Candomblé e veganismo dialogando no Jardim das Folhas Sagradas : Jayme R. Lopes Filho 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Candomblé e veganismo dialogando no Jardim das Folhas Sagradas : Jayme R. Lopes Filho 1"

Transcrição

1 1 Candomblé e veganismo dialogando no Jardim das Folhas Sagradas : Jayme R. Lopes Filho 1 Resumo No atual contexto, seria até mesmo inocente pensar que as religiões seriam iguais às praticadas no passado e que serão iguais às do futuro. O mesmo acontece sobre os fundamentos religiosos, ou melhor, como são expressados e caracterizados em seus cultos. Portanto, entre outros casos, as questões relacionadas ao não sacrifício e ao não uso de animais são pertinentes a aspectos como tempo e espaço em que a religião se localiza. Jardim das Folhas Sagradas é um filme de rica abordagem textual e narrativa, uma obra de ficção, mas que traz em sua trama central temas diversificados, como: racismo, sexualidade, intolerância religiosa, entre outros. Assim sendo, este trabalho busca selecionar, amparado teórica e metodologicamente na ciência, um questionamento e também uma breve reflexão acerca de um tema que ainda é tabu até mesmo na sociedade abrangente: exploração animal. Desta forma, a teologia das religiões afro-brasileiras buscará focar o meio pelo qual se visa relacionar a ética da não exploração de animais, veganismo e a práxis das religiões afro-brasileiras. Gradativamente, entre ambos, as diferentes formas de vida e concepções se contatam ao longo da história do filme. Palavras-chave: Candomblé; Veganismo; Odu Introdução É perceptível e cada dia cresce mais o debate sobre a exploração animal na sociedade atual, seja na indústria alimentícia, no vestuário, no entretenimento, na área da saúde etc. Pode-se comprovar esses debates e discussões em documentários, mídias eletrônicas e meios de comunicação de massa, sob diversas óticas, como nutrição, ética e meio ambiente 1 Graduando em Teologia pela Faculdade de Teologia Umbandista. jayme.filho@gmail.com

2 2 etc., que que repensam essa prática; e a sociedade vai aderindo de forma gradativa a legislações de proibição de rodeios e circos com animais; laboratórios abandonam testes em animais; grandes marcas de roupas deixam de usar couro em suas peças, entre outros exemplos. Na sociedade abrangente, independentemente dos motivos, sejam éticos, econômicos, avanços tecnológicos, pressão de ativistas, ambientalistas, ou quaisquer outros, o fato é concreto, atualmente tem ocorrido mudanças significativas nessa área. E, nesta conjuntura, como entender e olhar para as religiões de matriz africana, em que o sacrifício animal exerce papel central em diversos rituais? Ademais, fica um questionamento básico, ou seja, como recortar dois temas tão abrangentes, para, enfim, propor uma análise teológica? Para trabalhar essa temática na metodologia de pesquisa bibliográfica, eis que surgiu a possibilidade de analisar uma obra fictícia, mas que, por meio de uma narrativa rica e minuciosa, possibilitou evidenciar e detectar alguns pontos centrais da problemática entre ambas as linhas aparentemente divergentes de valores: Candomblé e não exploração de animais. Estes pontos da obra foram selecionados e, posteriormente, problematizados por meio de referenciais teóricos sobre os temas que foram estudados e analisados, de modo que, em muitos casos, relações ambíguas foram encontradas, possibilitando vislumbrar convergências. Pois evidências são encontradas tanto nos registros de práticas religiosas sem sacrifício, como na análise acadêmica dos discursos filosóficos, antropológicos e sociológicos dessas práticas. 1 O mito e a arte. Ossaim, filho de Nanã e irmão de Oxumaré, Euá e Obaluaê, era o senhor das folhas, da ciência e das ervas, o orixá que conhece o segredo da cura e o mistério da vida. Todos os orixás recorriam a Ossaim para curar qualquer moléstia, qualquer mal do corpo. Todos dependiam de Ossaim na luta contra a doença. Todos iam à casa de Ossaim oferecer seus

3 3 sacrifícios. Em troca Ossain lhes dava preparados mágicos: banhos, chás, infusões, pomadas, abô, beberagens. Curava as dores, as feridas, os sangramentos; as disenterias, os inchaços e fraturas; curava as pestes, febres, órgãos corrompidos; limpava a pele purulenta e o sangue pisado; livrava o corpo de todos os males. Um dia Xangô, que era o deus da justiça, julgou que todos os Orixás deveriam compartilhar o poder de Ossaim, conhecendo o segredo das ervas e o dom da cura. Xangô sentenciou que Ossaim, dividisse suas folhas com os outros Orixás. Mas Ossaim negou-se a dividir suas folhas com os outros orixás. Xangô então ordenou que Iansã soltasse o vento e trouxesse ao seu palácio todas as folhas das matas de Ossain para que fossem distribuídas aos orixás. Iansã fez o que Xangô determinara. Gerou um furacão que derrubou as folhas das plantas e as arrastou pelo ar em direção ao palácio de Xangô. Ossain percebeu o que estava acontecendo e gritou: "Euê Uassá!". "As folhas funcionam!" Ossaim ordenou às folhas que voltassem às suas matas e as folhas obedeceram às ordens de Ossaim. Quase todas as folhas retornaram para Ossaim. As que já estavam em poder de Xangô perderam o axé, perderam o poder da cura. O orixá-rei, que era um orixá justo, admitiu a vitória de Ossaim. Entendeu que o poder das folhas devia ser exclusivo de Ossaim e que assim devia permanecer através dos séculos. Ossaim, contudo, deu uma folha para cada orixá, deu uma euê para cada um deles. Cada folha com seus axés e seus efós, que são as cantigas de encantamento, sem as quais as folhas não funcionam. Ossaim distribuiu as folhas aos orixás para que eles não mais o invejassem. Eles também podiam realizar proezas com as ervas, mas os segredos mais profundos ele guardou para si. Ossaim não conta seus segredos para ninguém, Ossaim nem mesmo fala. Fala por ele seu criado Aroni. Os orixás ficaram gratos a Ossaim e sempre o reverenciam quando usam as folhas. (PRANDI, 2001a, p ) Aqui percebe-se que não se trata de deuses absolutos, como o Deus cristão. Em vez disso, divindades cujos mitos relatam características mais humanizadas. Dessa forma, tornam-se passíveis de enganos, contradições, entre outros impulsos. E justiça, na concepção platônica, era como virtude universal (pertencente a todos) onde cada indivíduo se põe em seu lugar, contribuindo para a salus populi (BRYCH, 2007). Desta forma, a justiça ligaria as demais virtudes em prol da harmonia (BRYCH, 2007).

