VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Gerência de Epidemiologia e Informação Secretaria Municipal de Saúde
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- Martín Moreira Quintanilha
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1 VIGILÂNCIA EM SAÚDE Gerência de Epidemiologia e Informação Secretaria Municipal de Saúde
2 Gerência de Vigilância em Saúde e Informação 1) Gerência de Epidemiologia e Informação 2) Gerência de Saúde do Trabalhador 3) Gerência de Vigilância Sanitária Núcleo de Vigilância Ambiental 4) Gerência de Controle de Zoonoses 5) Comitê de Investigação de Morte Materna, Perinatal e Infantil 6) Coordenação de Imunizações
3 A vigilância à saúde, tem como objetivo a análise permanente da situação de saúde da população e a organização de práticas de saúde adequadas ao enfrentamento dos problemas existentes. É composta pelas ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos de saúde, devendo constituir-se em um espaço de articulação de conhecimentos e técnicas vindos da epidemiologia, do planejamento e das ciências sociais...
4 Vigilância em Saúde A vigilância em saúde deve contribuir para a diminuição das vulnerabilidades sócioambientais e implementar a capacidade de resposta oportuna aos diversos problemas de saúde.
5 Vigilância em Saúde e Informação A missão da vigilância em saúde é identificar os riscos a que está exposto o cidadão no seu cotidiano nos mais diversos espaços que freqüenta como o ambiente em que vive, trabalha ou estuda; no seu convívio social e na utilização dos diversos serviços, com o objetivo de propor medidas para minimizar estes riscos no âmbito de seu território, avaliar o impacto das medidas tomadas assim como a necessidade de incorporação de novas tecnologias.
6 VIGILÂNCIA VINCULADA A PROGRAMAS DE CONTROLE DE DOENÇAS VIGILÂNCIA VINCULADA À QUESTÃO DA SEGURANÇA EM SAÚDE VIGILÂNCIA VINCULADA À REDUÇÃO DAS VULNERABILIDADES, PROMOÇÃO DA SAUDE E CONTROLE PÚBLICO
7 Mudança de Paradigma De controle de infecção para controle de doenças e agravos De lista de doenças para todos os riscos e danos à saúde pública De medidas pré-estabelecidas para respostas adaptadas ao território
8 Vigilância em Saúde Vigilancia de doenças e de agravos Vigilância ambiental Vigilância da Situação da saúde Vigilância da saúde do Vigilância trabalhador sanitária O conceito de vigilância em saúde inclui a vigilância e o controle de doenças transmissíveis e de doenças e agravos não transmissíveis; a vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador, a vigilância sanitária, a vigilância da situação de saúde.
9 Pilares para a construção da Vigilância da Saúde 1º - Território transcende à sua redução a uma superfície solo para instituir-se como território da vida pulsante, de conflitos de interesses, de projeto e de sonho (Paim, 2005). Quando quisermos definir qualquer pedaço do território, deveremos levar em conta a interdependência e a inseparabilidade entre a materialidade, que inclui a natureza, e o seu uso, que inclui a ação humana, isto é, o trabalho e a política (Santos & Silveira, 2001). 2º - Problema é a formulação para um ator social de uma discrepância entre a realidade constatada ou simulada e uma norma aceita como referência (Paim, 2005). 3º - Intersetorialidade solidariedade de distintos setores. A ação intersetorial para ser conseqüente implica tomar problemas concretos em territórios concretos. (Mendes, 1996)..
10 Ponto de partida da Vigilância em Saúde O dado gerado e coletado é o seu ponto de partida e são os seguintes os passos a trilhar: Consolidar; Criticar; Analisar; Interpretar; Elaborar propostas de intervenção baseadas em evidências; Executar as intervenções; Avaliar o impacto destas intervenções; Produzir informação tanto para subsidiar uma decisão do gestor como para prestar contas à população usuária do sistema e retroalimentar todo o sistema. Todo este trabalho deve ser realizado de maneira integrada.
11 Desafio: integrar vigilância e atenção à saúde Integrar implica discutir ações a partir da realidade local; aprender a olhar o território e identificar prioridades assumindo o compromisso efetivo com a saúde da população. Para isso, o ponto de partida é o processo de planejamento e programação conjunto, definindo prioridades, competências, atribuições a partir de uma situação atual reconhecida como inadequada tanto pelos técnicos quanto pela população, sob a ótica da qualidade de vida. (Vigilância em Saúde - Cadernos da Atenção Básica/MS 2008)
12 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
13 Histórico 1851: I Conferência Internacional de Saúde (Paris) - controle de doenças pestilenciais (cólera, febre amarela, varíola, peste, tifo epidêmico) 1902: criação OPAS (notificação internacional de doenças) 1946: criação do Center of Disease and Control CDC - em Atlanta, para referência mundial. Primeiramente como estratégia militar numa possível guerra biológica. 1951: criação pelo CDC do Serviço de Inteligência para Epidemias.
