FITOSSOCIOLOGIA EM ÁREAS DE CACAU CABRUCA
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- Cármen Galvão Canto
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1 FITOSSOCIOLOGIA EM ÁREAS DE CACAU CABRUCA Natalia Galati Araujo 1 ; Salvio Oliveira Santos 2 ; Durval Libânio Netto Mello 3 ; Thiago Guedes Viana 4 ; Eduardo Gross 5 Resumo A diversidade de espécies endêmicas assim como os impactos sofridos na Mata Atlântica do Sul da Bahia confere à região a nomeação de um dos hotspots mais ameaçados do mundo. A paisagem formada pelo sistema agroflorestal (SAF) cacau cabruca contribui com manutenção dos recursos naturais, por contar com espécies florestais nativas em diversidade e abundância. Porém o potencial agroflorestal desses sistemas ainda se encontra pouco aproveitado devido a entraves técnicos, legais e/ou de organização comunitária. O presente trabalho tem como objetivo investigar a composição florística dos SAFs e capacitar os jovens e os agricultores dos assentamentos rurais para adotarem práticas de uso, manejo e conservação das espécies florestais nativas. Foram amostradas 40 parcelas distribuídas em quatro assentamentos rurais. Encontrou-se 7878 indivíduos arbóreos, pertencentes a 188 espécies e 78 famílias botânicas. O índice de Shannon-Weaver foi de 3,79, indicando alta diversidade. Palavras-chave: Fitossociologia em SAF; manejo agroflorestal Introdução A Mata Atlântica é uma floresta tropical que recobria toda costa leste do Brasil e hoje se encontra reduzida a aproximadamente 7,2% de sua cobertura original, tornando-se muito fragmentada e com poucos remanescentes de floresta primária, que sofrem os impactos em função do desmatamento, pecuarização, corte e extração seletiva de madeira e outros produtos florestais, da caça a animais silvestres e de outras ações antrópicas (SAMBUICHI, 2009). Apesar do desmatamento e dos impactos sofridos a Mata Atlântica abriga mais de 8000 espécies endêmicas de plantas vasculares, anfíbios, aves, répteis e mamíferos, além de ser o bioma considerado como um dos hotspots mais ameaçados do mundo (MYERS et al., 2000). O Sul da Bahia conta com uma porção de Mata Atlântica caracterizada pela alta riqueza e alto grau de endemismo (THOMAS et al., 1998) mesmo com o intenso processo de desmatamento. Estudos evidenciaram a diversidade de plantas lenhosas encontrada por hectare em remanescentes de floresta primária no Sul da Bahia. Com o critério de inclusão de plantas com 5 cm de DAP (diâmetro à altura do peito) foram contabilizados 2530 indivíduos de 458 espécies pertencentes à 67 famílias botânicas (THOMAS et al., 2008), representando assim, uma das maiores biodiversidades do mundo. A conservação da Mata Atlântica no Sul da Bahia teve uma grande contribuição atribuída pelo cultivo do cacaueiro, tradicionalmente cultivado sobre a sombra de árvores nativas da floresta, num sistema conhecido como cacau cabruca. Mesmo não sendo uma formação florestal natural, devido à menor densidade e diversidade de espécies florestais nativas, o sistema protege, interage e beneficia-se com os recursos naturais (LOBÃO, 2007). Porém, muitas árvores sombreadoras do cacau foram derrubadas devido à crise da lavoura cacaueira acometida pela enfermidade fúngica conhecida como vassoura de bruxa, que transformou muitas paisagens, antes caracterizadas por cabrucas, em pastos ou outras 1 Eng. Florestal Instituto Cabruca: natalia.bolsista@cabruca.org.br 2 Eng. Agrônomo; secretário executivo do Instituto Cabruca: thiago@cabruca.org.br 3 Eng. Agrônomo; mestre em produção vegetal; presidente do Instituto Cabruca; professor do IF Baiano: durval@cabruca.org.br 4 Prof. Dr. da Universidade Estadual de Santa Cruz: egross@uesc.br 5 Técnico em agroecologia
