INSTRUMENTOS LEGAIS: Língua Brasileira de Sinais na Educação básica, o caso da Escola Estadual André Avelino Ribeiro, Cuiabá MT 1
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- Beatriz di Azevedo Santiago
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1 Pedro Moreira dos Santos Neto Universidade Federal de Goiás UFG Instituto de Estudos Socioambientais IESA INSTRUMENTOS LEGAIS: Língua Brasileira de Sinais na Educação básica, o caso da Escola Estadual André Avelino Ribeiro, Cuiabá MT 1 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICO DA PESQUISA Este artigo foi continuado no Trabalho Final de Curso, onde versou reflexões sobre o ensino-aprendizagem de Geografia por meio da Libras 2, investigando compreender como os estudantes do curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso aprendem Libras e como eles passam a ensinar a Geografia para seus alunos surdos na educação básica, e por seu lado como estes alunos surdos aprendem a Geografia por meio da Libras. Objetiva-se com este artigo discutir os instrumentos legais que regulamentam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) na Educação Básica e Superior. Para tal, foram analisados na integra as seguintes leis: nº , de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no título III, do Direito À Educação e do Dever de Educar; nº , de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida; nº , de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais; nº , de 1º de setembro de 2010, que regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais; Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia, o Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso e o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual André Avelino Ribeiro. Para validação deste artigo será apresentado os procedimentos metodológicos utilizados durante a pesquisa que proporcionaram alcançar os objetivos. Constantemente foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, instrumentos legais, publicações 1 Este artigo é fruto das atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado I em 2013, onde foram observadas aulas no Ensino Médio da Escola Estadual André Avelino Ribeiro, Cuiabá-MT 2 Trabalho Final de Curso Considerações/Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem de Geografia por meio da Língua Brasileira de Sinais na Escola Estadual André Avelino Ribeiro, Cuiabá- MT, defendido em 2015 na Universidade Federal de Mato Grosso, campuns Cuiabá. 1
2 periódicas de artigos, revistas e jornais, além das pesquisas em sites disponíveis na rede mundial de computador. Esta pesquisa conta basicamente com etapas de aquisição, sistematização, leitura e análise dos materiais selecionados, entrevistas semidirigidas, sistematização dos resultados e redação final. Foram realizadas entrevistas semidirigidas com alguns alunos da Universidade Federal de Mato Grosso do curso de Licenciatura em Geografia que cursaram a disciplina obrigatória de Libras, vislumbrando compreender se os mesmos estão preparados para ministrar aulas para os surdos sem a presença do Tradutor Intérprete da Língua Brasileira de Sinais, buscando compreender a importância deste profissional no processo de ensino-aprendizagem dos alunos surdos, relacionando com as observações realizadas no Estágio Curricular Supervisionado I, é válido mencionar que durante as observações, duas alunas surdas estavam regularmente matriculadas no primeiro e segundo ano do Ensino Médio, nessas observações, buscou-se conhecer a realidade concreta das alunas surdas, da escola e universidade, dos professores de Geografia e colegas de sala de aula na construção do conhecimento coletivo geográfico com o aluno surdo. Os eixos centrais desta pesquisa perpassam por perguntas simples, porém de fundamental importância para compreender o processo de ensino-aprendizagem da Libras na Geografia pelos professores recém formados e alunos surdos da educação básica, tais como: as escolas estão preparadas para receberem os surdos? Os professores estão preparados para receberem os surdos? O professor tem conhecimento de Libras para ministrar a aula caso o intérprete falte? Como as políticas educacionais dispõem sobre a Libras? Apenas 64 horas em única disciplina é possível aprender Libras? Por estes e outros questionamentos, essa pesquisa se faz necessária. FUNDAMENTAÇÃO CONCEITUAL Para Abreu (2006) A Língua Brasileira de Sinais é um sistema linguístico legítimo e natural, utilizado pela comunidade surda brasileira, de modalidade gestualvisual e com estrutura gramatical independente da Língua portuguesa falada no Brasil, em outras palavras, a Libras tem estrutura gramatical própria, sendo um sistema linguístico legitimo utilizado pela comunidade surda brasileira. 2
