Oferta (Cap. 8) 2º SEMESTRE 2011
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- Theodoro Benevides Raminhos
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1 Oferta (Cap. 8) 2º SEMESTRE 2011 Marta Lemme - IE/UFRJ
2 Função de Produção A função de produção é a relação entre a quantidade de insumos que uma firma usa e a quantidade de produto que ela produz. Um insumo fixo é um insumo cuja quantidade é fixa e não se pode variar. Um insumo variável é um insumo cuja quantidade a firma pode variar. Krugman Wells Marta Lemme - IE/UFRJ
3 Função de produção Tecnologia de Produção Indica o maior nível de produção que uma firma pode atingir para cada possível combinação de insumos, dado o estado da tecnologia. Mostra o que é tecnicamente viável quando a firma opera de forma eficiente. No caso de dois insumos a função de produção é: q = F(K,L) q = Produto, K = Capital, L = Trabalho Essa função depende do estado da tecnologia Marta Lemme - IE/UFRJ
4 Insumos e Produto O longo prazo é o período de tempo em que todos os insumos podem variar. O curto prazo é o período de tempo em que pelo menos um insumo é fixo. A curva de produto total mostra como a quantidade de produto depende da quantidade do insumo variável para uma dada quantidade do insumo fixo. Marta Lemme - IE/UFRJ Krugman Wells
5 Função de Produção e Curva de Produto Total Marta Lemme - IE/UFRJ Krugman Wells
6 Produto Marginal Produto marginal é a quantidade adicional de produto gerada por usar uma unidade mais. Krugman Wells Marta Lemme - IE/UFRJ
7 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Quantidade Quantidade Produto Produto Produto de trabalho (L) de capital (K) total (Q) médio marginal Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
8 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Observações: 1. À medida que aumenta o número de trabalhadores, o produto (q) aumenta, atinge um máximo e, então, decresce. 2. O produto médio do trabalho (PM), ou produto por trabalhador, inicialmente aumenta e depois diminui. 3. O produto marginal do trabalho (PMg), ou produto de um trabalhador adicional, aumenta rapidamente no início, depois diminui e se torna negativo. PM Produto Trabalho Q L PMgL Produto Trabalho Q L Marta Lemme - IE/UFRJ
9 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Produção mensal 112 D C Produto total 60 A B A: inclinação da tangente = PMg (20) B: inclinação de OB = PM (20) C: inclinação de OC=PMg & PM Trabalho mensal Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
10 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Produção mensal por trabalhador E Observações: À esquerda de E: PMg > PM & PM crescente À direita de E: PMg < PM & PM decrescente E: PMg = PM & PM máximo Produto marginal Produto médio Trabalho mensal Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
11 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Observações Quando PMg = 0, PT encontra-se no seu nível máximo Quando PMg > PM, PM é crescente Quando PMg < PM, PM é decrescente Produção mensal Quando PMg = PM, PM encontra-se no seu nível máximo 112 Produção D mensal por trabalhador 60 C B A Trabalho mensal Trabalho mensal Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
12 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Lei dos rendimentos marginais decrescentes À medida que o uso de determinado insumo aumenta, chega-se a um ponto em que as quantidades adicionais de produto obtidas tornamse menores (ou seja, o PMg diminui). Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é pequena, o PMg é grande em decorrência da maior especialização. Quando a quantidade utilizada do insumo trabalho é grande, o PMg decresce em decorrência de ineficiências. Pode ser aplicada a decisões de longo prazo relativas à escolha entre diferentes configurações de plantas produtivas Supõe-se que a qualidade do insumo variável seja constante Explica a ocorrência de um PMg declinante, mas não necessariamente de um PMg negativo Supõe-se uma tecnologia constante Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
13 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Efeito dos avanços tecnológicos Produção por período 100 A B C O 3 A produtividade do trabalho pode aumentar à medida que ocorram melhoramentos tecnológicos, mesmo que cada processo produtivo seja caracterizado por rendimentos decrescentes do trabalho. 50 O 2 O Trabalho por período Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
14 Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes Exemplo: Malthus e a crise de alimentos Malthus previu o alastramento da fome em larga escala, que decorreria dos rendimentos decrescentes da produção agrícola aliados ao crescimento populacional contínuo.
15 Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes Índice do consumo alimentar mundial per capita Ano Índice Os dados mostram que o crescimento da produção excedeu o crescimento populacional. Malthus não levou em consideração os efeitos potenciais dos avanços tecnológicos, que permitiram o aumento da oferta de alimentos a taxas superiores ao crescimento da demanda.
