Um olhar sobre o diabetes na infância e na juventude: nem todos são Tipo 1
|
|
- Raíssa de Barros Mangueira
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Artigo de Revisão Um olhar sobre o diabetes na infância e na juventude: nem todos são Tipo 1 A look on diabetes in children and youth: not all are type 1 Mauren Isfer ANGHEBEM-OLIVEIRA Escola de Saúde e Biociências. Pontificia Universidade Catótlica do Paraná. Rua Imaculada Conceição, 1155 Bairro Prado Velho, Curitiba, PR. CEP: mauren_isfer@hotmail.com ABSTRACT Diabetes mellitus (DM) is characterized by chronic hyperglycemia, which causes endothelial dysfunction and vascular complications, such as retinopathy, nephropathy and acute myocardial infarction. The progress in understanding the pathophysiology and clinical characteristics of diabetes, its classification has been updated since the correct classification of diabetes impacts on prognosis and treatment of the patient. Currently, diabetes is classified as type 1 diabetes, type 2 diabetes, gestational DM and other specific types that include MODY (Maturity Onset Diabetes of the Young). The aim of this review is to show that not all diabetes diagnosed in childhood and youth is type 1 DM. The correct diagnosis and classification of diabetes are primordial, since the prognosis and treatment may differ depending on the cause which predisposed the child or juvenile to disease. Keywords: diabetes, type 1 diabetes, MODY RESUMO O Diabetes mellitus (DM) é caracterizado por um quadro de hiperglicemia crônica, que com os anos pode causar disfunção endotelial e sérias complicações vasculares, como a retinopatia, nefropatia e o infarto agudo do miocárdio. À medida que a ciência avança na compreensão da fisiopatologia e das características clínico-laboratoriais do diabetes, sua classificação tem sido adaptada, justamente porque a correta classificação do diabetes impacta no prognóstico e tratamento do paciente. Atualmente, o diabetes é classificado em DM tipo 1, DM tipo 2, DM gestacional e Outros Tipos Específicos, que inclui a categoria MODY (do inglês, Maturity Onset Diabetes of the Young) ou diabetes da maturidade com início na juventude. O que esta revisão pretende mostrar é quem nem todo diabetes diagnosticado na infância e na juventude é DM tipo 1. O correto diagnóstico e classificação do DM são fundamentais, uma vez que o prognóstico e o tratamento podem diferir dependendo da causa que predispôs a criança ou adolescente à doença. Palavras Chave: diabetes, diabetes tipo 1, MODY INTRODUÇÃO O Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada por hiperglicemia resultante de defeito na ação e/ou secreção da insulina. Ao longo dos anos a hiperglicemia crônica promove disfunção endotelial, processo envolvido nas complicações micro e macrovasculares do diabetes (1). Há alguns anos, o DM era classificado como Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) ou insulino-dependente e Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) ou insulino-independente. Essa classificação se baseava nos sinais e sintomas mais característicos a cada uma das formas. Entretanto, os termos insulino-dependente e insulino-independente utilizados para caracterizar o DM1 e o DM2 não são mais utilizados, uma vez que indivíduos com DM2 necessitarão da administração de insulina quando o uso de hipoglicemiantes orais não atingir a meta terapêutica (2). O crescente entendimento em relação à fisiopatologia do diabetes nas últimas décadas possibilitou a individualização das síndromes hiperglicêmicas, classificando outros tipos específicos de diabetes, caracterizados por mutações genéticas das células β pancreáticas e ação da insulina, doenças que acometem o pâncreas, infecções, diabetes relacionado ao uso de medicamentos, endocrinopatias e outras condições, conforme listado na Tabela 1 (3). 206
2 Esta classificação determina 4 grupos: 1) DM1, onde há destruição auto-imune das células beta pancreáticas resultando na ausência de insulina; 2) DM2, onde ocorre resistência relativa à insulina; 3) Outros tipos específicos, onde várias condições podem causar hiperglicemia, caracterizando o diabetes; e, 4) Diabetes gestacional, aquele diagnosticado durante o período da gestação, e que ocorre pela elevação dos hormônios contra-reguladores da insulina, pelo desequilíbrio fisiológico imposto pela gravidez e seus fatores genéticos e/ ou ambientais (4). O aumento mundial de novos casos de diabetes sugere uma pandemia emergente (5). No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, em 2010 o número de internações em virtude das complicações do diabetes passou de , com custos superiores a 80 milhões de reais. Esses dados indicam a necessidade de diagnóstico e tratamento precoce de indivíduos com DM, independente da idade, a fim de minimizar as complicações causadas pela hiperglicemia crônica, as quais causam um impacto direto no número de internações e nos gastos do Sistema Único de Saúde (6). DIABETES MELLITUS NA INFÂNCIA E NA JUVENTUDE No momento do diagnóstico, é interessante que seja feita a correta classificação do DM, uma vez que as implicações clínicas, prognóstico e tratamento podem diferir dependendo da causa que predispôs a criança ou adolescente à doença (7). O DM1 é o tipo mais comum em crianças e adolescentes, com uma frequência de aproximadamente 95%, mas não é o único que pode acometer esse grupo de indivíduos. A frequência de DM2 em jovens e adolescentes, anteriormente considerado como o diabetes do idoso, tem representado uma parcela significativa dos novos casos diagnosticados (8). Em alguns países africanos e asiáticos a incidência de DM2 entre jovens é superior à de DM1, assim como entre jovens hispano-americanos (9;10). A similaridade da apresentação desses dois tipos de DM em crianças e adolescentes, reflexo de fatores ambientais como sedentarismo e obesidade, dificulta a sua classificação (11). Não obstante, não é incomum uma criança receber o diagnóstico de DM1 ou DM2, quando, de fato, é portadora de diabetes monogênico. Em crianças e adolescentes cuja apresentação clínica de DM não se enquadra bem no tipo 1 tampouco no tipo 2, devem ser consideradas outras formas de diabetes, como as de causa monogênica (12). A suspeita inicial de diabetes monogênico se baseia nas peculiaridades clínicas de cada subtipo, mas o diagnóstico definitivo depende de estudos genéticos. A definição da forma monogênica de diabetes favorece um prognóstico mais preciso e, consequentemente, um tratamento mais adequado (7). A Tabela 2 sumariza algumas diferenças entre os principais tipos de diabetes na infância e juventude. MODY (do inglês, Maturity Onset Diabetes of the Young) ou diabetes da maturidade com início na juventude é uma forma monogênica de DM, associada a defeitos genéticos na função da célula beta de secretar insulina (13). Pacientes com MODY frequentemente apresentam uma ou mais das seguintes características: 1) histórico familiar ou diabetes de qualquer tipo; 2) não são dependentes de insulina; 3) ausência de positividade para anticorpos anti-ilhotas pancreáticas e, 4) sinais de produção endógena de insulina evidenciados pela detecção de peptídeo-c dosado na presença de hiperglicemia, necessidade de baixas doses de insulina ou ausência de cetoacidose quando a insulina é omitida. Esse quadro não é típico do DM1, o que sugere o caráter monogênico da doença (14). 207