3 A Língua Brasileira de Sinais, possibilita o desenvolvimento linguístico, social e intelectual daquele que a utiliza enquanto instrumento comunicativo, favorecendo seu acesso ao conhecimento cultural-cientifico, como a interação no grupo social ao qual pertence. (ABREU, 2006, p. 09) A fundamentação conceitual perpassa pelo decreto nº , de 22 de dezembro de 2005, que regulamenta a lei nº , de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais, pois é nesta lei que se encontra o eixo definidor da questão da surdez, de quem efetivamente é considerado surdo legalmente do ponto de vista jurídico, conforme o capítulo I, das disposições gerais, art. 2º e o parágrafo único: Art. 2 o Para os fins deste Decreto, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais - Libras. Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (db) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz. Neste contexto, a pessoa surda manifesta sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais, porém não pode ser impedida de aprender a Língua Portuguesa, Geografia etc, tendo à disposição as condições básicas e necessárias para permanência na escola. Ainda neste decreto nos capítulos II, III, IV, V e VI discutem a Inclusão da Libras como disciplina curricular, formação do professor de Libras e do instrutor de Libras, do uso e da difusão da Libras e da Língua Portuguesa para o acesso das pessoas surdas à educação, da formação do tradutor e interprete de Libras e da garantia do direito à educação das pessoas surdas. A lei nº , de 24 de abril de 2002, dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências: Art. 1 o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. Art. 2 o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. Art. 4 o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente. 3
4 A lei supracitada reconhece a Libras como meio de comunicação objetiva, sendo dever do poder público criar formas institucionalizadas de apoiar o uso e difusão da Libras. Outra lei que manifesta o dever do Estado com a educação escolar é a lei nº , de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no título III, direito à Educação e do dever de Educar, manifesta no Art. 4º: O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino; Já a Constituição Federal de 1988 prevê no capítulo III, na seção I, da Educação, no Art. 206 que O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Neste sentido, para que os alunos surdos tenham a mesma condição de permanência na escola foi decretada a lei , de 1º de setembro de 2010, que regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais: Art. 1 o Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Art. 2 o O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa. Art. 6 o São atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas competências: I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa; II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares; Art. 7 o O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à cultura do surdo e, em especial: I - pela honestidade e discrição, protegendo o direito de sigilo da informação recebida; III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber traduzir; IV - pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que frequentar por causa do exercício profissional; V - pela solidariedade e consciência de que o direito de expressão é um direito social, independentemente da condição social e econômica daqueles que dele necessitem; VI - pelo conhecimento das especificidades da comunidade surda. 4
5 A presença do Tradutor Intérprete da Língua Brasileira de Sinais dentro do estabelecimento escolar e salas de aula em escolas que possuem alunos surdos é de fundamental importância, pois sem esse profissional e até mesmo com eles, os alunos surdos estão em desigualdade de acesso e permanência na escola. Durante as observações, foi possível perceber que os professores não têm fluência da Libras, justificaram que não é possível aprender Libras em apenas uma disciplina de 64 horas. Diante do exposto, buscou-se no Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso, a ementa da disciplina de Libras. EMENTA 8º SEMESTRE LICENCIATURA Código da Disciplina: Disciplina: Libras Carga Horária: 64 h Teórica: 64 h Prática: - EMENTA As políticas de inclusão e exclusão sociais e educacionais. Modelos educacionais na educação de surdos. Aspectos históricos e culturais, linguísticos, educacionais e sociais da surdez. Vocabulário em língua de sinais brasileira. A mediação do conhecimento através do intérprete de língua de sinais. O papel do intérprete de língua de sinais na sala de aula. A definição do que representa o intérprete-pedagógico na educação de surdos. BIBLIOGRAFIA BÁSICA PIMENTA, Nelson. Coleção Aprendendo LSB. Rio de Janeiro: Regional, vol. III Avançado, PIMENTA, Nelson. Coleção Aprendendo LSB. Rio de Janeiro: Regional, vol. IV Complementação, FERNANDES, Eulália (Org.). Surdez e Bilinguismo. Porto Alegre: Mediação, LANE, Harlan. A Máscara da Benevolência. Lisboa: Instituto Piaget, MOURA, Maria Cecília de. O surdo, caminhos para uma nova Identidade. Rio de Janeiro: Revinter, BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 5
