GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DOS DADOS DO PROGRAMA DE PROFILAXIA DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS-BA, NO PERÍODO

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1 Universidade Federal da Bahia Escola de Medicina Veterinária Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DOS DADOS DO PROGRAMA DE PROFILAXIA DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS-BA, NO PERÍODO MARIA TEREZA VARGAS LEAL MASCARENHAS Salvador Bahia 2008

2 MARIA TEREZA VARGAS LEAL MASCARENHAS GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DOS DADOS DO PROGRAMA DE PROFILAXIA DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS-BA, NO PERÍODO Dissertação apresentada à Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Ciência Animal nos Trópicos, na área de Saúde Animal. Orientadora: Profa. Dra. Maria Emília Bavia Salvador Bahia 2008

3 GEOTECNOLOGIAS NA ANÁLISE DOS DADOS DO PROGRAMA DE PROFILAXIA DA RAIVA NO MUNICÍPIO DE LAURO DE FREITAS-BA, NO PERÍODO MARIA TEREZA VARGAS LEAL MASCARENHAS Dissertação defendida e aprovada para obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal nos Trópicos Salvador, 28 de março de Comissão Examinadora: Prof a. Dra. Maria Emília Bavia Universidade Federal da Bahia Orientadora Profª. Dra. Claudia Di Lorenzo de Oliveira - Universidade Federal de Minas Gerais Prof. Dr. Carlos Roberto Franke - Universidade Federal da Bahia

4 À minha família, que me deu o lastro necessário para a construção de uma vida de luta e realizações.

5 AGRADECIMENTOS À minha orientadora, Prof a. Dra. Maria Emília Bavia, pelo exemplo de determinação e pioneirismo. A minha querida filha Mariana, amiga e companheira de todas as horas, sua ajuda me deu a força necessária para chegar ao fim desta jornada. A Camila, Beatriz e Roberto Muniz que me inspiraram e estimularam para conclusão deste trabalho. Aos meus pais, Duarte e Tereza, sem eles a minha construção como pessoa e como profissional não chegaria tão longe. Ao Professor Robson Bahia Cerqueira por suas idéias e contribuições, sempre tão pertinentes. Ao colega Luiz Fernando Vieira, pela ajuda indispensável. Aos colegas do Laboratório de Monitoramento de Doenças pelo SIG (LAMDOSIG), pela disposição em ajudar, sempre que necessário, em especial a Prof a. Luciana Lobato Cardim. A Professora Tereza Calmon, pela sua ajuda, contribuindo com o seu conhecimento nas análises estatísticas. A Renato Reis pelos ensinamentos com o geoprocessamento dos dados. A bibliotecária Tereza Mascarenhas e a professora Taíse Peneluc pelas correções das Referências. Ao colega Jorge Ribas pelo apoio, em especial nas revisões de bibliografia. A Diretoria da ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) que permitiu a realização do mestrado, nas pessoas de Dr. Lourival Oliveira e Dr. Willadesmon Silva.

6 Aos colegas e amigos da ADAB que me estimularam e apoiaram para a realização deste trabalho. Ao Prof. Eliel Judson Duarte de Pinheiro por acreditar na minha capacidade. Aos colegas e professores da UNIME pelas conversas descontraídas e cheias de conhecimento científico. Aos amigos da Prefeitura de Lauro de Freitas, especialmente do Centro de Controle de Zoonoses e do Departamento de Vigilância à Saúde, em especial a Dra. Francisca de Cássia Oliveira de Almeida, pela ajuda na construção de um trabalho digno e responsável com a saúde da população deste município.

7 A grandeza de uma nação e seu progresso moral podem ser julgados pelo modo como seus animais são tratados. (Gandhi)

8 ÍNDICE página LISTA DAS TABELAS... x LISTA DAS FIGURAS... xii LISTA DE ABREVIATURAS... xiv RESUMO... xv SUMMARY... xvi 1 INTRODUÇÃO GERAL REVISÃO DA LITERATURA Etiologia Ciclo epidemiológico e reservatórios da raiva Modo de transmissão e período de transmissibilidade Distribuição da raiva Condições socioeconômicas e ocorrência da raiva Geotecnologias para o estudo da saúde Dimensionamento da população canina Medidas de controle da doença Profilaxia à raiva humana Pré-exposição Pós-exposição Vacinação animal De rotina De campanha Área de foco Vigilância Epidemiológica Controle de população animal Posse Responsável Animal Educação em saúde ARTIGOS CIENTÍFICOS ARTIGO CIENTÍFICO 1: Geotecnologias na análise da população canina considerando os fatores socioeconômicos e demográficos, em Lauro de Freitas- BA, no período de , para o controle da raiva

9 3.2 ARTIGO CIENTÍFICO 2: Análise espacial dos dados do Programa de profilaxia à raiva no município de Lauro de Freitas-BA, no período de página 42 4 CONSIDERAÇÕES GERAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE ANEXO... 76

10 LISTA DE TABELAS página ARTIGO CIENTÍFICO 1 TABELA 1 - Número de animais vacinados por ano no Município de Lauro de Freitas-BA, no período de 1999 a TABELA 2 - População canina estimada pelo Ministério da Saúde e vacinada no ano de 2000, e as suas diferenças, por Distrito Sanitário TABELA 3 - Comparação da população canina e humana, por distrito sanitário, em Lauro de Freitas-BA, no ano de ARTIGO CIENTÍFICO 2 TABELA 1 - Número de agressões por animais em humanos, considerando condição de domicílio do agressor, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA TABELA 2 - Agressões por mês de atendimento, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA TABELA 3 - Raça de cães agressores, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA TABELA 4 - Número de agressões por animais em humanos, por distrito sanitário, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA TABELA 5 - População humana, Agressões e Incidência (por hab) dos casos ocorridos no ano de 2000, por Distritos Sanitários, em Lauro de Freitas-BA... TABELA 6 - Distribuição das Agressões por animais em humanos, por Cluster no Município de Lauro de Freitas, Bahia, Brasil (1999 a jun/2004), pela Análise Puramente Espacial