16 Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes Malthus e a crise de alimentos As inovações tecnológicas resultaram em excessos de oferta e reduções de preços. Pergunta Por que existe fome no mundo, tendo em vista que há excedentes de alimentos? Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
17 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Produtividade da mão-de-obra Produtivid ade média Produção total Quantidade de trabalho
18 Curto Prazo Produção com um insumo variável e um insumo fixo Padrão de vida e produtividade O aumento do consumo depende do aumento da produtividade. Determinantes da produtividade: Estoque de capital Mudança tecnológica
19 Produção com um insumo variável e um insumo fixo Exemplo: Produtividade da mão-de-obra nos países desenvolvidos EUA Japão França Alemanha Reino Unido Produção real por trabalhador (2001) $ $ $ $ $ Taxa de crescimento anual da produtividade da mão-de-obra (%) ,29 7,86 4,70 3,98 2, ,22 2,29 1,73 2,28 1, ,54 2,64 1,50 2,07 1, ,00 1,19 0,86 2,10 1,98 Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
20 Produção com um insumo variável e um insumo fixo Tendências da produtividade 1. A produtividade nos EUA tem crescido mais lentamente do que em outros países. 2. O crescimento da produtividade nos países desenvolvidos tem declinado.
21 Produção com um insumo variável (trabalho) Explicações para o declínio no crescimento da produtividade 1. O crescimento do estoque de capital é o principal determinante do crescimento da produtividade. 2. A taxa de acumulação de capital nos EUA foi menor do que em outros países que precisavam investir na sua reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. 3. Esgotamento de recursos naturais 4. Regulamentações ambientais Marta Lemme - IE/UFRJ Capítulo by Pearson Education do Brasil
22 Rendimentos decrescentes de um insumo Ocorrem rendimentos decrescentes de um insumo quando um aumento na quantidade desse insumo, mantidos fixos os níveis de todos os demais insumos, leva a um declínio no produto marginal desse insumo. O produto marginal da curva de trabalho a seguir ilustra esse conceito claramente Marta Lemme - IE/UFRJ Krugman Wells
23 Produto marginal da curva de trabalho Krugman Wells Marta Lemme - IE/UFRJ
24 Produto total, produto marginal e insumo fixo Krugman Wells Marta Lemme - IE/UFRJ
25 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis No curto prazo, trabalho é variável e capital é fixo. No longo prazo, trabalho e capital são variáveis. As isoquantas descrevem as possíveis combinações de trabalho e capital que geram a mesma produção
26 Capital por mês Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis 5 E 4 No longo prazo, ambos o capital e o trabalho variam e apresentam rendimentos decrescentes. 3 A B C 2 1 q 3 = 90 D q 2 = 75 q 1 = Trabalho por mês
27 Premissas Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Um produtor de alimentos utiliza dois insumos Observações Trabalho (L) & Capital (K) 1. Para qualquer nível de K, o produto aumenta quando L aumenta. 2. Para qualquer nível de L, o produto aumenta quando K aumenta. 3. Várias combinações de insumos podem produzir a mesma quantidade de produto.
28 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Isoquantas São curvas que representam todas as possíveis combinações de insumos que geram a mesma quantidade de produto
29 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Produção com dois insumos variáveis Trabalho Capital
30 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Capital por mês 5 E Produção com dois insumos variáveis 4 Mapa de isoquantas A B C q 1 = D As isoquantas são dadas pela função de produção para níveis de produto iguais a 55, 75, e 90. q 2 = 75 q 3 = 90 Trabalho por mês
31 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Flexibilidade do insumo As isoquantas mostram de que forma diferentes combinações de insumos podem ser usadas para produzir a mesma quantidade de produto. Essa informação permite ao produtor reagir eficientemente às mudanças nos mercados de insumos.
32 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Taxa marginal de substituição decrescente Interpretação das isoquantas 1. Suponha que o nível de capital seja 3 e que o nível de trabalho aumente de 0 para 1, depois para 2 e finalmente para 3. Note que a produção aumenta a uma taxa decrescente (55, 20, 15), o que ilustra a ocorrência de rendimentos decrescentes do trabalho no curto e longo prazos.
33 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Rendimentos marginais decrescentes Interpretação das isoquantas 2. Suponha que o nível de trabalho seja 3 e que o nível de capital aumente de 0 para 1, depois para 2 e finalmente para 3. Novamente, a produção aumenta a uma taxa decrescente (55, 20, 15), devido aos rendimentos decrescentes do capital.
34 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Os gerentes de uma empresa desejam determinar a combinação de insumos a ser utilizada. Eles devem levar em consideração as possibilidades de substituição entre os insumos.
35 Longo Prazo Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos A inclinação de cada isoquanta indica a possibilidade de substituição entre dois insumos, dado um nível constante de produção.