6 LACERDA, Cristina B.F. de; GÓES, Maria Cecília R. de; (Orgs.) Surdez: processos educativos e subjetividade. São Paulo: Lovise, QUADROS, Ronice Muller; KARNOPP, Lodenir. Língua de Sinais Brasileira: Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Editor a Artmed, THOMA, Adriana; LOPES, Maura (Orgs). A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidades e diferença no campo da educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, Fonte: Reestruturação do Projeto Político do Curso de Licenciatura em Geografia. UFMT, Cuiabá, MT, É válido ressaltar que a disciplina ocorre por força da lei que a torna obrigatória (Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005 e as Leis federais /2000 e /2002), e não porque o curso está preocupado em graduar profissionais da área de educação que sejam habilitados em Libras, vislumbrando melhor relacionamento entre professores e alunos surdos, pois em outros cursos de licenciatura a disciplina Libras é disponibilizada em 128 horas e com aulas práticas, diferente desta ementa que prevê 64 horas sem aula prática. Em entrevistas semidirigidas com 10 alunos do Curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso, foi possível perceber a problemática acerca do assunto. Perguntei se é possível aprender todo o universo da Libras em apenas uma disciplina de 64 horas? Se é possível com esse conhecimento adquirido da disciplina ministrar aulas para alunos(as) surdos(as) sem a presença do Tradutor Intérprete da Língua Brasileira de Sinais? As respostas dos 10 entrevistados foram unanimes, não é possível aprender todo o universo da Libras em apenas uma disciplina de 64 horas e que não estão preparados para ministrarem aulas para alunos(as) surdos(as) caso não tenha a presença do Tradutor Intérprete. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES O Projeto Político Pedagógico Tentativa de construção de uma nova prática educativa para uma nova sociedade, da Escola Estadual André Avelino Ribeiro, não faz nenhuma menção quanto a Língua Brasileira de Sinais, porém nas dependências escolares é possível observar fixado cartazes contendo informações, tais como: alfabeto 6
7 em Libras (figura 01) e alguns sinais, como por exemplo, o sinal de água e a palavra soletrada (figura 02). Figura 01 Alfabeto em LIBRAS. Fotografado por: Pedro Moreira Figura 2 Sinal de água em LIBRAS Fotografado por: Pedro Moreira No ano letivo e 2013, a escola possuía duas alunas surdas regularmente matriculadas no primeiro e segundo ano do Ensino Médio e duas Tradutoras Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais, sendo que cada uma delas ficavam responsáveis por interpretar/traduzir as aulas dos professores para cada aluna surda. No dia 11/11/2013 foram observadas aulas no segundo ano I, turma a qual faz parte uma das alunas surdas. No momento da observação a sala de aula estava composta por 29 alunos, sendo 14 meninas e 15 meninos, é válido mencionar que alguns alunos faltaram e outros chegaram atrasados e não foram contabilizados. A Tradutora Intérprete a todo o momento auxilia no processo de ensinoaprendizagem da aula, sendo a voz da professora e ao mesmo tempo a audição da aluna surda. É válido mencionar que o professor de Geografia busca interagir com os alunos, igualmente, gesticula para a aluna surda tentando passar o conteúdo, porém sem sucesso, mas a Tradutora Intérprete consegue realizar a tradução da fala do professor para aluna surda, que acaba por compreender com dificuldades o conteúdo trabalhado. O professor me confidenciou que prefere ministrar aulas para salas que tenham alunas ou alunos surdos, pois o ritmo é diferenciado, o que permite a construção do conhecimento em coletividade. Alguns alunos fizeram perguntas ao professor, porém fugiram totalmente do tema da aula e a aluna surda reclamou (vale ressaltar que tudo que está sendo debatido em sala de aula é traduzido pela intérprete). 7
