Selene Peres Peres Nunes. Ribeirão Preto,28 de julho de 2016
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- Patrícia Pedroso de Paiva
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1 Nova Lei de Finanças Públicas Projeto de Lei de Qualidade Fiscal (análise do PLP 295/2016 na Câmara dos Deputados, aprovado no Senado como PLS 229/2009 ) Selene Peres Peres Nunes Ribeirão Preto,28 de julho de 2016
2 FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL Art. 163: prevê Lei Complementar de finanças públicas para fixar princípios norteadores LRF Art. 165, 9º: prevê Lei Complementar de finanças públicas para: - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA, LDO e LOA; - estabelecer normas de gestão financeira e Constituição Federal patrimonial da administração direta e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. - dispor sobre critérios para a execução equitativa se houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de RAP e limitação das programações de caráter obrigatório LQF LRF PPA LDO LOA Lei 4320/64 recepcionada pela CF até edição da LQF 2
3 2ª GERAÇÃO DE REGRAS FISCAIS Responsabilidade LRF + LQF e qualidade fiscal Regras do tipo não fazer (excessos de gastos e dívidas) Regras do tipo o que fazer e como (atingir objetivos com o menor custo) EQUILÍBRIO FISCAL QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO - Diretriz: blindar LRF, evitar conflitos e minimizar riscos. 3
4 O que é qualidade do gasto público? O gasto orientado para resultados em toda a gestão, do planejamento ao controle, com: eficiência eficácia efetividade MOTIVAÇÃO 4
5 ESTRUTURA TÍTULO I: DISPOSIÇÕES PRELIMINARES TÍTULO II: DO PLANEJAMENTO CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II: DO PLANO PLURIANUAL CAPÍTULO III: DA APRECIAÇÃO DO PLANO PLURIANUAL TÍTULO III: DO PROCESSO ORÇAMENTÁRIO deveria incluir PPA CAPÍTULO I: DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS CAPÍTULO II: DA APRECIAÇÃO DAS DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS CAPÍTULO III: DO ORÇAMENTO ANUAL Seção I: Disposições Gerais Seção II: Da Abrangência e do Conteúdo dos Orçamentos CAPÍTULO IV: DA APRECIAÇÃO DO ORÇAMENTO ANUAL CAPÍTULO V: DAS ALTERAÇÕES DO ORÇAMENTO ANUAL TÍTULO IV: DA EXECUÇÃO CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II: DA EXECUÇÃO DA DESPESA 5
6 ESTRUTURA CAPÍTULO III: DOS PROCEDIMENTOS QUANTO À EXECUÇÃO OBRIGATÓRIA DAS EMENDAS INDIVIDUAIS CAPÍTULO IV: DO RECONHECIMENTO E DO PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃO DE EXERCÍCIO ANTERIOR TÍTULO V: DOS CLASSIFICADORES ORÇAMENTÁRIOS CAPÍTULO I: DA CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA CAPÍTULO II: DA CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA TÍTULO VI: DOS FUNDOS TÍTULO VII: DA CONTABILIDADE CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II: DA CONTABILIDADE PATRIMONIAL CAPÍTULO III: DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CAPÍTULO IV: DA CONSOLIDAÇÃO DAS CONTAS PÚBLICAS CAPÍTULO V: DOS SERVIÇOS DE CONTABILIDADE 6
7 ESTRUTURA TÍTULO VIII: DO CONTROLE, DOS CUSTOS E DA AVALIAÇÃO CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO II: DO CONTROLE INTERNO CAPÍTULO III: DO CONTROLE EXTERNO CAPÍTULO IV: DO CONTROLE SOCIAL CAPÍTULO V: DAS INFORMAÇÕES DE CUSTOS CAPÍTULO VI: DA AVALIAÇÃO DOS PROGRAMAS TÍTULO IX: DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS Temas que não foram abordados Gestão de Pessoas Gestão de Projetos Gestão de Ativos e Passivos 7
8 MACROPROCESSO ORÇAMENTÁRIO PPA LDO LOA Execução Avaliação SOCIEDADE PODER LEGISLATIVO DECISÕES POLÍTICAS / ESTRATÉGICAS PLANO VISÃO / OBJETIVO IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS FEEDBACK ÓRGÃOS CENTRAIS PROGRAMAS OBJETIVOS E INDICADORES EFETIVIDADE ÓRGÃOS SETORIAIS ORÇAMENTO GERENTES DE PROGRAMAS ORDENADORES DE DESPESAS DECISÕES OPERACIONAIS ADMINISTRATIVAS AÇÕES PROJETOS / ATIVIDADES PRODUTOS E METAS FÍSICAS PRODUTOS / AÇÕES CUSTOS EFICÁCIA EFICIÊNCIA EXECUÇÃO OBJETO DE MENSURAÇÃO CRITÉRIOS DE 8 AVALIAÇÃO
