Artigo Original. Maria Goretti de Godoy Sousa 1, Juliana Rodrigues Soares Andrade 2, Camila de Farias Dantas 3, Mirian Domingos Cardoso 4

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Artigo Original. Maria Goretti de Godoy Sousa 1, Juliana Rodrigues Soares Andrade 2, Camila de Farias Dantas 3, Mirian Domingos Cardoso 4"

Transcrição

1 Artigo Original Investigação de óbitos por tuberculose, ocorridos na Região Metropolitana do Recife (PE), registrados no Sistema de Informação de Mortalidade, entre 2001 e 2008 Deaths investigation for tuberculosis in Metropolitan Region of Recife (PE), registered in the Brazilian Mortality Information System, between Maria Goretti de Godoy Sousa 1, Juliana Rodrigues Soares Andrade 2, Camila de Farias Dantas 3, Mirian Domingos Cardoso 4 Resumo Este estudo objetivou investigar óbitos por tuberculose (TB) no sistema de informação de mortalidade (SIM), identificando a consistência desses no sistema de notificação de agravos (SINAN). Trata-se de uma coorte retrospectiva de óbitos ocorridos na Região Metropolitana do Recife (RMR) e residentes no estado, entre 2001 e 2008, utilizando dados desses dois sistemas. A técnica de relacionamento de bancos de dados foi utilizada e óbitos não pareados foram investigados. Encontrou-se 821 óbitos não pareados (39,2%) no SINAN, 618 (75,3%) foram investigados e, desses, 531 (85,9%) foram confirmados como óbitos TB, representando uma subnotificação de casos e óbitos no SINAN de 29,4%. Dentre os pareados, 112 (8,8%) tinham encerramento como cura, divergindo da declaração de óbito. Apesar do avanço na implementação dos sistemas de informação em saúde, os dados apontam alta subinformação dos casos e óbitos por TB no SINAN. Palavras-chave: tuberculose; vigilância epidemiológica; sistemas de informação; análise de dados. Abstract The objective of this paper was to assess consistency between the Brazilian tuberculosis (TB) mortality (SIM) and morbidity (SINAN) information systems. A retrospective cohort study of 2,093 deaths in the metropolitan region of Recife, from 2001 to 2008, was carried out, comparing both systems SIM and SINAN databases. In addition, the medical record linkage technique was used. Deaths were identified as unpaired data and selected for investigation. The study s main findings show that 820 (39.2%) out of 2,093 deaths had not been notified as TB at SINAN and 618 (75.3%) of them were investigated; 531 (85,9%) Trabalho realizado na Secretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) Recife (PE), Brasil. 1 Mestre em Avaliação de Programas de Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Rio de Janeiro (RJ), Brasil; Técnica da Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) Recife (PE), Brasil; Ex-coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose da SES-PE Recife (PE), Brasil. 2 Graduanda de Enfermagem da Universidade de Pernambuco (UPE) Recife (PE), Brasil; Estagiária da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Recife (PE), Brasil. 3 Graduanda de Enfermagem da UPE Recife (PE), Brasil; Estagiária da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco Recife (PE), Brasil. 4 Doutora em Epidemiologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil; Professora Adjunta da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças (FENSG) da UPE Recife (PE), Brasil. Endereço para correspondência: Maria Goretti G. Sousa Rua dos Navegantes, 2599, apto Boa Viagem CEP: Recife (PE), Brasil gorettigodoy@globo.com Fonte de financiamento: Pesquisa financiada com recursos do Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil, desenvolvido com recursos da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde Edital de seleção Fundo Global Tuberculose Brasil/Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (FIOTEC)/ENSP/FIOCRUZ/Ministério da Saúde (MS) nº 1/2009. Conflito de interesse: nada a declarar. Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

2 Maria Goretti de Godoy Sousa, Juliana Rodrigues Soares Andrade, Camila de Farias Dantas, Mirian Domingos Cardoso were confirmed as being TB deaths, which represent 29.4% no reported TB cases and deaths. Among matched cases, 112 (8.8%) were reported as cured in disagreement with the declaration of death. Despite the progress achieved in the health information systems implementation in the State of Pernambuco, the comparison study show a high level of TB cases and no reported deaths. Keywords: tuberculosis; epidemiological surveillance; information systems; data analysis. INTRODUÇÃO Tuberculose (TB) é um importante problema de saúde pública, com profundas raízes sociais, e está intimamente ligada à fome, más condições de higiene, saneamento, habitação e educação 1. No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2009 foram notificados mais de 72 mil casos de TB colocando o país na 19ª posição entre os 22 países que concentram 80% do total mundial de casos e o 108º em taxa de incidência. Nesse mesmo ano, óbitos em decorrência da doença foram registrados configurando-a como a 4ª maior causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª causa de mortes dos pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), no país 2. O estado de Pernambuco apresentou, em 2009, a 5ª maior taxa de incidência de TB do país, e a 2ª na Região Nordeste, com notificação anual de cerca de casos novos, uma taxa de detecção média nos últimos anos de 48,4 casos por habitantes, bem acima da média no país que é de 37,8/ habitantes. A cidade do Recife, até 2008, apresentava a maior taxa de incidência entre as capitais; porém, em 2009, passou a apresentar a quinta maior taxa 2. A Região Metropolitana de Recife (RMR) é a mais populosa do estado, com grandes bolsões de miséria, refletindo diretamente na TB, concentrando, no período de 2001 a 2008, 70,5% dos casos notificados em Pernambuco, sendo que os 6 municípios prioritários para o Fundo Global/TB, situados nessa região, detêm sozinhos 61,0% dos casos 3. No Estado, de 2006 a 2009, segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), a TB é a 4ª causa de morte em maiores de 15 anos, dentre as doenças infecciosas, com uma média de 380 ocorrências/ano 4. Apesar do elevado número de óbitos por TB em Pernambuco, não existe uma rotina de investigação sistemática na maioria dos municípios, o que contribuiria tanto para conhecer a situação de encerramento, indicador de efetividade do tratamento, quanto para resgatar possíveis casos subnotificados. Ademais, com as atualizações das versões do sistema de informação de agravos de notificação (SINAN), observou-se a necessidade de busca de informações devido à migração de base de dados para a versão operacional SinanNet, em 2007, especialmente para a variável de situação de encerramento por óbito 5. Considerando-se os recursos limitados das ações de vigilância em saúde para conhecer o verdadeiro número de casos das doenças de notificação compulsória, a busca de fontes alternativas deve ser uma iniciativa dos serviços de saúde. Nesse caso, o uso de ferramentas de relacionamento de bancos de dados tem sido proposto para estimar subnotificação, e como estratégia de resgate de casos de uma doença sem o investimento necessário para uma vigilância ativa 6. Este estudo objetivou investigar óbitos por TB registrados no SIM, identificando a subnotificação desses no SINAN. METODOLOGIA Foi conduzido um estudo de coorte retrospectiva de óbitos, com causa básica TB, cuja população constituiu-se de todos os óbitos por TB ocorridos na RMR, no período de 01 de janeiro de 2001 a 31 de dezembro de 2008, e residentes no estado. Os dados foram obtidos a partir dos registros do SIM e do SINAN. Foram, ainda, realizadas análises adicionais em prontuários hospitalares e fichas de necropsia realizadas no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Recife, dos óbitos não notificados ao SINAN, assim como aqueles pareados, porém com situação de encerramento como cura. Foi utilizado um instrumento de coleta de dados estruturado baseado na ficha de investigação de óbitos utilizado pela Divisão de Informações de Mortalidade do Recife e adaptado para esta pesquisa 7. Constavam desse instrumento informações de identificação, diagnóstico e tratamento, em consonância com os campos principais da ficha individual de notificação do SINAN. Inicialmente, a partir do banco de dados do SIM, foram selecionados todos os óbitos cuja causa básica foi TB, CID 10: A15 a A19 (n=2.094, residentes no estado, ocorridos na RMR, no período de 2001 a 2005, registrados no SIM versão Windows SIMW e, no período de 2006 a 2008, registrados no SIM versão web SIMWeb). Em seguida, foram também selecionados todos os casos de TB, residentes no estado de Pernambuco, diagnosticados no período de 2001 a 2008, notificados no SINAN versão Net (SinanNet) e aqueles diagnosticados entre os anos de 1996 a 2000 e notificados no SINAN versão Windows (SinanW). 154 Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

