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1 DAVID RICARDO Aula /setembro Hunt (1981), cap. 4 Denis (2000), cap. 2 (parte IV)

2 Viveu de 1772 a 1823; Biografia Filho de capitalista rico e fez a própria fortuna antes dos 30 anos; Contemporâneo a Malthus, influenciado pela Rev. Francesa e Rev. Industrial; Defensor dos interesses capitalistas; Obras principais: Ensaios sobre a influência de um baixo preço de cereais sobre os lucros do capital (1815); Princípios de Economia Política e Tributação ( ) 3 edições

3 Suas principais preocupações e questões Ele queria entender quais eram as leis que determinavam a distribuição do produto da terra entre o proprietário da terra, o dono do capital e o trabalhador Para ele, a economia como a ciência que se ocupa da repartição da renda entre as classes, conforme elas se colocam no processo produtivo. Preocupa-se com a evolução da taxa de lucro e como ela (a taxa de lucro) é determinada; Sob sua perspectiva, a taxa de lucro é a categoria fundamental da economia capitalista. Ela mede o êxito da produção e fornece a medida de quanto o capital se valorizou

4 Teoria da Renda e do Lucro

5 Sobre a Renda... Conceito de Renda: Porção do produto da terra paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis do solo; Corresponde a qualquer pagamento anual de um agricultor ao proprietário da terra em que trabalha;

6 Sobre a Renda... Produto líquido (PL): nele estão contidas as parcelas referentes aos lucros e à renda: Valor excedente criado pelo trabalho PL = Quantidade total produzida menos todos os custos de produção necessários (inclusive a substituição do capital usado na produção e os salários dos operários)

7 Como é determinada a Renda Determinação da Renda: baseia-se em duas hipóteses: 1ª. A terra tem diferentes graus de fertilidade e podem ser ordenadas em ordem decrescente; 2ª. As taxas de lucro dos capitalistas são sempre igualadas

8 Sobre a Renda... Deste modo, o cultivo de terras menos férteis gera uma renda nas terras com maior fertilidade aos proprietários; É determinada com a prosperidade econômica: Aumento do lucro aumento do emprego aumento da população necessidade de mais alimentos uso das terras marginais (de pior qualidade, exigindo mais adiantamentos) aumento dos Preços; Deste modo: renda é um sintoma e não a causa da riqueza;

9 Produtividade Decrescente na Agricultura O produto líquido da terra diminui à medida que aumenta a quantidade de terra cultivada e isto pode ocorrer por 2 motivos: ou pelo aumento dos custos ou pela queda da produtividade Produto Líquido por lote PL Nº de lotes

10 Sobre o Lucro... Conceito em Ricardo: é a parte do PL, excluída a renda; é um excedente o que resta após o pagamento dos salários; Taxa de lucro: é definida pela relação entre o produto líquido (produto adiantamentos) e os adiantamentos realizados. A vontade constante de todos os empregados do capital de sair de um negócio menos lucrativo para entrar num negócio mais lucrativo tem uma grande tendência a igualar a taxa de lucro de todos

11 Quanto ao Produto Líquido... Se PL cai, por cultivo de terras menos férteis o aumento dos preços decorrente elevará os salários: a taxa de lucro diminui; Assim, a queda da taxa de lucro da agricultura deve afetar os lucros da agricultura e também da indústria.

12 Ou ainda, o mecanismo é meio automático... o caráter determinante da taxa de lucro agrícola sobre a taxa geral de lucro reside no fato de que, levando-se em conta que a concorrência iguala todas as taxas de lucro, a tendência à queda da taxa de lucro agrícola deve transmitir-se à taxa geral de lucro, a qual, portanto, deve igualmente manifestar uma tendência à queda progressiva (Napoleoni, p. 90)

13 Capitalistas X Proprietários de Terras O que ocorre na terra com a prosperidade: A prosperidade dos capitalistas leva ao aumento da população e a necessidade de maior produção agrícola, que tem produtividade decrescente A redução da produtividade da terra implica aumento dos custos de produção ou leva à uma redução do produto total; Uma resultante é a queda do lucro na agricultura; Outra resultante é o aumento dos preços dos produtos de subsistência;

14 Capitalistas X Proprietários de Terras O que acontece na indústria com a prosperidade: A produtividade sendo mantida havendo concorrência: os preços industriais tendem a baixar de maneira que as taxas de lucro tendem a se igualar; O aumento dos preços de subsistência também tendem a reduzir as taxas de lucro; Deste modo, a taxa de lucro é restabelecida num nível mais baixo, assim como a redução da acumulação, do crescimento e do bem-estar social geral Fim da lei dos Cereais

15 Teoria do Valor-Trabalho Concordância de que o valor subdivide-se em valor de uso e valor de troca vai concentrar-se no valor de troca

16 Teoria do Valor Trabalho Valor para Ricardo: quantidade de trabalho contida na mercadoria (medida em tempo); *Se a quantidade de trabalho incorporada (trabalho contido) às mercadorias estabelecer seu valor de troca, todo aumento da quantidade de trabalho terá que aumentar o valor da mercadoria em que ele for empregado, e toda diminuição terá que baixar este valor O preço das mercadorias era proporcional ao trabalho empregado, com poucas alterações ao passar do tempo

17 Teoria do Valor Trabalho Considerou que as ferramentas e máquinas eram produtos intermediários do trabalho os recursos naturais só ganham valor de uso por passarem por transformações no processo de trabalho criação de valor de troca O erro foi considerar que o capital era sempre idêntico às ferramentas e máquinas, bem como aos outros meios de produção Não percebeu a importância da posse desse capital na dinâmica do capitalismo - seu monopólio permite a obtenção do lucro