9 PRAZOS Prazos Hoje Projeto Envio Devolução Envio Devolução PPA 31/ago 22/dez(*) 30/abr 17/jul(**) LDO 15/abr 17/jul(**) 30/abr 17/jul(**) LOA 31/ago 22/dez(*) União: 31/ago Estado,DF: 15/set Município: 30/set 30/nov (*) encerramento da sessão legislativa (**) encerramento do 1º período da sessão legislativa Prazos devem ser unificados Não faz sentido remeter a constituições estaduais e leis orgânicas do DF e Municípios, quando o objetivo da CF era justamente unificar prazos para melhorar a coordenação de políticas fiscais na Federação. 9
10 ORIENTAR PARA RESULTADOS - De que depende a qualidade do gasto público? Organização Necessidades do Cliente Satisfação do Cliente Departamento A Departamento B Departamento C - 1º) Saber o que se quer no planejamento - 2º) Orientar toda a gestão pública, do planejamento ao controle, para resultados O objetivo maior da Lei é a integração das etapas do ciclo de gestão com foco em resultados. É importante dizer que se busca resultados em todas as etapas do ciclo de gestão, não apenas ao planejamento. Não adianta exigir que o controle se preocupe com eficiência, eficácia e efetividade se esses objetivos não foram colocados para o ciclo de gestão como um todo. - 3º) Monitorar, avaliar, corrigir. É importante fazer uma relação mais forte da mensuração da eficácia com as metas físicas das ações e da mensuração da eficiência com os custos das ações. 10
11 PPA NO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR normatiza o PPA adequar à CF com estabilidade de regras (Lei 4320/64 não trata de PPA) integra PPA, LDO e LOA, distinguindo as funções de cada um reverte a mudança metodológica do PPA ainda precisa deixar mais claro que há ações e metas físicas para ações no PPA (e distinguir meta física de valor financeiro) não está clara a dimensão territorial, regional exige mais da avaliação e subsidia sistema de custos indicadores para o PPA necessita apoio da União. 11
12 SUGESTÃO DE EMENDAS - Falta definir no Projeto de Lei Complementar: despesa decorrente de despesas de capital: a despesa orçamentária de manutenção, conservação e funcionamento que passará a ser necessária em consequência dos investimentos programa de duração continuada: o que resulte em serviços prestados à comunidade de forma contínua por um período superior a dois exercícios meta física: valor esperado para o produto de uma ação - Não enfrenta a difícil relação de subordinação entre planos nacionais (mais longos) e PPAs (4 anos) federais, estaduais e municipais: Sugestão: os planos nacionais serão elaborados em consonância com o PPA federal, enquanto que os PPAs estaduais e municipais observarão as disposições dos planos nacionais - Não enfrenta critérios para alteração do PPA e matéria estranha no PPA. 12
13 LDO NO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR - LDO fixa previsão de receitas primárias a ser usada durante toda a tramitação do projeto de LOA no Poder Legislativo. e se houver previsão de queda das receitas? sugere-se excepcionalizar porque para aumento há os créditos adicionais - Anexo de Metas Fiscais passa a ser para 4 anos. - Propõe retirar o demonstrativo de DOCC da LRF perda, se não substituir por outro instrumento. - Perde a oportunidade de definir Poder ou órgão autônomo Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública não resolve problema do CNJ, CNMP e Ministério Público autônomos e sem limite na LRF 13
14 LOA NO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Define abrangência dos orçamentos empresas estatais dependentes nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social; empresas estatais não dependentes no Orçamento de Investimentos, inclusive participação acionária. Exclui do orçamento entidades de direito privado, ressalvadas as empresas estatais dependentes e fundações públicas de direito privado cuidado com Fundações Públicas de Direito Privado que na verdade são públicas importante incluir nos limites de pessoal. Conceito de excesso de arrecadação por vinculação dos recursos saldo positivo das diferenças acumuladas, mês a mês, entre a arrecadação realizada eaprevistadositensdereceitaquecompõema respectiva vinculação, considerando-se ainda a projeção do exercício, o calendário de arrecadação da receita e fatores econômicos previsíveis. 14
