PROCESSO SAÚDE-DOENÇA, DETERMINAÇÃO SOCIAL E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 6º AULA

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1 PROCESSO SAÚDE-DOENÇA, DETERMINAÇÃO SOCIAL E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 6º AULA PROF. HÉLDER PACHECO Objetivo Descrever as principais concepções explicativas do processo saúdedoença, buscando verificar a evolução e perspectivas do pensamento na explicação da causalidade de doenças em coletividades humanas. Boccaccio-Decameron: La Pieste em Florencia,

2 Conceitos de saúde/doença estão presentes em todas as culturas e se articulam com as práticas de cura. O organismo fabrica uma doença para curar a si próprio (Medicina Grega) Saúde é o estado de ausência da doença (senso comum) O estado patológico é um prolongamento, qualitativamente variado, do estado fisiológico (Claude Bernard, 1855) Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social 1948) (OMS, Saúde é o resultado de equilíbrio dinâmico entre o indivíduo e meio ambiente (René Dubos, 1965) Processo Saúde Doença...é o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de uma população, que varia nos diferentes momentos históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. 2

3 Pré-História Aparecimento da raça humana até a.c: Concepção mística-religiosa Cena de parto pintada pelo homem pré-histórico na serra da Capivara no Piauí serido/expo.htm Doença Feitiço nocivo Ataque de um espírito do mal Castigo dos deuses Impureza humana Demônios Espíritos do mal A cura do doente caberia ao feiticeiro ou xamã, tendo o poder de convocar espíritos capazes de erradicar o mal. 3

4 Antiguidade a.c até 476 d.c. Duas linhas de entendimento Sobrenatural ou místico Equilíbrio entre os humores Antiguidade a.c até 476 d.c.: Equilíbrio entre os humores Hindus Doença madeira, metal, terra, fogo e água Chineses causas externas desequilíbrio entre os elementos do organismo humano, ocasionado pelas influências do ambiente físico (astros, clima, insetos) desequilíbrio entre os princípios Yin e Yang, o que levaria a um desequilíbrio dos elementos, com o consequente aparecimento da doença. 4

5 Hipócrates Enriqueceu as concepções de saúde e doença através da prática clínica e de cuidadosas observações da natureza, ressaltando a importância do ambiente físico na causalidade das doenças. Revelou uma visão epidemiológica do problema saúde-doença através dos registros de diversos casos clínicos. observações não se limitavam ao paciente em si, mas ao seu ambiente "Dos ares, das águas e dos lugares" discute fatores ambientais ligados à doença, defendendo um conceito ecológico e multicausal de saúde-doença. Pré-História Antigüidade Concepção Mágico-religiosa Paradigma Ambientalista Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas 5

6 IDADE MÉDIA (Séc. V- XV) princípios hipocráticos são relegados enquanto concepção teórica e a prática clínica é abandonada Era das Trevas - Uma época de pestilências Peste de Ashdod Nicolas Poussin O triunfo da morte Peter Brueghel (1582) Lepra, peste bubônica, varíola, difteria, sarampo, influenza, tuberculose, antraz e tracoma. Dentre estas, a lepra é a mais temida Influência do Cristianismo A doença era vista como purificação Uma forma de atingir a graça divina, que incluía, desde que merecida, a cura. As epidemias eram o castigo divino para os pecados do mundo ou resultavam da ação de inimigos (bruxas). 6

7 Numerosos judeus foram jogados na fogueira sob a acusação de terem provocado a Peste Negra e a temida lepra. Epilépticos "tratados a porretadas", para espantar os maus espíritos... Ações de Saúde na Idade Média Prática da quarentena Prática do isolamento Separação dos doentes de seus contatos habituais visando defender as pessoas sadias. Surgem os primeiros hospitais, os hospícios ou asilos, nos quais os pacientes recebiam mais conforto espiritual que tratamento adequado. 7

8 Pré-História Antigüidade Idade Média Concepção Mágicoreligiosa Paradigma Ambientalista Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Explicação Religiosa do PSD Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalista Idade Moderna Séc. XV e XVII: Renascimento - Idade das Luzes O crescente número de epidemias na Europa, faz retornar preocupações com a causalidade das doenças infecciosas, tornando-se mais evidente a noção de contágio entre os homens A escola de Salermo, na Itália, utiliza os ensinamentos de grandes mestres como Hipócrates e Galeno. A prática médica ainda era rudimentar. Retomados experimentos e observações anatômicas. A LIÇÃO DE ANATOMIA DO DR. RUYSCH -Jan van Neck Aula de Anatomia do Dr. Tulpe. Rembrandt 8