3 Investigação de óbitos por tuberculose A escolha do período anterior a 2001 partiu do pressuposto de que, antes de o evento óbito ocorrer, o caso poderia ter sido notificado em um período de até cinco anos antes; enquanto que a abrangência do local de residência deveu-se a possibilidade dos óbitos, em análise neste estudo, terem notificação anterior ao período estudado em qualquer outra região do estado. Após a seleção das populações do estudo, realizou-se o procedimento de relacionamento probabilístico entre os bancos de dados de morbidade e mortalidade, com o propósito de identificar os pares verdadeiros e não pares. Esse método baseia-se na utilização conjunta de campos comuns, presentes em ambos os bancos de dados, com o objetivo de identificar o quanto é provável que um par de registros se refira a um mesmo indivíduo 8. O RecLink III foi o software de escolha para o processamento desses dados, seguindo as etapas de padronização das variáveis a serem relacionadas e exclusão das duplicidades, sendo comparados pelos pesquisadores, de forma individual na etapa da combinação, todos aqueles pares com escores entre 10 e Nos casos de multiplicidade de notificação de um mesmo indivíduo, decidiu-se manter a última notificação do caso no banco de dados, excluindo as notificações anteriores. Os casos identificados como não pares foram separados para investigação e confirmação do diagnóstico de TB, enquanto os casos pareados também foram digitados para fins de análise em relação à consistência e completitude das informações. A investigação dos óbitos não notificados, a partir da análise de prontuários, foi realizada em todos os hospitais públicos e privados da RMR, de acordo com o registro da unidade de ocorrência descrita na declaração de óbito. Para os casos em que não se obteve a localização do prontuário hospitalar, ou cuja investigação no prontuário foi inconclusiva, a investigação foi realizada no serviço de verificação de óbito do estado. Os questionários foram digitados e analisados por meio de um banco de dados construído no software Epi-info O processamento e a análise dos casos pareados entre os dois sistemas se deram entre as variáveis listadas no início do relacionamento dos dados e corresponderam a variáveis comuns, cruciais ao pareamento (nome, sexo, nome da mãe e data de nascimento), além de outras variáveis não comuns, porém importantes para a análise e comparação dos dados. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Pernambuco, sob o registro nº 49 de 09 de maio de A confidencialidade dos dados de base secundária foi garantida e os resultados da pesquisa serão divulgados na comunidade científica. RESULTADOS No processamento inicial dos bancos de dados, observouse a inexistência de duplicidades nos dados do SIM, constituindo-se um total de óbitos cuja causa básica era TB, ocorridos na RMR entre residentes no estado, no período de 2001 a 2008, estando no SIMW ( ) e 724 no SIMWEB ( ). Foram excluídos 19 desses óbitos na análise, uma vez que os mesmos não continham dados necessários ao relacionamento entre os bancos de dados, por terem suas identidades desconhecidas (Figura 1). Em relação aos dados do SinanW, considerando-se as notificações referentes aos anos de diagnóstico de 1996 a 2000, inicialmente esse banco consistia de notificações e, após a retirada das duplicidades, permaneceram casos, o que representou a exclusão de 11,6% de duplicidades. Quanto aos dados existentes no SinanNet, considerandose as notificações referentes aos anos de diagnóstico de 2001 a 2008, inicialmente esse banco era constituído de notificações e com a retirada das duplicidades, permaneceram casos, o que representou a exclusão de 14,5% de duplicidades, nesse período. Após o relacionamento entre os bancos de dados com informações de mortalidade com os dados de notificação de casos, observou-se que, dentre os óbitos ocorridos no período de 2001 a 2008, (60,8%) estavam notificados como casos de TB. Entretanto, 821 (39,2%) desses óbitos por TB não se encontravam notificados no SINAN. Em função de dificuldades de acesso aos prontuários de hospitais sob gestão estadual, anteriores a 2005, apenas foi possível investigar 618 desses óbitos. Observa-se que, em relação ao sexo, tanto os óbitos não pareados quanto os pareados (notificados), cerca de 73,0% dos casos eram do sexo masculino. Em relação à informação sobre raça e escolaridade, destacou-se o elevado percentual de informação ignorada entre esses óbitos, respectivamente, 65,4 e 87,7%. Analisando-se a variável situação de encerramento por coorte de início de tratamento, presente nos registros do SINAN, dentre os casos que foram pareados com os óbitos (SIM), observa-se, na Tabela 1, que 112 (8,8%) haviam sido encerrados por cura, 213 (16,7%) óbito por TB, e 687 (54,0%) óbito por outras causas. Analisando-se a procedência desses óbitos, 184 (34,5%) vinham de outra unidade de saúde e 79 (14,5%) de suas residências, sendo ignorada essa informação em 271 (50,7%) desses registros. Dentre os óbitos não pareados e com investigação conclusiva para a TB, 124 (23,2%) eram residentes em Jaboatão dos Guararapes, 84 (15,7%) em Recife e 54 (10,1%) em Olinda. Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