15 LOA NO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Alteração da LOA: CF, art. 167, VI: veda transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Crédito suplementar autorizado na LOA aberto por ato próprio de cada Poder Crédito suplementar ou especial aprovado pelo Poder Legislativo automaticamente aberto com a lei. Excepcionalmente, em decorrência de modificação na estrutura de órgãos e entidades, ou nas suas competências ou atribuições, o Poder Executivo poderá, mediante decreto, transpor, remanejar, transferir ou utilizar o crédito orçamentário, total ou parcialmente, mantido o valor total aprovado. desde que não gere aumento de despesa Art. 32, 5º LDO de cada ente da Federação poderá estabelecer as condições ou as despesas que exigirão projetos de lei específicos relativos a crédito. inconstitucional, práticas da União 15
16 SUGESTÃO DE EMENDAS Vedar cheque em branco: autorização para suplementar, transpor, remanejar, transferir ou utilizar as dotações aprovadas em valor superior a 20% da dotação específica aprovada para cada projeto ou atividade 16
17 RESERVAS NA LOA A LOA não conterá dotação para livre utilização pelo Poder Executivo. Reserva de Contingência: dotação global, já prevista na LRF, para atender passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos. No caso da União, reserva de 1,2% da RCL para atender as emendas individuais (art. 166, 9º, da CF), de execução obrigatória, considerada como despesa primária. Se não for totalmente utilizada pelo Congresso Nacional durante a apreciação do PLOA, o saldo disponível será adicionado à Reserva de Contingência. 17
18 INVESTIMENTO PÚBLICO NA LDO - Anexo de Metas Fiscais deverá apresentar separadamente o montante anual a ser gasto com projetos de investimentos plurianuais já aprovados antes do exercício financeiro a que se refere eoespaçofiscaldisponível para projetos de investimentos plurianuais cuja execução financeira esteja prevista para iniciar-se a partir do exercício financeiro a que se refere. A ideia era fazer um anexo plurianual de não só para investimentos mas também para DOCC pior ainda propõe retirar o demonstrativo de DOCC da LRF 18
19 - Uma evolução da LRF, art 45: LOA só inclui novos projetos após atendidos os em andamento e as despesas de conservação do patrimônio público, nos termos da LDO. O Poder Executivo encaminha ao Legislativo relatório com as informações necessárias ao cumprimento. LQF: LOA deve conter: INVESTIMENTO PÚBLICO NA LOA especificação dos novos projetos de investimentos, destacando os projetos de investimentos plurianuais a serem iniciados no exercício; e justificativa, individualizada por projeto de investimento plurianual, dos impedimentos de ordem técnica que justificam o adiamento ou a suspensão da execução o caso geral é que a LOA obrigatoriamente inclua dotação para a continuidade da execução de projetos de investimento plurianuais. 19
20 INVESTIMENTO PÚBLICO NA LOA - Novos projetos de investimentos plurianuais somente poderão ser incluídos na LOA até o montante definido no anexo da LDO. - Custo dos projetos de investimentos discriminado na LOA e valores anuais dos desembolsos para cada um dos exercícios financeiros subsequentes. - Os projetos de investimentos plurianuais aprovados na LOA deverão ser executados nos exercícios subsequentes até a sua conclusão, exceto se houver impedimento de ordem técnica. - Os PLOAs e LOAs subsequentes deverão obrigatoriamente incluir dotação para a continuidade dos projetos de investimento plurianual. 20
