O ENSINO DE LIBRAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA: COMO O DOCENTE ARTICULA SUA PRÁTICA A PARTIR DO OLHAR DO ALUNO
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- Roberto Lobo Amarante
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1 O ENSINO DE LIBRAS NO CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA: COMO O DOCENTE ARTICULA SUA PRÁTICA A PARTIR DO OLHAR DO ALUNO OLIVEIRA, Claudia Lucila Pereira de 1 (UFMT) SOUZA, Rebeca Godoy Silva Moraes de 2 (UFMT) INTRODUÇÃO A principal função da educação é possibilitar ao aluno adequar-se ao conhecimento ministrado pelo professor, neste processo os conceitos oferecidos interagem com os conceitos do senso comum, essa relação é o que torna possível reorganizar os ensinamentos modificando-os e adequando-os a realidade do ensino. De acordo com Sánches, A comunicação humana é essencialmente diferente e superior a toda outra forma de comunicação conhecida. Todos os seres humanos nascem com os mecanismos da linguagem específicos da espécie, e todos os desenvolvem naturalmente, independente de qualquer fator racial, social ou cultural (SANCHES, 1990 Apud Almeida, 2013, p. 67). O presente resumo tem por finalidade apresentar, refletir e discutir a importância, do ensino de libras no curso de Licenciatura em História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e como o docente articula sua prática a partir do olhar do aluno - suas reflexões e contribuições na formação docente a partir da metodologia didática do professor Claudio Alves Benassi 3. OBJETIVO a) Refletir sobre as mudanças no perfil do docente a partir do olhar do aluno; b) Pensar o impacto desta prática na vida acadêmica. 1 Acadêmica do Curso de História Licenciatura. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá. Pedagoga. Arquivista. Especialista em gestão documental e da informação. klaudiakamargo@hotmail.com 2 Acadêmica do Curso de História Licenciatura. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá. rebecagodoy2012@outlook.com. 3 Claudio Alves Benassi (Cao Benassi em Arte) é doutorando em Estudos de Linguagens, mestre em Estudos de Cultura Contemporânea, pela Universidade Federal de Mato Grosso. Especialização em Libras e licenciado em Música. É docente do curso de Letras-Libras - Licenciatura. É fundador e editor gerente da Revista Diálogos (RevDia). Realiza estudos e pesquisa na área de Escrita das Línguas de Sinais (ELiS), além de ser crítico e analista da cultura e crítico da gênese musical. Busca uma fusão da ELiS com o Sign Wrinting combinando as estruturas menos complexas de cada sistema de Escrita de Língua de Sinais (ELS) no intuito de promover a facilidade no registro escrito das Línguas de Sinais. Coordena o Círculo de Estudos de ELiS (CEELiS). 98
2 METODOLOGIA Esse trabalho será realizado por meio da apresentação de um texto em formato de resumo expandido, utilizando-se pesquisa bibliográfica e vivência docente baseada na prática do professor Claudio Alves Benassi. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Para essas reflexões serem realizadas utilizou-se fundamentação teórica embasada em pesquisa bibliográfica utilizando o texto organizado Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação de autoria de Romeu Kazumi Sassaki, bem como o artigo Inclusão no papel, exclusão na realidade de autoria de Claudio Alves Benassi. DESENVOLVIMENTO A Lei de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que em seu artigo primeiro Parágrafo único traz como definição: Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (BRASIL, 2002). Após a promulgação da lei, Libras passou a ser reconhecida como a língua brasileira oriunda das comunidades surdas do e corrente no Brasil. Por meio do Decreto de 22 de dezembro de 2005, tornou-se obrigatório o seu ensino como disciplina curricular nas licenciaturas e demais cursos de formação de professores, assegurando igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sem qualquer tipo de discriminação. Sendo um princípio previsto pela Constituição da República Federativa do Brasil de de acordo com a redação do Artigo 23º que diz em seu inciso V 4 Disponível em: < Acesso em: 23 de abr Disponível em: < Acesso em: 23 de abr Disponível em: < Acesso em: 23 de abr