9 TEORIA DO CONTÁGIO Girolamo Fracastoro ( ) Poeta e médico da época que se inspirou na Sífilis para defender a idéia de contagiosidade. Três formas de disseminação dos agentes contagiantes (partículas invisíveis) direto (de pessoa para pessoa) contágio à distância através de fômites (roupas, objetos, resíduos etc.) Predomina a idéia do fator externo que penetra no organismo e este é visto como receptáculo de doenças. A explicação da disseminação das doenças epidêmicas se dá pela existência de partículas invisíveis, que produzem doenças e atingem os homens de diversas maneiras. Thomas Sydenham e Giovani Lancisi Teoria miasmática 9

10 Teoria Miasmática: contaminação da atmosfera/ até séc. XIX As doenças originam-se, parcialmente, das partículas da atmosfera. As primeiras insinuam-se entre os sulcos do corpo, desagregando-os, misturando-se ao sangue e finalmente contaminando todo o organismo. Tudo começa com as partículas miasmáticas, que nós adquirimos com o ar que respiramos. Jonh Snow -estudos sobre cólera em Londres (1849 a 1854); -um dos poucos a defender a possibilidade de agentes vivos microscópicos estarem na gênese desta doença. Quadro 2 Mortes por cólera, por 10 mil habitações, nas sete primeiras semanas de uma epidemia, ocorridas em companhias de abastecimento de água. Companhias de abastecimento de água Southwark e Vauxhall Número de habitações Mortes por cólera Mortes por cada 10mil habitações Lambeth Resto de Londres Fonte: Adaptado de Jonh Snow. Sobre a maneira da transmissão da cólera, publicado em

11 Óbitos por cólera e localização das bombas d água Jonh Snow ( ) Pré-História Antigüidade Idade Média Idade Moderna Concepção Mágicoreligiosa Paradigma Ambientalista Explicação Religiosa do PSD Teoria Miasmática Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalista Partículas invisíveis produzem doença 11

12 SÉCULO XVIII e XIX- Teoria Social Revolução Industrial ( ) explicação social na causalidade das doenças relacionada com as condições de vida e trabalho das populações consequências danosas do trabalho na fábrica e dos cortiços industriais Deste cenário emerge a idéia de Medicina Social (Guérin em 1848, Inglaterra) Pré-História Antigüidade Idade Média Séculos XVI e XVII Renascimento Concepção Mágicoreligiosa Paradigma Ambientalista Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Explicação Religiosa do PSD Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalista Teoria Miasmática Partículas invisíveis produzem doença Século XVIII Explicação social do PSD Medicina Social 12

13 FINAL DO SÉCULO XIX- Teoria Unicausal, Biologicista Teoria unicausal: doença e agente etiológico - Final do Séc. XIX: Louis Pasteur, com o microscópio demonstra a existência de microrganismos: Um micróbio = uma doença. - Teoria se afirma na comunidade científica em 1876 quando Robert Koch demonstrou a transmissão do antraz por um bacilo. Pasteur ( ) Robert Koch ( ) A unicausalidade representou um reducionismo do fenômeno saúde / doença; Aboliu o Subjetivo a favor do Objetivo; Hiper valorização da fisiologia, anatomia, patologia e farmacologia, que se tornaram bases do pensamento médico. Racionalidade Científica: Explicações dos fenômenos tem que ter base no estudo de mudanças objetivas: morfológicas, orgânicas e estruturais 13

14 ÍNICIO DO SÉCULO XX- Paradigma Multicausalidade Modelo ecológico multicausal O homem naturalizado passa a ser classificado segundo critérios naturais como idade, sexo e raça Os agentes etiológicos são reduzidos a sua condição biológica As relações entre agente, hospedeiro e meio se dão no plano ecológico, sem precisar alterar a organização social. Tríade Ecológica HOSPEDEIRO AGENTE MEIO-AMBIENTE 14