11 LISTA DE FIGURAS página REVISÃO BIBLIOGRÁFICA FIGURA 1 - Esquema do vírus da Raiva secção longitudinal... 2 FIGURA 2 - Corte transversal do vírus... 2 FIGURA 3 - Ciclo de transmissão da raiva... 4 FIGURA 4 - Presença ou ausência da raiva no mundo em FIGURA 5 - Número total de casos de raiva animal em FIGURA 6 - Número total de casos de raiva humana em FIGURA 7 - Ocorrência da Raiva na América do Sul em FIGURA 8 - Mapa de Londres com óbitos por cólera identificados por pontos e poços de água apresentados por cruzes FIGURA 9 - Campanha publicitária da OPAS para eliminação da raiva FIGURA 10 - Série histórica de cobertura vacinal em campanha anti-rábica canina Bahia, FIGURA 1 - FIGURA 2 - FIGURA 3 - FIGURA 4 - PRIMEIRO ARTIGO CIENTÍFICO Área de Estudo Distritos Sanitários do Município de Lauro de Freitas na Bahia Densidade populacional humana e distribuição espacial da população canina no Município de Lauro de Freitas-BA, no ano de Distribuição espacial da população canina e Renda do chefe do domicílio inferior a 2 salários mínimos, no Município de Lauro de Freitas-BA, no ano de Distribuição espacial da população canina e tipo de Esgotamento Sanitário inadequado, no Município de Lauro de Freitas-BA, no ano de FIGURA 1 - ARTIGO CIENTÍFICO Área de Estudo Distritos Sanitários do Município de Lauro de Freitas na Bahia... 46

12 FIGURA 2 - FIGURA 3 - FIGURA 4 - FIGURA 5 - FIGURA 6 - FIGURA 7 FIGURA 8 FIGURA 9 página Número de atendimento das agressões por animais em humanos, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA Número de agressões por animais em humanos, por espécie agressora, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA Número total de agressões e de animais domiciliados, por dia da semana, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA Agressões por animais em humanos, considerando ter ou não raça definida, no período de 1999 a jun/2004, em Lauro de Freitas-BA Distribuição espacial das agressões por animais em humanos, com caracterização dos agressores considerando ter ou não Raça definida, no Município de Lauro de Freitas-BA, no ano de Distribuição espacial das agressões, Densidade Populacional humana e população canina, no Município de Lauro de Freitas-BA, no ano de Relação população canina e Agressões por cães, por Distrito, em Lauro de Freitas-BA, no ano de Detecção de Clusters das Agressões por animais em humanos, através da Análise de Varredura Puramente Espacial, no Município de Lauro de Freitas, Bahia, Brasil (1999 Jun/2004)... 57

13 LISTA DE ABREVIATURAS CCZ LF - CONDER - IBGE - LAMDOSIG - MS - OMS - OPAS - PAHO - RMS - SIG - SPSS - WHO - Centro de Controle de Zoonoses de Lauro de Freitas Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Laboratório de Monitoramento de Doenças pelo S.I.G. Ministério da Saúde Organização Mundial da Saúde Organização Panamericana de Saúde Organização Pan-Americana de Saúde Região Metropolitana de Salvador Sistemas de Informações Gográficas Statical Package for the Social Sciences World Health Organization

14 MASCARENHAS, M.T.V.L. Geotecnologias na análise dos dados do Programa de Profilaxia da Raiva, no município de Lauro de Freitas-BA, no período Salvador, Bahia, (77) p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) - Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia, RESUMO Por sua evolução letal e pelo elevado número de casos humanos e de pessoas submetidas, anualmente, a tratamento anti-rábico com vacinas, a raiva continua representando um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A falta de sistemas adequados de informação e vigilância epidemiológica não permite conhecer a real magnitude do problema. As geotecnologias aplicadas a questões de saúde pública permitem uma melhor caracterização e quantificação da exposição a doenças e seus possíveis determinantes, tendo a análise espacial, como instrumento importante nesta avaliação. Este estudo teve o objetivo analisar a população canina, tendo como base as condições socioeconômicas do município e de traçar o perfil epidemiológico dos casos de agressões por animais, ocorridos em de Lauro de Freitas - Bahia, no período de Jan/1999 a jun/2004, com identificação de áreas de risco, buscando subsidiar ações educativas efetivas e específicas para a prevenção da raiva neste município. Verificou-se que a população canina, no período estava subestimada em 25,6%, em relação à estimativa oficial, com grande variação entre os Distritos sanitários, com uma maior concentração no distrito de Areia Branca, área rural do município, onde as condições socioeconômicas são inferiores. Com o estudo foi possível observar também um aumento no número de registro de agressões no período, provavelmente pelo estímulo a notificação e que as agressões ocorrem principalmente por cães, sem raça definida, que tem proprietário, nos finais de semana, em especial no período de férias de verão. Ficou demonstrado que a informação fornecida pelo paciente para preenchimento da ficha de profilaxia à raiva no momento do atendimento pode levar a erros na prescrição da profilaxia humana. Pela análise espacial foram identificados dois grupos de aglomerados de risco, o primeiro classificado como o mais verossímil (ou primário) que inclui o Distrito Sanitário Centro e o aglomerado secundário composto por dois Distritos, que foram Areia Branca e Itinga, localidades que devem ser identificadas como áreas prioritárias para o controle da raiva no município de Lauro de Freitas-BA. Palavras Chave: Raiva Urbana, Raiva Canina, Saúde Pública, Análise espacial, Geotecnologia, Geoprocessamento.

