, Formações Tombador e Caboclo do Grupo Chapada Diamantina. Figura 03: Cráton do São Francisco com seus compartimentos tectônicos, faixas orogênicas brasilianas e principais unidades geológicas. Adaptado de Alkmim et al, 1993.

18 O SUPERGRUPO ESPINHAÇO O Supergrupo Espinhaço compreende metassedimentos de baixo grau metamórfico formados por seqüências clásticas, principalmente arenitos associados à psefitos e pelitos, além de rochas carbonáticas e vulcânicas (PFLUG E.R,1968). A evolução estratigráfica do Supergrupo Espinhaço remonta a Tafrogênese Estateriana, ao redor de 1.75Ga (DUSSIN & DUSSIN 1995), com desenvolvimento bacinal ao longo do Meso e talvez do Neoproterozóico (SCHOBBENHAUS 1993). Os depósitos metavulcanosedimentares e sedimentares paleo-mesoproterozóicos do Supergrupo Espinhaço possuem espessura na ordem de metros, estão armazenados em duas bacias intracratônicas, superpostas e diacrônicas, evoluídas entre o Estateriano e o Calimiano: uma, do tipo rifte-sag, designada Bacia Espinhaço Oriental, e outra do tipo sinéclise, denominada Bacia Chapada Diamantina (GUIMARÃES, 2008). De acordo com o autor anterior a Bacia Espinhaço Oriental evoluiu segundo três fases tectônicas, pré-rifte, sinrifte e pós-rifte. A fase pré-rifte, representada pela Formação Serra da Gameleira, é composta de depósitos eólicos relacionados a uma seqüência deposicional acumulada num espaço bacinal raso, derivado de flexura litosférica. A fase sinrifte compreende duas etapas tectônicas: a primeira é designada por rochas vulcânicas/subvulcânicas ácidas e vulcanoclásticas, pertencentes à Formação Novo Horizonte e a segunda etapa é constituída por depósitos lacustres, de leques aluviais, flúvio-deltaicos e eólicos, relacionados às formações Lagoa de Dentro e Ouricuri do Ouro. Essas três Formações compõem o Grupo Rio dos Remédios. A evolução estratigráfica nessa fase sin-rifte foi inteiramente controlada por processos de subsidência mecânica, que permitem subdividir as suas unidades em tectonosseqüências, acumuladas durante episódios tectônicos específicos da bacia e limitadas por discordâncias regionais. A fase pós-rifte (sag) compreende depósitos de duas bacias sedimentares ensiálicas, superpostas e diacrônicas, repositórias do Supergrupo Espinhaço: uma, do tipo rifte-sag, de idade Estateriana Bacia Espinhaço Oriental, e outra, do tipo sinéclise, atribuída ao Calimiano (Mesoproterozoico), que de acordo com a síntese do arcabouço cronoestrátigrafico e coluna estratigráfica estão posicionadas entre 1,6 e 1,5Ga Bacia Chapada Diamantina (GUIMARÃES et al., 2008). A Sinéclise Chapada Diamantina corresponde a uma depressão ampla e rasa instalada sobre as unidades do rifte-sag Espinhaço Oriental e do embasamento, preenchida com

