EBITDA da operação agrícola de R$ 161,4 milhões em 2012

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1 EBITDA da operação agrícola de R$ 161,4 milhões em 2012 COTAÇÃO VAGR3 (14/03/2013) R$ 0,46 Total de Ações: Market Cap: R$ Milhões PART.ICIPANTES Arlindo de Azevedo Moura CEO Eduardo de Come CFO and DRI Cristiano Soares Diretor Executivo CONTATO Telefone: +55 (11) TELECONFERÊNCIA Português São Paulo 15 de março de 2013 Horário: 11h00 (Brasília) / 10h00 (NYC) Telefone: (55 11) Código: V-Agro Webcast: Clique aqui São Paulo, 14 de março de A Vanguarda Agro S.A. ( V-Agro ou Companhia ) (BM&FBovespa: VAGR3; Bloomberg: VAGR3:BZ; Reuters: VAGR3.SA), uma das maiores produtoras de grãos e fibras do país, com atuação nos segmentos de produção de grãos/fibras e valorização de terras, anuncia seus resultados do 4T12 e 2012, e informa aos seus acionistas sobre a evolução da Companhia. As demonstrações financeiras da Companhia são elaboradas de acordo com a legislação societária e apresentadas em bases consolidadas de acordo com as práticas contábeis no Brasil e com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro ( IFRS ) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB. Destaques: EBITDA Ajustado Agrícola de R$ 120 milhões em 2012 versus R$ 30 milhões em 2011; EBITDA Ajustado Consolidado de R$ 94 milhões em 2012 versus EBITDA negativo de R$ 8 milhões em 2011; Aumento do capital social da Companhia em R$ 350 milhões e entrada da Gávea Investimentos como sócio investidor estratégico; Dívida líquida de R$ 287 milhões em 12/12 versus R$ 530 milhões em 12/11 (redução de 46%); Modernização e ampliação do parque de máquinas agrícola em Descontinuidade da operação Biodiesel afetou negativamente as operações em R$ 129 milhões (R$ 97 milhões sem efeito caixa) 1

2 1. Mensagem da Administração Conforme divulgado em 2011, o direcionamento estratégico da Companhia para 2012 se pautaria nos seguintes pilares (i) integração das operações e sinergias; (ii) foco no setor de grãos e (iii) melhoria da estrutura de capital. Em outras palavras, até o final de 2012, a Companhia olharia para dentro de casa, para posteriormente poder crescer de maneira consistente e sustentável. Dentro do planejado, acreditamos ter cumprido os objetivos estabelecidos. O desempenho operacional da Companhia já começou a apresentar resultados positivos. A produtividade do milho 2 a safra 2011/12 atingiu 104 sacas por hectare, valor este superior aos verificados nos anos anteriores. Para a safra 2012/13, que teve início em setembro de 2012, já praticamente finalizamos o plantio de todas as culturas e iniciamos a colheita da soja, quem tem apresentado uma produtividade média de 52 sacas por hectare, contra 47,5 sacas por hectare registrado da safra anterior. Como reflexo deste cenário, a operação agrícola apresentou em 2012 resultados positivos, registrando um EBITDA de R$ 161,4 milhões. Além disso, focamos na busca de alternativas para a readequação da estrutura da capital da Companhia a níveis compatíveis com seu setor de atuação. Esse processo culminou com o aumento de capital de R$ 350 milhões ( Aumento de Capital ) e a entrada da Gávea Investimentos como investidor estratégico. Com a entrada dos recursos oriundos do Aumento de Capital, a Companhia (i) reduziu em 45,7% sua dívida líquida que passou de R$ 529,9 milhões em 12/2011 para R$ 287,5 milhões em 12/2012; e (ii) iniciou o processo de liquidação de dívidas bancárias com custo elevado e renegociação junto aos bancos em busca de taxas compatíveis com a sua nova estrutura da capital. O custo da dívida remanescente já sofreu redução de 3,2 p.p. (dívidas dolarizadas) e 7,9 p.p, (dívidas em reais) até fevereiro de A adoção dessas medidas trará uma considerável redução de nossas despesas financeiras referente ao pagamento de juros sobre empréstimos. Por fim, e mantendo a estratégia de focar na produção agrícola, a Companhia decidiu descontinuar as operações ligadas à produção de biodiesel, sendo que determinados ativos relacionados à essa operação foram colocados à venda (usinas e fazendas não agriculturáveis para soja, algodão e milho) ou baixados (estoques), bem como os resultados provenientes dessa atividade foram reclassificados para a rubrica de operações descontinuadas no resultado do exercício. Esta operação ainda impactou negativamente os resultados consolidados da Companhia em R$ 129,3 milhões, sendo que desse valor R$ 97 milhões não tiveram efeito no caixa da companhia. 2

3 Em 2013, a Vanguarda Agro irá concentrar suas atenções na melhoria de suas margens operacionais. Nesse contexto, a Companhia contratou, como Diretor Presidente, o Sr. Arlindo de Azevedo Moura, profissional com mais de 25 anos de experiência no agronegócio que iniciou suas atividades em janeiro de O Sr. Arlindo terá papel fundamental dentro deste novo ciclo da Companhia, focando na geração de resultados para seus acionistas e colaboradores e expansão da V- AGRO. Dentre as ações planejadas pela administração, além da redução do endividamento já citado acima, podemos destacar: (i) investimento em maquinário agrícola; (ii) compra de insumos em melhores condições; (iii) venda dos produtos finais em momentos mais apropriados, onde pode-se obter um custo logístico inferior; (iv) análise de oportunidades para aquisição de novas áreas agrícolas apropriadas para a Companhia. A administração tem convicção que os efeitos do Aumento de Capital e as medidas adotadas permitirão obter melhores resultados já na safra 2013/14, bem como observar resultados consistentes nos próximos anos. 3