15 MASCARENHAS, M.T.V.L. Geotechonologies in analysis of the data of prophylaxis program of rabies in town of Lauro de Freitas-Bahia, period Salvador, Bahia, (77) p. Dissertação (Mestrado em Ciência Animal nos Trópicos) - Escola de Medicina Veterinária, Universidade Federal da Bahia, SUMMARY Because of its high evolution and the high number of human cases and patients receiving post-exposure treatment, rabies continues to represent an important public health problem worldwide. The lack of adequate information systems and epidemiologic watch does not recognize the real magnitude of the problem. Geotechnologies applied to issues of public health allow a better characterization and quantification of disease exposures and their possible determinants, having spatial analysis as an important instrument in this evaluation. This study had the goal to analyze the canine population, based on the socioeconomic conditions of the municipality and to track an epidemiologic profile of the cases caused by animal aggression that happened in Lauro de Freitas, Bahia, Brazil, during 1999 through 2004, with identification of risk areas, looking to subsidize effective and specific educational actions for rabies prevention in this municipality. The canine population in this period was observed to be underestimated by 25.6% in relationship with the official estimate, representing 15.7% of the human population, variation between the districts, with a greater concentration in rural area of the municipality, Areia Branca (39,2%), where the socioeconomic conditions were lower. With this study it was possible to also observe an increase in the number of animal aggressions during these years, probably due to better notification. These aggressions were mainly by dogs, without defined breed, with owner, during the weekends, particularly in summer vacation. It was demonstrated that the information given by the patient to fill out the prophylaxis form at the moment of treatment could lead to errors in the administration of human prophylaxis. Thanks to spatial analysis, two risk clusters were identified, the first one considered more reliable (or primary) which includes the Centro District and the secondary cluster composed of two districts: Areia Branca and Itinga, localities that must be identified as priority areas for rabies control in the municipality of Lauro de Freitas-Bahia. Key Words: Urban rabies, Canine rabies, Public Health, Geotechonologies in analysis, Geoprocessing.

16 1 INTRODUÇÃO GERAL A raiva é uma encefalite viral grave, de natureza fatal, que atinge o Sistema Nervoso Central dos mamíferos, transmitida pelo vírus rábico presente na saliva de animais infectados, através de mordedura, arranhadura ou lambedura de mucosa (BRASIL, 2002a; ACHA; SZYFRES, 1986). Por sua evolução letal e pelo elevado número de casos humanos e de pessoas submetidas, anualmente, a tratamento anti-rábico com vacinas, a raiva continua representando um importante problema de saúde pública em todo o mundo. A falta de sistemas adequados de informação e vigilância epidemiológica não permite conhecer a real magnitude do problema (BELOTTO, 2000). Metade da população humana no mundo vive em áreas endêmicas de raiva canina, estando, portanto sob risco de contrair a doença (WHO, 2005). A grande importância epidemiológica da raiva é devido a sua letalidade de 100%, aliado ao fato de ser uma doença passível de eliminação no seu ciclo urbano, devido a disposição de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto a fonte de infecção (BRASIL, 2002a). A campanha de vacinação animal é um dos importantes instrumentos de prevenção da doença, porém o seu êxito está diretamente associado a uma estimativa populacional canina adequada (OPAS/OMS, 1998; BRASIL, 2006a). Com base nestas premissas, o presente trabalho visa traçar, através do emprego das geotecnologias, o perfil dos casos de agressões por animais, ocorridos no Município de Lauro de Freitas - Bahia, no período de janeiro de 1999 a junho de 2004, buscando subsidiar ações educativas efetivas e específicas para a prevenção da raiva neste município, contribuindo para a promoção da diminuição das agressões por animais e conseqüentemente a redução do risco para a raiva humana. Assim como Ramos (1998), entendemos que os investimentos na área de Saúde Pública, priorizando as ações preventivas, representam um importante progresso social e uma significante melhoria na qualidade de vida de uma comunidade, o que justifica as atividades propostas nesse trabalho.

17 2 REVISÃO DE LITERATURA Apesar do avanço acelerado em vários campos da ciência biologia molecular, engenharia genética, estudos de código genético - a raiva continua a representar um desafio para o gênio humano. A falta de adaptação do vírus rábico aos seus hospedeiros transforma a raiva em uma das doenças mais temidas que afeta a espécie humana por sua inexorável evolução letal (BELOTTO, 2000). De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) metade da população humana no mundo vive em áreas endêmicas de raiva canina, estando sob risco de contrair a doença (WHO, 2005). A estimativa anual do custo da raiva é de U$ 583,5 milhões, principalmente com a administração da profilaxia pós-exposição (WHO, ). 2.1 Etiologia O vírus rábico tem forma de projéctil e seu genoma é constituído de RNA. Pertence ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. Apresenta dois antígenos principais: um de superfície, constituído de uma glicoproteína, responsável pela formação de anticorpos neutralizantes, e adsorção vírus célula, e outro interno, constituído por uma nucleoproteína, que é grupo específico (BRASIL, 2002a; ACHA; SZYFRES, 1986), conforme Figuras 1 e 2. Figura 1. Esquema do vírus da Raiva secção longitudinal ( Figura 2. Corte transversal do vírus ( Desde princípios da década de 1980 os anticorpos monoclonais têm sido largamente utilizados na identificação de cepas de vírus da raiva e no diagnóstico da raiva humana e animal. Com base nestes estudos de anticorpos monoclonais e policlonais do vírus rábico

18 isolados em diversas espécies animais em todo o mundo, foi estabelecido uma classificação de grupo rábico Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus (OMS, 1999). Acha e Szyfres (2003) descrevem o gênero Lyssavirus que se subdivide nos seguintes sorotipos: Sorotipo 1, que incluem a maioria dos vírus que causam a raiva no homem e nos animais, como também os vírus fixos de laboratório, cepa CVS (Challenge vírus standart); Sorotipo 2, Virus murciélago Lagos (LBV Lagos bat vírus), isolado em três espécies de quirópteros frutívoros na Nigéria, na República Centroafricana, Sul da África e em bovinos de Zimbábue; Sorotipo 3, Vírus Mokola (MOK), isolado em Crocida spp., na África, no homem e em cães e gatos; e Sorotipo 4, Vírus Duvennhage (DUV), isolado no homem no Sul da África e morcegos no Sul da África e Zimbábue. O uso de tecnologias de biologia molecular permitiu o isolamento de sete genótipos: Rabies Vírus (RV), Lagos Mokola, Duvenhage, EBL1, EBL2 (European Bat Lyssavirus), ABL (Australian Bat Lyssavirus) (BUCZEK, 1999). Em estudo realizado para a caracterização de variantes antigênicas no Brasil e Países vizinhos, foi identificando além das seis variantes previamente descritas no painel utilizado, outros cinco perfis diferentes, não compatíveis com os pré-estabelecidos. No Brasil foi encontrada a variante-3 característica do Desmodus rotundos, em diversas espécies, inclusive cães e humanos, sugerindo que o morcego hematófago desempenha importante papel tanto na raiva silvestre, como também, em ambientes urbanos. Circulando em algumas locais ao mesmo tempo a variante-2, característica de raiva mantida por cães e a variante-3 de morcegos hematófagos (FAVORETTO et al., 2000). 2.2 Ciclos epidemiológicos e reservatórios da raiva Apenas os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e os únicos capazes de transmiti-lo. Costa et al. (2000) relatam a presença do vírus em mamíferos, devendo ser pesquisada sempre que possível, pois possibilita o mapeamento do risco da doença na região de procedência do animal. Acha e Szyfres (1986) mencionam que os hospedeiros que mantêm o vírus rábico na natureza são os carnívoros e os morcegos. Os herbívoros e outros animais não agressores, como os roedores, os lagomofos, não desempenham um papel importante na epidemiologia da