4 4 Nesta perspectiva, verifica-se que a decisão foi reconsiderada em função da desarmonia criada, logo, pode-se inferir que não houve justiça. Ainda no início do filme, há uma cena em que, com a voz de um personagem, que mais para frente torna evidente que é filho de Xangô, em prece, uma cabaça é derrubada duma árvore pela tempestade, parte-se e libera de seu interior folhas. Referência ao mito de Ossain e Xangô, uma vez que o protagonista do filme é um filho de Ossain. Em sociedades de cultura mítica, também chamadas sem-história,que não conhecem a escrita, o tempo é circular e se acredita que a vida é uma eterna repetição do que já aconteceu num passado remoto narrado pelo mito. As religiões afro-brasileiras, constituídas a partir de tradições africanas trazidas pelos escravos, cultivam até hoje uma noção de tempo que é muito diferente do nosso tempo (PRANDI, 2001b, p. 1) Portanto, a sétima arte revive o mito. 2 Conflitos A primeira cena escolhida para análise está relacionada aos primeiros diálogos entre o protagonista, Bonfim, filho de Ossain, e o Babalorixá Martiniano, filho de Xangô, em que verifica-se uma cobrança para que Bonfim aprofunde-se na vida religiosa do Candomblé. Mas Bonfim resiste, pois alega que o Candomblé realiza procedimentos dos quais discorda. Acredito, no entanto, que esta aproximação feita entre religião e sociedade, antes de ser um reducionismo, segue a lição de Émile Durkheim de uma maneira muito direta: demonstra a relação entre estas duas esferas da vida social, a religião e as relações sociais. Também na antropologia pós -Levi-Strauss é neste sentido que se procura interpretar crenças e ritos. A tensão que descrevo no terreiro entre o código de santo e código burocrático ao interpretar a guerra de orixá. A demanda e o conflito que funda a história descrita só é possível ou mesmo necessária porque o ritual e a crença em questão são parta desta sociedade particular. (VELHO, 1975, p. 9)

5 5 Como Velho (1975) explana à luz de Durkheim e da antropologia pós-levi-strauss, pode-se observar relações entre a esfera religiosa e a esfera da sociedade. Logo, é possível que conflitos surjam. O presente estudo aborda o conflito entre a matança, ritual tradicional no Candomblé, e o veganismo 2, modo de viver que exclui qualquer forma de exploração e de crueldade para com animais, seja para qual finalidade for 3. Segundo pesquisa do IBOPE (2012) e dados da empresa de inteligência de mercado IPSOS (2006), é crescente e significativo o número de adeptos ao vegetarianismo. Assim como também é crescente o número de pessoas que se declaram pertencentes às religiões afro-brasileiras. Desta forma, é possível e compreensível que tal conflito exista e se torne cada vez mais frequente. Destaca-se que nessas relações há diversidade cultural, ideológica, tão presente no cotidiano das pessoas que compõem as religiões afro-brasileiras, devido a uma criticidade maior, o que as faz explorarem menos os animais em seus rituais. Portanto, sob este aspecto da diversidade, os terreiros são ambientes propícios a este diálogo e reflexão. Nos anos em que pesquisei terreiros diversos e muitos processos criminais pude voltar a pensar como Durkheim, que, no Brasil, a religião é o elo entre os vários grupos que compõem nossa sociedade e que as religiões mediúnicas, aqui, atingem pessoas de todas as classes. (VELHO, 1975, p.9) Uma coisa que eu não gosto no Candomblé é esse negócio de matar bicho. Eu não como nem carne. Ossain é responsável pela vida. 3 Odu Watch your thoughts, they become words; watch your words, they become actions; 2 Cf.: Veganism is a way of living which seeks to exclude, as far as is possible and practicable, all forms of exploitation of, and cruelty to, animals for food, clothing or any other purpose. (THE VEGAN SOCIETY, 2016) 3 Nota do autor: não há menção direta ao veganismo no filme; no entanto, o personagem protagonista se mostra resistente a sacrificar animais, sendo esta uma postura condizente com o veganismo.

6 6 watch your actions, they become habits; watch your habits, they become character; watch your character, for it becomes your destiny. Frank Outlaw4 Conforme Verdugo define: Para o grupo cultural ioruba, um odú é um conjunto de versos narrativos (ese) e cânticos que formam um volume do imaginário conceitual presente em sua totalidade no Ifá que é o depositário, por sua vez, de toda a filosofia e princípios religiosos dos iorubás. Eles são ao todo duzentos e cinquenta e seis. Eles também são, conforme argumento neste texto, a linguagem reflexiva que discute, problematiza e interpreta os significados dos valores morais, ou melhor, a filosofia moral dos iorubas. Portanto, são por eles, os odús, que se produzem os sentidos éticos que questionam a ontologia, a origem e o valor de cada costume dentro da sociedade, e, por conseguinte, buscam compreender o caráter de cada pessoa, isto é, o senso moral e a consciência moral individuais. (VERDUGO, 2015) Ou, ainda, como Flaksman: No candomblé, o destino (odu) é determinado também pela vontade do(s) orixá(s) que habita(m) a cabeça da pessoa; assim, não é de se estranhar que alguém venha a fazer o santo contra a vontade, ou mesmo que seja levado a assumir um cargo dentro de um terreiro sem assim o desejar. (FLAKSMAN, 2016, p. 299) Pode-se deduzir que, sob a perspectiva religiosa, Bonfim está predestinado à vida religiosa. E provavelmente esta é a base da argumentação do Babalorixá Martiniano para que Bonfim se entregue à vida religiosa. Há inclusive um diálogo que retrata os personagens discutindo acerca das consequências de se abandonar o odu. Ou seja, não viver para aquilo o qual se nasceu destinado. Por outro lado, como, novamente, Verdugo coloca: Os dois temas mais comuns nos odú são os conceitos de caráter e sacrifício. E é justamente a partir desses dois conceitos que toda a ética ioruba é constituída: como a May 18, San Antonio Light, What They re Saying, Quote Page 7-B (NArch Page 28), Column 4, San Antonio, Texas. (NewspaperArchive)

7 7 cultura e sociedade iorubas definem para si mesmas as virtudes que determinam cada ser humano, eniyan, em consciência de si mesmo, da natureza e de sua comunidade, exercendo na experiência material da vida sua liberdade, vontade e responsabilidade íntimas e as sociais. (VERDUGO, 2015) Sendo assim, para cada eniyan, isto é, para cada pessoa humana, a moral é pautada e embasada de acordo com os ensinamentos de seu odu. Embora, trata-se de uma questão totalmente individualizada. No entanto, tais questões ultrapassam o foro íntimo e se interpõem às questões sociais no qual está inserido. Pois, nesta postura ética, o caráter de cada integrante se estabelecerá a partir da consciência que se tem de si, da natureza e da comunidade a qual pertence. Logo, a conscientização, em qualquer esfera, é uma experiência pessoal muita rica, em virtude do exercício de suas vontades e as responsabilidades decorrentes do cargo que ele assuma no Candomblé. 4 Sancrifício Diante do corpo de Castro só me vinha à cabeça uma coisa: matança de animais. Diante das proposições supracitadas acerca do odu, do viver, ou não, em concordância com seus princípios, pode-se relacionar o corpo de Castro à simbolização da consequência concreta da desarmonia em que Bonfim se encontra. Portanto, o sacrifício, nessa concepção: Os iorubás usam a palavra sacrifício tanto no sentido figurado quanto literal, significando que todas as coisas boas em potencialidade de serem obtidas nesta vida requerem esforço e dedicação. Tempo, energia, esforços, materiais, estudo são todos os elementos que entram na dinâmica de sacrifícios que precisam ser realizados para que as vontades individuais e coletivas, uma vez harmonizadas e equilibradas, sejam possíveis de concretização. Neste sentido, o exercício da vontade dentro da sociedade deve, primeiramente, estar em harmonia e equilíbrio com o eu-comunidade, relação pessoal com a comunidade em que se vive, e, em segundo lugar, ser uma palavra em ação, relação dinâmica entre o querer, os meios e o realizar. Os sacrifícios, portanto, são a linguagem