19 18 depósitos do Supergrupo Espinhaço. Tem uma área preservada aproximada de km2, localizada na região central do estado da Bahia e uma geometria triangular aberta para norte (LOUREIRO, et al., 2009). Segundo Guimarães (2008), a Bacia Chapada Diamantina, que armazena uma sedimentação continental e marinha rasa do tipo QPC (quartzito, pelito, carbonato), foi gerada por processos de subsidência flexural derivada de eventos relacionados a alterações nas condições físicas da crosta. Os depósitos oriundos desse embaciamento correspondem às formações Tombador e Caboclo, do Grupo Chapada Diamantina Grupo Paraguaçu O Grupo Paraguaçu é caracterizado por sedimentação pós-rift ou rift-sag de preenchimento da bacia (PEDREIRA, 1994; GUIMARÃES, 2008). Este Grupo representado pelas Formações Mangabeira (Schobbenhaus & Kaul, 1971 apud Guimarães et al, 2005) e Guiné (Inda & Barbosa, 1978 apud Guimarães et al, 2005) é datado entre 1,6 e 1,7 Ga, tendo espessura de aproximadamente 920 metros. A Formação Mangabeira possui na base arenitos finos a médios e níveis de arenitos conglomeráticos, e seu topo consiste de arenitos finos a médios, bimodais, intercalados a camadas decimétricas de argilitos. É interpretado como depositado em um paleoambiente fluvial e eólico (PEDREIRA, 1994). A Formação Guiné é composta por sedimentos de coloração vermelha, cinza e lilás na base, com laminação plana paralela. No topo, gradativamente surgem corpos arenosos de granulação média com matriz argilosa contendo estratificação cruzada acanalada, tabular e marcas onduladas. É interpretada como tendo sido depositada em ambiente transicional e marinho (PEDREIRA, 1994; GUIMARÃES et al, 2005) Formação Guiné Essa Formação foi depositada na fase pós-rifte da Bacia do Espinhaço Oriental e é representante da transgressão marinha sobre os depósitos continentais da Formação Mangabeira que repousam abaixo dela. Na maior parte da sua área de afloramento, a base da Formação Guiné está em contato com a Formação Mangabeira e o topo passa gradativamente à Formação Tombador. Sua espessura medida na secção-tipo é de 160m, diminuindo até desaparecer por afinamento. A sedimentação da base da Formação é predominantemente

20 19 pelítica, com um aumento acentuando de areia para o topo e as medidas de paleocorrentes indicam um fluxo de corrente no sentido ENE (PEDREIRA, 1994), figura 04. Figura 04: Coluna estratigráfica da Formação Guiné. (PEDREIRA 1994) A Formação Guiné, objeto de estudo desse trabalho, também é denominada por outros autores como Formação Açuruá. Porém, é necessário ressaltar que algumas formações possuem características singulares, que são dependentes dos ambientes deposicionais envolvidos no processo de sedimentação e da região, onde estão depositados os sedimentos dentro da sua bacia. Dessa forma, o nome da Formação Guiné foi adotado nesse trabalho devido a sua proximidade da localidade de Guiné, uma vez que a localidade de Açuruá fica muito distante da área de estudo (esta situada dentro ou próximo do Município de Xique-Xique / Ba). Além de haver uma primeira citação sobre esta unidade, que foi descrita por Montes (1977), onde detalhou a seção tipo, espessura e litologias. E de acordo com Código de Nomenclatura Estratigráfica o primeiro registro de uma Unidade prevalece sobre os seguintes.

21 20 A Formação Guiné na área de estudo é caracterizada pela presença de fácies típicas de sistemas aquosos de baixa energia coerentes com os ambientes estuarinos, onde podem ser observadas as alternâncias entre lâminas milimétricas a centimétricas de argila-silte / areia fina de coloração rósea a lilás. Estas lâminas são contínuas, cíclicas e dispostas de forma plano-paralela, com evidências de fendas de ressecamento (foto 02), pequenos corpos arenosiltosos com geometria sigmoidal, estratificação plano-paralela e cruzada de baixo ângulo, marcas onduladas e bandas de maré. Foto 02: Afloramento na Formação Guiné as margens da BA-142, no sopé do Morro da Torre apresentando estruturas fendas de ressecamento Grupo Chapada Diamantina Segundo Guimarães et al (2005) o Grupo Chapada Diamantina compreende as sequências deposicionais da Formação Tombador e Formação Caboclo datado entre 1,6 e 1,5 Ga. A Formação Tombador é essencialmente constituída por arenitos intercalados com fácies argilosas, por conglomerados sustentados por matriz e seixos. Estima-se que sua deposição teria ocorrido em ambientes continentais (leque aluvial, fluvial e eólico) e transicionais marcando períodos transgressivos (SAVINI & RAJA GABAGLIA, 1997). E de acordo com Pedreira (1994) a Formação Tombador possui paleocorrentes predominantes para NW e SW.