19 raiva. A raiva em animais domésticos, excluído o cão, não tem grande importância epidemiológica para a doença no Brasil, de acordo com Schneider et al. (1996). Estudo realizado por este autor, no período de 1980 a 1990, demonstrou que o ciclo mais importante é o ciclo urbano, sendo o cão responsável por 83,2% do total de casos humanos, contudo, apesar de a raiva urbana estar controlada no Rio Grande do Sul, a raiva em bovinos, transmitida essencialmente por morcegos hematófagos, continua endêmica (TEIXEIRA et al., 2005). O cão e o gato são as principais fontes de infecção no ciclo urbano. No Brasil, o morcego é o principal responsável pela manutenção da cadeia silvestre. Outros reservatórios silvestres são: macaco, raposa, coiote, chacal, gato do mato, jaritataca, guaxinim e mangusto (BRASIL, 2002a). Na zona rural, a doença afeta animais de produção, como bovinos, eqüinos e outros (BRASIL, 2006a). As raposas são hospedeiros de raiva na Europa e na América do Norte, continuando a constituir um sério obstáculo no controle da doença nestes locais (THRUSFIELD, 2004). Na Polônia no ano de 2000, foram notificados um total de casos de raiva animal, sendo na sua maioria animais selvagens (84,4%) (LYCZAK et al., 2001) (Figura 3). Figura 3. Ciclos de Transmissão da Raiva (BRASIL, 2002a) Na análise epidemiológica da ocorrência da raiva humana uma das principais variáveis estudada é a espécie animal transmissora, a exemplo do trabalho realizado por Belotto (2000), que além de apontar o cão como principal espécie transmissora da raiva ao homem, o descreve como responsável pelas mordeduras que resultam em tratamento pós-exposição, tanto nos países em desenvolvimento como nos países mais desenvolvidos. A Organização

20 Mundial de Saúde (1999), porém revela que a raiva humana transmitida pelo cão limita-se, quase que exclusivamente, aos países em desenvolvimento e grande parte do problema devese a incompreensão do papel do cão na sociedade e a falta de aplicação de sistemas de controle eficazes. No Brasil, no período de 1995 a 1999, nos casos de raiva humana, o cão foi responsável pela transmissão em 73,1% dos casos, seguido pelo morcego (10,3%) e pelo gato (4,6%) (ARAÚJO, 2000). Outros autores mostraram também que o cão é o maior responsável pelos casos de raiva humana em nosso meio (RAMOS, 1998; COSTA et al., 2000; DAINOVSKAS; CAMARA, 1998). Estudo recente com o uso do geoprocessamento, mostrou entre outras conclusões, que na capital do Estado da Bahia, o cão vem sendo responsável direto pelos casos de raiva humana registrados no Sistema de Vigilância Epidemiológica de Salvador (RIBAS, 2005). Estatística realizada em 1996 pela Organização Pan-americana da Saúde (OPAS, 1998) demonstra que o cão é responsável pela transmissão de 83,6% dos casos de raiva humana registrados nas Américas, sendo este o reservatório principal dos países em desenvolvimento (BENENSON, 1997). Segundo informação da Coordenadoria do Programa Estadual de Controle da Raiva do Instituto Pasteur de São Paulo, nos últimos 14 anos, registrou-se a mesma percentagem para o Estado de São Paulo (CHAGAS, 1999). Outros reservatórios importantes são os morcegos hematófagos que provocam mordeduras para se alimentar, além de outras espécies de morcegos não hematófagas que podem agredir, numa atitude defensiva ao se sentirem ameaçados, como por exemplo, ao serem manuseados ou pisoteados, podendo assim transmitir a raiva. Em 2003, no Estado de São Paulo foram registrados mais de 100 casos de raiva em morcegos, sendo a grande maioria de espécies não hematófagas (95%) (INSTITUTO PASTEUR, 2004). Segundo relato de confirmação de diagnóstico da raiva em morcego, a identificação de morcegos não hematófagos em áreas urbanas, pode estar associado a plantios de vegetais atrativos nestas áreas, favorecendo a sua sinantropia e possíveis riscos à saúde humana e animal (CUNHA et al., 2005). Estudo realizado na região oeste do Estado de São Paulo, no período de 1996 a 2003, constatou que 78,4% das amostras positivas para raiva foram de morcegos não hematófagos (ALBAS et al., 2005).

