Fósseis e estratigrafia: conceitos e princípios da estratigrafia, litoestratigrafia, bioestratigrafia e cronoestratigrafia

Transcrição

1 Universidade Regional do Cariri URCA Centro de Ciências Biológicas Fósseis e estratigrafia: conceitos e princípios da estratigrafia, litoestratigrafia, bioestratigrafia e cronoestratigrafia Flaviana Lima

2 Tempo geológico O tempo geológico é muito longo e a Terra tem uma idade aproximada de 4.6 bilhões de anos Estes acontecimentos podem ser datados, contribuindo para a compreensão da história da Terra

3 Todo fóssil é o registro de uma espécie que existiu em determinado intervalo de tempo da história da Terra Cambriano

4 Os fósseis constituem uma importante ferramenta para diferenciar as rochas mais antigas das relativamente mais novas A escala de Tempo Geológico fundamenta-se nesse preceito

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6 Quase todos os fósseis são encontrados em rochas sedimentares os sedimentos depositam-se horizontalmente em estratos

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8 Estratigrafia Ramo da Geologia que utiliza dados paleontológicos para: determinar a idade relativa das rochas reconhecer a distribuição espacial das rochas é o estudo de rochas estratificadas, sua descrição, sua interpretação e suas relações mútuas

9 Sequência estratigráfica Sucessão de estratos de espessura variável Forma-se um novo estrato sempre que ocorre uma variação brusca: No tipo de sedimentos Uma pausa na sedimentação Alteração das condições abióticas do meio

10 Nicolau Steno ( ) lançou os primeiros importantes conceitos da Estratigrafia, como o Princípio da Superposição Em qualquer empilhamento de estratos não perturbados, a camada inferior é a mais antiga e as camadas sucessivamente mais altas são sucessivamente mais jovens

11 A Estratigrafia teve grande avanço com os trabalhos do inglês William Smith ( ) Verificou ao longo dos anos que vários estratos ocorrem numa ordem vertical definida Os estratos de um certo local puderam ser observados também em outros, sugerindo que eram originalmente contínuos

12 Princípios da Estratigrafia Princípio da sobreposição de estratos Princípio da continuidade lateral Princípio da identidade paleontológica Princípio da interseção Princípio da inclusão Permitem reconstituir a história geológica de um determinado afloramento

13 Princípio da sobreposição de estratos Cada estrato é mais recente que o estrato que está por baixo, e mais antigo que o que está por cima

14 Superfícies de descontinuidade Por vezes, ocorre erosão das camadas, ou não se chegam a criar condições para se depositar uma nova camada Por isso, ao comparar colunas diferentes, pode haver falta de estratos nas sequências descontinuidade

15 Discordância angular Quando após a erosão se depositam novas camadas num ângulo diferente

16 Discordância angular em Sagres praia de Telheiro

17 Princípio da continuidade lateral É possível estabelecer relação entre colunas afastadas se surgirem as mesmas sequencias sedimentares

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19 Princípio da identidade paleontológica As rochas têm a mesma idade que os fósseis que contêm Rochas com os mesmos fósseis têm a mesma idade

20 princípio da identidade paleontológica

21 princípio da identidade paleontológica

22 Princípio da intersecção A estrutura que intersecta é mais recente que as camadas intersectadas

23 Filões magmáticos, Ilha da Madeira

24 Princípio da inclusão Fragmentos de uma rocha incorporados noutra são mais antigos que a rocha que os engloba

25 Fósseis-guias Os fósseis mais adequados para correlações a longas distâncias são os fósseis-guias

26 Requisitos para ser fóssil-guia Grande distribuição geográfica (cosmopolita, isto é, global) Pequena amplitude vertical (ou seja, evoluído rapidamente ou experimentado rápida extinção) Devem ser facilmente identificáveis, abundantes e preferencialmente independentes do tipo de rocha

27 Muitos microfósseis, especialmente de organismos planctônicos, grãos de pólen e esporos, preenchem estes requisitos

28 São úteis nas correlações de subsuperfície porque as amostras de poços e de sondagens geralmente não permitem a obtenção de macrofósseis inteiros e em quantidades significativas

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30 Os estratos podem ser denominados de diversas maneiras, variando de acordo com os critérios de classificação Cronoestratigrafia, a Litoestratigrafia e a Bioestratigrafia

31 Litoestratigrafia Critérios de classificação se baseiam na litologia Estuda a natureza mineral das rochas que constituem uma formação geológica

32 A litoestratigrafia correlaciona mais diretamente tipos litológicos semelhantes, e os contextualiza no tempo

33 A unidade fundamental é a formação conjunto relativamente homogêneo de rochas de uma ou mais litofácies mapeáveis na superfície terrestre ou em subsuperfície, normalmente na escala 1:25.000

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35 Uma formação pode ser subdividida em membros, preferencialmente mapeáveis Um conjunto de formações geneticamente relacionadas corresponde a um grupo

36 Todas as unidades formais são denominadas pela categoria litoestratigráfica e por um nome preferencialmente geográfico

37 Bioestratigrafia Os critérios de classificação dos estratos são paleontológicos Interessa apenas a variação do conteúdo fossilífero na sucessão dos estratos que, em teoria, deve refletir a evolução das espécies

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39 As subdivisões fundamentais são as biozonas que podem ser subdivididas em subzonas ou agrupadas em superzonas Unidades são designadas de acordo com o nome de um ou dois fósseis característicos

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41 Os limites das biozonas podem ser definidos por distintos critérios paleontológicos: aparecimento ou desaparecimento de certos taxa intervalo de sua abundância máxima

42 Cronoestratigrafia e Geocronologia A Cronoestratigrafia classifica os estratos de acordo com a sua idade e a Geocronologia refere-se exclusivamente ao tempo, que é uma grandeza imaterial

43 Unidades São as rochas depositadas num determinado tempo geológico, ou a sedimentação correspondente a uma unidade do tempo geológico

44 Datação abosulta A datação absoluta tem como base a presença de elementos radioativos constituintes das rochas A idade das formações geológicas, ou de certos acontecimentos, é referida em valores numéricos, geralmente em milhões de anos (M.a.)

45 Datação abosulta O principal método para realizar datações absolutas é o radiométrico Cálculo do tempo envolvido no decaimento de uma certa quantidade de isótopos desde o momento de cristalização de um mineral ou da solidificação de uma rocha

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47 Datação relativa Apoia-se essencialmente na posição relativa das diversas formações rochosas e também na presença de determinados fósseis que possam ocorrer A cronoestratigrafia baseia-se na datação relativa dos fósseis

48 Corresponde ao estabelecimento da idade de uns estratos em relação a outros Para esta datação aplica-se um conjunto de vários princípios estratigráficos

49 Tabela do Tempo Geológico