8 8 que materializa essa relação entre o eu-comunidade e a palavra em ação, ou seja, é por ela que os agentes morais expressam o senso moral e as consciências morais individual e coletiva. (VERDUGO, 2015) Assim, o eu-comunidade de Bonfim não estava em harmonia com o odu a que fora destinado. Portanto, verifica-se que seu eu-comunidade estava na hora e no lugar em que não deveria estar. 5 Resistência Pai, eu procuro a essência. Eu acredito que a essência está nas folhas, o senhor sabe disso. As coisas mudam, são outros tempos. Tem muito sangue derramado. Como é que você vai fortalecer chão, fortalecer casa, fortalecer corpo só com Ossain? O sangue é sagrado. Tem muito sangue derramado. Judeus, palestinos, Líbano Sangue derramado para matar fome de filhos Tudo é sangue sagrado, Pai! A matança é sagrada, onde o animal não resiste nem contamina a carne. As partes são Axé, oferenda aos Deuses, as outras partes são servidas para celebrar uma aliança entre os participantes. Nada mais lindo! Você quer que Ossain seja tudo? Você acha que só com folha e cereal vai fortalecer o chão? Se você não puder contar com Exú, sua casa vai pegar fogo! Talvez fosse melhor você fazer outra coisa de sua vida. À declaração do personagem Babalorixá Martiniano, contrapõe-se a declaração de Agenor Miranda Rocha, citado por Rocha: Foi publicada no Jornal Diário de São Paulo, a matéria, O zelador dos orixás na tela, feita pelo jornalista Marcos Pinho, onde o professor Agenor fez declarações desconcertantes à respeito do sacrifício de animais, tais como: A força do candomblé está no sangue verde das plantas e não no sangue vermelho dos animais. (ROCHA, 2015, p ) 6 Transformações É como se pudéssemos imaginar que uma coisa fosse capaz de mudar permanecendo. Logo, a tradição teria que mudar pra se preservar!

9 9 Sim, Professor! Mas, Nkisi é Nkisi, Vodum é Vodum e Orixá é Orixá. Nzira não é Exu. Iansã não é Kaiango. São entidades diferentes, cultos diferentes. Antigamente, quando se dizia que alguém é de Iansã, perguntavam quem é Iansã? e a gente tinha que dizer que é Santa Bárbara. Hoje, não precisa mais. Candomblé deixou de ser Candomblé depois que virou tese de mestrado. Tem terreiro daqui que abriu no Rio, mas lá não faz matança, não, pra não assustar os bacana. A tendência é o sacrifício virar representação, como a hóstia e o vinho representam o corpo e o sangue de Cristo. E viva o teatro! Viva! Hoje em dia, tem gringo baixando o santo até em show folclórico do Pelourinho. Nestes trechos pode-se observar que a tradição religiosa passa por alterações. Contudo, quando a mudança se apresenta de forma mais gritante, nasce a desconfiança quanto à legitimidade do por vir. No caso, da tradição religiosa do candomblé, sem o sacrifício dos animais, segundo a fala dos personagens do filme, passaria a ser apenas algo simbólico. Apenas uma encenação. No entanto ainda assim, continua válida a frase de Pai Agenor sobre a força do candomblé estar no sangue verde. 7 Ecologia Casas vegetais integradas ao ambiente! Vai ser um terreiro ecológico. Vamos construir tudo com material orgânico. Cora, tá lindo! E tudo vai estar relacionado às folhas, ao verde Todas as construções. Olhe! Vai ficar lindo!

10 10 Sem perder o Axé. Vamos cultuar os Orixás sem matança de animais. Bonfim falou que vai fazer o terreiro com a essência do barro e da madeira. Embora a ecologia não seja o ponto central deste estudo, a causa ecológica é importante abordar, pois é recorrente em se tratando de veganismo, além de ser destacada no filme. Uma vez que, conforme aborda o quadro 5 seguinte, que mostra como a média de gastos de água potável dos produtos de origem animal é maior do que a média para a produção dos produtos vegetais. Além da causa ecológica ser uma das maiores preocupações contemporâneas, em especial a água potável. Sendo assim, a pertinência da escolha do cruzamento dos dados entre água potável e pecuária justifica-se no provérvio iorubá: Kosi ewe, kosi omi, kosi Orixá 6 8 Sacrifício II E agora? Até onde você vai? Sabia, cara! Você pensa que é Zumbi? O rei da prainha, é? Hã? Política é coisa desses filhinhos de papai. Eles não perdem nada. Nunca. Professor perdeu a vida, a culpa é de quem? Era isso que você queria? Você acha que o sangue dele derramado vai garantir o seu terreiro? Será que não aprende que o chão precisa de sangue? Sangue! Hum? Eu não sei por que Bonfim implica tanto com matança, se tudo no bicho é aproveitado. Flauta de osso, corda de intestino, corneta de chifre, pele de tambor e segue 5 DE SVB, disponível em: < Acesso em 10 jul Tradução livre: Sem folha, sem água, sem Orixá. Portanto, a ausência de folha e de água significa a ausência dos Orixás.

11 11 Será que é preciso tanta coisa para as pessoas se darem conta da sua desorientação? Você é estranho. Conhece o coração do homem pra criar armadilha, mas não pra justiça e pro que é certo! A questão não é o certo ou o errado. A questão é saber se está à altura de viver seu destino, seu desejo, sua ambição! Em contrapartida, pode-se observar claramente que na definição do veganismo: as far as is possible and practicable - que significa e caracteriza na medida do possível e do praticável. Desta forma, fica em aberto o questionameno de que isto significa num sistema de crenças religiosas; certo ou errado; o quais experiências harmonizam-se com o odu. E com isso, como as coisas funcionam dentro do limite, do aceitável e do praticávelde alguns rituais religiosos para cada pessoa. Considerações Finais No filme Jardim das Folhas Sagradas, por mais que seja uma obra fictícia, o que é retratado na história não é difícil de se encontrar no cotidiano das pessoas. De forma que tais temáticas, isoladamente, são comumente estudadas e analisadas, pois o material que serviu de embasamento teórico para apoiar a construção da argumentação metodológica deste trabalho em específico foi abundante e rico. O Candomblé é constituido por um saber ancestral, que deve absolutamente ser respeitado, entretanto, há também em seu entorno uma realidade em transformação constante, que muitas vezes requer mudanças e que paradigmas tradicionais sejam repensados. Portanto, este trabalho ousou ter a finalidade de poder contribuir, minimamente que seja, para que se encontre uma homeostase. De modo que as tradições religiosas sejam respeitadas, mas também que os novos saberes e paradigmas possam ser agregadores, quiçá incorporados.

12 12 Muito embora o questionamento dos valores tradicionais, sobretudo os religiosos, possam soar como uma espécie de confronto. Confrontos explícitos que foram exemplificados no Jardim das Folhas Sagradas. Em suma, como resultante deste estudo, pode-se identificar coerência em repensar de forma crítica sobre o uso de animais, uma vez que existem motivos concretos dentro e fora da religião do candomblé. Contudo, ainda assim, não se pode ignorar os componentes essenciais: fé e hereditariedade. Sendo a fé um elo entre os elementos, valores e questões pessoais que relacionam o indivíduo a determinada pertença religiosa, e o uso de animais pode estar envolvido neste aspecto e, portanto, mudar isso hoje seria uma escolha baseda em experiências pessoais. E o segundo componente se trata do saber dos mais velhos repassado para os mais novos. Assim sendo, uma nova conceituação, provavelmente, necessitaria do crivo de um mais velho, ou de conhecimentos mais amplos e aprofundados, como os do Pai Agenor, por exemplo. REFERÊNCIAS BERNARDES, Ernesto; NOGUEIRA, Tânia; PEREIRA, RAFAEL. O prazer sem carne. Revista Época. Disponível em: < 421,00.html>. Acesso em 3 jul BRYCH, Fabio. O ideal de Justiça em Aristóteles. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, IX, n. 36, jan Disponível em: Acesso em: 12 de Agosto de 2016 às 14:08 FLAKSMAN, Clara. Um homem plural: sobre a obra-vida de Pierre Verger. Revista de Antropologia, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, v. 59, n. 1, p , abril IBOPE. Dia Mundial do Vegetarianismo: 8% da população brasileira afirma ser adepta do estilo. Disponível em: <