21 A constatação da presença do vírus em morcegos não hematófagos e da possibilidade de que os mesmos estejam endemicamente infectados com o vírus da raiva introduz uma preocupação especial, em vista da possibilidade do contato humano com os mesmos. Por exemplo, o morcego insetívoro Tadarida brasiliensis é bastante comum no meio urbano no Brasil e tem sido encontrado ocasionalmente contaminado com raiva, mesmo em grandes cidades em que não são encontrados morcegos hematófagos e a raiva canina é inexistente. Dessa forma, os cuidados a serem tomados para evitar a contaminação de humanos devem ser revistos, buscando incluir uma maior conscientização sobre o potencial papel de morcegos não hematófagos na transmissão da doença (TEIXEIRA et al., 2005). São considerados animais de baixo risco para a transmissão da raiva, os seguintes roedores e lagomorfos, urbanos ou de criação: ratazana de esgoto (Rattus norvegicus); rato de telhado (Rattus rattus); camundongo (Mus musculus); cobaia ou porquinho-da-índia (Cavea porcellus); hamster (Mesocricettus auratus); e coelho (Oryetolagus cuniculus), pessoas agredidas por estas espécies ficam dispensadas do uso de vacina ou soro anti-rábico (BRASIL, 2002a). 2.3 Modo de transmissão e período de transmissibilidade A raiva é transmitida de forma direta, pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pela arranhadura e lambedura de mucosa. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central e, a partir daí, se dissemina para vários órgãos e glândulas salivares, nos quais também se replica e é eliminado na saliva das pessoas ou animais enfermos (BRASIL, 2002a). A transmissão inter-humana foi descrita através de transplante de órgãos, como córnea. É descrito também a possibilidade de transmissão por aerossóis em pessoas dentro de cavernas com muitos morcegos e ambiente laboratorial (BENENSON, 1997). Em estudo realizado em Minas Gerais foi demonstrado que 63,64% dos casos de raiva humana do período foram transmitidos por cão, seguido do morcego com 27,27% (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003).

22 A observação de cães e gatos por um período de dez dias, está justificada no fato de que, para estas espécies, a eliminação de vírus pela saliva se dá de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal ocorre, em média entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissão, sabendo-se que varia de espécie para espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente (BRASIL, 2002a). Apesar de grandes controvérsias na literatura científica ficou demonstrado que o morcego como outros mamíferos, reage ao vírus da raiva com período de incubação variável, com excreção do vírus pela saliva, sem apresentar o estado de portador são e não se recupera após apresentarem sintomatologia de raiva ou eliminarem vírus pela saliva (KOTAIT, 1996). O período de incubação é extremamente variável, desde dias até um ano, com média de 45 dias, no homem, e de 10 dias a 2 meses, no cão. Em crianças, existe tendência para um período de incubação menor que o do indivíduo adulto. O período de incubação está intrinsecamente ligado a localização e gravidade da mordedura, arranhadura ou lambedura de animais infectados, proximidade de troncos nervosos e quantidade de partículas virais inoculadas (BRASIL, 2006a). 2.4 Distribuição da raiva A raiva ocorre em todos os continentes, com exceção da maior parte da Oceania, Figura 4. Vários países estão livres da doença, porém a raiva não apresenta uma distribuição uniforme, nos países infectados, podendo apresentar condições como: áreas livres, de endemicidade baixa ou alta ou também áreas com surtos endêmicos, no mesmo país (ACHA; SZYFRES, 2003). A raiva transmitida por cão foi eliminada na América do Norte, Oeste da Europa, Japão e algumas áreas da América do Sul (WHO, 2005). São consideradas áreas sem raiva na população animal, a Austrália, Nova Zelândia, Nova Guiné, Japão, Havaí, Taiwan, Oceania, Finlândia, Reino Unido, Islândia (BENENSON, 1997). Porem a raiva ultrapassa continentes, a exemplo do caso de um homem residente da Austrália, onde o risco da raiva é considerado muito baixo, que foi a óbito pela doença, tendo

23 sido exposto em Marrocos em viagem de turismo, evidenciando que as infecções podem cruzar com facilidade as fronteiras geográficas (KRAUSE et al., 2005). Na última década foi registrada uma importante expansão da agricultura e rebanhos de larga escala, sobre áreas marginais, diminuindo a renda dos pequenos agricultores. Produzindo assim êxodos maciços do campo para as periferias das grandes cidades sem infra-estrutura sanitária adequada, levando a um comprometimento ambiental e vulnerabilidade a certas zoonoses como a raiva transmitida por morcegos (BELOTTO et al., 2006). Figura 4. Presença ou ausência da raiva no mundo em 2003 ( A raiva é endêmica em grande parte da África e Ásia, considerando as mortes estimadas no mundo, 56% ocorrem na Ásia e 44% na África, particularmente na área rural dos dois continentes. O número de casos humanos de raiva no mundo, no ano de 2003, apresenta-se também de forma heterogênea, não necessariamente de forma similar ao padrão de distribuição observado nos casos de raiva animal (Figuras 5 e 6) (WHO, ).

24 Figura 5. Número total de casos de raiva ani mal em 2003 ( Figura 6. Número total de casos de raiva humana em 2003 (

25 Na América Latina o número de casos de raiva humana está limitado a menos de 100 por ano e a média anual de tratamento anti-rábico é de pessoas. Na América do Norte e Europa o número de casos humanos é menor que 50 e aproximadamente pessoas anualmente, recebem tratamento anti-rábico pós-exposição. Estimativas conservadoras indicam que a cada 10 a 15 minutos uma pessoa morre de raiva e a cada hora pessoas recebem tratamento pós-exposição no mundo (BELOTTO, 2000). De acordo com a Figura 7, o padrão de distribuição da raiva na América do Sul, no ano de 2000, demonstra que a doença está presente em quase toda a área. Houve redução no número de casos na América Latina, porém o Brasil continua tendo casos, inclusive na Bahia, que está dentro de uma área classificada como de circulação ativa do vírus rábico na espécie canina (OPAS; OMS, 2005) Figura 7. Ocorrência da Raiva na América do Sul em 2000 ( A raiva no Brasil tem sido notificada em 22 Estados, com diferenças importantes no controle da doença, de acordo com as peculiaridades de cada Unidade Federada. No período de 1995 a 1999, o número de casos de Raiva Humana se manteve numa média de 26 casos / ano, destes 44% dos casos ocorreram na Região Nordeste, 32% na região Norte, 12% na região Centro- Oeste e 12% na Região Sudeste. A Região Sul não registrou casos de Raiva Humana desde