4 Maria Goretti de Godoy Sousa, Juliana Rodrigues Soares Andrade, Camila de Farias Dantas, Mirian Domingos Cardoso Investigação de óbitos por tuberculose, ocorridos na RMR e registrados no Sistema de Informação de Mortalidade em Pernambuco, no período de 2001 a 2008, com foco na melhoria da informação Óbitos TB SIM ÓBITOS TB - SIM Óbitos TB - SIM Óbitos TB - SIM N n=2.122 = 122 SIMW SIMW 1, 1, n=1.122 N = SIMWEB 2, 2, N n=724 = Casos TB SINAN Casos TB - SINAN Casos notificados SINAN Casos notificados SINAN N n=56.143= SinanW 4, n= N = SinanNET 5,, n= N = Casos registrados no SIM como TB Não pareados n=821 (*) Pares n=1.273 Óbitos TB-SIM e óbitos no SINAN TB n=900 (692 - como outras causas) Óbitos TB-SIM e não óbitos no SINAN TB n=373 (3) Casos notificados SINAN TB n= Não pareados Óbitos no SIM (TB) (1) (2) (3) Notificações no SINAN TB para atualizar a situação de encerramento como óbito TB (29,3%) Casos notificados SINAN TB (4) (5) (*) Excluídos 19 óbitos com identidade desconhecida - Investigados 618 em prontuários hospitalares e SVO e 531 foram confirmados como TB - Subnotificação 29,4% RMR: Região Metropolitana do Recife; TB: tuberculose; SIM: sistema de informação de mortalidade; SINAN: sistema de notificação de agravos; SIMW: SIM versão Windows; SIMWeb: SIM versão web; SinanNet: SINAN versão Net; SinanW: SINAN versão Windows; SVO: Serviço de Verificação de ÓbitosTabela 3. Óbitos por tuberculose investigados, não notificados no Sistema de Notificação de Agravos, de acordo com tempo de internamento e situação de tratamento registrada em prontuário Figura 1. Diagrama de Venn relativo aos resultados de relacionamento dos dados Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) versus Sistema de Notificação de Agravos (SINAN) tuberculose, em Pernambuco ( ) Ressalta-se que dentre os óbitos com investigação conclusiva, 481 (90,6%) ocorreram em estabelecimentos sob gestão estadual, e dentre esses, 338 (63,5%), em um hospital que é importante referência em atendimento para TB, inclusive em TB multidrogas resistente (TBMR). Observa-se que 81,1% dos óbitos, e dentre aqueles com forma extrapulmonar, destacou- se que a forma/padrão mais frequente foi a miliar (70,0%). Verifica-se, na Tabela 2, que dentre os óbitos não pareados/notificados e que tiveram investigação conclusiva, 280 (53,1%) realizaram o exame de Raio-X (RX). Desses, 177 (63,7%) foram considerados suspeitos, 15 (5,4%) normal ou outra patologia; entretanto, para 86 (30,9%) era ignorado o resultado nos registros de prontuários. A mesma situação é observada quanto aos resultados das baciloscopias coletadas, uma vez que em 68 (45,9%) eram 156 Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

5 Investigação de óbitos por tuberculose ignorados os resultados dentre aqueles em que existia registro da coleta desse exame. Analisando-se o início de tratamento desses pacientes e o tempo de permanência, conforme se observa na Tabela 3, verifica-se que a chance de ter iniciado o tratamento para TB, entre esses, está diretamente relacionada ao tempo de permanência no hospital, uma vez que dentre os 531 pacientes, 137 (25,8%) iniciaram tratamento, e dentre esses, 95 (68,3%) permaneceram mais de 4 dias até o óbito. Em contrapartida, 394 (74,2%) tiveram tratamento ignorado ou não iniciado, e, dentre esses, 254 (47,8%) permaneceram menos de 24 h internados. Observou-se que as doenças e agravos associados mais frequentes nos pacientes foram, sobretudo, o alcoolismo, tabagismo, diabetes mellitus e vírus da imunodeficiência humana (HIV) representando, respectivamente, 209 (39,4%), 168 (31,6%), 104 (19,6%) e 2 (0,4%). Ainda se pode observar que, em relação a esses óbitos, dentre aqueles em que havia referência à situação de vulnerabilidade, 11 (50,0%) eram presidiários, 7 (31,8%) moradores de rua e 4 (18,2%) pacientes psiquiátricos. Dentre os óbitos investigados em prontuários hospitalares e/ou fichas de necropsia, 531 (85,9%) foram confirmados, 46 Tabela 1. Situação de encerramento dos óbitos por tuberculose e notificados no Sistema de Notificação de Agravos tuberculose (pares) Se caso notificado Total no SINAN: Situação de encerramento: n % n % n % n % n % n % n % n % n % Cura 10 5,6 10 6,2 12 6,9 13 7, , ,4 13 9, , ,8 Abandono 16 8,9 16 9,9 13 7,4 7 4,0 5 3,1 9 5,4 11 8,4 6 4,9 83 6,5 Óbito TB 11 6,1 4 2,5 12 6,9 15 8, ,3 14 8, , , ,7 Óbito outras causas , , , , , ,9 13 9, , ,0 Transferência 5 2, ,7 16 9, ,7 15 9, , , , ,1 TBMR 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,6 0 0,0 0 0,0 1 0,1 IGN 27 15,1 4 2,5 2 1,1 5 2,8 2 1,3 1 0,6 3 2,3 5 4,1 49 3,8 TOTAL , , , , , , , , ,0 TB: tuberculose; SINAN: sistema de notificação de agravos; TBMR: tuberculose multidrogas resistente; IGN: ignorado. Tabela 2. Óbitos por tuberculose com investigação conclusiva (*), não notificados ao Sistema de Notificação de Agravos, de acordo com registros de exames realizados e de resultados em prontuário Exames realizados Total Resultado informado Resultado ignorado n % Conclusivo para TB n % Não conclusivo para TB n % n % RX de Tórax ,1 Suspeito ,7 Normal/outra patologia 15 5, ,9 Baciloscopia de escarro ,2 Positivo 52 35,1 Negativo 28 18, ,9 Baciloscopia de outro material 6 1,1 Positivo 1 16,7 Negativo 2 33,3 3 50,0 Cultura de escarro 15 2,9 Positivo 1 6,7 Negativo 1 6, ,7 Cultura de outro material 20 3,8 Positivo 1 5,0 Negativo 9 45, ,0 Histopatológico 11 2,1 BAAR positivo ou sugestivo TB 5 45,5 Negativo 1 9,1 5 45,5 Sorologia para HIV 46 8,8 Positivo 3 6,5 Negativo 19 41, ,2 Total , , , ,9 (*) excluídos sete casos que foram confirmados por diagnóstico clínico e necropsia TB: tuberculose; RX: raio-x; HIV: vírus da imunodeficiência humana; BAAR: bacilos álcool-ácidos resistentes. Tabela 3. Óbitos por tuberculose investigados, não notificados no Sistema de Notificação de Agravos, de acordo com tempo de internamento e situação de tratamento registrada em prontuário Tempo de permanência Tratamento realizado Tratamento não realizado Tratamento ignorado TOTAL n % n % n % n % <24h 23 16, , , ,2 1 a 4 dias 18 13, , , ,9 5 a 10 dias 26 19, ,5 25 8, ,8 11 a 30 dias 49 35, ,4 17 5, ,4 >30 dias 20 14,6 5 5,7 2 0,7 27 5,1 Ignorado 1 0,7 0 0,0 2 0,7 3 0,6 TOTAL , , , ,0 Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

