Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Departamento de Geografia. FLG Geomorfologia II
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- Valdomiro Chagas Amaral
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1 Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Geografia FLG Geomorfologia II Profa. Dra. Bianca Carvalho Vieira Felipe André Dias Thiago Joca dos Santos Relatório de Campo Jacareí, São José dos Campos e Taubaté Comentado [A1]: NOTAS: INTRODUÇÃO: 1,0 DESENVOLVIMENTO: 7,0 CONSIDERAÇOES E BIBLIOGRAFIA: 0,5 FIGURAS E MAPAS: 0,5 NOTA FINAL: 9,0 O texto está bem escrito e elaborado. Com uma estrutura boa do trabalho. Apresenta-se bastante fluido, importante para o melhor entendimento. São Paulo/SP Junho/2016 1
2 Sumário Índice de Figuras... ii Introdução... 1 Parada 1 - O Vale do Parateí... 1 Parada 2 São José dos Campos... 5 Parada 3 Mineração Santa Fé... 7 Conclusão i
3 Índice de Figuras Figura 1 - Exemplo de Estratificação Cruzada... 2 Figura 2 - Perfil Esquemático da Região Elaborado pelo Profº Fernando Nadal Junqueira Vilella Figura 3 - Foto Panorâmica do Horst onde se encontra o Platô de Santa Isabel Figura 4 - Formação e Acúmulo de Esmectita Figura 5 - Carapaça Laterítica... 5 Figura 6 - Perfil de Solo da Formação Pindamonhangaba... 6 Figura 7 - Linha de Seixos no Perfil de Solo da Formação Pindamonhangaba Figura 8 - Argila Extraída pela Mineradora Santa Fé... 8 Figura 9 - Folhelhos Associados a Deposição de Argila em Lagos na Formação Tremembé... 9 Figura 10 - Fóssil Preservado de Pequeno Peixe no Folhelho da Formação Tremembé... 9 Figura 11 - Planície do Rio Paraíba do Sul ii
4 Introdução Segundo Ross e Moroz (1997), a área estudada está inserida na Morfoestrutura do Planalto Atlântico, onde há predomínio de rochas magmáticas intrusivas (Granitos) e rochas metamórficas (Migmatitos), com alto metamorfismo. Ross e Moroz (1997) ainda afirmami dizer que esta área pertence à Morfoescultura do Planalto Atlântico, que for ter altos índices de fraturas e falhamentos, houve processos de subsidência, formando Grabens e soerguimentos, formando Horst. Os Grabens, por sua vez, possibilitaram o surgimento de Bacias Sedimentares Cenozóicas, formando as diversas formações Formações e grupos Grupos litosféricos da região estudada, como o Grupo Taubaté e a Formação Rezende. Assim sendo, nessa fossa tectônica, formada a partir das falhas e fraturas geológica e Horsts e Grabens, é onde está inserido o Grabem GrabeN do Rio Paraíba do Sul, limitado pela Serra do Mar e pela Serra da Mantiqueira, sendo ele uma grande bacia sedimentar. Comentado [A2]: Não tem nas referencias Comentado [A3]:????????????????? Comentado [A4]: Poderiam ter falado mais sobre os objetivos do trabalho de campo... Parada 1 - O Vale do Parateí Na primeira parada, que no sistema de coordenadas UTM que tinha como coordenada X: 389,900km e coordenada Y: 7423,900km, foi possível visualizar o contato do Emigrabem do Parateí formando uma planície bacia sedimentar, limitada pelo Platô de Santa Isabel e por um Planalto Sedimentar, com diferenças regionais muito importantes, formando estruturas a partir de tectonismo e pela ação paleoclima. Há uma diferença básica no que se refere às litologias encontradas. No Platô de Santa Isabel encontram-se predominantemente rochas cristalinas, pertencentes ao horst, sendo assim, essa região onde se encontram as mais elevadas altitudes. A bacia sedimentar e o planalto sedimentar são formações geológicas que estão inseridas dentro do grabengrabem. Esses sedimentos que foram depositados no Terciário Superior, mais especificadamente, segundo o quadro estratigráfico de 1
5 Riccomini (2004), durante o paleógeno, formam, hoje, litologias sedimentares associadas à Formação Resende. Comentado [A5]: Não tem referencial no final do trabalho Pela estratigrafia é possível perceber que a litologia possui dois momentos de deposição. A primeira deposição está associada a um sistema de deposição deltaica de leques aluviais medianos a distais, provenientes de rios entrelaçados, formando assim uma estratificação cruzada, em ambientes semiáridos (Figura 1 e Figura 2). A segunda deposição que remete-se a períodos mais úmidos e com sedimentos mais finos. Figura 1 - Exemplo de Estratificação Cruzada. Foto: Felipe André Dias. 2