22 21 Por toda a sua área de ocorrência, a Formação Tombador, principalmente na região entre Lençóis e Mucugê, apresenta níveis conglomeráticos diamantíferos. A Formação Caboclo é constituida por arenitos finos a médios, bem selecionados, conglomerados com estratificações tabulares e por pelitos intercalados. Seu paleoambiente é interpretado como ambiente marinho (GUIMARÃES et al, 2005). A figura 05 ilustra a coluna estratigráfica da bacia da Chapada Diamantina mostrando o Supergrupo Espinhaço, as idades, os tipos de contatos e a descrição das unidades representativas, assim como as coberturas Cenozóicas. Figura 05: Coluna estratigráfica simplificada da Bacia Espinhço São Francisco, modificada de (GUIMARÃES, 2008).

23 Formação Tombador A Formação Tombador marca o inicio do preenchimento da sinéclise da Chapada Diamantina (Guimarães et. al., 2005) Sua sedimentação é formada inicialmente por arenitos alternados com finas camadas de ritimitos (intercalação de areia fina e silte com no máximo 1 m de espessura) no seu domínio basal. Seu domínio superior é marcado pela predominância de conglomerados com arenitos e pelitos subordinados, sua espessura é de aproximadamente 220 m e as paleocorrentes observadas nesta Formação apontam predominantemente para SW, figura 06 (PEDREIRA, 1994). Figura 06 Coluna estratigráfica da Formação Tombador. (PEDREIRA, 1994)

24 SINCLINAL DE ITUAÇU A Sinclinal de Ituaçu é uma das estruturas dominantes do extremo sudoeste da Chapada Diamantina, ela é uma sinforme aberta, com comprimento de onda de, aproximadamente, 50 km e traço axial orientado segundo NNW-SSE. Dela participam as rochas do embasamento Arqueano/Paleoproterozóico, do Complexo Lagoa Real e as rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço Paleoproterozóico/Mesoproterozóico (Cruz & Alkmim, 2007), onde estão inseridas as Formações Guiné e Tombador, objetivos desta pesquisa. 3.4 AS SUPERFÍCIES ESTRATIGRÁFICAS As superfícies que possuem significado mais relevante na estratigrafia de sequências são aquelas que, ao menos em parte, delimitam tratos de sistemas e sequências deposicionais (CATUNEANU, 2006). Para esse autor existem quatro principais eventos associados com padrões deposicionais, que são resultado da ação conjunta da sedimentação e variações do nível de base na linha de costa: início da regressão forçada, final da regressão forçada, final da regressão e final da transgressão. Estes eventos são registrados durante um ciclo completo de variação do nível de base, figura 07. Figura 07: Curva de variação do nível de base com posicionamento dos 4 eventos definidos, também mostrando as superfícies estratigráficas reconhecidas (CATUNEANU, 2006).

25 24 Início da regressão forçada: Refere-se ao início da queda do nível de base na linha de costa, é acompanhada da mudança de sedimentação para erosão ou bypass nos ambientes fluvial e marinho raso. Final da regressão forçada: Refere-se ao final da queda do nível de base na linha de costa, marca a mudança de degradação para agradação nos ambientes fluviais e marinho raso. Final da regressão: Ocorre durante subida do nível de base na linha de costa, marcando o ponto de mudança de padrão de sedimentação, de regressão da linha de costa para transgressão. Final da transgressão: Ocorre durante a subida do nível de base na linha de costa marcando a mudança da direção da variação da linha de costa, de transgressão para regressão. Esses quatro eventos controlam a formação de todas as superfícies estratigráficas e geram sete superfícies, que servem de critério para a delimitação de tratos de sistemas. Tais superfícies são: a) Discordância subaérea b) Concordância correlativa c) Superfície basal de regressão forçada d) Superfície regressiva de erosão marinha e) Superfície de regressão máxima f) Superfície de ravinamento por onda e por maré g) Superfície de inundação máxima Porém, como o objetivo desse estudo não é efetuar uma revisão bibliográfica detalhada da estratigrafia de sequências, foi definido discutir apenas as superfícies estratigráficas encontradas na área de estudo, que foram delimitadas de acordo com padrão organizacional dos seus elementos arquiteturais, os quais foram analisados após a construção da coluna estratigráfica das Formações Guiné e Tombador. Segundo Catuneanu (2006) os elementos arquiteturais correspondem à uma delimitação de uma subdivisão morfológica de um sistema deposicional caracterizado por uma assembleia distinta de fácies disposta em geometria característica e pelos processos deposicionais inferidos, que adquirem conotação genética. Além disso, esses sedimentos foram depositados na Era Paleoproterozóica, num estágio que não existia a presença de organismos vivos e estão posicionados numa região estuarina de acordo com a figura 08.