6 Maria Goretti de Godoy Sousa, Juliana Rodrigues Soares Andrade, Camila de Farias Dantas, Mirian Domingos Cardoso (7,4%) foram considerados inconclusivos e 41 (6,6%) descartados como óbitos por TB. Dos 821 óbitos que não haviam sido notificados, foi possível confirmar 531 (85,9%) daqueles investigados (n=618). Aplicando-se essa estimativa ao total de óbitos ocorridos no período em estudo (n=2.094), cerca de seriam confirmados como óbitos por TB. No relacionamento dos bancos, foram identificados pares, ou seja, óbitos que estavam também notificados como casos e/ou óbitos de TB. Assim, a subnotificação de óbitos/casos de TB ocorridos na RMR, no período de 2001 a 2008, foi de 531 (29,4%). DISCUSSÃO A subnotificação das doenças de notificação compulsória não é um problema exclusivo do estado de Pernambuco, estando presente em outros estados no país. Sua maior ou menor gravidade varia com o agravo, o local, e a fonte notificante 9. Diversos estudos têm procurado conhecer as razões da não notificação de casos de diferentes doenças e estimar o percentual de não notificação para propor soluções ao problema. Este estudo apontou uma subnotificação de 29,4%, dado esse similar ao verificado na Região Nordeste 14 e no país 15. Neste estudo, a totalidade dos óbitos não pareados/não notificados não foram investigados, devido a problemas administrativos, nos Serviços de Arquivos Médicos, sobretudo aqueles ocorridos no início do período de estudo, especialmente nos hospitais sob gestão do estado. Em face dessa dificuldade, optou-se por busca de informações também no SVO, inicialmente não previsto no protocolo deste estudo. Foi uma decisão que contribuiu para um aumento significativo de resgate de informações, levando ao alcance de 77,7% desses óbitos em estabelecimentos estaduais investigados, que eram responsáveis por 86,6% dos totais de óbitos a investigar. A grande maioria dos óbitos por TB, neste estudo, eram do sexo masculino, em consonância com a casuística de morbidade no país. De acordo com Selig et al. 16, em estudo realizado no Rio de Janeiro, esse achado não está relacionado a fatores genéticos. No tocante às variáveis raça/cor e escolaridade, os percentuais de óbitos com essa informação ignorada entre os não pares foram muito elevados, o que sugere uma não priorização desses registros em prontuários, e que esses atendimentos se deram possivelmente em situação de emergência. Muitos casos pareados apresentavam a situação de cura informada no SINAN, porém com TB como causa básica na declaração de óbito. Esse achado leva à reflexão acerca da baixa qualidade dos registros e/ou da assistência no momento do encerramento de casos, seja pela não realização de exames confirmatórios da cura, como RX, ou baciloscopia, ou mesmo o seguimento do paciente após a cura e monitoramento da mesma, conforme recomendado pelo Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil 17. Vale ressaltar que, nas notificações de casos de TB pulmonar em Pernambuco, no período de 2001 a , em média 47,9% da informação da baciloscopia no 6º mês de tratamento é ignorada e 24,3% não realizada, ou seja, a proporção de encerramento de casos sem comprovação radiológica ou laboratorial é bastante elevada. A baixa proporção de cura comprovada também foi verificada no estudo de Watanabe e Ruffino-Neto 18 sobre análise dos casos de TB em Ribeirão Preto. Outro aspecto importante, a partir desse estudo, é que a situação de encerramento relacionada aos óbitos pode ser atualizada no SINAN. Até 2006, na versão do SinanW, não existia a informação de óbito por TB, mas apenas óbito. Com a implantação do SinanNet em 2007, todos os óbitos anteriores a esse ano, migraram com um código único (4 óbito por outra causa) devendo as coordenações municipais e estaduais fazerem a investigação desses casos e alterarem a situação de encerramento 5. Entretanto, essa investigação não foi realizada conforme denotam os dados da situação de encerramento, em relação à maior proporção de óbitos por outra causa (90,0%) até 2006, os quais estão registrados no SIM com causa básica do óbito a TB. Apesar de o Recife apresentar no estado e na RMR a maior prevalência de notificações de casos, se observou, no tocante à procedência desses óbitos, casos de TB não notificados, que apenas 15,7% eram de residentes nessa cidade, o que certamente reflete a cobertura de investigação de óbitos por parte da vigilância municipal. A forma pulmonar representou 81,1% dos óbitos, dado próximo à média estimada pelos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (85,0%). Entretanto, diferentemente do observado entre as notificações de casos de TB, naquelas com localização extrapulmonar, é mais frequente a localização na pleura ou nos gânglios. Neste estudo, para os óbitos com TB disseminada, o padrão mais frequente foi miliar, o que aponta a maior gravidade, daí a maior proporção desses quando analisados entre os óbitos. Outro dado importante foi a identificação de óbitos TB no SIM, cuja investigação identificou a positividade para o HIV em três casos, sendo que em um deles foi descartada a TB como a causa do óbito, pois dados de prontuário apontavam traumatismo cranioencefálico em função de queda/epilepsia. 158 Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

7 Investigação de óbitos por tuberculose Ademais, dos óbitos com TB causa básica, não se esperaria que nenhum desses tivesse qualquer menção ao HIV/ AIDS, uma vez que esse diagnóstico, por si só, seria motivo de exclusão da amostra deste estudo (códigos selecionados no SIM, CID-10, causa básica, A15 a A19). Esses deveriam ter, nas suas Declarações de Óbitos (DO), AIDS como causa básica, associada à coinfecção TB, cujos registros estariam nas linhas que se referem às causas associadas. Observou-se elevada proporção de informação ignorada quanto aos resultados de exames de RX e baciloscopias dentre aqueles casos investigados em que existia registro da solicitação. Esse achado pode ser reflexo do curto período de internamento desses pacientes, que apresentavam, sobretudo, como características internamentos em estado grave em emergências, com tempo médio de permanência hospitalar menor do que 24 h. A baixa qualidade dos registros em prontuários é outro fator que merece ser avaliado, mas que também pode estar refletindo a curta permanência na unidade de saúde e até a subnotificação ao SINAN, mesmo que tardia, ou seja, no momento do óbito. Neste estudo fica evidenciada a importância do uso de programas/ferramentas de relacionamento probabilístico de bancos de dados como o RecLink na rotina da vigilância epidemiológica visando à redução da subnotificação e melhoria da qualidade da informação de morbimortalidade de agravos de interesse da saúde pública no país, sobretudo para a completitude da situação de encerramento dos casos notificados, conforme evidenciado também em outros estudos 19. Vale ressaltar, como limitação desse estudo, a não investigação dos óbitos por sequela (CID B90), uma vez que os mesmos foram pensados em fase posterior ao trabalho de campo, sendo, porém, importantes para análise da subnotificação dos mesmos no SINAN, ficando a investigação dos mesmos para estudo posterior. Entretanto, análise preliminar apontou, no período, o registro de 242 óbitos por sequela TB, desses, apenas 105 (43,4%) tinham registro anterior de notificação e 63,8% foram encerrados como cura. Recomenda-se aprimorar a realização das rotinas do SINAN, como análise de duplicidades e realização sistemática de vinculações nos níveis municipais, regionais e estaduais, assim como estruturar e manter ações sistemáticas de investigação de óbitos por TB por meio da interface com bancos correlatos, como o SIM e o SINAN, utilizando-se esses relacionamentos como estratégia de redução da subnotificação. Além disso, aprofundar a questão do encerramento de casos de TB com cura comprovada, além do seguimento do caso para confirmação dessa cura, são medidas que evitam conflitos entre as informações dos sistemas de informação em saúde. Com a mesma finalidade, atualizar os óbitos anteriores a 2007, que tiveram a confirmação de TB (SINANpares) e que estão encerrados como óbitos por outra causa; e atualizar os óbitos que estão com encerramento ignorado, cura, abandono ou transferência no SINAN permitirá apresentar indicadores que representam a real situação do agravo. Por fim, reforça-se a importância de notificar todos os casos/óbitos com investigação conclusiva para TB que não foram notificados oportunamente. REFERÊNCIAS 1. Souza GRM, Kritski AL. Tuberculose. In: Schecthter M, Marangon DV. Doenças infecciosas: conduta diagnóstica e terapêutica. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan; p Brasil. MS (Ministério da Saúde). Tuberculose no Brasil, avanços e perspectivas. [online]. Brasília; 2010 [cited 2011 Apr 13]. Available from: pnct_2010.pdf.08/11/ Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos. Análise dos dados de notificação de casos de tuberculose no SINAN. Recife; Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Diretoria Geral de Controle de Doenças e Agravos. Análise de registros de óbitos por tuberculose no SIM. Recife; Brasil. MS. Equivalência entre campos e categorias da base de dados do SINAN-WINDOWS e SINANET - MS/SVS [online]. Brasília; 2007 [cited 2011 Apr 13]. Available from: pdf/levantamentorequisito%20-%20migra%c3%a7%c3%a3o%20 Tuberculose%20final.pdf 6. Dunn J, Andreoli SB. Método de captura-recaptura para pesquisas epidemiológicas. Rev Saúde Pública. 1994;28(6): Recife. Secretaria Municipal de Saúde. Diretoria de Vigilância em Saúde. Ficha confidencial de investigação de óbito por tuberculose. Recife; Camargo Jr. KR, Coeli CM. RecLink: Aplicativo para o relacionamento de banco de dados implementando o método probabilistic record linkage. Rio de Janeiro; Oliveira MTC. A subnotificação de casos de Aids em Belo Horizonte, Minas gerais: uma aplicação da técnica de captura-recaptura [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; Iglesias G, Rabanaque H, Gomez L. La tuberculosis em la província de Zaragoza. Estimacion mediante el método de captura-recaptura. Rev Clin Espanola. 2002;202(5): Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