2 culturas agrícolas. Somando-se a isso, estudos mostram que as espécies climácicas não estão sendo conservadas em longo prazo por não conseguirem recrutar novos indivíduos nas áreas de cabruca, representando problemas de regeneração natural (SAMBUICHI, 2006). Os SAFs cacau cabruca representam uma ferramenta que viabiliza a inclusão sócio-produtiva das comunidades e assentamentos rurais, aliada à recuperação e conservação dos recursos naturais, sendo que os fragmentos remanescentes de Floresta Atlântica da região cacaueira da Bahia sofrem forte pressão antrópica e risco de desaparecer (LOBÃO, 2007). O sistema cacau cabruca pode produzir muito além das amêndoas de cacau, sendo as árvores importantes aliadas na produção de frutos, óleos, sementes, resinas, fibras, artesanato, lenha e madeira. Além de que elas fornecem serviços ambientais, evitando a erosão do solo, regulando o regime hídrico, fornecendo conforto térmico e segurança alimentar ao agricultor, realizando a ciclagem de nutrientes e beneficiando o cultivo do cacaueiro assim como das outras culturas. Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo investigar a composição florística das áreas de cabruca no Sul da Bahia, a fim de propor estratégias de manejo agroflorestal cabíveis à realidade das comunidades e assentamentos rurais, aliando a produção com a conservação do bioma e também capacitar jovens das comunidades nas pesquisas realizadas. Metodologia O estudo foi realizado em 40 áreas de SAF caracterizados por cacau cabruca em quatro assentamentos rurais: assentamento Nova Ipiranga, Camacan-BA; assentamento Nova Vitória, Ilhéus-BA; assentamento Rio Aliança, Arataca-BA e assentamento Terra Vista, Arataca-BA. Em cada assentamento foram selecionados 10 lotes e dentro do lote foi demarcado 1 hectare como parcela. Foram contabilizados todos os indivíduos arbóreos com CAP (circunferência a altura do peito 1,3 m) igual ou maior que 10 cm. Os dados obtidos foram: altura total, altura comercial (para espécies com aproveitamento de madeira) e CAP. A identificação botânica foi realizada em campo e também através de consultas bibliográficas, de especialistas e de herbários. Os parâmetros calculados foram: DAP (diâmetro a altura do peito): ; área basal(g): em m², onde d=dap; volume comercial (m³): h, onde hc=altura comercial (m); f=fator de forma (utilizado 0,7 segundo Leite (2008)); densidade absoluta e relativa(da e DR): número de ocorrência de cada espécie por área; dominância absoluta e relativa(doa e DoR): área basal que cada espécie ocupa no sistema; freqüência absoluta e relativa (FA e FR): em quantas unidades amostrais ocorre cada espécie; índice de valor de importância(ivi): soma dos parâmetros relativos; índice de diversidade Shannon-Weaver; índice de diversidade ecológica de Simpson; índice de eqüabilidadede Pielou; coeficiente de mistura de Jentsch; distribuição em classes de diâmetro e distribuição em classes de altura. Resultados Foram amostrados 7878 indivíduos arbóreos, pertencentes a 188 espécies e 78 famílias botânicas. A densidade média de espécies foi de 196,95 árvores.ha -1. Estimou-se volume comercial de 85,51 m³.ha -1. A distribuição de diâmetros (figura 1) apresentou o comportamento de J invertido, típica de florestas naturais, em que a regeneração se demonstra contínua (JORGE, 2009). Pela fórmula de Sturges indicou-se a necessidade de divisão em 13 classes de diâmetro. O número de indivíduos decresce exponencialmente, apresentando poucos indivíduos nas últimas classes de diâmetro, com amplitude de 2,08 a 5,36 m. Na última classe de diâmetro, com centro igual a 5,15 m encontra-se uma jaqueira. A altura das árvores variou de 2,1 a 44,89 metros, com mediana de 14,13 metros. A distribuição de alturas está representada na figura 2. As dez espécies em ordem decrescente, com maior IVI foram: jaqueira (Artocarpus heterophyllus Lam.); gameleira (Ficus sp.); eritrina (Erythrina poeppigiana ( Walp.) O. F. Cook.); cajá (Spondias mombin L.); embaúba (Cecropia hololeuca Miq.); Ingá (Inga edulis Mart.);
