Saúde Coletiva Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo
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1 Saúde Coletiva Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo
2 Quais os conceitos da Disciplina de Saúde Coletiva? Compreender os princípios históricos sobre saúde e doença. Compreender a saúde, considerando a dimensão social que interfere nos processos de saúde e doença. Compreender o desenvolvimento das políticas públicas da saúde e as ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde. Compreender o papel das políticas públicas no processo de saúde e doença do indivíduo, da família e da comunidade.
3 Quais os procedimentos em que devo agir em Saúde Coletiva? Realizar leitura compreensiva de textos didáticos, científicos e técnicos de diferentes áreas do conhecimento da saúde pública. Refletir criticamente, expressando opinião, a partir de dados e fatos da atualidade a respeito da Saúde Coletiva. Analisar as informações necessárias para a resolução de problemas apresentados. Desenvolver a capacidade de argumentação e produção escrita sobre a Saúde Coletiva e os diferentes temas propostos que se entrelaçam.
4 Quais as atitudes críticas devo ter em Saúde Coletiva? Desenvolver o senso de responsabilidade social e comprometimento com a cidadania, na perspectiva da Saúde Coletiva. Analisar os problemas de saúde da sociedade dentro da abordagem da Saúde Coletiva e epidemiológica.
5 UNID Concepções, Conceitos e Reflexões em Saúde Coletiva O que é ter saúde, o que é ter doença e como isso é tratado na saúde coletiva e na saúde pública?
6 SAÚDE COMO DIREITO A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Artigo 196 da Constituição Federal do Brasil, 1988).
7 SAÚDE COLETIVA Importância: conhecer como ocorreram as concepções sobre saúde e doença, os seus significados, seus condicionantes e as consequências para as práticas de saúde, principalmente no que se refere a saúde da coletividade. Saúde Coletiva: expressão que designa um campo multiparadigmático e interdisciplinar do saber com perspectiva de práticas referindo-se à saúde como fenômeno social e,portanto, de interesse público.
8 Saúde Pública x Saúde Coletiva Saúde Pública: diz respeito ao diagnóstico e tratamento de doenças e a tentativa de assegurar que o indivíduo tenha, dentro da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a manutenção da saúde. Saúde Coletiva: é uma nova forma de pensar saúde, a partir do movimento sanitarista latino-americano e da corrente da reforma sanitária no Brasil.
9 Conceito ampliado de Saúde A saúde é resultante das condições de vida tais como: alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a serviços de saúde. Diz respeito à qualidade de vida, não só à ausência de doenças! (BRASIL, 1986)
10 UNID Epidemiologia em Saúde: Processo Saúde/Doença, Conceitos e Usos Quais são os FATORES que determinam a ocorrência da doença e sua distribuição na população? Será que o estudo da Epidemiologia consegue responder esta e outras indagações?
11 Conceituando... Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde.
12 Os principais objetivos da epidemiologia I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde das populações humanas. II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como para estabelecer prioridades. III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
13 Aplicações da Epidemiologia identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde; realizar investigação etiológica ; determinar os riscos; definir os modos de transmissão; definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; estabelecer medidas preventivas; métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; planejar e organizar serviços e programas em saúde; prover dados estatísticos saúde; para a administração e avaliação de serviços de formar recursos humanos especializados na área de saúde coletiva.
14 fatores causais para ocorrência da doença/agravo São distribuídos em três conjuntos: os relacionados como o agente, com hospedeiro e com o meio ambiente. O estado de saúde-doença depende da inter-relação e do equilíbrio entre esses conjuntos.
15 Fatores Causais Relacionados com os agentes: biológicos, nutrientes, químicos, físicos ou mecânicos, Relacionados com o hospedeiro: idade, sexo, raça, hábitos, estado civil, hereditariedade, fatores ocupacionais etc. Relacionados com o meio ambiente: ambiente físico (clima, tempo, estação do ano, geografia etc.), ambiente biológico e ambiente social e econômico.
16 UNID 1.3 Epidemiologia em Saúde: Determinantes e Medidas em Saúde Coletiva Será que as medidas de Saúde Coletiva podem proporcionar bases para avaliação das medidas de profilaxia, para as doenças e agravos da saúde nas coletividades?