21 CLASSIFICAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS - padronização de classificações, até o nível de consolidação: Receita: classificação econômica, esfera orçamentária, indicador de resultado primário e vinculação de recursos, por ato conjunto dos órgãos centrais de planejamento e orçamento, administração financeira e contabilidade Despesa, estabelecida por: I esfera; II institucional; (ente) III programática; (ente) IV funcional; (órgãos centrais) V econômica; (órgãos centrais) VI vinculação dos recursos. (órgãos centrais) - classificação auxiliar (só na de base de dados relacional): elemento de despesa, modalidade de aplicação e identificadores de uso, doação, operação de crédito e resultado primário. 21
22 RESTOS A PAGAR - Resgate do art. 41 da LRF (redação original, não o vetado) e 50, I: regra do art. 42 aplica-se a todos os exercícios. Art. 44. A despesa empenhada no exercício financeiro, mas não paga até o final do exercício financeiro, poderá ser inscrita em restos a pagar, desde que atendidas as seguintes condições: I for comprovado que os compromissos correspondentes cumprem o preceito definido no art. 42 da Lei Complementar nº 101, de 2000; e II o montante das inscrições de despesas financiadas por vinculação dos recursos específica não ultrapasse o saldo da disponibilidade financeira da referida vinculação dos recursos, existente na data de encerramento do exercício financeiro, apurado pelo órgão central de administração financeira do Poder Executivo.(...) Exceto as despesas inscritas em restos a pagar quando da entrada em vigor da Lei Complementar precisa enfrentar a questão do estoque 22
23 (...) RESTOS A PAGAR 1º Na inscrição em restos a pagar terá preferência a despesa empenhada que já tenha sido liquidada antes do encerramento do exercício, até o montante estabelecido no caput, inciso II. 2º Serão automaticamente cancelados os empenhos não liquidados até o final do exercício financeiro e que não tenham sido inscritos em restos a pagar. 3º Na hipótese de persistir o interesse da administração pública ou o direito do credor relativamente a empenho cancelado na forma do 2º, é facultado que a despesa orçamentária se realize à conta de despesas de exercícios anteriores. Sugestão de emenda: É importante que o PLDO defina o espaço fiscal para a redução de restos a pagar para distribuir a responsabilidade pela sua redução entre orçamento e execução. 23
24 FUNDOS -Definição: conjunto de recursos, incluindo as obrigações a ele relacionadas, que por lei se vinculem à realização de finalidades específicas. -saldo financeiro será transferido para o exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo (exceto ressalva em lei). -conveniência da manutenção de recursos em fundos públicos avaliada, no mínimo, a cada 4 anos, pelos entes da Federação. -extinção de fundo público: patrimônio transferido ao respectivo órgão ou entidadesupervisoraeosaldofinanceiro apropriado pelo órgão central de administração financeira do ente da Federação, sem vinculação específica. - lei ordinária, normas adicionais para a adequação dos fundos públicos existentes na data da promulgação desta Lei. 24
25 FUNDOS - Lei que instituir fundo público disporá, no mínimo, sobre: I seu nome; II o órgão ou a entidade da administração pública no âmbito da qual deverá funcionar; III seu objeto ou sua finalidade; IV a origem de seus recursos; V a responsabilidade de seu gestor quanto à administração dos recursos; VI normas peculiares quanto a sua administração; VII modelo e procedimentos de deliberação; VIII as condições aplicáveis à prestação de contas; IX seu prazo de vigência, caso não seja indeterminado. - Veda criação de fundo público quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação de receitas específicas. Exceto fundos públicos instituídos anteriormente à entrada em vigor da Lei Complementar 25