3 Tabela 1: Classificação etiológica da Diabetes Mellitus (4) Tipo de Diabetes Etiologia Frequência Diabetes melittus tipo 1 Destruição das células beta-pancreáticas, gerando deficiência absoluta de insulina. Esta destruição pode ser imunomediada (70%) ou de causa idiopática (30%). 5-10% Diabetes mellitus tipo 2 Defeito na ação e/ou secreção da insulina, com resistência à insulina % Outros tipos específicos A. Defeitos genéticos na função da célula beta Rara 1. MODY 1 defeito no gene HNF-4α, cromossomo MODY 2 defeito no gene da glicoquinase, cromossomo 7 3. MODY 3 defeito no gene HNF-1α, cromossomo MODY 4 defeito no gene IPF-1 (insulin promoter factor-1), cromossomo MODY 5 defeito no gene HNF-1β, cromossomo MODY 6 defeito no gene NeuroD1, cromossomo 2 7. DM mitocondrial defeito no DNA mitocondrial 8. Outros B. Defeitos genéticos na ação da insulina 1. Resistência à insulina do tipo A 2. Leprechaunismo 3. Síndrome de Rabson-Mendenhall 4. Diabetes lipoatrófico 5. Outros C. Doenças do pâncreas exócrino 1. Pancreatite 2. Trauma ou pancreatectomia 3. Neoplasia 4. Fibrose cística 5. Hemocromatose 6. Pancreatopatia fibrocalculosa 7. Outros D. Endocrinopatias 1. Acromegalia 2. Síndrome de Cushing 3. Glucagonoma 4. Feocromocitoma 5. Hipertireoidismo 6. Somatostatinoma 7. Aldosteronoma 8. Outros E. Induzido por drogas ou agentes químicos 1. Algumas toxinas 2. Pentamidina 3. Ácido nicotínico 4. Glicocorticóides 5. Hormônios tireoideanos 6. Diazóxido 7. Agonistas beta-adrenérgicos 8. Tiazídicos 9. Fenitoína 10. Interferon 11. Outros F. Infecções 1. Rubéola congênita 2. Citomegalovírus 3. Outros G. Formas incomuns de diabetes auto-imune 1. Síndrome Stiff-man 2. Anticorpos anti-receptores de insulina 3. Outros H. Outras síndromes genéticas por vezes associadas ao diabetes 1. Síndrome de Down 2. Síndrome Klinefelter 3. Síndrome de Turner 4. Síndrome de Wolfram 5. Ataxia de Friedreich 6. Coreia de Huntington 7. Síndrome de Laurence-Moon-Biedl 8. Distrofia miotônica 9. Porfiria 10. Síndrome de Prader-Willi 11. Outros Diabetes gestacional Intolerância à glicose, de grau variável, com início ou diagnóstico no período da gestação. 7% de todas as gestações * * Podendo variar de 1 a 14%, dependendo da população estudada. MODY: do inglês, Maturity Onset Diabetes of the Young. 208
4 Da mesma forma, em jovens aparentemente portadores de DM2, a ausência de resistência à insulina, caracterizada pela falta de obesidade, valores de triglicérides normais e de HDL-C normais ou aumentados, e a ausência de manifestações cutâneas como acanthosis nigricans podem indicar a presença de MODY (14;15;16). Um grande estudo envolvendo crianças e adolescentes diabéticos comparou as características clínicas daqueles com MODY e com DM2, e mostrou que todos os subtipos de MODY podem apresentar fatores de risco macrovascular, como hipertensão e dislipidemia. No entanto, embora presente nos indivíduos com MODY, esses fatores são mais frequentes nas crianças com DM2 (17). UM DESTAQUE PARA O DIABETES TIPO MODY Em 1960, o pesquisador americano Stefan S. Fajans foi o primeiro a descrever um grupo de crianças não obesas com histórico familiar de DM2, que apresentavam sintomas leves de DM e mostravam bom controle metabólico com o uso do hipoglicemiante sulfoniluréia. Mais tarde utilizava-se pela primeira vez o termo MODY para indivíduos com estas características, destacando-se a herança familiar autossômica dominante nesta forma de diabetes, que o diferenciava do DM1 (18). O diabetes MODY representa de 3-5% dos casos de pacientes diagnosticados com DM2, com diagnóstico de hiperglicemia antes dos 25 anos (19;20). Seis subtipos de MODY foram associados com mutações genéticas bem definidas e caracterizadas, embora já tenham sido reportados outros subtipos. Uma porcentagem significativa de indivíduos com fenótipo clássico de MODY não apresenta mutações em nenhum dos seis genes conhecidos (21). Com exceção do MODY 2, cuja mutação é no gene da glicoquinase e desencadeia uma hiperglicemia leve, as demais formas de MODY apresentam mutações secundárias em fatores de transcrição expressos nas células beta-pancreáticas, com quadros de hiperglicemia severa (22;23;24). A apresentação clínica dos indivíduos com MODY é heterogênea, variando conforme a etiologia genética (Tabela 3). A verdadeira prevalência de MODY é incerta para a maioria das populações (1 a 5%), incluindo a brasileira, pela dificuldade em diferenciar os tipos de DM, principalmente DM2 e MODY (25, 26). Tabela 2. Características do Diabetes Melitus Tipo 1 (DM1), Diabetes Melitus Tipo 2 (DM2) e Diabetes monogênico (7;10). Características Diabetes mellitus tipo 1 (DM1) Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) Diabetes monogênico Predisposição genética Poligênica Poligênica Autossômica dominante Histórico familiar <15 % >50% 100% Idade da apresentação Diagnosticado 50% durante a infância, Diagnosticado >95% em adultos, e de 10 Diagnosticado, normalmente, 50% na idade adulta, 99% em crianças 15% em adolescentes. antes dos 25 anos. diabéticas com <10 anos. Início Agudo Variável: de agudo a insidioso Variável: de agudo a insidioso Autoimunidade Positiva (90 95%) Negativa Negativa Anticorpos anti-ilhotas Sim (100% dos casos) Não, mas não são incomuns resultados falso-positivos. Não, mas pacientes MODY podem desenvolver em. Obesidade Rara Frequente (>90%) Rara Cetose Frequente Rara Rara Acanthosis nigricans* Ausente Presente Ausente Dependência à insulina Completa, na maioria dos casos. Algumas vezes, desenvolve lentamente. Inicialmente ausente, na maioria dos casos. Inicialmente ausente, na maioria dos casos. MODY: Maturity Onset Diabetes of the Young. * Condição dermatológica caracterizada por espessamento, hiperpigmentação e acentuação das linhas da pele, associada a distúrbios metabólicos, como o DM. 209
5 Embora algumas características fenotípicas possam direcionar para subtipos específicos de MODY, o diagnóstico é basicamente molecular. Esse fato torna-se um obstáculo pelo alto custo das análises genéticas e baixa acessibilidade para muitos pacientes. Gloyn e cols. (2012) falharam na busca de ferramentas diagnósticas mais acessíveis, como biomarcadores urinários que pudessem diferenciar os tipos de diabetes em crianças e jovens (27). Já a determinação sérica da proteína-c-reativa ultra-sensível tem se mostrado promissora como biomarcador do MODY 3, pois apresenta valores significativamente reduzidos em portadores da mutação no gene HNF-1α (26), assim como a apolipoproteína M, que parece ser útil na diferenciação entre MODY 3 e DM1, já que suas concentrações são menores nos indivíduos com MODY 3 (28). MODY 1 O MODY 1 é caracterizado pela deficiência na secreção de insulina estimulada pela glicose (29). A mutação heterozigótica no gene do fator de transcrição nuclear do hepatócito - 4α (HNF-4α), localizado no braço longo do cromossomo 20 (20q13), é considerado uma forma rara do MODY (30). O HNF-4α faz parte de um conjunto de fatores que regulam a expressão de diversos genes no fígado e pâncreas. O HNF-4α participa da regulação da produção e secreção de insulina em resposta à glicose. O HNF-4α é regulado por dois promotores: promotor fígado-específico P1 e o promotor P2, o qual regula a transcrição nas células β pancreáticas (31). Indivíduos portadores da mutação no gene HNF-4α desenvolvem o diabetes por volta dos 25 anos, por perda progressiva da função da célula beta, ainda não bem determinada. A detecção de MODY 1 entre indivíduos com DM2 pode se tornar difícil, no entanto, histórico familiar de diabetes antes dos 40 anos e a ausência de marcadores de resistência à