18 Teoria do Valor Trabalho: lembrando Smith... Para Smith: Trabalho comandado (= trabalho necessário): trabalho objetivado nas mercadorias pela qual det. mercadoria é trocada; Trabalho incorporado (=trabalho contido): corresponde ao trabalho que está cristalizado na mercadoria que se quer trocar; Na sociedade mercantil simples: a) Trabalho incorporado = trabalho comandado; b)valor do trabalho = valor do produto do trabalho

19 Teoria do Valor Trabalho: lembrando Smith... Mas, na sociedade capitalista não seria assim: Trabalho necessário (ou comandado) = trabalho vivo (ie, valor da força de trabalho); Assim, valor do trabalho torna-se menor que o valor do produto do trabalho; Trabalho comandado é maior do que o trabalho incorporado (deixam de ser equivalentes). Smith abandona sua análise do valor pela teoria do preço.

20 Contraponto de Ricardo com Smith... Ricardo mantém a afirmação de Smith, mesmo para a economia capitalista, ie, que o trabalho contido determina a relação de troca das mecadorias: 2 Merc. A (2 horas de trabalho) <=> 1 Merc. B ( 4 horas de trabalho) O valor para Ricardo, portanto, não é determinado pelo trabalho comandado (aquilo que pode comprar), tal como dizia Smith

21 Determinação do preço Não é apenas a quantidade de trabalho que modifica o valor das mercadorias, mas também o valor do trabalho ; O valor dependeria do trabalho incorporado às mercadorias, mas diferenças de valor do capital por operário causariam variações de preço; Quanto mais capital utilizado, menor o valor relativo das mercadorias devido ao aumento no salário PL = trab. contido nas mercadorias que o constituem trab. contido nas merc. que constituem o capital; Tx de lucro = PL (quant. de trab.)/ adiantamentos (quant. de trab.)

22 Determinação do preço As medidas, neste caso, inclusive as taxas de lucro passam a ser medidas em valor (quantidade de trabalho) e não mais em cereal (trigo); Comparando teoria e prática, ele conclui que uma mudança dos salários pode levar a mudanças nas taxas de lucro (até novo ajustamento igualando estas taxas) e nos valores; Apesar da quantidade de trabalho contida na mercadoria não se alterar: a variação no salário geraria uma variação nos preços relativos das mercadorias Busca por uma medida invariável de valor aceitou o ouro

23 Distribuição de Renda e a Teoria do Valor-Trabalho Os interesses dos Proprietários de terras sempre se opunham ao bem-estar geral da sociedade, enquanto que os capitalistas estavam sempre de acordo com o bem-estar geral da sociedade; Quando há queda dos lucros, não há motivo para a acumulação o resultado seria uma interrupção do progresso econômico, uma queda do salário de mercado ao nível de subsistência, o sofrimento e a pobreza social generalizada.

24 A Impossibilidade da Superprodução Teoria de Malthus a demanda agregada insuficiente era a causa da superprodução ou das depressões periódicas sua recomendação era que os proprietários de terras deveriam receber uma parcela maior da produção nacional. Ricardo se opôs a essa teoria. Para ele, os capitalistas só produzem aquilo de que eles mesmos não necessitam, porque pretendem trocá-lo por algo de que realmente necessitam.

25 A Impossibilidade da Superprodução Como a própria moeda não tem qualquer propriedade útil, que não o fato de poder comprar outra mercadoria, ninguém quer entesourá-la. Lei de Say - a produção cria sua própria procura Explicou as depressões de sua época simplesmente como o ajuste necessário aos padrões anormais de oferta e procura durante os anos de guerra que a precederam.

26 A Teoria das Vantagens Comparativas e o Comércio Internacional Primeiro economista a argumentar que o livre comércio internacional poderia beneficiar dois países, mesmo que um deles produzisse todas as mercadorias comerciadas mais eficientemente do que o outro. Também argumentou que, como o capital era relativamente imóvel entre as nações, era preciso elaborar uma teoria separada do comércio internacional, diferenciado do comércio interno do país.

27 A Teoria das Vantagens Comparativas e o Comércio Internacional O país não precisaria ter uma vantagem absoluta na produção no comércio entre ele e outro país: poderiam beneficiar-se com o comércio, se cada um tivesse uma vantagem relativa na produção. Vantagem absoluta: maior eficiência de produção ou o uso de menos trabalho na produção. Vantagem relativa: a razão entre o trabalho incorporado às duas mercadorias diferia entre os dois países, de modo que cada um deles poderia ter, pelo menos, uma mercadoria na qual a quantidade relativa de trabalho incorporado seria menor do que a do outro país.

28 Harmonia Social e Conflito de Classes Quando Ricardo afirmou que o livre comércio aumentaria o total dos benefícios de cada país, estava meramente repetindo o princípio de Adam Smith, segundo o qual o livre comércio aumenta a utilidade ou os benefícios de ambas as partes, na troca. Quando as distribuições de renda, privilégio e poder são aceitas como naturais ou eternas, os benefícios auferidos pelo que têm alto poder aquisitivo, geralmente, são considerados sinônimos do bem-estar geral. Daí se segue a crença de que o livre mercado agiria como uma mão-invisível para maximizar o bem-estar de todo o mundo: ela agiria local, nacional e internacionalmente, harmonizando os interesses de todos.

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