26 25 Figura 08:Posicionamento dos elementos arquiteturais dentro de um estuário de Idade Paleoproterozóica. (CATUNEANU, 2006). Esses elementos arquiteturais foram reconhecidos nos afloramentos e posicionados na coluna estratigráfica e de acordo com a sua associação, foram feitas várias interpretações, como por exemplo: Canal sobre Laminado Demonstrando uma sobreposição do elemento mais proximal (canal), sobre o elemento mais distal (laminados), evidenciando dessa forma uma erosão do elemento arquitetural barra; Laminado sobre Barra Transgressão / Retrogradação, que pode ser interpretada como uma SRM (Superfície de Regressão Máxima); Barra sobre Laminado Regressão / Progradação, que pode ser interpretado como uma DS (Discordância Subaérea) Discordância Subaérea Uma discordância é definida por Wagoner et al. (1987) como uma superfície que separa estratos mais novos de mais antigos, ao longo da qual existem evidências de truncamento erosivo subaéreo (até mesmo erosão submarina correlata) ou exposição subaérea, indicando um hiato significativo. Entretanto, Sloss et al. (1949) já haviam enfatizado a importância da discordância subaérea como uma superfície de limite de sequência.

27 26 Uma definição mais completa diz: A discordância que se forma em condições de exposição subaérea como resultado de erosão fluvial ou bypass, pedogênese, degradação eólica ou dissolução e carstificação. Corresponde aos grandes hiatos do registro estratigráfico separando estratos que não são geneticamente relacionados e marcando mudanças abruptas de fácies bacia adentro (figura 09). Nos modelos convencionais da estratigrafia de sequências a discordância subaérea é criada durante uma queda do nível de base. A discordância gradualmente se estende bacia adentro durante a regressão forçada da linha de costa chegando a sua máxima extensão no final da regressão forçada (CATUNEANU, 2006). Figura 09: Perfil demonstrando a discordância subaérea, abaixo a discordância subaérea (linha vermelha) em uma seção sísmica numa orientação Dip. (TSMB=Trato de Sistemas de Mar Baixo; TSEQ=Trato de Sistemas de Estágio de Queda; RN=Regressão Normal; RF=Reg ressão Forçada),(CATUNEANU, 2006) Superfície de Regressão Máxima A superfície regressiva máxima (Catuneanu 1996; Helland-Hansen & Martinsen, 1996) é definida como a superfície que marca o final da regressão normal do trato de mar baixo. Com a consequente subida do nível de base, depósitos transgressivos serão

28 27 depositados. Portanto, esta superfície separa estratos progradantes, em baixo, de estratos retrogradantes, em cima (figura 10). O fim do evento de regressão normal da linha de costa no final do trato de mar baixo marca uma mudança nos regimes de sedimentação, como o reflexo no balanço entre aporte sedimentar e energia do ambiente, em todos os sistemas deposicionais afetados pela variação da linha de costa (CATUNEANU, 2006). Figura 10: Superfície Regressiva Máxima (linha vermelha) numa orientação DIP. (RN=Regressão Normal; RF=Regressão Forçada) (CATUNEANU, 2006). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO O estudo realizado nas Formações Guiné e Tombador tiveram como marco zero as coordenadas UTM ( / ) e elevação de ( m). Esse ponto esta na base da Formação Guiné localizada em afloramento tipo corte de estrada, as margens da BA-142 distando cerca de 8 km da Cidade de Barra da Estiva, no sentido de Ituaçu. Na base da Formação Guiné foram encontrados interlaminados milimétricos contínuos, cíclicos e dispostos de forma plano-paralela, compostas por silte, areia muito fina e