13 do-vegetarianismo-8-da-populacao-brasileira-afirma-ser-adepta-do-estilo/>. Acesso em 3 jul JARDIM das folhas sagragas. Direção: Pola Ribeiro. Produção: Pola Ribeiro, Solange Lima e João Terreão por Studio Brasil. (Filmagem: 2006; lançamento no Festival do Rio: 2010; lançamentos no cinemas:2011) 90 min. Disponível em: Acesso em: 02 de Julho de LIGHT, San Antonio. What They re Saying. Quote Page 7-B (NArch Page 28), Column 4, San Antonio, Texas, 1977 May 18, S. (NewspaperArchive) PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás, São Paulo, Companhia das Letras, 2001a, 591 p.. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras. Rev. bras. Ci. Soc., São Paulo, v. 16, n. 47, p , Oct. 2001b. Disponível em < Acesso em: 25 ago VELHO, Yvonne M. A. Guerra de orixá: um estudo de ritual e conflito. Rio de Janeiro, Zahar, p ROCHA, Simone Azevedo. O Significado do Sacrifício para as religiões de Matriz africana: estudos sobre direito dos animais e o princípio da Constitucional Liberdade Religiosa. Revista Saber Jurídico, Faculdade Anisio Teixeira, v. 12, n. 1, 2º semestre de SOCIEDADE VEGETARIANA BRASILEIRA (SVB). Meio Ambiente. Disponível em: < Acesso 10 jul THE VEGAN SOCIETY. Definition of veganism. Disponível em < Acesso em: 3 jul VERDUGO, Marcos. Entre símbolos e narrativas: o Odu como um saber sobre a vida. In: V Congresso ANPTECRE, v. 5, 2015, Curitiba. Anais... Curitiba, Disponível em: < Acesso em 20 jun

Curso de Umbanda OSSÃE

Curso de Umbanda OSSÃE Curso de Umbanda OSSÃE É fundamental sua importância, porque detém o reino e poder das plantas e folhas, imprescindíveis nos rituais e obrigações de cabeça e assentamento de todos os Orixás através dos

Leia mais

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião

Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Umbanda em Preto e Branco Valores da Cultura Afro-brasileira na Religião Thales Valeriani Agradecimentos Agradeço a minha orientadora Eliza Casadei pela dedicação, atenção e profissionalismo ao longo de

Leia mais

A ORIGEM DA FILOSOFIA

A ORIGEM DA FILOSOFIA A ORIGEM DA FILOSOFIA UMA VIDA SEM BUSCA NÃO É DIGNA DE SER VIVIDA. SÓCRATES. A IMPORTÂNCIA DOS GREGOS Sob o impulso dos gregos, a civilização ocidental tomou uma direção diferente da oriental. A filosofia

Leia mais

ENTRE SÍMBOLOS E NARRATIVAS: O ODÚ COMO UM SABER SOBRE A VIDA

ENTRE SÍMBOLOS E NARRATIVAS: O ODÚ COMO UM SABER SOBRE A VIDA Anais do V Congresso da ANPTECRE Religião, Direitos Humanos e Laicidade ISSN:2175-9685 Licenciado sob uma Licença Creative Commons ENTRE SÍMBOLOS E NARRATIVAS: O ODÚ COMO UM SABER SOBRE A VIDA Marcos Verdugo

Leia mais

REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES. ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental

REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES. ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental REFERENCIAL CURRICULAR DO PARANÁ: PRINCÍPIOS, DIREITOS E ORIENTAÇÕES ENSINO RELIGIOSO 1.º ao 9.º Ensino Fundamental REDATORES DE CURRÍCULO PARANÁ ENSINO RELIGIOSO Prof.ª Brígida K. Liechocki ASSINTEC Prof.

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 09.09.2017 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 14 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), suporte de Whatsapp (direto

Leia mais

DATA: / / 2015 III ETAPA AVALIAÇÃO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA 9.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: ALUNO(A): N.º: TURMA: ALUNO(A): N.º: TURMA: O SER HUMANO

DATA: / / 2015 III ETAPA AVALIAÇÃO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA 9.º ANO/EF ALUNO(A): N.º: TURMA: ALUNO(A): N.º: TURMA: ALUNO(A): N.º: TURMA: O SER HUMANO SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA Mantenedora da PUC Minas e do COLÉGIO SANTA MARIA UNIDADE: DATA: / / 205 III ETAPA AVALIAÇÃO DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA 9.º ANO/EF PROFESSOR(A): VALOR: 0,0 MÉDIA: 6,0 RESULTADO:

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 03.09.2016 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 12 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), fórum, suporte de Whatsapp

Leia mais

SONHO BRASILEIRO // VALORES DA TRANSFORMAÇÃO BOX 1824 DIÁ LOGO

SONHO BRASILEIRO // VALORES DA TRANSFORMAÇÃO BOX 1824 DIÁ LOGO DIÁ LOGO POR QUE O JOVEM ACREDITA QUE O DIÁLOGO PODE TRANSFORMAR O BRASIL. O mundo está mais aberto à conversação e convergência de ideias. Sem extremos ideológicos, o Brasil tem vocação para o diálogo.

Leia mais

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso?

Projeto Pedagógico Qual caminho deve seguir para obter uma infância feliz? Como fazer para compreender a vida em seu momento de choro e de riso? Projeto de Leitura Título: Maricota ri e chora Autor: Mariza Lima Gonçalves Ilustrações: Andréia Resende Elaboração do Projeto: Beatriz Tavares de Souza Apresentação O livro apresenta narrativa em versos

Leia mais

TEXTOS SAGRADOS. Noções introdutórias

TEXTOS SAGRADOS. Noções introdutórias TEXTOS SAGRADOS Noções introdutórias A ORIGEM Os Textos Sagrados, via de regra, tiveram uma origem comum: Experiência do sagrado. Oralidade. Pequenos textos. Primeiras redações. Redação definitiva. Organização

Leia mais

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS

NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS REVISTA OLORUN n. 46, janeiro de 2017 ISSN 2358-3320 www.olorun.com.br NAÇÕES RELIGIOSAS AFRO-BRASILEIRAS NÃO SÃO NAÇÕES POLÍTICAS AFRICANAS Erick Wolff Março de 2016 SOBRE NAÇÕES Nos diversos segmentos

Leia mais

Home Quem Somos Trabalhos Parceiros Contato. edição nº 01/2011 Janeiro de Mundo Pensante

Home Quem Somos Trabalhos Parceiros Contato. edição nº 01/2011 Janeiro de Mundo Pensante Page 1 of 5 Rosuel Arnoni De: Juliana Monzani [juliana.monzani@gmail.com] Enviado em: terça-feira, 1 de fevereiro de 2011 19:37 Para: historia513@yahoo.com.br Assunto: Curso: Oficina de criatividade -

Leia mais

PROF. ME RENATO BORGES. Unidade 3

PROF. ME RENATO BORGES. Unidade 3 PROF. ME RENATO BORGES Unidade 3 CULTURA: A DIALÉTICA EM BUSCA DA AUTENTICIDADE Vimos que o conceito de dialética é o diálogo, ou seja, a relação entre o que já existe de cultura produzida e a interferência

Leia mais

DISCURSO e texto AS MARCAS IDEOLÓGICAS DOS TEXTOS. A arte de ler o que não foi escrito. contextualizando

DISCURSO e texto AS MARCAS IDEOLÓGICAS DOS TEXTOS. A arte de ler o que não foi escrito. contextualizando DISCURSO e texto AS MARCAS IDEOLÓGICAS DOS TEXTOS Todas as classes sociais deixam as marcas de sua visão de mundo, dos seus valores e crenças, ou seja, de sua ideologia, no uso que fazem da linguagem.