4 2. Panorama do Mercado Soja O comportamento do preço futuro da soja negociado na Chicago Mercantil Exchange (CME) apresentou desvalorização ao longo do 4º trimestre de 2012, encerrando o mês de dezembro cotado a US$/bu 14,19, uma desvalorização de 11,4% em relação ao final de setembro de 2012, influenciada pelo aumento da disponibilidade momentânea de soja em função da colheita nos Estados Unidos e pelas expectativas quanto ao tamanho da safra brasileira. No entanto, em 2012, a cotação da soja apresentou uma valorização de 23,9% em relação ao final de 2011 devido a questões de clima afetando a produção no Hemisfério Sul e baixa disponibilidade momentânea de produto no mercado físico. Para os próximos meses, espera-se que com o avanço da colheita e melhor definição do tamanho da produção, os preços apresentem uma queda sazonal, até a confirmação da safra norte-americana, no segundo semestre. Questões quanto à seca na Bahia e outros estados do Norte e na Argentina são focos de atenção. 19,00 18,00 17,00 16,00 15,00 14,00 13,00 12,00 11,00 10,00 Preço da Soja (US$/bu) 14,19 US$/bu (31/12/12) +23,9% em 2012 De acordo com o relatório de oferta e demanda publicado pelo USDA em março de 2013, a projeção da produção mundial de soja é de 268 milhões de toneladas, um acréscimo de 12,3% em relação aos 239 milhões de toneladas da safra 2011/12, mas em patamares muito próximos da safra 2010/11. Apesar de ser uma safra de grandes números, isto não é suficiente ainda para trazer uma recuperação do balanço mundial. Vale ressaltar que, conforme demonstrado na tabela abaixo, a demanda de soja no mundo continua aumentando à taxas de 2,7% a.a. desde a safra de 2007/08. 4

5 Em decorrência deste cenário, as projeções dos estoques finais da safra 2012/13 subiram para 62 milhões de toneladas, valor 8 milhões de toneladas superior à safra anterior e com uma relação estoque/uso de 24%, a segunda menor verificada desde a safra 2008/09. No entanto, não se pode deixar de ressaltar que o tamanho da safra no Hemisfério Sul continua indefinido. Caso o Brasil colha 82 milhões de tonelada e Argentina 49 milhões, a expectativa é que a relação estoque/uso recue para 21%, semelhante a safra 2011/12. Soja Mundo (milhões tons) 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 (*) 12/13 (**) Estoque Inicial Produção Consumo Estoque Final Rel. Estoque/Uso (%) 23% 20% 25% 27% 21% 24% (*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA Milho O comportamento do preço futuro do milho negociado na Chicago Mercantil Exchange (CME) - apresentou desvalorização ao longo do 4º trimestre de 2012, encerrando o mês de dezembro cotado a US$/bu 6,98, uma desvalorização de 7,7% em relação ao final de setembro de No entanto, em 2002, apresenta uma valorização de 15,9% em relação ao final de O comportamento de queda no preço do milho verificado, principalmente a partir do final de setembro, foi influenciado pela expectativa sobre condições climáticas e safra no Hemisfério Sul. O comportamento do preço do milho nos próximos meses será influenciado principalmente pelo tamanho da safra americana e, internamente, pelo tamanho da 2ª safra de milho no Brasil, que poderá gerar uma pressão no preço do milho no mercado interno. 5

6 Preço do Milho (US$/bu) 8,50 8,00 7,50 7,00 6,98 US$/bu (31/12/12) +15,9% em ,50 6,00 5,50 5,00 De acordo com o relatório de oferta e demanda publicado pelo USDA em março de 2013, a projeção da produção mundial de milho é de 854 milhões de toneladas, uma redução de 3% em relação à safra anterior, como reflexo da seca que atingiu o meio-oeste americano, levando a quebra da safra de milho deste país. Por outro lado, as estimativas para a produção de milho na Argentina e Brasil aumentaram. As projeções dos estoques finais da safra 2012/13 caíram para 118 milhões de toneladas, 13 milhões de toneladas inferior à safra anterior e com uma relação estoque/uso de 14%, a menor verificada desde a safra 2007/08. Para a safra 2013/14, que terá início em abril, a expectativa é de uma safra de milho normal nos Estados Unidos, que voltaria a atingir os 360 milhões de toneladas. Os modelos de previsão meteorológicas, que indicavam início de plantio bastante seco nos EUA, apontam agora um clima próximo a normalidade. Nas últimas semanas a camada de neve melhorou, o que se reverterá em maior umidade no solo. Porém como a safra ainda não está definida, a volatilidade no preço continua. Milho Mundo (milhões tons) 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 (*) 12/13 (**) Estoque Inicial Produção Consumo Estoque Final Rel. Estoque/Uso (%) 17% 19% 18% 15% 15% 14% (*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA 6

7 Algodão O comportamento do preço futuro do algodão negociado na Intercontinental Exchange (ICE) apresentou comportamento de alta ao longo do 4º trimestre de 2012, encerrando o mês de dezembro cotado a US$/lb 0,75, uma valorização de 8,7% em relação ao final de setembro de No entanto, em 2012, acumula uma desvalorização de 15,7% em relação ao final de O comportamento de queda no preço do algodão foi influenciado pela desaceleração econômica mundial e, consequentemente, retração no consumo de algodão frente elevada produção, resultando no 3 ano consecutivo de aumento da relação estoque/uso. 1,10 Preço do Algodão (US$/lb) 1,00 0,90 0,80 0,75 US$/lb (31/12/12) -15,7% em ,70 0,60 0,50 De acordo com o relatório de oferta e demanda publicado pelo USDA em março de 2013, a projeção da produção mundial de algodão é de 26 milhões de toneladas, uma redução de 3,7% em relação a safra anterior. A estimativa de consumo, por sua vez, está estimada para 23 milhões de toneladas, um acréscimo de 4,5% em relação a safra anterior. Vale enfatizar que, apesar de um incremento no consumo de algodão, ainda existe uma sobreoferta de matéria-prima, uma vez que a quantidade produzida tem superado as necessidades de consumo da indústria em todo o mundo. Como consequência, observa-se uma expansão dos estoques mundiais, que devem atingir na safra 2012/13 18 milhões de toneladas. Este valor é 3 milhões de toneladas superior à safra anterior e tem uma relação estoque/uso de 76%, o mais alto da história, sendo a China detentora de mais de 50% desse volume. Considerando os atuais fundamentos do mercado, não se prevê mudanças relevantes nos patamares de preços no curto prazo, salvo problemas climáticos e picos momentâneos de volatilidade. 7

8 Algodão Mundo (milhões tons) 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 (*) 12/13 (**) Estoque Inicial Produção Consumo Estoque Final Rel. Estoque/Uso (%) 51% 56% 40% 43% 67% 76% (*) Dados estimados (**) Dados projetados Fonte: USDA 8