15 Pré- História Antigüidade Idade Média Séculos XVI e XVII Renascimento Século XVIII Século XIX - XX Concepção Mágicoreligiosa Paradigma Ambientalista Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Explicação Religiosa do PSD Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalista Teoria Miasmática Partículas invisíveis produzem doença Explicação social do PSD Medicina Social Paradigma Biologiscista Unicausalidade Multicausa-lidade Negação da explicação social do PSD Década de 60 Proposta de uma abordagem mais ampla, considerando as relações da saúde com a produção social e econômica da sociedade. Modelo de Determinação Social da Saúde/Doença: Procura articular todas as dimensões da vida para determinar uma realidade sanitária. Determinantes Sociais da Saúde Incluem: condições mais gerais de uma sociedade (socioeconômicas, culturais e ambientais), e se relacionam com as condições de vida e trabalho de seus membros (habitação, saneamento, ambiente de trabalho, serviços de saúde e educação) e, também, com a trama de redes sociais e comunitárias Determinante é mais complexo que causa. Ex: o Bacilo de Koch causa a tuberculose, mas, são os determinantes sociais que explicam porque certa parcela da população é mais susceptível que outra. 15

16 Estrutura social define maior ou menor Elementos exposição sociais Agressividade social Estresse do trabalho Elementos psicológicos Manutenção de vetores Elementos Ecológicos/ ambientais Elementos biológicos/ genéticos Maior ou menor susceptibilidade individual DETERMINAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE Elementos educacionais Maior ou menor clareza de entendimento Elementos políticos Macropolíticas regulatórias Participação comunitária Elementos econômicos Condições econômicas Elementos culturais Comportamentos de risco MODELO DE DAHLGREN E WHITEHEAD Fonte: Giovanella et al.,

17 Pré- História Antigüidade Idade Média Séculos XVI e XVII Renascimento Paradigma Ambientalista Princípios hipocráticos (Grécia, 400 a.c.) Explicações racionais do PSD Importância do ambiente na causalidade das doenças Bases empíricas Explicação Religiosa do PSD Abandono dos princípios hipocráticos Influência do Cristianismo Negação do paradigma ambientalista Teoria Miasmática Partículas invisíveis produzem doença Século XVIII Explicação social do PSD Medicina Social Século XIX Paradigma Biologiscista Unicausalidade Concepção Mágicoreligiosa Multicausalidade Negação da explicação social do PSD Século XX-XXI Paradigma Integral /Social Concepção Adotada pelo SUS Lei 8.080/90 com redação alterada pela Lei /2013 Artigo 3º Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. 17

18 História Natural da Doença: Modelo de Leavell & Clark Leavell e Clarck - Modelo da História Natural da Doença Conjunto de processos interativos compreendendo "as interrelações do agente, do susceptível e do meio ambiente que afetam o processo global e o seu desenvolvimento, desde as primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte" Vertentes epidemiológicas, tipos e níveis de prevenção Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Fonte: Adaptado Pereira,

19 Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Medidas para aumentar a saúde ou bem-estar geral. Ex.: Atividade física- Academia da Saúde Saneamento básico Alimentação adequada- Merenda escolar equilibrada Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Medidas aplicadas a grupos específicos de doenças. Ex.: Imunização- Campanha H1N1 Alimentos específico- Sem lactose Controle de vetores- Aedes aegypti Uso de cinto de segurança, capacete- ATT 19

20 Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Medidas de pronto atendimento. Ex.: Exames periódicos, individuais, para detecção precoce - mamografia Procura de casos entre contatos inquéritos em comunidade (sarampo) Isolamento para evitar a disseminação da doença Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Prevenir ou retardar as consequências. Ex.: Tratamento cirúrgico adequado- exérese de nódulo mamário, mastectomia. 20

21 Vertentes Pré- Patogênese Patogênese Tipos/ Prevenção Prevenção Primária Prevenção Secundária Prevenção Terciária Níveis / Prevenção Promoção da saúde Proteção específica Reabilitação Diagnóstico precoce e tratamento imediato Limitação da invalidez ou dano Recolocar o indivíduo na sociedade de forma útil e utilizando de forma máxima as capacidades restantes. Ex.: Terapia ocupacional; Tratamento psiquiátrico/psicológico; Fisioterapia TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA 42 21