Leia mais

Aula 4 Cultura e Sociedade

Aula 4 Cultura e Sociedade Sociologia e Antropologia em Administraçã ção Aula 4 Cultura e Sociedade Profa. Ms. Daniela Cartoni Leitura para a aula DIAS, Reinaldo. Sociologia Geral. Campinas: Alinea, 2008. PLT 254 Capítulo 2 CONCEITO

Leia mais

Ensino Religioso. O eu, o outro e o nós. O eu, o outro e o nós. Imanência e transcendência. Sentimentos, lembranças, memórias e saberes

Ensino Religioso. O eu, o outro e o nós. O eu, o outro e o nós. Imanência e transcendência. Sentimentos, lembranças, memórias e saberes Ensino Religioso COMPONENTE ANO/FAIXA UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES O eu, o outro e o nós (EF01ER01) Identificar e acolher as semelhanças e diferenças entre o eu, o outro e o nós.

Leia mais

Família Presente de Deus, Lugar de Amor

Família Presente de Deus, Lugar de Amor Família Presente de Deus, Lugar de Amor Amadas irmãs e amados irmãos, Paz e Bem! É com felicidade que trazemos mais este presente para a IMMF do Brasil: mais um encarte no caderno de formação! Um material

Leia mais

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME

Prefácio. Por Rodney William Eugênio COMIDA DE SANTO QUE SE COME Prefácio Por Rodney William Eugênio A mesa está posta. Tem farofa, feijoada, sarapatel, acarajé. Tem também as moquecas, xinxim, caruru e vatapá. E os doces: bolinho de estudante, arroz, canjica. Comida

Leia mais

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II

RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II RESOLUÇÕES DE QUESTÕES PROFESSOR DANILO BORGES FILOSOFIA 9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL II (UEL) Tales foi o iniciador da filosofia da physis, pois foi o primeiro a afirmar a existência de um princípio originário

Leia mais

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA

CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA CURSO DE TEOLOGIA DA UMBANDA Início: 18.03.2017 Tutor: Márcio Kain Sacerdote de Umbanda Duração: 12 meses Aulas: semanais, através de vídeo, com apoio de apostila (download), suporte de Whatsapp (direto

Leia mais

Cultura Afro-brasileira

Cultura Afro-brasileira Cultura Afro-brasileira by barattaxxx 2008 África! Mulher trigueira, negrita brejeira requebrada em sons, por mais que te veja minh alma deseja reviver teus tons. África! De cores garridas, gentes atrevidas

Leia mais

COLÉGIO MAGNUM BURITIS

COLÉGIO MAGNUM BURITIS COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 1ª SÉRIE PROFESSOR (A): Alair Matilde Naves DISCIPLINA: Filosofia TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO

Leia mais

O caminho para crer em Jesus. Jo 6,41-51

O caminho para crer em Jesus. Jo 6,41-51 O caminho para crer em Jesus Jo 6,41-51 As autoridades dos judeus começaram a criticar, porque Jesus tinha dito: "Eu sou o pão que desceu do céu." E comentavam: - Esse Jesus não é o filho de José? Nós

Leia mais

Introdução O QUE É FILOSOFIA?

Introdução O QUE É FILOSOFIA? O QUE É FILOSOFIA? A filosofia não é uma ciência, nem mesmo um conhecimento; não é um saber a mais: é uma reflexão sobre os saberes disponíveis. É por isso que não se pode aprender filosofia, dizia kant:

Leia mais

M I T O. e Interpretação da Realidade. Marlon Leandro Schock

M I T O. e Interpretação da Realidade. Marlon Leandro Schock M I T O e Interpretação da Realidade Marlon Leandro Schock Uma leitura do mito a partir de rubricas Na tentativa de sintetizar logicamente uma conceituação para mito me apercebi em meio a um número enorme

Leia mais

A JORNADA ASTROLÓGICA E A MÍDIA

A JORNADA ASTROLÓGICA E A MÍDIA A JORNADA ASTROLÓGICA E A MÍDIA A presença da Astrologia na mídia Ana Cristina Vidal de Castro Ortiz O MITO HOJE O mundo nos coloca em contato com os assuntos cotidianos e nos afasta da leitura do espírito

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 129, DE 10 DE AGOSTO DE 2011 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO - CEPE, tendo em vista a decisão tomada em sua 300ª Reunião Ordinária, realizada em 10 de agosto de 2011, e

Leia mais

PROJETO 3º PERÍODO DE 2018

PROJETO 3º PERÍODO DE 2018 PROJETO 3º PERÍODO DE 2018 Que a arte me aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba E que ninguém a tente complicar, pois é preciso simplicidade pra fazê-la florescer. Oswaldo Montenegro TURMA:

Leia mais

Sociedade como fonte do pensamento lógico

Sociedade como fonte do pensamento lógico Sociedade como fonte do pensamento lógico E. Durkheim Antropologia I Prof. Vagner Gonçalves da Silva Grupo: Nara G. R. Castillo - NºUSP 7131083 Milena C. Gomes - NºUSP 9765938 Paula R. Jorge - NºUSP 9825177

Leia mais

Introdução. Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal

Introdução. Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal Introdução Josivaldo Pires de Oliveira Luiz Augusto Pinheiro Leal SciELO Books / SciELO Livros / SciELO Libros OLIVEIRA, J. P., and LEAL, L. A. P. Introdução. In: Capoeira, identidade e gênero: ensaios

Leia mais

O que é Sociologia?

O que é Sociologia? O que é Sociologia? A Sociologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam o indivíduo em associações, grupos e instituições. O que faz Sociologia?

Leia mais

3ecologias.net. Contos de Ifá. Projeto Técnico Web Game Educacional

3ecologias.net. Contos de Ifá. Projeto Técnico Web Game Educacional Contos de Ifá Projeto Técnico Web Game Educacional Gênero: Aventura Plataforma: Web - Aplicativo Funcionamento: Contos de Ifá é uma plataforma interativa para crianças, jovens e adultos. Tem sua navegação

Leia mais

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE PROCESSO SELETIVO PARA ADMISSÂO DE PROFESSORES EM CARÁTER TEMPORÁRIO 2017 PARECER RECURSOS PROVA 2 ENSINO RELIGIOSO 12) Conforme o disposto no DECRETO

Leia mais

Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A. Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados

Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A. Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados Devemos ser livres JULIA FERREIRA 7º A Devemos ser livres Para andar na rua Sem medo ou desespero Sozinhos ou acompanhados Comprar algo caro Sem medo de ser assaltado Ter um carro bom, Mas não para ser

Leia mais

Estudo de Efésios Rev. Martyn Lloyd-Jones

Estudo de Efésios Rev. Martyn Lloyd-Jones Éfeso Século Estudo de Efésios Rev. Martyn Lloyd-Jones É muito difícil falar da carta aos Efésios de forma contida devido a sua grandeza e sublimidade. Muitos tem tentado descrever isso. Um escritor tem

Leia mais

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS

ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS 367 ANEXO B: NOTÍCIAS DE JORNAIS Fragmentos de notícias sobre o candomblé, pesquisadas em diversos periódicos brasileiros e internacionais, com destaque para as suas manchetes: Notícias de A Tarde, jornal

Leia mais

Fé antropológica. Não é possível uma vida sem sentido

Fé antropológica. Não é possível uma vida sem sentido Fé antropológica Não é possível uma vida sem sentido O que vimos na última aula? Nunca estamos satisfeitos: somos insaciáveis No nível do afeto No nível do conhecimento Revendo a última aula Quando estamos