14 Histórico 1965: o combate à varíola demonstrou a faceta coletiva da VE e o reconhecimento internacional de sua importância para a saúde pública. 1970: a OPAS recomenda ações de VE aos seus membros.
15 Histórico Até 1950: relacionada à observação de casos de doenças transmissíveis e seus contatos - ações individuais de isolamento e quarentena Década de 60: Conjunto de atividades que produz toda informação necessária para se conhecer o comportamento de doenças, identificando e prevendo fatores que as alteram, estabelecendo medidas de controle e prevenção (ações coletivas - Campanha de Erradicação da Varíola)
16 Histórico 1975: Criação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, com a incorporação de doenças com maior relevância sanitária para o país, consideradas de notificação compulsória (Boletim Nacional de Notificação) Sujeitas ao Regulamento Sanitário Internacional (peste, varíola, cólera e febre amarela); Vinculadas ao Programa Nacional de Imunização (sarampo, pólio, difteria, coqueluche, tétano, raiva, etc.) Controláveis por programas específicos do MS (TBC, hanseníase e malária) Meningites em geral
17 Histórico 1990: Lei Criação do SUS; ampliação do conceito de VE; integração de ações preventivas e assistenciais, com descentralização das ações para os níveis estadual/ municipal. 1993: Implantação do SINAN de forma gradual em todo território nacional. (SINAN-DOS) 2000: Substituição do Boletim de Notificação Semanal pelas Fichas de Notificação/Investigação. 2001: Aperfeiçoamento do SINAN (SINANW) 2006: Início de implantação do SINAN-WEB Novo Regulamento Sanitário Internacional
18 Conceito de vigilância epidemiológica, segundo a Lei 8.080: conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.
19 Vigilância das doenças transmissíveis Vigilância das doenças e agravos nãotransmissíveis Vigilância ambiental em saúde Vigilância da situação de saúde Pressupostos: trabalho sistemático, continuado e detalhado.
20 Objetivos Conhecer a causa e os mecanismos de interrupção da cadeia de transmissão da doença. Detectar variações de tendência das doenças / problemas prioritários e agir para o diagnóstico e ações de saúde pública Registrar a magnitude e distribuição dos agravos [ grupos sob risco. Recomendar e iniciar ações para reduzir os níveis de morbidade e mortalidade. Avaliar o impacto de medidas de saúde pública (ex.: vacinação).
21 Funções da vigilância epidemiológica: coleta de dados; processamento de dados coletados; análise e interpretação dos dados processados; recomendação das medidas de controle apropriadas; promoção das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; divulgação de informações pertinentes. INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO
22 Vigilância das doenças transmissíveis FONTES DE DADOS Laboratórios Bases de dados dos Sistemas Nacionais de Informação: SIM SINASC SIH SIA Investigação epidemiológica de campo Imprensa e população Inquéritos Unidades sentinela
23 LEGISLAÇÃO REFERENTE À NOTIFICAÇÃO: Leis referentes às DNC: Código Penal - Dos crimes contra Saúde Pública - Decreto Lei No. 2848, de 07 de dezembro de 1940 è Art. 269: da obrigatoriedade da notificação para os profissionais de saúde -2005: Criação dos Núcleos de Epidemiologia Hospitalar - Responsáveis por todas as notificações de casos de DNC e agravos inusitados. - Portaria No de fevereiro de MS (nível federal)
24 PORTARIA Nº 5, DE 21 DE fevereiro de 2006 Inclui relação de doenças de notificação compulsória, define agravos de notificação imediata e a relação dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratórios de Referência Nacional ou Regional. Art. 5º- Os profissionais de saúde no exercício da profissão, bem como os responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino, em conformidade com a Lei nº 6259 de 30 de outubro de 1975, são obrigados a comunicar aos gestores do Sistema Único de Saúde - SUS a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados das doenças relacionadas no Anexo I, II e III desta Portaria.