3 proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação (BRASIL, 1988). Segundo Sassaki, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, assume o compromisso de apoiar os estados e municípios na sua tarefa de fazer com que as escolas brasileiras se tornem inclusivas, democráticas e de qualidade. É um processo sem volta, como afirma o autor (2002, p.41): [...] um processo sem volta que exige da escola um comprometimento significativo para que todos possam usufruir os benefícios do processo educacional. O titular da disciplina de LIBRAS do curso de Licenciatura em História da UFMT, professor Claudio Alves Benassi, ministra a disciplina em 60 horas aula, por meio de um guia didático organizado 7 com os seguintes conteúdos: língua e linguagem cumprimentos; alfabeto manual; numeral e números; pronomes pessoais; possessivos; demonstrativos; verbos simples; direcionados; espaciais, icônicos e ambiente escolar. O guia é um material utilizado para a iniciação do ensino de Libras, cujas as aulas têm link de acesso via internet para visualização de vídeos e atividades. Aponta, ainda, metodologia didática que associa ensino e aprendizagem a partir da experimentação, demonstrando o diferencial necessário para o ensino. No decorrer do curso por intermédio das trocas de experiências e da linguagem utilizada pelo professor, carregada de compromisso com a inclusão, foi possível constatar a importância e a relação que se deve ter, enquanto professores, em facilitar o trabalho do tradutor intérprete, buscando formas de explicar o conteúdo de modo mais claro e objetivo. A postura do ministrante estimula a continuidade de conhecimento pela inclusão do surdo, seus desafios dentro e fora do universo acadêmico, podendo ser esta disciplina um objeto de estudo pouco conhecido por nós historiadores. É necessário referendar também que a avaliação do curso, propõe uma metodologia carregada de significado, permitindo ao discente descrever acerca de suas observações e possibilitando ao docente adequações em eventuais necessidades de ajuste. A metodologia utilizada pelo professor Claudio Alves Benassi foi a aplicação de avaliação escrita onde os alunos externam suas opiniões e dúvidas sobre o aprendizado, tal postura sem dúvida nenhuma é um avanço na ressignificação da avaliação da prática docente. 7 Sequências didáticas para o ensino de Libras como L2 (BENASSI; DUARTE, 2016). 100
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Esse trabalho contribuiu na reflexão acerca da importância do ensino de Libras no curso de Licenciatura em História. O impacto e a importância desta disciplina em entender o quanto a consciência e a responsabilidade docente é fundamental no processo de inclusão na escola, assim como a importância do uso de metodologia adequada ao falar sobre esta temática em apenas 60 horas aulas na graduação. Entende-se ainda, que é necessário sensibilizar os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem com relação à inclusão, o que já está em curso na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). REFERÊNCIAS 1. ALMEIDA, A. O. FONSECA, M. da C. V. Libras: a inclusão de surdos na escola regular. Centro Universitário de Volta Redonda. Volta Redonda, RJ. Disponível em: < Acesso em: 22 de abril de BENASSI, C. A. LIBRAS: Inclusão no papel, exclusão na realidade. Disponível <em: Acesso em 20 de jun. de BENASSI, C. A.; DUARTE, A. S. Sequências didáticas para o ensino de Libras como L2. Cuiabá: Claudio Alves Benassi, Disponível em: < Acesso em: 23 de abr SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: acessibilidade no lazer, trabalho e educação. Revista Nacional de Reabilitação (Reação), São Paulo, Ano XII, mar./abr. 2009, p
5 REVISTA ANEXO 1 - REGISTRO FOTOGRÁFICO Foto 1 Professor sinalizando em LIBRAS Foto 2 Aluna sinalizando em LIBRAS Foto 3 Encerramento da aula 102
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