8 Após dois dias, foram observadas aulas no primeiro ano P, turma a qual faz parte outra aluna surda. No momento da observação a sala de aula estava composta por 13 alunos, sendo 07 meninas e 06 meninos, é válido mencionar que alguns alunos faltaram e outros chegaram atrasados, até este momento a aluna surda não estava presente, aproximadamente com 15 minutos de atraso a aluna surda chega à sala de aula e a Tradutora Intérprete a cumprimenta, neste momento inicia o trabalho da Tradutora Intérprete, pois a mesma fez uma pequena revisão dos conteúdos que a professora tivera acabado de ensinar aos alunos presentes. A Tradutora Intérprete buscou a todo o momento auxiliar no processo de ensino-aprendizagem da Geografia, sendo a voz da professora e ao mesmo tempo a audição da aluna surda. É valido mencionar que a professora em momento algum tentou estabelecer algum contato com a aluna surda, não houve interação entre a professora e aluna, diferente do professor que ministrou aulas no segundo ano I. O Estágio Curricular Supervisionado I possibilitou observar na escola o desconhecimento da Libras por parte dos profissionais (diretoria, coordenação, secretaria, professores entre outros), assim como também a importância do Tradutor Intérprete como mediação, pois caso este profissional falte por motivos de saúde ou particulares, a aluna surda ficará sem aulas, pois os professores não têm o mínimo domínio da Libras. As análises das leis referente a Libras no tocante a Educação e os Projetos Políticos Pedagógicos do Curso de Licenciatura em Geografia e do Ensino Médio da escola em questão, somados as observações realizadas dentro das dependências escolar e aulas com alunas surdas, foi possível constatar a inclusão precária das alunas surdas na educação de rede básica, outrossim, os professores que não tiveram a disciplina de Libras e aqueles que tiveram apenas 64 horas não conseguem estabelecer um diálogo a fim de construir conceitos com os alunos surdos, apenas aprendem a cumprimentar. Que tipo de inclusão é essa? Como é possível construir conhecimento dessa maneira? A partir desse panorama, podemos pensar que as escolas não estão preparadas na sua totalidade para receberem de forma igual a permanecer os alunos(as) surdos(as) na educação, em conversa informal com uma funcionária da escola, a mesma disse que já teve alunos surdos que desistiram de estudar, pois a escola não possuía Tradutor 8
9 Intérprete, tive oportunidade de conversar com um aluno surdo que desistiu de estudar, o mesmo disse que desistiu por não se sentir incluído no processo de ensinoaprendizagem. As aulas observadas nos dias 11 e 13 de novembro de 2013, possibilitaram compreender um pouco sobre o universo da Libras e a importância do Tradutor Intérprete em sala de aula, igualmente, a fragilidade que os professores têm quanto a Libras, porém os professores se manifestaram de maneiras diferente, enquanto o primeiro incluía a aluna surda (segundo ano I) no processo de construção do conhecimento, interagindo, realizando e respondendo perguntas com auxílio da Tradutora Intérprete, a outra professora não interagiu com a aluna surda (primeiro ano P). Enfim, muito ainda tem para ser feito e mesmo com este artigo, ainda há muito que desvelar e complementar para uma interpretação que aproxime da realidade, assim como foi desenvolvido no Trabalho Final de Curso. Ainda é preciso que se tenha uma análise profunda sobre os instrumentos legais da Libras na Educação, e principalmente, buscar por meio da Geografia, possibilidades para construção da autonomia socioespacial do aluno surdo, pensando as categorias espaço geográfico e lugar mediado pela cartografia, que será desenvolvido no Doutorado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, A C. Língua Brasileira de Sinais: Uma conquista histórica. Senado Federal - Brasília Brasil. Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em < Acesso em: 15 jun Brasil. Presidência da República. Decreto nº , de 22 de dezembro de Regulamenta a Lei n o , de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei n o , de 19 de dezembro de Disponível em < Acesso em: 15 jun Brasil. Presidência da república. Lei , de 1º de setembro de Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Disponível em < Acesso em: 15 jun
10 Brasil. Presidência da República. Lei nº , de 19 de dezembro de Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em < Acesso em: 15 jun Brasil. Presidência da República. Lei nº , de 24 de abril de Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências. Disponível em < Acesso em: 15 jun Brasil. Presidência da República. Lei nº , de 20 de dezembro de Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em < Acesso em: 15 jun Brasil. Presidência da República. Parâmetros Curriculares Nacionais (1997). Ministério da Educação e Cultura. Disponível em < Acesso em: 15 jun SILVA CARDOSO, Joana Alves (Org.). Projeto Político Pedagógico: Tentativa de Construção de uma nova prática educativa para uma nova sociedade. Cuiabá, MT, UFMT. Reestruturação do Projeto Político do Curso de Licenciatura em Geografia. Cuiabá, MT,
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