9 3. Desempenho Operacional No ano de 2012, já observamos resultados positivos do segmento agrícola. Na safra 2011/12, destacamos a produtividade do milho 2 a safra que atingiu 104 sacas por hectare, valor este superior aos verificados nos anos anteriores. Para a safra 2012/13, que teve início em setembro de 2012, praticamente finalizamos o plantio de todas as culturas e iniciamos a colheita da soja, que tem apresentado uma produtividade média de 52 sacas por hectare, contra 47,5 sacas por hectare registrado da safra anterior. Conforme demonstrado no quadro abaixo, o 4 o Trimestre é marcado pelo fim do plantio da soja e do milho 1ª safra, relativos à safra 2012/13. Safra Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Soja Algodão Milho MT 1ª Safra BA 1ª Safra GO 1ª Safra PI 1ª Safra MT 1ª Safra MT 2ª Safra BA 1ª Safra GO 1ª Safra MT 2ª Safra BA 1ª Safra GO 1ª Safra PI 1ª Safra Plantio Tratamento Colheita Apresentamos abaixo o estágio atual de nossas culturas: Soja A cultura da soja foi plantada nos estados do Mato Grosso, Bahia, Piauí, Goiás e Minas Gerais, totalizando uma área de hectares. O plantio de soja da safra 2012/13 teve início em 19 de setembro no estado do Mato Grosso, porém de forma cautelosa, sendo efetuado somente em áreas que apresentavam condições de umidade adequada, garantindo uma boa germinação das sementes. As chuvas somente ficaram estáveis a partir da 2ª quinzena do mês de outubro, o que postergou a finalização do plantio da soja. Após este período, o 9

10 regime de chuvas ocorreu normalmente até o final da 1ª quinzena de janeiro, quando houve um período de 3 semanas de invernada, prejudicando nosso rendimento operacional, tanto na colheita quanto no plantio de 2ª safra, e perda na qualidade dos grãos de soja. Nos demais estados, o plantio teve início no final de outubro e começo de novembro, sendo que o clima apresentou-se seco nos meses de dezembro de 2012 e fevereiro de 2013 nas unidades de produção localizadas na Bahia e Piauí e sem grandes variações nas unidades localizadas em Goiás e Minas Gerais. A colheita da soja teve início em janeiro no estado do Mato Grosso. Nos estados de Goiás e Minas Gerais a colheita teve início em fevereiro e no Piauí e Bahia em março. Até o dia 10 de março, já havíamos colhido 48% de nossa safra de soja, com uma produtividade média de kg/ha (52,11 scs/ha). Abaixo se encontra área plantada, colhida e produtividade por estado. Estado (*) Até 10 de março Área (ha) Plantada Colhida (%) Produtividade Média (kg/ha) Mato Grosso ,0% Bahia ,1% Piauí ,7% Goiás ,7% Minas Gerais ,5% Total ,0% Algodão O plantio do algodão 2ª safra teve início no dia 8 de janeiro e foi encerrado em 5 de fevereiro, totalizando hectares. A diferença apontada no número de hectares plantados de algodão em relação a estimativa inicial ( ha) da Companhia refere-se a dois fatores: (i) irregularidade das chuvas nos meses de setembro e outubro, que dificultou e atrasou o plantio da soja, postergando a época de colheita da soja e, consequentemente, o plantio de cultura 2ª safra; e (ii) chuva constante entre o dia 10 de janeiro até aproximadamente o dia 10 de fevereiro, o que diminuiu o rendimento operacional de colheita e plantio de cultura 2ª safra. Estado Área Plantada (ha) (*) Mato Grosso Total

11 Milho O plantio da 1ª safra de milho já foi finalizado, totalizando ha, conforme estimativas iniciais, sendo que o início da colheita para esta cultura está previsto para o mês de abril. Já o plantio da 2ª safra teve início em fevereiro e teve seu encerramento no dia 5 de março no estado do Mato Grosso. Nos estados de Goiás e Minas Gerais, o término do plantio está previsto para 15 de março. Na tabela abaixo observa-se o plantio de milho já realizado por estado. (*) Até 10 de março Assim como verificado no plantio do algodão, a área plantada de milho também apresentou redução em relação ao número de hectares inicialmente estimados ( ha), como consequência da chuva constante entre o dia 10 de janeiro até aproximadamente o dia 10 de fevereiro, o que diminuiu o rendimento operacional de colheita e plantio de cultura 2ª safra. Apesar da grande capacidade diária de plantio da Companhia, não foi possível plantar a área incialmente prevista dentro da janela de plantio da cultura. Outros Estado Área Plantada (ha) (*) Mato Grosso Bahia Goiás 853 Minas Gerais 863 Total Até o dia 10 de março, a Companhia havia plantado hectares de sorgo e 774 de girassol (quadro por estado). Estado Área Plantada (ha) (*) Sorgo Girassol Mato Grosso Total (*) Até 10 de março Com o cumprimento das datas de conclusão de plantio a Companhia optou por substituir a área não plantada de algodão e milho por uma maior área de girassol e de sorgo, sendo que estas culturas possuem uma data limite de plantio mais longa (25 de março) e requer menos água para sua formação. Com isso, e caso o clima se 11