17 Variáveis Epidemiológicas Indicadores Demográficos Indicadores Sociais Indicadores Ambientais Esperança de vida Renda per capita Abastecimento de água e esgoto Níveis de fecundidade Distribuição de renda Coleta de lixo Níveis de natalidade Taxa de analfabetismo Condições de moradia Sexo Idade Crianças em idade escolar fora da escola IDH
18
19 Morbidade É um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma dada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos e que são capazes de produzir uma doença. Muitas doenças causam importante morbidade, mas baixa mortalidade, como a asma. Para que se possa acompanhar a morbidade na população e traçar paralelos entre a morbidade de um local em relação a outros, é preciso que se tenha medidas-padrão de morbidade. As medidas de morbidade mais utilizadas são: medida da prevalência e medida da incidência.
20 Medida de Prevalência: Mede o número total de casos, episódios ou eventos existentes em um determinado ponto no tempo. É a relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o número de pessoas na população, em um determinado período. Na interpretação da medida da prevalência, deve-se lembrar que a mesma depende do número de pessoas que desenvolveram a doença no passado e continuam doentes no presente. Medida de Incidência: Mede o número de casos novos de uma doença, episódios ou eventos na população dentro de um período definido de tempo (dia, semana, mês, ano); é um dos melhores indicadores para avaliar se uma condição está diminuindo, aumentando ou permanecendo estável, pois indica o número de pessoas da população que passou de um estado de não-doente para doente ou vice-versa. O coeficiente de incidência é a razão entre o número de casos novos de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a população exposta ao risco de adquirir essa doença no mesmo período.
21 Mortalidade: O número de óbitos (assim como o número de nascimentos) é uma importante fonte para avaliar as condições de saúde da população. É um caso particular do conceito de incidência, porém o evento de interesse é a morte. Os coeficientes de mortalidade são os mais tradicionais indicadores de saúde, sendo os principais: Coeficiente de mortalidade geral; Coeficiente de mortalidade infantil; Coeficiente de mortalidade neonatal precoce; Coeficiente de mortalidade neonatal tardia; Coeficiente de mortalidade perinatal; Coeficiente de mortalidade materna; Coeficiente de mortalidade específico por doença. A letalidade expressa a gravidade de uma doença: quanto maior o número de indivíduos,acometidos por uma doença, que vão a óbito, mais grave ela é considerada. Ex: dengue hemorrágica x resfriado comum.
22 Epidemia: Se caracteriza pela alta incidência, em curto período de tempo, ou seja, o elevado número de casos novos e rápida difusão. OBS: Surto é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado. Ex: colégio, prédio. Exemplo de doença que se iniciou com um surto epidêmico: gripe aviária. Endemia, Se traduz pelo aparecimento de menor número de casos ao longo do tempo, porém com uma duração contínua. Logo, o que define o caráter endêmico de uma doença é o fato de ser a mesma peculiar a um povo, país ou região, isto é, ocorre apenas em um determinado local, não atingindo nem se espalhando para outros. Exemplo de áreas endêmicas no Brasil: febre amarela comum Amazônia. Os critérios de definição de uma pandemia são que a doença ou condição além de se espalhar ou matar um grande número de pessoas, deve ser infecciosa. O câncer (responsável por inúmeras mortes) não é considerado uma pandemia porque não uma é doença infecciosa, ou seja, não é transmissível. Exemplo de pandemias:aids, tuberculose, gripe espanhola, peste.
23 UNID 1.4 Vigilância em Saúde Será que ações de vigilância em saúde nos permitem ter uma ampla visão sobre os aspectos de prevenção e controle de agravos a partir do monitoramento epidemiológico das doenças transmissíveis e não transmissíveis?
24 VIGILÂNCIA EM SAÚDE Articulação entre as vigilâncias A vigilância em saúde constitui um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, análise e disseminação de informações sobre eventos relacionados à saúde, visando o planejamento e a implementação de medidas de saúde pública, incluindo a regulação, intervenção e atuação em condicionantes e determinantes da saúde, para a proteção e promoção da saúde da população, prevenção e controle de riscos, agravos e doenças. Atuação transversal Promoção da Saúde Análise de situação de saúde Ações laboratoriais
25 Área de atuação da Vigilância em Saúde. Vigilância Epidemiológica: vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos, como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos; Promoção da Saúde: conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde; Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de monitoramento contínuo do País, estado, região, município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente;
26 Vigilância em Saúde Ambiental: conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde; Vigilância da Saúde do Trabalhador: visa à promoção da saúde e à redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos; Vigilância Sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo, que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
27 Processos de trabalho da vigilância em saúde e o território Para atender às especificidades do território, o trabalho da vigilância em saúde deve ser pautado nos seguintes conhecimentos: Epidemiológico e sanitário Social Demográfico Ambiental Econômico Cultural Político
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