insulina ou obesidade em jovens com diagnóstico de DM2 são dados clínicos relevantes para o diagnóstico (32). MODY 2 No subtipo 2 ocorre uma mutação secundária no gene codificador da enzima glicoquinase (GCK), localizada no cromossomo 7p15-1-7p15-3 (31). A GCK catalisa a reação de fosforilação da glicose. A utilização da glicose aumenta a produção de ATP resultando em bloqueio de canais de potássio ATP- -dependentes. O bloqueio desses canais induz uma despolarização da membrana e abertura de canais de cálcio, e o influxo desses íons, causando a mobilização de vesículas secretoras com insulina. Mutações no gene da GCK resultam em fluxo glicolótico na célula beta reduzido, com secreção defeituosa de insulina (33). O MODY 2 é a causa mais frequentes de diabetes monogênico em crianças assintomáticas com hiperglicemia suave persistente ou glicosúria (21, 22). Diferente do fenótipo do MODY 1 e MODY 3, o MODY 2 apresenta uma forma mais branda de diabetes, muitas vezes apenas com quadros de intolerância a glicose. Normalmente é assintomático e é diagnosticado durante o exame clínico-laboratorial em crianças e gestantes (34). O MODY 2 tem melhor prognóstico que os demais, e, na maioria dos casos, o tratamento farmacológico não é necessário já que a insulina ou hipoglicemiantes orais não melhoram o controle glicêmico (35;36). MODY 3 O subtipo 3 é caracterizado por uma mutação no gene do fator nuclear do hepatócito 1α (HNF- 1α) que está localizado no braço longo do cromossomo 12 (12q24) e codifica proteínas nucleares expressas no fígado, rins, células β pancreáticas e em alguns outros tecidos (37) 210
6 Tabela 3. Principais características clínicas e genéticas dos subtipos de MODY (12). Gene afetado Base molecular Frequência Complicações/ Características clínicas Tratamento MODY 1 HNF-4α (20q13) Defeito na transcrição gênica nas células β, causando defeitos na sinalização metabólica da secreção da insulina 5% IGT progressiva; complicações microvasculares; HDL-colesterol baixo Sulfoniluréia MODY 2 Glucoquinase (7p15.1-7p15.3) Defeito na sensibilidade das células β para glicose devido à redução de sua fosforilação; defeito na estocagem hepática de glicose como glicogênio 15% Hiperglicemia leve e estável; complicações microvasculares são raras Dieta e exercícios físicos MODY 3 HNF-1α (12q24) Defeito na transcrição gênica nas células beta, causando defeitos na sinalização metabólica da secreção da insulina 70% IGT progressiva; complicações microvasculares Sulfoniluréia MODY 4 IPF-1 (13q12) Defeito na transcrição da regulação/desenvolvimento das células β < 1% IGT progressiva Sulfoniluréia MODY 5 HNF-1β (17cen-q21) Defeito na transcrição gênica nas células β, causando defeitos na sinalização metabólica da secreção da insulina 2 % IGT progressiva; complicações microvasculares; anormalidades renais e atrofia pancreática; Insulina MODY 6 NeuroD1/ Beta2 (2q32) Defeito na transcrição da regulação/desenvolvimento das células β Rara IGT progressiva Insulina IGT: Intolerância oral à glicose O HNF-1α parece ter papel fundamental na fisiologia das ilhotas pancreáticas, e variações genéticas neste fator de transcrição causam defeito funcional nas células β pancreáticas, resultando em uma perda progressiva da secreção de insulina, com consequente aumento da glicemia e glicosúria. O quadro clínico do diabetes causado pela mutação nos genes HNF-4α (MODY 1) e HNF-1α (MODY 3) é semelhante, e são comuns as complicações microvasculares relacionadas com o controle glicêmico (21, 22). A sulfoniluréia é um medicamento efetivo no controle inicial da hiperglicemia de pacientes com essa mutação, reduzindo a transcrição funcional deste fator no metabolismo da glicose, através da estimulação de insulina pela ativação de ATP e os canais de potássio (22;38). MODY 4 O fator Pdx-1 (pancreatic duodenal homeobox 1), conhecido também como fator promotor de insulina (IPF-1), codifica a transcrição de regulação e desenvolvimento das células β das ilhotas de Langerhans, a maturidade das células beta pancreáticas e o mecanismo de secreção de insulina (8, 39). A variação heterozigótica no IPF-1, localizado no braço longo do cromossomo 13 (13q12.1) leva a resistência a insulina. Em mutações homozigóticas, identificou-se agenesia pancreática. Acredita-se que este subtipo de MODY seja o mais raro e apresente o menor risco de apresentar complicações crônicas, quando comparado com os subtipos 1, 3 e 5 (30, 39). 211
7 MODY 5 O MODY 5 foi descrito pela primeira vez por japoneses que observaram uma expressão reduzida do fator nuclear de transcrição do hepatócito 1 beta (HNF-1β) em rins de indivíduos com diabetes tipo MODY, e associaram com a disfunção renal que estes indivíduos apresentavam (40). Os carreadores da mutação podem apresentar agenesia da cabeça e corpo do pâncreas ou anomalias renais associados ao diabetes (38, 41-43). O gene HNF-1β é importante na regulação e expressão gênica de vários órgãos incluindo pâncreas, fígado, rins e trato genito-urinário. Na mutação associada com o diabetes, geralmente há atrofia e disfunção pancreática exócrina, interferido na secreção de insulina (44). MODY 6 O papel do gene NeuroD1/Beta2 é de promover a diferenciação neuronal e o desenvolvimento morfológico do pâncreas. Variações no fator de transcrição NeuroD1/Beta2 levam ao defeito na secreção de insulina pelas células beta pancreáticas, por mecanismos ainda não bem descritos (38, 45). De baixa prevalência, as variações podem causar sinais e sintomas moderados a severos (30). Outros subtipos de MODY Uma parcela considerável dos diabéticos fenotipicamente compatíveis com MODY não possui mutação em um dos genes MODY conhecidos (21), o que estimula o estudo de outras variações gênicas que determinem outras formas de MODY. Esses genes MODY desconhecidos têm sido denominados por alguns autores de MODY X, e podem representar de 15 a 45% dos casos de MODY, podendo chegar a 80% dependendo da população estudada (46, 47). O KLF11 (do inglês, Kruppel-like fator) regula o crescimento das células exócrinas do pâncreas e atua como um supressor tumoral em tumores pancreáticos malignos; além de participar da sinalização da glicose nas células beta. Variações no gene KFL11 foram associadas com diabetes monogênico, caracterizando o MODY 7 (48). O MODY 8 foi designado quando um estudo encontrou uma deleção no gene da carboxil-ester lipase (CEL) de indivíduos com critérios diagnósticos positivos para MODY, mas que não se enquadravam nos subtipos de MODY conhecidos. Estes indivíduos apresentavam dor abdominal e deficiência de elastase fecal, indicando o comprometimento do pâncreas. O gene CEL controla funções pancreáticas endócrinas e exócrinas (35). O fator de transcrição PAX4 é fundamental para o desenvolvimento das células beta pancreáticas. Um estudo associou uma mutação no gene PAX4 com diabetes tipo MODY em pacientes com características clínicas compatíveis com MODY, mas que não possuíam as mutações conhecidas dos outros subtipos. Estava então proposto o MODY 9 (49, 50). E mais recentemente foi relatada uma mutação no gene ABCC8 que pode causar um tipo raro de MODY (51). CONCLUSÃO Por muito tempo, pacientes com diabetes eram classificados como tipo 1 ou 2 com base em critérios muito simplistas, geralmente com base na idade do paciente. O entendimento sobre o diabetes tem evoluído ao longo das décadas de estudo, entretanto ainda existem lacunas em relação à sua fisiopatologia, provavelmente por seu caráter multifatorial e heterogeneidade genética. Fica