26 FUNDOS - o que não foi tratado - Definição: há essências diferentes sob a mesma denominação e urge distingui-las (segundo levantamento preliminar da SOF, apenas na União há 87 fundos ativos de diferentes naturezas). - Classificação: - de gestão orçamentária: gestão segregada de receitas vinculadas, inclusive transferência ou repartição de receita execução orçamentária e financeira de despesas que gerenciam, por meio de dotações orçamentárias detalhadas no OFSS ou que apenas distribuem recursos por meio de dotação específica na LOA, tendo seus saldos controlados em conta. - de gestão especial: gestão segregada de ativos, como os de seguros, aval, capitalização, garantia ou financiamento não realizam execução dentro do OFSS, tem dotação específica na LOA, mas o foco são os ativos. - Lei 4320/64: Fundos públicos não dispõem de personalidade jurídica própria, respondendo o ente da Federação ou a entidade gestora por bens, direitos e obrigações 26
27 NORMAS DE CONTABILIDADE - Abrangência: ente da Federação deveria dispor sobre empresas não dependentes, sistema S, conselhos profissionais em consonância com normas de contabilidade NBC T 16.1: Campo de Aplicação: espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em: (a) entidades do setor público; e (b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas. Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou 27 creditício, de órgão público.
28 NORMAS DE CONTABILIDADE - CASP observará as normas gerais e as normas específicas editadas pela STN que buscarão a convergência às normas brasileiras de contabilidade e aos padrões internacionais flexibilidade necessária porque a convergência será gradual, levará vários anos e é preciso evitar dúvidas sobre que norma utilizar (CFC e STN). - Normas da STN serão compatíveis com as normas gerais do CGF - Separa conceitos aplicáveis ao orçamento e à contabilidade, esta última com foco no patrimônio e regime de competência integral - Plano de contas deve permitir utilização por todos os entes da Federação, elaboração de demonstrações contábeis e relatórios e demonstrativos fiscais geração de base de dados para a consolidação das contas públicas - Custos: STN estabelece padrão mínimo fornece informação para avaliação das políticas O que falta? Exigir que seja público 28
29 AVALIAÇÃO - Decreto (normas gerais): instituir metodologias, normas e procedimentos que orientem pré-avaliação, revisão independente, seleção, implementação, ajuste, operação e avaliação das iniciativas e dos projetos de investimento que serão financiados por recursos públicos, com o objetivo: I melhorar a eficiência e a eficácia no uso dos recursos públicos, atribuindo-os a iniciativas que individualizem as necessidades e oportunidades de investimentos e gerem maior rentabilidade econômica e social, em conformidade com as diretrizes e os objetivos do plano plurianual; e II ampliar a capacidade do Estado de prover bens e serviços públicos à população. não deveria ser só para investimentos incluir efetividade 29
30 AVALIAÇÃO - Poder Executivo federal estabelecerá mecanismos para orientar monitoramento e a avaliação de políticas públicas e a articulação com o ciclo orçamentário, buscando a convergência entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios foco na eficiência, eficácia e efetividade. - Monitoramento e avaliação de políticas públicas: I objetivos, contendo indicadores qualitativos e quantitativos falta ligar com indicadores e metas físicas do PPA II públicos e acessíveis quanto à terminologia utilizada e à disponibilização em meios eletrônicos III oportunos IV comparáveis com padrões nacionais e internacionais - pode ter participação de especialistas e de instituições com experiência e conhecimento no campo das políticas públicas melhor independente - de forma contínua 30
31 SUGESTÃO DE EMENDAS: AVALIAÇÃO - Seria útil conectar avaliação de políticas públicas com avaliação de serviços pelos usuários: CF, art. 37: 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; (...) - O relatório resumido da execução orçamentária referente ao último bimestre do exercício será acompanhado de demonstrativo da avaliação do PPA. 31
