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2 3 1 INTRODUÇÃO Meningite é uma doença infecciosa aguda de expressiva relevância em saúde pública. Compromete as membranas que envolvem o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinal). Pode ser causada por uma multiplicidade de agentes como bactérias, vírus e fungos,,-.;, dentre outros, e agentes não-infecciosos (ex: traumatismo). São doenças graves, cujo prognóstico depende fundamentalmente do diagnóstico precoce e da instituição imediata de tratamento adequado (PURICELLI, apud JORGE, 1996). Ocorrem durante todo ano, distribuindo-se universalmente em todos os espaços, acometendo todas as idades (BRASIL, 2005). As meningites têm distn"buição mundial e sua expressão epidemiológica depende de fatores como o agente infeccioso, existência de aglomerados populacionais e características socioeconômicas dos grupos populacionais e do meio ambiente (clima). De modo geral, a sazonalidade da doença caracteriza-se pelo predomínio das meningites bacterianas no inverno e das meningites virais no verão (BRASIL, 2005). A Mortalidade por causa determinante das meningites segundo faixa etária no Brasil no período 2000 a 2004, registrou 2555 óbitos, onde 1064 desses óbitos ocorreram em crianças menor de nove anos. Em Pernambuco no mesmo período foram registrados 775 óbitos, onde '-"\, 266 desses óbitos ocorreram com crianças menor de nove anos, sendo que 42 dos registros de óbitos foram de residentes do município do Cabo de Santo Agostinho e 14 destes ocorreram em crianças menores de nove anos. O Sistema de Vigilância das Meningites compreende todas as atividades e atores envolvidos desde a identificação de um caso suspeito até a adoção das medidas de prevenção e controle da doença na comunidade. Desta forma, a operação deste Sistema pressupõe uma. ~ A t cn"os tlc iúçnufiç&l~ão e estudo boa integração técnica entre as atividades de asstsh~n~ul ~M lij
3 9 Figurai - Diagrama do resultado da situação de pareamento das meningites do SIM e Sinan, no Município do Cabo de Santo Agostinho, de 2000 a BANCO DE DADOS DO SINAN N '" ÓEITtGit DE NÃO" Rl:SIDENTES 505 EXCLUIDOS N = 6081 REGISTROS PARA LINKAGE NÃO PAREADO SIM N ~ 6040 PAREADO N = 37 4 PAREADOS SEM REGISTRO DE óbito NO SINAN TOTAL PAREADO N =.t1 22 EXCLUIDOS N = 368 REGISTRGS PARA LINKAGE NÃO PAREADOS SINAN N = IGNORADOS 12 ENCERRADO-S PO-R ÓBITOS SEM REGISTRO NO SIM NÃO PAREADOS Fonte: Secretaria Executiva de Saúde do Município do Cabo de Santo Agostinho. Os dados dos dois sistemas de informação foram coletados na data 25/06/2007. Tabela 1 - Proporção das variáveis, sexo, mês do óbito, faixa etária e causa básica de óbito das meningites pareadas no SIM e Sinan, segundo ano de ocorrência no Município do Cabo de Santo Agostinho, de 2000 a Total J. O t 10-18,. _ """"'. A170 Ml!rügttebab«c: ASIO llenlngb _ menlrlgoc:odca Am~ -amsa AU4 Menlng-mki:NI! A399" lnfeecmenfngoeoc;k::iins" 0001 Menlngtte pneufl'iococ:lça G009 Menirlglta bkler NE T 11,11, 18,St -~"' "'"" o,oo 111,11 1S,67 ~"'. 12, ,74 2D,OO.,fiT 11!,t8" -" " - -, - 'Z1,78 ' "' 17,07 21,00 ~ 2 2 1~07 17,f17 2'r,'Z1 " "' tt,11 14,20 Fonte: Secretaria Executiva de Saúde do Município do Cabo de Santo Agostinho. *Os dados dos dois sistemas de ínformação foram coletados na data 25/06/2007, 17, ,61). 7,14 17,f17 ~00 14,20 - ~ 7,14 16,61, -~ 4o,OO 4 1$,18" 1f,11 111;14 21,96 10,., - 0, 1W.,76-1M7 - ""' 8,78 ~,~ 10 2 " 2S.,., " " , ", ,90
4 10 Os resultados referentes a situação de pareamento são resumidos na figura 2. Figura 2 - Proporção da situação de pareamento no SIM e Sinan das meningites do Município do Cabo de Santo Agostinho, de 2000 a lll! Par presente SIM e Sinan Meningite ausente no Sinan ; Par com meningite ausentes no SIM Fonte: Secretaria Executiva de Saúde do Munícípio do Cabo de Santo Agostinho, Os dados dos dois sistemas de infonnação foram coletados na data 25/06/ CONSIDERAÇÕES FINAIS E RECOMENDAÇÕES A Técnica utilizada de Linkage neste estudo revela-se viável e eficaz para a realização -,. de estudos que utilizam como fonte de dados os sistemas de informação disponíveis no Brasil como: O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), tendo em vista que possibilita uma estratégia adequada para aprimorar a qualidade das informações e avaliar a operacionalização das ações, no sentido de atingir cada vez mais dados confiáveis e a vigilância por parte dos serviços de saúde. Os resultados demonstram que os casos de óbitos de meningite não notificados no Sinan podem ser observados utilizando-se o sistema de relacionamento da base de dados do SIM e Sinan com o programa Reclink m. Observa-se a necessidade de monitoramento específico com finalidade de apoiar e cooperar tecnicamente no aprimoramento dos Sistemas de Informação em Saúde utilizando o instrumento de linkage de banco de dados. As falhas observadas pode ser resultado da
5 ~, 11 inclusão de dados de forma inadequada nos sistemas e da subnotificação, o que toma viável a investigação dos 12 óbitos do SINAN não pareados com o SIM e dos 04 óbitos pareados no SIM com evolução de cura no Sinan. Por fim, recomenda-se a implantação do relacionamento de banco de dados na rotina do serviço, visando a melhoria da qualidade da informação, contribuindo dessa forma para formação de indicadores fidedignos direcionando melhor o planejamento das ações voltadas à saúde da população Cabense. ~,
6 12 6 REFÊRENCIAS ALMEIDA, M. F. O uso da informação em saúde na gestão dos serviços. Saúde e Sociedade. São Paulo, v. 4, n. 1/2, p , BRASIL, a Portaria GM n 5, de 21 de fevereiro de 2006, Dispões sobre a Lista de doenças, de Notificações. Diário Oficial da União (DOC) - NOJ8, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006, SEÇÃ01 ISSN 1677-( ) BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica- 6. ed.- Brasília: Ministério da Saúde, CARVALHO, D M. T. Sistemas de Informação em Saúde IN: Rouquayrol M.Z. Epidemiologia e Informação em Saúde. 6.ed Rio de Janeiro: MEDSI,cap.2l~pag MS. Organização Mundial de Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde; 10 3 Revisão São Paulo. Editora da Universidade de São Paulo. V.2, CAMARGO Jr. K. R.; COELI, C. M. Reclink: aplicativo para relacionamento de base de """\ dados,implementando o método probabilistic record linkage. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v.l6, n.2, p , JORGE, M. H. P. M. Departamento de Epidemiologia-Faculdade de Saúde Pública/USP, Revista de Saúde Pública. São Paulo, 30 (2): 147, Reclink H: Guia do usuário Disponível em:
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