Reagindo ao Risco de Fraude

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Reagindo ao Risco de Fraude"

Transcrição

1 Reagindo ao Risco de Fraude RISCO Closer Look Explorando a Posição da Auditoria Interna Farah G. Araj CIA, CPA, CFE, QIAL CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Patrocinado por

2 Sobre o CBOK FATOS DA PESQUISA Participantes Países Idiomas 14,518* NÍVEIS DOS FUNCIONÁRIOS* Chief audit executive (CAE) 26% 13% Diretor 17% Gerente 44% Equipe *As taxas podem variar por pergunta. O Common Body of Knowledge (CBOK) Global de Auditoria Interna é o maior estudo contínuo global no mundo sobre a profissão da auditoria interna, incluindo estudos sobre os praticantes de auditoria interna e suas partes interessadas. Um dos componentes principais do CBOK 2015 é a pesquisa global do praticante, que fornece uma perspectiva abrangente das atividades e características dos auditores internos do mundo todo. Este projeto tem como base as duas pesquisas globais do praticante anteriores, conduzidas pela The IIA Research Foundation em 2006 (9.366 respostas) e 2010 ( respostas). Os relatórios serão lançados mensalmente até Julho de 2016 e podem ser baixados de graça, graças às contribuições generosas e ao apoio de indivíduos, organizações profissionais, filiais do IIA e institutos do IIA. Mais de 25 relatórios foram planejados em três formatos: 1) core reports, que abordam tópicos gerais, 2) closer looks, que exploram mais a fundo as principais questões, e 3) fast facts, com foco em uma região ou ideia específica. Esses relatórios exploram diferentes aspectos de oito áreas de conhecimento, incluindo tecnologia, riscos, talento e outras. Visite o CBOK Resource Exchange em para download das perguntas da pesquisa e dos relatórios seguintes, conforme forem disponibilizados. Pesquisa do Praticante CBOK 2015: Participação das Regiões Globais Europa & Ásia 23% Central América 19% do Norte Oriente Médio & África 8% do Norte América Latina 14% & Caribe África 6% Subsaariana Sul da Ásia 5% Leste Asiático 25% & Pacífico Observação: As regiões globais são baseadas nas categorias do Banco Mundial. Para a Europa, menos de 1% dos participantes era da Ásia Central. As respostas da pesquisa foram coletadas entre 2 de Fevereiro de 2015 e 1º de Abril de O link da pesquisa online foi distribuído via listas de mailing dos institutos, sites do IIA, newsletters e redes sociais. Pesquisas parcialmente preenchidas foram incluídas na análise, desde que as perguntas demográficas tivessem sido completadas. Nos relatórios CBOK 2015, perguntas específicas são chamadas de Q1, Q2 e assim por diante. Uma lista completa das perguntas da pesquisa está disponível para download no CBOK Resource Exchange.

3 Áreas de Conhecimento do CBOK Conteúdos Futuro Sumário Executivo 4 Introdução 5 Perspectiva Global 1 O Foco Global no Risco de Fraude 7 2 A Responsabilidade da Auditoria Interna pela Prevenção e Detecção de Fraudes 12 Governança Gestão 3 As Capacidades da Auditoria Interna na Reação ao Risco de Fraude 18 4 Cinco Formas de Melhorar a Abordagem da Auditoria Interna ao Risco de Fraude 22 Anexo A: Sumário das Principais Descobertas 25 Risco Normas & Certificações Talento Tecnologia

4 Sumário Executivo O risco de fraude é uma realidade que todas as organizações encaram hoje em dia. Recentemente, grandes casos de fraude capturaram a atenção da mídia e o escrutínio de reguladores no mundo todo. Quando uma fraude séria ocorre em uma organização, a reputação da empresa pode ser prejudicada e, normalmente, há um realinhamento súbito das prioridades das partes interessadas. É nessa hora que, frequentemente, ouvimos a pergunta, E onde estavam os auditores internos? Reagindo ao Risco de Fraude: Explorando a Posição da Auditoria Interna oferece uma análise global atual da importância do risco de fraude para a auditoria interna e suas partes interessadas, do grau de responsabilidades da auditoria interna quanto à prevenção e detecção de fraudes, e das percepções das capacidades da auditoria interna na reação ao risco de fraude. As descobertas foram baseadas na Pesquisa Global do Praticante de Auditoria Interna CBOK 2015, a maior pesquisa de auditores internos do mundo, assim como em amplas entrevistas com líderes de auditoria interna de diversas regiões. Os auditores internos podem usar este relatório para educar suas partes interessadas, definir como a auditoria interna pode dar apoio aos esforços antifraude da organização, e desenvolver as capacidades da equipe de auditoria interna. O relatório é concluído com as cinco principais formas por meio das quais os chief audit executives (CAEs) podem melhorar sua abordagem ao risco de fraude em suas organizações.

5 Introdução RECURSOS Guia Prático, Auditing Anti-bribery and Anti-corruption Programs (Altamonte Springs, FL: The Institute of Internal Auditors, 2014). Guia Prático, Internal Auditing and Fraud (Altamonte Springs, FL: The Institute of Internal Auditors, 2009). Global Technology Audit Guide (GTAG) 13: Fraud Prevention and Detection in an Automated World (Altamonte Springs, FL: The Institute of Internal Auditors, 2009). A ntes de revisar as descobertas da pesquisa, é importante examinar os principais pontos de referência usados pelos auditores internos para definir seu papel com relação ao risco de fraude. Em primeiro lugar, examinamos os materiais do IIA e, então, examinaremos o novo princípio da obra Controle Interno - Estrutura Integrada atualizada do COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission). O Que as Normas Dizem Sobre o Risco de Fraude? As Normas Internacionais para a Prática Profissional de Auditoria Interna (Normas) do IIA definem fraude como: Quaisquer atos ilegais caracterizados por desonestidade, dissimulação ou quebra de confiança. Estes atos não implicam o uso de ameaça de violência ou de força física. As fraudes são perpetradas por partes e organizações, a fim de se obter dinheiro, propriedade ou serviços; para evitar pagamento ou perda de serviços; ou para garantir vantagem pessoal ou em negócios. Esta é uma definição ampla, que inclui uma variedade de tipos de fraudes, incluindo suborno e corrupção. Adicionalmente, esta definição não diferencia as fraudes executadas por partes internas à organização (funcionários, administração, etc.) daquelas externas à organização (fornecedores, clientes, etc.). Consequentemente, se combinarmos a fraude com a definição de risco nas Normas, o risco de fraude poderia ser definido como a possibilidade de ocorrência de fraude que terá impacto sobre o atingimento dos objetivos. Com esta definição em mente, examinemos o que as Normas dizem sobre a responsabilidade da auditoria interna no que tange ao risco de fraude. As normas mais relevantes são as que seguem (não é uma lista abrangente; ênfase acrescentada): 1210: Proficiência (1210.A2) - Os auditores internos devem possuir conhecimento suficiente para avaliar o risco de fraude e a maneira como é gerenciado pela organização, porém não se espera que possuam a especialização de uma pessoa cuja principal responsabilidade seja detectar e investigar fraudes. 2120: Gerenciamento de Riscos (2120.A2) - A atividade de auditoria interna deve avaliar o potencial de ocorrência de fraude e como a organização gerencia o risco de fraude. 2210: Objetivos do Trabalho de Auditoria (2210.A2) - Os auditores internos devem considerar a probabilidade de erros significativos, fraudes, não conformidades e outras exposições ao desenvolver os objetivos do trabalho.

6 Além disso, há outras normas que incluem fraude e há normas relativas ao papel da auditoria interna na avaliação da ética e dos valores da empresa, o que também impacta a eficácia de como o risco de fraude é gerido. O Que o COSO Diz Sobre o Risco de Fraude? Outra fonte importante de perspectiva é o novo Princípio 8 da Controle Interno - Estrutura Integrada atualizada do COSO. O fato de que a estrutura atualizada inclui um princípio dedicado ao risco de fraude é outro sinal de que a conscientização do risco de fraude está crescendo. O Documento 1 mostra o novo princípio e os quatro pontos de ação recomendados que podem ser aplicados pelos auditores internos em todos os níveis da organização. Documento 1 Controle Interno Estrutura Integrada, Princípio 8, que avalia o risco de fraude O Princípio 8 da Controle Interno Estrutura Integrada do COSO (2013) diz: A organização considera o potencial de fraude na avaliação dos riscos ao atingimento dos objetivos. Este princípio é melhor explicado em quatro pontos de foco recomendados: Considera vários tipos de fraude. A avaliação da fraude considera o reporte fraudulento, possível perda de ativos e corrupção derivada das várias formas de fraude e má conduta que podem ocorrer. Avalia incentivos e pressões. A avaliação do risco de fraude considera incentivos e pressões. Avalia oportunidades. A avaliação do risco de fraude considera oportunidades de aquisição, uso ou disposição não autorizados de ativos, alteração dos registros de reporte da organização, ou outras ações inapropriadas. Avalia atitudes e racionalizações. A avaliação do risco de fraude considera como a administração e outros funcionários podem se envolver ou justificar ações inapropriadas. Fonte: Tradução livre de trecho da obra Internal Control Integrated Framework (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (COSO), 2013). Usado com permissão. Como os Auditores Internos Estão Abordando Hoje o Risco de Fraude? Mantendo o papel da auditoria interna em mente, examinemos o que a pesquisa nos diz sobre como os auditores internos estão, de fato, envolvidos em lidar com o risco de fraude. Pergunta 1: Qual a importância do risco de fraude para a gerência executiva e CAEs? Pergunta 2: Até que ponto os auditores internos são responsáveis pela prevenção e detecção de fraudes? Pergunta 3: Os auditores internos são capazes de reagir ao risco de fraude? Em resposta a estas descobertas, a seção 4 deste relatório fornece cinco passos principais que os auditores internos podem dar para melhorar sua eficácia ao lidar com o risco de fraude.