evidente que o correto diagnóstico e classificação do diabetes, frente às diferentes formas de apresentação e etiologia, não são tão simples e devem se basear na somatória de evidências clínicas e moleculares. O diabetes tipo MODY é uma forma monogênica de DM2 com transmissão autossômica dominante, apresentando defeitos na secreção de insulina. As características clínicas do MODY incluem idade inferior a 45 anos no momento do diagnóstico, ausência de auto- -imunidade contra as células beta pancreáticas, presença de síndrome metabólica, forte histórico familiar e produção endógena de insulina. A identificação dos genes responsáveis pela hiperglicemia auxilia no diagnóstico do MODY em indivíduos que estão sendo considerados portadores de DM2. O conhecimento destes genes pode auxiliar na classificação de crianças e jovens adultos de risco e os que poderão desenvolver a doença, podendo diminuir os riscos de hiperglicemia crônica e das co- -morbidades ocasionadas pela doença. E, por fim, a despeito do custo das análises moleculares e dificuldade de acesso por parte de algumas populações, os avanços no diagnóstico molecular do DM podem possibilitar tratamentos mais efetivos pela aplicação da farmacogenética, além de permitir um prognóstico familiar mais adequado. 212
8 REFERÊNCIAS 1. Yamagishi S, Maeda S, Matsui T, Ueda S, Fukami K, Okuda S. Role of advanced glycation end products (AGEs) and oxidative stress in vascular complications in diabetes. Biochem Biophys Acta. 2012;1820(5): Tsang MW. The management of type 2 diabetic patients with hypoglycaemic agents. ISRN Endocrinol. 2012;2012: Gross JL, Silveiro SP, Camargo JL, Reichelt AJ, Azevedo MJ. Diabetes Melito: Diagnóstico, Classificação e Avaliação do Controle Glicêmico. Arq Bras Endocrinol Metab 2002;46(1): ADA. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care. 2013;36 Suppl 1:S van Dieren S, Beulens JW, van der Schouw YT, Grobbee DE, Neal B. The global burden of diabetes and its complications: an emerging pandemic. European journal of cardiovascular prevention and rehabilitation Official J Eur Soc Cardiol, Working Groups on Epidemiology & Prevention and Cardiac Rehabilitation and Exercise Physiology. 2010;17 Suppl 1:S BRASIL. Portal da Saúde - Diabetes. Ministério da Saúde; 2013 [cited set 2012]; Available from: portalsaude/arquivos/pdf/2012/mai/09/vigitel_2011_ diabetes_final.pdf. 7. Rubio Cabezas O, Argente J. Diabetes mellitus: clinical presentation and differential diagnosis of hyperglycemia in childhood and adolescence. An Pediatr (Barc). 2012;77(5):344 e1- e Della Manna T. Not every diabetic child has type 1 diabetes mellitus. J Pediatria. 2007;83(5 Suppl):S Lawrence JM, Mayer-Davis EJ, Reynolds K, Beyer J, Pettitt DJ, D Agostino RB, Jr., et al. Diabetes in Hispanic American youth: prevalence, incidence, demographics, and clinical characteristics: the SEARCH for Diabetes in Youth Study. Diabetes Care. 2009;32 Suppl 2:S Rewers M. Challenges in diagnosing type 1 diabetes in different populations. Diabetes & Metabol J. 2012;36(2): Keller N, Bhatia S, Braden JN, Gildengorin G, Johnson J, Yedlin R, et al. Distinguishing type 2 diabetes from type 1 diabetes in African American and Hispanic American pediatric patients. Plos One. 2012;7(3):e Ramesh SC, Marshall I. Clinical suspicion of Maturity Onset of Diabetes of the Young in pediatric patients diagnosed with diabetes mellitus. Ind J Pediatrics. 2012;79(7): Fajans SS, Bell GI, Polonsky KS. Molecular mechanisms and clinical pathophysiology of maturity-onset diabetes of the young. New Engl J Med. 2001;345(13): Gardner DS, Tai ES. Clinical features and treatment of maturity onset diabetes of the young (MODY). Diabetes, metabolic syndrome and obesity : targets and therapy. 2012;5: Timshina DK, Thappa DM, Agrawal A. A clinical study of dermatoses in diabetes to establish its markers. Indian journal of dermatology. 2012;57(1): Barbato MT, Criado PR, Silva AK, Averbeck E, Guerine MB, Sa NB. Association of acanthosis nigricans and skin tags with insulin resistance. Anais Bras Dermatol. 2012;87(1): Schober E, Rami B, Grabert M, Thon A, Kapellen T, Reinehr T, et al. Phenotypical aspects of maturity-onset diabetes of the young (MODY diabetes) in comparison with Type 2 diabetes mellitus (T2DM) in children and adolescents: experience from a large multicentre database. Diabetic medicine : a journal of the British Diabetic Association. 2009;26(5): Fajans SS, Conn JW. Tolbutamide-induced improvement in carbohydrate tolerance of young people with mild diabetes mellitus. Diabetes. 1960;9: Velho G, Froguel P. Genetic, metabolic and clinical characteristics of maturity onset diabetes of the young. Eur J Endocrinol/ Eur Fed Endocrine Soc. 1998;138(3): Klupa T, Warram JH, Antonellis A, Pezzolesi M, Nam M, Malecki MT, et al. Determinants of the development of diabetes (maturity-onset diabetes of the young-3) in carriers of HNF-1alpha mutations: evidence for parent-of-origin effect. Diabetes Care. 2002;25(12): Naylor R, Philipson LH. Who should have genetic testing for maturity-onset diabetes of the young? Clinical Endocrinol. 2011;75(4): Oliveira CSV, Furuzawa GK, Reis AF. Diabetes mellitus tipo MODY. Arq Bras Endocrinol Metab. 2002;42(2): Barrio R, Bellanne-Chantelot C, Moreno JC, Morel V, Calle H, Alonso M, et al. Nine novel mutations in maturity-onset diabetes of the young (MODY) candidate genes in 22 Spanish families. The Journal of clinical endocrinology and metabolism. 2002;87(6): Ellard S, Bellanne-Chantelot C, Hattersley AT. Best practice guidelines for the molecular genetic diagnosis of maturity-onset diabetes of the young. Diabetologia. 2008;51(4): Kavvoura FK, Owen KR. Maturity onset diabetes of the young: clinical characteristics, diagnosis and management. Pediatric endocrinology reviews : PER. 2012;10(2): Owen KR. Monogenic diabetes: old and new approaches to diagnosis. Clin Med. 2013;13(3): Gloyn AL, Faber JH, Malmodin D, Thanabalasingham G, Lam F, Ueland PM, et al. Metabolic profiling in Maturity-onset diabetes of the young (MODY) and young onset type 2 diabetes fails to detect robust urinary biomarkers. Plos One. 2012;7(7):e Mughal SA, Park R, Nowak N, Gloyn AL, Karpe F, Matile H, et al. Apolipoprotein M can discriminate HNF1A-MODY from Type 1 diabetes. Diabetic medicine : a journal of the British Diabetic Association. 2013;30(2): Stanger BZ. HNF4A and diabetes: injury before insult? Diabetes. 2008;57(6): Sánchez-Reyes L, Fanghänel G, Márquez-Cid ME, Rocha RS, Labastida-Sánchez C, Solís-Pérez A, et al. Actualización em los diferentes subtipos diabetes tipo MODY. Rev Endocrinología y Nutrición. 2001;9(1): Holmkvist J, Almgren P, Lyssenko V, Lindgren CM, Eriksson KF, Isomaa B, et al. Common variants in maturity-onset diabetes of the young genes and future risk of type 2 diabetes. Diabetes. 2008;57(6):