3 vinhático (Plathymenia foliolosa Benth.); fidalgo (Aegiphila sellowiana Cham.); cobi (Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby) e pau-sangue (Pterocarpus rohii Vahl). Portanto contando com três espécies exóticas (jaqueira, eritrina e cajá); 3 espécies pioneiras (embaúba, fidalgo e cobi) e duas espécies secundárias (vinhático e pau-sangue). O índice de Shannon-Weaver foi de 3,79, indicando alta diversidade. Sambuichi (2001) encontrou um índice de diversidade de 3,35 para a mesma região. Para o índice de Simpson obteve-se o valor de 0,03. Para o índice de eqüabilidade de Pielou obteve-se 0,72 e o coeficiente de mistura de Jentsch foi de 1/41,9 significando que para cada 42 indivíduos amostrados tem-se uma nova espécie. Conclusão É essencial investigar a diversidade biológica nos sistemas agroflorestais para garantir a conservação da biodiversidade e as estratégias corretas de manejo agroflorestal. A importância de espécies exóticas e pioneiras no sistema indica que se não for realizado uma ação de manejo estratégico visando a conservação da biodiversidade e a produção de cacau, o sistema agroflorestal cacau cabruca irá se descaracterizar. O sistema agroflorestal cabruca representa um ambiente propício para a silvicultura de espécies nativas, através da condução dos processos naturais de regeneração e de plantios. Muitas espécies da regeneração natural são eliminadas nas práticas de roçagem realizadas pelos agricultores, que priorizam a cultura do cacau no sistema, eliminando de forma despercebida os indivíduos jovens. Sabendo da situação de excesso de sombreamento nas cabrucas de algumas das áreas visitadas, sugere-se que, se houver necessidade de redução de sombreamento, o manejo se inicie pelas espécies exóticas ou até 40% de cada espécie pioneira no caso de esse grupo sucessional ter presença superior a 60% em relação às demais espécies, conforme a legislação (lei federal nº11.428/2006 regulamentada pelo decreto nº6660/2008). As informações a respeito do manejo de árvores nativas na cabruca são limitadas, confusas e de difícil acesso, principalmente para os assentados e assentadas rurais. Referências Bibliográficas JORGE, L.A.B. Dendrometria. Botucatu: Departamento de recursos naturais, FCA/UNESP, p. LEITE, F.S. Estimativa do volume de madeira a partir do diâmetro da cepa em uma área explorada de floresta amazônica de terra firme p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal) Departamento de Engenharia Florestal, Universidade de Brasília, Brasília, LOBÃO, D.E.V.P. Agroecossistema Cacaueiro da Bahia: cacau-cabruca e fragmentos florestais na conservação de espécies arbóreas f. Tese (Doutorado em Agronomia/Produção Vegetal) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, v. 403, p , fev., SAMBUICHI, R.H.R. Estrutura e dinâmica do componente arbóreo em área de cabruca na região cacaueira do sul da Bahia, Brasil. Acta BotBras, v. 20, p , SAMBUICHI, R.H.R. A mata atlântica, biodiversidade e conservação. In: SAMBUICHI, R.H.R.; MIELKE, M.S.; PEREIRA, C.E. Nossas árvores: conservação, uso e manejo de árvores nativas no sul da Bahia. Ilhéus: Editus, p SOUZA, D.R.; SOUZA, A.L.; GAMA, J.R.V. Utilização do Excel no processamento de dados para elaboração de plano de manejo florestal. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa. 44p.
4 THOMAS, W.W. et al. Diversity of woody plants in the Atlantic coastal forest of southern Bahia, Brazil. In: W. Thomas (Ed.) The Atlantic Coastal Forests of Northeastern Brazil. New York: Memoirs of the New York Botanical Garden, cap. 3, p THOMAS, W.W. et al. Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brasil. Biodiversity and Conservation, V. 7, p , Agradecimentos A FAPESB (fundação de amparo à pesquisa da Bahia) por viabilizar o trabalho. Ao Instituto Cabruca pelo apoio logístico, estrutura e equipamentos disponibilizados. A UESC pela estrutura de laboratórios, funcionários e equipamentos. A todos os agricultores e agricultoras dos quatro assentamentos rurais estudados, pela receptividade, aprendizagem e amizade. A José Lima da Paixão pelas identificações botânicas e pelos ensinamentos. Aos estagiários que contribuíram no trabalho de campo. nº árvores/há Distribuição de diâmetros ,6 0,2 0,1 0,05 0, Classes de diâmetros (cm) Figura 1: Distribuição em classes de diâmetro. Distribuição de alturas nº árvores/ha ,1 --6,1 6,1 --10,1 10, ,1 14, ,1 18, ,1 22, ,1 24, ,1 28, ,1 32, ,1 36, ,1 40, ,1 44, ,1 48, ,1 Classes de altura (m) Figura 2: Distribuição em classes de altura. Figura 3: Fotos de uma das áreas de estudo, Arataca-BA.