12 mantenha estável, a Companhia atingirá a meta esperada de plantio para a safra 2012/13 (310 mil ha). Estas alterações fazem parte da política de redução de risco de plantio adotada pela Companhia, que vem sendo utilizada com o objetivo de melhorar a rentabilidade de suas culturas. Segue abaixo o quadro atualizado demonstrando o plantio estimado para a safra 2012/13, considerando o que já foi realizado e áreas ainda pendentes de plantio. Mix de Culturas 2011/ / /13 Var. % (Até 11/03) (Est. Inicial) Soja ,6% Milho ,5% Milho 1ª Safra ,1% Milho 2ª Safra ,7% Algodão ,3% Algodão 1ª Safra Algodão 2ª Safra ,0% Outros (1) ,5% Total ,2% (1) Sorgo, girassol e café Plantio Portfolio de Terras Em 31 de dezembro de 2012, a Companhia contava com o seguinte portfólio de terras: Hectares mil Próprio Arrendado Total Unidade de Produção Localização Total Física Total Física Total Física UP Cachoeira Campo Novo dos Parecis - MT - - 6,1 6,1 6,1 6,1 UP Campo Limpo Tangará da Serra - MT ,3 12,3 12,3 12,3 UP Estrela do Norte Paranatinga - MT ,0 18,0 18,0 18,0 UP Guapirama Diamantino - MT ,2 16,2 16,2 16,2 UP Mãe Margarida Santa Rita do Trivelato - MT 14,3 6,9 7,7 7,7 22,0 14,7 UP Ribeiro do Céu Nova Mutum - MT 12,5 9,0 23,4 23,4 36,0 32,4 UP São José Campo Novo dos Parecis - MT 17,1 10,1 19,6 19,6 36,7 29,7 UP Sete Placas Diamantino - MT 3,2 1,4 15,9 15,9 19,0 17,3 UP Terra Santa Tabapora - MT 29,3 14,6 6,9 6,9 36,2 21,5 UP Bahia São Desidério e Correntina - BA ,2 27,9 29,2 27,9 UP Catalão Catalão e Guarda Mor - GO / MG ,4 12,4 12,4 12,4 UP Laranjeiras Laranjeiras - PI ,0 35,0 50,0 35,0 Fazenda Iporanga Nova Maringá - MT 12, ,8 - Total 89,2 42,0 217,6 201,3 306,8 243,3 (1) Área física é a área disponível para plantio, considerando apenas uma safra Obs1: A diferença verificada entre a estimativa de plantio de 1ª safra e a área física refere-se à áreas contratadas para desenvolvimento nas UPs de Laranjeira (22,0 mil ha), Bahia (1,0 mil ha), Estrela do Norte (3,4 mil ha), Sete Placas (5,0 mil ha), São Jose (0,7 mil ha), Ribeiro do Céu (0,5 mil ha) e Mãe Margarida (0,3 mil ha). Obs2: Não estão incluídos os 42 mil hectares de terras não agriculturáveis para as culturas de soja, algodão e milho que estão localizados no agreste, sertão do nordeste brasileiro. 12

13 Maquinário Em 28 de fevereiro de 2013, a Companhia contava com o seguinte quadro de equipamentos destinados às atividades agrícolas: Máquinario - Fev/2013 Próprio Terceiros Total % Autosuficiência Tratores % Plantadeiras % Pulverizadores % Aeronaves Agrícolas % Colheitadeiras Grãos % Colheitadeiras Algodão % Total % No ano, como parte do processo de renovação da frota e objetivando a redução da terceirização a Companhia adquiriu 29 tratores, 10 colheitadeiras de grãos, 3 colheitadeiras de algodão, 3 plantadeiras, 10 carretas com tanque de água para abastecimento dos pulverizadores, 15 abastecedores de fertilizantes e 3 caminhões, totalizando um investimento de R$ 17 milhões. A aquisição de maquinário faz parte da estratégia de aumentar a representação de maquinário próprio em seu portfólio. Utilizando-se das linhas de financiamento disponíveis pelo BNDES, em especial a linha Programa BNDES de Sustentação do Investimento PSI que apresenta taxas de 3% a.a. para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, a Companhia pretende investir em maquinário próprio. Armazenagem A Companhia possui 6 unidades próprias de armazenagem de grãos localizadas no Mato Grosso, com capacidade estática de armazenamento de 179,6 mil toneladas. Além disso, possui 8 unidades arrendadas, nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, com capacidade estática de armazenamento de 93,5 mil toneladas, totalizando uma capacidade estática de armazenamento de 273,1 mil toneladas. Para a cultura do algodão, a Vanguarda Agro possui capacidade de armazenagem de algodão em pluma para um volume de toneladas, equivalente a fardos, localizado em suas unidades beneficiadoras de algodão instaladas no Mato Grosso e na Bahia. 13

14 4. Desempenho Econômico-Financeiro O ano de 2012 marcou o encerramento das atividades de biodiesel da Companhia, e por conta disso, todas as receitas e despesas provenientes da atividade operacional de biodiesel foram alocadas na linha operações descontinuadas. Por essa razão as demonstrações referentes ao ano de 2012 foram reclassificadas conforme demonstraremos a seguir. A operação a qual denominamos biodiesel contempla tanto despesas corporativas e ágio das incorporações da Maeda e Vanguarda Part., quanto o resultado da operação descontinuada. Nesta conta, foram agrupadas todas as receitas e despesas da operação do biodiesel (unidades vendidas ao longo de 2012 e disponíveis para venda). Vale enfatizar que os resultados do 4º trimestre da operação agrícola passam a considerar no 4T11 e 4T12 a totalidade da operação agrícola (resultados das controladas Maeda e Vanguarda Part.). No entanto, a comparação anual ainda fica prejudicada, visto que os resultados da controlada Vanguarda Part. só passaram a ser consolidados a partir de setembro de A tabela abaixo apresenta os resultados consolidados da Companhia segregados de acordo com as operações acima descritas. Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita Custos de Produtos Vendidos ( ) ( ) (635) (9.487) ( ) ( ) CPV Cultura ( ) ( ) (635) (9.487) ( ) ( ) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (90.682) (29.671) - (90.682) (29.671) Lucro (Prejuízo) Bruto (596) (9.487) Margem Bruta 21,2% 19,9% N/A N/A 21,1% 16,9% Despesas Operacionais (51.518) (41.444) (50.937) (44.059) ( ) (85.503) Resultado Operacional - EBIT (51.533) (53.546) (32.215) Resultado Financeiro ( ) (70.960) (2.932) (3.516) ( ) (74.476) Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (33.467) (49.629) (54.465) (57.062) (87.932) ( ) IR e CSLL (10.590) (10.590) Operações Descontinuadas (74.813) ( ) (74.813) (69.942) Lucro (Prejuízo) do Exercício (26.053) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Líquida 0,1% -8,3% N/A N/A -15,8% -59,3% EBITDA ( ) (37.893) Margem EBITDA 19,9% 29,0% N/A N/A 7,2% 17,0% EBITDA Ajustado (1) (26.492) (37.893) (8.258) Margem EBITDA Ajustada 14,8% 9,4% N/A N/A 11,6% -2,6% (1) Excluindo efeitos do ativo biológico (operação Agrícola) e baixa estoque biodiesel (operação biodiesel) 14