Leia mais

tudo o primar do espiritualidade e SEU TRANCA RUA DAS ALMAS Obra Teatral de Carlos José Soares Revisão Literária de Nonata Soares

tudo o primar do espiritualidade e SEU TRANCA RUA DAS ALMAS Obra Teatral de Carlos José Soares Revisão Literária de Nonata Soares A Fé pode abrir liberdade. Mas, possível se houv tudo o primar do conhecimento e Texto discute lite amor transmitid espiritualidade e conscientização está sempre acim SEU TRANCA RUA DAS ALMAS Obra Teatral

Leia mais

Lógica Proposicional Parte 2

Lógica Proposicional Parte 2 Lógica Proposicional Parte 2 Como vimos na aula passada, podemos usar os operadores lógicos para combinar afirmações criando, assim, novas afirmações. Com o que vimos, já podemos combinar afirmações conhecidas

Leia mais

UNIDADE 2. Período Pré-socrático. Cosmológico

UNIDADE 2. Período Pré-socrático. Cosmológico UNIDADE 2 Período Pré-socrático Cosmológico PRÉ-SOCRÁTICOS FILÓSOFOS DA NATUREZA RODA VIVA Chico Buarque Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo

Leia mais

A espada foi no passado uma ferramenta de guerra, um instrumento de batalha, um símbolo de conflito. E talvez um dos maiores problemas que a igreja

A espada foi no passado uma ferramenta de guerra, um instrumento de batalha, um símbolo de conflito. E talvez um dos maiores problemas que a igreja A espada foi no passado uma ferramenta de guerra, um instrumento de batalha, um símbolo de conflito. E talvez um dos maiores problemas que a igreja enfrenta hoje sejam os CONFLITOS. Nesta segunda lição:

Leia mais

ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA.

ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA. ESTRATEGIA DIDÁTICA USANDO JOGO DE TRILHA NO ENSINO DE BIOLOGIA COM A INCLUSÃO DAS RELIGIÕES DE MATRIZES AFRICANAS NA SALA DE AULA. Joellyton do Rozário Costa; Mariana Silva Lustosa; Laís da Silva Barros;

Leia mais

CURRÍCULO PAULISTA. Ensino Religioso

CURRÍCULO PAULISTA. Ensino Religioso CURRÍCULO PAULISTA Versão 1 Encontros Regionais 22 a 30 de outubro Ensino Religioso São Paulo Outubro de 2018 TEXTO INTRODUTÓRIO ENSINO RELIGIOSO O Ensino Religioso vem sendo fundamentado na Constituição

Leia mais

A Magia das Folhas. www. amagiadasfolhas.com.br. Abrindo as portas da magia...

A Magia das Folhas. www. amagiadasfolhas.com.br. Abrindo as portas da magia... Abrindo as portas da magia... Antes e mais importante de tudo: seja muito bem vindx! Escrever é a realização de um grande sonho e ter você comigo nessa jornada é motivo de grande alegria. Por isso, quero

Leia mais

A Guerra do capim: os desafios de fazer história em video

A Guerra do capim: os desafios de fazer história em video A Guerra do capim: os desafios de fazer história em video Jaboticabal, 22 de setembro de 03 Revisões: Maringá, 30 de janeiro de 04 Linha de Pesquisa, Unicamp. Sala 1J-1, 6-05-04 URGS, Porto Alegre, 24-05-04

Leia mais

Educação Moral e Religiosa Católica

Educação Moral e Religiosa Católica Agrupamento de Escolas de Mondim de Basto Ano letivo: 016/17 Educação Moral e Religiosa Católica Planos de Unidade do 1º ano de escolaridade Unidade letiva 1: Ter um coração bom Metas: B. Construir uma

Leia mais

Filme conta história da busca pelas raízes em religião afrobrasileira

Filme conta história da busca pelas raízes em religião afrobrasileira Filme conta história da busca pelas raízes em religião afrobrasileira por Por Dentro da África - terça-feira, dezembro 29, 2015 http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/21960 Natalia da Luz, Por dentro

Leia mais

Aluno(a): N o.: Turma:

Aluno(a): N o.: Turma: INTRODUÇÃO Este estudo de revisão tem como objetivo uma nova oportunidade de aprendizagem. Neste momento, é muito importante a sua disposição para revisar, o que pressupõe esforço, método de estudo e responsabilidade.

Leia mais

OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS

OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA SOCIOLOGIA E ÉTICA OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS ANTONIO LÁZARO SANT ANA MARÇO 2018 Existem outras tipos de conhecimento que

Leia mais

00:09:05,081 --> 00:09:10,571 O Brasil é uma parte do nosso coração.

00:09:05,081 --> 00:09:10,571 O Brasil é uma parte do nosso coração. 0 00:09:05,081 --> 00:09:10,571 O Brasil é uma parte do nosso coração. 1 00:09:11,362 --> 00:09:18,039 Você sabe, uma coisa interessante aconteceu: na Bahia, houve uma reunião com intelectuais de esquerda.

Leia mais

O livro na sociedade, a sociedade no livro: pensando sociologicamente a literatura

O livro na sociedade, a sociedade no livro: pensando sociologicamente a literatura O livro na sociedade, a sociedade no livro: pensando sociologicamente a literatura Laura Garbini Both Mestre em Antropologia Social UFPR Profa. da UNIBRASIL laura.both@unibrasil.com.br No nosso dia-a-dia

Leia mais

A Bíblia é um livro de perguntas. O primeiro diálogo entre Deus e o homem após o pecado, começou com uma pergunta: ONDE ESTÁ VOCÊ?

A Bíblia é um livro de perguntas. O primeiro diálogo entre Deus e o homem após o pecado, começou com uma pergunta: ONDE ESTÁ VOCÊ? A Bíblia é um livro de perguntas. O primeiro diálogo entre Deus e o homem após o pecado, começou com uma pergunta: ONDE ESTÁ VOCÊ? Na Bíblia... Existem 3.298 perguntas; 2.274 no Antigo Testamento, 1.024

Leia mais

Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz

Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz Pluralismo religioso: o diálogo e a alteridade como chaves para a construção de uma cultura de paz Ações de diálogo e reflexão para a superação da intolerância religiosa estão entre os principais pilares

Leia mais

Desde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando seus leitores para a mensagem apresentada no capítulo 14.

Desde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando seus leitores para a mensagem apresentada no capítulo 14. A mensagem central é que não devemos julgar aqueles que não concordam conosco em algumas questões que não fazem parte da essência da mensagem cristã. Desde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando

Leia mais

Os conceitos de raça e racismo

Os conceitos de raça e racismo Raça, desigualdade e política no Brasil contemporâneo Márcia Lima 14/08/2017 Os conceitos de raça e racismo A redenção de Cã. Modesto Brocos, 1895. Roteiro O conceito de raça O conceito de racismo (# discriminação

Leia mais

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais. Prof. Denis França

ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais. Prof. Denis França ÉTICA NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Introdução, Ética e Moral e Orientações Gerais Prof. Denis França Ética nos concursos públicos: Mais comum nas provas de alguns Tribunais, alguns órgãos do Poder Executivo

Leia mais

COM DEUS APRENDI A PERDER PARA GANHAR

COM DEUS APRENDI A PERDER PARA GANHAR COM DEUS APRENDI A PERDER PARA GANHAR Marcos 8:35 Na semana passada aprendemos um pouco mais sobre Salvação, que nada mais é que a própria pessoa de Jesus Cristo agindo em nosso interior, transformando

Leia mais

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO

O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO UNIVERSIDAD AUTONOMA DEL SUR UNASUR MESTRADO EM EDUCAÇÃO O SENTIDO, O CONHECIMENTO E A INTERPRETAÇÃO: PESPECTIVA HERMENÊUTICA NA EDUCAÇÃO Altemária dos Santos Andrade Josinete Vieira Soares de Almeida

Leia mais

DISCIPLINA: LITERATURA POTIGUAR NA SALA DE AULA DANIELLA FERREIRA BEZERRA ( )

DISCIPLINA: LITERATURA POTIGUAR NA SALA DE AULA DANIELLA FERREIRA BEZERRA ( ) DISCIPLINA: LITERATURA POTIGUAR NA SALA DE AULA DANIELLA FERREIRA BEZERRA (20172996090056) PROPOSTA DE LEITURA DO ROMANCE MACAU Motivação: Solicitar aos alunos quefaçam uma pesquisa sobre a cidade natal

Leia mais

Education and Cinema. Valeska Fortes de Oliveira * Fernanda Cielo **

Education and Cinema. Valeska Fortes de Oliveira * Fernanda Cielo ** Educação e Cinema Education and Cinema Valeska Fortes de Oliveira * Fernanda Cielo ** Rosália Duarte é professora do Departamento de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação, da PUC do Rio de

Leia mais

Uma Boa Prenda. Uma boa prenda a ofertar É a doação do amor É estar pronto a ajudar Quem vive com uma dor.