5 Fitossociologia em Áreas de Cacau Cabruca Natalia Galati Araujo 1 ; Salvio Oliveira Santos 2 ; Durval Libânio Netto Mello 1,3 ; Thiago Guedes Viana 1 ; Eduardo Gross 4 1- Instituto Cabruca (Ilhéus-BA) 2- Assentamento Terra Vista (Arataca-BA); 3- Instituto Federal Baiano Campus (Uruçuca -BA); 4- Universidade Estadual de Santa Cruz UESC (Ilhéus-BA) INTRODUÇÃO O Sul da Bahia conta com uma porção de Mata Atlântica caracterizada pela alta riqueza e alto grau de endemismo (THOMAS et al., 1998) mesmo com o intenso processo de desmatamento. A conservação da Mata Atlântica no Sul da Bahia teve uma grande contribuição atribuída pelo cultivo do cacaueiro, tradicionalmente cultivado sobre a sombra de árvores nativas da floresta, num sistema conhecido como cacau cabruca. Mesmo não sendo uma formação florestal natural, devido à menor densidade e diversidade de espécies florestais nativas, o sistema protege, interage e beneficia-se com os recursos naturais (LOBÃO, 2007). Porém, muitas árvores sombreadoras do cacau foram derrubadas devido à crise da lavoura cacaueira acometida pela enfermidade fúngica conhecida como vassoura de bruxa, que transformou muitas paisagens, antes caracterizadas por cabrucas, em pastos ou outras culturas agrícolas. Somando-se a isso, estudos mostram que as espécies climácicas não estão sendo conservadas em longo prazo por não conseguirem recrutar novos indivíduos nas áreas de cabruca, representando problemas de regeneração natural (SAMBUICHI, 2006). O sistema cacau cabruca pode produzir muito além das amêndoas de cacau, sendo as árvores importantes aliadas na produção de frutos, óleos, sementes, resinas, fibras, artesanato, lenha e madeira. Além de que elas fornecem serviços ambientais, evitando a erosão do solo, regulando o regime hídrico, fornecendo conforto térmico e segurança alimentar ao agricultor, realizando a ciclagem de nutrientes e beneficiando o cultivo do cacaueiro assim como das outras culturas. Dessa forma o presente trabalho teve como objetivo investigar a composição florística das áreas de cabruca no Sul da Bahia, a fim de propor estratégias de manejo agroflorestal cabíveis à realidade das comunidades e assentamentos rurais, aliando a produção com a conservação do bioma e também capacitar jovens das comunidades nas pesquisas realizadas. CONCLUSÃO A importância de espécies exóticas e pioneiras no sistema indica que se não for realizado uma ação de manejo estratégico visando a conservação da biodiversidade e a produção de cacau, o sistema agroflorestal cacau cabruca irá se descaracterizar. O sistema agroflorestal cabruca representa um ambiente propício para a silvicultura de espécies nativas, através da condução dos processos naturais de regeneração e de plantios. Muitas espécies da regeneração natural são eliminadas nas práticas de roçagem realizadas pelos agricultores, que priorizam a cultura do cacau no sistema, eliminando de forma despercebida os indivíduos jovens. Sabendo da situação de excesso de sombreamento nas cabrucas de algumas das áreas visitadas, sugere-se que, se houver necessidade de redução de sombreamento, o manejo se inicie pelas espécies exóticas ou até 40% de cada espécie pioneira no caso de esse grupo sucessional ter presença superior a 60% em relação às demais espécies, conforme a legislação (lei federal nº11.428/2006 regulamentada pelo decreto nº6660/2008). METODOLOGIA O estudo foi realizado em 40 áreas de SAF caracterizados por cacau cabruca em quatro