15 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita Custos de Produtos Vendidos ( ) (91.744) - - ( ) (91.744) CPV Cultura ( ) (90.141) - - ( ) (90.141) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (27.170) (1.603) - (27.170) (1.603) Lucro (Prejuízo) Bruto Margem Bruta 31,0% 54,1% N/A N/A 31,0% 54,1% Despesas Operacionais (25.372) (16.729) (4.048) (21.479) (29.420) (38.208) Resultado Operacional - EBIT (4.048) (21.479) (4.184) Resultado Financeiro (32.406) (9.270) 213 (1.051) (32.193) (10.321) Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (3.835) (22.530) (14.505) IR e CSLL (12.265) (27.669) - - (12.265) (27.669) Operações Descontinuadas (54.098) ( ) (54.098) (76.791) Lucro (Prejuízo) do Exercício (409) (57.933) ( ) (58.342) ( ) Margem Líquida -0,2% 9,2% N/A N/A -26,0% -189,1% EBITDA (59.958) (19.992) Margem EBITDA 28,9% 118,8% N/A N/A 2,2% 87,1% EBITDA Ajustado (1) (11.069) (19.992) (6.492) Margem EBITDA Ajustada 10,6% 21,5% N/A N/A 5,7% -10,3% (1) Excluindo efeitos do ativo biológico (operação Agrícola) e baixa estoque biodiesel (operação biodiesel) (2) Sobre receita líquida excluindo o efeito do ativo biológico Receita Líquida 2012 Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita Por conta da descontinuidade das operações de biodiesel e classificação desta operação na linha operações descontinuadas, foi feita a reclassificação para 2011, respeitando o mesmo critério adotado para Com isso, a receita consolidada da Companhia é representada unicamente pelas receitas da operação Agrícola. Em 2012, a receita líquida total da Vanguarda Agro atingiu R$ 809,5 milhões contra uma receita de R$ 315,6 milhões no mesmo período do ano anterior, o qual a Vanguarda Part. contribuiu apenas no 4T11. É importante esclarecer que a receita de 2012 inclui a utilização de performance de terceiros (compra de performance) para liquidação de contratos de financiamento a exportação no valor de R$149,1 milhões. A receita de 2011 foi negativamente impactada com a reclassificação das receitas decorrentes da esmagadora de caroço de algodão para operações descontinuadas no valor R$ 65,7 milhões. Abaixo, segue um quadro comparativo, da composição da receita líquida da Companhia no 2012 e

16 Agrícola (R$ mil) Receita Líquida Soja Milho Algodão Pluma Algodão Caroço Subtotal Esmagadora Caroço de Algodão (1) - (65.679) Outros (2) Performace (1) Reclassificação das receitas recorrentes da esmagadora de caroço de algodão para operações descontinuadas (2) Café arroz, sorgo e girassol 4T12 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita A receita líquida da operação Agrícola totalizou R$ 224,8 milhões no 4T12. O setor agrícola é caracterizado pela sazonalidade em suas atividades. Os trimestres refletem as receitas resultantes da venda efetiva de seus produtos colhidos no período e o cálculo do ativo biológico dos produtos plantados, e que já iniciaram seu período de germinação. O 4T12 é caracterizado pelo plantio da soja e, consequentemente, pela apropriação do ativo biológico, o qual nesse ano representou R$ 68,3 milhões, valor este 8,6% superior ao registrado no 4T11. É importante esclarecer que: (i) a receita do 4T12 inclui a utilização de performance de terceiros (compra de performance) para liquidação de contratos de financiamento a exportação, no valor de R$ 53,8 milhões; e (ii) a receita do 4T11 foi negativamente impactada pela reclassificação das receitas decorrentes da esmagadora de caroço de algodão para operações descontinuadas no valor R$ 65,7 milhões. Comparando exclusivamente a receita decorrente dos principais produtos agrícolas da companhia (soja, algodão e milho) observamos um aumento de 50,9% na receita no 4T12 (R$151,1 milhões 4T12 e R$ 100,1 milhões no 4T11), sendo esse incremento explicado por um maior volume de vendas e melhores preços das principais commodities. Abaixo, segue um quadro comparativo da composição da receita líquida da Companhia no 4T12 e 4T11. 16

17 Agrícola (R$ mil) 4T12 4T11 Receita Líquida Soja Milho Algodão Pluma Algodão Caroço Subtotal Esmagadora Caroço de Algodão (1) - (65.679) Outros (2) Performace (1) Reclassificação das receitas recorrentes da esmagadora de caroço de algodão para operações descontinuadas (2) Café arroz, sorgo e girassol Lucro Bruto 2012 Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Operacional Líquida Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita Custos de Produtos Vendidos ( ) ( ) (635) (9.487) ( ) ( ) CPV Cultura ( ) ( ) (635) (9.487) ( ) ( ) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (90.682) (29.671) - (90.682) (29.671) Lucro (Prejuízo) Bruto (596) (9.487) Margem Bruta 21,2% 19,9% N/A N/A 21,1% 16,9% Em 2012, o lucro bruto da Vanguarda Agro atingiu R$ 171,6 milhões, sendo esse valor proveniente da operação Agrícola, uma vez que as operações de biodiesel, em razão da reclassificação ocorrida, não mais compõem a receita líquida da Companhia. A margem bruta da Vanguarda Agro em 2012 atingiu 21,2%. Se desconsideramos o efeito da compra de performance (R$149,1 milhões), a margem bruta é de 26,0%. 4T12 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Receita Líquida de Vendas Ativo Biológico Apropriado à Receita Custos de Produtos Vendidos ( ) (91.744) - - ( ) (91.744) CPV Cultura ( ) (90.141) - - ( ) (90.141) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (27.170) (1.603) - (27.170) (1.603) Lucro (Prejuízo) Bruto Margem Bruta 31,0% 54,1% N/A N/A 31,0% 54,1% 17