Uma Boa Prenda. Uma boa prenda a ofertar É a doação do amor É estar pronto a ajudar Quem vive com uma dor. Uma Boa Prenda Uma boa prenda a ofertar É a doação do amor É estar pronto a ajudar Quem vive com uma dor. Prenda essa que pode Ser dada por um qualquer Seja rico ou seja pobre Simples homem ou mulher.

Leia mais

Filosofia Geral. Prof. Alexandre Nonato

Filosofia Geral. Prof. Alexandre Nonato Filosofia Geral Prof. Alexandre Nonato Ruptura da Mitologia à Filosofia Mitologia é um conjunto de mitos de determinados povos. Ex.: Deuses, lendas. Explicação para a vida, o sobrenatural, sem a existência

Leia mais

PROFESSOR MESTRE RAFAEL KASPER

PROFESSOR MESTRE RAFAEL KASPER PROFESSOR MESTRE RAFAEL KASPER A filosofia não é uma brincadeira sem consequências. É sobre quem somos e de onde viemos. (GAARDER. Jostein. O mundo de Sofia: romance da história da filosofia. São Paulo:

Leia mais

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ

A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ A BELA HISTORIA DE JESUS DE NAZARÉ AS PARABOLAS: A OVELHA PERDIDA Volume 14 Escola: Nome: Professor (a): Data: / / EU SOU O BOM PASTOR; O BOM PASTOR DÁ A SUA VIDA PELAS OVELHAS. 11 NUMERE AS OVELHINHAS

Leia mais

Cinema e empreendedorismo

Cinema e empreendedorismo Cinema e empreendedorismo Sobre o livro A ideia principal deste livro é oferecer uma seleção básica de filmes e séries de TV essenciais para instigar e estimular o seu espírito empreendedor. Se você está

Leia mais

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu

Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu Na Nigéria, religiosos fazem campanha para combater o preconceito contra Exu por Por Dentro da África - terça-feira, janeiro 12, 2016 http://www.pordentrodaafrica.com/cultura/22084 Natalia da Luz, Por

Leia mais

Ensino Religioso área de conhecimento: uma proposta metodológica

Ensino Religioso área de conhecimento: uma proposta metodológica Ensino Religioso área de conhecimento: uma proposta metodológica O ENSINO RELIGIOSO como área do conhecimento pressupõe: clareza com relação a função social da escola; diálogo com as ciências; definição

Leia mais

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana

POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI /03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana POSSIBILIDADES E DIFICULDADES DA APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 EM SALA DE AULA: temática religiosidade africana Camilla Aparecida Nogueira Santos Graduada do curso de História da FACIP/UFU E-mail: camillasantos_ap@hotmail.com

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Formação Humana e Cristã Ano: 7º Ensino Fundamental Professores: Gabriela e Álisson Atividades para Estudos Autônomos Data: 10 / 5 / 2019 INTRODUÇÃO Aluno(a): Nº: Turma:

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA Proposta de organização de sequência de aulas de Ensino Religioso Autores: Carolina do Rocio Nizer (DEB), Elói

Leia mais

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS (EMRC) (5ºANO) Unidade letiva 1 (Viver Juntos) Mudar faz parte da vida Os grupos a que pertenço Deus estabelece uma relação com a humanidade A aliança condição facilitadora da relação entre as partes A

Leia mais

Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2

Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2 Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2 1 1. O Corpo para os Antigos 1.1. Os mistérios do Orfismo A religião Órfica, também chamada de Orfismo. Uma das concepções mais clássicas do corpo humano,

Leia mais

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari

IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/ Prof. Ricardo Pereira Tassinari IDEALISMO ESPECULATIVO, FELICIDADE E ESPÍRITO LIVRE CURSO DE EXTENSÃO 24/10/2011 - Prof. Ricardo Pereira Tassinari TEXTO BASE 1 PSICOLOGIA: O ESPÍRITO 440 ( ) O Espírito começa, pois, só a partir do seu

Leia mais

PROJETO FILME MADRE TEREZA

PROJETO FILME MADRE TEREZA Madre Teresa de Calcutá. Tesouro da humanidade: mística, sábia e santa. Turmas dos 9ºs anos - Capítulo 8 - Livro didático(2015). PROJETO FILME MADRE TEREZA TEMA : OS FENÔMENOS RELIGIOSOS: O SER HUMANO

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA INTRODUÇÃO À FILOSOFIA

Leia mais

RELIGIÃO, EDUCAÇÃO E A INFLUÊNCIA DA LEI /03

RELIGIÃO, EDUCAÇÃO E A INFLUÊNCIA DA LEI /03 Anais Eletrônicos da Semana de Teologia ISSN 2238-894X XXII Semana de Teologia Simpósio Internacional de Mariologia Maria no Mistério de Cristo e da Igreja Recife, 10 a 12 de maio de 2017 RELIGIÃO, EDUCAÇÃO

Leia mais

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FILOSOFIA) OBJETIVOS: 6º Ano

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FILOSOFIA) OBJETIVOS: 6º Ano DISCIPLINA DE CIÊNCIAS SOCIAIS (FILOSOFIA) OBJETIVOS: 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Introduzir o estudante ao pensamento crítico filosófico por meio de reflexões sobre o seu próprio cotidiano. Apresentar

Leia mais

Sinopse e/ou Argumento

Sinopse e/ou Argumento Sinopse e/ou Argumento Uma vez que o conflito matriz se apresenta na story line, o segundo passo é conseguir personagens para viver uma história, que não é senão o conflito matriz desenvolvido. Sinopse

Leia mais

Filosofia e Ética. Prof : Nicolau Steibel

Filosofia e Ética. Prof : Nicolau Steibel Filosofia e Ética Prof : Nicolau Steibel Objetivo do conhecimento: Conteúdo da Unidade 2.1 Moral, Ética e outras formas de comportamentos humanos Parte I No 1º bimestre o acadêmico foi conduzido à reflexão

Leia mais

MITO E RAZÃO. A passagem do mito à Filosofia

MITO E RAZÃO. A passagem do mito à Filosofia MITO E RAZÃO A passagem do mito à Filosofia O QUE PERGUNTAVAM OS PRIMEIROS FILÓSOFOS? Por que os seres nascem e morrem? Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra árvore,

Leia mais

PLANO DE CURSO OBJETIVO GERAL DA ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO

PLANO DE CURSO OBJETIVO GERAL DA ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO PLANO DE CURSO OBJETIVO GERAL DA ÁREA DE ENSINO RELIGIOSO O direito fundamental à educação inclui receber, na formação integral, a capacitação necessária ao exercício da cidadania. O Ensino religioso tem