26 1987 (ARAÚJO, 2000). Em 2004 foram registrados 22 casos de raiva humana e em 2005 ocorreram 42 óbitos até novembro (BRASIL, 2005). A doença apresentou uma redução no número de casos registrados por ano nas duas últimas décadas, caindo de 173 casos anuais, em 1980, para 21 casos em Esses casos atualmente estão concentrados principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A raiva transmitida por animais domésticos já foi totalmente eliminada da região Sul e de alguns Estados da região Sudeste. (BRASIL, 2002b) No período de 1999 a 2004, foram registrados 11 casos de raiva humana no Estado da Bahia, sendo que nos dois últimos anos os casos ocorreram na área urbana de Salvador, Dias D Ávila e Itororó. O Estado é considerado área de risco para a raiva (BRASIL, 2005). No período de 2002 a 2005, foram notificados 264 casos de raiva canina e felina, 18 em raposas e cinco casos de raiva humana, sendo três transmitidos por cão e dois por morcegos (BRASIL, 2006a). Em estudo realizado na capital da Bahia no período de 1992 a 2004, a raiva foi considerada endêmica na cidade, tendo a principal espécie envolvida na transmissão para o homem, a canina, constatado também que 84% da população humana de Salvador, neste período, esteve exposta ao risco do vírus rábico (RIBAS, 2005). 2.5 Condições socioeconômicas e ocorrência da raiva As zoonoses são doenças que apresentam reconhecido caráter social, econômico e sanitário, tendo condições associadas à pobreza e migrações humanas, como fatores de fortalecimento de sua transmissão (BELOTTO et al., 2006). Farmer (1996) destaca que a pobreza e desigualdade social geram cada vez mais uma morbidade diferenciada e o desenvolvimento nas condições de moradia, entre outros diminui os riscos a doenças, sendo os grupos de risco de algumas enfermidades como a malária, definidas mais por sua condição socioeconômica do que pela latitude das terras que habitam. O Brasil é um dos países do mundo com desigualdades socioeconômicas mais destacadas (OPAS; OMS, 1998). Em estudo realizado no Brasil no período de 1980 a 1990, sugere que a raiva se encontra em municípios com problemas socioeconômicos maiores ou na periferia de algumas grandes cidades, onde vivem pessoas com baixa inserção no processo produtivo

27 (SCHNEIDER et al.,1996). A ocorrência da raiva humana está relacionada a localidades carentes sócio e economicamente, como é o caso da Bahia, no Nordeste brasileiro. (OPAS; OMS, 2005). Outras variáveis, para análise epidemiológica da raiva humana, deveriam ser melhor observadas, entre elas as condições de domicílio dos animais, já mostrada em trabalho realizado em Salvador-BA, em que foi constatado que a maioria dos animais positivos para raiva eram domiciliados ou semi-domiciliados (RIBAS, 2005). Os fatores sociais poderão atuar como facilitadores ou empecilhos para a dispersão do vírus em áreas específicas. Quanto menor a situação de desenvolvimento local, maior é a promiscuidade observada na relação homem/animal e menores também os cuidados sanitários tomados (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003). As características de exposição, do tratamento humano e variáveis relacionadas ao animal agressor, poderão em conjunto contribuir para o melhor entendimento da manutenção dessa complexa doença (PINTO; ALLEONI,1986). A raiva humana transmitida por morcegos hematófagos alcançou em 2004 e 2005, na Amazônia, uma incidência incomum, provavelmente, por um aumento de certas atividades econômicas com alto impacto no ambiente (BELOTTO et al., 2006). Pode ser observado que a grande maioria dos dados epidemiológicos existentes são em geral descritos e analisados de forma isolada e apesar da grande disponibilidade de informações na área, esta grave doença ainda persiste em nosso meio, levando pessoas e animais a óbito, conforme o Relatório da Situação da Bahia, em 2005, do Ministério da Saúde (OMS, 1999; BRASIL, 2005). Carvalho; Cruz; Nobre (1997) identificaram no seu estudo, que teve como base dados socioeconômicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que áreas de nível de desenvolvimento distintas podem estar muito próximas, espacialmente, apontando grandes desigualdades na distribuição dos recursos, seja mapeando grandes regiões de pobreza, seja identificando microáreas de exclusão em meio a relativa riqueza. Dentro da análise da saúde, entende-se que a saúde de um indivíduo é melhor assegurada quando se mantem a melhoria da saúde da população é importante definir qual a população mais exposta ao risco. Evidencia-se a falta de mais estudos que examinem as doenças de forma interativa, com identificação de seus fatores de risco, delimitando áreas e populações que necessitam intervenção imediata (FARMER, 1996).

28 2.6 Geotecnologias para o estudo da saúde A incorporação do espaço na análise, caracterizado como análise espacial, busca mensurar propriedades e relacionamentos, levando em conta a localização espacial do fenômeno em estudo de forma explicita. Um exemplo pioneiro, quando intuitivamente se incorporou a categoria espaço às análises realizadas foi realizado no século XIX por John Snow, numa situação em que a relação espacial entre dados contribuiu significativamente para avanço na compreensão da cólera, sendo um dos primeiros exemplos de análise espacial (DRUCK et al., 2004) (Figura 8). Figura 8. Mapa de Londres com óbitos por cólera identificados por pontos e poços de água apresentados por cruzes (DRUCK et al., 2004). Com o advento das novas tecnologias na área de informática e computacional, vem sendo possível o desenvolvimento de programas para representação da distribuição espacial das enfermidades e eventos ligados à saúde através das geotecnologias, que podem ser definidas como um conjunto de ferramentas para coleta de dados, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais georeferenciadas que tem como característica principal gerar as facilidades para a identificação de fatores de risco e, através das similaridades, a delimitação das áreas de risco (BAVIA, 2000). Essas tecnologias tem tornado possível a realização de análises espaciais em saúde, que vão além do simples mapeamento dos eventos, para a reprodução de áreas que permitam a análise e reflexão, sob a participação de elementos