9 Nota Técnica 32. Pearson ER, Pruhova S, Tack CJ, Johansen A, Castleden HA, Lumb PJ, et al. Molecular genetics and phenotypic characteristics of MODY caused by hepatocyte nuclear factor 4alpha mutations in a large European collection. Diabetologia. 2005;48(5): Martin D, Bellanne-Chantelot C, Deschamps I, Froguel P, Robert JJ, Velho G. Long-term follow-up of oral glucose tolerance testderived glucose tolerance and insulin secretion and insulin sensitivity indexes in subjects with glucokinase mutations (MODY2). Diabetes Care. 2008;31(7): Mohan V. Type 2 diabetes can also be multigenerational like MODY. Int J Diabetes Dev Ctries. 2011;31(3): Nyunt O, Wu JY, McGown IN, Harris M, Huynh T, Leong GM, et al. Investigating maturity onset diabetes of the young. The Clinical biochemist Reviews / Australian Association of Clinical Biochemists. 2009;30(2): Noorian S, Sayarifard F, Farhadi E, Barbetti F, Rezaei N. GCK Mutation in a Child with Maturity Onset Diabetes of the Young, Type 2. Iranian journal of pediatrics. 2013;23(2): Velho G, Vaxillaire M, Boccio V, Charpentier G, Froguel P. Diabetes complications in NIDDM kindreds linked to the MODY3 locus on chromosome 12q. Diabetes Care. 1996;19(9): Murphy R, Ellard S, Hattersley AT. Clinical implications of a molecular genetic classification of monogenic beta-cell diabetes. Nature clinical practice Endocrinology & metabolism. 2008;4(4): Sachdeva MM, Claiborn KC, Khoo C, Yang J, Groff DN, Mirmira RG, et al. Pdx1 (MODY4) regulates pancreatic beta cell susceptibility to ER stress. Proc Natl Acad Sci U S A. 2009;106(45): Horikawa Y, Iwasaki N, Hara M, Furuta H, Hinokio Y, Cockburn BN, et al. Mutation in hepatocyte nuclear factor-1 beta gene (TCF2) associated with MODY. Nature genetics. 1997;17(4): Bellanne-Chantelot C, Chauveau D, Gautier JF, Dubois-Laforgue D, Clauin S, Beaufils S, et al. Clinical spectrum associated with hepatocyte nuclear factor-1beta mutations. Annals of internal medicine. 2004;140(7): Ulinski T, Lescure S, Beaufils S, Guigonis V, Decramer S, Morin D, et al. Renal phenotypes related to hepatocyte nuclear factor- 1beta (TCF2) mutations in a pediatric cohort. J Am Soc Nephrol. 2006;17(2): Haldorsen IS, Vesterhus M, Raeder H, Jensen DK, Sovik O, Molven A, et al. Lack of pancreatic body and tail in HNF1B mutation carriers. Diabetic medicine : a journal of the British Diabetic Association. 2008;25(7): Edghill EL, Oram RA, Owens M, Stals KL, Harries LW, Hattersley AT, et al. Hepatocyte nuclear factor-1beta gene deletions--a common cause of renal disease. Nephrology, dialysis, transplantation : official publication of the European Dialysis and Transplant Association - European Renal Association. 2008;23(2): Chu K, Tsai MJ. Neuronatin, a downstream target of BETA2/ NeuroD1 in the pancreas, is involved in glucose-mediated insulin secretion. Diabetes. 2005;54(4): Pruhova S, Ek J, Lebl J, Sumnik Z, Saudek F, Andel M, et al. Genetic epidemiology of MODY in the Czech republic: new mutations in the MODY genes HNF-4alpha, GCK and HNF-1alpha. Diabetologia. 2003;46(2): Xu JY, Dan QH, Chan V, Wat NM, Tam S, Tiu SC, et al. Genetic and clinical characteristics of maturity-onset diabetes of the young in Chinese patients. European journal of human genetics : EJHG. 2005;13(4): Neve B, Fernandez-Zapico ME, Ashkenazi-Katalan V, Dina C, Hamid YH, Joly E, et al. Role of transcription factor KLF11 and its diabetes-associated gene variants in pancreatic beta cell function. Proc Natl Acad Sci U S A. 2005;102(13): Plengvidhya N, Kooptiwut S, Songtawee N, Doi A, Furuta H, Nishi M, et al. PAX4 mutations in Thais with maturity onset diabetes of the young. The Journal of clinical endocrinology and metabolism. 2007;92(7): Jo W, Endo M, Ishizu K, Nakamura A, Tajima T. A novel PAX4 mutation in a Japanese patient with maturity-onset diabetes of the young. Tohoku J Exp Med. 2011;223(2): Hartemann-Heurtier A, Simon A, Bellanne-Chantelot C, Reynaud R, Cave H, Polak M, et al. Mutations in the ABCC8 gene can cause autoantibody-negative insulin-dependent diabetes. Diabetes & metabolism. 2009;35(3):
DOENÇAS SISTÊMICAS DE CARÁTER FAMILIAR RENATO DEMARCHI FORESTO
DOENÇAS SISTÊMICAS DE CARÁTER FAMILIAR RENATO DEMARCHI FORESTO NEFROLOGISTA PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA PRECEPTOR DOS RESIDENTES DE NEFROLOGIA EPM/HRIM 2018 GWAS Genome-wide Association Studies
MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015
MODY: QUANDO SUSPEITAR? COMO INVESTIGAR? YARA MEDEIROS CONGRESSO CATARINENSE DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2015 MODY: QUANDO SUSPEITAR? QUANDO INVESTIGAR? IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO: TRATAMENTO: escolha
ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Diabetes Mellitus Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos
ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS Diabetes Mellitus Parte 1 Profª. Tatiane da Silva Campos - Estima-se a população mundial com diabetes (DM): 382 milhões de pessoas; deverá atingir 471 milhões
Diabetes Mellitus Tipo 1 Cetoacidose diabética
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ LIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ LIPED - UNIOESTE RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA Diabetes Mellitus Tipo 1 Cetoacidose
ASPECTOS CLÍNICOS E MOLECULARES DO MATURITY-ONSET DIABETES OF THE YOUNG (MODY)
ASPECTOS Artigo CLÍNICOS de E MOLECULARES Revisão DO MODY ASPECTOS CLÍNICOS E MOLECULARES DO MATURITY-ONSET DIABETES OF THE YOUNG (MODY) CLINICAL AND MOLECULAR ASPECTS OF MATURITY-ONSET DIABETES OF THE
FISIOTERAPIA PREVENTIVA
FISIOTERAPIA PREVENTIVA DIABETES MELLITUS APOSTILA 5 DEFINIÇÃO É um distúrbio crônico, caracterizado pelo comprometimento do metabolismo da glicose e de outras substâncias produtoras de energia, bem como
Diabetes: Visão Geral
Diabetes: Visão Geral 1 O diabetes melito é um problema de saúde mundial de proporções epidêmicas, e sua incidência cresce progressivamente. Apenas nos Estados Unidos, por volta de 21 milhões de adultos
Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino. Tem uma função exócrina (segregando suco pancreático que contém enzimas digestivas) e
Projecto Tutorial - Diabetes Trabalho realizado por: Carlos Bernardo 2 º Ano Bioquímica No âmbito da Cadeira de M.E.T. III Ano Lectivo: 2007/2008 Pâncreas O Pâncreas é um órgão do sistema digestivo e endócrino.
Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica
Fisiologia do Sistema Endócrino Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim Profa. Adjunto do Depto. De Fisiologia-CCBS-UFS Material disponível em: http://www.fisiologiaufs.xpg.com.br 2006
Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos
Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos 1 Pâncreas - Função exócrina: Secreção de enzimas líticas - Função endócrina (ilhotas): secreção de insulina e glucagon
DIABETES MELLITUS. Jejum mínimo. de 8h. Tolerância à glicose diminuída 100 a a 199 -
DIABETES MELLITUS 3.3 - Diagnóstico Glicemias (mg/dl) Categorias Jejum mínimo de 8h 2hs após 75g de glicose Casual Normal 70 a 99 até 139 - Tolerância à glicose diminuída 100 a 125 140 a 199 - Diabetes
Diabetes Mellitus: Etiopatogenia. Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas
Diabetes Mellitus: Etiopatogenia Profa. Dra. Maria Cristina Foss-Freitas Etiopatogenia do DM1 Diminuição da secreção insulínica (
TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS
TALITA GANDOLFI PREVALÊNCIA DE DOENÇA RENAL CRÔNICA EM PACIENTES IDOSOS DIABÉTICOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR DE PORTO ALEGRE-RS Dissertação apresentada no Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica,
Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos
Endocrinologia do Pâncreas! O pâncreas como um órgão endócrino Importante papel na absorção, distribuição e armazenamento de vários substratos energéticos Hormônios do pâncreas Insulina Glucagon Somatostatina
Introdução Descrição da condição
Introdução Descrição da condição Diabetes mellitus: desordem metabólica resultante de defeito na secreção e\ou ação do hormônio insulina. Consequência primária: hiperglicemia. Crônica: diagnóstico de diabetes.