8 Maria Goretti de Godoy Sousa, Juliana Rodrigues Soares Andrade, Camila de Farias Dantas, Mirian Domingos Cardoso 11. Maia-Elkhoury ANS, Carmo EH, Sousa-Gomez ML, Mota E. Análise dos registros de leishmaniose visceral pelo método de captura-recaptura. Rev Saúde Pública. 2007;41(6): Van Hest NA. Capture-recapture methods in surveillance of tuberculosis and other infectious diseases [thesis]. Rotterdam: Erasmus University; Gonçalves VF, Kerr RMS, Mota JMA. Estimativa de subnotificação de casos de Aids em uma capital do Nordeste. Rev Bras Epidemiol. 2008;11(3): Façanha MC. Tuberculose: subnotificação de casos que evoluíram para o óbito em Fortaleza-CE. Rev Bras Epidemiol. 2005;8(1): Lemos KRV, Valente JG. A declaração de óbito como indicador de subregistro de casos de AIDS. Cad Saúde Pública. 2001;17(3): Selig L, Belo M, Cunha AJLA, Teixeira EG, Brito R, Luna AL, Trajman A. Óbitos atribuídos à tuberculose no Estado do Rio de Janeiro. J Bras Pneumol. 2004;30(4): Brasil. MS (Ministério da Saúde). Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil (versão não diagramada). Brasília; 2010 [cited 2011 Apr 27]. Available from: portal/saude/profissional/area.cfm?id_area= Watanabe A, Ruffino-Netto A. Análise de alguns aspectos dos casos notificados no Centro de Saúde-Escola Ribeirão Preto-SP. Medicina. 1996;29(4): Oliveira GP, Pinheiro RS, Coeli CM, Codenotti SB, Barreira D. Linkage entre SIM e SINAN para a melhoria da qualidade dos dados do sistema de informação da tuberculose: a experiência nacional. Cad Saúde Colet. 2010;18(1): Recebido em : 22/06/2011 Aprovado em: 14/02/ Cad. Saúde Colet., 2012, Rio de Janeiro, 20 (2):

SECRETARIA DE SAÚDE. Boletim Epidemiológico - TUBERCULOSE

SECRETARIA DE SAÚDE. Boletim Epidemiológico - TUBERCULOSE SECRETARIA Período DIRETORIA EXECUTIVA DE SAÚDE VIGILÂNCIA À SAÚDE SECRETARIA UNIDADE EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA À SAÚDE Ano 2018 nº 01 Período de referência: 01/01 a 31/12/2017

Leia mais

(043A) F383s '

(043A) F383s ' (043A) 11 2007 11. F383s ' 3 1 INTRODUÇÃO Meningite é uma doença infecciosa aguda de expressiva relevância em saúde pública. Compromete as membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula

Leia mais

ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB ( )

ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB ( ) ANÁLISE DESCRITIVA DA SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE - PB (2010-2012) Rosiane Davina da Silva UEPB rosianedavina@hotmail.com Fernanda Darliane Tavares

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2017 1 milhão casos 2017 Mortes por TB, AIDS, e TB-HIV 1,3 milhão mortes 370 mil óbitos

Leia mais

INFORME TUBERCULOSE Nº 09/ CCD/TB

INFORME TUBERCULOSE Nº 09/ CCD/TB INFORME TUBERCULOSE Nº 09/ 2014 - CCD/TB 07/05/2014 Assunto: Investigação de óbitos O CCD recebe mensalmente do PROAIM todas as declarações de óbito (DO) ocorridas no MSP que contenham o diagnóstico de

Leia mais

Evidências obtidas a partir das investigações de óbitos parte 2

Evidências obtidas a partir das investigações de óbitos parte 2 Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue Evidências obtidas a partir das investigações

Leia mais

= u~~-l'!~f~~ªx~~: ~ r-- :Sem : n = n = n = n = ~-i~~r!~~~y-~9_:_~_1 : N = N. Sinan SIM.

= u~~-l'!~f~~ªx~~: ~ r-- :Sem : n = n = n = n = ~-i~~r!~~~y-~9_:_~_1 : N = N. Sinan SIM. 2 INTRODUÇÃO A tuberculose é um grande problema social que atinge as pessoas na idade produtiva (BRASIL, 2002). No Brasil o quadro de persistência apresentase em um contexto de extrema complexidade e desigualdade

Leia mais

Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos. Notas Técnicas. Origem dos dados

Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos. Notas Técnicas. Origem dos dados Notificações de Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro Dados básicos Notas Técnicas Origem dos dados Os dados disponíveis são oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação Sinan, que é alimentado

Leia mais

Tuberculose: subnotificação de casos que evoluíram para o óbito em Fortaleza-CE

Tuberculose: subnotificação de casos que evoluíram para o óbito em Fortaleza-CE Tuberculose: subnotificação de casos que evoluíram para o óbito em Fortaleza-CE Tuberculosis: underreporting of tuberculosis cases that resulted in death in Fortaleza-CE Resumo O Plano Nacional de Controle

Leia mais

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN CO-INFECÇÃO TUBERCULOSE-HIV: ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE SALVADOR-BAHIA, ENTRE E Karina Araújo Pinto 1, Haína de Jesus Araújo 2, Sheila Queiroz Rios de Azevedo 3 A tuberculose (TB) é uma doença

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Brasil incidência 2005-2014 22 países com maior carga de doença 2013 88.000 casos notificados 72.000 novos Sudeste 1994-2014 Estado do RJ - TB e HIV (realizado

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Países prioritários Situação no Brasil 24/3/2017 Desigualdade social Desigualdade social Populações vulneráveis *Fonte: Estimativa baseada nos

Leia mais

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA PSR NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Laís Haase Lanziotti Letícia Possebon Müller Enfª da Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Patrícia Zancan Lopes Simone Sá

Leia mais

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE PPL NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE PPL NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO PRIVADA DE LIBERDADE PPL NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE Laís Haase Lanziotti Letícia Possebon Müller Enfª da Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Patrícia Zancan Lopes Simone

Leia mais

Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose 03/07/2012. Goiânia 28 a 30 de junho de 2012

Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose 03/07/2012. Goiânia 28 a 30 de junho de 2012 Fórum Sintomáticos Respiratórios (SR) Encontro Nacional de Infecções Respiratórias e Tuberculose Goiânia 28 a 30 de junho de 2012 Josué Lima Programa Nacional de Controle da Tuberculose - MS Tuberculose