36 Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos A taxa marginal de substituição técnica é dada por: TMST - TMST Variação no capital/variação no trabalho K (dado um nível constantede q) L
37 Produção com dois insumos variáveis Taxa marginal de substituição técnica Capital por mês As isoquantas têm inclinação negativa e são convexas, assim como as curvas de indiferença /3 1 1/ q 3 =90 q 2 =75 q 1 =55 Trabalho por mês
38 Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 1. A TMST cai de 2 para 1/3 à medida que a quantidade de trabalho aumenta de 1 para 5 unidades. 2. Uma TMST decrescente decorre de rendimentos decrescentes e implica isoquantas convexas.
39 Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST e produtividade marginal A variação na produção resultante de uma variação na quantidade de trabalho é dada por: (PMgL)( L)
40 Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST e produtividade marginal A variação na produção resultante de uma variação na quantidade de capital é dada por : (PMgK)( K)
41 Produção com dois insumos variáveis Substituição entre insumos Observações: 3. TMST e produtividade marginal Se a quantidade de trabalho aumenta, mantendo-se a produção constante, temos: (PMg L )( L) (PMg K )( K) 0 (PMg L )/(PMg K ) - ( K/ L) TMST
42 Produção com dois insumos variáveis Isoquantas quando os insumos Capital por mês A são substitutos perfeitos B C q 1 q 2 q 3 Trabalho por mês
43 Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Substitutos perfeitos Observações válidas no caso de insumos perfeitamente substituíveis: 1. A TMST é constante ao longo de toda a isoquanta.
44 Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Substitutos perfeitos Observações válidas no caso de insumos perfeitamente substituíveis : 2. O mesmo nível de produção pode ser obtido por meio de qualquer combinação de insumos (A, B, ou C) (exemplo: cabines de pedágio e instrumentos musicais)
45 Produção com dois insumos variáveis Função de produção de proporções fixas Capital por mês C q 3 B q 2 K 1 q 1 A L 1 Trabalho por mês
46 Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Função de produção de proporções fixas Observações válidas no caso de insumos que devem ser combinados em proporções fixas: 1. Não é possível a substituição entre os insumos. Cada nível de produção requer uma quantidade específica de cada insumo (exemplo: trabalho e martelos pneumáticos).
47 Produção com dois insumos variáveis Funções de produção dois casos especiais Função de produção de proporções fixas Observações válidas no caso de insumos que devem ser combinados em proporções fixas : C). 2. O aumento da produção requer necessariamente mais capital e trabalho (isto é, devemos nos mover de A para B e, então, para
48 Produção com dois insumos variáveis Exemplo: Uma função de produção para o trigo Os agricultores devem escolher entre técnicas de produção intensivas em capital ou intensivas em trabalho.
49 Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de trigo Capital (horasmáquina por ano) K - 10 A L 260 B O ponto A é mais intensivo em capital, e o B é mais intensivo em trabalho. Produção = bushels por ano Slide 49 Trabalho (horas por ano)
50 Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de trigo Observações: 1. Operando no ponto A L = 500 horas e K = 100 horas de máquina.
51 Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de trigo Observações: 2. Operando no ponto B L aumenta para 760 e K diminui para 90; TMST < 1: TMST - K L ( 10/ 260) 0,04
52 Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de trigo Observações: 3. TMST < 1, portanto, o custo do trabalho deve ser menor do que o custo do capital para que o agricultor substitua capital por trabalho. 4. Se o trabalho for caro, o agricultor usará mais capital (exemplo: EUA).
53 Produção com dois insumos variáveis Isoquanta que descreve a produção de trigo Observações: 5. Se o trabalho não for caro, o agricultor usará mais trabalho (exemplo: Índia).
54 Retornos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 1. Retornos crescentes de escala: a produção cresce mais do que o dobro quando há duplicação dos insumos Produção maior associada a custo mais baixo (automóveis) Uma empresa é mais eficiente do que muitas empresas (utilidades) As isoquantas situam-se cada vez mais próximas
55 Retornos de escala Capital (horasmáquina) Retornos crescentes: As isoquantas situam-se cada vez mais próximas A Trabalho (horas)
56 Retornos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 2. Retornos constantes de escala: a produção dobra quando há duplicação dos insumos O tamanho não afeta a produtividade Grande número de produtores As isoquantas são espaçadas igualmente
57 Retornos de escala Capital (horasmáquina) Retornos constantes: as isoquantas são espaçadas igualmente A Trabalho (horas)
58 Retornos de escala Medição da relação entre a escala (tamanho) de uma empresa e sua produção. 3. Retornos decrescentes de escala: a produção aumenta menos que o dobro quando há duplicação dos insumos Eficiência decrescente à medida que aumenta o tamanho da empresa Redução da capacidade administrativa As isoquantas situam-se cada vez mais afastadas
59 Retornos de escala Capital (horasmáquina) A 4 Retornos decrescentes: as isoquantas situam-se cada vez mais afastadas Slide 59 Trabalho (horas)
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