DIABETES- DOENÇAS QUE PODE LEVAR A MORTE: CAUSA E TRATAMENTO
DIABETES- DOENÇAS QUE PODE LEVAR A MORTE: CAUSA E TRATAMENTO Erica Aparecida Sebastião¹ Francis widman H. Repito Obara²- Renato Nogueira Pérez Ávila³. Resumo Nesse artigo será abordado o assunto relacionado
TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR
TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE
Tese de Mestrado Integrado em Medicina Carla Falcão
Maturity Onset Diabetes of the Young Tese de Mestrado Integrado em Medicina Carla Falcão Maturity-onset diabetes of the young Dissertação - Artigo de Revisão Autora: Carla Marina Cepeda Falcão 1 Tutor:
Sobre a Esclerose Tuberosa e o Tumor Cerebral SEGA
Sobre a Esclerose Tuberosa e o Tumor Cerebral SEGA A Esclerose Tuberosa, também conhecida como Complexo da Esclerose Tuberosa, é uma desordem genética que atinge entre 1 e 2 milhões de pessoas no mundo
Fisiologia do Sistema Endócrino
Fisiologia do Sistema Endócrino Hormônios hipofisários anteriores Hormônios hipotalâmicos: Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) Hormônio liberador de tireotrofina (TRH) Hormônio liberador de corticotrofina
Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica
Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica Daiani de Bem Borges Farmacêutica (NASF/PMF) Preceptora da Residência Multiprofissional em Saúde/UFSC/PMF Doutoranda - Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva/UFSC
TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO
16 TÍTULO: EFEITO DA TERAPIA PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICA SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO2 E PERIODONTITE CRÔNICA: ENSAIO CLÍNICO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Insulino-resistência e obesidade
62 Manual sobre Insulino-resistência Insulino-resistência e obesidade A associação de obesidade visceral com resistência à insulina, hipertrigliceridemia, aumento da apolipoproteína B, aumento das LDL
ACARBOSE. Hipoglicemiante
ACARBOSE Hipoglicemiante INTRODUÇÃO Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) a síndrome metabólica corresponde a um conjunto de doenças cuja base é a resistência insulínica.
Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular
Disciplina: Exercícios Físicos para Grupos Especiais Aula 1 - Fatores de risco Cardiovascular Prof. Dra. Bruna Oneda Principais causas de morte nos EUA Fatores de risco cardiovascular NÃO MODIFICÁVEIS
Maturity-Onset Diabetes of the Young: Um Tipo de Diabetes Ainda Subdiagnosticado na Prática Clínica
ARTIGO DE REVISÃO R E V I E W A R T I C L E Maturity-Onset Diabetes of the Young: Um Tipo de Diabetes Ainda Subdiagnosticado na Prática Clínica Maturity-Onset Diabetes of the Young: A Type of Diabetes
II Encontro ASBAI-BRAGID Alterações metabólicas na ataxia telangiectasia
II Encontro ASBAI-BRAGID Alterações metabólicas na ataxia telangiectasia Roseli Oselka Saccardo Sarni Fenótipo estendido da A-T: - Retardo do crescimento - Envelhecimento precoce - Manifestações de disfunção
GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON
GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON 1) O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, possui função endócrina e exócrina. Na porção endócrina, o pâncreas produz dois hormônios: a insulina e o Esses hormônios
Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I
Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição O diabetes surge de um distúrbio na produção ou na utilização da insulina por isso é considerado um distúrbio endócrino provocado pela falta de produção ou de ação
DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA
DIFERENÇAS DO DIABETES MELLITUS TIPO I E TIPO II: BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DA ATIVIDADE FÍSICA CESAR GUILHERME VIANA COELHO 1 ANA VALQUIRIA DA FONTOURA CORNEL 2 CARLOS SANTINI MOREIRA 3 CATI RECKELBERG AZAMBUJA
DIABETES MELLITUS TIPO 2: a causa e o tratamento. RESUMO
DIABETES MELLITUS TIPO 2: a causa e o tratamento. Ângela Da Conceição Borges¹ Daniela De Stefani Marquez² Milena Carla Queiroz da Silva³ Mariana Veloso Moreira 4 Valdirene Da Silva Elias Esper 5 RESUMO
PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram
PANCREAS O pâncreas, uma importante glândula do corpo humano, é responsável pela produção de hormônios e enzimas digestivas. Por apresentar essa dupla função, essa estrutura pode ser considerada um órgão
ANTIDIABÉTICOS. Para o tratamento do Diabetes existem disponíveis apresentações de insulina, bem como fármacos antidiabéticos orais.
ANTIDIABÉTICOS O Diabetes mellitus (DM) é conceituado como doença crônica degenerativa caracterizada por anormalidades no metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras devido à deficiência na secreção
PERFIL PANCREÁTICO. Pâncreas. Função Pancreática. Função Pancreática. Pancreatite aguda. Função Pancreática 22/08/2013
Pâncreas PERFIL PANCREÁTICO Prof. Bruno Alberto Fabris 2013 - Pâncreas importante órgão gastrointestinal (GI) acessório. - Pâncreas exócrino: produz e secreta amilase, lipase e tripsina; - Pâncreas endócrino
Detecção Genética de. Dislipidemias. / Aterosclerose Precoce. Partnership:
Detecção Genética de Dislipidemias / Aterosclerose Precoce Partnership: portfolio 2016 Painéis Painéis Gerais NGS Geral de Dislipidemias e Aterosclerose Precoce Painéis Específicos NGS. completo Hipertrigliceridemias
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE
Hospital do Servidor Público Municipal DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE ERIKA BORGES FORTES São Paulo 2011 ERIKA BORGES FORTES DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HEPATITE AUTO- IMUNE Trabalho
TECIDO ADIPOSO. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia
TECIDO ADIPOSO Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia ORIGEM ORIGEM ATUAL expressão do gene UPC1 Só as células que expressam o receptor gama peroxissômico ativado para proliferação (PPAγ) irão se
XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç
XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril 2014 é í é A Diabetes em Portugal Prevalência elevada - 39,2% (20-79 anos) Diabetes ou Pré-Diabetes Aumento de 80% na incidência na última década Uma das principais
Insuficiência Renal Crônica
Eduardo Gomes Lima Médico Assistente da Unidade de Aterosclerose do InCor-HCFMUSP Pesquisador do grupo MASS (Medicine, Angioplasty, or Surgery Study) Diarista da UTI do 9º Andar do H9J São Paulo 2011 Insuficiência
O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública
O Custo do Mau Controle do Diabetes para a Saúde Pública DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador dos Grupos de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de
NUTRIÇÃO PARA PORTADORES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 RESUMO
NUTRIÇÃO PARA PORTADORES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 Rachel Cristina Souza Soares¹ Mariana Veloso Moreira ² Fernanda Ferreira Franco³ RESUMO O trabalho apresentado foi realizado por meio de um levantamento
DIABETES MELLITUS: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB
DIABETES MELLITUS: PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA UNIDADE SAÚDE DA FAMÍLIA DO MUNICÍPIO DE ALAGOA GRANDE-PB Esmeraldina Ana Sousa e Silva-Faculdade de Enfermagem Nova Esperança Rosângela