29 históricos, geográficos, socioeconômicos e ambientais, de ordem extrínseca e intrínseca envolvidos no aparecimento da doença ou agravos, em espaços geográficos definidos (BAVIA, 1996; MEDRONHO et al., 2003). O Geoprocessamento aplicado a questões de saúde pública permite o mapeamento de doenças e avaliação de riscos, no qual o Sistema de Informação Geográfica (SIG) tem sido apontado como instrumento de integração de dados sócio-demográficos e ambientais com os agravos a saúde, proporcionando uma melhor caracterização e quantificação da exposição e seus possíveis determinantes. (BARCELLOS; RAMALHO, 2002). Santos et al. (2001) realizaram um estudo com análise de variáveis do IBGE, como densidade demográfica, utilizando o Geoprocessamento, demonstrando ser este um importante instrumento de vigilância e identificação de situações adversas à saúde. O estudo do ambiente urbano, tem se mostrado uma das tarefas mais difíceis enfrentadas por planejadores e pesquisadores nesta área, devido à dificuldade de acesso, disponibilidade e confiabilidade dos dados intra-urbanos convencionais, pelas principais fontes de dados para estudos, como dados censitários, estatísticos, mapas, cartas, relatórios, etc. (NOVAES- JÚNIOR; COSTA, 2007). As tecnologias de Sensoriamento Remoto e os Sistemas de Informações geográficas apresentam grande possibilidade de aplicações na apreensão do espaço urbano (PEREIRA, 1997). Se a doença é uma manifestação do individuo, a situação de saúde é uma manifestação do lugar (BARCELLOS et al., 2002). 2.7 Dimensionamento da população canina O desenvolvimento das medidas de controle de doenças e de manejo da população canina depende da ecologia e da biologia destes animais e das condições socioeconômicas e culturais da comunidade. È importante desenvolver métodos para melhor estimar a densidade populacional canina de cada uma das cidades, conforme critérios preestabelecidos, gerando informações que possibilitem planejar os recursos necessários para implantar as diferentes medidas de controle populacional e de controle de zoonoses (REICHMANN et al., 2000b). Em estudo realizado em Minas Gerais, foi observado coberturas vacinais abaixo do recomendado pela OMS, quando é realizado um novo dimensionamento da população canina,

30 diferente da estimativa populacional oficial do Estado, para o período, que era de 10%. É importante ressaltar que dentro da estimativa oficial a cobertura vacinal atendia ao preconizado (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003). De acordo com censo canino, realizado em uma província na Tailândia, a população canina cresceu 10% em cinco anos, apresentando uma relação homem:cão de 10:1 (KAMOLTHAM, et al., 2003). A relação observada nos países em que estes estudos têm sido feito, varia entre 1:4 e 1:7 (OPAS, 1992). Silva et al. (1982), em Belo Horizonte - MG e Reichmann et al. (2000b), no Estado de São Paulo, após estudos populacionais, encontraram índice médio de um cão para cada oito habitantes. MIRANDA; SILVA; MOREIRA (2003) levanta a necessidade de considerar as diferenças entre porte do município e a densidade demográfica em áreas urbanas, suburbanas, periféricas e rurais, para o dimensionamento da população canina, diante das divergências encontradas no seu estudo. 2.8 Medidas de controle da doença A raiva ainda é considerada um problema imbatível em muitos lugares do mundo e um constante desafio para os pesquisadores, porém, um fato permanece claro, o de que a erradicação da raiva humana depende, fundamentalmente, do controle da raiva animal (GERMANO, 1994). Estudo demonstra que a distribuição de casos humanos de raiva está relacionada com área de maior concentração de raiva canina (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003). Existe um compromisso internacional de controle da raiva humana transmitida por cães, na América Latina (OPAS; OMS, 2005). O programa de eliminação da raiva transmitida por cão é coordenado pela OPAS, e tem tido resultados no México, América do sul e Caribe (Figura 9) (WHO, 2005).

31 Figura 9. Campanha publicitária da OPAS para eliminação da raiva ( Os países da região com apoio da OPAS e da OMS conseguiram avanços significativos na eliminação da raiva transmitida por cão, com uma redução de 90% no número de casos nos últimos 20 anos (BELOTTO et al., 2006). Miranda; Silva; Moreira (2003) sugerem que o conhecimento das áreas de risco para raiva, permite a utilização de condutas adequadas a cada situação, estabelecendo prioridades locais e possibilitando uma racionalização de recursos financeiros que poderiam ser voltados para a implementação da vigilância epidemiológica. Schneider et al. (1996) evidenciam a existência de uma associação direta entre o desenvolvimento de ações de controle da doença e o resultado na diminuição do número de casos de raiva, principalmente em locais em que a condição de vida é mais digna, mesmo que a execução do programa não seja de facilmente exeqüível, é possível de ser realizada Profilaxia à raiva humana Apesar relato de um tratamento realizado com sucesso em um paciente nos Estados Unidos (WHO, ), não existe tratamento específico para a raiva. Após a instalação do quadro clínico, as únicas condutas possíveis se limitam a diminuir o sofrimento do paciente. São raros os casos de pacientes com quadro confirmado de raiva que não evoluíram para óbito, mesmo com o auxílio de todo arsenal terapêutico moderno. A literatura médica registra

