Evocação de Pensamentos e Pressupostos. Aline, Andréa e Arlete

Transcrição

1 Evocação de Pensamentos e Pressupostos Aline, Andréa e Arlete

2 Introdução A habilidade para aprender a identificar pensamentos automáticos é semelhante a aprender qualquer outra habilidade O que estava passando pela sua cabeça

3 Técnica: Explicação de como pensamentos criam sentimentos Pensamentos Sentimentos Pensamento: ato de conceber, comparar e combinar ideias Sentimento: experiências internas de emoções

4 Técnica: Explicação de como pensamentos criam sentimentos Não questionamos sentimentos Contestamos e questionamos os pensamentos que dão origem aos sentimentos

5 1. Explicação de como os pensamentos criam sentimentos Intervenção: Antes de contestar e mudar os pensamentos você precisa compreender como os pensamentos afetam os seus sentimentos. Quando estiver com raiva, por exemplo, pode ter certos pensamentos... Pergunta: Quando está dirigindo e a pessoa que está no carro de trás começa a piscar os faróis. Você pode pensar que ele está te pressionando pra que você dirija mais rápido e que pode estar fazendo isso porque você é mulher. Como se sentiria? Com raiva, brava? Mas, se você pensasse: Ele pode estar querendo me avisar algo? Como se sentiria? Aliviada e agradecida. Então quando você estava no seu Studio e percebe que está com raiva, no que estava pensando?

6 1. Explicação de como os pensamentos criam sentimentos Exemplo Terapeuta: O que te incomoda? Paciente: Tenho sentido muita raiva. Terapeuta: Você saberia dizer o que tem feito você ficar com raiva? Cliente: As coisas não estão saindo como planejei e estão demorando muito ou, simplesmente não acontecem. Terapeuta: Talvez possamos identificar o que te causa raiva, por meio de algumas perguntas, como por exemplo: Sinto raiva quando... Cliente: percebo que fico com muita raiva quando minha mãe ou meu marido insistem em ligar quando estou trabalhando e não posso atender. Terapeuta: Complete a frase: Sinto raiva quando minha mãe ou marido insistem em ligar... Cliente: pois se não atendi eles deveriam entender que estou ocupada.

7 1.Explicação de como os pensamentos criam sentimentos Terapeuta: E por que motivo eles insistem? Cliente: Para saber se estou bem. Também para saber se fechei com alguma cliente nova. Terapeuta: Alguém mais ligaria por esses motivos? Cliente: Não. Terapeuta: E além de saber se você está bem, perguntar se fechou com novas clientes significa... Cliente: Na verdade eu não estou fechando nada. Significa que eles estão percebendo que as minhas coisas não estão indo bem. Terapeuta: E o que significa não estar indo bem? Cliente: Que não estou conseguindo levar meu Studio pra frente.

8 1.Explicação de como os pensamentos criam sentimentos Terapeuta: O que esta experiência diz à seu respeito? Cliente: Que estou fracassando. Não sou capaz de empreender e minha mãe e marido já estão percebendo isso. Terapeuta: E de que forma acha que eles percebem? Cliente: Quando insistem em ligar, com a desculpa de que querem saber se estou bem, mas na verdade é para perguntar se consegui novas clientes, se as coisas melhoraram no studio...e na verdade não melhoraram. Terapeuta: Raiva é uma emoção e acontece quando você pensa que sua mãe e seu marido vão te perguntar algo sobre o Studio. Talvez você possa me ajudar a entender o que está dizendo a si mesma... Cliente: É provável que eu sinta raiva por que acho que estou fracassando.

9 Técnica: Explicação de como pensamentos criam sentimentos Tarefa de casa: Pede-se ao paciente que mantenha um registro de sentimentos e de como esses sentimentos estão relacionados ao pensamento (formulário 1) Então o pensamento completo é...