29 28 argila, de coloração rósea a lilás (foto 03). Esses sedimentos são característicos de ambiente aquoso de baixa energia como lagoas, bacias rasas e amplas ou regiões marinhas protegidas das correntes. Foto 03: Vista parcial da base da Formação Guiné as margens da rodovia BA-142, Barra da Estiva - Bahia. No marco zero foram feitas medidas de paleocorrentes que oscilaram entre (N25 o a N70 o ) e S 0 variando de N60 a N90 com mergulho de 5 a 15º para SE, com valor médio de (N75/10º SE). Além disso, foram encontradas estruturas do tipo marca de carga, lentes de areia, pequenas estratificações plano-paralelas, que ocasionalmente aparecem parcialmente erodidas e estratificações cruzadas do tipo tabular rotacionadas evidenciando uma exposição subaérea (fotos 04 e 05). Este padrão de empilhamento foi mantido até atingir a cota de 1198,4m, onde estavam inseridos pequenos intervalos entre os afloramentos formando um pacote de 54,4m de espessura.

30 29 Fotos 04 e 05: Em sequência exposição da estratificação plano-paralela parcialmente erodida (a), e estratificação cruzada tipo tabular rotacionadas (b). Na base da Formação Guiné em afloramento as margens da rodovia BA-142, Barra da Estiva Bahia. A partir deste ponto houve uma acreção de lama no sistema deposicional (foto 06), mas as estruturas anteriores foram mantidas até a cota de 1212,5m formando outro pacote sedimentar com 14,1m de espessura. Foi observado outro intervalo entre os afloramentos de 9,1m e ao iniciar outra exposição houve uma redução brusca de lama com deposição de areia com granulometria variando de fina a média (foto 07), formando estratificações planar e cruzadas de pequeno porte na base, fechando outro pacote com 2,4m. No inicio desse afloramento foram observadas estratificações plano-paralelas no topo, seguido por marcas de ondas e, na base, estratificações cruzadas tabular de médio porte com lama entre os sets (foto 08). Isso ocorre porque o nível de energia do sistema vai decrescendo da base para o topo, ou seja, na fase de maior energia deposita as estruturas maiores com maior tamanho dos grãos e neste caso a estratificação cruzada tabular é relevante na caracterização do ambiente sedimentar, sendo denominada de banda de maré (tidal bundles). Quando esta energia vai reduzindo formam-se as marcas onduladas e finalmente no ultimo nível as camadas sub-horizontais com uma deposição mais calma e material mais fino. Em seguida ocorre um novo intervalo de 13m e tem inicio a outro pacote sedimentar com 60,6m de espessura, onde a presença de lama continuou reduzida e o tamanho dos grãos aumentou, chegando ao nível de grânulos em arenitos laminados e sub-horizontais. A paleocorrente medida neste ponto foi de N24 0, com S 0 medindo N60/4 0 SE.

31 30 Fotos 06 e 07: Em sequência início do acrescimo de lama (C) e tamanho dos grãos (D), no afloramento da Formação Guiné, as margens da rodovia BA-142, nas proximidades de Barra da Estiva Bahia. Foto 08: Parte superior estratificações plano paralela seguida de marcas de onda e logo abaixo a estratificação cruzada tabular, com os devidos destaques ao lado. Afloramento da Formação Guiné, na base do Morro da Torre, nas proximidades de Barra da Estiva Bahia.

32 31 Nessa etapa do afloramento aparecem as estratificações acanaladas, canais de maré intercalados com níveis de siltito, estratificações cruzadas tangenciais, lóbulos sigmoidais, camadas de arenito maciço e arenitos com lentes de areia muito grossa (foto 09). Foto 09: Exposição dos lobulos sigmoidais com representação (E). Canal de maré com destaque do truncamento das camadas na parte superior da fotografia (F). Exposição do bloco de arenito maciço em destaque amarelo (G). Lente de areia muito grossa em arenito destacado em branco (H). Localizados no Morro da Torre nas proximidades de Barra da Estiva- Bahia A partir desse ponto aparece o maior intervalo entre os afloramentos, são 95m de distancia em um patamar localizado na zona intermediária do Morro da Torre, onde existe uma quebra na geomorfologia do morro e possui uma camada significativa de colúvio, que impede qualquer observação dos afloramentos (foto 10). Essa é a região mais provável do contato entre as Formações Guiné e Tombador, como a deposição dessas formações possui um intervalo de milhões de anos, nesse local deve estar presente o contato discordante, objeto de questionamento deste trabalho. Nessa suposta região do contato, foram feitas tentativas no intuito de encontrar alguma exposição das litofácies que indicassem o contato entre as formações, porém, não houve sucesso, pois o depósito de tálus recobre toda a área. Com a continuidade dos trabalhos no próximo pacote sedimentar de 2,8m posicionado na cota de m, com coordenadas UTM de / L +-3m, onde, foram