7 1 O Foco Global no Risco de Fraude O s auditores internos estão amplamente envolvidos em lidar com o risco de fraude em suas organizações e esta seção do relatório explora suas respostas às perguntas da pesquisa quanto aos tópicos a seguir: O risco de fraude como um dos cinco principais riscos organizacionais A investigação de fraudes como uma atividade de valor agregado para a auditoria interna O risco de fraude como parte dos planos de auditoria interna O recrutamento de habilidades de risco de fraude A Auditoria Interna Pode Priorizar o Risco de Fraude Mais do Que a Administração CAEs que responderam à pesquisa classificaram os cinco principais riscos nos quais a gerência executiva e a auditoria interna estão se concentrando. Globalmente, apenas 19% acreditam que sua gerência executiva se concentre na fraude como um dos cinco principais riscos, enquanto 31% dizem que a auditoria interna tem foco na fraude como um dos cinco riscos principais (veja o Documento 2). Em outras palavras, a auditoria interna dá maior ênfase ao risco de fraude do que acreditam que a gerência executiva faça. Documento 2 Fraude Escolhida como uma das 5 Prioridades de Risco em 2015 (Visão Regional) 60% 50% 53% 40% 30% 20% 10% 0% 36% Sul da Ásia 17% 39% 25% América Latina e Caribe 33% 19% 14% 14% Europa 31% 26% 5% África Subsaariana 30% 19% 11% Leste Asiático e Pacífico 29% 21% 8% Oriente Médio e África do Norte 22% 13% 9% América do Norte 31% 19% Média Global 12% Auditoria interna Gerência executiva Lacuna Observação: Q66: Por favor, identifique os cinco principais riscos nos quais seu departamento de auditoria interna está focando o maior nível de atenção em Tópico: Fraude não coberta em outras auditorias. CAEs apenas participantes. Q65: Por favor, identifique os cinco principais riscos nos quais sua gerência executiva está focando o maior nível de atenção em Tópico: Fraude não coberta em outras auditorias. CAEs apenas participantes.

8 O tom no topo é crítico para a resposta ao risco de fraude. Se um CEO declara em reuniões que fraudes não serão toleradas e que será impiedoso no tratamento dos perpetradores, este tom no topo transmitirá uma mensagem muito forte e positiva por toda a organização. Dr. Khalid Al Faddagh, ex-cae, Saudi Aramco Conforme demonstrado pelas barras douradas no Documento 2, a lacuna entre as prioridades percebidas foi maior no Sul da Ásia (17%) e menor na África Subsaariana (5%). Essas lacunas podem indicar situações nas quais a auditoria interna não esteja alinhada com as expectativas da gerência executiva. O Sul da Ásia tem Maior Foco no Risco de Fraude Globalmente, o maior foco no risco de fraude parece ser dado no Sul da Ásia, onde a grande maioria das respostas à pesquisa vem da Índia. A Índia está em um período de transformação, conforme muitas empresas são listadas no exterior, disse Umesh Ashar, gerente geral sênior auditoria interna na Tata Motors Limited em Mumbai, Índia. A nova lei Companies Act colocou grandes responsabilidades sobre o comitê de auditoria e exige que o auditor estatutário de empresas de capital aberto reporte qualquer fraude ao governo central. Portanto, a gerência executiva está muito interessada em evitar o risco reputacional e em garantir que o risco de fraude seja abordado e tratado apropriadamente. Com relação aos resultados do Oriente Médio, Dr. Khalid Al Faddagh, ex-cae da Saudi Aramco, disse, Estou surpreso e preocupado que o risco de fraude não tenha aparecido como um dos cinco principais na região. É possível que os executivos participantes estejam em negação e acreditem que a fraude apenas aconteça em outras empresas e países da região. O Foco no Risco de Fraude é Maior em Empresas Privadas Além disso, o risco de fraude não é citado como um dos principais em qualquer região, indústria, tipo de organização, etc. No entanto, os auditores internos em empresas privadas dão maior prioridade ao risco de fraude do que aqueles em outros tipos de organização, com 38% escolhendo tal risco como um dos cinco principais, em comparação com a média global de 31% (veja o Documento 3). Documento 3 Fraude Escolhida como uma das 5 Prioridades de Risco para a Auditoria Interna em 2015 (Visão Organizacional) Privada (excluindo setor financeiro) Pública (excluindo setor financeiro) Organização sem fins lucrativos 34% 33% 38% Setor público (incluindo agências e operações mantidas pelo governo) 28% Setor financeiro (privado e público) 24% Média global 31% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Observação: Q66: Por favor, identifique os cinco principais riscos nos quais seu departamento de auditoria interna está focando o maior nível de atenção em CAEs apenas participantes.

9 A Investigação de Fraude Agrega Valor Depois de Outras Atividades Na Pesquisa Global de Auditoria Interna CBOK 2010, 71% dos participantes disseram conduzir investigações de fraudes e irregularidades como parte de suas atividades.* A crise financeira global foi citada como um dos motivos para o alto nível da atividade. A pesquisa de 2015 pediu aos CAEs que listassem as cinco atividades que mais agregam valor à auditoria interna em suas organizações, a partir de uma lista que incluía a opção investigar ou dissuadir fraudes. Ao responder tal pergunta, apenas 3 a cada 10 escolheram investigar ou dissuadir fraudes como uma das cinco principais atividades agregadoras de valor (veja o Documento 4). Isso não é inesperado, porque detectar e investigar fraudes toma tempo considerável e redireciona esforços de auditoria interna de questões organizacionais importantes. * Marco Allegrini et al., What s Next for Internal Auditing? Relatório IV da Pesquisa CBOK 2010 (Altamonte Springs, FL: The Institute of Internal Auditors Research Foundation, 2011), 33. O Risco de Fraude é uma Pequena Porção dos Planos de Auditoria; Esperam-se Aumentos Apenas um pequeno número de participantes da pesquisa (4,5%) disse ter treinamento especializado em fraude e dedicar a maior parte de seu tempo ao trabalho nesta área (Q11, participantes). Isso é relativamente consistente em todos os níveis/posições, tipos de organização, número de funcionários na auditoria interna e tipo de indústria. De forma similar, examinando os planos de auditoria interna, apenas 3,5% são compostos de risco de fraude não coberto em outras auditorias (veja o Documento 5). Isso é relativamente consistente em todos os tipos de organização, número de funcionários na auditoria interna e tipo de indústria. Além disso, apenas 25% dos CAEs do mundo acreditam que o foco da auditoria interna no risco de fraude aumentará em 2015, em comparação com o ano anterior (veja o Documento 6). Regionalmente, no entanto, essa porcentagem aumenta para cerca de 40% Documento 4 Principais Formas por Meio das Quais a Auditoria Interna Agrega Valor Garantindo a adequação e eficácia do sistema de controle interno 86% Recomendando a melhoria do negócio 55% Avaliando os processos de gerenciamento de riscos da organização 53% Avaliando a conformidade regulatória 50% Informando e aconselhando a administração 40% Identificando riscos emergentes 37% Avaliando os processos de governança da organização 37% Investigando ou dissuadindo fraudes 29% Informando e aconselhando o comitê de auditoria 28% Testando a avaliação dos controles por parte da administração 23% Observação: Q89: Quais são as cinco principais atividades que agregam o maior valor à sua organização? (Escolha até cinco.) CAEs apenas participantes.

10 Documento 5 O Risco de Fraude no Plano de Auditoria Operacional 24.5% Conformidade/regulatório 14.9% Avaliação/eficácia do gerenciamento de riscos 12.1% Riscos estratégicos do negócio 10.8% Tecnologia da Informação (TI), não coberta em outras auditorias 8.3% Financeiros gerais 6.7% Governança corporativa 6.2% Fraude não coberta em outras auditorias 3.5% Outros (em especial, solicitações, treinamento, etc.) 3.3% Redução ou contenção de custos/gastos 3.2% Teste ou apoio à Sarbanes-Oxley (Estados Unidos apenas) 2.8% Relacionamentos com terceiros 2.4% Gestão de crises 1.2% Total 100.0% Observação: Q49: Qual porcentagem de seu plano de auditoria de 2015 corresponde a cada uma das categorias gerais de riscos a seguir? CAEs apenas participantes. Documento 6 CAEs Que Esperam um Aumento no Foco da Auditoria Interna Sobre o Risco de Fraude África Subsaariana 41% Sul da Ásia Oriente Médio e África do Norte 37% 39% América Latina e Caribe 31% Leste Asiático e Pacífico 27% Europa 23% América do Norte 12% Média Global 25% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Observação: Q50: Em comparação com 2014, indique se o foco de auditoria em cada uma das áreas a seguir aumentará, permanecerá o mesmo ou diminuirá. Tópico: Fraude não coberta em outras auditorias. CAEs apenas participantes

11 na África Subsaariana e Sul da Ásia. De acordo com Bruce Turner, CAE aposentado, ex-presidente imediato do International Public Sector Committee do IIA e presidente do Comitê de Auditoria do IIA-Austrália, A auditoria interna precisa dedicar tempo adequado, em seus planos, a cobrir todos os fatores básicos (incluindo o risco de fraude) e, então, provisionar a cobertura das áreas mais interessantes, emergentes e estratégicas de risco. As Habilidades de Risco de Fraude Estão Sendo Recrutadas Moderadamente As habilidades buscadas para os departamentos de auditoria interna também são indicadores do foco geral no risco de fraude. Apesar dos CAEs buscarem contratar auditores internos com habilidades em auditoria de fraude e em investigações forenses e de outras naturezas, essas habilidades não estão entre as cinco principais que estão contratando. Apenas 23% dos CAEs escolheram auditoria de fraude como uma das cinco principais habilidades que estão recrutando ou desenvolvendo em seus departamentos de auditoria interna. Uma categoria parecida, investigações forenses e demais, foi selecionada como uma das cinco principais habilidades por apenas 15% dos CAEs. Os grupos com maior ênfase na auditoria de fraude são da América Latina (31%) e da indústria de construção (30%), enquanto para investigações forenses e demais, a maior ênfase é dada na África Subsaariana (29%) e Sul da Ásia (26%) (Q30, participantes). Conclusão Pergunta 1: Qual a importância do risco de fraude para a gerência executiva e CAEs? Em valor nominal, a fraude não parece se destacar em termos de foco por parte da gerência executiva ou CAEs. No entanto, vale notar que certos regulamentos, tais como a lei americana Sarbanes-Oxley de 2002, foram implementados como um resultado da fraude. Há um bom volume de esforços antifraude dedicados à conformidade a partir deste regulamento. Por conta da Controle Interno Estrutura Integrada de 2013 do COSO, os auditores externos vêm dedicando mais tempo ao Princípio 8 e à adequação da avaliação do risco de fraude por parte da administração. Em mercados em desenvolvimento ou emergentes, os CAEs dão maior ênfase ao risco de fraude. O mesmo é aplicável a organizações privadas. Apesar de uma grande parte dos esforços de auditoria interna não ser dedicada estritamente ao risco de fraude, os auditores internos devem ter em mente que o risco de fraude pode ter sérias consequências para uma organização ou um departamento de auditoria interna. Em Espanhol, temos uma frase típica: abra o guarda-chuva antes que a chuva chegue, diz Jorge Badillo, gerente de auditoria interna na Sierra Gorda SCM e presidente da Federação Latino-Americana de Auditores Internos.