6 Figura 2 - Perfil Esquemático da Região Elaborado pelo Profº Fernando Nadal Junqueira Vilella. Foto: Felipe André Dias Comentado [A6]: A figura deve aparecer SEMPRE após a sua citação no texto e nunca antes Por haver essa divergência de litologias entre o Platô de Santa Isabel e o conjunto sedimentar, formado pela planície e o planalto, sendo essa mais suscetível a erosão do que aquela, há nitidamente, na paisagem, uma diferença de altitude, sendo o Platô de Santa Isabel mais alto do que o Planalto Sedimentar (Figura 2). Em foto tirada a partir do Planalto Sedimentar em direção ao Platô de Santa Isabel, fica notório essa diferença de altitude deste, para aquele (Figura 3). Figura 3 - Foto Panorâmica do Horst onde se encontra o Platô de Santa Isabel. Foto: Thiago Joca dos Santos. 3
7 Essa bacia sedimentar possui solos ricos em argilominerais, mais precisamente esmectitas. Essas vão ser lixiviadas pela ação da água superficial e subsupercifial, sendo acumulada em níveis mais baixos, formando argila (lama) verde (Figura 4). O material que sobra dessa lixiviação, mas precisamente ferro e alumínio são acumulados na parte superior do relevo, formando carapaças lateríticas (Figura 5). A formação dessas carapaças é similar à formação das lateritas. Figura 4 - Formação e Acúmulo de Esmectita. Foto: Felipe André Dias. 4
8 Figura 5 - Carapaça Laterítica. Foto: Felipe André Dias. Parada 2 São José dos Campos Nesta parada, cujas coordenadas UTM são X: 416,905km e Y: 7438,012km se pode observar um perfil (Figura 6), localizado na Formação Pindamonhangaba e estudado em tempos remotos pela Profa. Lílianpor Coltrinari (ano), onde os processos geoquímicos são associados com a evolução do relevo. Os processos geoquímicos acontecem, sobretudo, por causa da lixiviação das bases presentes no solo, por exemplo Ca+ e Mg+, e pelo confinamento de água causa do pela descontinuidade geológica, associada associado à Formação Pindamonhangaba. Essa água confinada lava as bases, transformando os minerais mais solúveis presentes no solo, que por sua vez ocasiona rebaixamento do relevo. Portanto, esse rebaixamento do relevo está associado aos processos geoquímicos, que podem ser verticais ou laterais, e as descontinuidades geológicas da Formação Pindamonhangaba. Ótimo! 5
9 A partir da carta topográfica da região é possível dizer que as altitudes deste ponto giram estão em torno dos 600m de altitude. Comparado com a parada anterior, onde as formações tinham em torno de 800m de altitude, percebe-se que esses processos geoquímicos são importantes para a denudação do relevo e sua evolução. Figura 6 - Perfil de Solo da Formação Pindamonhangaba Percebe-se também que neste perfil há uma Linha de Seixos (Figura 7), que evidencia que em épocas remotas nesta região já houve um canal fluvial, visto que esses seixos são de diversos tamanhos e subangulares. A partir da carta geológica da região e da explicação da Profa. Dra, Bianca Carvalho Vieira e do Prof. Dr. 6
10 Fernando Nadal Junqueira Vilella, é possível inferir que essa Linha de Seixos localizada na Formação Pindamonhangaba está associada à oscilação do nível freático no terciário superior e seu rebaixamento no quaternário. Figura 7 - Linha de Seixos no Perfil de Solo da Formação Pindamonhangaba. Foto: Thiago Joca dos Santos. Parada 3 Mineração Santa Fé Nesta última parada, cuja as coordenadas UTM são X: 444,732km e Y: 7461,981km, foi visitada a Mineração Santa Fé. Esta empresa tem como objetivo a extração de bentonita, que é uma espécie de argila, que são destinados para diversos fins, dentre eles a construção civil. Essa argila é extraída de uma mina a céu aberto, triturada, seca e ensacada a fim de ser levada para o mercado a (Figura 8). 7