18 No 4T12, o lucro bruto da operação Agrícola foi de R$ 69,6 milhões, valor 104,7% superior a igual período do ano anterior, considerando o ativo biológico associado a receita (R$ 68,3 milhões) e ao custo (R$ 27,2 milhões). A margem bruta atingiu 31,0%, valor este que ao nosso ver não é comparável ao apresentado no 4T11, uma vez que os critérios de apropriação do custo e receita do ativo biológico da Companhia foram uniformizados em Despesas Operacionais 2012 Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Despesas Operacionais (51.518) (41.444) (50.937) (44.059) ( ) (85.503) Gerais, Administrativas e com Vendas (60.074) (37.006) (42.474) (42.538) ( ) (79.544) Outras Receitas (Despesas) Operacionais (4.438) (8.463) (1.521) 93 (5.959) Durante o ano de 2012, as despesas operacionais consolidadas atingiram R$ 102,4 milhões, sendo que a operação Agrícola foi responsável por 50,3%% deste valor, enquanto que a operação Biodiesel por 49,7% deste valor. No ano, as despesas operacionais da área Agrícola atingiram R$ 51,5 milhões, representando 6,4% da receita líquida. Das despesas gerais, administrativas e vendas que totalizaram R$ 60,1 milhões, merecem destaque no ano: (i) despesas com pessoal no valor de R$ 17,1 milhões (28,5%); (ii) despesas com vendas no valor de R$ 12,3 milhões (20,5%); e (iii) despesas administrativas no valor de R$ 11,7 milhões (19,5%). Com a reclassificação das atividades operacionais do biodiesel para operações descontinuadas, as despesas operacionais da operação biodiesel passam a ser representadas pelo ágio das incorporações da Maeda e Vanguarda Part., despesas corporativas e despesas do Núcleo Santa Clara. 4T12 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Despesas Operacionais (25.372) (16.729) (4.048) (21.479) (29.420) (38.208) Gerais, Administrativas e com Vendas (11.878) (7.453) (9.733) (20.919) (21.611) (28.372) Outras Receitas (Despesas) Operacionais (13.494) (9.276) (560) (7.809) (9.836) As despesas operacionais da operação Agrícola atingiram R$ 25,4 milhões, valor este 51,7% superior ao apresentado em Essa variação se deve aos seguintes fatores: (i) reversão de uma venda realizada no ano anterior, no valor de R$ 7,3 18

19 milhões; (ii) complemento de provisões no valor de R$ 1,3 milhões; e (iii) reversão de crédito de ICMS no valor de R$ 3,4 milhões. EBITDA 2012 Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Lucro (Prejuízo) do Exercício (26.053) ( ) ( ) ( ) ( ) Margem Líquida 0,1% -8,3% N/A N/A -15,8% -59,3% (+) IR e CSLL (34.621) (34.621) (+) Resultado Financeiro (+) Depreciação e Amortização (+) Operações Descontinuadas EBITDA ( ) (37.893) Margem EBITDA 19,9% 29,0% N/A N/A 7,2% 17,0% (+) Ativo Biológico Apropriado à Receita ( ) (91.508) - - ( ) (91.508) (+) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (+) Baixa de Estoque EBITDA Ajustado (26.492) (37.893) (8.258) Margem EBITDA Ajustada 14,8% 9,4% N/A N/A 11,6% -2,6% Em 2012, o EBITDA da operação Agrícola foi R$ 161,4 milhões, com margem EBITDA de 19,9%. Com objetivo de complementar a forma de divulgação de seus resultados e fornecer mais elementos para análise, a Companhia apresenta além do EBITDA normalmente calculado, o EBITDA Ajustado. Nesse conceito, com objetivo de aproximar o cálculo do conceito de geração de caixa efetiva, são excluídos: (i) os efeitos decorrentes da variação do valor justo do ativo biológico (apropriado na receita), como também do efeito da apropriação do ativo biológico ao custo dos produtos vendidos; e (ii) as baixas de estoques, vinculados a atividade de biodiesel em função da descontinuidade das operações no valor de R$ 77 milhões. Nesse conceito o EBITDA Ajustado da operação Agrícola foi de R$ 120,1 milhões e no consolidado de R$ 93,6 milhões, com uma margem EBITDA de 11,6%. 4T12 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Lucro (Prejuízo) do Exercício (409) (57.933) ( ) (58.342) ( ) Margem Líquida -0,2% 9,2% N/A N/A -26,0% -189,1% (+) IR e CSLL (+) Resultado Financeiro (213) (+) Depreciação e Amortização (1.812) (+) Operações Descontinuadas EBITDA (59.958) (14.417) Margem EBITDA 28,9% 118,8% N/A N/A 2,2% 87,1% (+) Ativo Biológico Apropriado à Receita (68.275) (62.863) - - (68.275) (62.863) (+) Ativo Biológico Apropriado ao Custo (+) Baixa de Estoque EBITDA Ajustado (11.069) (19.992) (6.492) Margem EBITDA Ajustada 10,6% 21,5% N/A N/A 5,7% -10,3% 19

20 No 4T12, o EBITDA da operação Agrícola foi R$ 64,9 milhões, com margem EBITDA de 28,9%. Igualmente como para o resultado anual, no 4T, para complementar a forma de divulgação de seus resultados e fornecer mais elementos para análise, a Companhia apresenta, além do EBITDA normalmente calculado, o EBITDA Ajustado. Nesse conceito, com objetivo de aproximar o cálculo do conceito de geração de caixa efetiva, são excluídos: (i) os efeitos decorrentes da variação do valor justo do ativo biológico (apropriado na receita), como também do efeito da apropriação do ativo biológico ao custo dos produtos vendidos; e (ii) as baixas de estoques, vinculados a atividade de biodiesel em função da descontinuidade das operações no valor de R$ 48,9 milhões. Nesse conceito o EBITDA Ajustado da operação Agrícola foi de R$ 23,8 milhões e no consolidado de R$ 12,8 milhões, com uma margem EBITDA de 5,7%. Resultado Financeiro Desde o aumento de capital concluído em janeiro de 2013, a Companhia vem efetuando o pagamento de dívidas com taxas elevadas e renegociando dívidas remanescentes com o objetivo de reduzir seu custo para patamares condizentes com a nova estrutura de capital. Neste sentido, entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013, já se observa uma redução média do custo de juros de nossa dívida na ordem de 3.2 p.p. (em dólar) e 7,9 p.p. (em reais). A evolução do custo de juros de nossas dívidas está demonstrada no quadro abaixo. 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 15,3% 15,1% 13,8% 14,3% 11,0% 9,7% 8,5% 9,7% 6,5% 8,2% 7,2% 7,5% 7,4% 7,1% 7,3% 6,5% JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV R$ USD 20