Leia mais

ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA TUBERCULOSE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2009 A 2014

ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA TUBERCULOSE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2009 A 2014 ANÁLISE DE COMPLETUDE DAS FICHAS DE NOTIFICAÇÃO DA TUBERCULOSE, DE RESIDENTES DO MUNICÍPIO DE PETROLINA (PE), NO PERÍODO DE 2009 A 2014 Lorena Maria Souza Rosas¹, Larissa de Sá carvalho ², Herydiane Rodrigues

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO 03 de abril de 2017 Página 1/9 DEFINIÇÃO DE A Tuberculose/TB é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um microorganismo denominado Mycobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO TUBERCULOSE

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO TUBERCULOSE 22 de março de 2016 Página 1/6 DEFINIÇÃO DE CASO CONFIRMADO Todo indivíduo com diagnóstico bacteriológico (baciloscopia ou cultura para BK ou teste rápido molecular para tuberculose) E indivíduos com diagnóstico

Leia mais

Joseney Santos

Joseney Santos Joseney Santos joseney.santos@saude.gov.br O Brasil está entre os 22 países que concentram 80% dos casos de Tb no mundo. (OMS) Responsável, junto com o Peru por 50% dos Casos nas Américas. (OMS) Média

Leia mais

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ

ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ ÓBITOS POR TUBERCULOSE NO CEARÁ Glaubervania Alves Lima; Idarlana Sousa Silva; Ana Beatriz Silva Viana; Deyse Maria Alves Rocha; Luciano Lima Correia Universidade Federal do Ceará. E-mail: glaubervanialima@hotmail.com

Leia mais

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS

PRIORIDADES AÇÕES PRIORITÁRIAS INSTRUTIVO PARA PREENCHIMENTO DA PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE NAS UNIDADES FEDERADAS 2010 2011 TUBERCULOSE 1 INTRODUÇÃO O presente instrutivo tem como objetivo orientar as Secretarias Estaduais

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose - 2019 Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2017 1 milhão casos 2017 2016-2020 Situação no Brasil Incidência de TB Populações

Leia mais

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL

TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL TUBERCULOSE NA TERCEIRA IDADE NO BRASIL Ana Elisa P. Chaves (1), Kleane Maria F. Araújo (2) Maria Luísa A. Nunes (3),Thainá Vieira Chaves (4), Lucas Chaves Araújo (5) 1 Docente Saúde Coletiva-UFCG e-mail:

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Situação no mundo Tendência da incidência de TB no mundo 10 milhões casos 2016 1 milhão casos Mortes por TB, AIDS, e TB-HIV 1,3 milhão mortes 370 mil óbitos por

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 35/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017

MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Prefeitura do Recife Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiologia MORBIDADE HOSPITALAR E MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS: RECIFE, 2016 e 2017 Recife

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 34/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Semana Epidemiológica (SE) 06/2017 (05/02 a 11/02) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Semana Epidemiológica (SE) 06/2017 (05/02 a 11/02) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Semana Epidemiológica (SE) 06/2017 (05/02 a

Leia mais

Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01 a 14/01) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01 a 14/01) Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) 9+- SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Semana Epidemiológica (SE) 02/2017 (08/01

Leia mais

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO DICIONÁRIO DE DADOS SINAN NET VERSÃO 4.0

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO DICIONÁRIO DE DADOS SINAN NET VERSÃO 4.0 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE GT-SINAN SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO

Leia mais

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01

B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS ano I nº 01 B O L E T I M EPIDEMIOLÓGICO SÍFILIS 2 012 ano I nº 01 2012. Ministério da Saúde É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Expediente Boletim Epidemiológico - Sífilis

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 33/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013

Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Boletim da Vigilância em Saúde ABRIL 2013 Prefeito Municipal Marcio Lacerda Secretário Municipal de Saúde Marcelo Gouvêa Teixeira Secretário Municipal Adjunto

Leia mais

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Vigilância em Saúde Área Técnica de Pneumologia Sanitária A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA TUBERCULOSE E O PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Brasília, junho de 2004 Evolução da

Leia mais

Situação epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1), no Pará, semanas epidemiológicas 1 a 43 de 2009.

Situação epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1), no Pará, semanas epidemiológicas 1 a 43 de 2009. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA Situação epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1),

Leia mais

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE

MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE SECRETARIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE GERÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA RECIFE DEZEMBRO DE 218 MORBIDADE E MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA E PRÓSTATA NO RECIFE Secretaria de Saúde

Leia mais

Proposta de Vigilância de Óbito de Tuberculose no município de Natal/ RN

Proposta de Vigilância de Óbito de Tuberculose no município de Natal/ RN UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE NÚCLEO DE ESTUDOS EM SAÚDE COLETIVA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO SOBRE GESTÃO DAS POLÍTICAS DE DST/AIDS, HEPATITES VIRAIS E TUBERCULOSE

Leia mais

Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde

Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Programa Nacional de Controle da Tuberculose CGPNCT / DEVEP Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br Julho/ 2016 Tuberculose no Mundo Um terço da população está infectada

Leia mais

Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ)

Informe Epidemiológico Síndrome Congênita associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Semana Epidemiológica (SE) 01/2017 (01/01 a

Leia mais

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES

SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES SALA DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA EM SAÚDE DOS IMIGRANTES MENINGITES: SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo

Leia mais

Programa Nacional de Controle da Tuberculose

Programa Nacional de Controle da Tuberculose Programa Nacional de Controle da Tuberculose FERNANDA DOCKHORN COSTA CGPNCT / DEVIT Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde tuberculose@saude.gov.br Julho/ 2016 Tuberculose no Brasil - 2015

Leia mais

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES Nº 001/2019

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO ARBOVIROSES Nº 001/2019 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E AMBIENTAL COORDENAÇÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA GERÊNCIA DE DOENÇAS

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA EM MULHERES: Recife, 2006 a 2016 Secretaria de Saúde Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Doenças e Agravos Não transmissíveis e Promoção da Saúde SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE

Leia mais

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011

Briefing. Boletim Epidemiológico 2011 Briefing Boletim Epidemiológico 2011 1. HIV Estimativa de infectados pelo HIV (2006): 630.000 Prevalência da infecção (15 a 49 anos): 0,61 % Fem. 0,41% Masc. 0,82% 2. Números gerais da aids * Casos acumulados

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Epidemiologia Geral HEP 143 Cassia Maria Buchalla 2017 Sistemas de Informação Sistema: conjunto de partes que se articulam para uma finalidade comum Sistema de informações: conjunto

Leia mais

Vigilância da dengue Investigação de óbitos suspeitos Justificativas e Cenário Atual

Vigilância da dengue Investigação de óbitos suspeitos Justificativas e Cenário Atual Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue Vigilância da dengue Investigação de óbitos

Leia mais

Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil,

Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil, Efetividade do tratamento supervisionado para tuberculose em cinco Unidades Federadas, Brasil, 2004-2005 Ricardo Gadelha de Abreu Susan Martins Pereira Expedito José de A. Luna Departamento de Vigilância

Leia mais

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS NO MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS/RJ DE 2011 A 2013 Epidemiological profile of tuberculosis patients reported in the municipality of Teresópolis

Leia mais

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP

Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP Nº1 - Agosto de 2009 Influenza A Novo subtipo viral H1N1, MSP O início da primeira pandemia do século XXI, desencadeada pela circulação entre os seres humanos de um novo vírus da influenza A (H1N1) foi