32 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS aspectos não tratados - fortalece a meritocracia na gestão de recursos humanos - orienta a gestão de recursos humanos para a eficiência do trabalho - cria avaliação de desempenho - incentiva a capacitação de servidores - define atividade-fim concurso público - cria o gestor público da cidade - cria limite mínimo de ocupação de DAS por servidores efetivos: 75% para nível 4 e 20% para níveis 5 e 6 - proíbe nepotismo - cria vedações para servidores públicos em geral (impedir conflito de interesse) - cria garantias para áreas estratégicas (ordenador de despesa, gerente de programa e controle) 32
33 - criar instrumentos para que o controle possa aferir a eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas; - instituir controle interno cada Poder regulamenta, com vinculação hierárquica e funcional direta ao titular; nos municípios pequenos, as competências serão atribuídas a servidor efetivo. - criar controle prévio CONTROLE aspectos não tratados -criarprazos para julgamento de contas; - PL definirá metodologia da participação dos cidadãos na elaboração das leis do ciclo orçamentário; - PL definirá composição e funcionamento para controle social das políticas públicas exercido diretamente pelos cidadãos ou por Conselhos; 33
34 CONTROLE aspectos não tratados -criar requisitos mínimos para membros de TC, auditores e membros do MP junto ao TC, extensivos ao cônjuge e parentes consangüíneos ou afins, na linha reta ou colateral, até o terceiro grau ou por adoção: I - não ter ocupado cargo de Ministro ou Secretário de Estado nos 3 anos anteriores à indicação ou durante o mandato de quem o indicar; II - não ter exercido mandato eletivo durante a legislatura de quem o indicar ou na anterior. -definir notórios conhecimentos (jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública) e reputação ilibada (para o novo ingresso ou entrada em exercício após a vigência da LC). 34
35 INFORMAÇÃO ADICIONAL INFORMAÇÃO ADICIONAL Selene Peres Peres Nunes Mais informações no Blog da Selene: 35
36 INFORMAÇÃO ADICIONAL ANEXO 36
37 PROJETO DEVE REVERTER A MUDANÇA METODOLÓGICA DO PPA PPA PPA organização programas e ações objetivos e iniciativas elo entre PPA e LOA ação, que se vincula a projetos e atividades na LOA Iniciativa, que se vincula a ações na LOA investimentos todos até o valor de referência, expressos em iniciativas próprias programa responde à pergunta o que fazer? responde à pergunta qual o tema da política pública? (aproxima-se de subfunção) meta quantitativa quantitativa ou qualitativa No Projeto: -PPA: organizado em programas e ações, com ênfase à concatenação de diretrizes, objetivos, metas, prazos e disponibilidade de recursos, à aferição dos custos associados a metas específicas e à determinação de indicadores para avaliação da eficácia das ações. - Alteração: PPA não pode ser alterado por LDO e LOA. 37
38 DIAGNÓSTICO DO PPA (Nota Técnica Conjunta nº 9/2011 da COFF/CD e CONORF/SF) -Enfraquecimento do PPA como instrumento de planejamento agregação não reduz complexidade: de 321 para 109 programas (65 temáticos e 44 de gestão), de 4327 ações para nenhuma, mas incluiu 493 objetivos e iniciativas. iniciativas de caráter genérico (comportam várias ações na LOA). Ex: 03JA - Apoio à competitividade sistêmica dos programas governamentais, com ênfase na saúde, segurança e meio ambiente; não há metas quantificadas e os indicadores são de processos e não de resultados. programas de gestão não possuem iniciativas e pode haver obras de vulto não detalhadas no PPA. Ex: O TRT-SP, se fosse iniciado hoje, não constaria do PPA e não seria público o valor total estimado da obra. dificulta avaliação de desigualdades regionais porque a regionalização é para metas não quantitativas. PPA submetido à LOA porque as ações podem ser alteradas diretamente na LOA (exceto empreendimento de grande porte). 38
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