33 32 observadas estratificações cruzadas tabulares de médio porte com paleocorrentes com direção N290 0, que estaria em direção oposta das paleocorrentes da Formação Guiné. Também foram encontrados nesse afloramento vários blocos de arenito grosso, com barras maciças e no topo aparece arenito fino a médio com laminações sub-horizontais. Foto 10: Zona intermediária do Morro da Torre coberta por colúvio e provável local do contato entre as Formações Guiné e Tombador. Nas proximidades de Barra da Estiva-Bahia. Em seguida vem outro intervalo de 6m e no afloramento seguinte aparece uma exposição bastante conservada e de ótima qualidade das bandas de maré, onde são visíveis as sucessões rítmicas de arenito e argila (foto 11), marcando o retorno dos interlaminados de areia muito fina, silte e argila, com espessura de 1,2m. A partir deste ponto tem inicio da deposição de barras de areia grossa intercaladas com filmes de argila e no topo desse pacote foi observado um canal preenchido com areia muito grossa a grossa truncado por siltito na base. As paleocorrentes medidas nessa seção até o topo do Morro da Torre deram valores que variaram de N255 0 a N325 0 confirmando a medida do afloramento anterior. As estruturas encontradas permaneceram com o mesmo padrão, ou seja, barras de arenito grosso com laminações sub-horizontais ou estratificações cruzadas acanaladas de pequeno a médio porte

34 33 (foto 12), com laminas de argila entre as barras, estratificações cruzadas tabular e canais com laminas de argila na base. Estes pacotes se mesclavam a intervalos de zonas fraturadas, falhadas e solos formando vários ciclos deposicionais que foram empilhados até o topo do Morro da Torre na cota de m e coordenadas UTM de / L +-3m. Foto 11: Exposição da estratificação tabular (barras de maré) na Formação Tombador localizada no Morro da Torre nas imediações de Barra da Estiva-Ba. De acordo com estes dados foi possível construir o perfil estratigráfico das Formações Guiné e Tombador e, ao efetuar a análise, tornou-se fácil a caracterização dos elementos arquiteturais, como por exemplo, a planície de maré na base da Formação Guiné seguido por barras e canais de maré, da zona intermediária até o topo desta Formação e seu ambiente deposicional classificado como estuarino. A Formação Tombador possui características cíclicas bem definidas, onde foram observados os elementos arquiteturais constituídos por barras e canais de maré, definindo o ambiente deposicional como estuarino e confirmando uma fácies atípica para esta Formação fugindo da caracterização clássica de ambiente deposicional tipicamente continental (eólico e fluvial). As superfícies estratigráficas reconhecidas nesse perfil foram a Superfície Regressiva

35 34 Máxima (SRM), que segundo Catuneanu, (1996), é definida como a superfície que marca o final da regressão normal do trato de mar baixo, ou seja, na região das barras de maré, logo após o ultimo bloco de arenito vem um bloco de material argiloso, indicando que a partir de da ultima deposição de arenito o nível de base subiu começando a depositar um material mais fino num sistema com menor energia. Foto 12: Estratificação cruzada acanalada localizada no Morro da Torre nas proximidades de Barra da Estiva-Ba. A Superfície de Discordância subaérea é definida por Catuneanu (1996), como a superfície que corresponde aos grandes hiatos do registro estratigráfico separando estratos que não são geneticamente relacionados e marcando mudanças abruptas de fácies bacia adentro. Essa superfície é reconhecida por apresentar uma mudança brusca de litologia, ou seja, no perfil estratigráfico (item 4.1), na cota de 1248,1 m encontra-se um nível lamoso seguido por um nível de arenito de médio a grosso com grânulos na base caracterizando, portanto, uma discordância erosiva neste contato.