10 Técnica: Explicação de como pensamentos criam sentimentos Possíveis problemas: Confundir pensamentos com sentimentos Dificuldades de identificar os pensamentos associados aos sentimentos (Psicoeducação e Técnicas de Processamento Emocional Cap. 8)

11 Técnica: Distinção entre pensamentos e fatos Pensamentos são hipóteses, descrições, perspectivas e até mesmo adivinhações, eles podem revelar-se verdadeiros ou falsos Os pacientes precisam aprender a identificar seus pensamentos e depois examinar os fatos

12 2. Distinção entre pensamentos e fatos Pergunta: Nem sempre o que pensamos é de fato o que acontece. Não é porque você pensa que algo seja verdadeiro, realmente é. Temos de verificar o pensamento e compará-lo com o fato. Terapeuta: O que tem pensado que te deixa ansiosa? Cliente: Terei de pedir dinheiro emprestado para a minha mãe e sei que ela falará sobre isso (jogará na minha cara) durante décadas. Terapeuta: O que te faz pensar que ela fará isso? Cliente: Ah, eu sei bem o jeito dela funcionar. Ela já emprestou dinheiro para um parente e falou sobre o assunto por um bom tempo. Terapeuta: Existe alguma possibilidade de você se enganar a respeito de sua mãe? Cliente: Não me vejo pensando diferente.

13 2. Distinção entre pensamentos e fatos Terapeuta: Mesmo que isso já tenha acontecido, teria algum motivo para ela agir diferente com você? Cliente: Talvez por eu ser filha, não sei... Terapeuta: Vamos avaliar alguns motivos que fizeram com que ela agisse assim com no passado? Cliente: um motivo é bem verdadeiro: O pagamento não foi realizado conforme prometido e nós passamos por muitas dificuldades. Outro motivo é que era um parente distante e ficamos sem contato com ele... Terapeuta: Agora vamos avaliar alguns motivos, pelos quais ela agiria diferente com você. Cliente: Além de ser filha, estarei perto dela e pagarei em dia e no 13º salário saudarei toda a dívida. Pode ser que ela não tenha motivos para falar tanto, ou falar nada.

14 Técnica: Distinção entre pensamentos e fatos Tarefa de casa: Manter um registro dos eventos ativadores (Formulário 2) e examinar como determinado pensamento nem sempre considera todos os possíveis fatos (Formulário 3)

15 Técnica: Distinção entre pensamentos e fatos Possíveis problemas: Examinar os fatos não significa que o paciente esteja errado As vezes, seus pensamentos descreverão os fatos com exatidão e, outras vezes, não refletirão todos os fatos. Não seria uma boa ideia ter uma regra geral de verificar os pensamentos negativos confrontando-os com todos os fatos relevantes?

16 Técnica: Avaliação do grau de emoção e do grau de crença no pensamento As emoções variam em grau... Podemos ter muitas emoções e crenças diferentes em relação ao mesmo evento. O que realmente importa é quão forte sentimos algo e quão firmemente acreditamos nisso

17 3. Avalição do grau de emoção e do grau de crença no pensamento Pergunta: Quanto você está com medo e quanto você acredita no que pensa? Atribua um valor para o seu sentimento (emoção) de 0 à 100, onde 0% corresponde a não ter nada desse sentimento e 100% corresponde a um vivência mais intensa desse sentimento. Atribua também o mesmo para as suas crenças. Avalie em que grau o seus sentimentos e pensamentos mudam? Verifique algumas razões pelas quais você se sente melhor em algumas situações que em outras. Seus comportamentos mudam quando está triste e quando está feliz? Você pensa diferente quando está triste e quando está feliz?