Leia mais

J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi: / jhbs.v5i1.902.p

J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi: / jhbs.v5i1.902.p J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):31-36 doi:10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.902.p.31-36.2017 ARTIGO ORIGINAL Jéssica Chaves 1, Betânia Andres Tomilin 1, Davi Brun 1 1 1, Karine Pilletti 1, Maria Luiza Krummenauer

Leia mais

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS

Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS Cadastro metas para Indicadores de Monitoramento e Avaliação do Pacto pela Saúde - Prioridades e Objetivos Estado: GOIAS PACTO PELA VIDA PRIORIDADE: I - ATENCAO A SAUDE DO IDOSO. OBJETIVO: PROMOVER A FORMACAO

Leia mais

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN

Memorias Convención Internacional de Salud Pública. Cuba Salud La Habana 3-7 de diciembre de 2012 ISBN PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE NA POPULAÇÃO INDÍGENA DO ESTADO DO AMAZONAS, BRASIL (1,2,5) Altair Seabra de Farias; (3) Gabriela Fernanda Guidelli Tavares Cardoso de Godoi; (4) Alexandra

Leia mais

Informe Técnico. Assunto: Informe sobre a situação do sarampo e ações desenvolvidas - Brasil, 2013.

Informe Técnico. Assunto: Informe sobre a situação do sarampo e ações desenvolvidas - Brasil, 2013. MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COORDENAÇÃO-GERAL DE DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS SCS, Quadra 04, Edifício Principal, 4º andar CEP:

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico 03 Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 49, Volume 1 Nº 3 Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 46,. Volume 1 Nº 2 Introdução A Dengue, febre chikungunya e zika

Leia mais

EVIDÊNCIAS OBTIDAS A PARTIR DAS INVESTIGAÇÕES DE ÓBITOS PARTE 1. Brasília, 25 de maio de 2010

EVIDÊNCIAS OBTIDAS A PARTIR DAS INVESTIGAÇÕES DE ÓBITOS PARTE 1. Brasília, 25 de maio de 2010 Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue EVIDÊNCIAS OBTIDAS A PARTIR DAS INVESTIGAÇÕES

Leia mais

I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais

I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais I Encontro Nacional sobre Tuberculose em Hospitais PROJETO FUNDO GLOBAL Agosto, 2007 São Paulo HISTÓRICO Década de 70-80: 1. Tratamento com esquema de curta duração de elevada eficácia (cura > 95%) 2.

Leia mais

Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde

Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde Painel de Indicadores Estratégicos de Vigilância em Saúde - 2018 Histórico Painel criado em 2015 para análise de indicadores estratégicos para a vigilância em saúde do Ceará. Monitorado quadrimestralmente

Leia mais

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade

Casos de FHD Óbitos e Taxa de letalidade Casos de dengue Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total 2003 20.471 23.612 - - - - - - - - - - 44.083 2002 94.447 188.522 237.906 128.667 60.646 23.350 12.769 10.149 6.682 7.138 9.246 9.052

Leia mais

do Vale do Araguaia UNIVAR - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NO MUNICÍPIO DE GENERAL CARNEIRO MATO GROSSO

do Vale do Araguaia UNIVAR -   LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA HUMANA NO MUNICÍPIO DE GENERAL CARNEIRO MATO GROSSO 1 JORDANA BELOS DOS SANTOS 1, ANDRÉ LUIZ FERNANDES DA SILVA 2, PATRÍCIA GELLI FERES DE MARCHI 2, ISABELLA RODRIGUES DA SILVA CONDE 1 1 Acadêmicas do Curso de Medicina Veterinária das Faculdades Unidas

Leia mais

2 MATERIAL E MÉTODOS 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO

2 MATERIAL E MÉTODOS 1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO AVALIAÇÃO CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA DA HANSENÍASE NO PERÍODO DE AGOSTO DE 1937 A DEZEMBRO DE 1980, NO SERVIÇO DE DERMATOLOGIA SANÍTARIA DO CENTRO DE SAÚDE DE CAMPOS Luiz Augusto Nunes TEIXEIRA 1 Luiz Fernando

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 39/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Propomos o Protocolo Para Internação em Hospitais Estaduais de Referência Terciária para Tuberculose

Propomos o Protocolo Para Internação em Hospitais Estaduais de Referência Terciária para Tuberculose Considerando: O Manual Técnico de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde 2010; As Normas de Biossegurança constantes do Manual Técnico de Controle para Tuberculose MS 2010; O perfil Institucional

Leia mais

Gerencia de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais

Gerencia de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde Diretoria Geral de Vigilância Epidemiológica e Ambiental Gerencia de Monitoramento e Vigilância de Eventos Vitais

Leia mais

REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE. Betina Durovni Salvador - Maio 2018

REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE. Betina Durovni Salvador - Maio 2018 REFORMA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO E O IMPACTO NOS DESFECHOS DA TUBERCULOSE Betina Durovni Salvador - Maio 2018 O CASO RIO DE JANEIRO THE CASE OF RIO DE JANEIRO Um dos maiores gasto

Leia mais

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013

TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 TÍTULO: INCIDÊNCIA DE AIDS NA POPULAÇÃO DE 50 ANOS OU MAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO-SP, NO PERÍODO DE 2003 A 2013 CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose

Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Vigilância Epidemiológica da Tuberculose TB no mundo 2015 10 Milhões casos novos 1,4 Milhão mortes 1 Milhão casos crianças 11% HIV+ 500.000 casostb-mdr India, Indonesia, China, Nigeria, Paquistão, Africa

Leia mais

ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012

ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012 Universidade de Brasília Faculdade de Ciências da Saúde Departamento de Saúde Coletiva Curso de Gestão em Saúde Coletiva ABANDONO DO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE EM PACIENTES RESIDENTES NO DF EM 2012 Brasília-DF,

Leia mais

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012

ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 ANÁLISE DA POPULAÇÃO ACIMA DE 60 ANOS ACOMETIDA PELA AIDS NO ESTADO DA PARAÍBA NO PERÍODO DE 2008 A 2012 Janine Florêncio de Souza 1 Débora Nogueira Tavares 2 Hortência Alves Soares 2 Thalyta Francisca

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika. Semana Epidemiológica 1 a 35,. Volume 1 Nº 1 Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO

PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO PERFIL DA TUBERCULOSE EM CRIANÇAS DE UM MUNICÍPIO DO AGRESTE PARAIBANO Aguinaldo José de Araújo UEPB aguinaldo.araujo@hotmail.com Rosiane Davina da Silva UEPB rosianedavina@hotmail.com Talina Carla da

Leia mais

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças

Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Descentralização de Programas de Vigilância e Controle de Doenças Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde Brasília, 03 de junho de 2004 OBJETIVOS Discutir as principais questões relacionadas

Leia mais

NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA

NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA NOVA PERSPECTIVA DA EPIDEMIA DO HIV: INCIDÊNCIA DE HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE ALAGOAS NA ÚLTIMA DÉCADA Luanna Mayara dos Santos Bezerra 1 ; Lycia Gama Martins 2 ; Demetrius Lucena Sampaio 3 Introdução

Leia mais

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids

Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids Mudança da concepção da Vigilância Epidemiológica (VE) do HIV/Aids História da vigilância do HIV e Aids Pré 2004 Múltiplas definições de caso de AIDS (1984-98). A notificação de HIV não era uma recomendação