21 Dessa forma, esperamos que nos próximos trimestres o custo referente ao pagamento de juros de nossa dívida seja reduzido de maneira considerável Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Resultado Financeiro ( ) (70.960) (2.932) (3.516) ( ) (74.476) Receita Financeira Despesa Financeira ( ) (72.123) (5.916) (10.982) ( ) (83.105) Variação Cambial (68.502) (44.817) (1.922) (137) (70.424) (44.954) Em 2012, o resultado financeiro líquido consolidado foi negativo em R$ 156,5 milhões. A composição dos valores, segue abaixo demonstrada. Demonstração de Resultados (R$ Mil) Consolidado Resultado Financeiro ( ) (74.476) Receita Financeira Rendimento de aplicações financeiras Ajustes a valor presente de clientes Juros e variações monetárias Outras receitas Despesas Financeiras ( ) (83.105) Juros e variações monetárias sobre financiamentos (55.780) (80.315) Juros passivos e multa de mora (35.662) - Ajustes a valor presente de fornecedores de insumos (5.693) - Atualização monetária de adiantamento de clientes (1.012) Outras Despesas (23.210) (1.778) Variações cambiais, líquidas (70.424) (44.954) Variações cambiais ativas Variações cambiais passivas ( ) ( ) As receitas financeiras atingiram R$ 34,2 milhões no ano, comparáveis a R$ 53,6 milhões em Elas são compostas principalmente pelo AVP (ajuste a valor presente) dos compromissos futuros e receitas auferidas por aplicações financeiras. As despesas financeiras, compostas por todas as despesas incorridas com juros e variações monetárias de contratos indexados ao CDI ou outro indexador (IGPM, TR), impostos incidentes sobre variação monetária e correções sobre impostos parcelados totalizaram R$ 120,3 milhões em 2012, comparáveis a R$ 83,1 milhões em A variação cambial, por sua vez, impactou negativamente o resultado financeiro da Companhia em R$ 70,4 milhões de 2012, a qual deverá ser parcialmente compensada no tempo com a variação dos preços das commodities em reais, que afetam positivamente as receitas e as margens da empresa. 4T12 21

22 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Resultado Financeiro (32.406) (9.270) 213 (1.051) (32.193) (10.321) Receita Financeira Despesa Financeira (30.416) (19.295) 0 (2.572) (30.416) (21.867) Variação Cambial (5.308) (0) (133) (5.308) O Resultado Financeiro líquido consolidado no 4T12 foi negativo em R$ 32,2 milhões. A composição dos valores do resultado financeiro está acima representada. Lucro/Prejuízo Líquido 2012 Demonstração de Resultados (R$ Mil) Agrícola Biodiesel Consolidado Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (33.467) (49.629) (54.465) (57.062) (87.932) ( ) IR e CSLL (10.590) (10.590) Operações Descontinuadas (74.813) ( ) (74.813) (69.942) Lucro (Prejuízo) do Exercício (26.053) ( ) ( ) ( ) ( ) No ano, a divisão agrícola apresentou um lucro líquido de R$ 1,2 milhão, enquanto o biodiesel apresentou um prejuízo líquido de R$ 129,3 milhões de reais. Dessa forma, o resultado consolidado da Vanguarda Agro foi negativo em R$ 128,1 milhões. O resultado positivo apresentado pela operação Agrícola é fruto das medidas adotadas pela Companhia na parte operacional e que se materializaram em um aumento de produtividade. Vale ressaltar que esse resultado de 2012 da Vanguarda Agro foi impactado principalmente pela amortização de ágio (R$20,1 milhões), baixa de estoque e imobilizado (R$77,0 milhões), valores estes que não tem efeitos no caixa da Companhia. 4T12 Demonstração de Resultados (R$ Mil) 4T12 4T11 4T12 4T11 4T12 4T11 Agrícola Biodiesel Consolidado Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (3.835) (22.530) (14.505) IR e CSLL (12.265) (27.669) - - (12.265) (27.669) Operações Descontinuadas (54.098) ( ) (54.098) (76.791) Lucro (Prejuízo) do Exercício (409) (57.933) ( ) (58.342) ( ) No 4T12 a divisão agrícola apresentou um prejuízo líquido de R$ 409 mil, enquanto que a divisão biodiesel apresentou um prejuízo líquido de R$ 57,9 milhões, impactado principalmente pela baixa de estoques, vinculados a atividade de biodiesel, o que representou R$ 48 milhões, evento esse que não representa efeito no caixa da Companhia. 22

23 Hedge Comercial (Vendas Físicas) Como parte do procedimento de hedge adotado, a Companhia tem por política garantir suas receitas por meio da venda de sua safra, ou seja, à medida que assume compromissos decorrente da compra de insumos, vende Parte de sua produção. Na tabela abaixo, apresentamos posição da safra 2012/13 já comercializada. Produto (*) Preço fazenda % comercializado Preço Vendido (*) Soja 12/13 69% USD 11,06 /bu ou USD 24,38 / Saca Milho 12/13 24% USD 4,00 /bu ou USD 9,45 / Saca Algodão 12/13 49% USD 0,9100 /lb Endividamento Bancário Comparativamente a dezembro de 2011, a dívida líquida apresentou uma redução de 45,7%, passando de R$ 529,9 milhões em dezembro de 2011 para R$ 287,5 milhões em dezembro de Considerando o EBITDA da divisão agrícola, a relação Divida/EBITDA encontra-se próxima de 2, índice significativamente menor do que os observados anteriormente. A queda do endividamento é consequência do foco da Companhia em 2012 para readequação de sua estrutura de capital iniciado com a alienação de ativos non core e que culminou com o aumento de capital de R$ 350 milhões. Até 31 de dezembro, já havia ingressado na Companhia o valor de R$ 330 milhões referente ao período de preferência da subscrição, sendo que o restante foi integralizado em janeiro, quando do término do período de sobras de subscrição. Endividamento (em R$ mil) 31/12/ /12/2011 Curto Prazo Longo Prazo (=) Endividamento Disponibilidade ( ) (72.928) (=) Dívida Líquida O endividamento bancário da Vanguarda Agro, em 31 de dezembro de 2012, era de R$ 552,6 milhões. A dívida em moeda estrangeira representou 73% da dívida total e em moeda nacional 27%. A contratação de dívida em moeda estrangeira é um hedge natural, visto que as receitas da Companhia são indexadas ao dólar. Com relação ao vencimento das dívidas, 67% estava classificado no curto prazo e 33% no longo prazo. 23