18 3. Avalição do grau de emoção e do grau de crença no pensamento Terapeuta: Você relatou sentir medo de morrer quando se lembra do dia quem que a professora morreu, no dia da capacitação... Cliente: Nossa, fico com muito medo. Sinto falta de ar de ar quando penso que d nada, ela morreu. Terapeuta: Se você pudesse quantificar de 0 à 100%, o seu medo, considerando que 100 representa um medo muito intenso e 0 representa a ausência de medo, como quantificaria o medo que sente? Cliente: É muito medo. Seria de 95 a 100. Terapeuta: Você sente muito medo quando pensa no dia em que a professora morreu. Você pode continuar a frase com os primeiros pensamentos que te passam pela cabeça: Eu sinto muito medo quando penso no momento em que a professora morreu, porque... Cliente: tenho medo de morrer a qualquer momento.

19 3. Avalição do grau de emoção e do grau de crença no pensamento Terapeuta: tenho medo de morrer a qualquer momento é um pensamento automático. Vamos avaliar o quanto acredita nele. Considerando que 0 não tem credibilidade e que 100 tem total credibilidade, que valor atribuiria? Cliente: É muito forte pra mim. Uns 80 acredito. Terapeuta: Como é pra você utilizar um instrumento para sinalizar quão intensa é sua emoção? Cliente: tenho uma noção melhor do meu medo e que tenho muito a melhorar.

20 Técnica: Avaliação do grau de emoção e do grau de crença no pensamento Tarefa de casa: Manter registro (Formulário 4) Refletir sobre o que poderia explicar a variação dos pensamentos negativos e sentimentos experimentados

21 Técnica: Avaliação do grau de emoção e do grau de crença no pensamento Possíveis problemas: Falta de motivação... Propósito do exercício é examinar cuidadosamente a variação na crença e no sentimento e o que explica essa mudança

22 Técnica: Busca de variações em uma crença específica Ênfase em uma crença específica e sua variação em diferentes momentos e situações

23 4.Busca de variações de uma crença específica Pergunta: Há momentos em que você acredita nesse pensamento com maior convicção? O que acontece quando você pensa menos nesse pensamento negativo? Se o pensamento fosse inteiramente verdadeiro, como você poderia acreditar menos nele em certos momentos? Terapeuta: Você relata ter medo de morrer de repente e que esse medo aumenta muito quando se lembra do dia em que a professora (colega de trabalho) morreu de forma repentina Paciente: Sim. Acredito muito que posso morrer de repente, assim como ela e sinto muito medo. Terapeuta: Você já relatou que desempenha algumas atividades durante o dia: trabalha, namora, vai à igreja, Brinca com a Catarina E com tantas atividades diferentes imagino que seu humor se modifica. Em alguns momentos sente mais medo que em outros Paciente: Nos momentos em que estou com outras pessoas sinto menos medo e com a Catarina parece que o medo fica menos intenso.

24 4.Busca de variações de uma crença específica Terapeuta: E o que pensa quando está em meio às outras pessoas e com a Catarina? Cliente: Parece que esqueço que posso morrer quando estou com meus familiares, na igreja (amigos). E com a Catariana ela me faz rir. Eu penso que estar com estas pessoas me faz bem. Terapeuta: Então quando está com pessoas, com as quais você se sente bem, intensidade da crença é mais baixa? Paciente: Sim. Eu tenho o pensamento de que posso morrer de repente, mas é pouco. Quase não me vem à cabeça Terapeuta: E mesmo vindo à cabaça o pensamento de que pode morrer de repente, em meio às pessoas que você gosta a intensidade é menor? Paciente: Sim. Terapeuta: Então você percebe que o medo existe, mas você consegue continuar as suas atividades. Em um mesmo dia, em alguns momentos, você sente que o medo de morrer é de 90% e que você gostaria de não sair de casa e que em outros você realiza as suas atividades mesmo com o medo existindo, porém numa intensidade menor.