Pâncreas Endócrino Controle da glicemia
Pâncreas Endócrino Controle da glicemia Curso de Odontologia da UEM Prof. Kellen Brunaldi Silverthorn (Cap. 22) Guyton (Cap. 78) O SNC é responsável por cerca de 50% da glicose diariamente consumida para
19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:
Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail: andrea@salesiano-ata.br 1 A Obesidade Definida como doença crônica caracterizada pelo excesso de peso corporal Decorre na maior parte dos casos de um desequilíbrio
GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON
GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON 1) O pâncreas é uma glândula mista, ou seja, possui função endócrina e exócrina. Na porção endócrina, o pâncreas produz dois hormônios: a insulina e o Esses hormônios
PROJETO DIRETRIZES RISCO AUMENTADO PARA CA DE ENDOMÉTRIO ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DA GLICOSE RISCO DESENVOLVIMENTO PRECOCE DE DIABETES
PROJETO DIRETRIZES OBESIDADE INFERTILIDADE RISCO AUMENTADO PARA CA DE ENDOMÉTRIO ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DA GLICOSE RISCO DESENVOLVIMENTO PRECOCE DE DIABETES RISCO AUMENTADO DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Etiofisiopatologia do Diabetes Mellitus Tipo MODY: revisão integrativa da literatura
I UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Monografia Etiofisiopatologia do Diabetes Mellitus Tipo MODY: revisão integrativa da literatura José Fagner
ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 27. Profª. Lívia Bahia
ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA Parte 27 Profª. Lívia Bahia Estratégias para o cuidado ao paciente com doença crônica na atenção básica Diabetes O termo diabetes mellitus (DM) refere-se a
O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA
O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA ENTENDENDO a doença metabólica A doença metabólica, também chamada de síndrome metabólica ou ainda de plurimetabólica, em geral faz parte de um conjunto de
DIABETES MELLITUS NA INFÂNCIA
DIABETES MELLITUS NA INFÂNCIA Síndrome de etiologia múltipla; Decorrência da falta de insulina e/ou incapacidade em exercer adequadamente suas ações; Alterações no metabolismo dos CHOs, PTN, LIP CLASSIFICAÇÃO:
GLINIDAS E INIBIDORES DA ALFA GLICOSIDASE
1/23 GLINIDAS E INIBIDORES DA ALFA GLICOSIDASE Camila Corrêa Costa 2/23 GLINIDAS São representadas por: Repaglinida Posprand; Prandin Nateglinida Starlix Pouco utilizadas por serem drogas de alto custo
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica INDICAÇÃO DE BIÓPSIA HEPÁTICA (Na era dos exames não invasivos) Helma Pinchemel Cotrim Prof. Associada- Doutora- Faculdade Medicina Universidade Federal da Bahia
Controvérsias e Avanços Tecnológicos sobre Hemoglobina Glicada (A1C)
Controvérsias e Avanços Tecnológicos sobre Hemoglobina Glicada (A1C) DR. AUGUSTO PIMAZONI NETTO Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim Universidade Federal de São Paulo
A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS
A ética retratada através da metodologia do psicocine 37 A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DA HEMOGLOBINA GLICADA NO CONTROLE DO DIABETES MELLITUS E NA AVALIAÇÃO DE RISCO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS FUTURAS
Profa Dra Rachel Breg
Profa Dra Rachel Breg DOENÇA RENAL CRÔNICA HIPERTENSÃO ARTERIAL 35% DIABETES MELLITUS 32% Prevenção Primária Programa de atividades direcionadas à melhorar o bem- estar geral da população, evitando o surgimento
Genes e Epilepsia: Epilepsia e Alterações Genéticas
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto Genes e Epilepsia: Epilepsia e Alterações Genéticas Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo Rodrigo Nunes Cal Introdução Epilepsia
AVALIAÇÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
UNITERMOS AVALIAÇÃO DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DIABETES MELLITUS TIPO 2; PEDIATRIA. Sandra da Fonte Lopes da Silva Vinicius Vernier Nunes Margareth Rodrigues Salerno KEYWORDS
EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR SOBRE O CONTROLE DA GLICEMIA EM ADOLESCENTE INSULINODEPENDENTE
EFEITO DO EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR SOBRE O CONTROLE DA GLICEMIA EM ADOLESCENTE INSULINODEPENDENTE Diego de Faria Sato 1, Huallady Amantino Bitencourt de Proença 2, Jaqueline Moreira 3, Joaquim Martins
NOVOS TRATAMENTOS NA DIABETES TIPO 2: PRÓS E CONTRAS CARTAS Agonistas GLP-1. Gustavo Rocha
Dr. Gustavo Rocha INSCRIÇÃO PROG. CIENTIF. ALOJAMENTO PAGAMENTOS 13 de Janeiro de 2017 PARTICIPAÇÃO NO CONGRESSO NOVOS TRATAMENTOS NA DIABETES TIPO 2: PRÓS E CONTRAS CARTAS Agonistas GLP-1 Gustavo Rocha
CUIDADOS FARMACÊUTICOS EM DIABETES. Roberto B. Bazotte Universidade Estadual de Maringá
CUIDADOS FARMACÊUTICOS EM DIABETES Roberto B. Bazotte Universidade Estadual de Maringá Conceito e Classificação do Diabetes Conceito: Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica acarretada por uma deficiência
BIOLOGIA. Identidade dos Seres Vivos. Sistema Endócrino Humano Parte 2. Prof.ª Daniele Duó
BIOLOGIA Identidade dos Seres Vivos Parte 2 https://www.qconcursos.com Prof.ª Daniele Duó Principais órgãos que constituem o sistema endócrino são: o o o o o o o Hipófise; Hipotálamo; Tireóide; Paratireóide;
Sistema Endócrino. Prof. Mateus Grangeiro
Sistema Endócrino Prof. Mateus Grangeiro HORMÔNIOS Moléculas mediadoras, liberadas pelas glândulas endócrinas, capazes de conduzir determinada informação entre uma ou mais células. Natureza química variada
Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza
Nefropatia Diabética Caso clínico com estudo dirigido Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza Neste texto está descrita a apresentação clínica e a evolução ao longo de 3 décadas de caso clínico de
Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI
Sumário ANEXO I COMUNICADO HERMES PARDINI Conteúdo NEUROFIBROMATOSE TIPO 1, ESTUDO POR MLPA NOVO EXAME... 2 PORFIRIA AGUDA INTERMITENTE, ESTUDO MOLECULAR INTERNALIZAÇÃO DE EXAME... 4 SÍNDROME DE ANGELMAN
ATIVAÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA
ATIVAÇÃO ENDOTELIAL EM PACIENTES PEDIÁTRICOS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA CRISTINA DE MELLO GOMIDE LOURES Silva RMM 1, Sousa LPN 1, Loures CMG 1, Silva ACS 2, Carvalho MG 1, Dusse LMS 1 1 Faculdade de Farmácia
PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.
PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ. JOSÉ MÁRIO FERNANDES MATTOS¹ -UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO- UNIVASF, e-mail: zemabio@gmail.com RESUMO
Condição patológica em que o excesso de gordura corpórea altera o estado de saúde do indivíduo. IMC Circunferência abdominal DCNT: obesidade
1 2 3 4 DCNT e alimentação Renato Heidor rheidor@usp.br A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Carboidratos: 4Kcal/g. Estoques na forma de glicogênio hepático
98% intracelular extracelular
DISTRIBUIÇÃO CORPORAL DE 98% intracelular extracelular 2% HOMEOSTASE DE POTÁSSIO BALANÇO EXTERNO vs BALANÇO INTERNO BALANÇO INTERNO BALANÇO EXTERNO HOMEOSTASE DE POTÁSSIO BALANÇO EXTERNO vs BALANÇO INTERNO
AULA: 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana.