Leia mais

Resolução da Questão 1 Texto definitivo

Resolução da Questão 1 Texto definitivo Questão A filosofia não é outra coisa senão o exercício preparatório para a sabedoria. Não se trata de opor nem de separar a filosofia como modo de vida, por um lado, e um discurso filosófico

Leia mais

Na redação, os participantes devem analisar diferentes textos que tratam de temas atuais de ordem política, social ou cultural e, depois, escrever um

Na redação, os participantes devem analisar diferentes textos que tratam de temas atuais de ordem política, social ou cultural e, depois, escrever um Na redação, os participantes devem analisar diferentes textos que tratam de temas atuais de ordem política, social ou cultural e, depois, escrever um novo texto dissertativo-argumentativo apresentar ponto

Leia mais

Práticas Integrativas e Complementares no SUS: relação entre educação popular em saúde e as profissões regulamentadas

Práticas Integrativas e Complementares no SUS: relação entre educação popular em saúde e as profissões regulamentadas Práticas Integrativas e Complementares no SUS: relação entre educação popular em saúde e as profissões regulamentadas José Marmo da Silva Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde Criola Trata-se

Leia mais

A ESCOLA PÚBLICA E AS PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO RELIGIOSO PROMOVENDO A DIVERSIDADE COMO ATITUDE EMANCIPADORA

A ESCOLA PÚBLICA E AS PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO RELIGIOSO PROMOVENDO A DIVERSIDADE COMO ATITUDE EMANCIPADORA A ESCOLA PÚBLICA E AS PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO COMPONENTE CURRICULAR DO ENSINO RELIGIOSO PROMOVENDO A DIVERSIDADE COMO ATITUDE EMANCIPADORA Currículo e Educação Básica Apresentadora: Cristiane Méri

Leia mais

Primeiro dia Jogando eu aprendo a ser feliz

Primeiro dia Jogando eu aprendo a ser feliz Bons dias Primeiro dia Jogando eu aprendo a ser feliz Pensamento do dia O esporte não é somente uma forma de entretenimento, mas também - e eu diria sobretudo - um instrumento para comunicar valores que

Leia mais

A RELAÇÃO MESTRE-ALUNO NA CAPOEIRA ANGOLA CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO, A PARTIR DOS ESTUDOS DO IMAGINÁRIO 1. INTRODUÇÃO

A RELAÇÃO MESTRE-ALUNO NA CAPOEIRA ANGOLA CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO, A PARTIR DOS ESTUDOS DO IMAGINÁRIO 1. INTRODUÇÃO A RELAÇÃO MESTRE-ALUNO NA CAPOEIRA ANGOLA CONTRIBUIÇÕES PARA A EDUCAÇÃO, A PARTIR DOS ESTUDOS DO IMAGINÁRIO ANGELITA HENTGES 1 ; LÚCIA MARIA VAZ PERES 3 1 GEPIEM PPGE - FAE - UFPEL angelitahentges@yahoo.com.br

Leia mais

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1

NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 NOTAS DE AULA CONSTRUÇÃO DO MARCO TEÓRICO CONCEITUAL 1 Profa. Gláucia Russo Um projeto de pesquisa pode se organizar de diversas formas, naquela que estamos trabalhando aqui, a problematização estaria

Leia mais

O grafismo das cestarias dos Guarani M byá

O grafismo das cestarias dos Guarani M byá O grafismo das cestarias dos Guarani M byá José Francisco Sarmento* Este trabalho é um recorte da dissertação de mestrado Etnodesign: um estudo do grafismo das cestarias dos M byá Guarani de Paraty-Mirim

Leia mais

nha Resenha vro de livro

nha Resenha vro de livro Resen de liv ha ro de livro ANTROPOLOGIA DO HOMEM GLO- BAL, WULF, C. 2017. Antropologia do homem global. São Paulo: Annablume. Karina Augusta Limonta Vieira Pesquisadora Associada da Universidade Livre

Leia mais

Era uma vez... A Arte de Contar Histórias

Era uma vez... A Arte de Contar Histórias Era uma vez... A Arte de Contar Histórias robson@professorrobsonsantos.com.br www.professorrobsonsantos.com.br Se a palavra que você vai falar não é mais bela que o silêncio, então, não a diga. Mestre

Leia mais

QUAL O SIGNIFICADO DE RELIGIOSIDADE PARA VOCÊ?

QUAL O SIGNIFICADO DE RELIGIOSIDADE PARA VOCÊ? QUAL O SIGNIFICADO DE RELIGIOSIDADE PARA VOCÊ? COMO A FILOSOFIA ESPÍRITA DEFINE O PROCESSO DE ESPIRITUALIZAÇÃO DO SER HUMANO? QUANDO E COMO ELE COMEÇA? QUAL O REAL CONCEITO DE RELIGIÃO? A religião é caracterizada

Leia mais

A resistência religiosa afro-brasileira

A resistência religiosa afro-brasileira A resistência religiosa afro-brasileira Resenha: SANT ANNA SOBRINHO, José. Terreiros Egúngún: um culto ancestral afro-brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2015. 284 p. José Marcos Brito Rodrigues Universidade

Leia mais

ÁREA DO ENSINO RELIGIOSO. Prof. Dr. Elcio Cecchetti (FONAPER e Unochapecó)

ÁREA DO ENSINO RELIGIOSO. Prof. Dr. Elcio Cecchetti (FONAPER e Unochapecó) ÁREA DO ENSINO RELIGIOSO Prof. Dr. Elcio Cecchetti (FONAPER e Unochapecó) Constituição Federal de 1988 Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a assegurar formação

Leia mais

BRIEFFING TOPICOS EM PROJETO DE INTERIORES

BRIEFFING TOPICOS EM PROJETO DE INTERIORES Olá, eu sei que pode parecer chato, mas essa é uma parte importante do projeto, então seja sincero e responda as perguntas com carinho. Vamos lá! O Básico Seu nome Thalita (Tata) e Maria Eduarda (Duda)

Leia mais

PEDAGOGIA. 1º Semestre. Antropologia e Educação 60h

PEDAGOGIA. 1º Semestre. Antropologia e Educação 60h PEDAGOGIA 1º Semestre Antropologia e Educação 60h Ementa: O estudo da antropologia entendido como estudo da cultura, das relações dos grupos humanos (intra e extragrupos) e da apropriação do espaço pelos

Leia mais

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA

PROGRAMA ANUAL DE CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL II - 7ª SÉRIE PROFESSOR EDUARDO EMMERICK FILOSOFIA FILOSOFIA 1º VOLUME (separata) FILOSOFIA E A PERCEPÇÃO DO MUNDO Unidade 01 Apresentação O Começo do Pensamento - A coruja é o símbolo da filosofia. - A história do pensamento. O que é Filosofia - Etimologia

Leia mais

DA IMPOSIÇÃO DE COMPORTAMENTOS ÀS MULHERES EM DIVERSAS CULTURAS SOB A LUZ DOS DIREITOS HUMANOS

DA IMPOSIÇÃO DE COMPORTAMENTOS ÀS MULHERES EM DIVERSAS CULTURAS SOB A LUZ DOS DIREITOS HUMANOS DA IMPOSIÇÃO DE COMPORTAMENTOS ÀS MULHERES EM DIVERSAS CULTURAS SOB A LUZ DOS DIREITOS HUMANOS Jéssica Pirondi de Lima (PROBIC/ Unicesumar),Valéria Galdino(Orientador), e-mail: jeh.perondi@hotmail.com

Leia mais

A história de Adão e Eva infantil

A história de Adão e Eva infantil A história de Adão e Eva infantil 13 DE JANEIRO DE 2019 Nesta história de Adão e Eva infantil fizemos um resumo de uma das mais conhecidas histórias bíblicas. Podemos aprender muitas coisas sobre essa

Leia mais