22 Teoria clássica da transição demográfica Postula que os países tendem a percorrer, progressivamente, quatro estágios na sua dinâmica populacional, evoluindo de padrões caracterizados por alta mortalidade e natalidade para os de baixo nível de mortalidade e natalidade. (Pereira, 2008) Alta 1 a FASE Alta 2 a FASE Alta Decrescente Decrescente 3 a FASE 4 a FASE Baixa Decrescente Baixa 44 22

23 Transição Epidemiológica Engloba três mudanças básicas: Substituição das doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas; Deslocamento da maior carga de morbi-mortalidade dos grupos mais jovens aos grupos mais idosos; Mudança de predomínio de mortalidade para morbidade 23

24 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Doenças transmissíveis Tendência descendente: Raiva humana, difteria, rubéola, tétano, doença de chagas, hanseníase, febre tifóide, filariose e peste e coqueluche Tendência Persistente - Malária, tuberculose, meningites, leishimaniose, febre amarela, hepatites, esquistossomose, leptospirose e acidentes com animais peçonhentos - Emergentes: Aids e hantaviroses - Reemergentes: Dengue, cólera e sarampo CONCEITOS EPIDEMIOLÓGICOS - Endemia - Epidemia - Surto epidêmico - Pandemia - Variações atípica, cíclica e sazonal 24

25 Tendência São as variações na incidência/prevalência ou mortalidade letalidade de doenças, observadas por um longo período de tempo, geralmente 10 anos ou mais Podem ser feitos com doenças transmissíveis e nãotransmissíveis Variação Cíclica São variações com ciclos periódicos e regulares. Periodicidade pode ser semanal ou mensal Um dado padrão é repetido de intervalo a intervalo 25

26 Variação Sazonal Variação na incidência de uma doença que coincide com as estações do ano, meses do ano, dias da semana ou horas do dia Ex: Acidentes de trânsito Horário de pico Envenenamento por aranha-marrom meses quentes do ano 26

27 Variação Irregular Alterações inusitadas na incidência de doenças, diferentes do esperado para a mesma 27

28 Indicadores de Morbidade Prevalência Incidência Casos novos e antigos Casos novos 28

29 Prevalência Casos prevalentes = casos que estão sendo tratados (casos antigos) + casos que foram descobertos ou diagnosticados (casos novos) P = número de casos existentes x 10 5 população total Incidência É o número de casos novos de uma doença, em um determinado local e período. Traz a idéia de INTENSIDADE com que acontece uma doença numa população. Mede a VELOCIDADE DE SURGIMENTO de casos novos da doença na população. Alta incidência Alto risco coletivo de adoecer I = número de casos novos x 10 5 população total exposta 29

30 Coeficiente de Mortalidade Geral número de óbitos ocorridos no período x população total Coeficiente de Mortalidade por Causa Específica CMC = n.º de óbitos ocorridos por determinada causa X população exposta Numerador: Causas básicas de acordo com a CID-10 (atestado de óbito). 30

31 Coeficiente de Mortalidade por Causa Específica Razão de Mortalidade Materna Óbito materno: Óbito de mulher em idade fértil devido a complicações da gestação, parto ou puerpério (até 42 dias após a gravidez). Nº de óbitos maternos x Nº de nascidos vivos 31

32 Coeficiente de Mortalidade Infantil (SIM e SINASC) Refere-se ao óbito de crianças nascidas vivas e falecidas antes de completarem um ano de vida, de um dado local e período. CMI = Nº de óbitos de crianças menores de um ano de idade, no período x 1000 Nº de nascidos vivos, no período Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) Neonatal (4 primeiras semanas de vida) CMI Pósneonatal (de 28 dias a 01 ano de idade) Precoce (0 a 6 dias) Tardio (7 a 27 dias) 32

33 Coeficiente de Letalidade (CL) A letalidade mede o poder da doença em determinar a morte, entre os doentes; CL = Nº de óbitos por determinada doença em um dado local e período X 100 Nº de casos da doença no mesmo local e período Razão de mortalidade proporcional de 50 anos ou mais (Indicador de SWAROOP-UEMURA) 100 ISU = n.º de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais X total de óbitos Quanto mais elevado o índice de Swaroop e Uemura, melhores são as condições sociais e econômicas da região. Porque quanto maior os óbitos entre indivíduos maduros e idosos melhor é a condição de vida e saúde da população. 33