: 5 - Assíncrona TEMA: Cultura- A pluralidade na expressão humana. Conteúdo: Doenças relacionadas ao sedentarismo Diabetes. Doenças relacionadas ao sedentarismo Hipertensão arterial e dislipidemias. Habilidades:
Diagnóstico de Síndrome Metabólica
Diagnóstico de Síndrome Metabólica NCEP-ATP III (2005) IDF (2005) Diagnóstico de SM Presença de 3 critérios Presença de CA aumentada + 2 critérios adicionais Circunferência abdominal (cm) Homens >102 Mulheres
REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS
REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS Tiroxina Epinefrina (adrenalina) Glucagon Insulina Hormônios esteroides: Cortisol (Suprarenal) Progesterona Testosterona Estradiol Aldosterona
DÚVIDAS E CONTROVÉRSIAS NO DIAGNÓSTICO JOANA DANTAS MÉDICA DO SERVIÇO DE NUTROLOGIA E DIABETES HUCFF/UFRJ
DÚVIDAS E CONTROVÉRSIAS NO DIAGNÓSTICO JOANA DANTAS MÉDICA DO SERVIÇO DE NUTROLOGIA E DIABETES HUCFF/UFRJ Classificação atual do DM Drogas: pentamidina, ácido nicotínico, corticóides, tiazídicos, diazóxido,
PERCEPÇÃO DE PACIENTES DIABÉTICOS QUE FREQUENTAM UMA FAMÁCIA COMERCIAL EM FORTALEZA SOBRE DIABETES MELLITUS TIPO 2
CONEXÃO FAMETRO 2018: INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE XIV SEMANA ACADÊMICA ISSN: 2357-8645 PERCEPÇÃO DE PACIENTES DIABÉTICOS QUE FREQUENTAM UMA FAMÁCIA COMERCIAL EM FORTALEZA SOBRE DIABETES MELLITUS TIPO 2 RESUMO
DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS LIPÍDEOS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA DISTÚRBIOS DO METABOLISMO DOS LIPÍDEOS PROF. DOUGLAS G. PEREIRA PARACATU/MG 2018 ORIGENS DO COLESTEROL ENDÓGENA Fígado. Intestinos. Placenta. Gônodas. Pele. EXÓGENA Fonte
Abordagem de Prevenção ao Diabetes
Abordagem de Prevenção ao Diabetes Luciana Freitas Enfª Especialista Diabetes e Alterações glicêmicas 12/04/2017 DIABETES JÁ É CONSIDERADA UMA EPIDEMIA 592MM 382MM 387MM 371MM 2011 2013 2014 2015 2017
COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?
COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL? Profa. Dra. Rosália Morais Torres VI Diretrizes Brasileiras de hipertensão arterial Arq Bras Cardiol 2010; 95 (1 supl.1): 1-51 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)
Aluna: Laise Souza Mestranda em Alimentos e Nutrição
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ALIMENTOS E NUTRIÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Aluna: Laise Souza Mestranda em Alimentos e Nutrição glicose
EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE
EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. CARLOS CEZAR I. S. OVALLE EXAMES LABORATORIAIS Coerências das solicitações; Associar a fisiopatologia; Correlacionar os diversos tipos de exames; A clínica é a observação
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO CAROLINA SERRI LÉPORE
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO CAROLINA SERRI LÉPORE Estudo de alterações moleculares no gene da Glucoquinase (GCK) associado ao diagnóstico de diabetes do adulto de
História Clínica. Fatores de Risco e Fisiopatologia Parte 1. Dislipidemia e Hipertensão. Annie Bello PhD
História Clínica Fatores de Risco e Fisiopatologia Parte 1. Dislipidemia e Hipertensão Annie Bello PhD Doutora em Fisiopatologia - UERJ Prof. Adjunto Nutrição clínica - UERJ Nutricionista Ensino e Pesquisa
A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia. Vários factores contribuem para o apare
Diabetes Mellitus Tipo I Licenciatura em Bioquímica 1º ano 2005/2006 Duarte Nuno Amorim dos Santos A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia.
Programa Provisório SALA 1 SALA 2 SALA de março de 2019
08 de março de 2019 SALA 1 SALA 2 SALA 3 10h30-12h30 Simpósio pré-congresso Consulta de Diabetes nos Cuidados de Saúde Primários - uma abordagem integrada Grupo de Estudos Cuidados de Saúde Primários (CSP)
Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros
Diferenciais sociodemográficos na prevalência de complicações decorrentes do diabetes mellitus entre idosos brasileiros Resumo: As complicações crônicas do diabetes são as principais responsáveis pela
Doença de Addison DOENÇA DE ADDISON
Enfermagem em Clínica Médica Doença de Addison Enfermeiro: Elton Chaves email: eltonchaves76@hotmail.com DOENÇA DE ADDISON A insuficiência adrenal (IA) primária, também denominada doença de Addison, geralmente
IMPACTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INTERVENÇÃO SOCIAL SOBRE A INCIDÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO 1 E 2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DO PARANÁ
ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 IMPACTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE INTERVENÇÃO SOCIAL SOBRE A INCIDÊNCIA DE DIABETES MELLITUS TIPO
Elizabeth R. G. Alexandre Seção de Coronariopatia Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da
Risco Cardiovascular da Mulher Diabética Elizabeth R. G. Alexandre Seção de Coronariopatia Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira
SÍNDROME DE INSULINO-RESISTÊNCIA, SÍNDROME METABÓLICA: DEFINIÇÕES
Síndrome de insulino-resistência, síndrome metabólica: definições 15 SÍNDROME DE INSULINO-RESISTÊNCIA, SÍNDROME METABÓLICA: DEFINIÇÕES Sandra Paiva Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo; Hospital
HIPERTENSÃO DIABETES ESTEATOSE HEPÁTICA
CUIDADOS ESSENCIAIS DOENÇAS CRÔNICAS HIPERTENSÃO DIABETES ESTEATOSE HEPÁTICA IPER- ENSÃO 9,4 MILHÕES DE MORTES NO MUNDO CAUSA DE 45% DOS ATAQUES CARDÍACOS E 51% DOS DERRAMES CEREBRAIS B Fonte: Organização
16º CONEX - Encontro Conversando sobre Extensão na UEPG Resumo Expandido Modalidade B Apresentação de resultados de ações e/ou atividades
1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TECNOLOGIA E PRODUÇÃO ( ) TRABALHO A PARTICIPAÇÃO DE ACADÊMICOS DO CURSO DE FARMÁCIA
CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FARMÁCIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO
TÍTULO: ANÁLISE DE ALTERAÇÕES METABÓLICAS LIPÍDICAS DE PACIENTES EM SEGUIMENTO CLÍNICO NO AMBULATÓRIO DE ENDOCRIONOLOGIA NO HOSPITAL ELECTRO BONINI UNAERP CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
INITIAL INSULIN THERAPY MANAGEMENT FOR PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS
INITIAL INSULIN THERAPY MANAGEMENT FOR PATIENTS WITH TYPE 2 DIABETES MELLITUS MANEJO INICIAL DA INSULINOTERAPIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 UNITERMOS INSULINOTERAPIA; DIABETES MELLITUS TIPO
Diabetes na gravidez
Diabetes na gravidez Diabetes Doença conhecida desde o século II da era cristão Diabetes: em grego sifão eliminação exagerada de água pelo organismo Mellitus: em latim doce como mel urina adocicada Diabetes
PERFIL METABÓLICO, NUTRICIONAL
PERFIL METABÓLICO, NUTRICIONAL E FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES EM ADULTOS COM DIABETES MELLITUS TIPO Alessandra Rocha GONÇALVES; Maria Claret Costa Monteiro HADLER; Fernanda Arruda CUNHA; Polyana Resende
ÍNDICE. Introdução 4. O que é diabetes 5. Os diferentes tipos de diabetes 5. Fatores de risco do diabetes tipo 1 e tipo 2 6. Sintomas 7.
ÍNDICE Introdução 4 O que é diabetes 5 Os diferentes tipos de diabetes 5 Fatores de risco do diabetes tipo 1 e tipo 2 6 Sintomas 7 Diagnóstico 8 Tratamento 9 Atividades físicas 10 Medicamentos 11 O que
Padrões monogênicos Herança recessiva
BIO0119 - Genética e Evolução Humana Padrões monogênicos Herança recessiva Prof. Dr. Michel Naslavsky Padrões de herança Autossômicos Recessivo Mendelianos Monogênicos Ligados ao X Dominante Não- Mendelianos
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
PREVALÊNCIA DE SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTES HOSPITALIZADOS Resumo GORZONI, J. H.; BRANDÃO, N. Estudos têm demonstrado o crescimento da síndrome metabólica. No entanto, esta pesquisa tem por objetivo
Regulação hormonal 15/11/2018. Regulação hormonal. Glândula pineal
Regulação hormonal Regulação hormonal Sistema endócrino Manutenção da homeostasia Hormônios Substâncias (proteicas ou lipídicas) transportadas pelos sangue até as células ou tecido- alvo; Especificidade;