32 apenas três pacientes que sobreviveram à doença, mas em apenas um paciente há evidências conclusivas de que se tratava realmente de um caso de raiva humana. Assim, o temor a doença é grande e a profilaxia no paciente, potencialmente infectado, pelo vírus da raiva, deve ser rigorosamente executada (COSTA et al., 2000). A raiva é a única virose na qual o tratamento específico por vacina ou soro pode ser aplicado com êxito depois da contaminação (MORENO et al., 1990). É estimado que 10 milhões de pessoas no mundo recebam tratamento de profilaxia após a exposição a animais susceptíveis (WHO, ). Dentro do Programa de controle a primeira ação a ser adotada é a atenção adequada às pessoas expostas, que inclui tratamentos pré e pós-exposição. (OPAS; OMS, 2005). O tratamento preventivo da raiva humana tem o objetivo de diminuir a mortalidade no homem, sem, porém atuar no processo de transmissão da doença (SCHNEIDER et al.,1996). Os melhores resultados com relação ao tipo de vacina utilizado atualmente foram alcançados com as vacinas preparadas em culturas celulares, e dentre a de melhor qualidade é, até o momento, a preparada com células diplóides humanas, embora não completamente isenta de risco pós-vacinais, esta vacina, porém é de produção muito dispendiosa (GERMANO, 1994). A vacina humana e animal são gratuitas para o paciente (BRASIL, 2006a) Pré-exposição É indicada para pessoas que, por força de suas atividades profissionais ou de lazer, estejam expostas permanentemente ao risco de infecção pelo vírus da raiva, tais como profissionais e estudantes das áreas de Medicina Veterinária e de Biologia e profissionais e auxiliares de laboratórios de Virologia e/ou Anatomopatologia para raiva. É indicado, também, para aqueles que atuam no campo na captura, vacinação, identificação e classificação de mamíferos passíveis de portarem o vírus, bem como funcionários de zoológicos (BRASIL, 2002a). A imunização deve ser feita com vacinas de cultivo celular, com aplicação de três doses intramusculares completas de vacina anti-rábica com uma potência mínima de 2,5 UI por

33 dose, administradas nos dias 0, 7 e 28. É importante verificar a presença de anticorpos neutralizantes de vírus em pessoas vacinadas, através do soro coletado 1-3 semanas depois da última dose. Recomenda-se a aplicação periódica de injeção de reforço às pessoas expostas de forma contínua ao risco da raiva a cada seis meses, quando o título de anticorpos estiver abaixo de 0,5 UI/ml (OMS, 1999) Pós-exposição A profilaxia pós-exposição é indicada para as pessoas que acidentalmente se expuseram ao vírus; combina a limpeza criteriosa da lesão e a administração da vacina contra raiva, isoladamente ou em associação com o soro ou a imunoglobulina humana anti-rábica. É o único meio disponível para evitar a morte do paciente infectado, desde que adequada e oportunamente aplicada. Entretanto, as indicações desnecessárias da profilaxia expõem o paciente a risco de eventos adversos, além de ser um desperdício de recursos públicos, o que compromete a qualidade do sistema de saúde (COSTA et al., 2000). Considerando-se o alto índice de mortalidade por raiva, é extremamente importante prevenir a infecção rábica no homem depois da exposição (OMS 1999). Na América Latina é atendido cerca de 1 milhão de pessoas expostas ao risco da raiva. (OPAS; OMS, 2005). Lyczak et al. (2001), descrevem um caso de óbito de paciente que recusou-se a realizar tratamento pósexposição, tendo sido agredida por um gato com raiva. Estudo na Polônia demonstra que a maioria das pessoas vacinadas, são agredidas por animais domésticos (cães e gatos) e que os casos de raiva animal são na maioria de animais silvestres (84,4%) e que a raiva em cães representa 2,7%, em gatos 5,1% e 7,5% no gado (LYCZAK et al., 2001). Em análise do programa de prevenção à raiva em uma província na Tailandia, ocorrido entre 1996 a 2001, pacientes receberam tratamento pós-exposição, sendo que nos últimos três anos do programa não ocorreram óbitos humanos (KAMOLTHAM et al., 2003). Estudo realizado em Minas Gerais demonstrou que em 33 casos de raiva humana, houve procura dos pacientes ao atendimento médico em sistema de saúde privado, porém não houve

34 indicação de tratamento, mesmo se tratando de área endêmica para raiva. Ficou constatado que a indicação de vacina, não observa a situação epidemiológica local, levando a erro na prescrição (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003). Conforme estudo realizado no Brasil no período de 1980 a 1990 demonstrou que cerca de pessoas foram atendidas anualmente na rede pública de saúde devido a ataques por animais, representando 0,14% do total de pessoas atendidas em questões de saúde em todo o país (SCHNEIDER et al.,1996) Vacinação animal No Brasil, a vacina contra raiva canina, utilizada por órgãos públicos, é a vacina modificada do tipo Funenzalida & Palácios, que é constituída de vírus inativado, 2% de tecido nervoso, conservantes (à base de fenol e timerosol) e apresentada, em geral, na forma líquida, em frascos de 50 ml ou 25 doses (REICHMANN et al., 1999). A vacinação parenteral em massa de animais é a ação de controle mais efetiva contra raiva (WHO, 2005). Êxitos observados no controle da raiva obedecem fundamentalmente a estratégias de ações baseadas em campanhas maciças de vacinação canina e tratamento profilático oportuno às pessoas expostas (BELOTTO, 2004) A incidência de raiva humana e canina decresceu acentuadamente no Brasil, desde a instituição do Programa Nacional de Controle, na década de 70, que priorizou a realização de campanhas anuais de vacinação de cães em áreas urbanas (OPAS; OMS, 1998). A cobertura vacinal no Estado da Bahia é satisfatória. Entretanto, diferenciada para os municípios. Ainda não foi realizada a revisão da estimativa populacional canina, Figura 10 (BRASIL, 2006a).

35 Figura 10. Série histórica de cobertura vacinal em campanha anti-rábica canina. Bahia, (BRASIL, 2006) Em estudo realizado, ficou demonstrado que o maior impacto para o controle da raiva transmitida por cão é a vacinação animal em massa (MIRANDA; SILVA; MOREIRA, 2003), que tem como objetivo diminuir a intensidade da transmissão da doença, interrompendo a transmissão para as pessoas e animais (SCHNEIDER et al.,1996) De rotina A vacinação contra raiva em áreas endêmicas ou epidêmicas deve desenvolver-se no sistema de rotina, com o objetivo de atingir os extratos das populações caninas e felinas ingressos após a campanha anual, eliminando ou diminuindo o contingente de suscetíveis da população, devendo ser considerado a implantação de postos fixos de vacinação como estratégia aliado a outras ações de incentivo as atitudes de posse responsável (REICHMANN et al., 1999) De campanha O objetivo das campanhas de vacinação é o de estabelecer, em curto espaço de tempo, uma barreira imunológica capaz de interromper a transmissão da raiva na população canina de uma comunidade e o comprometimento da população humana (REICHMANN et al., 1999).

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