12 2 A Responsabilidade da Auditoria Interna pela Prevenção e Detecção de Fraudes Os resultados não são inesperados. Há níveis diferentes de maturidade, tanto em entidades quanto em países, diferentes expectativas sociais, assim como muitas variáveis que influenciam a determinação do papel da auditoria interna em um ambiente de negócios e tecnologia em rápida mudança. Bruce Turner, CAE aposentado, ex-presidente imediato do International Public Sector Committee e Presidente do Comitê de Auditoria do IIA Australia A s informações em alguns manuais sugerem que a administração é responsável por estabelecer e manter os controles internos (incluindo os controles antifraude), enquanto os auditores internos precisam avaliar os controles da administração e estar atentos a alertas de fraude. A realidade é, frequentemente, diferente do ideal dos manuais. Os resultados da pesquisa mostram que há, frequentemente, uma responsabilidade compartilhada entre a auditoria interna e a administração, no que se trata do risco de fraude. Cerca de 3 a cada 10 dos participantes da pesquisa dizem que a auditoria interna tem toda ou maior parte da responsabilidade de detecção ou prevenção de fraudes em suas organizações, com cerca de 6 em cada 10 dizendo que têm parte da responsabilidade (veja o Documento 7). O documento mostra uma probabilidade um pouco maior de que os auditores internos sejam responsáveis pela detecção de fraudes do que pela prevenção de fraudes. Documento 7 Detecção de Fraudes Prevenção de Fraudes 6% 6% O Problema de Toda ou Nenhuma Responsabilidade Responsabilidade da Auditoria Interna pela Detecção ou Prevenção de Fraudes 23% 21% O Documento 7 também mostra que alguns participantes dizem que seus departamentos de auditoria interna não têm qualquer responsabilidade pela detecção (12%) ou prevenção (17%) de fraudes. Muitos líderes de auditoria interna discordam desse conceito de nenhuma responsabilidade, por parte da auditoria interna, pela detecção de fraudes. Lynn Fountain, autora da obra Raise the Red Flag: An Internal Auditor s Guide to Detect and Prevent Fraud, comentou que Os auditores internos precisam fazer um brainstorming dos riscos de fraude como parte de qualquer trabalho. Isso está nas Normas, mas os auditores não o estão fazendo com eficácia, na realidade. Na outra ponta da escala, 6% dos participantes dizem que seus departamentos de auditoria interna assumem toda a responsabilidade pela detecção e prevenção de fraudes (veja o Documento 7). No entanto, 59% 57% 17% 12% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Total responsabilidade Maior parte da responsabilidade Parte da responsabilidade Nenhuma responsabilidade Observação: Q55: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela detecção de fraudes em sua organização? participantes. Q56: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela prevenção de fraudes em sua organização? participantes. Devido ao arredondamento, alguns totais podem não somar 100%.

13 Dar à auditoria interna toda ou a maior parte da responsabilidade pela detecção de fraudes é uma abordagem antiga, e a coisa mais confortável que uma empresa pode fazer, porque significa que as outras áreas da organização não serão desafiadas a apoiar os esforços de detecção de fraudes. Jorge Badillo, Gerente de Auditoria Interna, Sierra Gorda SCM, e Presidente da Federação Latino-Americana de Auditores Internos a responsabilidade total pela prevenção e detecção de fraudes vai contra o conceito de independência da auditoria interna e contra o Modelo das Três Linhas de Defesa.* Ashar comentou, Não concordo com [a auditoria interna ter total responsabilidade pela prevenção de fraudes]. Essa responsabilidade é da administração e da primeira linha de defesa. No entanto, em muitos casos, é esperada da auditoria interna a revisão do desenvolvimento dos controles internos, antes que estes sejam implementados. Isso, de certa forma, faz parte da prevenção de fraudes. Da mesma forma, é exigido dos auditores externos, por suas normas profissionais, que eles avaliem, ao auditar as demonstrações financeiras, o risco de distorção relevante advindo de fraudes e erros. Dar ao departamento de auditoria interna toda a responsabilidade pela prevenção e detecção de fraudes vai contra as Normas e as boas práticas. Os Auditores Internos de Empresas Privadas Estão Mais Envolvidos no Risco de Fraude A responsabilidade pela fraude também é diferente de acordo com o tipo de organização, com as empresas privadas reportando altos níveis de envolvimento. Para a detecção de fraudes, 36% dos participantes do setor privado dizem ter toda ou maior parte da responsabilidade, em comparação com a média de 29% (Q55, participantes). A lacuna é maior para a prevenção de fraudes, com 35% do setor privado, em comparação com a média de 26% (Q56, participantes). Isso pode ser atribuído à tendência de empresas privadas não terem uma segunda linha de defesa (ex., as funções de gerenciamento de riscos e compliance). * Declaração de Posicionamento do IIA, As Três Linhas de Defesa no Gerenciamento de Riscos e Controle Eficazes, Janeiro de 2013, 3-5. Quando os auditores internos têm responsabilidade por certos aspectos da prevenção e detecção de fraudes, essas responsabilidades incluem investigar suspeitas de fraude, facilitar avaliações do risco de fraude, monitorar o canal de denúncias, auditar os controles antifraude da administração e fornecer treinamento de conscientização de fraude. As Regiões Diferem Muito em Níveis de Responsabilidade Os Documentos 8 e 9 mostram as grandes diferenças entre as regiões. O maior nível de responsabilidade pela prevenção e detecção de fraudes é reportado no Sul da Ásia (composto, em sua maioria, por participantes da Índia), onde cerca de 5 a cada 10 participantes dizem ter toda ou maior parte da responsabilidade (barras verdes). Outras regiões com altos níveis de responsabilidade são Oriente Médio e África do Norte, América Latina e Caribe, e a África Subsaariana (de 31% a 38%). Ashar explica como as estruturas de regulamentação e controle estão moldando o papel da auditoria interna quanto à fraude na Índia: A lei indiana Companies Act de 2013 e o COSO de 2013 puseram muita ênfase na auditoria interna, com abordagem direta à fraude. As empresas estão investindo no estabelecimento de departamentos de auditoria interna e no desenvolvimento das capacidades dos já existentes. Além disso, a cultura e maturidade organizacional também têm grande efeito nos resultados, explicou Owen Purcell, parceiro líder da EY no EMEIA Risk Centre of Excellence, no Reino Unido. No geral, quando examinamos a Europa, vemos maturidade na forma como as empresas gerenciam o risco de fraude. A auditoria interna tem um papel; no entanto, geralmente não estão liderando o processo. A administração e

14 Documento 8 Detecção de Fraudes: Responsabilidade da Auditoria Interna (Visão Regional) 80% 77% 60% 58% 56% 48% 51% 49% 46% 38% 40% 59% 58% 35% 31% 20% 29% 14% 13% 29% 28% 14% 13% 13% 15% 12% 8% 6% 0% Sul da Ásia Oriente Médio América Latina e África do Norte e Caribe África Subsaariana Leste Asiático e Pacífico Europa Parte da responsabilidade Toda ou maior parte da responsabilidade América do Norte Média Global Nenhuma responsabilidade Observação: Q55: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela detecção de fraudes em sua organização? Devido ao arredondamento, alguns totais podem não somar 100% participantes. Documento 9 Prevenção de Fraudes: Responsabilidade da Auditoria Interna (Visão Regional) 80% 65% 60% 51% 58% 54% 52% 59% 57% 44% 42% 38% 40% 37% 31% 27% 24% 19% 20% 15% 7% 15% 24% 26% 17% 17% 11% 10% 0% Sul da Ásia Oriente Médio América Latina e África do Norte e Caribe Toda ou maior parte da responsabilidade África Subsaariana Leste Asiático e Pacífico Parte da responsabilidade Europa América do Norte Média Global Nenhuma responsabilidade Observação: Q56: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela prevenção de fraudes em sua organização? Devido ao arredondamento, alguns totais podem não somar 100% participantes.

15 a segunda linha de defesa (conformidade, riscos, etc.) são responsáveis, em geral, pelo controle e gestão do risco de fraude. Purcell diz que as atitudes culturais perante a fraude e a auditoria interna também afetam o papel da auditoria interna. No Sul da Ásia e no Oriente Médio, há uma crença de que a auditoria interna deve sempre verificar a possibilidade de fraude. Há diversas camadas de aprovações e assinaturas, com os auditores internos verificando os verificadores. As funções de auditoria interna estabelecidas no Oriente Médio têm destaque em suas empresas e, como resultado, a administração tenderia a delegar maior responsabilidade pela detecção de fraudes a elas. Departamentos Maiores Têm Maior Responsabilidade Os departamentos maiores de auditoria interna tendem a assumir maior responsabilidade por prevenir e detectar fraudes do que departamentos menores. Em organizações com mais de 50 auditores internos, 37% dos participantes declararam ter toda ou maior parte da responsabilidade pela detecção de fraudes, em comparação com a média global de 29% (veja o Documento 10). Para a prevenção de fraudes, os resultados foram parecidos, com 33% das organizações com mais de 50 auditores internos assumindo toda ou maior parte da responsabilidade, em comparação com a média global de 26% (veja o Documento 11). Os resultados podem ser explicados pela existência de especialistas em fraude ou investigadores dedicados em departamentos maiores de auditoria interna, o que normalmente não pode ser justificado em departamentos menores, por conta das limitações de custo. A existência desses especialistas ou investigadores de fraude dedicados aumenta a percepção de que a auditoria interna deva fazer mais para prevenir e detectar fraudes. Além disso, as expectativas da administração para as funções de auditoria interna também têm um papel a desempenhar. Na minha experiência, a maioria das empresas indianas não tem um departamento separado e único de investigação. Isso inclui empresas listadas. A responsabilidade recai sobre a auditoria interna e a expectativa da administração é que a auditoria interna deve assumir um papel de liderança em resposta ao risco de fraude, diz Ashar. Uma Abordagem Coordenada ao Risco de Fraude é a Melhor Opção A auditoria interna não é o meio de detecção de fraudes que mais prevalece, de acordo com a Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) (veja o Documento 12). Em vez disso, a fraude é detectada mais frequentemente pelos controles internos (denúncias) e pela primeira linha de defesa (revisão por parte da administração). Uma resposta eficaz ao risco de fraude deve incluir múltiplas linhas de defesa, com o envolvimento do comitê de auditoria, da alta administração e dos setores de conformidade, jurídico, recursos humanos e auditoria interna. Dr. Al Faddagh compartilha sua opinião: Precisamos pensar na gestão do risco de fraude como um processo. Nele, há responsabilidades compartilhadas entre a auditoria interna, a administração e as funções da segunda linha. Quando se trata da detecção, acredito que a auditoria interna tenha uma porção maior de responsabilidade do que ela tem pela prevenção de fraudes. Sem uma abordagem coordenada, há um maior risco de falha em detectar fraudes e em reagir com eficácia após sua detecção.