34 Indicadores de saúde Expectativa de vida em 2010: 75,2 anos (sendo 71,1 para homens e 78,8 para mulheres) Taxa de mortalidade infantil: 14,4/1000 nascidos vivos. Mortalidade Materna: 62/100 mil nascidos vivos Taxa de fecundidade: 1,7/1000 nascidos vivos Principais causas de óbito definidas, Brasil (DATASUS, 2015) 1- Doenças do aparelho circulatório 2- Neoplasias 3- Causas externas 4- Doenças do aparelho respiratório 5- Doenças endócrinas e nutricionais 6- Doenças do aparelho digestivo 7- Doenças infecciosas e parasitárias 34

35 Principais causas de internação hospitalar, Brasil (DATASUS, 2015) 1- Motivos relacionados à gravidez, parto e puerpério 2- Doenças do aparelho respiratório 3- Doenças do aparelho circulatório 4- Doenças do aparelho digestivo 5- Doenças infecciosas e parasitárias VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA "Um conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos." (Lei Orgânica da Saúde Lei 8.080/90) 35

36 Funções da V. Epidemiológica: a) Coleta de dados; b) Processamento de dados coletados; c) Análise e interpretação dos dados processados; d) Recomendação das medidas de controle apropriadas; e) Promoção das ações de controle indicadas; f) Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; g) Divulgação de informações pertinentes. VIGILÂNCIA COM BASE EM "EVENTOS SENTINELAS O termo "evento sentinela" tem sido aplicado para eventos que podem servir de alerta a profissionais da saúde a respeito da possível ocorrência de agravos preveníveis, incapacidades ou de óbitos possivelmente associados à má qualidade de intervenções de caráter preventivo ou terapêutico, que devem ser aprimorados. 36

37 PORTARIA MINISTERIAL Nº 1.271, DE 6/06/2014 Define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional, nos termos do anexo, e dá outras providências. I - agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada; 37

38 II - autoridades de saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Municípios, responsáveis pela vigilância em saúde em cada esfera de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS); III - doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos; IV - epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública; V - evento de saúde pública: situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico e epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes; 38

39 VI - notificação compulsória: comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal; VII - notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível; VIII - notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo; 39

40 IX - notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória; e 3º A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento. 40

41 Art. 7º As autoridades de saúde garantirão o sigilo das informações pessoais integrantes da notificação compulsória que estejam sob sua responsabilidade. Art. 8º As autoridades de saúde garantirão a divulgação atualizada dos dados públicos da notificação compulsória para profissionais de saúde, órgãos de controle social e população em geral. Parâmetros para a inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória: Magnitude elevada freqüência, que afetam grandes contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos Transcendência expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial à doença ou agravo, destacando-se: Gravidade: medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas Relevância social: avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da doença e que se manifesta pela sensação de medo, repulsa ou indignação Relevância econômica: avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução da força de trabalho, custos assistenciais e previdenciários. 41

42 Potencial de disseminação representado pelo elevado poder de transmissão da doença, por meio de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva Vulnerabilidade medida pela disponibilidade concreta de instrumentos específicos de prevenção e controle da doença, propiciando a atuação efetiva dos serviços de saúde. Compromissos internacionais relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. Esses compromissos incluem obrigações assumidas por força do Regulamento Sanitário Internacional, estabelecido no âmbito da Organização Mundial da Saúde. 42

43 DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA 43

44 Vigilância epidemiológica da microcefalia - Detecção, monitoramento e resposta à GESTANTE COM EXANTEMA - Detecção, monitoramento e resposta da MICROCEFALIA INTRA-ÚTERO - Detecção, monitoramento e resposta da MICROCEFALIA PÓS-NATAL - Registro de Microcefalia no (Sinasc) Portal G1 Globo Nordeste 20/06/ h23 - Atualizado em 20/06/ h58 PE inclui alterações neurológicas e visuais em novo protocolo sobre zika Vem aí o "Protocolo Clínico e Epidemiológico da Síndrome do Zika Congênito" - Pernambuco pretende divulgar seu terceiro protocolo sobre o vírus da zika nos próximos 15 dias. Tratando não só a microcefalia como sua maior consequência, o novo documento incluirá uma série de problemas associados a essa arbovirose como dificuldades visual e auditiva, além de alterações neurológicas. 44

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