24 Endividamento Curto e Longo Prazo Endividamento por Moeda 33% 27% 67% 73% Curto Prazo Longo Prazo Dólar Real 24

25 4. Mercado de Capitais Desempenho das Ações As ações da Vanguarda Agro (VAGR3) encerraram o 2012 cotadas a R$ 0,41, totalizando um valor de mercado para a Companhia de R$ 1.429,6 milhões. As ações da VAGR3 apresentaram uma valorização de 36,7% no em 2012, passando de R$ 0,30/ação no final de dezembro de 2011 para R$ 0,41/ação no final de dezembro de O Ibovespa no mesmo período apresentou uma valorização de 7,4%. 160 VAGR3 X Ibovespa Base 100 = 31/Dez/ VAGR3 IBOV Liquidez das Ações As ações da Vanguarda Agro estiveram presente em 100% dos pregões em O volume médio diário registrado no ano foi de R$ 7,4 milhões e negócios. A Companhia é a única empresa agrícola com foco na produção de grãos no nível mais alto de governança corporativa (Novo Mercado) a fazer Parte do índice Ibovespa, e pertence a outros importantes índices da BM&FBovespa: 25

26 Capital Social e Dispersão Acionária O Capital Social da Vanguarda é representado por ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Desse total, 37% são detidas por pessoas físicas, 51% por investidores institucionais e 12% por investidores estrangeiros, perfazendo mais de investidores. A estrutura acionária da Vanguarda Agro é pulverizada com mais de 90% dos investidores brasileiros, onde o maior acionista detém menos de 23%. Posição em 10/03/2013 Otaviano Pivetta 20,45% (1) Hélio Seibel 12.68% (2) Gávea Invest. 9.93% Bonsucex Holding 8.79% (3) EWZ Invest LLC 6.56% Salo Davi Seibel 4.64% Others 36.95% (1) Considera posição indireta do Sr. Otaviano Olavo Pivetta (2) Considera posição direta e indireta do Sr. Hélio Seibel (3) Considera posição direta e indireta do Sr. Silvio Tini de Araújo 26

27 Anexo I Demonstrações Financeiras DRE Demonstração de Resultados Consolidado (R$ Mil) 2012 AV (%) 2011 AV (%) AH (%) Receita Líquida de Vendas ,0% ,0% 156,5% Ativo Biológico Apropriado à Receita ,3% ,0% 44,3% Custos de Produtos Vendidos ( ) -95,2% ( ) -112,1% 117,8% Lucro (Prejuízo) Bruto ,1% ,9% 221,0% Despesas Operacionais ( ) -12,7% (85.503) -27,1% 19,8% Gerais, Administrativas, Vendas e Tributárias ( ) -12,7% (79.544) -25,2% 28,9% Outras Receitas (Despesas) Operacionais 93 0,0% (5.959) -1,9% -101,6% Resultado Operacional - EBIT ,5% (32.215) -10,2% -312,9% Resultado Financeiro ( ) -19,3% (74.476) -23,6% 110,2% Receita Financeira ,2% ,0% -36,1% Despesa Financeira ( ) -14,9% (83.105) -26,3% 44,8% Variação Cambial (70.424) -8,7% (44.954) -14,2% 56,7% Lucro (Prejuízo) Antes do IR e CS (87.932) -10,9% ( ) -33,8% -17,6% IR e CSLL ,3% (10.590) -3,4% -426,9% Operações Descontinuadas (74.813) -9,2% (69.942) -22,2% 7,0% Lucro (Prejuízo) do Exercício ( ) -15,8% ( ) -59,3% -31,6% 27

28 Balanço Patrimonial Ativo 31/12/2012 AV (%) 31/12/2011 AV (%) AH (%) Passivo e Patrimônio Líquido 31/12/2012 AV (%) 31/12/2011 AV (%) AH (%) CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa ,8% ,2% 734,5% Salários e contribuições sociais ,5% ,7% -20,3% Títulos e valores mobiliários 139 0,0% ,5% -99,7% Fornecedores ,0% ,3% -36,3% Contas a receber de clientes ,7% ,9% -41,2% Tributos a recolher ,3% ,4% -12,0% Títulos a receber ,0% ,4% -59,6% Empréstimos e financiamentos ,7% ,6% -27,1% Estoques ,3% ,1% -20,6% Partes relacionadas ,2% ,4% -59,5% Ativos biológicos ,9% ,3% 37,0% Adiantamentos de clientes ,7% ,6% 30,3% Tributos a recuperar ,8% ,2% -35,3% Tributos parcelados ,9% ,5% 94,1% Despesas antecipadas 577 0,0% ,0% -54,4% Instrumentos financeiros derivativos ,4% ,5% -12,7% Outros ativos ,1% ,9% -87,0% Contratos onerosos ,1% ,5% -85,3% Ativos não circulantes mantidos para venda ,0% ,5% -42,5% Arrendamentos e serviços a pagar ,4% ,8% 74,0% Dívida com a União - PESA ,1% 428 0,0% 532,2% Títulos a pagar ,7% ,2% 261,3% Outros passivos ,3% ,2% -79,2% Total do ativo circulante ,7% ,1% - 6,0% Total do Passivo Circulante ,2% ,7% -20,5% NÃO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo Fornecedores ,3% ,8% -58,2% Títulos e valores mobiliários ,0% - Empréstimos e financiamentos ,8% ,5% 90,9% Títulos a receber ,4% ,5% -6,1% Partes relacionadas ,2% - Estoques ,2% - Adiantamentos de clientes ,1% - Tributos a recuperar ,7% ,6% 5,1% Tributos parcelados ,1% ,3% -11,1% Tributos diferidos ,2% ,3% -25,9% Incentivos fiscais (ICMS) ,1% - Partes relacionadas ,1% - Dívida com a União - PESA ,4% ,4% -2,8% Depósitos judiciais ,2% ,2% 20,7% Tributos diferidos ,4% ,7% -28,7% Outros ativos ,3% ,3% -4,5% Provisão para contingências ,1% ,1% -46,4% Provisão para perdas em investimentos Títulos a pagar ,5% ,7% -27,2% Total do ativo não circulante ,9% ,2% -6,6% Total do Passivo não Circulante ,7% ,1% -3,2% Investimentos Patrimônio Líquido Ativos biológicos ,0% - Capital social ,8% ,9% 15,0% Imobilizado ,5% ,3% -5,0% Reservas de capital ,1% ,1% -46,6% Intangível ,0% ,3% -3,4% Prejuízos acumulados ( ) -38,8% ( ) -33,8% 13,8% Total do Ativo ,0% ,0% -0,8% Total do Passivo e do Patrimônio Líquido ,0% ,0% -0,8% 28