16 Documento 10 80% Detecção de Fraudes: Responsabilidade da Auditoria Interna (Visão por Porte do Departamento de Auditoria Interna) 58% 60% 64% 61% 60% 54% 37% 40% 27% 29% 26% 20% 25% 14% 13% 12% 12% 9% 0% 1a3 4a9 10 a ou mais Parte da responsabilidade Toda ou maior parte da responsabilidade Média Nenhuma responsabilidade Observação: Q55: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela detecção de fraudes em sua organização? Devido ao arredondamento, alguns totais podem não somar 100% participantes. Documento 11 80% Prevenção de Fraudes: Responsabilidade da Auditoria Interna (Visão por Porte do Departamento de Auditoria Interna) 60% 58% 58% 60% 57% 52% 40% 33% 26% 23% 20% 19% 16% 26% 23% 17% 15% 17% 0% 1a3 4a9 Toda ou maior parte da responsabilidade 10 a 49 Parte da responsabilidade 50 ou mais Média Nenhuma responsabilidade Observação: Q56: Qual o grau de responsabilidade da auditoria interna pela prevenção de fraudes em sua organização? Devido ao arredondamento, alguns totais podem não somar 100% participantes.

17 Documento 12 Formas de Detecção Inicial de Fraudes Método de Detecção % de casos Denúncias 42% Revisão da Administração 16% Auditoria Interna 14% Outros métodos, tais como por acidente, auditoria externa, agências de aplicação da lei, etc. 28% Fonte: ACFE 2014 Report to the Nations on Occupational Fraud and Abuse (Association of Certified Fraud Examiners, 2014), tradução livre da figura 11. Usada com permissão. Conclusão Pergunta 2: Até que ponto os auditores internos são responsáveis pela prevenção e detecção de fraudes? Não há apenas uma resposta correta. Depende amplamente da cultura e maturidade da organização, e da visão/posicionamento da auditoria interna dentro dela. Para organizações de menor porte, pode ser inviável manter equipes separadas de auditoria interna e investigações. No entanto, quando a auditoria interna se envolve extensivamente nas investigações de fraude, ela pode não ser capaz de agregar o máximo valor à organização. De acordo com o Presidente e CEO do IIA, Richard Chambers, o envolvimento nas investigações de fraude pode afetar os relacionamentos da auditoria interna dentro da organização. Quando os auditores internos estão profundamente envolvidos em investigações que possam resultar em ações disciplinares contra executivos ou outros funcionários, pode ser difícil que os auditores internos sejam vistos, depois, como conselheiros confiáveis que estão ali para ajudar, quando retomarem seu papel de auditoria interna, diz.* Ainda assim, a auditoria interna deve considerar o risco de fraude na preparação de sua avaliação de risco, deve estar atenta a alertas durante os trabalhos e deve reagir de acordo com as políticas da organização e leis aplicáveis. * Richard Chambers, The Dangers to Internal Audit of Donning a Black Hat. Obtido em: iaonline.theiia.org, 15 de Julho de 2014.

18 3 As Capacidades da Auditoria Interna na Reação ao Risco de Fraude O s auditores internos são capazes de reagir ao risco de fraude? Eles têm as habilidades certas? Esta seção analisa as capacidades dos auditores internos em relação à resposta ao risco de fraude. Ela discute como os auditores internos avaliam suas capacidades relativas ao risco de fraude, qual porcentagem dos auditores internos tem certificações relativas a fraude e até que ponto os auditores internos utilizam a análise de dados para detectar e prevenir fraudes. Os Auditores Internos Parecem Confiantes em Suas Habilidades de Risco de Fraude Os auditores internos parecem confiantes quanto à incorporação do risco de fraude em seus trabalhos e quanto ao apoio à conscientização do risco de fraude, apesar de apenas uma porção muito pequena (5%) dos participantes ter tido treinamento formal relativo à fraude e dedicar a maior parte de seu tempo ao trabalho nessa área Documento 13 Níveis de Habilidade de Competências Relativas à Fraude 40% 30% 34% 31% 28% 32% 28% 1-Iniciante 2-Treinado 20% 17% 3-Competente 13% 4-Avançado 10% 7% 4% 8% 5-Especialista 0% Apoio à conscientização do risco de fraude Incorporação das considerações de ética e fraude aos trabalhos de auditoria Observação: Estime sua proficiência em cada competência, usando a escala a seguir: 1-Iniciante; 2-Treinado; 3-Competente; 4-Avançado; 5-Especialista. Q81: Tópico: Apoio à conscientização do risco de fraude ( participantes) e Q83: Incorporação das considerações de ética e fraude aos trabalhos de auditoria ( participantes).

19 Se sua política de fraude ou seu estatuto de auditoria interna diz que você tem responsabilidades de investigação de fraude, você precisa ter a capacidade de contratar ajuda ou de contar com as habilidades internamente; do contrário, não o faça. Lynn Fountain, Autora de Raise the Red Flag: An Internal Auditor s Guide to Detect and Prevent Fraud (Q11, participantes). Cerca de 6 em cada 10 participantes acreditam ter conhecimento avançado ou especializado quanto à incorporação de considerações de ética e fraude nos trabalhos de auditoria, e outros 5 a cada 10 pensam o mesmo sobre apoiar a conscientização do risco de fraude (veja as barras dourada e roxa no Documento 13). Esse nível de confiança pode indicar que os auditores internos não estão cientes do conhecimento especializado necessário para responder com eficácia ao risco de fraude. A reação ao risco de fraude não gira apenas em torno da análise do risco e da auditoria dos controles existentes. Há técnicas de investigação, de entrevista, de exame forense digital e outras abordagens especializadas que precisam ser acessíveis à auditoria interna, para que ela possa reagir apropriadamente à fraude. Os auditores internos podem se tornar complacentes e pensar que entendem de fraude, mas, de fato, não entendem realmente os aspectos únicos de programas antifraude e esquemas de fraude emergentes, diz Turner. Poucos Auditores Internos Têm Certificações Relativas à Fraude Apenas 6% dos auditores internos do mundo (5% em 2010) têm uma certificação de examinador de fraude, como a certificação certified fraud examiner (CFE) da ACFE (veja o Documento 14). A região com maior taxa de auditores internos com certificações de exame de fraude foi a América do Norte, com 15%, seguida pelo Oriente Médio, com 8%. As demais regiões do mundo tiveram uma média de cerca de 3%. Adicionalmente, na Pesquisa Global de Auditoria Interna CBOK 2010, 11% dos participantes disseram planejar obter uma certificação de exame de fraude. Parece que muito poucos realizaram este plano ao longo dos últimos cinco anos. Isso não é de surpreender, porque os auditores internos normalmente buscam credenciais de auditoria interna, tais RECURSO Documento 14 Participantes com Certificações de Fraude Lynn Fountain, Raise the Red Flag: An Internal Auditor s Guide to Detect and Prevent Fraud (Altamonte Springs, FL: The Institute of Internal Auditors Research Foundation, 2015). América do Norte 15% Oriente Médio e África do Norte Europa África Subsaariana América Latina e Caribe 3% 4% 4% 8% Leste Asiático e Pacífico 3% Sul da Ásia 2% Média Global 6% 0% 5% 10% 15% 20% Observação: Q13: Quais certificações profissionais você tem em áreas que não sejam auditoria interna? (Escolha todas as aplicáveis.) Tópico: Exame de fraude (como CFE) participantes.

20 como o certified internal auditor (CIA) ou a qualification in internal audit leadership (QIAL), antes de obter certificações especializadas, tais como a CFE. O papel da auditoria interna na reação ao risco de fraude e a atitude do CAE em relação às certificações podem explicar esses resultados, diz Turner. Na Austrália, entidades de grande porte e bem estabelecidas frequentemente têm equipes especializadas em investigações de fraude. Então, a auditoria interna não investiga fraudes nesses casos. Outro fator é quando os escritórios de auditoria interna não têm planos de desenvolvimento profissional, por não enxergarem o valor em obter certificações no nível do departamento de auditoria interna. Acho que esta é uma perspectiva limitada que precisa mudar, para que os departamentos de auditoria interna sejam totalmente eficazes. Além disso, os resultados da pesquisa mostram que certificações de exame de fraude, quando disponíveis, são obtidas mais tarde na carreira de um auditor interno: 75% dos auditores internos com certificação de exame de fraude estão no nível de gerência ou maior. Da mesma forma, 66% dos auditores internos com certificação de exame de fraude têm 40 anos de idade ou mais (Q13, participantes). Logicamente, os auditores internos buscam a credencial CIA antes de obter outras certificações. Especialistas discordam quanto ao tópico das certificações de exame de fraude. De acordo com Fountain, Não ter uma certificação de exame de fraude não significa que você não será capaz de avaliar como a organização reage ao risco de fraude. O conhecimento da organização e de sua indústria é crítico para entender os tipos de esquemas de fraude que poderiam ocorrer. Por outro lado, Purcell comentou, Auditores internos não-especialistas seriam capazes de criar e preservar um rastro de evidências aceitável em juízo? Por fim, os auditores internos que terão papel ativo na reação ao risco de fraude precisarão tanto de certificações de exame de fraude, quanto de treinamento e experiência especializados. A Análise de Dados é Muito Usada para Identificar Fraudes O uso da análise de dados é um componente importante de programas antifraude amadurecidos. Cerca de 5 em cada 10 departamentos de auditoria interna que têm atividades de análise de dados utilizam as mesmas para identificar possíveis fraudes, entre outras coisas. Isso aumenta para 62% em organizações com mais de funcionários (veja o Documento 15). Tais resultados não são de surpreender, considerando que a implantação da análise de dados exige investimento de tempo e recursos. De acordo com um relatório da ACFE, o monitoramento/análise de dados de forma proativa é um dos controles antifraude mais eficazes em termos de reduzir perdas e durações medianas de fraude.* O monitoramento de dados aumenta a probabilidade de detecção de esquemas de fraude (ex., funcionários ou fornecedores fictícios) e alertas de fraude (pagamentos ou cobranças duplicadas, tendências/ padrões incomuns, o momento das transações, entradas manuais nos registros, etc.). Dr. Al Faddagh concorda com o uso da análise de dados para reagir ao risco de fraude. Os departamentos de auditoria interna precisam criar um banco de dados inteligente, que inclua todos os incidentes de fraude acontecidos ao longo dos anos. Esse banco de dados deve ser pesquisável e, então, você pode analisar tendências e obter insights úteis sobre hotspots de fraude e sobre as circunstâncias que levam à perpetração da fraude, diz. * Report to the Nations on Occupational Fraud and Abuse Examiners, 2014).