36 LAMINADO BARRAS BARRAS ESTUARINO GUINÉ ESTUARINO GUINÉ ESTUARINO TOMBADOR BANDAS DE MARÉ ESTUARINO TOMBADOR 4.1 PERFIL ESTRATIGRAFICO 35 Afloramento Morro da Torre Rodovia BA-142 Barra da Estiva - Ba Formções Guiné / Tombador Supergrupo Espinhaço Chapada Diamantina Acácio José Silva Araújo Dezembro 2010 à março 2011 Escala 1:40 Espessura SX GR MG G M F MF S A (m +-3) 1565 Coord final - UTM / L +- 3m Altitude m ELEMENTOS ARQUITETURAIS SISTEMA DEPOSICIONAL FORMAÇÃO TOPO DO TOMBADOR canal DS SRM 1409 BASE DO TOMBADOR 1407 GAP TOMBADOR GUINÉ TOMBADOR GUINÉ canal DS TOPO DO GUINÉ X X X X X X X X X X X X X X SRM BASE DO GUINÉ 1144 Coord inicial - UTM / L +- 3m LEGENDA: Estratificação cruzada tabular Marca de onda Estratificação cruzada tangencial Canal Estratificação cruzada acanalada Bloco Maciço M Estratificação sub-horizontal Níveis de granulos Discordância Subaérea Superfície Regressiva Máxima DSA SRM Veio de quartzo XXXXXXXXX

37 36 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir deste estudo pode-se concluir que a estratigrafia de sequências de alta resolução constitui uma ferramenta muito satisfatória para proposição do arcabouço estratigráfico uma vez que fornece elementos para o entendimento dos processos deposicionais atuantes bem como de suas variáveis controladoras. O nome da Formação Guiné foi adotado nesse trabalho em respeito ao Código de Nomenclatura Estratigráfica devido à nomenclatura definida e reconhecida no primeiro trabalho publicado referente a tal assunto (MONTES, 1977). Essa formação possui características marcantes como planície de maré localizada na base além de barras e canais de maré a partir da fase intermediaria até o topo; seu ambiente deposicional é tipicamente estuarino numa bacia rasa, calma e extensa. A Formação Tombador apresenta um ambiente deposicional estuarino fugindo do seu caráter habitual de continental (ambientes fluvial e eólico). Nesta formação foram observados sequencias deposicionais constituídas por vários ciclos, onde os elementos arquiteturais encontrados por todo afloramento foram as barras e canais de maré. Não foi possível determinar o contato entre as Formações Guiné e Tombador, pois este local encontra-se encoberto por um manto de intemperismo, mas essas formações se tornaram distintas devido às medidas de paleocorrente estarem em direções opostas, esse fato esta de acordo com a abordagem de Pedreira (1994). As superfícies estratigráficas reconhecidas através da analise do perfil foram a discordância subaérea e a superfície regressiva máxima, inseridas num trato de sistema regressivo. De acordo com as hierarquias dos eventos estratigráficos em diferentes ordens verificou-se uma sequencia de 3ª ordem envolvendo as Formações Guiné e Tombador tendo como discordância erosiva o contato entre as formações. Na sequencia deposicional de 4ª ordem foram encontrados vários ciclos que estão bem visíveis no perfil posicionados na Formação Tombador, onde as discordâncias encontram-se entre o elemento arquitetural canal e as barras de maré. Conclui-se que existe a necessidade de estudos mais detalhados em relação à Formação Guiné no intuito de subdividi-la, pois esta apresenta características bem definidas na base de todos os afloramentos visitados. E essa sequencia deposicional foi formada num período de calma tectônica com baixa energia e numa bacia rasa e extensa. Contradizendo,

38 37 portanto, o resto dessa formação que assume características singulares da fase intermediaria até o topo indicando uma mudança de energia no sistema durante a sua deposição.

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