25 LISTA NACIONAL DE DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: - BOTULISMO - CARBÚNCULO OU ANTRAZ - CÓLERA - COQUELUCHE - DENGUE - DIFTERIA - DOENÇA DE CREUTZFELDT-JACOB - DOENÇA DE CHAGAS (casos agudos) - DOENÇA MENINGOCÓCICA E OUTRAS MENINGITES - ESQUISTOSSOMOSE (em área não endêmica) - EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO - FEBRE AMARELA - FEBRE DO NILO OCIDENTAL - FEBRE MACULOSA - FEBRE TIFÓIDE - HANSENÍASE - HEPATITES VIRAIS
26 LISTA NACIONAL DE DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (2) - INFECÇÃO PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA - HIV EM GESTANTES E CRIANÇAS EXPOSTAS AO Notificação RISCO DE Estadual TRANSMISSÃO e municipal VERTICAL - Parotidite (caxumba) -INFLUENZA HUMANA POR NOVO SUBTIPO (PANDÊMICO) - Varicela (catapora) - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA - LTA - LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR)- Esquistossomose (formas graves - LEPTOSPIROSE não intestinal) - MALÁRIA - PESTE - POLIOMIELITE/ PARALISIA FLÁCIDA AGUDA - RAIVA HUMANA - RUBÉOLA - SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÊNITA - SARAMPO -
27 LISTA NACIONAL DE DOENÇAS E AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (3) Notificação Estadual e municipal - Parotidite (caxumba) - Varicela (catapora) - SÍFILIS CONGÊNITA - Esquistossomose (formas graves - SÍFILIS EM GESTANTE não intestinal) - SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - SÍNDROME FEBRIL ÍCTERO-HEMORRÁGICA AGUDA - SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE - TÉTANO ACIDENTAL E NEONATAL - TULAREMIA - TUBERCULOSE - VARÍOLA
28 Instrumento de coleta de dados: Fichas Individual de Notificação Ficha Individual de Investigação - específica por doença: ü TBC, AIDS, Hanseníase, LTA, Gestantes HIV : notificação de casos confirmados ü Outras DNC:notificar caso suspeito portal/arquivos/pdf/ Guia_Vig_Epid_novo2.pdf
29 Importância da notificação de DNC: SISTEMA DE INFORMAÇÃO NACIONAL DE AGRAVOS NOTIFICÁVEIS - Instrumento padronizado para coleta de dados, sendo o principal instrumento para desencadear as medidas de prevenção e controle - Fornece informações sobre a evolução de cada doença e as variações do perfil epidemiológico (identificação de epidemias) - Contempla diferentes agravos que acometem uma população de forma individual ou coletiva. - Avaliação do Programa de Imunização e controle de doenças consideradas erradicadas. - Elaboração de indicadores de saúde: taxas de incidência, prevalência e letalidade.
30 PRINCIPAIS PROBLEMAS SISTEMA DE INFORMAÇÃO NACIONAL DE AGRAVOS NOTIFICÁVEIS População Infectada S/ sintomas Com sintomas Sintomas leves Não consulta Sintomas acentuados Consulta Sem suspeita Suspeita Não notificado Notificado
31 Notificação: Vigilância das doenças transmissíveis FONTES DE DADOS É a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Caso suspeito Sigilosa Notificação negativa
32 FLUXO DA NOTIFICAÇÃO FONTES DE NOTIFICAÇÃO GEREPI (DS - DIGITAÇÃO) GEEPI-SMSA GRS-BH - NÚCLEO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE - MG MINISTÉRIO DA SAÚDE PLANTÃO MUNICIPAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA Tel.:
33 Magnitude Potencial de disseminação Transcendência: severidade, relevância social, relevância econômica Vulnerabilidade Compromissos internacionais Critérios seleção para notificação de doenças: Regulamento Sanitário Internacional (Peste, cólera e febre amarela, influenza por novo subtipo) Estados e municípios podem incluir novas patologias desde que se defina com clareza o motivo e objetivo da notificação (Ex. Parotidite, Varicela)
34 É caso suspeito? Investigação: Confirmação do diagnóstico Atributos individuais do caso: características biológicas ambientais e sociais De quem foi contraída a doença? Modo de transmissão Outras pessoas podem ter sido infectadas pela mesma fonte? A quem o caso pode ter transmitido a doença? Identificação de fatores de risco O doente ainda pode estar transmitindo a doença? Existe agregação espacial e/ou temporal dos casos? Medidas de controle
35 Recomendação das medidas de controle apropriadas: Assistência médica ao paciente Qualidade da assistência Proteção Individual Proteção da população
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38 COMITÊ DE PREVENÇÃO AO ÓBITO INFANTIL E PERINATAL è Início das atividades: 2002 è Objetivo: Elucidar as circunstâncias da ocorrência dos óbitos Fetais e Infantis, identificar os fatores de risco e propor medidas para melhorar a qualidade da assistência à saúde e a redução da mortalidade perinatal e infantil. è Níveis de competência: Comitê Central Comitê Distrital Comitê Hospitalar Nível Local COMITÊ DE PREVENÇÃO À MORTE MATERNA è Início das atividades: 1997 è Objetivo: Identificar e quantificar mulheres que foram a óbito no período entre a concepção e o primeiro ano após o parto, e recomendar ações que possibilitem melhoria na qualidade da assistência. è Comitê Municipal: Representação do Nível Central da SMSA (Atenção à Mulher e GEEPI) Representação do Nível Distrital (GEREPI/GERASA) Representação dos Hospitais
39 Mortalidade Mortalidade proporcional por acidentes e violências, Belo Horizonte, < emais A cidentes de transporte Quedas A fog amento e submersão Queimaduras A g ressões E ventos de intenção indeterminada Suicídios FONTE: SIM-MS/GEEPI/SMSA-PBH
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