25 4.Busca de variações de uma crença específica Paciente: Pode ser que com os outros eu me sinta bem, a ponto de não ter tempo para pensar. Terapeuta: Sente-se bem com outras pessoas mesmo o pensamento vindo à cabeça. Paciente: Parece que sim. Terapeuta: Então quando se lembra do dia em que a professora morreu de forma repentina, você pensa que pode morrer repentinamente também e tem medo. Como poderia quantificar essa emoção, visto que em alguns momentos você se sente bem e, quase, não se lembra disso: Paciente: É. Diminui bastante. Algo em torno de 40%. Terapeuta: Ter medo de morrer tem variações durante o dia que vão de 90 à 40% Cliente: Talvez não precise ter medo de morrer o tempo todo. E se eu ficar em casa o medo aumenta, pois só penso nisso.

26 4.Busca de variações de uma crença específica Terapeuta: Vivenciar o momento em que a professora passou mal e morreu deve ter sido mesmo muito intenso. Outros professores estavam lá e também vivenciaram. Cliente: Sim. Estávamos em uns 100 professores. Terapeuta: É possível que eles também tenham sentido medo de morrer, acreditaram que podiam também de forma repentina, mas as vidas continuaram, pois a crença foi perdendo a intensidade e mudaram. Cliente: Nos primeiros encontros após o ocorrido só se falava do assunto, depois já não se falava mais nada. Cada um seguiu com a sua vida e nada aconteceu. Inclusive todas às sextas feiras, nos encontramos no mesmo lugar para a capacitação e ninguém mais passou mal e morreu.

27 Técnica: Busca de variações em uma crença específica Tarefa de casa: Manter registro (Formulário 5) do grau de crédito em um pensamento específico no decorrer de vários dias

28 Técnica: Busca de variações em uma crença específica Possíveis problemas: Os pacientes podem ficar menos motivados a escrever a crença negativa quando estiverem sentindo-se melhor Demonstrar a importância desta variação

29 Categorização das Distorções do Pensamento (Reconhecer, diferenciar e classificar) Pensamentos Distorcidos = Erros Cognitivos - Distorcem a realidade, são emocionalmente angustiantes e ou interferem na capacidade do paciente atingir seus objetivos. - Impedem que se faça uma avaliação exata das experiências. - Na maior para do tempo, quase não temos consciência desses pensamentos.

30 - Os Pensamentos Distorcidos são breves. O paciente torna-se mais consciente da emoção que sente como resultado de seus pensamentos do que dos próprios pensamentos. - As Pessoas costumam aceitar seus pensamentos como verdadeiros, sem reflexão ou avaliação. - A TCC ensina o uso de ferramentas para avaliar pensamentos de forma consciente e estruturada.

31 Flexibilidade Cognitiva Objetivo: Após aprender as ferramentas, a Pessoa consegue usar a emoção negativa como indicio para procurar, identificar e avaliar seus Pensamentos e desenvolver uma reposta adaptativa.

32 Modelo Cognitivo Comportamental Situação Pensamentos Automáticos Reações Estudar para uma prova Isto é difícil demais. Eu jamais entenderia isso. Emocional Tristeza Comportamental Desiste de estudar, fecha o livro. Fisiológica Peso no abdômen, mal estar.

33 5.Categorização das distorções do pensamento Pergunta: Você distorce constantemente o pensamento da mesma maneira. Veja esta lista de verificação de distorções cognitivas. Você identifica alguma que costuma fazer? Quais são elas? Terapeuta: O que pensou quando sua mãe insistia em te ligar? Cliente: Ela sempre quer controlar a minha vida e pensa que não sei me cuidar Terapeuta: O que sentiu? Cliente: Raiva Terapeuta: De acordo com a lista de categorias, est0 maneira de pensar se encaixa em qual delas? Cliente: Leitura Mental e maximização.

34 Seta Descendente -- As vezes os Pensamentos Negativos acabam revelando-se verdadeiros. - Ex.: O Paciente prevê que será ignorado ou rejeitado na festa. -- Isso é Adivinhação do Futuro (Distorção Cognitiva) mas talvez acabe revelando-se verdade. -- Explorar a Crença Subjacente ou Intermediária ao medo desse resultado ajuda despotencializar o Pensamento.