assentamentos rurais: assentamento Nova Ipiranga, Camacan-BA; assentamento Nova Vitória, Ilhéus-BA; assentamento Rio Aliança, Arataca-BA e assentamento Terra Vista, Arataca-BA. Em cada assentamento foram selecionados 10 lotes e dentro do lote foi demarcado 1 hectare como parcela. Foram contabilizados todos os indivíduos arbóreos com CAP (circunferência a altura do peito 1,3 m) igual ou maior que 10 cm. Os dados obtidos foram: altura total, altura comercial (para espécies com aproveitamento de madeira) e CAP. A identificação botânica foi realizada em campo e também através de consultas bibliográficas, de especialistas e de herbários. RESULTADOS Foram amostrados 7878 indivíduos arbóreos, pertencentes a 188 espécies e 78 famílias botânicas. A densidade média de espécies foi de 196,95 árvores.ha -1. Estimou-se volume comercial de 85,51 m³.ha -1. A altura das árvores variou de 2,1 a 44,89 metros, com mediana de 14,13 metros. As dez espécies em ordem decrescente, com maior IVI foram: jaqueira (Artocarpus heterophyllus); gameleira (Ficus sp.); eritrina (Erythrina poeppigiana); cajá (Spondias mombin ); embaúba (Cecropia hololeuca); ingá (Inga edulis); vinhático (Plathymenia foliolosa); fidalgo (Aegiphila sellowiana); cobi (Senna multijuga) e pau-sangue (Pterocarpus rohii). Portanto contando com três espécies exóticas (jaqueira, eritrina e cajá); 3 espécies pioneiras (embaúba, fidalgo e cobi) e duas espécies secundárias (vinhático e pau-sangue). O índice de Shannon-Weaver foi de 3,79, indicando alta diversidade. Sambuichi (2002) encontrou um índice de diversidade de 3,35 para a mesma região. Nome Científico ES ni DA DR DoA DoR ui FA FR IVI Jaqueira E ,47 7,86 1,73 8, ,95 19,66 Gameleira S 115 2,87 1,46 2,93 14, ,5 2,25 18,69 Eritrina E ,05 5,61 2,14 10, ,5 2,09 18,63 Cajá E 367 9,17 4,66 1,78 9, ,5 2,09 15,83 Embaúba P ,02 9,15 0,43 2, ,5 2,56 13,90 Ingá P 331 8,27 4,20 0,58 2, ,5 2,56 9,73 Vinhático ST 340 8,5 4,32 0,62 3, ,17 9,65 Fidalgo P 363 9,07 4,61 0,39 2, ,48 9,11 Cobi P 318 7,95 4,04 0,40 2, ,5 2,71 8,80 Pau Sangue ST 175 4,37 2,22 0,64 3, ,5 2,25 7,75 Tabela 1: dez primeiras espécies com maior IVI (índice de valor de importância). ES: estágio sucessional; E: exótica; S: secundária; P: pioneira; ST: secundária tardia; ni: número de observações; DA: densidade absoluta; DR: densidade relativa; DoA: dominância absoluta; DoR: dominância relativa; ui: unidade amostrais de ocorrência; FA: freqüência absoluta; FR: freqüência relativa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LOBÃO, D.E.V.P. Agroecossistema Cacaueiro da Bahia: cacau-cabruca e fragmentos florestais na conservação de espécies arbóreas f. Tese (Doutorado em Agronomia/Produção Vegetal) Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, SAMBUICH, R.H.R. Fitossociologia e diversidade de espécies arbóreas em cabruca (mata atlântica raleada sobre plantação de cacau) na região sul da Bahia, Brasil. Acta BotBras, v. 16 p , SAMBUICHI, R.H.R. Estrutura e dinâmica do componente arbóreo em área de cabruca na região cacaueira do sul da Bahia, Brasil. Acta BotBras, v. 20, p , THOMAS, W.W. et al. Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brasil. Biodiversity and Conservation, V. 7, p , 1998 Figura 1: Fotos de uma das áreas do estudo, Arataca-BA. Agradecemos a FAPESB, IF Baiano e UESC pelo apoio neste trabalho.
PALAVRAS-CHAVE: Sistemas Agroflorestais, Agroecologia, Agricultura Familiar
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