21 Documento 15 Análise de Dados Usada para Identificar Possíveis Fraudes (Visão por Porte da Organização) Menos de % 500 a % a % a % Mais de % Média 49% 0% 20% 40% 60% 80% Observação: Q96: Seu departamento de auditoria interna usa mineração ou análise de dados para as atividades a seguir? O documento mostra os participantes que escolheram identificação de possíveis fraudes participantes. Além disso, a análise de dados pode ser ainda mais eficaz se for incorporada como parte da primeira linha de defesa. Purcell diz, As empresas podem usar a análise de dados como parte da administração do departamento de auditoria interna, mas também precisam saber usá-la no decorrer da gestão do negócio, para detectar e analisar transações comerciais diárias em busca de fraudes. Novas ferramentas e técnicas estão emergindo e são mais imediatas do que históricas em suas análises. Incorporar a análise de dados no negócio também provavelmente resultará em maior eficiência operacional, não apenas na melhoria da detecção de fraudes. Conclusão Pergunta 3: Os auditores internos são capazes de reagir ao risco de fraude? Como os auditores internos podem se sentir confiantes em sua habilidade de reagir ao risco de fraude, se a maioria deles não é proprietária do risco, dedica relativamente pouco tempo ao risco de fraude e a grande maioria não possui certificações relativas à fraude? Uma resposta lógica seria que a maioria dos auditores internos tem uma lacuna de habilidades no que tange ao risco de fraude. Isso significa que eles precisariam receber treinamento regular sobre fraude para ter conhecimentos suficientes sobre os alertas de fraude e para atender os requisitos das Normas. A partir do ponto de vista tecnológico, a análise de dados (quando implantada) é usada pelos auditores internos para identificar fraudes e alertas de fraude. Alguns especialistas suspeitam que a atividade esteja centrada principalmente em torno da análise rotineira de gastos com viagens e entretenimento, a não ser que haja um programa antifraude maduro em prática (o que é verdade, mais provavelmente, em indústrias específicas ou empresas de grande porte). Apesar dos participantes dizerem usar a análise de dados para detectar fraudes, isso pode estar acontecendo apenas em um nível superficial.

22 4 Cinco Formas de Melhorar a Abordagem da Auditoria Interna ao Risco de Fraude O risco de fraude não é abordado adequadamente. Com o aumento do uso da tecnologia, a auditoria interna precisa incorporar avaliações do risco de fraude em qualquer processo de auditoria. Umesh Ashar, Gerente Geral Sênior Auditoria Interna, Tata Motors Limited L idar com fraudes, ou até falar sobre isso, pode ser algo que a administração tenda a evitar, não importa a materialidade. A natureza de alguns casos de fraude (seja a ambiguidade em torno deles ou as posições delicadas dos perpetradores) pode tirar a atenção dos objetivos e riscos fundamentais do negócio. A fraude também pode prejudicar o moral, os recursos e a reputação de uma organização. Isso é o que torna o risco de fraude mais complexo do que outros riscos do negócio. A grande maioria dos auditores internos do mundo indica ter ao menos parte da responsabilidade de detecção e prevenção de fraudes em suas organizações (88% e 84%, respectivamente; veja o Documento 7). No entanto, o risco de fraude compõe apenas 4% da maioria dos planos de auditoria interna (veja o Documento 5) e apenas 25% dos CAEs acreditam que o foco no risco de fraude aumentará em 2015 (veja o Documento 6). E, apesar da grande maioria dos auditores internos não ter certificações de exame de fraude (94%; veja o Documento 14), cerca da metade acredita ser competente ou melhor no apoio à conscientização de fraude e na incorporação das considerações de fraude nos trabalhos de auditoria (veja o Documento 13). Quando os CAEs escolheram as cinco principais áreas de risco, uma média global de 3 a cada 10 escolheu a fraude, mas há grandes diferenças entre as regiões (53% no Sul da Ásia, em comparação com 22% na América do Norte; veja o Documento 2). Os resultados também indicam que os auditores internos de empresas privadas são mais focados no risco de fraude do que em outros tipos de organização (veja o Documento 3). Por fim, o risco de fraude é mais provavelmente escolhido como uma das cinco prioridades pela auditoria interna do que pela administração, de acordo com as percepções da auditoria interna (veja o Documento 2). Apesar do risco de fraude não ser o foco principal da auditoria interna, quando grandes fraudes ocorrem em uma organização, a administração e os auditores internos frequentemente redirecionam todo o seu foco e energia para o risco de fraude. Isso é um dilema para os CAEs. Como se planejar para uma situação como essa? Para estarem preparados, os CAEs devem se certificar de que o papel da auditoria interna esteja claro para todas as partes interessadas. Do contrário, podem surgir dúvidas quanto à eficácia e valor do departamento de auditoria interna. Isso significa que os CAEs precisam ser proativos no que tange à abordagem ao risco de fraude e à aplicação de uma abordagem baseada em riscos para seus esforços. O Caminho À Frente As mensagens da pesquisa de 2015 e deste relatório precisam resultar em ações tangíveis para os CAEs e departamentos de auditoria interna. As cinco recomendações a seguir podem ajudar a melhorar a abordagem da auditoria interna em relação ao risco de fraude em todos os tipos de organização.

23 1. Estabeleça o papel da auditoria interna quanto à fraude. Qual é o papel da auditoria interna nos esforços antifraude da organização? Quais atividades (se houver) o departamento de auditoria interna executará para prevenir e detectar fraudes? Os CAEs precisarão entender as expectativas das partes interessadas e os requisitos das Normas para posicionar seus departamentos e documentar o papel no estatuto de auditoria interna e na política antifraude da organização. Considerando que a investigação ou dissuasão de fraude foi escolhida por apenas 29% dos CAEs como a principal forma por meio da qual a auditoria interna agrega valor, os CAEs podem querer delegar o máximo que puderem da responsabilidade de detecção e prevenção de fraudes para a primeira (gestão operacional) e a segunda (funções de gerenciamento de riscos e conformidade) linhas de defesa. Purcell diz, Os auditores internos devem trabalhar para empurrar a responsabilidade de fraude e gestão do risco de fraude para o negócio. A auditoria interna pode ser educadora e garantir que a estrutura de controle esteja operando corretamente, e que a primeira e segunda linhas de defesa estejam fazendo seu trabalho; a auditoria interna não deve se tornar a primeira ou a segunda linha de defesa. No entanto, se você trabalha em uma empresa privada ou em uma região com grande foco em fraude, você pode precisar aumentar o envolvimento do departamento de auditoria interna no risco de fraude e buscar a melhor forma de agregar valor ao programa antifraude da organização. 2. Eduque a administração sobre o risco de fraude. Os auditores internos parecem muito confiantes no apoio à conscientização de fraude, então faria sentido colocar essas habilidades em prática. Promova o Modelo das Três Linhas de Defesa. Conscientize sua organização sobre o risco de fraude, as Normas e o papel da auditoria interna. Você pode precisar abordar as lacunas de expectativas, diz Fountain. É muito desafiador atender as Normas e acompanhar as expectativas da administração. Os CAEs precisam comunicar periodicamente o papel da auditoria interna quanto à fraude, tanto para o comitê de auditoria quanto para a administração. 3. Seja proativo ao abordar o risco de fraude. Não apenas se sente e espere que a fraude aconteça; seja proativo! Use os canais de denúncia da auditoria, audite os controles da administração sobre fraudes, audite protocolos de investigação e audite programas antissuborno e corrupção. Além disso, você pode facilitar avaliações do risco de fraude, aumentar a frequência das auditorias em processos de alto risco de fraude, promover a necessidade de uma capacidade forense digital e assim por diante. Certifique-se de estar de acordo com seu comitê de auditoria sobre qual tarefa agregaria maior valor à organização. Turner recomenda, Os auditores internos precisam de foco razoável em facilitar as avaliações do risco de fraude, porque essa é uma área em que podem agregar muito valor, trazendo soluções estratégicas para minimizar o risco de fraudes potencialmente significantes. As Normas exigem que o auditor interno avalie o potencial de fraude, e facilitar as avaliações do risco de fraude é um bom passo em direção a atender esse requisito. 4. Desenvolva um banco de dados de lições aprendidas. Quando a fraude ocorre, ela deve (entre outras coisas) levar à correção de

Norma 2110 Governança

Norma 2110 Governança Norma 2110 Governança A atividade de auditoria interna deve avaliar e propor recomendações apropriadas para a melhoria do processo de governança no seu cumprimento dos seguintes objetivos: Promover a ética

Leia mais

PLATAFORMA GLOBAL DE DEFESA DA PROFISSÃO

PLATAFORMA GLOBAL DE DEFESA DA PROFISSÃO PLATAFORMA GLOBAL DE DEFESA DA PROFISSÃO SOBRE O INSTITUTO DE AUDITORES INTERNOS The Institute of Internal Auditors (IIA) é a voz global da profissão de auditoria interna, autoridade reconhecida e principal

Leia mais

O Futuro da Auditoria Interna: Tendências e requisitos fundamentais do Chief Audit Executive

O Futuro da Auditoria Interna: Tendências e requisitos fundamentais do Chief Audit Executive 1 O Futuro da Auditoria Interna: Tendências e requisitos fundamentais do Chief Audit Executive DEFINIÇÃO DE AUDITORIA INTERNA "A auditoria interna é uma atividade independente, de garantia objetiva e consultiva,

Leia mais

NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução de Auditoria.

NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução de Auditoria. NBC TA 320 Materialidade no Planejamento e na Execução de Auditoria. Índice Item Introdução Alcance 1 Materialidade no contexto de auditoria 2 6 Data de vigência 7 Objetivo 8 Definição 9 Requisitos Determinação

Leia mais

REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA

REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA REGULAMENTO DA AUDITORIA INTERNA CORPORATIVA 15/05/2018 1. Definição da atividade de auditoria A Auditoria Interna da TOTVS é uma atividade independente e objetiva que presta serviços de avaliação e de

Leia mais

Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa

Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa Liane Angoti Controladoria-Geral do Distrito Federal Sumário Cenário COSO evolução e abordagens Modelo 3 Linhas de Defesa Experiência da CGDF Reflexão

Leia mais

Avaliação de Riscos de Controle Interno e COSO. Prof. Jerônimo Antunes

Avaliação de Riscos de Controle Interno e COSO. Prof. Jerônimo Antunes Prof. Jerônimo Antunes 1 1. Controles Internos - Definição Conjunto de procedimentos adotados pelo Conselho de Administração, Direção e outros membros da organização, com o objetivo de proporcionar um

Leia mais

Quem é o Proprietário do Risco?