35 Recordando: Crença Subjacente ou Intermediária - REGRAS (eu devo...) Tenho que ser perfeito em tudo o que faço. Não devo me mostrar que como sou, pois verão que sou incompetente. - ATITUDES (é preciso que...) É horrível ser incompetente. É terrível desperdiçar seu potencial. - SUPOSIÇÕES (se eu...) Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar mudar eu não conseguirei ficar bem. Se eu cometo erros é porque sou má.

36 - O Terapeuta continua fazer pergunta sobre o Pensamento ou evento: O que aconteceria, então, se isso fosse verdade? O que isso significaria para você, se acontecesse? Seta Descendente = Tentar chegar até o fundo da Crença

37 - Alguns Pacientes param de identificar os Pensamentos Negativos no meio da sequencia. - Pedir ao Paciente que continue buscando Pensamentos ainda mais profundos ou piores. - Os Pensamentos sobre a vivencia de algum fracasso ou rejeição estão associados a fantasias de consequencias terríveis ou catastróficas. - Esses piores medos subjacentes alimentam a ansiedade em relação aos pensamentos iniciais.

38 6. Seta Descendente Pergunta: Se seu pensamento fosse verdadeiro, por que isso te incomodaria? O que pensaria? O Que aconteceria a seguir? Terapeuta: Você diz que quando está passeando na rua com Pedro e tem receio de que as pessoas achem vocês um casal estranho, mesmo você e ele se sentindo à vontade para passear na rua de mãos dadas. O que significa pra você sair à Rua com Pedro? Cliente: É bacana. Isso demonstra que ele está à vontade. Que não quer esconder nada, mas fisicamente somos diferentes. Ele rico, bem posicionado e é bem mais velho... Terapeuta: É bacana estar com uma pessoa rica, bem posicionada mas, é mais velho? Cliente: Sim. E percebo que as pessoas olham muito e deve ser por isso: um cara velho rico e bem posicionado e com uma garota ao lado.

39 6. Seta Descendente Terapeuta: Então você pensa que as pessoas acham vocês um casal estranho, pois ele é mais velho, rico, bem posicionado e você é mais nova? Cliente: Sim. Tenho medo de que pensem mal sobre mim. Terapeuta: Gostaria de saber mais sobre esse o medo do que pensam sobre você. Por gentileza, eu vou iniciar uma frase e gostaria que você completasse: Eu tenho medo de que pensem mal de mim porque: Cliente: Estou me relacionando com um homem mais velho e que não tem nada a ver comigo fisicamente

40 6.Seta Descendente Evento: Sair À rua para passear com Pedro que é mais velho e rico Pensamento: As pessoas vão nos achar um casal estranho, pois fisicamente não temos nada a ver. Se isso acontecer: Pensarão mal de mim E como pensariam mal de você: Ele é mais velho e rico e eu sou jovem, o que faria ao lado dele? E o que pensariam? Talvez pensem que estou dando um golpe.. E se isso acontecer? Ficarei mal vista Pressuposto subjacente: 1. O que os outros pensam à meu respeito é importante 2.Mulher mais jovem se relaciona com homem mais velho e rico para dar o golpe

41 Atribuição de Probabilidade em Sequencia - Utilizando o procedimento da Seta Descendente o Paciente pode estimar a PROBABILIDADE de ocorrência de cada evento em sequencia. Não só os Pensamentos implícitos na Seta Descendente, mas também as estimativas subjetivas das probabilidades. PERGUNTA: Qual é a probabilidade de X acontecer? Qual é a probabilidade, de 0 a 100%?

42 A Chance de algo acontecer é a Probabilidade variam de 0 a 100%. Qual é a Probabilidade de cada um de seus Pensamentos ser verdadeiro?