11 Figura 8 - Argila Extraída pela Mineradora Santa Fé. Foto: Felipe André Dias. Observa-se que esta região, que é a planície fluvial do Rio Paraíba do Sul possui como base a argila esmectítica, onde a face distal foi coberta por sedimentos finos formados por margos, formado por Calcitas e Dolomitos. Como é uma área onde há muita argila, nesta área, na Formação Tremembé, a litologia é composta por argilitos e folhelhos provenientes da deposição da argila em lagos (Figura 9), onde esta litologia pode estar intercalada com arenitos ou conglomerados. Por ser regiões onde predominou o processo de deposição e sedimentação, comumente são encontrados fósseis preservados nas lâminas do folhelho (Figura 10). Esses fósseis variam de microorganismos até peixes ou animais aquáticos ou até mesmo de plantas. Embora em campo só foi encontrado um fóssil de um pequeno peixe, o Prof. Dr. Fernando Nadal Junqueira Vilella e a Profa. Dra. Bianca Carvalho Vieira chegaram a mencsionar que nesta rocha já foi encontrado preservado o fóssil de uma grande ave, ainda disseram que muitos outros animais de grande porte podem estar com seus fósseis preservados neste folhelho da Formação Tremembé do Grupo Taubaté. 8
12 Figura 9 - Folhelhos Associados a Deposição de Argila em Lagos na Formação Tremembé. Foto: Felipe André Dias Figura 10 - Fóssil Preservado de Pequeno Peixe no Folhelho da Formação Tremembé. Foto: Felipe André Dias. 9
13 Por fim, mais não menos importante, o trabalho da que o rio exerce sobre a superfície é fundamental para a morfologia da região. O trabalho do Rio Paraíba do Sul associado com osaos folhelhos provenientes da litologia da Formação Tremembé vai fazer com que os interflúvios sejam mais largos. Esse rio vai gerar uma vasta planície que vai ser finalizada no contato com a Serra da Mantiqueira, na Figura 11 é possível observar essa planície fluvial do Rio Paraíba do Sul, localizada no Grabem Graben do Vale do Paraíba do Sul e no horizonte é possível enxergar a Serra da Mantiqueira. O Rio Paraíba do Sul, por sua vez, por ser um rio meândrico, por conta da planície e dos folhelhos, vai gerar meandros abandonados, que na atualidade são utilizados como zonas para plantação, modificando todo o regime hídrico da região. Figura 11 - Planície do Rio Paraíba do Sul. Foto: Felipe André Dias. 10
14 Conclusão Comentado [A7]: Muito bom! Tendo em vista que neste trabalho de campo passamos por duas regiões de mineração, uma ativa e outra não, e por uma região onde hoje está um importante polo para a fabricação de automóveis no Brasil, é interessante observar que a geomorfologia unida com sua geologia está intimamente associada com os processos de desenvolvimento das atividades antrópicas. O eixo econômico São Paulo Rio de Janeiro que tem como conexão o Vale do Paraíba só se desenvolveu graças às atividades econômicas que a geomorfologia proporcionou. Por isso, estudar geomorfologia é essencial não somente para obter conhecimento sobre feições de relevo, mas para propiciar o desenvolvimento da sociedade. Pode-se ainda mencionar aqui que graças a uma geomorfologia propícia e que foi possível estabelecer essa conexão entre os dois maiores centros econômicos do país. É interessante observar como o desenvolvimento geológico e a geomorfologia estáão tão presentes em nossas vidas que passamos por eles, estamos inseridos como sociedade em cima deles, mas não nos damos conta que esses processos, tanto geológicos como geomorfológicos são cruciais para a sobrevivência do ser humano e o desenvolvimento da sociedade. Por fim, vale salientar que a atividade de campo é fundamental para o desenvolvimento profissional e intelectual do discente. Todos os trabalhos acadêmicos, mapas e croquis que foram ilustrados em sala de aula puderam ser observados in loco. Sendo assim, o curso deixa de ter uma realidade um tanto subjetiva e passa a ser mais empírico. 11
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