Quem é o Proprietário do Risco? Quem é o Proprietário do Risco? RISCO Core Report Analisando o Papel em Mudança da Auditoria Interna Paul J. Sobel CIA, QIAL, CRMA CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Sobre o CBOK FATOS

Leia mais

Benchmarking de Maturidade da Auditoria Interna

Benchmarking de Maturidade da Auditoria Interna Benchmarking de Maturidade da Auditoria Interna Um Olhar de Alto Nível Sobre o Planejamento e Processos de Auditoria do Mundo PERSPECTIVA GLOBAL Core Report Mohammad Abdolmohammadi DBA, CPA Giuseppe D

Leia mais

Gestão da Tecnologia da Informação

Gestão da Tecnologia da Informação TLCne-051027-P0 Gestão da Tecnologia da Informação Disciplina: Governança de TI São Paulo, Agosto de 2012 0 Sumário TLCne-051027-P1 Conteúdo desta Aula Continuação do Domínio de Processos PO (PO4, PO5

Leia mais

Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa

Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa Gestão de Controles Internos COSO e as 3 Linhas de Defesa Rodrigo Fontenelle, CGAP,CCSA,CRMA CGE TOP Agenda Base Normativa. Por quê precisamos falar sobre isso? COSO O Modelo das 3 Linhas de Defesa Enfoque

Leia mais

WORKSHOP NOVO MERCADO: COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS. Setembro, 2018

WORKSHOP NOVO MERCADO: COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS. Setembro, 2018 WORKSHOP NOVO MERCADO: COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS Setembro, 2018 Ser compliance é conhecer as normas da organização, seguir os procedimentos recomendados, agir em conformidade aos seus processos e

Leia mais

POLÍTICA PARA A PREVENÇÃO DE DELITOS 19 de julho de 2018.

POLÍTICA PARA A PREVENÇÃO DE DELITOS 19 de julho de 2018. 1 POLÍTICA PARA A PREVENÇÃO DE DELITOS 19 de julho de 2018. O Conselho de Administração da NEOENERGIA S.A. ("NEOENERGIA" ou Companhia ) tem a responsabilidade de formular a estratégia e aprovar as Políticas

Leia mais

ÍNDICE 1. OBJETIVO ABRANGÊNCIA DEFINIÇÕES GESTÃO DE RISCOS ETAPAS DA GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS...

ÍNDICE 1. OBJETIVO ABRANGÊNCIA DEFINIÇÕES GESTÃO DE RISCOS ETAPAS DA GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS... GESTÃO DE RISCOS Folha 1/10 ÍNDICE 1. OBJETIVO... 2 2. ABRANGÊNCIA... 2 3. DEFINIÇÕES... 2 4. GESTÃO DE RISCOS... 3 5. ETAPAS DA GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS... 4 5.1. Identificação dos Riscos:...

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A.

POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A. POLÍTICA DE GESTÃO, INTEGRIDADE, RISCOS E CONTROLES INTERNOS MGI MINAS GERAIS PARTICIPAÇÕES S.A. 1 SUMÁRIO 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 4 3. DEFINIÇÕES... 4 4. FUNDAMENTAÇÃO... 5 5. REVISÃO DESTA

Leia mais

Contemplando o Futuro das Normas de Auditoria Interna

Contemplando o Futuro das Normas de Auditoria Interna Contemplando o Futuro das Normas de Auditoria Interna Atualizações, Usos e Conformidade com as Normas NORMAS E CERTIFICAÇÕES Closer Look James A. Bailey PhD, CIA, CPA, CFE Sobre o CBOK FATOS DA PESQUISA

Leia mais

P a l e s t r a. Auditoria financeira no contexto dos padrões internacionais

P a l e s t r a. Auditoria financeira no contexto dos padrões internacionais P a l e s t r a Auditoria financeira no contexto dos padrões internacionais AGENDA 1 2 3 4 A importância da auditoria Responsabilidade em relação a fraudes Governança da entidade auditada Evolução da auditoria

Leia mais

Auditoria Contínua Uma visão do IIA Global. Oswaldo Basile, CIA, CCSA, QAR. CEO Trusty Consultores Presidente IIA Brasil

Auditoria Contínua Uma visão do IIA Global. Oswaldo Basile, CIA, CCSA, QAR. CEO Trusty Consultores Presidente IIA Brasil Auditoria Contínua Uma visão do IIA Global Oswaldo Basile, CIA, CCSA, QAR. CEO Trusty Consultores Presidente IIA Brasil Normas Internacionais para a Prática Profissional - NIPP Elementos - NIPP Definição

Leia mais

PLATAFORMA DE PROMOÇÃO GLOBAL

PLATAFORMA DE PROMOÇÃO GLOBAL PLATAFORMA DE PROMOÇÃO GLOBAL 2 INTRODUÇÃO A Plataforma Global de Promoção foi desenvolvida para apoiar os esforços de promoção dos institutos, filiais, voluntários e membros do IIA, e de outros praticantes

Leia mais

POLÍTICA CORPORATIVA 2018

POLÍTICA CORPORATIVA 2018 CONTEÚDO 1. OBJETIVO Esta política propõe-se a orientar todos empregados da Companhia quanto às ações que visam reduzir às exposições aos riscos (incertezas), com o objetivo de assegurar que a identificação,

Leia mais

A auditoria a serviço do interesse público

A auditoria a serviço do interesse público Palestra Agosto de 2017 A auditoria a serviço do interesse público Aspectos relevantes do trabalho do auditor independente AGENDA 1 2 3 4 A importância da auditoria Responsabilidade em relação a fraudes

Leia mais

Buscando Terceiros para

Buscando Terceiros para Buscando Terceiros para Atividades de Auditoria Interna GESTÃO Fast Fact Estratégias para Relacionamentos de Sucesso Dereck Barr-Pulliam PhD, CIA, CPA Sumário Executivo Um dos maiores desafios que chief

Leia mais

CHECK-LIST ISO 14001:

CHECK-LIST ISO 14001: Data da Auditoria: Nome da empresa Auditada: Auditores: Auditados: Como usar este documento: Não é obrigatório o uso de um check-list para o Sistema de Gestão. O Check-list é um guia que pode ser usado

Leia mais

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO

FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE ISO 19011:2012 PROF. NELSON CANABARRO PRINCÍPIOS ISO 9001:2015 1. Foco no cliente 2. Liderança 3. Engajamento das pessoas 4. Abordagem de processo 5. Melhoria

Leia mais

AS TRÊS LINHAS DE DEFESA NO GERENCIAMENTO

AS TRÊS LINHAS DE DEFESA NO GERENCIAMENTO DECLARAÇÃODEPOSICIONAMENTODOIIA: AS TRÊS LINHAS DE DEFESA NO GERENCIAMENTO INTRODUÇÃO Em negócios do século XXI, não é raro encontrar diversas equipes de auditores internos, especialistas em gerenciamento

Leia mais

Escolhendo a melhor opção para sua empresa

Escolhendo a melhor opção para sua empresa www.pwc.com.br Escolhendo a melhor opção para sua empresa Auditoria Interna Auditoria Interna - Co-sourcing atende/supera as expectativas da alta administração? A função de Auditoria Interna compreende

Leia mais

Por Carolina de Moura 1

Por Carolina de Moura 1 O desenvolvimento sistemático para a gestão de risco na empresa envolve um processo evolutivo. Nos últimos anos tenho testemunhado um forte interesse entre organizações, e as suas partes interessadas,

Leia mais

Os processos de segurança da informação devem assegurar a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade dos ativos de informação da Apex.

Os processos de segurança da informação devem assegurar a integridade, a disponibilidade e a confidencialidade dos ativos de informação da Apex. 1 POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Disposições Gerais Os sistemas de informação, a infraestrutura tecnológica, os arquivos de dados e as informações internas ou externas, são considerados importantes

Leia mais

FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO. São Paulo, Junho de SP v1

FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO. São Paulo, Junho de SP v1 FIP GESTORA DE RECURSOS LTDA. POLÍTICA DE RISCO São Paulo, Junho de 2016 SP - 17811769v1 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS 1. Introdução A FIP Gestora conta com os procedimentos referentes a gestão de riscos

Leia mais

Instrumento Organizacional. Política Institucional GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2

Instrumento Organizacional. Política Institucional GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2 Instrumento Organizacional Tipo: Política Institucional Fase: Vigente Título: Número e Versão: GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS PI0028 V.2 Área Emitente: Aprovador: Vigência da 1ª versão: Vigência desta versão:

Leia mais

Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos CELESC

Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos CELESC Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos CELESC Política de Gestão Estratégica de Riscos e Controles Internos CELESC SUMÁRIO SUMÁRIO... 1 INTRODUÇÃO... 2 OBJETIVOS... 3 CONCEITOS...

Leia mais

Política de Prevenção a Fraudes

Política de Prevenção a Fraudes Política de Prevenção a Fraudes Maio/2018 1. Apresentação da Política Esta Política tem como objetivo ser um dos pilares que visam assegurar a adequação, o fortalecimento e o funcionamento eficiente do

Leia mais

Conteúdo Programático Completo

Conteúdo Programático Completo Conteúdo Programático Completo 1. PAPÉIS ESTRATÉGICOS E OPERACIONAIS DA AUDITORIA INTERNA 1.1 Gestão de Mudanças 1.1.1 Visão Geral 1.1.2 Habilidades Interpessoais 1.1.3 Tipos de Mudança 1.1.4 Resistência

Leia mais

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO PÚBLICA

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO PÚBLICA POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO PÚBLICA ÍNDICE 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 3 3. DIRETRIZES... 3 3.1. TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO... 3 3.2. COOPERAÇÃO ENTRE ORGANIZAÇÕES... 3 3.3. CONDUTAS

Leia mais

Política de Controles Internos e Gestão de Riscos

Política de Controles Internos e Gestão de Riscos Política de Controles Internos e Gestão de Riscos SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO... 3 2- ABRANGÊNCIA... 3 3- TERMOS E DEFINIÇÕES... 4 4- OBJETIVO... 6 5- DIRETRIZES PARA O CONTROLE INTERNO E GESTÃO DE RISCOS...