43 7.Atribuição de probabilidade em sequência Pergunta: Qual a probabilidade do que você pensa acontecer? Qual a probabilidade? Terapeuta: Você diz sentir medo de morrer da forma como a professora morreu. E a crença é bem maior quando você está sozinha. Qual é a probabilidade do seu pensamento ser verdadeiro? Vamos utilizar o primeiro pensamento: Posso morrer de repente como a professora morreu...qual é a probabilidade deste pensamento ser verdadeiro? Cliente: Hoje o pensamento é de 95%. Terapeuta: A professora teve uma complicação de saúde (diabetes descompensada por falta de autocuidado). Uma vez que você cuida da sua saúde, qual é a probabilidade de você morrer como a professora? Cliente: É eu me cuido. Vendo por este lado, acredito que 50%.

44 7.Atribuição de probabilidade em sequência Terapeuta: Visto que você cuida da sua saúde, que seu medo diminui quando está com pessoas que você gosta, qual é a probabilidade de seu pensamento ser verdadeiro? Cliente: Talvez eu morra de outra forma e não como a professora morreu. Vou dar uns 10%, pois todos podem morrer por qualquer motivo em qualquer tempo.

45 Adivinhação do Pensamento - Nem sempre é possível identificar o Pensamento Negativo. A intensidade da emoção é tanta que o Paciente tem dificuldade de refletir sobre os Pensamentos que a acompanha. - O Terapeuta sugere alguns Pensamentos possíveis para o paciente determinar se algum deles parece consistente com aquilo que esta pensando e sentindo.

46 Pergunta Você não consegue dizer exatamente qual é o seu Pensamento. Que tipos de Pensamentos acompanhariam esses sentimentos? Seria possível que você estivesse dizendo essas cosias a si mesmo? (O Terapeuta sugere alguns pensamentos possíveis) - O Terapeuta procura fazer com que o paciente entenda a diferença entre Pensamento e Sentimento. - Após identificar os Pensamentos negativos o Terapeuta pode continuar com o Procedimento da Seta Descendente.

47 8.Técnica: Adivinhação de pensamento Pergunta: Diante do que você traz, parece que não consegue dizer exatamente o que está pensando? (que pensamentos disfuncionais acompanham os seus sentimentos...) A cliente relata que em reuniões de família não se sente confortável. Percebe que algumas tias e primas a olham diferentes e na maioria das conversas coletivas ela não é chamada a participar. Terapeuta: Você relata que sente incomodada nas reuniões da família da sua mãe. Poderia descrever melhor o que está pensando? Cliente: É estranho. Ao chegar já percebo que me olham e parece que até o cumprimento é diferente. Não é tão caloroso. Terapeuta: Você está descrevendo os seus sentimentos: Tente completar a frase: Sinto-me incomodada nas reuniões de família porque penso...

48 8.Técnica: Adivinhação de pensamento Cliente: talvez eu não devesse estar lá. Na verdade não deveria ir. Terapeuta: Você consegue identificar algum pensamento que acompanha esse sentimento de tristeza? Cliente: Penso em não ir mais. Talvez me sinta melhor. Terapeuta: Você acha que é possível adivinhar os pensamentos negativos acerca do que você está sentindo? Sugiro algumas situações e você me diz se faz sentido ou não, se são verdadeiras ou não. O que acha? Cliente: Vamos lá... Terapeuta: Você diz a você: As reuniões de família me incomodam. Cliente. Sim. Terapeuta: Então você pode estar dizendo: As reuniões de família me incomodam, a menos que minhas tias e primas me acolhessem mais, me tratassem melhor, me convidassem para fazer parte das rodas de conversa eu não me incomodaria. Cliente: Esses pensamentos, de fato, passam pela minha cabeça.

49 Referências LEAHY, Robert. Técnicas de Terapia Cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed, 2006 BECK, Judith S. Terapia Cognitivo Comportamental: Teoria e Prática. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013

50 Muito Obrigada! Grupo: Aline, Andrea e Arlete (3A)