Leia mais

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017 Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. Considerando a ocorrência de casos e óbitos suspeitos de Febre Amarela

Leia mais

Sífilis Congênita no Recife

Sífilis Congênita no Recife Secretaria de Saúde do Recife Diretoria Executiva de Vigilância à Saúde Unidade de Vigilância Epidemiológica Setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis/HIV/AIDS e HV Boletim Epidemiológico N 1/ Jan

Leia mais

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA

INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO PARA A SÍFILIS CONGÊNITA NO ESTADO DA PARAÍBA Ana Beatriz Gondim (1), Gustavo Vasconcelos (1), Marcelo Italiano Peixoto (1) e Mariana Segundo Medeiros (1), Ezymar Gomes Cayana

Leia mais

Bepa 2011;8(95):14-21

Bepa 2011;8(95):14-21 Informe Notificação dos casos assintomáticos soropositivos para o HIV no Sinan no Estado de São Paulo 2 a 21 Assymptomatic seropositive HIV case reporting for Sinan in the State of São Paulo 2 to 21 Gerência

Leia mais

Boletim Epidemiológico - Influenza

Boletim Epidemiológico - Influenza da SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Ano 7 N 8 SE Período de referência: / a /6/7 Data de Emissão: /6/7 Boletim Epidemiológico - Influenza

Leia mais

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA

CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA CARACTERIZAÇAO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS COM NEOPLASIA DE PULMAO EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA EM ONCOLOGIA DO CEARA Autor (Bhárbara Luiza de Araújo Pontes); Co-autor (Natureza Nathana Torres Gadelha);

Leia mais

Foram verificados registros de enfermagem referentes ao período de três anos subseqüentes ao diagnóstico, portanto de 1986 a 1988.

Foram verificados registros de enfermagem referentes ao período de três anos subseqüentes ao diagnóstico, portanto de 1986 a 1988. METODOLOGIA 41 METODOLOGIA Trata-se de um estudo retrospectivo do qual fizeram parte 367 prontuários de portadores hanseníase diagnosticados e residentes no município de São Paulo, no ano de 1986. Estes

Leia mais

PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE

PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE PORTA DE ENTRADA DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE - 16 Laís Haase Lanziotti Letícia Possebon Müller Enfª da Vigilância Epidemiológica da Tuberculose Patrícia Zancan Lopes Simone

Leia mais

Comunicação Breve. Completude das fichas de notificações de tuberculose em cinco capitais do Brasil com elevada incidência da doença* Resumo.

Comunicação Breve. Completude das fichas de notificações de tuberculose em cinco capitais do Brasil com elevada incidência da doença* Resumo. Comunicação Breve Completude das fichas de notificações de tuberculose em cinco capitais do Brasil com elevada incidência da doença* Completeness of tuberculosis reporting forms in five Brazilian capitals

Leia mais

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer.

Vigilância = vigiar= olhar= observar= conhecer. Vigilância Epidemiológica Histórico: Antes da primeira metade da década de 60. Observação sistemática e ativa de casos suspeitos ou confirmados de Doenças Transmissíveis. Tratava-se da vigilância de pessoas,

Leia mais

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Departamento de Vigilância Epidemiológica Esplanada dos Ministérios, Edifício Sede, 1º andar 70.058-900 Brasília-DF Tel. 3315 2755/2812 NOTA TÉCNICA

Leia mais

Boletim Epidemiológico - Influenza

Boletim Epidemiológico - Influenza SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Ano 7 N SE Período de referência: / a 5/8/7 Data de Emissão: 7/8/7 Boletim Epidemiológico - Influenza

Leia mais

INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS E DOMISSANITÁRIOS EM IDOSOS: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS ( )

INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS E DOMISSANITÁRIOS EM IDOSOS: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS ( ) INTOXICAÇÕES POR AGROTÓXICOS E DOMISSANITÁRIOS EM IDOSOS: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLÍNICOS (2011-2014) Mariana Severo Pimenta¹; Karla Simone Maia da Silva¹; Mayrla de Sousa Coutinho¹; NíciaStellita Da

Leia mais

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL

Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS E RESPOSTA EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE Nota Técnica nº 13 LEISHIMANIOSE VICERAL Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Departamento de Epidemiologia/

Leia mais

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho

Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Perfil de morbimortalidade dos agravos e doenças do trabalho Flávia Ferreira de Sousa Fisioterapeuta sanitarista Esp. Saúde do Trabalhador MsC. Saúde Coletiva/Epidemiologia Técnica da Carreira de Ciência

Leia mais

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA PARAÍBA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA PARAÍBA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NA PARAÍBA: UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA EPIDEMIOLOGICAL SITUATION OF VISCERAL LEISHMANIASIS IN PARAÍBA: A PUBLIC HEALTH QUESTION Suzanna Cavalcante LINS

Leia mais

ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA

ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA ÓBITOS DE IDOSOS POR DEMÊNCIAS NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL: PANORAMA DE UMA DÉCADA Fernanda Rochelly do Nascimento Mota 1 ; Maria Célia de Freitas 2 ( 1,2 Universidade Estadual do Ceará. E-mail: rochellymotta@yahoo.com.br)

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Febre Amarela. Até a Semana Epidemiológica 12 de 2018. Volume 1 Nº 05 Introdução A Febre Amarela é uma doença infecciosa grave causada por um

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de dengue, febre de chikungunya e febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 52, 2017. Introdução A dengue, zika vírus e febre chikungunya

Leia mais

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização

Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013. Porto Alegre, novembro de Organização Resultados do Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes VIVA/2013 Porto Alegre, novembro de 2015 Organização Maria de Fátima Fernandes Géa Sandra Maria Birnfeld Kurtz 1 Este relatório apresenta os

Leia mais

INFORME TÉCNICO 001/2016

INFORME TÉCNICO 001/2016 SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO SUBSECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE INFORME TÉCNICO 001/2016 Vigilância Epidemiológica da Febre do ZIKA Vírus no Estado do Rio de Janeiro Rio de Janeiro,

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Boletim Epidemiológico Análise Epidemiológica dos casos de Dengue, Febre de Chikungunya e Febre pelo vírus Zika, Semana Epidemiológica 1 a 15, do ano de Introdução A dengue, Zika vírus e febre Chikungunya

Leia mais

Indicadores de Monitoramento: INVIG e PQA-VS

Indicadores de Monitoramento: INVIG e PQA-VS Indicadores de Monitoramento: e PQA-VS Herbert Charles S. Barros Gerente de Informação e Análise da Situação de Saúde Proporção de óbitos registrados no SIM em até 60 dias da ocorrência Meta: mínimo de

Leia mais

A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1

A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1 A INCIDÊNCIA DE CASOS NOVOS DE AIDS EM CRIANÇA NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA/RS/BRASIL 1 Brum. C. N. ; Zuge. S. S. ; Ribeiro, A. C. ; Tronco, C. S. ; Tolentino, L. C. ; Santos, É. É. P. ;Padoin, S. M. M.

Leia mais

Boletim Epidemiológico - Influenza

Boletim Epidemiológico - Influenza SECRETARIA DE SAÚDE DIRETORIA EXECUTIVA DE VIGILÂNCIA À SAÚDE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Ano 7 Nº SE Período de referência: / a //7 Data de Emissão: 7//7 Nº Ano 7 SE (/ a //7) Data de Emissão:

Leia mais