Leia mais

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP RELATÓRIO ANUAL RESUMIDO DO COMITÊ DE AUDITORIA ESTATUTÁRIO - 2018 Aos Conselheiros de Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 1. APRESENTAÇÃO O Comitê de Auditoria Estatutário

Leia mais

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - SABESP RELATÓRIO ANUAL RESUMIDO DO COMITÊ DE AUDITORIA - 2016 Aos Conselheiros de Administração da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo 1. APRESENTAÇÃO O Comitê de Auditoria (Comitê) da Companhia

Leia mais

POLÍTICA DE CONFORMIDADE

POLÍTICA DE CONFORMIDADE Sumário 1. OBJETIVO... 1 2. ABRANGÊNCIA... 1 3. DEFINIÇÕES... 1 3.1 Conformidade... 1 3.2 Estrutura Normativa Interna... 1 3.3 Programa de Integridade... 1 4. PRINCÍPIOS E DIRETRIZES... 1 4.1 Princípios

Leia mais

Audit Committee Institute ACI

Audit Committee Institute ACI PESQUISA Audit Committee Institute ACI Pedro Melo André Coutinho ACI NO BRASIL Audit Committee Institute (ACI) 1999 Lançado nos Estados Unidos pela KPMG International com a finalidade de promover a troca

Leia mais

Módulo 5 Ambiente financeiro, relatórios, auditoria interna, conclusões e exercícios

Módulo 5 Ambiente financeiro, relatórios, auditoria interna, conclusões e exercícios Módulo 5 Ambiente financeiro, relatórios, auditoria interna, conclusões e exercícios O Ambiente Financeiro Global Nenhuma economia ou governo de sucesso, pode operar atualmente sem inter-conectividade

Leia mais

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CORPORATIVOS DA CEMIG

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CORPORATIVOS DA CEMIG 15 / 12 / 2017 Pág. 1/6 POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS CORPORATIVOS DA CEMIG 1. OBJETIVO Substitui a NO-02.19, de 30/10/2017 Orientar as atividades de identificação, análise, tratamento, monitoramento

Leia mais

POLÍTICA PCT 007 GERENCIAMENTO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS

POLÍTICA PCT 007 GERENCIAMENTO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS POLÍTICA PCT 007 GERENCIAMENTO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS Data: 29/10/2018 Página 1 de 6 1. OBJETIVO Disseminar a cultura de gestão de riscos e o ambiente de controle em todos níveis da organização,

Leia mais

OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL

OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL OHSAS 18001:2007 SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL Requisitos gerais, política para SSO, identificação de perigos, análise de riscos, determinação de controles. CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE

Leia mais

Modeloo de Estatuto do Comitê de Auditoria

Modeloo de Estatuto do Comitê de Auditoria Modeloo de Estatuto do Comitê de Auditoria PROPÓSITO Auxiliar o conselho de administração a cumprir com suas responsabilidades de supervisão do processo de reporte financeiro, do sistema de controle interno,

Leia mais

Respostas aos Riscos Avaliados

Respostas aos Riscos Avaliados Respostas aos Riscos Avaliados Avaliação de Riscos Respostas aos Riscos Significativos Estratégia Global Plano de Auditoria NBC TA 330 Respostas do Auditor aos Riscos Avaliados O auditor deve planejar

Leia mais

Política de Risco Operacional BM&FBOVESPA. Página 1

Política de Risco Operacional BM&FBOVESPA. Página 1 BM&FBOVESPA Página 1 Última revisão: abril de 2014 Índice 1. OBJETIVO... 3 2. ABRANGÊNCIA... 3 3. REFERÊNCIA... 3 4. CONCEITOS... 3 5. DIRETRIZES... 3 5.1. Seção A Comunicação e Consulta... 4 5.2. Seção

Leia mais

Auditando o Setor Público

Auditando o Setor Público Auditando o Setor Público FUTURO Closer Look Gerindo Expectativas, Entregando Resultados Arthur Piper CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Patrocínio Sobre o CBOK FATOS DA PESQUISA Participantes

Leia mais

CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge

CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge PERSPECTIVA GLOBAL Fast Fact Sumário Executivo Reflexões Regionais América Latina é um relatório de pesquisa personalizado, que fornece perspectiva à América Latina sobre as descobertas do CBOK 2015, o

Leia mais

POLÍTICA DE CONFORMIDADE CORPORATIVA DA TRANSPETRO

POLÍTICA DE CONFORMIDADE CORPORATIVA DA TRANSPETRO POLÍTICA DE CONFORMIDADE CORPORATIVA DA TRANSPETRO SUMÁRIO 1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO E ABRANGÊNCIA 3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES 3.1. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA 3.2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Leia mais

Gestão da Tecnologia da Informação

Gestão da Tecnologia da Informação TLCne-051027-P0 Gestão da Tecnologia da Informação Disciplina: Governança de TI São Paulo, Novembro de 2012 0 Sumário TLCne-051027-P1 Conteúdo desta Aula Finalizar o conteúdo da Disciplina Governança de

Leia mais

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO A Vida Tratada Com Respeito FOLHA DE CONTROLE Título Política de Controles Internos Número de versão 1 Status Lançamento Autoria Superintendência de Controles Internos e Gestão de Riscos - SUCIR Pré-aprovação Diretoria Colegiada

Leia mais

Políticas Corporativas

Políticas Corporativas 1 IDENTIFICAÇÃO Título: Restrições para Uso: POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS Acesso Controle Livre Reservado Confidencial Controlada Não Controlada Em Revisão 2 - RESPONSÁVEIS Etapa Área Responsável Cargo

Leia mais

AULA 02 Qualidade em TI

AULA 02 Qualidade em TI Bacharelado em Sistema de Informação Qualidade em TI Prof. Aderson Castro, Me. AULA 02 Qualidade em TI Prof. Adm. Aderson Castro, Me. Contatos: adersoneto@yahoo.com.br 1 Qualidade de Processo A Série ISO

Leia mais

POLÍTICA INSTITUCIONAL DO SISTEMA DE CONTROLES INTERNOS

POLÍTICA INSTITUCIONAL DO SISTEMA DE CONTROLES INTERNOS POLÍTICA INSTITUCIONAL DO SISTEMA DE CONTROLES INTERNOS 1. INTRODUÇÃO A Política Institucional do Sistema de Controles Internos do Conglomerado Mercantil do Brasil baseia-se nas diretrizes do Conselho

Leia mais

A LEI ANTICORRUPÇÃO EXIGE DAS EMPRESAS ESTRUTURA DE COMPLIANCE

A LEI ANTICORRUPÇÃO EXIGE DAS EMPRESAS ESTRUTURA DE COMPLIANCE A LEI ANTICORRUPÇÃO EXIGE DAS EMPRESAS ESTRUTURA DE COMPLIANCE XIV FÓRUM MINEIRO DE RELAÇÕES DO TRABALHO NB Advisers / Starling de Freitas & Borges Torres 05/06/14 Compliance O que é? To comply cumprir,

Leia mais

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RISCOS CORPORATIVOS, CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE. Histórico de Revisões. Elaboração do Documento.

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RISCOS CORPORATIVOS, CONTROLES INTERNOS E COMPLIANCE. Histórico de Revisões. Elaboração do Documento. Histórico de Revisões Versão: 01 Data de Revisão: Histórico: Elaboração do Documento. Índice I. Objetivo... 1 II. Abrangência... 1 III. Documentação Complementar... 1 IV. Conceitos e Siglas... 2 V. Responsabilidades...

Leia mais

NBC TA 320 (R1) MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DA AUDITORIA

NBC TA 320 (R1) MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DA AUDITORIA NBC TA 320 (R1) MATERIALIDADE NO PLANEJAMENTO E NA EXECUÇÃO DA AUDITORIA A letra R mais o número que identifica sua alteração (R1, R2, R3,...) foram adicionados à sigla da norma para identificarem o número

Leia mais

Auditoria. Controle de Qualidade. Professor Marcelo Spilki.

Auditoria. Controle de Qualidade. Professor Marcelo Spilki. Auditoria Controle de Qualidade Professor Marcelo Spilki www.acasadoconcurseiro.com.br Auditoria CONTROLE DE QUALIDADE NBC PA 01 Controle de qualidade para auditores Trata das responsabilidades do auditor

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Unidade VI Planejamento Estratégico de TI. Luiz Leão

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Unidade VI Planejamento Estratégico de TI. Luiz Leão Luiz Leão luizleao@gmail.com http://www.luizleao.com Conteúdo Programático 6.1 Governança de tecnologia da Informação 6.2 Planejamento e Controle da TI 6.3 O Papel Estratégico da TI para os Negócios 6.4

Leia mais

Mapeando Sua Carreira

Mapeando Sua Carreira Mapeando Sua Carreira Competências Necessárias para a Excelência em Auditoria Interna TALENTO Core Report James Rose CIA, CRMA, CPA, CISA CBOK The Global Internal Audit Common Body of Knowledge Patrocínio

Leia mais

I Congresso Brasileiro de Auditoria e Controle Internos COBACI 2018 Auditoria Interna em Sistemas de Governança, de riscos e de controles.

I Congresso Brasileiro de Auditoria e Controle Internos COBACI 2018 Auditoria Interna em Sistemas de Governança, de riscos e de controles. I Congresso Brasileiro de Auditoria e Controle Internos COBACI 2018 Auditoria Interna em Sistemas de Governança, de riscos e de controles. Agosto 2018 1 Eduardo Person Pardini CICP Palestrante, Consultor

Leia mais

Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos.

Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos. Procedimentos de Auditoria Procedimentos de auditoria; Confirmações externas; Procedimentos analíticos. 1 Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados. 1.1 Objetivo. O objetivo do auditor é o de obter evidência

Leia mais

Governança Corporativa e Prevenção a Fraudes. Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização Banco Central do Brasil

Governança Corporativa e Prevenção a Fraudes. Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização Banco Central do Brasil Governança Corporativa e Prevenção a Fraudes Anthero de Moraes Meirelles Diretor de Fiscalização Banco Central do Brasil Agenda 1. A Supervisão do SFN e a importância da Governança Corporativa 2. Prevenção

Leia mais

POLÍTICA GESTÃO RISCOS CORPORATIVOS

POLÍTICA GESTÃO RISCOS CORPORATIVOS Página 1 / 7 1. Objetivo Esta política tem por objetivo estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades a serem observados nas atividades relacionadas à gestão dos riscos corporativos da COPASA

Leia mais

NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 320 A MATERIALIDADE NO PLANEAMENTO E NA EXECUÇÃO DE UMA AUDITORIA ÍNDICE

NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 320 A MATERIALIDADE NO PLANEAMENTO E NA EXECUÇÃO DE UMA AUDITORIA ÍNDICE AUDITORIA NORMA INTERNACIONAL DE AUDITORIA 320 A MATERIALIDADE NO PLANEAMENTO E NA EXECUÇÃO DE UMA AUDITORIA (Aplicável a auditorias de demonstrações financeiras de períodos com início em ou após 15 de

Leia mais

Módulo 3 Visão geral dos controles do COSO e exercícios

Módulo 3 Visão geral dos controles do COSO e exercícios Módulo 3 Visão geral dos controles do COSO e exercícios Estruturas e Metodologias de controle adotadas na Sarbanes COSO Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission Lei Sarbanes Oxley

Leia mais

POLÍTICA DE RISCO OPERACIONAL

POLÍTICA DE RISCO OPERACIONAL Informação Pública 13/5/2016 ÍNDICE 1 OBJETIVO... 3 2 ABRANGÊNCIA... 3 3 REFERÊNCIA... 3 4 CONCEITOS... 3 5 DIRETRIZES... 4 6 RESPONSABILIDADES... 7 7 INFORMAÇÕES DE CONTROLE... 10 13/5/2016 Informação

Leia mais

Sem riscos, não há recompensas

Sem riscos, não há recompensas Sem riscos, não há recompensas Panorama Brasil Pesquisa global da EY sobre riscos, governança e conformidade, edição 2015 Como empresas de diferentes países gerenciam riscos? A nova edição da pesquisa

Leia mais

Sistema de Gestão em Excelência Operacional e a Jornada rumo a uma Organização Livre de Acidentes

Sistema de Gestão em Excelência Operacional e a Jornada rumo a uma Organização Livre de Acidentes Sistema de Gestão em Excelência Operacional e a Jornada rumo a uma Organização Livre de Acidentes Laudemir Silva Superintendente e Gerente de Planta Edmario Nascimento - Gerente de HES/OE/PSM Planta Mauá

Leia mais

A Nova Auditoria. Rogerio Zanchi. Gerente de Auditoria Interna. Grupo Votorantim

A Nova Auditoria. Rogerio Zanchi. Gerente de Auditoria Interna. Grupo Votorantim A Nova Auditoria Rogerio Zanchi Gerente de Auditoria Interna Grupo Votorantim Precisamos mudar, mas por quê? Fatores Motivadores da Transformação Conservador ou Obsoleto? Atuação e Abordagem Pessoal Sinergia

Leia mais

Instrução Normativa IN CO Política de Compliance da CIP

Instrução Normativa IN CO Política de Compliance da CIP Instrução Normativa IN CO011 2017 Política de Objetivo: Estabelecer as diretrizes que regem o funcionamento da estrutura de Compliance, em consonância com a Visão, a Missão, os Valores e Princípios da

Leia mais

Gerenciamento de Riscos Corporativos

Gerenciamento de Riscos Corporativos Gerenciamento de Riscos Corporativos Nosso objetivo Auxiliar organizações na implantação de medidas para a sistematização de práticas relacionadas à governança, controles internos e gestão de riscos, visando

Leia mais

INSTRUMENTO NORMATIVO

INSTRUMENTO NORMATIVO DESTINATÁRIO Todas as Unidades Organizacionais PRINCIPAIS ALTERAÇÕES Atualização das diretrizes considerando a legislação pertinente e as melhores práticas do mercado. UNIDADE GESTORA DO PROCESSO (Assinatura

Leia mais

Aprendizado Contínuo para Auditores Internos

Aprendizado Contínuo para Auditores Internos Aprendizado Contínuo para Auditores Internos Níveis de Certificação e Treinamento ao Redor do Mundo NORMAS & CERTIFICAÇÕES Closer Look Eleftherios Tsintzas MSc, CIA, CRMA, CFSA, CFE CBOK The Global Internal

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 11 Tema:

Leia mais

Definição. Sistema de Gestão Ambiental (SGA):

Definição. Sistema de Gestão Ambiental (SGA): Definição Sistema de Gestão Ambiental (SGA): A parte de um sistema da gestão de uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e gerenciar seus aspectos ambientais. Item

Leia mais

PROGRAMA DE COMPLIANCE

PROGRAMA DE COMPLIANCE Sumário Introdução Público Os elementos do Programa de Compliance da Marfrig Governança e Cultura Análise de riscos de Compliance Papéis e Responsabilidades Normas e Diretrizes Internas Comunicação e Treinamento

Leia mais

Conteúdo Programático Completo

Conteúdo Programático Completo Conteúdo Programático Completo 1. ORIENTAÇÕES MANDATÓRIAS 1.1 Padrões Aplicáveis 1.1.1 Orientações Mandatórias 1.1.2 Orientações Fortemente Recomendadas 1.1.3 Representação Gráfica da Hierarquia das Normas

Leia mais

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte

Módulo Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Módulo 3 4. Contexto da organização 5. Liderança 6. Planejamento do sistema de gestão da qualidade 7. Suporte Sistemas de gestão da qualidade Requisitos 4 Contexto da organização 4.1 Entendendo a organização

Leia mais

ENEVA S.A. CNPJ/MF: / Companhia Aberta

ENEVA S.A. CNPJ/MF: / Companhia Aberta POLÍTICA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 1. OBJETIVO 1.1. A Política de Gerenciamento de Riscos ( Politica ) visa estabelecer os princípios, diretrizes e responsabilidades a serem observados pela ( ENEVA ),

Leia mais

SP v1 POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS

SP v1 POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS 1 ÍNDICE 1. Objetivo... 3 2. Responsabilidade... 3 3. Referência... 3 4. Definições... 3 5. Papéis e Responsabilidades... 4 6. Documentação de Controles Internos...5 7. Auto

Leia mais

GRC Governança Risco e Compliance

GRC Governança Risco e Compliance GRC Governança Risco e Compliance 2 Implantação do GRC- Governança, Riscos e Compliance Lei das Estatais: 13.303/16 Conceito do GRC Integração dos processos dentro de uma organização, fazendo com que a

Leia mais

Introdução Alcance 1 Data de vigência 2 Objetivo 3 Definições 4 Requisitos. Procedimentos de auditoria Conclusões e relatórios de auditoria

Introdução Alcance 1 Data de vigência 2 Objetivo 3 Definições 4 Requisitos. Procedimentos de auditoria Conclusões e relatórios de auditoria NBC TA 510 Trabalhos Iniciais, Saldos Iniciais Índice Item Introdução Alcance 1 Data de vigência 2 Objetivo 3 Definições 4 Requisitos Procedimentos de auditoria 5 9 Conclusões e relatórios de auditoria

Leia mais

Política Controles Internos

Política Controles Internos Política Controles 1. Objetivo Esta política estabelece diretrizes e responsabilidades para a implementação e manutenção do Sistema de Controles integrado ao Gerenciamento de Risco Operacional aplicável

Leia mais

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro Política de Gestão de Riscos Operacionais 14 de fevereiro 2017 Define os objetivos, as responsabilidades e as diretrizes que orientam a Gestão de Riscos Operacionais na Cetip S.A. Versão da Política: 1ª

Leia mais

UNOPS e a Excelência em Gestão de Projetos nas Nações Unidas. 15 Encontro de Gerenciamento de Projetos PMI-DF

UNOPS e a Excelência em Gestão de Projetos nas Nações Unidas. 15 Encontro de Gerenciamento de Projetos PMI-DF UNOPS e a Excelência em Gestão de Projetos nas Nações Unidas 15 Encontro de Gerenciamento de Projetos PMI-DF 16 /10/ 2015 UNOPS - áreas principais e serviços Em 2010, a Assembléia Geral e a ONU reafirmaram

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS 2 SUMÁRIO Introdução 3 Definições 4 Estrutura 5 Responsabilidades 6 3 INTRODUÇÃO Este documento tem como objetivo fornecer uma visão geral da estrutura de gerenciamento

Leia mais

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini /

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini   / Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini E-mail: prof.andre.luis.belini@gmail.com / andre.belini@ifsp.edu.br MATÉRIA: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO Aula N : 11 Tema:

Leia mais

2. Gerenciamento do Serviço de Auditoria

2. Gerenciamento do Serviço de Auditoria 2. Gerenciamento do Serviço de Auditoria Introdução 2.1. Todo o serviço de auditoria deve ser adequadamente planejado, supervisionado e gerenciado para assegurar que o serviço seja eficaz, eficiente e

Leia mais

AUDITORIA BASEADA EM RISCOS

AUDITORIA BASEADA EM RISCOS Série Risk Management AUDITORIA BASEADA EM RISCOS Como implementar a ABR nas organizações: uma abordagem inovadora AMOSTRA do Manual REVISÃO TÉCNICA: Francesco De Cicco Diretor-Executivo do QSP Centro

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS Versão 3.0 Setembro 2016 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Conceitos... 3 3 Referências... 4 4 Princípios... 4 5 Diretrizes... 6 5.1 Identificação dos riscos...

Leia mais

COMPLIANCE E GESTÃO DE RISCOS. Viviane Vieira Malta - Diretora de Administração e Finanças

COMPLIANCE E GESTÃO DE RISCOS. Viviane Vieira Malta - Diretora de Administração e Finanças COMPLIANCE E GESTÃO DE RISCOS Viviane Vieira Malta - Diretora de Administração e Finanças POLÍTICAS GOVERNANÇA REGRAS REGULAMENTOS COMPLIANCE LEIS REQUERIMENTOS RISCOS PADRÕES BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA

Leia mais

Política de Gestão de Riscos AES Brasil

Política de Gestão de Riscos AES Brasil Política de Gestão de Riscos AES Brasil 1 OBJETIVO Fornecer as diretrizes gerais para a Gestão de Riscos do Grupo AES no Brasil, visando conceituar e documentar os princípios de Gestão de Riscos e atividades

Leia mais

Enterprise Risk Management (ERM) Gestão de Riscos Corporativos Pesquisa sobre o estágio atual em empresas brasileiras

Enterprise Risk Management (ERM) Gestão de Riscos Corporativos Pesquisa sobre o estágio atual em empresas brasileiras KPMG Risk & Compliance Enterprise Risk Management (ERM) Gestão de Riscos Corporativos Pesquisa sobre o estágio atual em empresas brasileiras Conteúdo 1. Contexto geral 6. Estrutura e funcionamento do Conselho

Leia mais

Preparação para Revisão da Gestão de Crises

Preparação para Revisão da Gestão de Crises Preparação para Revisão da Gestão de Crises Bem-vindo! Ao longo desses módulos de treinamento, você aprendeu sobre a abordagem da AB InBev para preparação durante crise. Neste módulo, vamos investigar

Leia mais